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INSTITUTO POLITÉCNICO DO NAMIBE N°55M PASCOAL LUVUALU

Disciplina de Tecnologias das Telecomunicações -12 classe

Professor: Geraldo Pimentel Simão


CAPÍTULO 1: Conceitos básicos

O QUE VOCÊ VAI APRENDER?

Neste capítulo você vai revisar conceitos básicos importantes para o entendimento das
tecnologias das telecomunicações.
1. DADOS ANALÓGICOS E DIGITAIS
Tanto os dados como os sinais que os representam podem ser analógicos ou então
digitais em sua forma.
1.1. Dados analógicos
Refere-se a informações contínuos e assumem valores contínuos.
Por exemplo, um relógio analógico com ponteiros de horas, minutos e segundos
fornece informações em uma forma contínua; o movimento dos ponteiros é contínuo.
1.2. Dados digitais
correspondem a informações discretos e assumem valores discretos.

Por exemplo, um relógio digital que informa as horas e os minutosmudará


repentinamente de 8h05 para 8h06.
2. SINAIS ANALÓGICOS E DIGITAIS
Assim como os dados que eles representam, os sinais podem ser tanto analógicos como
digitais.

2.1. Sinal analógico


Os sinais analógicos podem ter um número infinito de valores em um período de tempo.
2.2. Sinal digital
Podem ter apenas um número limitado de valores. Embora cada valor possa ser um
número qualquer, geralmente ele é representado como um nível lógico 1 ou 0.
2.3. Sinais Periódicos e Não Periódicos
Tanto os sinais analógicos como os digitais podem assumir uma de duas formas:
periódicos ou não periódicos.

2.3.1. Sinal periódico


Completa um padrão dentro de um período mensurável(detalhado), denominado período,
e esse padrão se repete, de forma idêntica, ao longo dos períodos seguintes. O término de
um padrão completo é chamado ciclo.
2.3.2. Sinal não periódico
Muda sem exibir um padrão ou ciclo que se repita ao longo do tempo.
Tanto os sinais analógicos como os digitais podem ser periódicos ou não periódicos. Em
comunicação de dados, usamos comumente sinais analógicos periódicos (pois eles
precisam menos largura de banda) e sinais digitais não periódicos (pois eles podem
representar variação nos dados).
3. SINAIS ANALÓGICOS PERIÓDICOS
Os sinais analógicos periódicos podem ser classificados como simples ou compostos.

3.1. Sinal analógico periódico simples: É uma onda senoidal, que não pode ser
decomposta em sinais mais simples.

Elas têm diversas aplicações no cotidiano. Podemos enviar uma onda senoidal simples
para transportar energia elétrica de um lugar a outro.
3.1.1. Onda Senoidal

A onda senoidal é a forma mais fundamental de um sinal analógico periódico.

Uma onda senoidal pode ser representada por três parâmetros: amplitude máxima,
freqüência e fase. Esses três parâmetros descrevem totalmente uma onda senoidal.
3.1.2. Amplitude Máxima
É o valor absoluto da máxima intensidade, proporcional à energia que ela
transporta. Para sinais elétricos, a amplitude máxima é normalmente medida em
volts.

Exemplo:
A eletricidade em sua casa pode ser representada por uma onda senoidal com uma
amplitude máxima de 155 a 170 V. Entretanto, é de domínio público que a voltagem da
eletricidade em nossas residências é de 220V.
3.1.3. Período e Freqüência
Período se refere à quantidade de tempo, em segundos, que um sinal precisa para
completar 1 ciclo.
Freqüência corresponde ao número de períodos em 1 s.
3.1.4. Fase
A fase descreve a posição da forma
de onda relativa ao instante 0.

A fase é medida em graus ou


radianos (360º equivale a 2p/360
rad e 1 rad equivale a 360/2p). Um
deslocamento de fase de 360º
refere-se a um deslocamento de um
período completo
3.1.5. Comprimento de Onda
O comprimento de onda associa o período ou freqüência de uma onda
senoidal simples à velocidade de propagação do meio
3.2. Sinal analógico periódico composto:
Há dois tipos de sinal composto: periódico e não periódico.

3.2.1. Sinal analógico periódico composto: pode ser decomposto em uma série de ondas
senoidais simples com freqüências discretas - freqüências que possuem valores inteiros (1,
2, 3 e assim por diante).

Um sinal composto periódico com freqüência f. Esse tipo de sinal não é o tipicamente
encontrado em comunicação de dados.
3.2.2. Sinal analógico não periódico composto:
Pode ser decomposto em uma combinação de um número infinito de ondas senoidais
simples com freqüências contínuas, freqüências que possuem valores reais.

Um sinal composto não periódico. Ele pode ser o sinal criado por um microfone ou por
um telefone quando uma ou duas palavras são pronunciadas. Nesse caso, o sinal
composto não pode ser periódico, porque isso implica repetir a(s) mesma(s) palavra(s)
com exatamente o mesmo tom.
3.2.3. Largura de Banda
A largura de banda de um sinal composto é a diferença entre a maior e a menor freqüências
contida nesse sinal.

Exemplo: se um sinal composto


contiver freqüências entre 1.000 e
5.000, sua largura de banda será
5.000 – 1.000, ou seja, 4.000.
4. SINAIS DIGITAIS
Além de representadas por um sinal analógico, as informações também podem ser
representadas por um sinal digital.
Exemplo: o nível lógico 1 pode ser codificado como uma voltagem positiva e o nível
lógico zero (0) como uma voltagem zero. Um sinal digital pode ter mais de dois
níveis.
Exemplo:
Um sinal digital tem oito níveis. Quantos bits são necessários por nível?
4.1. Transmissão de Sinais Digitais
como podemos enviar um sinal digital do ponto A para o ponto B?

Podemos transmitir um sinal digital utilizando uma das duas abordagens a seguir:
transmissão banda-base ou transmissão banda larga (usando modulação).

4.1.1. Transmissão Banda-Base


Transmissão banda-base significa
enviar um sinal digital por um
canal sem mudá-la em um sinal
analógico. A Figura ilustra a
transmissão banda-base.
A transmissão banda-base requer que tenhamos um canal passa-baixa, um canal com
largura de banda que começa em zero.

Exemplo: toda a largura de banda de um cabo conectando dois computadores é um


canal único.
4.1.2. Transmissão Banda Larga (usando modulação)
A transmissão banda larga, ou modulação, significa transformar o sinal digital em
sinal analógico para transmissão.
A modulação nos permite usar um canal passa-faixa um canal com largura de banda
que não se inicie em zero. Esse tipo de canal é mais disponível que um canal passa-
baixa.
Se o canal disponível for um canal passa-faixa, não podemos enviar diretamente o sinal
para o canal; precisamos converter o sinal digital em sinal analógico antes da
transmissão. A Figura mostra a modulação de um sinal digital.
Exemplo:

Um exemplo é o telefone celular digital. Para melhor recepção, os celulares digitais


convertem o sinal analógico de voz em um sinal digital. Embora a largura de banda
alocada a uma companhia que fornece serviços de telefonia celular digital seja muito
ampla, ainda assim não podemos enviar o sinal digital sem conversão.

A razão é que temos apenas um canal passa-faixa disponível entre aquele que faz a ligação
e o que a recebe. Precisamos converter a voz digitalizada em sinal analógico composto
antes de transmiti-lo.

Os celulares digitais convertem o sinal de áudio analógico em digital e depois o


convertem novamente em analógico para transmissão através de um canal passa-
faixa.
4.1.3. Perda na transmissão
Os sinais trafegam por meios de transmissão, que não são perfeitos.
A imperfeição provoca perda de sinal. Isso significa que o sinal no início do meio de
transmissão não é o mesmo no seu final.
Três causas para essas perdas são a atenuação, distorção e ruído.
4.1.4. Atenuação
Atenuação significa perda de energia. Quando um sinal, trafega por um meio de
transmissão, ele perde parte de sua energia para superar a resistência do meio.

É por esse motivo que um fio transportando sinais elétricos se aquece, ou até mesmo
fica bem quente, pouco tempo depois. Para compensar essa perda, são usados
amplificadores para o sinal.
4.1.5. Ruído
Outra causa de perda é o ruído. Vários tipos de ruídos, como ruídos térmicos,
induzidos, linha cruzada e de impulso, podem causar danos ao sinal.

O ruído térmico: é a movimentação aleatória de elétrons em um fio que cria um sinal


extra que não foi originalmente enviado pelo transmissor.

O ruído induzido: provém de fontes como motores e aparelhos elétricos. Esses


dispositivos atuam como uma antena transmissora e o meio de transmissão como antena
receptora.
Linha cruzada: é o efeito de um fio sobre o outro. Um fio atua como uma antena
transmissora e o outro, como uma antena receptora.

O ruído por impulso: é um pico (um sinal com grande energia em um curtíssimo espaço
de tempo) proveniente de cabos de força, relâmpagos e assim por diante.
4.1.6. Relação Sinal/Ruído (SNR)
Precisamos conhecer a relação entre a potência do sinal e a potência do ruído.

Um SNR alto significa que o sinal é menos afetado pelo ruído; um SNR baixo significa
que o sinal é mais prejudicado pelo ruído.
Como o SNR é a razão entre duas potências, ele é normalmente descrito em unidades
de decibéis, SNRdB, definido como segue

Exemplo:
A potência de um sinal é 10 mW e a potência do ruído é igual a 1 μW; quais são os
valores de SNR e de SNRdB?

Exemplo:
BIBLIOGRAFIA

• Eletrônica e Telecomunicações, Vol5. Alvaro gomes de carvalho e luis fernando


badinham, centro paulo sousa, governo de são paulo, 2011.

• Comunicação sem fio. Theodores. rappaport, centro paulo sousa, universidade federal
do paraná, sãopaulo, 2009.

•Telecomunicações. Juarez do nascimento, Sãopaulo: Macronbooks, 1992.


OBRIGADO PELA SUA ATENÇÃO

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