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A ÁRVORE DA VIDA

No Evangelho de João, o apóstolo do amor, lemos: "Eu sou a videira


verdadeira e meu Pai é o lavrador" (Jo. 15:1). Esta árvore da vida, que é
Jesus, foi enviada por Deus especialmente para os pecadores e perdidos, por
isso o apóstolo Paulo disse: "Esta é uma palavra fiel e digna de toda a
aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos
quais eu sou o principal" (I Tm. 1:15). E o próprio Senhor Jesus Cristo
declarou: "Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores ao
arrependimento" (Mt. 9:13). Jesus é árvore da vida para os que estão mortos e
não para os que estão vivos. Um ladrão e salteador estava pendurado numa
cruz ao lado de Jesus, e clamou dizendo: "Senhor, lembra-te de mim quando
entrares no teu reino." Jesus, cheio de compaixão vinda do Pai, lhe respondeu
pronto: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso" (Lc. 23:42-
43). Nós perguntamos a Jeová, o deus deste mundo: Por que Adão, depois do
pecado foi proibido de comer da árvore da vida? (Rm. 5:12). Qualquer um
pode concluir que aquela árvore da vida era para os justos e não para os
pecadores, pois estava liberada para Adão e Eva antes da queda. Se a árvore
da vida do Jardim do Éden de Jeová só podia ser comida pelos justos, não era
Jesus, e nem era figura da verdadeira, pois Jesus veio para os pecadores
mortos. “Estando nós ainda mortos nas nossas ofensas e pecados, nos
vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef. 2:5). “E,
quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne,
vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas” (Cl. 2:13).
A árvore da vida de Jeová, colocada no Jardim do Éden, não salva ninguém,
pois foi criada só para os justos. E se João fala que Jesus é a verdadeira,
aquela era falsa (Jo. 15:1).
Adão é o pai de todos os pecadores: “Pelo que, como por um homem
entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte
passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm. 5:12). “Porque,
assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos
veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim
também todos serão vivificados por Cristo” (I Co. 15:21-22). Se todos
morreram espiritualmente a partir do primeiro Adão, foi decretado o império
da morte por Jeová, e esse império pertence a Satanás, como lemos na carta
aos hebreus: “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue dos
pais, também Jesus participou das mesmas coisas, para que pela morte
aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse os que,
com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos a servidão” (Hb. 2:14-
15).
E Jeová fechou o caminho da árvore da vida para os pecadores. “Então
disse Jeová deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal;
ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida,
e coma e viva eternamente; Jeová deus, pois, o lançou fora do Jardim do
Éden, para lavrar a terra de que fora tomado. E havendo lançado fora o
homem, pôs querubins ao oriente do Jardim do Éden, e uma espada inflamada
que andava ao redor, para guardar o caminha da árvore da vida” (Gn. 3:22-
24). Jeová se cercou de garantias para que jamais algum mortal arrependido
achasse o caminho da árvore da vida, feita somente para os justos. Estava pois
consolidada a morte eterna e o império da morte de Satanás (Hb. 2:14-15).
Quem tem olhos pode ver claramente que a encarnação do Verbo foi
uma violenta intervenção no projeto de Jeová. Tão violenta foi a intervenção
que Jesus disse: “AGORA É O JUÍZO DESTE MUNDO; AGORA SERÁ
EXPULSO O PRÍNCIPE DESTE MUNDO” (Jo. 12:31). O inferno foi
invadido pelo amor e pela graça do Pai. “Porque a graça de Deus se há
manifestado trazendo salvação a todos os homens” (Tt. 2:11). E Jesus Cristo
proclamou a chegada do reino de Deus, o Pai, com estas palavras: “Se eu
expulso demônios pelo Espírito de Deus, é conseguintemente chegado a vós o
reino de Deus” (Mt. 12:28). O reino de Deus não estava no Velho Testamento
porque nessa dispensação imperava o reino da morte, que era o império do
diabo, estabelecido por Jeová, por isso o diabo disse a Jesus, na tentação, que
os reinos deste mundo lhe foram entregues (Lc. 4:5-8). O diabo quis entregar a
Jesus o império da morte. Que tentação grosseira e estúpida. Jesus é a vida e a
ressurreição (Jo. 11:25-26). O evangelista Lucas nos revela no seu Evangelho:
“A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de
Deus” (Lc. 16:16). Não havia vida no Velho Testamento, por isso o reino de
Deus não estava lá.
Paulo diz: “Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse,
muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça,
reinarão em vida por um só – JESUS CRISTO” (Rm. 5:17).
Que coisa gloriosa ver os homens saírem da morte para a vida. Disse
Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e
crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação,
mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem
a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que
a ouvirem viverão” (Jo. 5:24-25). “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.
Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo. 14:6).
Quem quiser voltar ao paraíso do Éden, criado por Jeová, não vai poder,
pois a espada inflamada de Jeová não permite, e os querubins, anjos de Jeová,
estão vigilantes para que ninguém ache o caminho da árvore da vida. Nenhum
pecador pode comer daquela árvore, que foi criada para os justos. Além disso,
o reino de deus não é na Terra. Nada temos a ver com o paraíso de Jeová.
Paulo nos revela: “O Senhor guardar-me-á para o seu reino celestial” (II Tm.
4:18). O apóstolo Pedro também nos diz que nossa herança não está na Terra.
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua
grande misericórdia nos gerou de novo para uma viva esperança, pela
ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança
incorruptível, incontaminável, e que se não pode murchar, guardada nos céus
para vós” (I Pd. 1:3-4).

Autoria Pastor Olavo S. Pereira

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