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EEIMVR/ UFF
1º semestre/2023
Eletroquímica
Metalurgia do Alumínio
Eletroquímica
Metalurgia do Alumínio
Eletroquímica
Metalurgia do Alumínio
Eletroquímica
Metalurgia do Alumínio
Eletroquímica
Metalurgia do Alumínio
Eletroquímica
Metalurgia do Alumínio
Obtenção do alumínio pela eletrólise da alumina dissolvida em banho de fluoretos fundidos, em células eletrolíticas apropriadas.
Metalurgia do Alumínio
• A Alumina é dissolvida (fundida) em um banho de criolita (Na3AlF6), cujo ponto de fusão é 1009ºC.
• Para reduzir a temperatura de fusão do banho eletrolítico para a faixa de 940ºC a 980ºC, são adicionados fluorita (CaF2) e um excesso de
fluoreto de alumínio (AlF3) além de outros aditivos.
• Uma corrente elétrica é passada pelo eletrólito em baixa voltagem, de modo que o banho eletrolítico seja fundido em baixa tensão.
• A cuba eletrolítica consiste em grandes vasos de ferro ou de aço, em formato de tanque, com eletrodos de carbono (pode ser de carvão ou
de grafite) mergulhados na mistura fundida de alumina com criolita. Visto que está fundida, a mistura líquida contém os íons Al 3+ e O2-
livres.
• O recipiente de aço atua como cátodo, ou seja, como polo negativo, onde ocorre a redução dos cátions do alumínio:
Semirreação do cátodo: 4 Aℓ3+(ℓ)+ 12 e- → 4 Aℓ(ℓ)
• Os eletrodos de carbono atuam como ânodos, polos positivos onde há a oxidação dos ânions oxigênio:
Semirreação do ânodo: 6 O2-(ℓ) → 12 e- + 3 O2 (g)
• Esse gás oxigênio formado reage com o carbono do eletrodo e forma o gás carbônico (CO):
Reação de formação de gás carbônico: 3 O2 (g) + 3 C (s) → 3 CO2 (g)
Metalurgia do Alumínio
A equação global que ocorre nesse processo é dada por: Reações no anodo e no catodo podem ser resumidas em:
Eletrodos de
grafite (ânodos)
Bolhas de gás
carbônico
Mistura fundida de
Alumina e criolita
(Al2O3 dissolvida)
Alumínio (Al)
fundido Ferro revestido
com carbono
(cátodo)
Metalurgia do Alumínio
Eletrólito
A criolita, mineral de composição química Na3AlF6,corresponde ao melhor meio para a eletrólise da alumina, pelos seguintes motivos:
A única mina de criolita do mundo está exaurida e, por isso, atualmente utiliza-se criolita sintética no processo.
Parte dessa criolita sintética, denominada “criolita recuperada”, é formada no próprio limpador de gases do processo de redução.
Metalurgia do Alumínio
Eletrólito
Diversos aditivos são incorporados ao eletrólito (criolita), no intuito de permitir uma redução na temperatura de operação da cuba eletrolítica e
de conduzir a um incremento na eficiência de corrente, tais como:
• AlF3
- Reduz o ponto de fusão da criolita
- Neutraliza a soda presente na alumina (0,6% Na2O), resultando em criolita
Sistema anódico:
A corrente utilizada na célula eletrolítica é distribuída através da seção do ânodo, feito em carbono bastante puro.
• Ânodos pré-cozidos:
- Mistura de coque de petróleo, anodos moídos já utilizados e piche. A mistura, após um processo de prensagem, é aquecida a,
aproximadamente 1100 °C durante 5 a 8 dias, em fornos aquecidos a gás ou a óleo, formando os blocos. O resfriamento é feito de forma
lenta.
- Na cuba eletrolítica, cada ânodo é abaixado verticalmente e individualmente por um computador, à medida que as superfícies inferiores dos
ânodos são consumidas durante a eletrólise.
Metalurgia do Alumínio
À medida que a eletrólise acontece, o ânodo se queima, desgastando-se sua face inferior; vai então sendo abaixado, até que os pinos
metálicos que distribuem a corrente no bloco carbonoso se aproximam muito do eletrólito; então, no caso de blocos pré-cozidos, o
bloco gasto é substituído por outro, novo e no caso do ânodo contínuo, o condutor é retirado e recravado em nível superior.
Metalurgia do Alumínio
- Comparados aos ânodos de Söderberg, os ânodos pré-cozidos controlados por computador podem ser aproximados da camada de
alumínio fundido na parte inferior da célula sem que nenhum deles toque a camada e interfira na eletrólise.
- Essa distância menor diminui a resistência causada pela mistura de eletrólitos e aumenta a eficiência dos ânodos pré-cozidos sobre os
ânodos de Söderberg.
- As células que o usam são mais caras de construir e de uso intensivo, pois cada ânodo pré-cozido em uma célula precisa ser removido e
substituído depois de usado.
Metalurgia do Alumínio
• Os cátodos também se degradam durante a eletrólise, mas muito mais lentamente do que os ânodos e, portanto, eles não precisam ter
elevada pureza, nem ser trocados com tanta frequência, normalmente são substituídos a cada 3 a 5 anos. Isso requer que toda a célula seja
desligada.
Metalurgia do Alumínio
• A adição de alumina nas cubas deve ser feita periodicamente por alimentadores, de acordo com as necessidades operacionais da cuba,
sendo a concentração ideal de Al2O3 em torno de 2% a 6%.
• A quantidade de alumina adicionada ao banho é controlada automaticamente e a temperatura de operação da célula é de 940 a 980°C.
• Altas concentrações de alumina (acima de 8%) no banho eletrolítico provocam precipitação de alumina não dissolvida no catodo da cuba,
chamada de lama. Os depósitos de lama no catodo podem alterar o fluxo de corrente vertical desejado na cuba, levando a perdas de
energia ou de eficiência de corrente. Tais depósitos, normalmente causam a elevação repentina da temperatura da cuba, podendo atingir
valores superiores a 1000 °C
Metalurgia do Alumínio
• A concentração de Al2O3 no banho diminui progressivamente, até que, por falta de Al2O3, ocorre o fenômeno denominado “efeito anódico”.
Esse efeito consiste na formação, junto a base do ânodo, de uma película gasosa, rica em compostos fluorados devido a falta de íons de
oxigênio na superfície anódica.
• A película gasosa aumenta notavelmente a resistência da célula, de modo que, continuando a passar através dela a mesma corrente, a
voltagem necessária torna-se proporcionalmente mais elevada.
• Observa-se ainda que nessa ocasião, a percentagem de CO nos gases tende a aumentar, aumentando também o consumo de carbono
anódico.
• O alumínio formado permanece no estado líquido, porque o seu ponto de fusão é menor que o da mistura “criolita+alumina”,sendo igual a
660,37 ºC.
• Visto que sua densidade é maior que a densidade da mistura, o alumínio se deposita no fundo da cuba, de onde é, de tempos em tempos,
vazado para cadinhos para ser transportado.
Metalurgia do Alumínio
• Parte do alumínio produzido, ao invés de ser depositado no fundo da célula, pode ser dissolvido no eletrólito, atingindo a região anódica e
sendo reoxidado pelo CO2 liberado no anodo, de acordo com a reação:
2 Al + 3 CO2 → Al2O3 + 3 CO
Essa reação pode reduzir a eficiência da célula, assim como aumentar o consumo de carbono da cuba eletrolítica.
• Essa fração do alumínio produzido que se oxida pelo CO2 provém do metal já depositado pela corrente elétrica.
Sendo Q o peso de metal depositado durante um certo intervalo de tempo e R o peso reoxidado pelo CO2, a eficiência de corrente elétrica seria
dada pela expressão:
• Após a produção de alumínio primário na sala de cubas, o metal é enviado para o setor de fundição, onde são ajustadas a sua composição
química e a forma física do produto (lingote, tarugo, rolo, vergalhão).
• O Alumínio é então enviado para a área de transformação mecânica (extrusão, laminação) onde será dada a forma final do metal, de acordo
com a demanda do cliente.
Metalurgia do Alumínio
https://www.youtube.com/watch?v=eGdXxFjqFsg