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Limoeiro, ............ de ................

de 2023
CLUBE DE ASTRNOMIA – GALILEU GALILEI
RESUMO – AULA 1 | Plínio Giorgio

Aluno(a): TURMA

Introdução Astrobiologia: considerada uma das mais importantes


áreas de pesquisas da astronomia, ela trata do estudo
Astronomia é a ciência natural mais antiga, tendo da origem e evolução da vida no Universo
despertado o interesse da humanidade desde tempos (exoplanetas e exoluas).
imemoráveis. Fenômenos astronômicos como as fases
da Lua, o nascer e o pôr do Sol, as estações do ano
têm sido utilizados como referência na contagem do
tempo, na agricultura e na localização geográfica.

Astroquímica: associada ao estudo das partículas


O QUE É ASTRONOMIA? componentes dos corpos celestes, bem como suas
reações de interação.
Considerada a mais antiga das ciências, ela estuda a Astronomia estelar: estuda a vida e evolução das
formação, composição dos corpos celestes e os estrelas.
fenômenos do Universo, como por exemplo as Astronomia galática: estuda a vida e evolução das
explosões solares (supernovas) e a formação galáxias.
planetária. Astrofotografia: especializada em registros
fotográficos dos astros.

QUAIS SÃO AS ÁREAS DA ASTRONOMIA?

Cosmologia: estuda a origem, estrutura e evolução do HISTÓRIA ASTRONÔMICA DAS CIVILIZAÇÕES


Universo.
Mesopotâmia: acreditavam que o posicionamento dos
Astrofísica: é a aplicação dos princípios de Física corpos celestes era obra dos deuses e que isso
como base na compreensão de fenômenos, influenciava diretamente nos acontecimentos atuais e
propriedades e a interação entre os corpos celestes. futuros.
Tendo como principais tópicos a dinâmica newtoniana, A observação do céu ficava a cargo dos sacerdotes que
a relatividade geral de Einstein, a termodinâmica, tinham como objetivo de fixar um calendário (ano com
mecânica quântica e mecânica estatística. 354 dias) onde poderiam ajustar a agricultura e
preparar os festejos religiosos.

UMA HISTÓRIA DE GRANDES RESULTADOS


Os primeiros registros datam de 3200 à 3500 a.C. numa
escrita cuneiforme desenvolvida numa placa de argila.
O texto astronômico mais antigo é o tablete 63 de
ENÛMA ARM ENLIL que ocorreu na época da
ocupação da Mesopotâmia pelos Babilônios. Já no
tablete 53, mostra-se o registro do primeiro e último
nascer do planeta Vênus (o que comprova que esse
povo tinha uma noção da periodicidade do movimento
planetário).

Grécia: a herança recebida dos mesopotâmios e


egípcios veio da observação do céu por motivo místico
e pela necessidade de medição do tempo. No entanto,
a Astronomia como ciência com o objetivo de
conhecer os corpos celestes, suas constituições,
posições relativas (movimentos) é fruto da criação da
civilização grega. Com eles, a Astronomia deixou de ser
observacional e passou a ser fundamentada no estudo
dos fenômenos com vistas a compreendê-los e a
conhecer suas leis.
A astronomia era dependente da observação (até o
Egito: tinham como base a Astronomia a marcação do início do século XVII) e dispunha de poucos
tempo (calendário baseado no período das enchentes (rudimentares) equipamentos que eram incapazes de
do Nilo e as observações no céu) sem maiores oferecer adequada visibilidade dos corpos celestes. A
interesses em teorias sobre os corpos celestes, porém posição dos astros era baseada na estrela Polar
já conseguiam identificar alguns planetas e (estrela “alinhada” com o eixo de rotação da Terra) que
constelações. Segundo a mitologia egípcia, também orientava os navegantes. Na época, não era
acreditavam que o deus Osíris ao morrer se conhecida a terceira dimensão, ou seja, as estrelas
transformou na constelação de Órion. eram pontos luminosos espalhados na superfície de
Existiam 3 estações no ano (Inundação, Germinação uma esfera onde a Terra era o centro.
dos Campos e Colheita) com duração de 4 meses cada.
O ano para os egípcios tinha 365 dias (baseados entre Exemplos de instrumentos:
o período de Solstício). Goniômetro: para medir ângulos
Bússolas:
Na contagem do tempo, o ano egípcio dava início com Astrolábios:
o nascimento de Sirius (estrelas que eles chamavam de Esferas armilares: constituídas por círculos
SOPDET). Quando ocorria o primeiro nascimento da representando o Equador, a eclíptica, um meridiano fixo
estrela num ponto acima do horizonte antes de nascer e outro móvel.
o Sol, começava ali o ano egípcio (data de 3000 a.C.).
O povo egípcio acreditava que a Terra era plana e tinha
um formato retangular com o Nilo correndo ao centro.
Para eles o céu era sustentado por colunas (em braços
e pernas) da deusa NUT. De acordo com a mitologia
egípcia a deus NUT abraçava o seu marido, o deus
SIBÛ (deus da Terra) quando o deus SHÛ a agarrou
erguendo-a para que se tornasse o céu.

A cada dia NUT dá a luz a RÁ, o deus Sol. Ele passa


por cima do corpo dela durante o dia e a noite ele é
engolido por ela e fica pronto pra nascer no dia
seguinte. Personagens importantes da astronomia grega

Na história da Astronomia grega, revela-se um grande


número de sábios que se dedicaram ao estudo do
cosmo que vai desde Tales de Mileto até Claudio
Ptolomeu, cobrindo assim cerca de oitocentos anos.
Vamos citar alguns deles como: Tales, Anaximandro,
Heráclito de Éfeso, Filolau, Anaxágoras, Aristóteles,
Aristarco, Eratóstenes, Hiparco e Ptolomeu.

TALES DE MILETO (624-546 a.C)

Foi o primeiro a fazer pronunciamentos sobre a


natureza do Universo sem recorrer as causas naturais.
Defendeu um modelo cosmológico de que a Terra era
esférica e flutuava na água. Essa explicação foi dada
pelo fato de que explicaria o fenômeno do terremoto.
Ficava observando o posicionamento do Sol desde o
final de junho até dezembro para prever o dia de
solstício com exatidão.

Usando seus conhecimentos astronômicos, Tales


conseguiu prever um eclipse solar que fez toda a
diferença na batalha entre os medas e os lídios, que
confrontavam pelo controle da Turquia. As tropas
miletianas estavam preparadas e sem medo do eclipse
(Tales já havia falado para eles sobre tal). No entanto,
os lídios ficaram apavorados e pediram a paz.
Por este motivo, no dia 28 de maio de 585 a.C., ficou
marcado o dia da transição da superstição à ciência
na história da astronomia.

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