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~

Diretores
Editora Saber Itda.
EDITORIAL
Hélio Fittipaldi Nesta edição fora-de-série com projetos dos leitores e práticas de
Thereza Mozzalo Ciampi Fittipaldi
service que tradicionalmente continha poucas matérias da redação,

ELETRÕfH- agora podemos notar um pouco mais. Sentimos a necessidade de


abordar vários assuntos importantes para o conhecimento de todos
www.eletronicatotal.com.br
Editor e Diretor Responsável como, por exemplo, o Inglês Instrumental, que não se atem apenas à
Hélio Fittipaldi
língua inglesa mas também conhecimento na área eletrônica.
Diretor Técnico
Newton C. Braga Proximamente iremos publicar uma coluna sobre metrologia onde

Redação abordaremos as normas ABNT, ISE 31 e o Sistema Internacional de


Sérgio Vieira
Unidades de Medida - SI .
Con_lho Editorial
Lulz Henrique Correia
Newton C. Braga
Pedro Medoe

Dealgners
Diego Moreno Gomes
Dlogo Shlralwa
Jonas Ribeiro Alves
Renato Paiotti
íNDICE
Microcontrolador Projetos dos Leitores
Circulação
José Lulz Cazarim Sequencial de Efeitos de Luz Testador de Controle Remoto 17
Alarme com Sensor NA 17
PUBUCIDADE
com PIC 4
Reversor Digital para Motor DC 18
carta de Castro Assis Oficina Sirene Econômica de Ambulância 20
Melissa Rigo Peixoto
Rlcardo Nunes Souza Placas de Circuito Impresso Transmissor de 25 W para
Rádio Comunitária 20
Métodos simples para você mesmo faze r..6
PARA ANUNCIAR: (11)6195-5339 Timer Transistorizado 21
ublicidade@editorasaber.com.br Montagem Alarme de Calor sem Relé 22

Impressão Eletrificador de Cercas com Sidac .... 12 Relógio Digital de 24 horas 22


Alarme com Chip de Relógio 24
Bandeirantes Gráfica Inglês Instrumental Controle de Nível de Reservatório 24
Distribuição Voltage - RMS and Average 14 ROM Player 26
Brasil: DINAP Transmissor FM p/ Rádio Comunitária 26
Portugal: MIDESA tel.: 121926-7800 Eletrônica Digital
Pedal de Distorção sem Fio 28
Aprendendo Eletrônica Digital
Bóia Eletrônica Inteligente 29
ASSINATURAS Sorteador Binário .49 Transmissor de 1 W para 40 m 30
www.elelronicatotal.com.br
Service Sistema de Irrigação de 4 Canais 30
fonejfax: (11) 61.95-5335
atendimento das 8:30 às 17:30h Pisca-Pisca de Potência 32
Como Ajustar Tansmissores 52
Despertador Luminoso 32
Eletrônica Total é uma publicação mensal da
Quando uma Montagem Jogo Diodo 33
Editora Saber Ltda, ISSN0103-4960. Redação, não Funciona 56 Indicador de Ondas EStacionárias
administração, publicidade e correspondência: 27MHz 34
Rua Jacinto José de Araújo, 315, Tatuapé, Controle Remoto
CEP 03087-{)20, São Paulo, SP, tel'; fax (li) Proteção Visual-Sonora Inteligente 34
Sistemas Atuadores 60
6195-5333. Edições anteriores (mediante Alarme de Sobretensão de 13,8 V 35
disponibilidade de estoque), solicite pelo Componentes No-Break de 12 V 36
slte www.eletronlcatotal.com.br. ou pelo tel. Transmissor de FM
6195-5330, ao preço da última edição em Conversor de 0- 5 V para
banca. Pseudo-Estéreo de 2 W 36
Sensores de 4-20 mA 63
Reversor para Motor DC
AssocIada da:
Seções com Sensor Infravermelho 38
ANER Seção do Leitor 2 PTT para HT-VHF 39
Associação Nacional dos Notícias 15 Receptor para 49 MHz .. ., 39
Editores de Revistas. Conversor de Tensão de 12/15 V
Projetos Vencedores/Premiação/
para 9,6 V x 1,5 A 40
Como Votar 16 Etapa Simétrica de Potência
Práticas de Service .42 para Transmissor de FM .40
~
Associação Nacional das Editoras Antena de 5/8 para Rádio Comunitária 41
de Publicações Técnicas, Dlrigidas
e Especializadas.
Atendimento ao Leitor: a.leitor.eletronicatotal @editorasaber.com.br
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Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores. É vedada a reprodução total ou parcial dos textos e ilustrações desta Revista. bem como a industrialização
e/ou comercialização dos aparelhos ou idéias oriundas dos textos mencionados, sob pena de sanções legais. As consultas técnicas referentes aos artigos da Revista deverão ser feitas
exclusivamente por cartas. OU e-mail (Ale do Departamento Técnico). São tomados todos os cuidados razoáveis na preparação do conteúdo desta Revista, mas não assumimos a responsabilidade
legal por eventuais erros, principalmente nas montagens. pois tratam-se de projetos experimentais. Tampouco assumimos a responsabilidade por danos resultantes de imperícia do montador. Caso
haja enganos em texto ou desenho. será publicada errata na primeira oportunidade. Preços e dados publicados em anúncios são por nós aceitos de boa fé, como corretos na data do fechamento
da edição. Não assumimos a responsabilidade por alterações nos preços e na disponibilidade dos produtos ocorridas após o fechamento.
ELETRÔNICA TOTAL baixo o tempo todo. Só consegui o De fato, a matriz de contatos con-
& SABER ELETRÔNICA ajuste com um capacitar de 1 /lF siste numa das soluções mais práti-
"Qual a diferença entre a Saber no pino 1. Gostaria que me dessem cas para a realização de projetos
Eletrônica e a Eletrônica Total?" alguma sugestão." experimentais. Todo desenvolvedor
Marcos Schilling' Sergio E. Santo de projetos ou aquele que deseja
Porto Alegre - RS experimentar um circuito antes de
O que pode estar ocorrendo é a fazer uma montagem definitiva, deve
A Revista Saber Eletrônica é uma saturação do circuito e a elevada saber como usar uma matriz. Os
revista mais avançada, destinada quantidade de harmônicas do trans- componentes podem ser encaixados
aos profissionais que já trabalham missor, uma vez que o leitor diz que e retirados à vontade, o que facilita
na área, princi- experimentou o circuito numa matriz de encontrar o valor ideal e, além disso,
palmente àqueles contatos, como explica no seu e-mail. podemos mudar as configurações. No
que estão empre- Com o sinal muito forte que chega nosso "Curso Básico de Eletrônica"
gados em indús- ao PLL, ele não consegue separar a ensinamos a utilizar a matriz e estamos
trias, empresas de freqüência. O transmissor deve ser preparando um artigo completo sobre
telecomunicações, montado em outra matriz e, se mesmo seu uso para sair brevemente, dada
professores, téc- assim houver dificuldades no ajuste, sua importância.
nicos e enge- deverá ser empregado um filtro atenua-
nheiros. Os temas dor de altas freqüências, visto que o
são sempre sinal do transmissor é retangular e
profissionais, rico em harmônicas. A figura 1 mostra APRENDENDO A CONSERTAR
visando solu- como agregar esse filtro ao sistema. "Estou querendo aprender a con-
ções práticas Depois, na montagem definitiva, sertar aparelhos eletrônicos (rádio,
para os proble- se o transmissor ficar bem longe do TV, etc). Por isso, desejo adquirir
mas que eles reconhecedor ou se o sinal for fraco, revistas desde o início: o que é cada
encontram no seu o capacitor desse filtro poderá ser peça (capacitar, resistor etc.), para
trabalho, a atualiza- reduzido de valor e até mesmo retirado que serve, como medir, ferramentas e
ção de conhecimen- do circuito. instrumentos, etc."
tos e novas tecnolo- Valdomiro Junqueira da Silva
gias. Já a Eletrônica São Vicente - SP
Total é uma Revista destinada aos 10 kn
que estão iniciando, estudantes e 555
(osc)
--c=:J T
3 567
(tom)
O melhor começo é o nosso livro
profissionais com alguma experiência, "Curso Básico de Eletrônica" onde
além daqueles que gostam de fazer explicamos a função de cada compo-
montagens práticas. A Eletrônica Total
inclui também matérias para os profis-
100 pF a 47 nFl
( experimentar)I nente, como testá-Ios e onde são
usados. Depois, mostramos os circui-
sionais de manutenção e instalação
de equipamentos eletrônicos (Service)
um.· tos básicos em que eles são utilizados
e ensinamos a usar ferramentas bási-
que possuem suas próprias oficinas cas em testes. Posteriormente, o
ou lojas. leitor poderá se aperfeiçoar com o
USANDO MATRIZ DE CONTATOS livro "Curso de Instrumentação - O
"Tenho notado que em muitas Multímetro", no qual ensinamos a usar
RECONHECEDORES DE TOM montagens vocês recomendam o uso aquele instrumento. Durante esse
Tenho tido muita dificuldade com de matrizes de contatos. Gostaria de tempo, acompanhe nossa Revista
os reconhecedores de tom. No projeto saber mais sobre sua importância." onde sempre temos artigos interes-
publicado na Revista Eletrônica Total, Ronaldo de Oliveira santes para os técnicos iniciantes e
o circuito fica com a saída em nível Campinas - SP mesmo os avançados.

"ELETRÔNICA TOTliL . Nº 96, 2003


TIVIBRADORES ASTÁVEIS PLLS, VARICAPS E IGBTS CONTROLE DE MOTOR
E MONOEST Á VEIS EM TRANSMISSORES DE FM DE PASSO DE 5 V/12 V
Gostaria de saber se vocês têm "Um amigo me disse que hoje em "Gostaria de controlar um motor de
uma edição que trate dos multívi- dia, já não se usa mais capacitares passo via PC. No intuito de conseguir
radares astáveis, biestáveis e dos variáveis na construção de transmis- um circuito, comprei várias revistas e
rsores de freqüência ..." sores, e sim PLLs, varicaps e IGBTs. livros da Editora Saber. Infelizmente,
Robson - Rio de Janeiro - RJ Gostaria que me explicassem isso." todos os exemplos que tenho são para
Sérgio Antonio de Oliveira Neto motores de 5 V/500 mA por fase.
No "Curso Básico de Eletrônica" São José dos Campos - SP Gostaria de conseguir um circuito para
temos uma lição que trata do princípio motores de 6 fios com tensões de 12
de funcionamento dos multivibradores, Sim, em muitos projetos os capaci- Ve 0,6 A por fase, ou 5 V com 1,0
assim como no "Curso de Eletrônica tores variáveis são substituídos pelos A por fase."
Digital" em que se dá inclusive as varicaps no sistema de modulação Elineudo Pinho de Moura
versões integradas de tais componen- e sintonia do oscilador, no entanto, Fortaleza - CE
tes. Quanto aos inversores, no livro nas etapas de potência os trimmers
"Mecatrônica Industrial" há um capítulo continuam a aparecer, pois são abso- Na figura 3 apresentamos os cir-
inteiro (111) sobre inversores. Veja o lutamente necessários, uma vez que os cuitos que o leitor precisa.
anúncio dos dois livros no nosso site varicaps operam apenas com baixas Observamos que os transistores
www.editorasaber.com.br. potências. Um varicap nada mais é devem ser montados em bons radia-
do que um diodo que, polarizado no dores de calor. A seqüência de acio-
sentido inverso, se comporta como um namentos (ou fases) também deve ser
capacito r variável. Muitos circuitos, por cuidadosamente planejada para que
MODIFICANDO O outro lado, sintetizam as freqüências não ocorram ligações simultâneas de
MICROFONE PARABÓLICO de operação na forma digital a partir bobinas, o que pode causar problemas
"Montei o projeto do 'Microfone de PLLs. Com isso é possível obter de sobrecarga ao motor.
Parabólico' (ET-94) e gostei muito do grande estabilidade, mas os circuitos se
resultado. Todavia, percebi que para a tornam mais complexos e nem sempre
+5/12V
aplicação que pretendo dar ao mesmo, ao alcance do montador comum.
1A
o projeto necessita de mais alguns Quanto aos IGBTs, nada tem a ver com
incrementos como um controle adicio- transmissores, pois são comutadores Motor

nal de graves e agudos e um LED piloto de potência de baixas freqüências


para indicar ligado/desligado." empregados em inversores, controles
Bonifácio Valmor de Mello de motores e solenóides.
Barra Velha - SC

Há diversos recursos que o leitor ~


pode agregar ao microfone parabólico.
Na figura 2 mostramos como ligar um
4,7kn 'l.
a ) acrescentando um LED
controle de graves e agudos e um LED TIP110
indicador de funcionamento.
O leitor também quer saber deta-
lhes dos "microfones tubulares" usados
nos estádios de futebol. O princípio
é o do tubo ressonante acústico,
mas como esse assunto é extenso, LED
-
- TIP110

pretendemos fazer futuramente uma


matéria com detalhes da montagem.

b ) acrescentando
------0+
controle de tom

Comentários, criticas e sugestões:


a.leitor.eletronicatotal@editorasaber.com.br
ou através de cartas:
Rua Jacinto José de Araújo, 315
CEP: 03087-020.- São Paulo - SP
Todas as consultas poderão ser publicadas.

f L! r F'fJ[ Wj, TOT:::L"I'J' 96/ 2003 ",


Descreveremos, neste artigo, a implementação de um circuito
seqüencial de efeitos de luz com saída opto-acoplada a TRIAC usando
um microcontrolador PIC.
Alfonso Pérez

o CIRCUITO passagem por zero. Para a rede de


220 V devem ser empregados os
A figura 1 ilustra o diagrama MOC3040.
esquemático do seqüencial de efeitos call Effect1;Chama a rotina
para luzes usando um microcon- ;do efeito 1.
trolador PIC. Esse circuito permite O PROGRAMA decfsz cnt ;Testa se
controlar 8 TRIACs, nos quais podem ;terminou
ser ligadas lâmpadas incandescentes. O programa começa executando ;0 efeito 1.
Os LEDs 1 a 8 possibilitam observar um salto para o endereço marcado goto Eff_1 ;Salta.
a seqüencial dos efeitos. I como "início", no qual é selecionado
Os circuitos integrados CI2 a CI9 o banco de memória RAM para con-
(MOC3010) realizam um acoplamento figurar a porta B como saída. Depois,
óptico entre o circuito de controle e ele entra no bloco principal, de onde A instrução decfsz decrementa a
o circuito de potência de corrente são chamadas as rotinas contendo variável cnt e testa se chegou a zero.
alternada. O circuito de potência os efeitos de seqüência. Caso não seja zero, então executa
trabalha com tensão de 110 V. Para O programa contém 4 rotinas de a seguinte instrução de salto:
operar em 220 V, os acopladores efeito, mas podem ser criadas mais, gota Efe 1. Caso decremente cnt
devem ser trocados pelos MOC3020. de acordo com as necessidades ou seja zero, então pula a instrução
Os TRIACs utilizados pelo circuito, imaginação do programador. Também seguinte e continua o programa.
podem ser de 10 A, 600 V, sendo é possível otimizar a rotina de retardo É possível ainda mesclar vários
seus terminais centrais ligados em Relay para gerar tempos diferentes efeitos dentro de um bloco contador
paralelo. Os pinos 1 dos TRIACs nas seqüências. Uma forma de fazer para criar outros efeitos. Nas linhas
controlam as saídas para as lâmpadas essa otimização seria passando um seguintes de código são mesclados
correspondentes. parâmetro no registro W (acumu- dois efeitos para formar um diferente:
Dependendo da potência dissi- lador) para controlar o tempo do
pada pelos TRIACs, será necessário retardo.
dotá-Ias de dissipadores de calor. A variável (registro) "cnt" é usada movlw OAb ;Carrega o
Como as lâmpadas incandescentes como contador para chamar a rotina ;registro "cntO
são cargas resistivas, não é preciso do efeito o número de vezes desejado ;com OAR.
agregar um circuito contra ruídos na e pode ser carregada com diferentes movwf cnt
saída dos TRIACs. valores, de 1 a 255. Observe que a Eff_6
Caso sejam controladas cargas variável "cnt" deve ser carregada call Effect3;Chama a rotina
indutivas (transformadores, bobinas, antes de entrar no bloco de repetição. ;do efeito 3.
relés, etc.), é recomendável o uso de call Effect4;Chama a rotina
um circuito RC - série na saída dos ;do efeito 4.
TRIACs para eliminar o ruído. movlw OAb ;Carrega o decfsz cnt ;Testa se termi
Convém, também, trocar os ;registro "cnt" ;nou o efeito 6.
MOC3010 pelos MOC3030 porque ;com OAR. goto Eff_6 ;Salta.
eles são dotados de detecção de movwf cnt

ELETRÔNICA TOTliL· N 96 2C:J3


-. MICROCONTROLADOR

Nas linhas anteriores de código


são chamados os efeitos 3 e 4 para
formar um outro. Ao programar o
+5Vcc microcontrolador, selecione o oscila-
? dor XT, reset ao conectar e desabilite
o watchdog.
O código pode ser baixado do site:
4 14 www.eletronicatotal.com.br

-
Vdd
LISTA DE MATERIAL
Semicondutores:
CI1 - PIC 16F84.
CI2 a CI9 - MOC301 O acopladores
ópticos.
LE01 a LE08 - LEOs de 5 ou 3 mm.
TRIAC1 a TRIAC8 - 10 A/600 V.
Resistores:
R1 a R8- 330 Q - % W.
R9 a R16 - 180 Q - % W.
Capacitores:
C1 e C2 - 20 pF cerâmicos.
C3 - 100 nF cerâmico.
Diversos:
X1 - 4 MHz - cristal.
S1 - Interruptor.

CI1
PIC16F84

Linha de
corrosão
automatizada
Departamento
técnico a
~~.~..~~.~J?~~~
~.~.~
Fotoplotagem ~
a laser :

Vss
5
LEDa
S, b j
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~.:"'[:~~~'~ic:r,TC@L . I'r 96 / 2003


I
PARA VOCE MESMO FAZER -
um desenho de placa, ou simples- possa entendê-Io, é preciso um conhe-
Um dos grandes problemas mente de um diagrama a partir do qual cimento sobre os símbolos usados
que nossos leitores encontram, devemos obter a placa. Os kits, seme- na representação de componentes
na montagem de qualquer projeto, lhantes aos que a "Saber Marketing" nos diagramas.
consiste na elaboração da placa vende, contêm todo o material para se Uma boa lida no nosso "Curso
de circuito impresso. Só de pensar obter uma placa de circuito impresso Prático de Eletrônica" poderá ser
no material que se necessita para tendo por base um desenho, mas é muito interessante para tirar dúvidas.
isso, além das dificuldades técnicas preciso saber usá-Ios.
de se transferir o desenho para o A partir de conjuntos como o da
cobre, muitos desistem. Somente figura 1 é possível obter placas de A PLACA DE CIRCUITO
os que possuem um kit completo circuito impresso de excelente apa- IMPRESSO
para preparação de placas têm rência, como as empregadas em
mais facilidades, o que não significa protótipos, mas existem alternativas A finalidade de uma placa de cir-
que não existam soluções alterna- muito maissimples que exigem menos cuito impresso é dupla: ao mesmo
tivas para os projetos mais simples. em termos materiais e menos em tempo em que sustenta os compo-
Essas soluções são o tema deste termos de conhecimentos de nossos nentes em posição de funcionamento,
artigo, visando principalmente os leitores. ela fornece os percursos para as cor-
leitores iniciantes. Neste artigo, procuraremos dar rentes que eles exigem para executar
alguns métodos fáceis para a elabo- a operação.
Newton C. Braga ração de placas, diretamente a partir Esse percurso é conseguido por
dos diagramas. Evidentemente, como uma camada de cobre, que deve ser
condição básica para que o leitor recortada de modo a formar trilhas

Para os projetos eletrônicos atuais,


a placa de circuito impresso é indis-
pensável, se bem que existam alter-
nativas para as montagens experi-
mentais como a ponte de terminais
e a matriz de contatos. Todavia, a
elaboração de uma placa representa
um trabalho demorado e envolve
substâncias químicas, além de téc-
nicas que fogem bastante do que
podemos chamar de "eletrônica".
Não admira, pois, que muitos
montadores detestem essa etapa,
preferindo sempre que possível pegar
uma placa pronta de um kit e partir
diretamente para o trabalho de solda-
gemo
Ocorre, entretanto, que kits são
raros em nossos dias, e na maioria
dos casos, o que se dispõe é de
~. OFICINA

r.:ir-, ••..rV'Íf"

ra 2.
onarcomo fios, conforme

m A ~podem
A, trilhas não
se cruzar
que devem ser evitados. Faça isso
em um local ventilado. A solução de
pere/oreto mancha com facilidade e
ataca objetos de metal. Deixe-a, pois,
longe de objetos de metal.
Para "dar o banho de percloreto",
Figura 4 basta colocar a placa na banheira,
evitando a formação de bolhas por
gravação, ou seja "corroer" os locais um tempo que varia entre 20 e AO
em que o cobre vai ser retirado. Para minutos.
isso, existem várias técnicas, sendo A seguir, você pode retirar a placa
a mais comum a que faz uso de uma e verificar visualmente se o cobre nas
tinta especial à prova de corrosivo. regiões descobertas foi totalmente
Figura 2 Pinta-se com uma caneta os locais removido, veja exemplo na figura 6.
em que o cobre deve ficar, ou seja, Caso a placa não precise ficar mais
im, sobre uma placa de feno- as trilhas, deixando-se descoberto tempo no "banho", lave-a com água
fibra (que é um material iso- os locais em que o cobre deve ser comum e depois com um algodão
l, temos depositada uma finíssima "comido", observe a figura 5. embebido em álcool ou outro solvente,
da de cobre que deve ser cor- Coloca-se, então, a placa numa e remova a tinta das regiões cobertas.
de modo a formar as linhas que banheira de plástico que contém As trilhas de cobre devem aparecer
- ligar os componentes. Colocados a solução para placa de circuito (figura 7).
nessas placas, os componentes têm impresso, que é obtida dissolvendo-se O próximo passo consiste em fazer
seus terminais encaixados em furos percloreto de ferro (*) em água (a os furos para encaixar os componen-
e depois soldados nessas trilhas de proporção é de um para um). tes. Com base no desenho original,
cobre, conforme mostra a figura 3. (*) O nome correto da substância
observe os locais e use ou uma fura-
é cloreto de ferro 11.
deira elétrica ou então manual, como
Componentes Essa solução pode ser comprada a indicada na figura 8.
pronta nas casas de materiais eletrô- Feito isso, a placa estará pronta
nicos, ou ainda o percloreto em pó. para ser usada.
Se o leitor tiver de partir do pó,
deverá dissolvê-Ia em água com muito
cuidado, jogando-o bem devagar o MAIS DIFíCil
na água (e nunca o contrário!) e ir
SOlda~ mexendo com um pedaço de madeira Todavia, o grande problema da
ou de plástico. Nesse processo, o maioria não é fazer o que explicamos,
Figura 3 percloreto libera muito calor e vapores que exige apenas tempo e um local

Dessa forma, em um trabalho de


elaboração de uma placa para um pro- Caneta para
jeto, o montado r deve iniciar com uma circuito impresso
placa virgem, ou seja, uma placa que
tenha toda sua superfície cobreada.
Depois, deve transferir para essa placa
o desenho de como terão que ficar as
ligações entre os componentes para ".'. "-= _ ~ _ Q

o projeto que deseja montar. Placa- ....••. ~ •


Veja, então, que para cada pro- virgem -~-,_ ~~~ õ..~'"

jeto temos um desenho diferente ------ -_-~'--------r


que corresponde aos componentes
usados e como eles são ligados. O Figura 5
planejamento desse desenho é a
parte mais difícil do trabalho, pois
trata-se do "projeto" da placa e isso Cobre removido Placa Trilhas de cobre
Placa
exige uma boa habilidade.
Uma vez que se obtenha o dese-
nho da placa, ou seja, como devem
ficar as trilhas de cobre para o apare-
lho desejado, será preciso fazer a Figura 6 Figura 7

ELETRONICA TOTRL· N° 96/ 2000


_ B1
-3/6 V

Figura10
apropriado. A dificuldade maior é
partir de um diagrama e projetar sua impresso que "corresponda" àquele
própria placa. circuito. Então, coloca-se em um papel
Os desenhos que publicamos na o desenho feito a mão das peças,
Revista exigem mais habilidade e como elas são na realidade, e mais
alguns recursos como, por exemplo, a ou menos do mesmo tamanho.
possibilidade de se "copiar" fielmente o Obteremos algo similar ao exibido
desenho no cobre, ou ainda de se tra- na figura 11.
balhar com cartelas de símbolos ade-
sivos, como a exibida na figura 9.
Figura12
Cartelas de símbolos

Figura11 o
Trilhas finas
A seguir, devemos estabelecer
Figura9 as ligações entre os componentes Contatos
a)
conforme o diagrama. Uma idéia R1/RtC2/CV 1L1
Essas cartelas contêm as "ilhas" simples para isso é marcar com uma R C
ou pequenas rosquinhas que corres- caneta colorida as chamadas "ilhas" O~~ZzfI·
ou interligações. R1
pondem aos pontos onde entram os
terminais dos componentes, inclusive Desse modo, conforme ilustra a
as linhas retas e curvas que podem figura 12, a base do transistor, R2'
ser usadas para fazer as trilhas. R3 e C2 são todos interligados, o que
Mas, e para aqueles que não
tem acesso a esses recursos? Para
significa que podemos estabelecer
entre eles um sistema de ligações.
L9 Contatos
esses, especialmente, vamos ensinar Se formos usar uma caneta para R2/C2/C1/R3/BQ1
métodos alternativos de fazer placas circuito impresso, essas ligações Figura13
de circuito impresso com poucos poderão ser finas, observe a figura
componentes e que valem para cir- 13-a, mas temos outras alternativas, e fios do microfone, chegamos a dois
cuitos mais simples. uma delas é vista na figura 13.b. desenhos possíveis.
Nesta alternativa, formamos regi- O primeiro deles, exibido na figura
ões de conexão grandes que podem 14 tem trilhas finas que depois
CRIANDO UMA PLACA ser recobertas depois com fita adesiva, podem ser traçadas com decalques
ou mesmo com esmalte de unhas. ou mesmo uma caneta de circuito
Vamos supor que o leitor deseje Fazendo isso com as outras impresso.
montar o microtransmissor de FM cujo ligações entre os componentes, e Já o segundo tem regiões retan-
diagrama é visto na figura 10. incluindo as ligações externas do gulares e é muito mais fácil de se
É claro que o primeiro passo para positivo (+) da alimentação, do ponto fazer na prática, pois poderemos usar
isso é projetar uma placa de circuito de zero volt (O V), a antena e os alguns recursos domésticos.

ELETRÔNICA TOTflL· W 96 2003


poderá copiar o padrão somente nho da placa disponíveis para que
observando-o e usando a caneta a montagem seja feita depois sem
especial para circuito impresso. Uma problemas. Nesse ponto, a placa pode
idéia para se obter uma boa precisão, ir para o banho de percloreto.
é tomar como referência apenas os Uma alternativa interessante para
pontos em que devem ficar os furos projeto consiste na "cópia modificada"
dos terminais. do diagrama.
Para isso podemosprender o Na realidade, desenhamos os
desenho provisoriamente na placa e componentes com os tamanhos e
~ Figura 14 ~ marcar esses pontos com um prego dimensões reais na própria placa,
ou punção, batendo não muito forte, inicialmente usando um lápis preto
Veja, entretanto, que esses dois conforme ilustra a figura 18. comum.
desenhos correspondem ao lado Seguindo as marcas dos furos, Uma cópia deverá ser feita em um
dos componentes, ou seja, a placa será fácil copiar as trilhas do desenho papel, conforme indica a figura 20.
quando vista "por cima" e não do lado original. Feito isso, copiamos as ligações
cobreado. Se tivermos uma cartela de "boli- obedecendo o diagrama, mas engros-
nhas de terminais", elas poderão ser sando os fios de cada ligação de
as primeiras a serem transferidas modo que eles se tornem as trilhas da
para, depois, voltarmos a uní-Ias placa. Temos, assim, uma reprodução
usando a caneta de circuito impresso exata do desenho do diagrama, porém
ou mesmo decalques. já na forma de uma placa de circuito
Outra viabilidade consiste em impresso, veja a figura 21.
transferir o desenho das regiões Note que essas técnicas são váli-
usando papel carbono e depois "pintar" das apenas para os projetos que
com esmalte de unhas, ou cobrir com não usem circuitos integrados. O que
Figura 15 fita adesiva, ou mesmo fita crepe as acontece é que os circuitos integrados
regiões que devem ficar cobreadas, possuem terminais muito juntos e isso
Para transferir esse desenho para e assim obter o padrão de ilhas retan- dificulta o desenho à mão.
o lado cobreado, devemos virá-Io gulares observe a figura 19. Para trabalhar com circuitos inte-
conforme indica a figura 16. De qualquer maneira, é sempre grados, o leitor precisará ter disponível
Uma maneira simples de inverter importante ter o esquema e o dese- uma cartela com a disposição de
o desenho é usando papel carbono,
conforme exemplo na figura 17.

ro~õl Ia. ~.~""] ,


~ j ~ 8 y 1@ ;r",,_

a ~~
~ L-..,.-;- ==L? -=-~l' ó_0-.J .J
Lado
Lado cobreado dos componentes Marcando
o local dos furos
Figura 16 ,

Papel
carbono Figura 18

+
Trilhas feitas
com fita adesiva ou isolante
Figura 17 j

Conseguimos, então, o padrão


cobreado que deve ser transferido
para o cobre virgem da placa, e
para isso temos diversas possibilida-
des. Se o leitor for bom de desenho, Figura 19 Figura 20

ELETRÔNICA TOTHL· Nº 96/ 2003


"por baixo" pois uma vez furada, os sobre a parte descoberta. Quando
Engrossando as linhas
componentes terão seus terminais isso acontecer, retire a placa e lave-a
+ enfiados do outro lado. em água corrente.
Depois, basta remover o decalque
ou tinta usando um algodão com
o BANHO DE PERCLORETO acetona ou álcool.
Para aquelas que são recobertas
o tempo do banho depende da com fita adesiva, isolante ou crepe,
"força ou concentração da solução". a retirada da fita deve ser feita manu-
Um litro de solução serve para almente. Use um estilete para esta
fazer dezenas de placas de circuito finalidade.
Figura 21 impresso, mas à medida que ela
vai sendo usada, naturalmente enfra-
seus terminais, ou seja, uma cartela quece. No início, com uma solução ACABAMENTO
de terminais de filas paralelas (DIL), forte, a corrosão pode ocorrer em 15
figura 22. a 20 minutos, agitando-se o líquido o próximo passo no preparo da
para acelerar o processo. placa será a furação, que pode ser
Com o tempo, a corrosão vai feita com a furadora manual ou elé-
Cartela DIL
demorando mais, e quando che- trica. Observe que certos componen-
o o
garmos aos 50 minutos, é o sinal tes como transistores de potência,
o o
indicativo de que precisamos de uma trimpots e resistores de fio podem ter
o o
solução nova. terminais mais grossos, o que exige
o o
o o Se agitarmos o líquido, a corrosão furos maiores.
o o será mais rápida. A limpeza do cobre pode ser feita
Uma maneira de se "fabricar" uma com uma esponja de aço, mas limpe
Figura 22 banheira de ação rápida é exibida na depois muito bem a superfície co-
figura 24. breada de modo a não deixar nenhum
Se vamos trabalhar com um cir- Com vidro e cola de silicone (usada fiapo. Esses fiapos podem colocar em
cuito integrado de 14 pinos (4093, por para fazer aquários) é possível cons- curto as trilhas causando problemas
exemplo), o que fazemos é transferir truir um "aquário" vertical para as se não forem totalmente removidos!
para a placa esses 14 terminais placas, e usando dois fios encapados Para proteger o cobre contra a
diretamente da cartela e depois, rígidos, fazemos os ganchos que oxidação que o escurece e torna dificil
partindo deles é que executaremos as prendem a placa à meia altura. Para a adesão da solda, pode-se usar uma
ligações ou desenhos das trilhas que manter o líquido agitado, usamos um solução de iodeto de prata (pratex)
unem aos demais componentes. borbulhador do tipo empregado para que será aplicada com um pincel. Essa
Vale, nesse caso, a mesma idéia oxigenação da água em aquários. substância forma uma fina película
de se desenhar "diretamente", porém, Essa banheira acelera consideravel- de prata sobre o cobre tornando a
precisamos lembrar que estamos mente a corrosão de placas de circuito placa cor de prata e mais resistente
olhando o circuito integrado "por impresso, reduzindo em duas ou à oxidação.
baixo", quando desenhamos no cobre, três vezes o tempo necessário à sua Alguns montadores costumam
o que nos leva a uma numeração elaboração. aplicar uma camada de verniz incolor
diferente, conforme ilustrado na A placa fica pronta quando não à placa de modo a melhorar sua
figura 23. restam manchas de cobre visíveis aparência.

80 ,i r
'4
~

.,
7

7.

g'4
Por cima Por baixo ~AqUáriO

Figura 23
Placa

Mesmo para os transistores,


Bolhas de ar
quando desenhamos um diagrama
"direto" no cobre, é necessário ter em
mente que os estamos observando Figura 24

- ELETRÔNICA TOTAL· N' 96 2OCJ3


Os SIDACS (Diodos de Silício para Corrente Alternada) são componentes muito versáteis, se bem
que ainda pouco explorados em montagens práticas, por serem relativamente novos. Neste artigo,
focalizaremos uma aplicação interessante, que consiste em um eletrificador de cercas. Conforme os
leitores verão, graças às propriedades elétricas desse componente, um eletrificador, que nada mais é
do que um gerador de alta tensão, se torna muito simples.
Newton C. Braga

Os SIDACs ou Silicon Diodes O CIRCUITO O resisto r R, determina pratica-


for Alternating Current (Diodos de mente o consumo do aparelho. Assim,
Silício para Corrente Alternada) são O circuito que ora apresentamos na rede de 220 V com um resisto r de
dispositivos semicondutores com nada mais é do que um inversor de 2,2 kohms temos uma corrente de
propriedades semelhantes às da Muito Alta Tensão (MAT) usando um carga de 0,1 A aproximadamente. Na
lâmpada néon e transistor unijunção, oscilador de relaxação com SIDAC. verdade, considera-se que a corrente
todavia, com uma capacidade muito Nele, o capacitor C, carrega-se atra- é um pouco menor, pois ela não é
maior de condução. Com eles, é vés de R, e D, até ser atingida a constante. Supondo-se esse valor,
possível elaborar osciladores de tensão de disparo do SIDAC. Quando o consumo do aparelho estará e"m
relaxação de alta potência, observe isso ocorre, o SIDAC dispara e o torno de 20 W.
a figura 1. capacitor descarrega através do enro-
lamento primário de um transformador
de alta tensão. MONTAGEM
O transformador utilizado no pro-
R
jeto nada mais é do que um fly-back Na figura 3 temos o diagrama
J. Saída
ou transformador de saída horizontal
de um televisor antigo. No secundário
completo do aparelho.
A montagem, por ser bastante
C
desse transformador temos, então, simples, pode até ser feita com base
I pulsos de alta tensão que podem ser
aplicados à cerca. Observe que, por Altatensão
iil!il'êil exigências legais, o transformador é

Conforme podemos ver, um osci-


totalmente isolado da rede de energia.
Com isso, os pulsos de alta tensão
MPulsos
~:C'cerca
:
lador de relaxação com um SIDAC aplicados à cerca são de baixa cor-
usa pouquíssimos componentes, e rente e não têm conexão com a rede Isolam:r:o Terra
quando ele dispara, correntes de de energia (o que é proibido). Figura 2. I~iii!r.BI••!liIllllEtll!.-
vários ampêres podem ser conduzi-
das no processo de descarga do
capacitor. Os SIDACs comuns podem
disparar com 120 V ou 240 V, caso que Cerca
possibilita a elaboração de osciladores
de relaxação diretamente alimentados
pela rede de energia, exatamente
como fazemos neste projeto.
Obs.: O SIDAC deste projeto é
de 240 V, o que significa que ele só
funcionará nas redes de 220 V. iii!illEU
numa pequena ponte de terminais. A Os leitores que desejarem poderão Valores entre 1 IJF e 8 IJF podem ser
disposição dos componentes nessa elaborar uma placa de circuito impresso usados.
ponte é exibida na figura 4. com o padrão visto na figura 5. O resistor deve ser de fio de 20
W de dissipação, e o leitor não deve
estranhar o aquecimento deste com-
ponente em funcionamento.

PROVA E USO

Para provar o aparelho, basta


AT ligá-Io à rede de energia. Aproximando
uma chave de fendas do terminal de
alta tensão com ligação numa das
tomadas de baixa tensão, deverá
ocorrer uma faísca entre 0,5 e 1 cm,
conforme ilustra a figura 7.
Lembramos que, para cada centí-
metro de faísca, temos algo em torno
de 10 000 volts.
A conexão a uma cerca deve ser
feita conforme mostra a figura 8.
Observe que os fios da cerca são
isolados e que deve existir um aviso
de alerta.

,Isolador~

~~====EFio nú
T p+-----Barra de metal
40 em

glliEi:1

O enrolamento primário do trans- LISTA DE MATERIAL


formador de alta tensão consiste em
8 a 12 voltas de fio comum feitas na SIOAC - Sidac de 240 V,
parte inferior do núcleo de ferrite, veja
a figura 6. 01 - 1N4007 - diodo de silício.
8 a 12 Note que este transformador deve
voltas
de
comum
fio ser do tipo antigo, que possua acesso
a esta parte do núcleo para que a
bobina primária possa ser enrolada.
R1
fio.
- 2,2 kQ 20 W - resisto r de

Quanto ao capacito r C1 este é de C1 - 1 a 8 IJF x 350 Vou mais-


WillFd tipo especial despolarizado para alta capacito r despolarizado.
tensão. O circuito indicado deve operar
na rede de 220 V, pois o SIOAC é T1 - Transformador de alta
de 240 V. Assim, o capacitor irá se tensão (f/y-back) - ver texto
carregar com uma tensão de 240 V
até ocorrer o disparo (lembramos que Diversos:
o pico na rede de 220 V chega a mais Ponte de terminais ou placa de
de 300 V), o que exige um capacito r circuito impresso, fios, solda, cabo
com uma tensão de trabalho de pelo de força, caixa para montagem,
menos 350 V. etc.
O valor deste capacitor determi-
gillFil nará a intensidade da descarga.
-
se mede tensões, os termos RMS e médio (average) aparecem com freqüê
casos na forma original em inglês. A confusão surge quando se tenta traduzi- os
ajnda explicar seu significado tecnicamente sem misturar os termos do inglês original c
que são empregados em nosso idioma. O problema ainda pode se agravar quando se
verter unttexto técnico do português para o inglês. É das ''tensões e seus valores" que val11p
tratar neste nosso artigo "Inglês Instrumental" deste mês.

A primeira questão que aparece Traduzindo o texto, temos: aquecimento em um resistor que uma
quando tratamos das tensões e corren- "O valor rms, ou médio quadrático, tensão contínua que tenha 0,707 do
tes alternadas está no fato de que, é também chamado valor eficaz, sendo valor de V.
em nosso idioma, costumamos usar equivalente ao mesmo valor numérico Por isso, o valor rms de uma tensão
o termo "tensão", enquanto que, "em para uma corrente DC no efeito de senoidal é 0,707 ou 70,7% de seu valor
inglês" o termo usado é ''voltage''. aquecimento que ele cria em uma de pico.
Se bem que em certos artigos resistência" . O nome "quadrático" de "square
técnicos, principalmente alguns mais Uma explicação melhor pode ser roof' (raiz quadrada) vem justamente
antigos, ainda seja usado o termo dada a partir do gráfico da figura 1, do fato de que, para uma tensão ou
''voltagem'' para especificar a tensão onde podemos unir a análise do texto corrente senoidais, o valor de pico
existente num circuito ou num ponto em inglês a uma explicação técnica. é calculado multiplicando-se o valor
qualquer de uma fiação, ele não é mais rms pela raiz quadrada de 2, ou seja,
adotado nos meios profissionais. figura 1 1,4142.
Por outro lado, quando tratamos No cálculo inverso, o valor rms é
de tensões e correntes alternadas obtido multiplicando-se a tensão de pico
(alternating current , alternating voltage) por 0,707, como vimos, que é a raiz
- abreviadas por CA em português e quadrada de 2 dividida por 2, conforme
AC em inglês - e seus valores como o a fórmula abaixo:
médio quadrático e médio, é comum Vrms = 0,707 x Vpico, onde
que se usem as abreviações e até 0,707 = raiz quadrada de 2/2
mesmo os termos no original. ou
Para que possamos analisar melhor O valor médio quadrático ou rms Vpico = 1,414 x Vrms onde
os significados dos termos envolvidos corresponde ao valor que uma tensão 1,414 = raiz quadrada de 2.
nas especificações de tensões e cor- alternada deve ter para produzir o
rentes alternadas, vamos pegar um mesmo aquecimento numa resistência Nos textos em inglês encontramos
texto do livro "Sourcebook for Electronics que uma corrente contínua determi- ainda o termo "peak" para indicar
Calculations, Formulas and Tables", nada. Assim, conforme mostra a figura o valor máximo que uma tensão ou
de Newton C. Braga, publicado pela 2, uma tensão de V volts de pico de corrente atinge em um ciclo. Ainda,
Prompt nos Estados Unidos em 1999 um sinal senoidal, causa o mesmo do mesmo livro, podemos tomar o
- pág. 71. seguinte texto:
'The rms value,or root mean square, figura 2 "Umex is the highest positive or
is also called effective value and is nega tive value of the voltage in one
equivalent to the same-numbered DC- cyele in volts (V) "
value in the heating effect it creates in Traduzindo:
a resistance" "U máx é o valor positivo ou negativo

-,--t-----
mais alto da tensão em um ciclo em
Vocabulário: 70% Vmáx volts (V)".
Root mean square - médio quadrá-
tico
- - - ---- Destacamos neste texto alguns
Effective - eficaz
Same-numbered - mesmo valor resistor:I
aplicadas a um '/ outros pontos importantes:
Em inglês existem os termos
numérico --c:J- highest e higher, que podem ser encon-
Heating - aquecimento
DC-value - valor DC
DC - Direct Current - corrente con-
/\\. trados em textos diversos. Highest é
usado para designar o "mais alto de
todos", enquanto que higher é para
mesma quantidade
tínua. de calor gerado designar simplesmente "mais alto".
Os texto abaixo serve para mostrar . Resumindo: Radiation Monitoring System - Sis-
a diferença: "Ihe vo/fage in A is higher Nos textos em inglês utiliza-se o tema de Monitoramento de Radiação.
than in B, but the vo/tage in C is the termo ''voltage''para especificar tensões. Rai/way Mail Service - Serviço de
highest in ali the clrcuit". Highest e higher têm significados Correio Ferroviário.
diferentes. RMS significa root mean Range Measuring System - Sistema
Traduzindo: square ou valor médio quadrático. de Medida de Alcance.
"A tensão em A é maior do que em Mas, cuidado, nem tudo que é RMS
B, mas a tensão em C é a mais alta de significa valor médio quadrático. Vejam
Acrônimos Importantes
todo o circuito". os seguintes exemplos:
RMS - root mean square - valor
Uma outra curiosidade que deve
médio quadrático
ser observada nos textos em inglês é Rack Mount Space - Espaço para
AC - Altematíng Current - corrente
que, quando se refere a uma tensão montagem em rack.
alternada
alternada, o texto pode tratá-Ia como Radar Maintenance Spares -
DC - Direct current - corrente contí-
uma "tensão de corrente alternada" ou Sobressalentes para Reparos em
nua
"an AC Voltage". Radar.

N
FLASH LED PARA APLICAÇÕES tensões de operação é de 3 V a 12,6 SINTETIZADOR PROGRAMÁ VEL
GERAIS V. Os amplificadores são dotados de DE FREQÜÊNCIA
um pino para um estado de baixo
O LED-Flash Pisca apresentado consumo com apenas 10 IJA. Os A ILSI America lançou um novo
fornece pulsos de 142 lux, sendo invólucros para os LT6233 e 6233-10 sintetizador programável de freqüên-
ideal para aplicações móveis, tais são de 6 pinos SOT-23, e para o cia capaz de cobrir a faixa de 20
como telefones celulares, câmeras LT6234 de 8 pinos SO. O LT6235 é MHz a 6000 MHz em faixas, com uma
fotográficas ou outros dispositivos disponibilizado em invólucro SSOP freqüência de referência de 5 a 50
em que o espaço disponível para a de 16 pinos. A corrente de saída é de MHz. O ruído de fase é menor do que
instalação de um flash convencional 30 mA e o CMMR típico de 116 dB. 110 dBc/Hz em 100 kHz e a saída é
seja crítica. A iluminação fornecida Na figura ilustrativa, uma aplicação bufferizada com um nível de +6 dB,
pelo LED permite a captura de ima- para amplificador de instrumentação em 50 ohms. As fontes de alimentação
gens em condições de baixa ilumina- de baixa potência. podem ser de 3,3 V, 5,0 V ou 12 V de.
ção. Com um tempo de flash em torno O preço nos Estados Unidos é de 45
de 1 IJs, ele tem a vantagem de não dólares por unidade para quantidades
precisar de um tempo de carga do RESISTORES DE ALTA TENSÃO de 1 000 peças.
capacitor, como ocorre no caso SUPORTAM 3,5 KV
dos flashes que fazem uso de lâmpa-
das de xenônio. Mais informações A TT Electronics está lançando ANALOG DEVICES LANÇA AMPLI-
no site da Lumileds Lighting em uma nova linha de resistores para FICADOR OPERACIONAL RÁPIDO
http://www.lumileds.com/pdfs/ operar em circuitos de alta tensão, os
quais possuem uma tensão de ope- A Analog Devices apresentou o
DR01.pdf
ração máxima de 3,5 kV. A série MH novo amplificador operacional AD8099
de resistores encontra-se disponível indicado para aplicações que exigem
na faixa de resistências de 100 k a 1 alta velocidade com baixa distorção
AMPLIFICADORES OPERACIO-
M com uma tolerância de 1% e TCR harmônica e ruído baixos (o ruído é
NAIS LINEAR TECHNOLOGY
de 100 pprnl"C. de apenas 0,95 nV/rtHz e a distorção
Esses novos resistores são ideais de -10 dB em 10 MHz). Além disso, a
Os novos amplificadores opera-
para aplicações em fontes de ali- taxa de crescimento é de 1600 V/IJS
cionais LT6233/LT6234/LT6235 são
mentação, controle de velocidade e a faixa passante versus ganho de
simples/duplos/quádruplos, com uma
de motores de eletrodomésticos, 5 GHz com ganho 10. O AD8099 tem
tensão de ruído de 1,9 nV/rtHz e
televisores, etc. As potências de uma taxa de crescimento de 600 V/IJS
drenam uma corrente de apenas 1,15
dissipação vão de 0,25 a 0,5 W e eles com ganho 2. Outras aplicações para
mA por amplificador. Eles possuem
são especificados para operar entre este componente estão os sistemas
uma faixa passante x ganho de 60
-55 e + 155°C. Mais informações em: de radares anticoüsão, equipamentos
MHz e são otimizados para alimen-
http://www.welwyn-tt.com médicos de ultrasom e instrumentação
tação com baixa tensão. A faixa de
de precisão.

f-LtTROr~ICA TOTAL - N° 96/2003'-,


j

1. Testador de Controle Remoto


Gilberto Sanches
São Paulo - SP

o circuito apresentado serve para gerado se um controle remoto está A alimentação pode ser feita por
testar controles remotos infraver- ou não com problemas. fonte ou pilhas.
me lhos como os empregados em O circuito também pode detectar O transistor Q2 deve ser dotado
televisores, equipamentos de som, infravermelho produzido por lâmpadas de um radiador de calor.
DVDs e outros. Ele detecta o sinal e outras fontes.
infravermelho emitido por esses dis-
positivos, convertendo-o num tom
audível reproduzido por um alto-
falante.
O coração do testador é um
módulo GPIU52X da 8harp (retirado
de um vídeo de sucata), o qual
contém o circuito completo de detec-
ção de infravermelho com amplificador 2
1
interno. O seu sinal é aplicado a um 100 kQ
amplificador de áudio. C2
A alimentação de 5 volts para o 3 1011F
~
módulo é fornecida por um regulador 16 V R C3
R 5
com base no diodo zener D1· R2 2 56 kQ 100 llF
10kQ 16V
funciona como controle de volume.
Com a prática, os profissionais de • usar dissipador de calor oV
8ervice poderão reconhecer pelo tom

2. Alarme com Sensor NA


Roberto Ednei Barbara
Londrina - PR

No alarme mostrado na figura, lâmpada incandescente piscará. LEDs amarelos. Mesmo que a sirene
quando o sensor NA (normalmente Observe que o circuito ficará per- e a lâmpada sejam desligadas, o LED
aberto) 81 ou 82 for pressionado, o manentemente ligado, não havendo continuará aceso indicando que o
LED verde L2 ou L5 (dependendo de nenhuma chave para cortar a alimen- senso r está pressionado.
qual senso r foi acionado) apagará em tação. Para desabilitar o circuito, basta A tensão de alimentação é de 127
espera, enquanto que o LED L1 ou pressionar por instante 83 ou 84 V para acionamento das lâmpadas
l4 acenderá indicando que o circuito (ReseO, dependendo da indicação de incandescentes de 100 W por canal.
foi acionado. Mesmo que o senso r L1 ou L4. Com isso, o circuito voltará O transformador T 1 deve ter 15 V x
não esteja mais sendo pressionado, à posição inicial de espera. Qualquer 1 A de secundário. Os sensores são
o LED amarelo apagará e o circuito dos sensores que estiver pressionado "push-buttons" NA e os de reset são
ficará travado. A sirene soará e a terá sua identificação através dos do tipo NF. A sirene é de 12 V.

ELETRÔNICA TOTl'IL - N° 96/ 2003


CA
Lâmpada
Sensor Incandescente
200W

2
'------OCA

02
TIC106

D1
RS -1 1N4004
Resel
NF D2
Si rene
1N4004
12 V

CA
Lâmpada
Sensor Incandescente
200W

'----~-oCA

CA

3. Reversor Digital para Motor De


Roberto Ednei Barbara
Londrina - PR

Um sensor - formado por um par Com o sensor aberto, o feixe entre o circuito integrado CI2 (4011)
de LEDs infravermelhos e seis inver- L1e L2 fica livre. Com isso, 01 conduz - formado por quatro portas NAND
sores de um circuito integrado 4049 - saturando 06 e Os de modo a fazer de duas entradas - tem duas dessas
determina o sentido de giro do motor. o motor funcionar. portas configuradas como um timer.

E\.;ETRÔNICA TOTAL· N" 96, 2003


Após o tempo determinado por R12 e será limitado por Rg e C2, que formam Os transistores de 05 a 08 são
C3, de aproximadamente 15 segun- outro temporizador de aproximada- Darlingtons e devem ser montados
dos, o motor que estava funcionando, mente 15 sêqundos. em radiadores de calor. Os radiadores
pára. Alterações nesses componentes devem ser independentes.
O motor ficará neste estado até (Rg/R 12 e C2/C3) permitem alterar os Considerando-se as quedas de
que os sensores L1 e L2 sejam cor- tempos de acionamento do motor. tensão nos transistores recomenda-se
tados. Ouando isso acontecer, 02 L1 é um emissor infravermelho, alimentação de g V para motores de
(que estava no corte) satura-se e com enquanto que L2 é um fotodiodo. L3 6 V, e de 15 V caso motores de 12 V
isso Os e 07 que também estavam é um LED bicolor, tal que quando sejam usados ..
no corte, conduzem fazendo o motor acender vermelho, o giro do motor A corrente máxima do motor é de
funcionar, porém, no sentido inverso. O será normal, e quando verde o giro 1 A.
tempo de acionamento nesse sentido será inverso.

+ Vcc
R14 15 V
CI1
7 100 Q
4049

Q7
TIP
120

Emissor Fotodiodo
infravermelho

C1
I220j.!F

D3
1N4148

ELETRÔNICATOmL - N° 96/ 2003


4. Sirene Econômica de
Ambulância
Artur Domingues Diniz
São Paulo - SP

o circuito aqui exibido emprega 3 portas


do circuito integrado 4093 funcionando ,------0+ 5 a 12V
como osciladores.
CI1
O primeiro oscilador é de freqüência
4093
muito baixa, operando como modulador
dos dois outros que determinam os tons
produzidos. Com a modulação, os sons se
alternam em intervalos regulares dando
o efeito de sirene de dois tons (como nas
ambulâncias).
O transdutor deve ser uma cápsula
100nF I
1.
piezoelétrica de alta impedância. Não deve
ser usado alto-falante. Para empregá-Io,
deverá ser utilizada uma etapa amplificadora.
O positivo da alimentação do circuito é
no pino 14 do CI e o terra no pino 7. A
alimentação pode ser feita com tensões de 5 100nF~
a 12 V.Alterações de valores nos capacitores
permitem alterar o tipo de efeito obtido.

5. Transmissor de 25 W
para Rádio Comunitária
Adriano Muniz Moura
Pirapora - MG

O potente transmissor que mos- XRF1 de 3,3 ~H pode ser enrolado L4 - 10 espiras de fio 20 AWG em
tramos aqui pode ser usado em emis- com 36 espiras de fio AWG 32 em um forma de 8 mm sem núcleo
soras comunitárias (observando as palito de fósforos. L5 - 6 espiras de fio 16 AWG em
restrições legais), sendo de Il'.,.Jntagem As bobinas têm as seguintes forma de 8 mm sem núcleo
relativamente simples. características: L6 - 18 espiras de fio 20 AWG em
Todos os resistores são de 1/8 W, forma de 1,5 em sem núcleo.
os capacitores deve ser cerâmicos L1 - 6 espiras de fio 18 AWG em
e o cristal qualquer um para a faixa forma de 1 cm sem núcleo A antena é do tipo plano terra, e o
de FM, dependendo da existência L2 - 5 espiras de fio 20 AWG em cabo é coaxial de 50 ou 75 ohms.
de freqüências não ocupadas na -forma de 8 mm sem núcleo A fonte deve ser estabilizada com
localidade. Os trimmers são de 3-30 L3 - 7 espiras de fio 30 AWG em tensão de 12 ou 13,8 V, e corrente de
pF de por?~lana ou plástico. O choque forma de 8 mm sem núcleo pelo menos 5 A.

,~LETRÔNICA TOTRL - N° 96 / 20C =


LS

100 nF
~
i-=-=-I •..•....
-----1~

Áudio

Obs. Usar disssipador de calor nos transistores.

6. Timer Transistorizado
Marcelo Santos Pereira
São Luís - MA

Este simples timer se baseia no


tempo de carga do capacito r selecio- r----:c-,--- .....•.
-- 12 V
nado pela chave tH1. 200 a 300 mA
Quanto maior o capacitor, maior
470
o tempo obtido. Com o valor máximo
recomendado, uma ordem de alguns
D1
minutos pode ser obtida.
1 N4148
Pressionando-se CH2, o relé
atraca e a carga se mantém sem
alimentação. No final da temporização
o relé será desenergizado e o LED
indicador acenderá.
Como a carga está ligada ao con-
•• L-_-'
ON
CH2
tato NF, é nesse momento que ela À carga
será acionada.
Para nova temporização (ou para
ressetar o aparelho) deve-se apertar
CH3, descarregando assim o capaci- C1 C{l
tor selecionado. O circuito funciona 100 ~f:.
com 12 V conforme o relé selecionado,
o qual deve ser do tipo sensível.
Os transistores são BC547 ou
equivalentes, e o relé é de uso geral
de 12 V com corrente de 50 mA (ou
mais) de bobina.

ELETRÔNICA TOTRL - N° 96 / 2003


PROJETOS DOS LEITORESi:?(

7. Alarme de Calor sem Relé


Reginaldo do Carmo Foli
Volta Redonda - RJ

Com o "alarme" apresentado aqui,


podemos proteger componentes de um
circuito que sejam sensíveis a um sobre- .------0 + 12 V
aquecimento. a transistor BU407 - que
1N4001
aciona o sistema de refrigeração (Coo/er')
- deve ser montado em um radiador de Malha
calor. a ajuste de sensibilidade (que
Cabo blindado
determina o ponto em que o coo/er é Sensor +
acionado) é feito no trimpot de 4,7 Mohms. 1N4148 COOLER
a senso r é um diodo de uso geral (ex.: Positivo
o 1N4148), o qual deve ser colocado em
contato térmico com o componente que * Rad. Calor
tende ao aquecimento. A conexão desse
componente ao circuito deve ser feita com
cabo curto, preferivelmente blindado. A
alimentação do circuito pode ser retirada
do próprio circuito com o qual ele vai
funcionar.

8. Relógio Digital de 24 horas


Roberto Ednei Barbara
Londrina - PR

A base de tempo para este relógio Depois de 59 minutos CI7 resse- dos interruptores de pressão corres-
é a freqüência da rede de energia de tará o CI6 e, com isso, teremos o envio pondentes.
60 Hz, tal qual ocorre com os relógios de um pulso para CI8 e ao mesmo a circuito integrado CI1 da fonte de
desse tipo. tempo, o disp/ay 2 mostrará o número alimentação de 9 V - deve ser dotado
a circuito CI3 (4518) ligado ao 1 indicando que se passou 1 hora. de um dissipado r de calor.
CI2 (4081) gera um pulso a cada a CI9 envia um pulso positivo à a transformador tem secundário
segundo. entrada de CI14 (4017), que funciona de 12 + 12 V com 500 mA, e os
a transistor ligado ao pino 14 de como calendário semanal. disp/ays são de catodo comum.
CI3 tem por função acionar o ponto a ajuste do dia da semana é feito Se, no sincronismo pela rede de
decimal do disp/ay de unidades (1) da no pino 14. energia, houver tendência a aciona-
contagem de horas. A finalidade de a disp/ay 1 fica apagado até as mento errático devido à. presença
CI4 (4518) é gerar um pulso a cada 9:59. Das 10:00 às 00:00 ele se de transientes e surtos (o relógio
60 segundos, e CI5 ressetará o CI4 manterá aceso. adianta), aumente o valor do capacito r
de modo a enviar um pulso por minuto Temos dois ajustes: um para os de 47 nF junto aos pinos 1 e 2 de
a esse componente. minutos e outro para as horas através C12·

'ELETRÔNICA tou« - N° 96 2003


1

Ip·d.
DP4 Ik
MCD560

~~ a lb Ic ld le lf Ig R1 a R28 390n
390 n
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8 9 7 15 1 2 16' 8 9 7 15 1 2 16
~47kn

110
1
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1
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11 12 13 ~k!ll' , 6c===J10
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1
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Q~cJ- - - l00.F H) . ~ '-"


3
)4 2 ~9

12 + 12 V :I: 1~'cI2
••• __ 47 nF 4081
.•. Aj. Minutos
~

500 mA
9. Alarme com Chip de Relógio
Reginaldo do Canno Foli
Volta Redonda - RJ

Relógios eletrônicos que funcio-


+9/12V
nam com uma única pilha são muito
fáceis de obter e seu chip pode ser
utilizado como base para um alarme,
o qual pode ser usado para detectar
abertura de gavetas, remoção de
pequenos objetos ou abertura de BU XTAL
caixas. 407
A idéia consiste em se retirar a
placa do relógio e adaptar um circuito
sensor, que é um fio fino ligado entre
o negativo da alimentação e a base do
transistor BU407 (ou equivalente).
O trimpot serve como ajuste de Sensor
sensibilidade ao disparo. fio fino
O diodo zener deve ser de 3 V x Bobina
400 mW. ( retirar)

1O. Controle de Nível de


Reservatório Vinícius Alves de Oliveira
Barão de Cocais - MG

Este projeto é baseado em um vatório (ao ser usado) faz com que momento, K5 terá os contatos fecha-
controle de nível de líquidos e mate- o nível baixe. dos acionando uma bomba que tem
riais homogêneos em reservatórios, Quando esse nível ficar abaixo por função reabastecer o reservatório.
usando como base eletrodos senso- do eletrodo 3 (EL3), os AOs 3 e 4 Quando o nível do material chegar ao
res, um circuito amplificador, transis- deixarão de atuar e, com isso, o LED1 eletrodo 3 (EL3), teremos um sinal
tores de acionamento e relés. (verde) apagará. Nesse momento, o para o relé K3 que cortará o sinal
Supondo que o reservatório esteja LED2 (laranja) acenderá indicando o do relé K6 e, com isso, teremos a
no seu nível máximo, o que é indicado nível médio do reservatório. abertura dos contatos d2 desligando a
pelo LED1 (verde), o material em Quando o nível ficar abaixo do bomba. Os relés são de tipo sensível
contato com eletrodo 3 (EL3) fará com eletrodo 2 (EL2), o sinal deixará de de 12 V, uma vez que essa é a ali-
que sejam enviados pulsos para os ser enviado ao relé K1 e, com isso, mentação do circuito, e os transistores
amp. Op. A04 e A03. o LED2 apagará e acenderá o LED3 são NPN e PNP, de uso geral.
O A03 vai chavear os transistores (vermelho), indicando nível baixo. Obs.: As dimensões dos eletrodos
T3 e T4 que, por sua vez, energizarão Quando o nível baixar ainda mais, devem ser planejadas de acordo com
o relé K2. Energizado, o relé aciona ficando abaixo do eletrodo 1, teremos a condutividade do material usado no
o LED1 (verde). O material do reser- a indicação de nível mínimo. Nesse reservatório.
r------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------1
1 1
1 1
1
1

o
1
1

Q
I;~U I~'~U
'EL3
,-----
EL2 L~~~ L~~
•••••••
"::"12 Vcc ~,~,~,I
•••

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:d1

1
1
1
1
1
1
1
1
1

UJ '
1

cp
1
1
1
1

R100 R110
R 15 K6 mm,
1 kn 1knl 1knl ---

d2:
1 •

1
1

,_ - - ; - __ - _--.: - - - - _: ==== == =~ - - - - __ I
1
1
127 I 220 Vca :
1 'V. ,
1 1
1 1
1 1
1 1
1

:
1._---- l' d2 1
1
1
1
1

1
'-------------------w----d1:----- ~
d1

• Consiste nos comandos de força usando contadores adequados K1.K2.K3.K4. relés 12 Vcc para tensão até 500 V, ~
1 1. ROM Player
José Ferreira Vasconcelos
São LuÍs- MA

Se você dispõe de um dríve CD-ROM


fora de uso (por ter instalado um mais Painel traseiro
rápido no seu PC), poderá usá-to como
toca-CDs separado alimentando um
01
1N4001
do CO-ROM driver

amplificador comum. Veja que os CO-


ROMs Oríves possuem saídas analógicas
2~
que podem ser utilizadas para excitar
diretamente um amplificador de áudio 11EJ ~OOO/-lF
estéreo. Tudo o que precisamos para fazer
um sistema de som para CDs é de uma
OV T1
12+12V
02 .L 16V
1N4001
fonte de alimentação que será ligada 1A
da maneira ilustrada neste projeto. O
circuito integrado regulador de tensão Painel Frontal do CO - ROM Oriver AMPR
deve ser dotado de radiador de calor e
o transformador tem corrente de pelo
menos 1 A. Observe que o CO-ROM ative
é alimentado por duas tensões e que tem
um terra comum. As saídas do circuito
devem ir à entrada de um amplificador de Retroceder
boa qualidade. As ligações precisam ser Avançar

feitas com fios blindados.

12. Transmissor de FM para


Rádio Comunitária
Ivan Fernando Roberto
Avaré - SP

Este potente transmissor de FM· com fio AWG18 ou AWG 22, sendo devem ser de ótima qualidade. A fonte
tem um alcance que chega aos 15 o número de espiras e diâmetro indi- de alimentação de 12 V deve ser
km. Entretanto, dada a sua potência cados no próprio diagrama. L1 tem capaz de fornecer correntes até 10 A
e freqüência elevada de operação, núcleo de ferrite ajustável, enquanto e ter excelente filtragem.
sua montagem é crítica, devendo ser que as demais não possuem núcleo. Será muito importante que o layout
elaborada apenas por leitores que As bobinas XRF são formadas por da placa seja bem planejado, evi-
tenham boa experiência com esse 5 espiras de fio AWG 22 sobre um tando-se trilhas longas e capacitâncias
tipo de montagem. Da mesma forma ferrite de 1 cm de diâmetro por 2 cm parasitas.
devem ser observadas as restrições de comprimento. Também é importan e
legais à operação desse tipo de Os transistores de potência devem cuito seja ligado $O e
equipamento. ser montados em bons radiadores carga de saída, q e
As bobinas são todas construídas de calor. Os capacitores cerâmicos antena quanto IãlTnada.
..c-:J. 4.
7p
r -p-
• 330PF~ E3 I
10A

FUSE 10 A

~2~0~F
- .;.25V
220 nF
Poliéster

-
.1N4148

1N4148 I 10 ~F
VU 200 ~A

I 1

~ 3-30 pF

I Característica das XRF


I \ v~--- I

Filtro de harmônicas
13. Pedal de Distorcão sem Fio I

Ivan Fernando Roberto


Avaré - SP

Este circuito (ligado a uma guitarra nal do tipo 741, que tem a configura- A montagem deve ser feita em
com captadores magnéticos), envia ção de circuito distorcedor. A saída caixa de metal e os cabos de entrada
o sinal com o efeito de pedal de deste sinal é aplicada a um oscilador devem ser blindados para se evitar a
distorção para um receptor de FM à que opera na faixa de 88 MHz a 108 captação de zumbidos.
distância, sem fio. MHz, transmitindo então para um A bobina L1 deve ter 4 espiras de
Ele é formado por uma etapa pré- receptor colocado nas proximidades. fio 18 AWG a 22 AWG em forma de
amplificadora de baixa impedância O circuito é modulado por varicap, 3,5 mm. A alimentação de 6 a 9 V
com um transistor na configuração de o que garante excelente estabilidade. deve vir de pilhas (ou bateria), e os
base comum. A antena pode ser do tipo telescó- capacitores do setor de transmissão
O sinal dessa etapa é levado à pico de 40 a 80 cm de comprimento, devem ser cerâmicos exceto onde
entrada de um amplificador operacio- aproveitada de um rádio portátil. houver indicação de tipo diferente.

10nF~

Volume
120 kQ potenciômetro 4es~
a 3,5~
47kQ
1 MO
10 flF
16 V
Guitarra

I1 220flF
16 V
'---+---'
100 nF
poliéster

1N4148
10pF

Chave on / off ~
distorção .L
Potenciômetro
10 kQ ajuste
NC de distorção
I47 nF

~;ElETRÔNICATOTRL . N' 96 2003


14. Bóia Eletrônica Inteligente
Anderson dos Santos Tejadas
Magé - RJ

Este circuito é muito versátil, pois, que haja transbordamento. O segredo da caixa. Depois de instalado, ligue o
além de ligar e desligar uma bomba para tudo funcionar bem está na disjuntor manualmente até que a água
d'água, desliga e avisa com um sinal construção do sensor, que deve ser· atinja o senso r para C1 carregar-se.
sonoro se algum problema ocorrer. Por feito com 2 pedaços de fio de cobre de Com isso, o sistema estará pronto
outro lado, durante o funcionamento, 4 mm e atravessados a uma distância para funcionar. Os relés são de 12 V
faltar água, não haverá o perigo da máxima de 1 cm no cano por onde e o transformador tem enrolamento
bomba funcionar "em vazio" . entra a água. Na parte interna do cano primário conforme a rede de ali-
O sistema possui um timer de os fios devem estar descascados mentação. P1 ajustará o tempo de
curta duração (40 segundos aprox.) para fazerem contato com a água. acionamento do sistema. O buzzer
que serve para detectar se a bomba As pontas de prova do sensor devem servirá para avisar se ocorreu algum
está injetando água na caixa. Um ter pelo menos 5 cm descascados e problema com a bomba ou faltou água
segundo timer é usado para evitar ficarem paralelas próximas ao fundo quando a caixa esvaziou .

.............

"
,,
Vcc
,,
,
_",,.,,-J

J: 100 J.!F
r---.....
CI1 = 4011
~--~~ b~3~ ~~~

I\, R2
470 k.n
,----~1 N-:C - -'48
41
C12= 4093
100 J.!F
P1
4,7Mn

C2
I1000J.!F ~ T=1.1 xRXC
'Caixa Buzzer ~ R=M
intermitente C=J.!F
T=segundos

ELETRONICATOT8L - N" 96/ 200i{


15. Transmissor de 1 W para 40 m
Adriano Muniz Moura
Pirapora - MG

Este transmissor de ondas curtas (faixa


S1
dos 7 MHz) pode enviar seus sinais a
vários quilômetros. A antena é dada junto ao ,-------.-----~------------------------------~~O-O
+ 12 V
diagrama, consistindo em um dipolo de meia
onda. O transistor usado foi um 2N3866, 10 kQ
que deve ser montado num radiador de
calor. O cristal pode ter qualquer freqüência
para a faixa dos 40 metros. CV é um trimmer
de 3-30 pF ou 4-40 pF, ou mesmo maior. As
bobinas têm as seguintes características: +
L1 - 18 espiras de fio 32 em forma de Mie
ferrite com 1 cm de diâmetro e 3 cm de
comprimento.
L2 - 22 + 22 espiras de fio 26 com

.
tomada central num bastão de ferrite de 6
cm de comprimento e 1 cm de diâmetro.
1O metros
L3 - 8 espiras do mesmo fio enroladas
sobre L2.
~ ..1O metros ~
O cabo de antena deve ser de 50 ohms
ou 75 ohms. A alimentação deve ser feita
com fonte de 12 V ou 13,8 V, corrente de
2 A, e excelente filtragem. O microfone
empregado foi de eletreto de 2 terminais. O
transistor BC108 pode ser substituído pelo ~
Ao transmissor
equivalente mais moderno (BC548).

'.
16. Sistema de Irrigação
de 4 Canais
Adriano Muniz Moura
Pirapora - MG

O sistema apresentado tem 4 muito úmida, o canal desliga automa- corrente de 2 A. 81 é um interruptor
canais que são controlados por sen- ticamente. simples.
sores de umidade. Cada sensor está Os relés de K1 a K4 são do tipo Os trimpots Yv-; a TP4 são de 2 k
associado a um circuito eletrônico MC2RC1 com bobina para 9 V, e os ou 2,2 kohms, servindo para ajuste da
para monitorá-Io. Os sensores nada de K5 a K8 são relés do mesmo tipo, sensibilidade do circuito em função
mais são do que hastes de cobre com porém com bobina para 6 V. Os Cls da umidade. Os solenóides de 8W1
2 m de comprimento e mais ou menos 7806 e 7809 devem ser dotados de a 8W 4 são do tipo com bobina para
5 mm de diâmetro, aterradas até 1,5 radiadores de calor. O transformador a rede local, servindo para controle
m de profundidade. T 1 tem entrada de acordo com a rede do fluxo de água. Os resistores são
Quando a área monitorada está de energia e saída de 12 V, com uma todos de 1/8 W.

t;lI;:TRÔNICA mTHL - N° 96/ 2003


K1 K3

SE3
4017 BC549

I
2 BC549

--..
6 1 32 4

IO~F NF
K7
NF

-
+6V

BC548

BC548

200 V

1
S1

127 V
SW1 SW2 SW3 SW4
1 7. Pisca-Pisca de Potência
Marcelo Santos Pereira
São Luís -MA

Com o circuito ora apresentado,


é possível fazer lâmpadas incandes-
centes de alta potência piscarem AC MR 62 -12S MR 62-12S AC
até 4A
alternadamente numa freqüência que IV K1 K2 "v

depende do valor de C1 e C2. Se os


capacitares forem iguais o ciclo ativo
do circuito será de 50%, e com isso °3
1N4148
as lâmpadas terão piscadas de igual 04 03
duração. Capacitores de menor valor BCS47 BCS47 LP 2
farão as lâmpadas piscar mais rápido. LP1 Lârnapada
Os relés utilizados devem ser do Lâmpada incadescente
incandescente
tipo sensível para 12 V, e a fonte
de alimentação sem transformador
é sugerida no circuito. A potência RS - 8,2 (110 VAC)
máxima das lâmpadas empregadas 1S kQ 220 VAC R6
depende apenas da capacidade dos Fonte 1N4004 RS 2,2 kQ
contatos dos relés. Note que os vale- ~------<P-O + 6,6 V
res de R5 dependem da tensão de
alimentação: 8,2 kohms para 110 V e C4
1000 J.!F
°2
6,6 V
15 k para a rede de 220 V. Lembramos
16 V 400mW
que a fonte não usa transformador, o-----~.----.---~~
e por isso não é isolada da rede de
energia. Então, todo o cuidado em
isolar os pontos vivos da montagem
deve ser tomado pelo montador.

18. Despertador Luminoso


Edeimar Rodrigues de Oliveira
Rio Piracicaba - MG

O circuito sugerido pelo leitor 741, que funciona como um compara- relógio usado é um rádio-relóqio ou
tem por finalidade acender a luz do dor. Ao despertar, o relé será ativado qualquer outro que use bateria. O relé
quarto no momento em que o relógio fazendo com que a lâmpada seja é ligado em paralelo com interruptor
despertar. O sinal do dispositivo é acesa. O tempo que a luz ficará acesa da parede para que ele continue fun-
retirado diretamente do alto-falante depende do valor do capacitar C2 cionando em sua condição normal.
do despertador por uma ligação em e do tempo em que o alarme do O regulador 7812 não precisa de
paralelo. Dessa forma, o som do des- despertador permanece ativado. radiador de calor e o transformador
pertador continua ativo normalmente. Os resistores R 1 e R2 formam tem um secundário de 15 V x 500 mA.
Esse sinal é levado ao pino 3 do a referência negativa do pino 4. O O relé deve ser de 12 V de bobina.

LETRÔNICA TOmL - N° 96, 2003


Neutro

110 V Fase
01 a 04
1N4004 05a 08
1N4148

1 9. Jogo Doido
Artur Dorningues Diniz
São Paulo - SP

Quando tocamos no sensor (con-


tato de toque), o ruído AC captado
pelo corpo é convertido em um sinal
retangular por uma das portas NAND
do C14093.
Dessa forma, um número aleatório
! 1/4
(40938)
+

16
3

2
10 x 1N4148
st a S10

de pulsos é aplicado ao contador


4017 que, então, pára (com uma de 4
suas saídas no nível alto).
A saída que ficará no nível alto é 7
desconhecida do jogador. Ele deverá 10
procurar adivinhar qual é essa saída 40178
fechando a chave correspondente de
S1 a SlO· .
5
Feito isso, pressionará S11. 7
Se o jogador acertou na escolha, 6
o oscilador formado por mais uma
9
das portas do 4093 será habilitado,
o sinal gerado será amplificado e um
tom será produzido no alto-falante.
Caso o jogador tenha errado, nada
acontecerá.
A fonte de alimentação deve for- À fonte
necer uma tensão de 9 V com uma (9Vx 500 mA)
corrente de pelo menos 500 mA.

ELETRÔNICATOT8L . N" 96/ 20m


PROJETOS DOS LEITORES ":'~'

20. Indicador de Ondas


Estacionárias para 27 MHz
Ivan Fernando Roberto
Avaré - SP

o aparelho mostrado no diagrama


indica a presença de ondas estacio- Transmissor
560/3W Antena
nárias em um sistema transmissor ( entrada de RF )

1-
grafite ( saída de RF )
(transmissor-cabo-antena). Para medir
essas ondas seria preciso ter uma
referência para calibração. O circuito
deve ser montado em caixa metálica
para servir de blindagem e o indicador
é um VU-meter do tipo usado em
aparelhos de som de 200 ~A de fundo
de escala.

VU
200llA

CO"octo~
fêmea -
6 I::, I ~C'"ect"
fêmea
10 kn VU

Painel frontal
do protótipo

21 . Protecão

Visual-Sonora
Inteligente
José Luiz de Mello
Rio de Janeiro - RJ

A finalidade deste circuito é prote- cujo tempo de atuação é ajustado no - 1C ou o S3/30 V-1-C. Os relés pos-
ger aparelhos alimentados pela rede trimpot R4. Os sinalizadores sonoro suem bobinas de 12 V com corrente
de energia contra quedas de tensão e visual são comandados por C102. máxima de 50 mA, O transformador
ou falta de energia. Assim, ele desliga Após decorrido o tempo programado, tem primário de acordo com a rede
o aparelho alimentado através da a energia será liberada. O aviso de energia ou de duas tensões, e
rede energia atuando sobre o relé 01. sonoro consiste num sonoalarme secundário de 9 + 9 V com corrente
O circuito integrado CI01 é um timer Digelectron, que pode ser o S8-3/30 V de 500 mA.

,:eLETRÔNICA TOTAL - N° 96/ 2003


"'~i~" PROJETOS DOS LEITORES

o TF 01
C1
10 nF
AC
transformador 25 V
input
110/220 V - 9+9 V
110/220 V Da C102
corrente de 500 mA
1N414a 3 555
4

Fusível
0,25 A C5
3,3
25 V

22. Alarme de Sobretensão


de 13,8 V
Reginaldo do Carmo Foli
Volta Redonda - RJ

o circuito apresentado aqui é


indicado para a proteção de equipa- + 13,a V
mentos de comunicação alimentados + 3 V pl Alarme
por 13,8 V Quando a fonte tem sua
tensão aumentada indevidamente,
colocando em risco a integridade do
aparelho alimentado, o relé atraca,
desligando a fonte, e um alarme é
ativado. A alimentação vem da própria
fonte, o relé é de 12 V comum e o
transistor precisa ser dotado de um
radiador de calor. O ajuste é feito
para que o relé fique no limiar do
acionamento com uma tensão de 13,8
V O alarme pode ser um relógio de
+
pilhas que seja alterado para que
apenas o alarme seja ativado na sua Saída

alimentação. para rádio

ELETRÔNICA tctei N9 96/ 2003


PROJETOS DOS LEITORES "(~

23. No-Break de 12 V
Marcelo Santos Pereira
São Luís - MA

o circuito mostrado mantém a


alimentação da carga através da fonte 1N4004
e, simultaneamente, da bateria em um
processo de carga constante. Quando 12+12V '1N4004
a energia da rede é interrompida, o 5A 1N4004
-~--, 470,/40W
relé é desenergizado, e com isso a
alimentação da fonte para a carga é
cortada. Ao mesmo tempo, a bateria
LED
é conectada e a carga se mantém
alimentada.
A bateria deve ser de acordo com
as exigências da carga, e o relé
4700IlFJ:
utilizado é de 12 V com uma corrente
de até 100 mA de bobina e contatos
de acordo com a carga. -
-
+
81
12 V
O resistor de 47 ohms x 40 W é
indicado para baterias de 12 V de uso
automotivo.
I
24. Transmissor de FM
Pseudo-Estéreo de 2 W
Ivan Fernando Roberto
Avaré - SP

O transmissor que apresentamos calor apropriados e os capacitores feita com fonte de excelente filtragem.
aqui, opera na faixa de FM entre cerâmicos precisam ser de ótima Nos trimpots de entrada são ajustados
88 e 108 MHz e, em função da qualidade. Os trimmers são comuns os níveis dos sinais de áudio de
antena usada, tem excelente alcance. de 4-40 pF e, através deles, são feitos entrada dos dois canais.
Deve-se considerar que, por se tratar os ajustes de freqüência e rendimento Nota da Redação: Observamos
de projeto de RF, a montagem é máximo. Para tanto, use uma lâmpada que este transmissor não é realmente
crítica, sendo indicada apenas aos de 12 V na saída, em lugar de antena, estéreo, mas sim "pseudo-estéreo",
leitores que já possuam experiência e atue sobre os trimmers até obter pois os sinais dos dois canais são
com esse tipo de projeto. o brilho máximo. As espiras e diâme- misturados antes de passarem para
O choque XRF é construído enro- tro das bobinas são indicadas no o modulador, e não multiplexados
lando-se 150 espiras de fio 32 AWG, diagrama sendo realizadas com fio 22 como deveria acontecer. Um sinal
ou próximo dessa espessura, em um ou 24 AWG. O trimpot de 22 kohms piloto "artificial" é gerado para se dar a
bastão de ferrite de 1 cm de diâmetro e junto ao 555 serve para ajustar o sinal impressão de que éestéreo, mas não
2 cm de comprimento. Os transistores piloto de modo que o indicador estéreo há separação de canais no receptor,
devem ser dotados de radiadores de funcione. A alimentação precisa ser pois não há a multiplexação.

:ELETRÔNICA TOTliL· N° 96 / 2003


XRF
100 j.lH

: l:,100nF
6,8 kn 1'2V
:5espO,15mm

Áudio g220 kn
T com núcleo

4'71lF ,-------t ajustável


de ferrite
.
TRIMPOT
470 kQ
I
25 V6220 IlFI
25 V
I 147kQ
7 pF

Chave ON /OFF
R.O.E

Á""i ~2:~;~20.F XRF

I I
TRIMPOT
470 kQ
25 V 25 V
470 IlH

i 12V

:I: 10 nF

100 nF
1,2 nF
1,8nFI·
2,2 nF

Gerador de tom piloto 19 KHz Indicador de ondas estacionárias

TRIMPOT
100 kQ
~,7 n.EJ:4,7 nF.:I: 4,7 nF
PROJETOS DOS LEITORES ',,:,~i,

25. Reversor para Motor De


com Sensor Infravermelho
Roberto Ednei Barbara
Londrina - PR

o circuito em questão usa como motor cessará de operar. emissor infravermelho de qualquer
sensor um par formado por um LED Para Rg e R12 de 1,8 Mohms e tipo. L3 é um fotodiodo e a distância
emissor infravermelho (L 1) e um C3-C4 de 100 IJF, o tempo obtido é entre eles não deve superar 1 em.
receptor infravermelho (L3). Ao ser de aproximadamente 25 segundos Com alimentação de 9 V, use motores
cortado o feixe IR, o motor funcio- de funcionamento nos dois sentidos, de 6 V e com alimentação de 15 V, o
nará por um tempo pré-proqrarnado. Esses componentes podem ser alte- motor será de 12 V. A corrente máxima
Decorrido esse tempo, o motor irá rados de acordo com a aplicação, O é de 1 A.
parar. Rg e C3 determinam o tempo LED bicolor é utilizado para indicar o Tabela:
de acionamento do motor. estado do motor: vermelho indicará
E1 E2 Motor
Ao ser restabelecido o feixe infra- sentido normal e verde, sentido inver-
vermelho entre o emissor e o receptor, tido. A tabela de estados indica o O O Parado
o motor inverterá a rotação e funcio- funcionamento do motor. 1 O Sentido direto
nará por um período programado por Os transistores devem ser dotados O 1 Sentido inverso
R12 e C4. Depois desse tempo, o de radiadores de calor e L 1 é um 1 1 Estado proibido

R23 C1 + vcc
100knj:! o /lF ~---~~=:=::;--t1 15V

Q1
BC558~_----1~

ElETRÔNICA TOTRL - N° 96/ 2003


;" PROJETOS DOS LEITORES

26. PTT para HT- VHF


Reginaldo do Carmo Foli
Volta Redonda - RJ

PTT significa Push-to- Talk e consiste numa


chave de acionamento para um transmissor HT
+
(Hand Talk).
O circuito apresentado é uma sugestão de PTT
externo para equipamentos de comunicação de 473 MIC
radioamadores similares aos HT de VHF tipo IC-V68,
//t eletr.
IC-T7A, ALAN 180, etc. Ele não usa componentes Plugue Fio preto Fio LED
críticos e o cabo recomendado é o "encaracolado" P2 Fio amarelo amarelo vermelho
para uma melhor estética. O plugue é do tipo P2 - estéreo Fio vermelho
~
~4--------------~~ave
Estéreo. O autor sugere a montagem do circuito em Fio preto TX _ RX
uma caixa de fósforos.

27. Receptor para 49 MHz


Reginaldo do Carmo Foli
Volta Redonda - RJ

Com este receptor podemos ouvir 2SC9013, 2SC9015, etc. eletrolíticos com tensões de trabalho
conversas entre aparelhos de telefone Todos os resistores são de 1/8 W e de 16 a 25 V.
sem fio que operem na faixa de 49 os capacitores devem ser cerâmicas, A saída do circuito deve ser ligada
MHz. exceto os de valores maiores que são a um pequeno amplificador.
Trata-se de um circuito super-
regenerativo que exige na montagem
ligações curtas para que não ocorram
s.s ko
+9V
instabilidades.
BAT.
A antena é um pedaço de fio rígido
de até 80 em de comprimento.
10 kn
As bobinas L1 e L2 são críticas,
devendo ser feitas experimentalmente 470llF
até se obter a sintonia da faixa dese- 25V
jada. L 1 tem entre 25 e 80 voltas Antena
sobre L2 , a qual possui de 150 a
200 voltas de fio e tomada central
conforme mostra o diagrama. A forma
tem núcleo ajustável com diâmetro
de 0,5 cm.
O CV consiste de um variável do
CV
tipo usado em rádios de FM. Esse
3-30 pF
componente serve para a sintonia
fina. Q1 não é crítico, podendo ser
colocados transistores de RF e uso
geral, tais como o BF494, BF180,

ELETRÕNICA TOTFlL· NQ 96/ 2003\,


PROJETOS DOS LEITORES ,~L

28". Conversor de Tensão de


12/15 V para 9,6 V x 1,5 A
José Luiz de Mello
Rio de Janeiro - RJ
.-------------~--. +

T4
N3055 Saída
9,6 Vcc
Este conversor de tensão (para 15,A
uso automotivo), tem uma tensão de
entrada de 12 a 15 V e sua saída pode Jack -
c::::J
ser ajustada para 9,6 V com corrente C5
de até 1,5 A. 470 )lF
O circuito é utilizado para alimen- 25V
tar um telefone sem fio COMA LG
-Modelo LSP2000 (sistema WLL) para C4
rede de acesso sem fio. Ele usa na 100 nF
entrada um par diferencial formado 25 v
R1
pelos transistores T 1 e T2 do tipo 2,7 kn
BC547. O T1 estabiliza a tensão
através de um diodo zener de 6,2 V.
Essa tensão de referência serve para
D1
o dríver de potência T3 -B0140 - que ZENER
excita o T4 que é um2N3055. 6V2
O trímpot R1Q ajusta a tensão de
alimentação e o circuito possui um
sistema de proteção que tem por base
o diodo 02 do tipo 1N4148.

29. Etapa Simétrica de Potência


para Transmissor de FM
Ivan Fernando Roberto
Avaré - SP

Com uma potência de entrada de Os transistores de potência devem espiras de fio 26 sobre ferrite de 1 cm
500 mW em carga de 50 ohms, a ser dotados de bons radiadores de de diâmetro por 2 cm de comprimento.
etapa de potência apresentada pode calor e os capacitores cerâmicos É importante observar que o circuito
fornecer uma saída de 8 a 15 watts na precisam ser de excelente qualidade. nunca deve ser ligado sem carga (lâm-
faixa de freqüências de 88 a 108 MHz. Os choques XRF são compostos por 4 pada de prova ou antena). As bobinas

LETRÔNICA TOTAL - N° 96 ' 2003


'i{:'~ PROJETOS DOS LEITORES

13,8 V
XRF XRF XRF
10 A

6-60 pF

3 esp 3 esp 3 esp


Saída
8W
I
1 em 1 em 50n
1cm

3 esp
1 em ! formadas por fio 22
AWG ou 24 AWG têm
O número de espiras
e diâmetros indicados
no próprio diagrama.
A alimentação deve
ser feita com fonte de
6-60 pF
XRF
XRF XRF excelente qualidade
para que não ocor-
ram roncos. Preferivel-
mente, deve ser utili-
zada bateria de carro.

30. Antena de 5/8 para


Rádio Comunitária
Ivan Fernando Roberto
Avaré - SP em Exemplo: freqüência de 107 MHz

167 - 6
159 - 6
158 - 61
156 - 6
Na figura mostrada abaixo temos 154 - 6
uma antena para rádio comunitária do 152 - 59
tipo de 5/8 de onda, com as dimen- 151 - 58
sões para uma freqüência de 107 149 - 58
MHz. Observemos ainda um gráfico 148 - 57
que nos permite calcular as dimen- 146 - 56
sões dos elementos para as diversas 145 - 56
freqüências da faixa de FM. 143 - 55
142 - 5
140 - 54
139 - 54
138 - 53
136 - 53
135 - 52
134 - 52
132 - 51
131 - 51

88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99100101102103104105106107108
MHz MHz

ELETRÔNICA TGT8L· N° 96 / 2003


1111118II I V
APARELHO/MODELO: 3 em 1 AHS-154 REPARAÇÃO N° 001 REPARAÇÃO N° 003

DEFEITO: Não sintoniza AM e FM MARCA: Aiko Edson Vogel APARELHO/MODELO: TVC TC 2098
Feliz - RS DEFEITO: Tela ficava verde e
RELATO: depois desligava sozinha
Com fuga
Ao ligar o aparelho ele tinha som MARCA: Mitsubishi
1tit----- ..•-...,
normal a partir de sinais do deck 14t------, AUTOR: Pedro Manoel B. de Moura
e do toca-discos, mas para o rádio TA7640 Brasília - DF
havia apenas o chiado característico
da amplificação de FI. Uma vez que RELATO:

nem AM nem FM funcionavam, des- Ao ligar o aparelho ele tinha


confiei do CI de FI - o TA7640. No " som normal a partir de sinais do
entanto, nem com a troca desse C I o
"
:: T103 deck e do toca-discos, mas para
problema foi sanado. Com o diagrama IL-.-_-.../"
"" o rádio havia apenas o chiado
em mãos, medi as tensões nos pinos característico da amplificação de
do CI encontrando no pino 14 apenas FI. Uma vez que nem AM nem FM
0,5 V, quando o normal deveria ser +8V)--~~----'-~
funcionavam, desconfiei do CI de
. 1,5 V. Nessa linha encontrei C22 FI - o TA7640. No entanto, nem
C40
(22 nF) com fuga. Trocando esse com a troca desse CI o problema foi
11X50 sanado. Com o diagrama em mãos,
capacitor, o aparelho voltou a operar
normalmente. medi as tensões nos pinos do CI
encontrando no pino 14 apenas
0,5 V, quando o normal deveria
ser 1,5 V. Nessa linha encontrei
C22 (22 nF) com fuga. Trocando
esse capacito r, o aparelho voltou a
APARELHO/MODELO: VCR Modelo G46 REPARAÇÃO N° 002
operar normalmente.
DEFEITO: Não funciona MARCA: Panasonic AUTOR: José Adelmo Costa r------- -------l
Porto Alegre - RS I I
I Aberto I
RELATO:
I
I R 674 I
A fonte não partia. Verifiquei I I
3,3 kn 'R 652
fusíveis, diodos e o CI regulador. A I
1/2W 12 kn
tensão chegava até o transformador I
s 3W I
(pino 1) e saía no pino 2 sem haver 106521 I
2SC37890.E 115~B
qualquer queda de tensão, quando I
G-QUT I
no pino 3 do CI deveria haver - 40,7
9,1 v\b I
V. Chequei todos os capacitores, I
~~ 5,5V I
principalmente o C1016 de 1 ~F/200
,I· • R 666[ I
V, que estava aberto. Feita a substi- R 667 C 655 1,2xo I
tuição desse capacito r importante 41--+!- F2 1,2 kO 1000 I
L...-___.---J /fi? 5.5 V
1,6 V I
para a partida, o aparelho voltou a I
funcionar corretamente. I
R 680 o 655\b I
I 1,1V I
100 G-Orive
I I
I I
~- -------- --- -'

·~·ELETRÔNICA TOTRL - N° 96, 2003


APARELHO/MODELO: TVC HPS-14 70 REPARAÇÃO N° 004
DEFEITO: Falta total de cores, imagem monocromática normal AUTOR: João Alberto Rodrigues
São Gonçalo - RJ
RELATO:

Ao ligar o TVC, observei a falta


total de cores. Passei a pesquisar
o circuito de croma composto pelos
amplificadores de cor (RGB), driver
de cor e o circuito integrado IC501
(LA7680).
Apliquei o sinal do injetor de
sinais nas bases de 0550 (driver
R), 0551 (driver G) e 05522 (driver
B). Constatei que o sinal do injetor
chegou até o cinescópio. Com isso,
PAL
comprovei que o circuito amplifica- SW
dor e os drivers de cor estavam
bons, faltando pesquisar o IC501.
o
NTSC
Para isso, liguei o osciloscópio
no pino 42 do IC501 constatando
que o sinal estava presente e na .---r---'----t_B
saída do amplificador de vídeo,
Ao
tirando assim a possibilidade de '--I---t----t-. inibidor
defeito nesta parte do CI. Para
verificar se os sinais U e V estavam C/501
presentes nos pinos 18 e 20, liguei LA-7680
nestes pontos o osciloscópio. Os pF). Esses componentes estava
sinais estavam presentes. Por fim, pontos. Analisei também os resistores todos em bom estado.
faltava verificar os pinos 21 (R), e capacitores que ligam o demodula- Restava trocar o IC501 devid
22 (G) e 23 (B) correspondentes dor de cor aos drivers de cor (504, ao fato do decodificador PAL esta
à saída do demodulador de cor. R505, R506 todos de 330 ohms e com problemas. Feito isso, o televiso
Não encontrei nenhum sinal nesses C508, C509 e C510, todos de 470 voltou a funcionar normalmente. '

APARELHOIMODELO: ''Três em um" FW 390-C MARCA: Philips REPARAÇÃO W 005


DEFEITO: Reprodução de CO deficiente AUTOR: Alexandre José Nário '
Jataúba - PE
RELATO:

Ao inserir um CO no aparelho, +B
notei que durante a reprodução
trechos da música eram cortados.
5
Abri o aparelho e ao simular a colo-
cação de um CO, notei que a lente
/C 7806
objetiva não fazia seu movimento Tracking
TOA 7073
vertical de focalização. 10 13
Com a ajuda do esquema elé- 11 16
trico localizei o integrado IC7806 I
I
I
(TOA7073), responsável pelo acio- 1 -----------------------------

namento das bobinas de foco e


tracking.
Testei os componentes periféri- o aparelho desligado, coloquei o estava aberta. Fiz a substituição de
cos ao IC 7806 e não encontrando multímetro na escala 1 e analisei a toda a unidade óptica (VAM 2201)
nada de anormal, fiz sua troca, bobina de foco. Não houve movimento e, com isso, o aparelho voltou a
mas o problema persistiu. Com da agulha, indicando que a bobina reproduzir normalmente.

ELETRÔNICA TOT8L· N° 96 / 2003~


PRATICAS DE SERVICE ';:I,

APARELHOIMODELO: Monitor Colorido 7CM5299 MARCA: Philips REPARAÇÃO W 006


DEFEITO: Totalmente inoperante AUTOR: Felipe Gutierres de Freitas
São Paulo - SP
RELATO:
Em curto
Abri o aparelho e verifiquei o
fusível e outras proteções. O fusível
estava normal. Ao energizar o apa-
2522
relho e ligá-Io, notei que não havia
220 pF
o ruído do MAT, o que direcionou
minha pesquisa para o setor hori-
2529
r:
zontal do aparelho. Testei o fly- I
back, encontrando-o queimado. 4,7nFI
Encontrei também o transistor de I
saída horizontal 7521 (BU2508AF)
em curto entre o coletor e emissor.
Trocando os dois componentes e
180
energizando o aparelho, ele funcio- 5504 5507
3553
nou, mas não o horizontal. Depois 7m 123
disso fiz uma verificação minuciosa 252A
no setor de controle onde encontrei 4,7 nF
Flyback
o transistor 7527 (BC558C) em curto 12
e o transistor 7528 (BC558C) com 3596 I
curto entre o coletor e o emissor. O 1Jl.F EHT I
diodo 6513 (BY329) também estava QUeimado"'l _ J
em curto. Substituídos esses outros
componentes, o monitor voltou a
funcionar normalmente.

821

+8~~0 kn
3589
2534
2n2
~
, Em curto

7523
Be 574
1 OV04

13538

APARELHO/MODELO: TV TC20012 REPARAÇÃO N° 007


DEFEITO: Inoperante AUTOR: Dario dos Santos Filho

RELATO: P /yoke
Depois de abrir o aparelho e Horiz.
no transistor Q552, encontrando-o
fazer uma vistoria geral, constatei em curto. Fiz sua troca mas continuei
que o fusível F902 estava aberto a pesquisa, pois a causa de sua
indicando problemas com a fonte ou queima poderia estar em algum outro
saída horizontal. Foi justamente pela componente com problemas. Depois
fonte que comecei a pesquisa do de mais alguns testes não encon-
defeito. Com o ohmímetro constatei trando nenhum outro componente
que a fonte estava normal. Parti com defeito, recoloquei o fusível F902
então para a etapa de saída horizon- e liguei o aparelho, o qual funcionou
tal. Com o ohmímetro fiz um teste perfeitamente. P/saída forte
4 ,11

~:E;LETRÔNICA TOTRL· N° 96/ 2003


5i3m"QIllí\)õ1::lCO~30Ill :o c ~
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possamos conhecer sua opinião e fazer uma revista cada vez melhor.

m n- ~ _..... 3 " o Õ CD c o __ co - o 1) Sua idade está em que faixa?


fi)
o ~ g ..... < _ .....
_!!!- fi) III ::;. CD III 5 3:
o 13 a 15 anos ( ) 16 a 18 anos ( ) 19 a 21 anos ( )
o, I\) g ~ - -;; rn o Cõ. g III (õ"O
"O
co c
~ ::T co III o o ::l 5i ~ ã: 3 ;:;: S_ (j) iil m 22 a 24 anos ( ) 25 a 30 anos ( ) mais de 30 anos ( )
co o 3 ::l S'D o ....•~ III co o fi) fi) ::l r-
;:;: ....• _Cl.Cl.COO-
p ~ CD o -·co;a.
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co o 3D ~::l
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co
o_ ....•
0::l ....• C - -l
- fi)
::l m O III co CD III o N' O CD » 2) Possui computador? ( ) Sim ( ) Não.
o o, < õ'"O O O::l cO <
III <
Ill'
O"01ll0~0~::l;a.~1ll01ll
o ( ) CD-Rom ( ) Acesso à Internet
III 0""0 "O III o ;:;: ~ III III _ __ c
....• III CD O O III - - O::l 3 ( ) Softwares da área de eletrônica. Quais? .
"Q III Q. O" III 3 ....• ::l -O rol
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cn ~ Cõ n-
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CD ~ _..... R ;a. cá ~ " o ~- ~ ~ -g, o
co
3) Qual é a sua área de interesse na eletrônica? (Pode assinalar mais de uma)
7 õ- O O co III -...j fi) ~ O õ- III O
( ) Telecomunicações ) Artigos teóricos
( ) Consertos de aparelhos ( ) Avaliação de aparelhos comerciais
00 ( ) Instrumentação de laboratório ( ) Informações sobre produtos
00>
>=
O(ll
-...J
( ) Eletrônica industrial ( ) Alta frequência e rádio transmissão
( ) Microcomputadores e informática ( ) Áudio e vídeo
I I "11- ~o> :xl ( ) Montagem em geral ( ) Circuitos digitais
(Il<Xl
o • :E~ ( ) Robótica ( ) Instrumentos musicais
FB 602 <Xl
BLlN - 0009CE ( ) Cursos ( ) Outros .

4) Qual a sua profissão?


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r- ( ) Engenheiros ( ) Engenheiros Desenvolvedores
Z" ( ) Engenheiros Projetistas ( ) Engenheiros Industriais
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( ) Técnico Eletrônico ( ) Técnico de Manutenção
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VOTE NOS MELHORES PROJETOS - Eletrônica Total - Especial - Fora de Série n" 96
<~ 10 Projeto: N° 2° Projeto: N° Reparação: N° .
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(X)
Entre os 5 primeiros leitores votantes serão distribuídos como prêmio: um multímetro
analógico Minipa ET-2012. E do 6° ao 10° uma Revista Eletrônica Especial com CD.
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APARELHOIMODELO: CD Player Automotivo DEH P4150 REPARAÇÃO N° 009


---11
DEFEITO: Engrenagem do motor sled com barulho AUTOR: Alexandre José Nário
Jataúba - PE
RELATO:

De início, alimentei o aparelho


com uma boa fonte de 12 V. Percebi Chave
que havia um forte barulho como t 8801 t fim-de-curso
se alguma engrenagem estivesse ~~com problemas
gasta. Abri o aparelho e com o disco
inserido notei que o motor sled con-
tinuava acionado, mesmo quando Unidade
ótica
a unidade óptica se encontrava na
trilha zero. Foi então que notei que a
chave 8801 estava com problemas
e, assim, não cortava a alimentação
do motor. Feita a sua troca, o apa- Pick- up
relho voltou a operar corretamente.

LETRÔNICAmTHL - N° 96,' 2003


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Solicitação de Compra
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o C' 'S 3 a. 3" OMO PEDIR COMO PAGAR - escolha uma opção:
a. Õ o 3
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(1)~ ....•~C/lQlg-o.(1)~
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c:::J.....
Ql Ql a.
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....•

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g. m a Ql ~
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3
(1)
O
o
m
r-
Faça seu pedido preenchendo esta
solicitação, dobre e coloque-a em
- Cheque = Envie cheque nominal à Saber Marketing Direto LIda.
no valor total do pedido. Caso não tenha conta bancária, dirija-se
a. _ o Ql Ql ....•....•o ::D o (1),_. (1) (õ
o 0"0 C Ql ....."T1 c _. ~ C/l 3 C/l
(1) R qualquer caixa do correio. Não a qualquer banco e faça um cheque administrativo.
ooo. ....•3QlQl~(1) .D:::J ....•Ql,,, ::D precisa selar.
5' (1) o C/l.D 3 (õ a. c C/l o - .., 3
Ql S!: a _.
;-C'(1)(1)3Ql:::JC/l
c _. s.
o (1)
....•C'õJoo(j)c
õi ~. ~
3 00
5'
(1)
o
(1)
- Vale Postal = Dirija-se a uma agência do correio e envieum vale
postal no valor total do pedido, a favor da Saber Marketing Direto
~ 3 :::J"O 8: S. Q ~ !}l
a. 3 .D ;::+ o "O
Õ
VALOR A SER PAGO
Ltda., pagável na agência Belenzinho - SP (não aceitamos vales
Ql ~ (1) Ql Ql"O (1) •..•.. Ql o c o Ô ....•
-..' 0.0. "OQl 0.(1)() :::J a. Após preencher o seu pedido,
c O a. Ql>~ -. Ql - o (1) Ql o 00' pagáveis em outra agência)
:::J o w:::J..... o 3 () (1)
•...• :::J a. - Ql ....•o -. ::::r 3 some os valores das mercadorias

-
3
Q. ~ 00 Q. Ql (1) ••••• 0.0 3 (1) c o
00
Ql e acrescente o valor da pastagem
o _. -'Ql :::J(1) () C Ql(O 3 - Depósito Bancário = Ligue para (11 )6942-8055 e peça
:::J 3 3 00
Ql"O"O
3' 00 ~ (1) Ql 3(0
,,,õ.:-oo ....•
Ql
(1)3~ ~ e manuseio, achando assim o valor informações. (não faça qualquer depósito sem antes ligar-nos)
30-0.'" <QlC-3 ~ ~ a pagar.
_(1)0(0 Ql(1)-3(1) :::Jc
(1) 00 C/l (1) 0. ....•(1), (õ.DQl(1)
~"O(1) 3(1)(1)~Ql<C (1)
o ~ (1) Ql - a. C/l (1) (j) 00' Ql 3 c 085: Os produtos que fugirem das regras acima terão instrução no próprio anúncio.
() 3 =-"0 (1) o ~ (1) :::J o 5' a. li Não atendemos por reembolso postal.
o ~ Q. ~ Ql 00
:::J(1) (1) (1) o _."0 Ql Ql Ql
Õ :::J-
C

:::JÔ(1)§-:::JQlo(1)
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Ql- Pedido mínimo R$ 25,00 I VÁLIDO ATÉ 10/0112004 I
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APARELHOIMODELO: Radio RCF M42 REPARAÇÃO N° 011

DEFEITO: Não Funciona AUTOR: Antonio Benedito de Souza


Salto do Itararé - PR
RELATO:

.------.~~10
Trato queimado
Este Motorradio é um rádio 6 Vcc
de cabeceira com FM de 3
faixas, com excelente desempe-
nho. Porém, ao ligá-Io ele não
funcionava. Medi a tensão no
emissor do transistor T501, onde T 501
encontrei O V. Testei a continui- B337
dade do cabo de alimentação
e depois o transformador TR 1,
encontrando o enrolamento pri-
mário aberto. Substitui o transfor-
mador, e o rádio voltou a funcio-
-
-
.::.
+

6,OV

nar. I

E~ETRÔNICATOTiiL . N' 96 2003


Este circuito é indicado aos leitores que
estudam, ensinam e fazem montagens digitais
em geral. Trata-se de um sorteador que apresenta
um número de O a 9, mas na forma binária. São
quatro LEDs que apresentam o resultado, e de forma
totalmente aleatória. O aparelho pode ser usado para
demonstrar numeração binária como sorteador, ou
ainda para testar o conhecimento de numeração binária
dos alunos de escolas técnicas, ou mesmo como prática
transversal de cursos de nível médio em Matemática.

ewton C. Braga

Após pressionar-se um interruptor, gerar os pulsos tem por base o conhe-


+5V
o contador começa a "correr" gerando cido CI 555 na configuração de astá-
números aleatórios entre O e 9. Os vel controlado, conforme ilustra a
quatro LEDs indicadores piscam figura 2.
rapidamente de modo a permitir que o
jogador veja em que número estão, e
Oscilador Contador ,--__.---__.-- + 5V
com isso tenha um controle sobre eles. Aleatório binário
Quando o jogador solta o interruptor, a
contagem não pára de imediato, mas
tem sua velocidade reduzida até
que, depois de alguns segundos,
apenas uma combinação de LEDs fica Saída
C/1
acesa. Essa combinação representa
o número sorteado. Figura 1
Para um novo sorteio, basta pres-
sionar novamente o interruptor, soltar um número aleatório de impulsos. cI~1'--r.-~_~--,3) ,
e esperar. O circuito é alimentado
por uma tensão de 5 V que pode ser
obtida de pilhas ou de fonte, que
descreveremos oportunamente. A
A contagem desses pulsos irá deter-
minar o número sorteado. Observe
que o oscilador não precisa obrigato-
riamente produzir de 1 a 10 pulsos,
I Figura 2
Pulsos

base do circuito é um contador TIL mas qualquer número, pois uma vez
do tipo 7490 que pode ser conseguido que se chega ao 10, a contagem Neste oscilador, pulsos que depen-
com facilidade. recomeça, Assim, podemos melhorar dem de R1' R2 e C1 são produzidos
o desempenho do sorteador obtendo quando o pino 4 está no nível alto, ou
um número aleatório se o número de seja, ligado ao positivo da alimentação
. COMO FUNCIONA pulsos gerado for o maior possível. por um resistor (R). Quando esse pino
No nosso caso, o número de é desligado, o oscilador é desabilitado
Para explicar o princípio de funcio- pulsos gerado depende das caracte- e pára de operar.
namento do sorteador, será interes- rísticas dos componentes usados - Se colocarmos um capacito r (C)
sante nos basearmos no diagrama de e, a partir do momento em que o no circuito, quando desligarmos o pino
blocos representado na figura 1. jogador solta o botão de disparo, 4, pelo fato de soltar o interruptor S
O primeiro bloco representa um serão produzidos de 10 a 200 pulsos da figura, o oscilador não cessará sua
oscilador que tem por função gerar adicionais. O circuito usado para operação de imediato, mas seguirá por

ELETRÔNICA TOTRL - NQ 96/ 2003


ELETRÔNICA DIGITAL .:.

um tempo que dependerá da carga Veja que, como todo circuito digital, obtendo-se assim 6 V. Como os cir-
armazenada no capacitor. Quanto temos dois níveis de sinal na saída: cuitos integrados da série TTL só
maior for esse capacitor, por mais a presença de sinal (tensão em tomo podem ser alimentados com tensões .
tempo ele ficará oscilando depois que de 5 V) que é indicada por "1", e a na faixa de 4,5 a 5,5 V (5 V é o normal),
o interruptor for solto. ausência de sinal (tensão nula) por podemos fazer a redução com um
Dessa forma, no nosso circuito, "O". Assim, combinando então os 1 e diodo, observe a figura 5.
temos um número de pulsos produzi- O podemos ter os números sorteados
dos nesta etapa que depende tanto de O a 9, na forma digital.
do tempo durante o qual o interruptor Para a visualização dos níveis
I. ~r---O- 5,4
V
~ 1N4002 +
for pressionado, quanto depois, da lógicos das saídas, ligamos em cada _ 6V
descarga do capacitor C, conforme
mostra a figura 3.
uma delas dispositivos indicadores
que nada mais são do que LEDs
T (4 pilhas)

vermelhos comuns. Dando um valor o


relativo ou "peso" a cada LED, é
possível formar as combinações que Figura 5
fornecem todos os valores digitais
v binários entre O e 9. O resultado obtido A outra possibilidade, que consiste
S solto
será dado pela soma dos valores que na montagem de uma fonte, será
Figura 3 os LEDs representam conforme a dada mais adiante.
seguinte tabela:
A etapa seguinte do circuito con-
siste em um contador digital que pode LED1 LED2 LED3 LED4 Número MONT. GEM
ser ajustado para funcionar de duas o O O O O
maneiras: contando até 2 ou até 5. O O O 1 1 Na figura 6 temos o diagrama
Trata-se de um divisor por 2 e divisor O O 1 O 2 completo do sorteador.
por 5, os quais, combinados, podem O O 1 1 3 A placa de circuito impresso para a
resultar em um contador divisor até O 1 O O 4 elaboração da montagem é apresen-
10. Estamos nos referindo ao circuito O 1 O 1 tada na figura 7.
integrado TTL 7490, que pode ser O ~ 1 O Será interessante usar um soquete
encontrado com facilidade nas casas O 1 1 1 DIL para o circuito integrado, princi-
especializadas. Na figura 4 exibimos 1 O O O palmente se a montagem for didática,
o aspecto desse circuito integrado, 1 O O 1 uma vez que o excesso de calor no
observando-se seus 4 terminais de processo de soldagem pode danificar
saída e as formas de sinal que serão Os LEDs precisam de elementos os componentes. A polaridade dos
encontrados nas suas saídas. !imitadores de corrente, no caso LEDs e posição dos circuitos integra-
resistores. dos deve ser observada. Se o circuito
A alimentação do circuito pode for alimentado numa bancada, pode
ser feita de duas formas: Uma delas ser usada a fonte de alimentação da
consiste em se associar 4 pilhas, figura 8.

S2
?

A
lL

C/1
555
5 t D1
1N4001

l~
3 14 C/2
7490

7~
100llF 6V
D

Figura 4 Figura 6

,,:' ELETRÔNICA TOTRL· N° 96 / 2003


TEMAS TRANSVERSAIS

A numeração binária é um tema


de grande importância para o ensino
atual, levando-se em conta que é a

I base de funcionamento de computa-


dores e muitos outros equipamentos
eletrônicos "inteligentes". Nela, são
usados apenas dois digítos, 1 e O,
e sua posição no número tem um
peso que é potência de 2, conforme
o exemplo dado
23 22 21 2°
Tomando como exemplo o número
binário de 4 bits:
1 O 1 1
binário terá como equivalente
decimal:
1x8+0x4+2x1+1x1
Somando:
8+2+1=11

Ensinar a fazer a conversão de


binários em decimais e vice-versa é
algo muito interessante e que pode
empregar a montagem prática que
descrevemos para gerar os números
na forma binária. Assim, sorteie um
número e peça ao aluno que o con-
verta para a sua forma decimal.

Figura 7 LISTA DE MATERIAL

quer (alguns acesos e outros não, Semicondutores:


1===;::::Í conforme a tabela). Se isso não ocor- Cl1 - 555 - circuito integrado - timer
2==::::J rer, verifique a oscilação do circuito em CI2 - 7490 - circuito integrado TIL
3===:1
primeiro lugar. Para isso, você pode 01 - 1N4001 ou 1N4002 - diodo retifi-
usar um alto-falante em série com cador
um resisto r de 100 ohms, conforme LED1 a LED 4 - LEDs vermelhos
~~1N4002~~

"'-31
ilustra a figura 9. comuns
Se houver oscilação, ao pressionar Resistores: (1/8 W, 5%)
1 N4002 ::... ~
S1 deverá ser produzido um ruído R1 - 2,2 k n - vermelho, vermelho,
T 10 flF
semelhante ao de uma roleta cor- vermelho
1 C::J •••••
T.
7,5 + 7,5V
250 a
300 mA
.J.: 000 flF
rendo. Se o ruído acontecer, mas
os LEDs não acenderem, verifique o
restante do circuito, principalmente as
R2, R3 - 10 k n - marrom, preto,
laranja
R4 a R7 - 330 n - laranja, laranja;
conexões do 7490. marrom
Figura 8 Comprovado o funcionamento, é Capacitores:
só usar o sorteador. C1, C3 - 100 /-IF/6 V - eletrolíticos
PROVA E USO C2 - 10 /-IF/6 V - eletrolítico
Diversos:
Para testar, basta encaixar as 81 - 6 V - 4 pilhas pequenas
pilhas no suporte ou então ligar a 81 - Interruptor de pressão NA
fonte e depois pressionar o interruptor - 82 - Interruptor simples
S1 por um instante. Os LEDs deve- Placa de circuito impresso, suporte
rão correr, e quando o interruptor Verificando a oscilação ••••• de pilhas, caixa para montagem, fios,
for solto, deverão parar depois de de CI1 solda, etc.
alguns segundos em um valor qual- Figura 4

ELETRÔNICA TOiFlL - N° 96/ 2003 .~


Um dos problemas que os leitores que montam transmissores encontram, e do qual mais
se queixam, é o relacionado com o ajuste de transmissores de FM. Se um transmissor não
for bem ajustado, além de não conseguir alcançar a distância desejada, ainda poderá causar
interferências em televisores, rádios de FM e muitos outros aparelhos nas proximidades. Veja,
neste artigo, como proceder para ajustar transmissores de FM.
Newton C. Braga

A dificuldade em se ajustar um Assim, é comum que o montado r,


transmissor de FM aumenta quando o ao tentar ajustar este tipo de circuito,
mo ntado r, além de não possuir equi- não sintonize o sinal principal ou
pamentos apropriados para fazer os fundamental, mas um sinal espúrio,
ajustes, se propõe a montar circuitos ou uma harmônica, que tem uma
com diversas etapas de amplificação, potência muito menor.
e portanto dotado de diversos circuitos Quando o receptor é ligado nas
sintonizados. proximidades, o sinal é captado com
É claro que o ajuste ideal exige o boa intensidade, mas tão logo o
emprego de instrumentos especiais, transmissor é afastado um pouco do
porém isso não significa que, usando receptor, o sinal desaparece, dando a
instrumentos. comuns e até montados impressão de que algo anormal está
pelo próprio leitor, eles não possam acontecendo, ou que o transmissor é
feitos. mesmo fraco. Quando isso ocorre o iit!i@'1
montador tem duas alternativas:
A primeira delas consiste em se
Sinal
o QUE PODE ACONTECER tentar um novo ajuste procurando' Intensidade
( fundamental)
sintonizar a freqüência central. A ki Espúrio
a) TRANSMISSORES SIMPLES colocação do receptor um pouco ~~ Harmônica
mais afastado ajudará a eliminar a
Diversas são as dificuldades que possibilidade de se captar os sinais
podem ocorrer quando um transmis- espúrios muito fracos.
sor é mal ajustado e por isso não A segunda ocorre se o sinal mais
200 f
apresenta o desempenho desejado. forte não for conseguido. Pode ser
(MHz)
Quando temos um transmissor sim- que a bobina em conjunto com o iit!i@tl
ples, como o ilustrado na figura 1, trimmer de ajuste usado não estejam
que consiste basicamente em um alcançando a freqüência central, como
oscilador modulado, o problema mais mostra a figura 3.
comum é o devido à freqüência de Nesse caso, o leitor precisará
oscilação indevida. fazer duas experiências: uma delas é
Esse tipo de circuito, pelas suas
características, não emite sinais
numa única freqüência, mas produz
diminuindo uma volta da bobina para
que a freqüência do sinal produzido se
eleve e assim possa ser conseguida
L1 =>
harmônicas e sinais espúrios, ou seja, sua sintonia. Caso não resolva, enrole ---v---'
sinais mais fracos que aparecem em uma bobina com uma volta a mais para Tirar uma espira
Sintonia
( ou aumentar)
freqüências próximas da desejada, que a freqüência abaixe e, eventual-
observe a figura 2. mente, caia na faixa desejada. iit!!IiEU
ELETRÔNICATOTAL· N° 96/ 2003
Isso se deve ao fato de muitos b) TRANSMISSORES DE MAIS cipalmente se não houver licença de
trimmers conseguidos de sucata e DE UMA ETAPA operação.
usados nestes projetos, ou mesmo Como fazer o ajuste deste tipo de
adquiridos' nas lojas, não possuírem Os transmissores mais potentes transmissor? Dois tipos de aparelhos
indicação de seu valor, o que pode ser de FM são formados normalmente simples podem ser usados para se
compensado alterando-se a bobina. por duas ou mais etapas de altas obter o máximo de rendimento:
Um outro problema que ocorre freqüências (RF), observe a figura 5.
com transmissores simples como o Em um circuito típico temos um a) Anel de hertz:
indicado é devido à instabilidade de oscilado r que gera o sinal na freqü-
funcionamento. A ligação da antena ência principal (em alguns casos Um anel de hertz nada mais é do
diretamente ao coletor do transistor numa freqüência mais baixa) e etapas que uma bobina que tem uma lâmpada
torna o circuito sensível à aproximação de amplificação ou multiplicação de como carga, e que serve para indicar
de objetos ou mesmo da mão. Assim, freqüência. Em cada etapa temos um a presença ou intensidade de sinais
quando aproximamos a mão de um circuito sintonizado que precisa ser de rádio num circuito oscilante ou
circuito como este, a freqüência "foge" ajustado para funcionar exatamente ressonante, veja exemplo na figura 7.
e o sinal desaparece. O mesmo se dá na freqüência desejada. Se qualquer Essa bobina é ideal para o teste
quando balançamos o transmissor ao uma delas não for ajustada correta- de transmissores ou etapas que for-
falar. A solução para esse problema mente para a freqüência pretendida, neçam sinais de mais de 2 ou 3 W, pois
consiste em se mudar o lugar em que a intensidade do sinal cairá, e com com menos que isso a lâmpada não
a antena é ligada. isso se obterá uma potência muito terá energia suficiente para acender.
Experimente ligar a antena numa menor do que a esperada na saída
espira da bobina, conforme mostra do circuito. b) Indicador de sinal
a figura 4. Como esses circuitos, muitas
vezes, operam em classe C, com Este indicador pode ser feito com
um sinal que pode ser fortemente a mesma bobina, porém ligando
distorcido na saída, se não houver em sua saída um multímetro ou um
Antena microamperímetro, conforme indica
Antena a presença de filtros (que precisam
ser ajustados), muitos sinais espúrios a figura 8.
e harmônicas poderão ser gerados. Outra possibilidade de aparelho
Veja a figura 6. que pode ser de grande utilidade
Para um transmissor de 50 mW no ajuste de transmissores de FM
cv~ (~p",e ou 100 mW a presença de um sinal consiste no medidor de intensidade de
Bobina soldar 'espúrio de 5 ou 10 mW não significa campo. Na figura 9 temos um circuito
muito, mas em um transmissor de simples de medidor de intensidade
U"'E" 100 W um sinal espúrio de 5 ou 10
W pode alcançar muitos quilômetros,
de campo que pode ser montado com
poucos componentes e tem grande
Fazendo experiências, é possível causando interferências sérias em sensibilidade.
obter uma posição em que o rendi- serviços de Comunicações. A legis- Ajuste o trimpot inicialmente para
mento do transmissor se mantém, e lação é muito severa em relação ter uma corrente nula. Depois, ligue
a instabilidade diminui assim corno a aos que produzem interferências nas proximidades do aparelho um
sensibilidade à presença de objetos. com este tipo de equipamento, prin- pequeno transmissor de FM e encon-
tre a posição em que, com o trans-
missor ligado, tenha-se uma boa
Antena +
deflexão, e desligado, o ponteiro do
indicador volte a zero.

ov
''----,
V
Amplif.

U"'k".
uma impedância de 75 ohms e uma
dissipação de 40 watts.

Anel de Hertz
conector de antena
Cabo coaxial

Malha

§ Solda

Bobina L Anel de Hertz


Lâmpada

Resistores
3. Passe o indicador para a etapa
de saída, ou então use uma pequena
2a4 Microamperímetro
antena de saída, e ajuste o circuito
espiras
final para a máxima intensidade de ii1!!I!dul
saída.

É importante, no caso dos trans- CONCLUSÃO


ii1!iii6':1 missores de potência maior, que a
operação não seja feita sem a ligação Instrumentos mais sofisticados
Os ajustes dos transmissores com de antena ou carga fantasma. como o osciloscópio e o analisado r
diversas etapas são feitos da seguinte Não irradiando o sinal, ele volta ao de espectro podem ser usados,
forma: circuito, e com isso sobrecarrega o mas para isso o leitor além de ter
transistor da etapa final. Conseqüen- a sua posse deverá ser capaz de
1. Coloque a etapa osciladora temente, o resultado poderá ser a usá-los de forma correta.
na freqüência que deseja transmitir. sua queima.
Caso tenha algum dispositivo preciso Para que o ajuste não seja feito
indicador, poderá usá-Io. Se a etapa sem carga de antena, uma idéia
Ao
for controlada por cristal, bastará fazer consiste em se fazer uma "carga
o ajuste para a oscilação. fantasma" veja exemplo na figura ELETROMeA
~~ ~ ..
10. -- .-
2. Coloque um indicador de inten- Esta carga poderá ser montada
sidade de sinal como o "anel de hertz" numa lata de conserva ou lata de EDIÇÕES ANTERIORES
na saída do circuito sintonizado da leite em pó, com resistores de fio
segunda etapa, e ajuste seu trimmer, que devem ser ligados em paralelo
ou o núcleo da bobina para obter para que somem suas dissipações
a máxima intensidade de sinal na e se obtenha um valor maior que a
freqüência pretendida. Poderá ser potência do transmissor. Por exemplo,
necessário retocar a sintonia da etapa para um transmissor de até 20 watts,
anterior quando a máxima potência ligue 20 resistores de 1500 ohms x 2
dessa etapa for conseguida. W em paralelo, caso em que se obtém

Antena

-
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ELETRÔNICA TOTAL - NQ 96/ 20Q


Montar circuitos eletrônicos é uma atividade muito agradável e
traz muita satisfação quando tudo dá certo. No entanto, nem sempre
as coisas ocorrem de acordo com o esperado, e aquilo que seria
gratificante, torna-se um transtorno e até mesmo causa de conflitos ...
A Eletrônica tem sua lógica, todavia, falhas de diversos tipos podem
acontecer em um processo de montagem, e o montado r nem sempre está
preparado para diagnosticar um determinado problema. Neste artigo, damos
algumas "dicas" sobre o que fazer quando um projeto não funciona.
Newton C. Braga

A experiência do autor de mais de se houver uma discrepância entre os


30 anos de publicação de montagens, valores, o leitor poderá ter um ponto
além das aulas que ministra, mostram de partida para uma eventual falha.
. que os problemas de funcionamento Veja, depois, se os resistores e
dos aparelhos montados por leitores capacitores estão com os valores cor-
e alunos têm sempre as mesmas retos na montagem. É muito comum
origens. É claro que não descartamos que um resistor de 1 k seja colocado
os casos em que os próprios diagra- em lugar de 10 k numa montagem.
mas ou placas podem conter erros Marrom, preto, vermelho pode ser
introduzidos no processo de desenho facilmente confundido com marrom,
e que, às vezes, escapam de nossa preto, laranja, principalmente se o
revisão. vermelho do primeiro estiver desbo-
Temos sempre o cuidado de tado.
montar os aparelhos publicados, Para os capacitores, o problema
muitos dos quais muitas vezes, pois é mais grave devido aos códigos
suas configurações podem fazer parte utilizados. É corrente que se troque receptores, osciladores, etc.) onde
de mais de um projeto, o que nem os valores de componentes como, por existem funções em que o uso de
sempre é compreendido por quem exemplo, usar 4k7 = 4 700 pF em lugar capacitores cerâmicos é obrigatório.
vê algo montado, aparentemente de 4K7 = 4,7 pF numa montagem, o Assim, se na função indicada para um
"igualzinho" ao original, mas que não que a leva a não funcionar. capacito r cerâmico for utilizado um
funciona. Se isso vier a acontecer, Na figura 1 mostramos alguns de poliéster, mesmo que de mesmo
o que fazer? O que poderá ter ocor- códigos de capacitores cerâmicos valor que o pedido, o circuito poderá
rido? que causam confusões. não funcionar.
Analisemos os casos mais Conferir com uma lente os valores Para os transistores, diodos, SCRs
comuns: dos componentes numa montagem e outros semicondutores em alguns
é fundamental, antes mesmo de se casos pode ser indicado um sufixo que
alimentar o circuito para um teste de significa uma característica adicional.
a) Confira sempre sua montagem funcionamento. Desse modo, para os transistores a
pelo diagrama e depois pelo dese- última letra pode significar tanto o
nho da placa de circuito impresso. ganho quanto a tensão de trabalho, e
Nos projetos que damos em nossa b) Tipos e especificações de com- ela deverá ser observada quando se
Revista é comum colocarmos junto ao ponentes adquirir o componente. Por exemplo,
diagrama os valores dos componentes O tipo de componente indicado o TIP31A é diferente do TIP31 porque
que são repetidos na lista de material para uma aplicação é fundamental o "A" significa que este transistor
com informações adicionais, tais para o seu funcionamento, principal- suporta uma tensão maior, conforme
como tensão de trabalho para os mente nos casos mais críticos. Isso ilustra a figura 2.
capacitores, dissipação e código de acontece, por exemplo, nos circuitos Da mesma maneira, o BC548B
cores para os resistores, etc. Assim, de altas freqüências (transmissores, tem um ganho maior que o BC548. Se

ELETRÔNICA TOTRL - NQ 96 / 2003


de calor que o componente pode Na figura 5 temos o modo como
dissipar. Se utilizarmos um resisto r de as posições dos componentes polari-
~: .;;" TlP31/AIB/C 1/8 W, onde se exige um de 1 W, ele zados são indicadas.
esquentará demais e poderá queimar.
Os resistores têm suas dissipações
associadas ao seu tamanho, observe
a figura 4. Diodo :() ~+ )
Nesta relação, devemos ainda
-a:::J-
Figura2 incluir os componentes que devem Catodo ( K ou c ) Capacitor
ser "montados" em casa. É o caso das
usarmos um BC548 comum onde se
recomenda um BC548B, poderemos
ter problemas de funcionamento no
aparelho que está sendo montado.
bobinas, que são elementos extrema-
B;C
E
~
Transistor
t::É[::I
+-
Pino 1
~~ ~
Existem ainda os casos em que
Simbologia Simbologia
são especificadas tensões e corren- Americana Euro ,. Figura5
tes mínimas. Para os capacitores
é comum indicarmos a tensão de
trabalho. d) Soldas frias
Na figura 3 temos alguns capa- Esta é, sem dúvida alguma, a
citores com as indicações de suas maior causa de não funcionamento de
tensões de trabalho. aparelhos eletrônicos. Chamamos de
Esta é a tensão máxima que eles "solda fria" àquela que "não pega".
suportam, e não a tensão que neles Aparentemente, o componente
aparece quando em funcionamento. está soldado, mas se examinarmos
Assim, se num circuito temos tensões com uma lente, veremos que ele está
até uns 12 V, é comum utilizarmos solto, que a solda não aderiu aos
capacitores de pelo menos 16 V (nos seus terminais, ou à placa de circuito
locais em que os 12 V podem apare- impresso. Resultado: a corrente não
cer), dando assim uma tolerância para Figura4 pode passar e, com isso, o aparelho
funcionamento seguro. Caso seja um não funciona.
capacito r de menor tensão utilizado, mente críticos nos transmissores e O caso mais comum ocorre
ele poderá ter seu dielétrico rompido receptores. quando soldamos fios esmaltados
"queimando" e impedindo o funciona- Se o número de espiras, a sepa- de bobinas numa placa. Estes fios
mento do aparelho. ração entre espiras, o diâmetro e precisam ser raspados antes de serem
Para as correntes vale o mesmo. características do núcleo não forem soldados, pois a fina capa de esmalte
Em um circuito em que tenhamos uma obedecidos, o circuito não oscilará na que os recobre impede a aderência
corrente menor do que 1 A podemos freqüência correta. da solda.
utilizar um diodo que suporte 1 A ou Na figura 6 temos alguns casos
mais. de soldas frias.
Também é necessário estar atento c} Posição de componentes polari-
às dissipações, ou seja, à quantidade zados
Diodos, transistores, capacitores e) Desenho de placa
eletrolíticos, SCRs e circuitos inte- Ao se elaborar uma placa de cir-
grados possuem posições corretas cuito impresso, diversos problemas
para sua montagem. Caso sejam podem acontecer.
invertidos, o aparelho certamente O primeiro deles é a interrupção e
não funcionará, e mais do que isso: o curto entre trilhas quando a placa é
próprio componente poderá queimar. corroída. Essas interrupções podem
ser reparadas com uma ponte de
Normalmente, nos desenhos das soldas e os curtos eliminados com um
placas de circuito impresso são indí- estilete. Na figura 7 temos algumas
cadas as posições dos componentes, imperfeições na elaboração de placas
mas para situações em que o próprio de circuito impresso.
leitor projeta a placa, ele deverá De qualquer forma, antes de fazer
conhecer o formato e a disposição dos a montagem, examine com uma lente
terminais para saber como posicionar todas as trilhas da placa para verificar
Figura3 cada componente. se estão perfeitas.

ELETRONICATOTAL· N° 96/ 200


S[FMCE ."

Para os transistores o problema pode


ser ainda mais grave. Um transistor
BC548 pode ter ganhos entre 110 e
800. Se, casualmente, o montador de
um projeto experimental utilizar um
transistor que esteja com ganho
500, portanto dentro da faixa, conse-
guirá fazê-Io funcionar de um modo
precário.
Todavia, outro montador que utilize
o mesmo transistor, mas que esteja
com ganho 200 (dentro ainda da
faixa), não conseguirá fazer o mesmo
circuito funcionar! .
Existe ainda um fator agravante
para o uso de transistores: um tran-
sistor de uso geral pode ser "recarim-
bado". Há fornecedores desonestos
que compram lotes de transistores
que não passam nos testes de fábrica,
por estarem com suas características
abaixo das exigidas, e os recarimbam
com designações de tipos de uso
geral como BC548, 2N2222, 2N3904,
etc. e os vendem.
deve ter 1 mm de largura. Numa fonte Nas aplicações menos críticas, eles
de 3 A, as trilhas que conduzem a funcionam, porém se for exigido um
corrente principal deve ter pelo menos ganho maior, o comprador "dançará".
3 mm de largura. O ideal (normalmente fazemos
isso nos nossos projetos) é calcular o
circuito para o transistor na condição
f) Tolerâncias mínima de ganho.
Este é o fator que influi enorme- De qualquer forma, diante de um
mente no funcionamento de certos circuito que não oscile, que tenha
aparelhos, principalmente os mais baixo ganho ou ainda apresente
críticos. instabilidades, uma possibilidade de
O controle sobre a ação das tole- se sanar o problema é a troca do
râncias dos componentes é algo bas- transistor, ainda que por um igual, mas
tante difícil de se fazer, principalmente que pode estar com maior ganho ...
quando os componentes utilizados são Muitos multímetros possuem teste
Outro problema que pode ocorrer adquiridos em lojas comuns ou apro- de transistores com indicação do
é o projeto mal feito de uma placa. veitados de outros equipamentos. ganho e há também os provadores
Trilhas "esquecidas" podem significar O que acontece é que, quando de transistores.
a falta de uma conexão entre compo- se projeta um circuito ou se faz a
nentes que impedirá o funcionamento montagem de um protótipo, utilizam-se
do aparelho. Confira a montagem da componentes comuns que podem ter g) Fornecedor confiável, compo-
placa com o diagrama e isso pelo tolerâncias elevadas. Por exemplo, nentes confiáveis
menos duas vezes! os resistores podem ter tolerâncias Evidentemente, problemas de
Existem também as montagens de 5% a 20%, enquanto que os capa- fornecimento de componentes com
que são críticas quanto à disposição citores eletrolíticos chegam a ter características diferentes das exigi-
e largura das trilhas. As trilhas que tolerâncias de até 40%. das, de má procedência ou mesmo
trabalham com sinais de altas freqü- Isso significa que, se somarmos "recarimbados", podem ser evitados
ências devem ser curtas e não podem os desvios dos valores de todos os com um fornecedor de confiança.
ter curvas em ângulos retos (quinas). resistores de um circuito, se por uma
As trilhas que trabalham com casualidade todos tiverem desvios
correntes intensas devem ser largas. no mesmo sentido, o circuito poderá h) Ajustes
Assim, adota-se a regra geral de que ser levado a uma condição em que o Muitos projetos precisam de ajus-
para cada arnpere de corrente, a trilha funcionamento se torna impossível. tes críticos para serem colocados no

ELETRÔNICA TOTRL· N '96 2003


-,\'-
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-'- . --~
,

ponto de funcionamento. Se bem que bobinas, etc.), resistores de polariza- nos sejam enviados), é preciso que
em revistas destinadas aos leitores ção e capacitores de acoplamento e o autor da montagem saiba explicar
que não tenham recursos para aqui- desacoplamentos, conforme ilustra o que fez. Muitos leitores nos enviam
sição de instrumentos complicados a figura 9. longas cartas descrevendo de forma
a maioria dos ajustes possa ser feita Procure um circuito semelhante e imprecisa o que acontece com seus
sem instrumentos, ou no máximo veja se os valores estão compatíveis, aparelhos, o que dificulta bastante a
com um multímetro, existem certos se é daquele modo que a ligação deve possibilidade de fornecermos qualquer
.cuidados a serem considerados. ser feita, verifique a polaridade da ajuda.
O principal problema que acontece alimentação, etc. Se a configuração . Para que o leitor tenha sua con-
com ajustes encontra-se nos circuitos empregar um circuito integrado popu- sulta efetivamente respondida, e
osciladores e de alta freqüência. lar como o 555, observe em outros de forma que possamos prestar-lhe
É comum que o montador ajuste artigos ou esquemas se as ligações ajuda, proceda da seguinte forma:
um circuito não para sua freqüência são semelhantes para aquela função.
correta, mas para uma freqüência Elas poderão servir de referência, • Seja objetivo na sua consulta
múltipla, ou seja, uma harmônica. inclusive dando uma ordem de gran- - ela deve ser curta e direta para
Quando isso acontece, o circuito deza dos componentes utilizados. facilitar nosso exame.
funciona, porém seu rendimento é • Indique sempre em que revista
bem menor que o esperado. e página se encontra o artigo que
Em um transmissor, por exemplo, o montou.
Carga de coletor
alcance ficará reduzido e o montador • Explique de forma clara o que
terá dificuldades em saber a causa acontece com ele: não funciona, não
disso. dá ajuste, não.tem alcance.
Em um reconhecedor de tom de • Indique se usou algum compo-
um controle remoto, por exemplo, o -I~----+----t-4 nente com especificação diferente da
circuito se torna instável e começa indicada na lista de materiais.
a responder comandos indevidos, i • Indique se alterou valores de
observe a figura 8.
Finalmente temos até a perda
de seletividade dos circuitos que
Acoplamento

-'- componentes
• Se algum componente aquecer
ou queimar indique qual.
começam a "misturar" estações. O • Se tem um multímetro indique as
melhor procedimento, neste caso, é Figura 9 tensões que pode medir nos principais
tentar o reajuste em outra posição pontos do circuito.
do elemento de controle (trimmer,
trimpot, etc.).
j) Desconfiômetro É importante, inclusive, alertar que
Uma outra "ferramenta" que é a nossa correspondência é volumosa.
muito importante quando se monta Assim, não espere que uma consulta
algum circuito eletrônico e ele não enviada pela manhã já tenha sua
funciona é o "desconfiômetro". Assim, resposta à tarde.
Canal 1 Canal 2 Harmônicas se alguma coisa vai mal, desconfie Precisamos de tempo para analisar
( do canal 2 de tudo. Lembre-se que, pela Lei de
.s->: Murphy, justamente aquilo que tem a
o problema, localizar a revista e, é
lógico, atender os leitores que estão
menor possibilidade de falhar, ou de na sua frente.
estar errado, é que está causando o A propósito, convém informar
/ 1.
problema na sua montagem ...
Analise tudo! Mesmo o que você
que não temos condições de alterar
1 I 2 3
tem certeza de que não é a causa
projetos publicados para atender
Muito próximo da harmônica às necessidades do leitor. "Como
do problema. modificar o amplificador da revista X,
do canal 1
pg Y para que ele se transforme numa
máquina de fazer pipocas?"
Figura 8 k) Proeurando ajuda Não darmos opiniões sobre equi-
Evidentemente, o primeiro lugar pamentos comerciais ou indicar altera-
em que o leitor pensa para poder pedir ções. Isso acontece porque alterações
í) Configurações semelhantes ajuda é a nossa equipe técnica. e modificações nem sempre são
Os circuitos eletrônicos seguem Entretanto, para que possamos simples e possíveis.
configurações que têm sempre a auxiliá-to sem ver a montagem (o Mesmo quando são possíveis, não
mesma disposição de componentes. que para nós é impossível - pois não podemos indicar alguma coisa ao
Transistores, por exemplo, sempre temos condições de examinar um a leitor sem experimentar ou ter certeza
têm elementos de carga (resistores, um os projetos que, eventualmente, de que funcione!
Normalmente, um comando ~n~ia~o por um ~i~erj1a~d~c9nt!ot~r~njot~ ~ev~ ~e ço~v~rt~r em
algum tipo de ação mecânica. Uma roda que .dava.sar girada, um disposítívo que precise .ter sua.
posição modificada ou um leme· que deva -ser movido. Isso implica na -utilização de· dispesitives .
que façam a conversão de um sinal elétrico numa ação mecânica, ou seja, onde se tenha
um interfaceamento entre eletrônica e mecânica. É justamente desse interfaceamento que
vamos tratar neste nosso artigo. Newton C. Braga

Embora este assunto esteja mais No sistema de escape, uma' roda


de acordo com as Iinalidades da ,
Bobina
denteada é mantida tracionada (ou
nossa outra publicação "Mecatrônica 'If'"
+ Movimento
n---+
elástica) por uma mola, mas não pode
Fácil", onde os leitores interessados Atração 1""1 girar livremente devido à presença
por controle remoto não devem perder [ o de uma trava.
~-4 JV
de vista a sua utilização nesses siste-
mas, o tema não pode ser deixado de
47 Núcleo
Quando aplicamos um pulso ao
solenóide, ele atua sobre a trava
lado. Daí, fazermos sua abordagem
nesta série.
Para que um comando enviado
Campo

MI!ii'1
Corrente
elétrica • de modo que a engrenagem possa
avançar apenas um dente. Ao soltar
o comando, o solenóide sendo dese-
a um equipamento controlado remo- nergizado, faz com que a trava volte a
tamente possa ser convertido numa Na forma mais simples, o sole- sua posição normal. Isso significa que
ação mecânica, devemos usar dispo- nóide pode ser empregado para atuar a cada pulso do comando e, portanto
sitivos atuadores. para essa finalidade diretamente sobre um mecanismo, do solenóide, a roda denteada avança
há diversas tecnologias simples que como no caso de uma fechadura um dente.
podem ser empregadas, dependendo elétrica, ou ainda pode servir para Com o acoplamento dessa roda
apenas do que se quer controlar e acionar o braço de uma alavanca. As denteada a um leme, conforme se
do tipo de movimento que desejamos duas possibilidades são ilustradas vê na figura 4, podemos ter 8 posi-
que seja executado .. na figura 2. No segundo caso, o ções (para 8 dentes) de acionamento
Os sistemas atuadores podem solenóide é usado numa maquete seqüencial.
basear-se em solenóides, motores e para levantar uma porteira. Em um carro podemos ter 8 posi-
até mesmo em SMAs, de que tratare- No entanto, existem disposições ções de direção acionadas seqüen-
mos mais adiante. mais engenhosas que permitem a um cialmente. A desvantagém principal
A seguir, ao analisar os principais solenóide executar outros tipos de desse sistema é que precisamos "dar
sistemas de atuadores, iremos forne- movimento. Uma delas é um sistema corda" no sistema de elástico ou mola
cer alguns circuitos práticos que o usado em modelos e que consiste para manter a tensão sobre a roda
leitor pode usar nos seus projetos. no sistema de escape, exibido na de comando. A vantagem está na sua
figura 3. simplicidade.

ATUADORES COM SOLENÓIDES

Bobina Tranca
A forma mais simples de se trans- Mola
ferir movimento para um mecanismo
é através de um solenóide, conforme 1
mostra a figura 1.
Quando uma corrente passa atra-
vés da bobina, o forte campo magné- Solenóide -
tico criado atrai o núcleo que, então, Terminais da
Núcleo
pode exercer uma força sobre um bobina
mecanismo modificando sua posição.
Movimentos

Leme

Roda
Solenóide denteada

."'Fi'
Algumas empresas fabricam os poderá ser usado o circuito apresen-
solenóides rotativos que não preci- Pulsos .J1JL.Il.. tado na figura 8.
sam do sistema de corda, pois o seu Nesse circuito, a duração do pulso
movimento de rotação é feito por um depende do valor do resistor R1 e do
sistema interno que atua diretamente capacitor C1• A escolha dos valores
sobre a roda externa, veja a figura 5. dependerá do solenóide usado.

Um
solenóide ATUADORES POR MOTOR
A~V~~ Trava Movimento
rotativo
V- _~ Solenóide
A forma mais simples. de obter
iit!ili€d força mecânica para o acionamento de
dispositivos comandados por controle
remoto é através de motores. O tipo
+ 6/12 V mais comum de motor é o motor de
-fr---- ..-o corrente contínua ou motor DC, como
.iilf"1I também é chamado. DC significa
Direct Current ou corrente contínua,
Esses solenóides são usados em 80136/8 em inglês (veja nossa seção de "Inglês
4
.máquinas industriais e podem ser Instrumental") .
encontrados em diversos tamanhos e Esses motores podem ser encon-
potências. Para aplicações simples, os trados em uma infinidade de tamanhos
tipos de 3 a 12 V (com correntes até e potências, sendo fácil escolher
1 A) são ideais tanto pelo seu custo 21...-...,...,...--' aquele que se adapte à aplicação
quanto pela facilidade de acionamento que temos em mente. Na figura 9
-"20nF
através de circuitos com poucos mostramos um desses motores.
componentes. .L.a 1f.1.F

Outra idéia interessante para


um projeto consiste em se usar um Q1iiFM
solenóide desse tipo como sistema
propulsor para um robô por controle
remoto, onde a velocidade de deslo- +6/12V
camento possa ser associada direta- T o
mente ao número de pulsos enviados
em cada segundo, conforme mostra
I~
a figura 6.
Na figura 7 temos um controle
PWM simples que pode ser utilizado
r
~o
6
8 4 80136/8
\

para controlar um sistema desse tipo, ••• 555


o qual exija uma corrente de até 500
mA sob tensão até 12 V.
Para produzir pulsos de duração
constante a partir de sensores de
contatos momentâneos como um
interruptor de pressão, um reed-
[!2 • :o
o
(J)
"O

c:

,CI)
Q)

switch ou ainda um micro-switch mil!":.


ELETRéNICA TOTRL . NQ 86 f'
o problema maior para o qual o a taxa de redução, ou seja, de quanto engrenagens, podemos obter grandes
usuário de um motor deve estar atento a velocidade se reduz e o torque reduções em sistemas que são deno-
é que, normalmente, não podemos aumenta. minados "caixas de redução".
acoplá-Io diretamente à carga que Uma outra forma de se obter redu- Quando se trabalha com motores
deve ser acionada. O que acontece é ção é exibida na figura 12, onde em sistemas mecânicos controlados
que os pequenos motores possuem se empregam correias. Neste caso remotamente, o uso de caixas de
pequeno torque e alta velocidade. Os também, a taxa de redução depende redução é indispensável. Na figura
seus eixos, se acoplados diretamente da relação entre o diâmetro da polia 15 temos um exemplo de caixa de
a um propulsor, conforme ilustra a maior e o do eixo do motor ou polia
figura 10, não têm força para fazer menor, que pode ser fixada no eixo.
seu acionamento, pois o que eles têm
realmente é velocidade.

Pequena força
x
I d1
d2
= V21
V1 1ii!lllfifi' Correias

alta velocidade -.tiNI


.Di'·' Conforme mostra a figura 13,
Se acionada, a roda irá girar em podemos associar diversas polias para
alta velocidade sem, entretanto, ter obter taxas de redução aindas maiores

o
força para movimentar o dispositivo e com isso forças de acionamento
desejado. também maiores.
Para o uso do motor é preciso Finalmente, temos a redução feita
contar com um sistema que, ao por engrenagens que é vista na figura
mesmo tempo, reduza a velocidade e 14. Essa redução já é um pouco mais
aumente a força. Isso deve ser feito na complicada, pois precisamos conseguir
proporção desejada para a aplicação. as engrenagens nos diâmetros dese-
O aumento da força é diretamente jados, o que não é muito simples.
proporcional à redução da velocidade. A taxa de redução dependerá
Por exemplo, se o motor girar 10 também da relação entre os diâmetros n1' n2 = número de dentes

vezes mais devagar, ele terá 10 vezes e, portanto, do número de dentes n1 V2


mais força. entre a engrenagem maior e a engre- ri2=V;
Existem diversas formas para nagem menor. Combinando diversas Ii1!lii6'"
reduzir a velocidade de um motor e
aumentar seu torque.
A mais simples é a vista na figura
11 e consiste simplesmente em encos-
tar o eixo do motor num volante maior

o
de acionamento.
A relação entre o diâmetro da roda
maior (volante) e o eixo do motor dá

MotorêC;EiXo do motor

(( V1
V2 ~ O +-Roda ou
volante

V 1 = alta velocidade x pequeno torque


T1 = n1 x n3 x n5
Taxa de redução = 2z.
V2 = baixa velocidade x torque alto
T2 = n2 x n4 x n6 T1
fiPJ!lIii'
redução com a fórmula para se mecânicas de um dispositivo
calcular a redução final e aumento radiocontrolado, conforme CONCLUSÃO
de torque. mostra a figura 16.
Na revista Mecatrônica Veja que não basta ligar o receptor de
Atual, descrevemos detalhada- controle remoto a um motor, solenóide
SMA mente o uso desse material ou outro elemento diretamente. É preciso
e até demos alguns circuitos considerar o tipo de acionamento que se
SMA significa Shape Memory práticos demonstrando o seu deseja.
Afloy ou Liga com Memória de uso. Assim, dependendo da aplicação, quando
Forma. Trata-se de um mate- se pensa na transferência de algum tipo
rial fornecido na forma de de esforço de um circuito receptor para um
fios, que se contrai quando elemento que vai exercer uma atividade
aplicamos uma tensão que s~ mecânica, é preciso fazer a escolha certa.
faz circular uma corrente que ':'S1 Os projetistas de automatismos e modelos
o aquece até uma determi- radiocontrolados que precisam ter partes
nada temperatura, denomi- em movimento devem conhecer muito bem
nada "de transição". Pode- os diversos modos de se fazer isso com a
mos montar esses fios de maior eficiência.
forma a acionar partes üi!i!liili
~~~=-------------------~
ÇQMPDf\IEhlTES

o circuito apresentado, sugerido


num Application Note da Maxim,
converte os sinais de sensores de
corrente que operam na faixa de 4
a 20 mA em um sinal de O a 5 V, R8
empregando apenas dois circuitos 100 kn
R4
integrados. 1%
249
Trata-se de aplicação ideal para 1%
compatibilizar sensores industriais 1%
com as características de entrada
de conversores analógicos-digitais 2 D-SV
RG, RG2
(ADCs). >-++-1 ao
3
O circuito completo é mostrado IC1 ADC
MAXIM R5
na figura 1 e consta de dois circuitos C1 3,89 kn
MAX472
integrados da Maxim. 100 nF 7 1% 5
O primeiro consiste de um ampli- VCC
ficador sensor de corrente (IC1) e
emprega um comparador/referência/
amplificador operacional, de modo que
; 4 GND

o circuito integrado IC2 possa gerar


uma saída referenciada ao terra. Essa
saída será de O V, quando a corrente
no sensor for de 4 mA, e de 5 V quando C2
a corrente no sensor for de 20 mA. 7,5V ~100nF
O circuito integrado IC1 já fornece
uma saída de 1,25 V para uma cor-
rente no sensor de 4 mA, e uma Fi ura 1
tensão de 6,25 V quando a corrente
é de 20 mA. A conversão de faixa de . Veja que é importante que os de 5% devido priricipalmente aos
valores é feita justamente em IC2. resistores utilizados sejam de 1% de descasamentos de resistências.
Na verdade, o comparador com tolerância. Uma análise pelo método Mais informações sobre este apli-
IC2 gera tensões de 0,05 a 5,045 V, e de Monte Carlo mostra que no pior cativo podem ser obtidas no site da
seu ganho é unitário. caso possível, o erro de saída é Maxim, em www.maxim.com.
ELETRÔNICA TGTRL· NQ 96 / 20

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