Você está na página 1de 2

IGREJA CRISTÃ TABERNÁCULO DO SACOMÃ

ESTADO INTERMEDIÁRIO
“E, como aos homens está ordenado morrer uma só vez, vindo depois disso o juízo”.
(Hebreus 9.27)

INTRODUÇÃO
O Estado Intermediário é uma doutrina bíblica. Ela faz parte da Escatologia - doutrina
das últimas coisas. Na Escatologia o Estado Intermediário é o período que vai da morte
à ressurreição da pessoa. O Senhor Jesus descreve esse período na história do Rico e
Lázaro (Lc 16.19-31). Ele não pode ser confundido com a doutrina católica do Purgatório.
Por que o objetivo do inferno não é purificar. Ele foi criado para receber as pessoas que
morreram sem Cristo até a ressurreição dos seus corpos: “...e outros para vergonha e o
desprezo eterno”(Dn 12.2). E eles estarão no Juízo Final: “E vi os mortos, grandes e
pequenos, que estavam diante do trono...”(Ap 20.12). Para serem julgados por Jesus
Cristo: “Pois já determinou um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio
do homem que destinou. Ele disso deu certeza a todos, ressuscitando - o dentre os
mortos” (At 17.12).

A MORTE
Sobre a certeza da morte, Salomão afirmou: “Porque todos os vivos sabem que hão de
morrer”(Ec 9.5). A morte é a separação da alma do corpo. Ela conduz o homem para o
mundo dos mortos - imortalidade. A Bíblia descreve ela como “dormir”(Jo 11.11),
“partir”(Fl 1.23) e “ao pó tornarás” (Gn 3.19). A morte é fruto do pecado de Adão e Eva:
“Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás, pois no dia em
que comerdes, certamente morrerás”(Gn 2.17). Sendo Adão o representante da raça
humana, nele todos pecaram: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no
mundo, e pelo o pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens,
porque todos pecaram”(Rm 5.12). Esse é o chamado pecado original que a humanidade
herdou. O resultado do pecado é morte:” Pois o salário do pecado é a morte...”(Rm 6.23).

FORMAS DE MORTE
A Bíblia apresenta vários graus de morte. São quatro formas de morte descritas: física,
moral, espiritual e eterna. A morte física é a separação da alma e do corpo. Há dois tipos
de morte física: a clínica (fim das funções vitais do corpo) e absoluta (separação definitiva
da alma e do corpo). Ela é descrita assim: “Certamente morreremos, e seremos como a
água derramada na terra, que não podem ajuntar mais...”(2Sm 14.14). A morte moral
fala da moral da pessoa. São princípios e valores que regem a vida do homem. Não
obedecendo Deus, Adão e Eva foram as primeiras vítimas da morte moral: “Ele
respondeu: Ouvi sua voz no jardim e tive medo, porque estava nu, e escondi-
me”(G 3.10). A morte espiritual é resultado do pecado. A pessoa sem Deus está
espiritualmente morta: “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados”
(Ef 2.1). A morte eterna é chamado de segunda morte. Ela é a eterna separação de Deus:
“Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição. Sobre estes
não tem poder a segunda morte...”(Ap 20.6).

A MORTE DO CRISTÃO
O cristão não deve ter medo da morte. O Senhor Jesus Cristo morrendo na cruz e
ressuscitando dos mortos venceu a morte: “Assim como todos morrem em Adão, assim
todos serão vivificados em Cristo”(1Co 15.22). Todo cristão passou da morte para vida:
“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus...”(Rm 8.1).
Ele pode sofrer os efeitos do pecado no corpo e provar a morte. Mas, sua alma está livre
do poder do pecado: “Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado,
mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor (Rm 6.11). O apóstolo Paulo disse:
“Para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro ... tendo o desejo de partir e estar com
Cristo, o que é muito melhor”(Fl 1.21;23). Uma vez que “deixar o corpo” significa
“habitar com o Senhor”(2Co 5.8). Após a morte o cristão entra em estado perfeito de
santidade e reverência no céu: “Mas tendes chegados no monte Sião, e a cidade do Deus
vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos, à universal assembleia e igreja
dos primogênitos inscritos nos céus. Tendes chegado a Deus, o juiz de todos, e aos
espíritos dos justos aperfeiçoados, a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue
da aspersão, que fala melhor do que o de Abel”(Hb 12.22-24). É o estágio final da
redenção do crente - glorificação.

A MORTE DO NÃO CRISTÃO


Todo ser humano morre: “Que homem há que viva e não veja a morte, ou que livre a sua
alma do poder da sepultura”(Sl 89.48). Ela vem pra todos: “Tudo sucede igualmente a
todos; o mesmo sucede ao justo e injusto, ao bom e ao mau, ao puro e ao impuro ... ”
(Ec 9.2). Após a morte do não cristão, sua alma vai direto para o inferno. E seu corpo
permanece no túmulo até a vinda de Cristo: “Não vos maravilheis disto, pois vem a hora
em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão: Os que fizeram o
bem sairão para a ressurreição da vida, e os que praticaram o mal, para a ressurreição
da condenação”(Jo 5.28;29). Ele será julgado no dia do Juízo Final por não crê em Jesus
Cristo: “ Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque
não crê no nome do unigênito Filho de Deus”(Jo5.18). A morte determina o destino do
homem. Após a morte não há possibilidade de salvação para o não crente: “Além disso,
está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar
daqui para vós não poderiam, nem os de lá passar para cá”(Lc 16.26). Ali ficará
esperando até o dia do Juízo: “ E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante
do trono, e abriram - se livros. Abriu-se outro livro, que é o da vida. Os mortos foram
julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras”(Ap 20.12).

Você também pode gostar