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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

EXPERIMENTO 6 – CAPACITORES

VITOR ROCHA SANTOS (201920251)


THALES HUMBERTO MOTO COUTO (202010258)
JÔNATHAS DE SOUZA MOREIRA (202210363)

ILHÉUS – BAHIA
2022
VITOR ROCHA SANTOS (201920251)
THALES HUMBERTO MOTO COUTO (202010258)
JÔNATHAS DE SOUZA MOREIRA (202210363)

EXPERIMENTO 6 – CAPACITORES

Relatório apresentado como parte dos critérios de


avaliação da disciplina CET838 – FÍSICA
EXPERIMENTAL III. Turma P13. Dia de
execução do experimento: 16/12/2022.

Professor: Orlando José Katime Santrich

ILHÉUS – BAHIA
2022
1 INTRODUÇÃO
Dois capacitores carregados com cargas +Q e -Q isolados, de formatos arbitrários,
formam o que chamamos de capacitor. O capacitor mais convencional é o de placas
paralelas, como as placas dos capacitores são condutoras, elas superfícies
equipotenciais. A carga nas placas é proporcional à diferença de potencial entre elas:

𝑄 = 𝐶𝑉

Onde C é a capacitância do capacitor.


𝑄
𝐶=
𝑉
Quando temos capacitores ligados em série, as cargas elétricas armazenadas nos
capacitores são iguais, e a capacitância equivalente do circuito é determinada pelo
produto dividido pela soma das capacitâncias individuais.

Figura 1 - Fórmula da associação de capacitores em série.


Quando temos capacitores em paralelo, isso faz com que o potencial elétrico sobre
cada um seja o mesmo. Nesse caso, a capacitância equivalente é calculada pela soma
das capacitâncias individuais.

Figura 2 -Fórmula da associação de capacitores em paralelo.


Quando uma função é contínua, exceto por um número finito de “saltos”, esta
representa uma função degrau. Quando existe uma excitação a partir de uma função
degrau, o circuito fornece uma resposta chamada de resposta ao degrau de um
circuito. O circuito RC da figura 3(a) pode ser substituído pelo da figura 3(b) onde 𝑉𝑠
é uma fonte de tensão cc constante.

Figura 3 – Circuito RC.

Considerando a tensão do capacitor como a resposta do circuito a ser


determinada, é possível considerar uma tensão inicial 𝑉0 no capacitor, apesar de não
ser necessário para a resposta ao degrau. Como a tensão no capacitor não pode
variar instantaneamente,

𝑣(0− ) = 𝑣(0+ ) = 0 (1)

onde 𝑣(0− ) é a tensão do capacitor exatamente antes do chaveamento e 𝑣(0+ )


é a tensão imediatamente após o chaveamento. Aplicando a LTK, temos:

𝑑𝑣 𝑣 𝑉𝑠
+ = 𝑢(𝑡) (2)
𝑑𝑡 𝑅𝐶 𝑅𝐶

Onde 𝑣 é tensão no capacitor. Resolvendo a diferencial, temos:

0, 𝑡<0
𝑣(𝑡) = { −𝑡 (3)
𝑉𝑠 (1 − 𝑒 ⁄𝜏 ) , 𝑡>0

Que é a solução ao degrau de um circuito RC quando um capacitor está


totalmente descarregado no momento 𝑡0 . A corrente no capacitor é obtida através da
equação:

𝑑𝑣 𝑉𝑠 −𝑡⁄
𝑖(𝑡) = 𝐶 = 𝑒 𝜏 , 𝜏 = 𝑅𝐶, 𝑡 > 0 (4)
𝑑𝑡 𝑅
Figura 4 – Resposta ao degrau de um circuito RC com um capacitor inicialmente descarregado:
(a) resposta da tensão, (b) resposta da corrente.

Verifica-se que existem duas componentes resultantes da resposta: a natural e


a forçada, caracterizadas por comportamentos opostos. Após cinco constantes de
tempo, a chamada resposta natural irá cair para zero.

2 MATERIAIS ULTILIZADOS

• Capacitor 100 µF;

• Resistor 100 kΩ;

• Fios;

• Maleta de experiências Minipa;

• Multímetro;

• Fonte de alimentação.

3 OBJETIVOS
• Analisar o tempo de carga e descarga do capacitor.

4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL E RESULTADOS:

Experimento 1:
Para este experimento, montamos o circuito da figura 5.

Figura 5 – Descarga de um capacitor pela resistência interna de um voltímetro.


Após a montagem do circuito, o capacitor foi carregado ligando interruptor S. Para
observar a descarga do capacitor, o interruptor foi desligado e medimos o tempo
necessário para que o capacitor atingisse certas tensões. Segue abaixo a tabela com
os valores obtidos.

Tensão (V) Tempo (min) Tensão (V) Tempo (min)

14 0:01 8 0:31

13 0:012 7 1:52

12 0:015 6 4:30

11 0:02 5 8:15

10 0:03 4 13:40

9 0:10 3 22:04

Gráfico 1 – descarga do capacitor.

16

14

12

10
Tensão (V)

0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
Tempo (segundos)

Experimento 2:

Para este experimento, montamos o circuito da figura 6.


Figura 6 – Carga de um capacitor.

Após a montagem do circuito, conectamos o capacitor e medimos o tempo que o


capacitor leva para se carregar até alguns níveis de tensão. Os valores obtidos foram
anotados na tabela abaixo.

Tensão (V) Tempo (min)

1 0:01

2 0:02

3 0:03

4 0:05

5 0:10

6 0:27

7 1:18

8 4:00

9 8:22
Gráfico 2 – Carga do capacitor.

Tensão (V)
10
9
8
7
Tensão (V)

6
5
4
3
2
1
0
0 100 200 300 400 500 600
Tempo (segundos)

5 CONCLUSÃO

Através destes 2 experimentos foi possível observar o comportamento do capacitor no


momento de descarga e carga dele. Pode ser observado através da tabela e gráfico 1
que a carga e tensão do capacitor decaem exponencialmente. Ou seja, após decorrido
um tempo 𝜏, a tensão decai a 1⁄𝑒 do valor inicial. De forma semelhante, observando a
segunda tabela e o gráfico 2, vemos que a carga e tensão do capacitor também
aumentam de forma exponencial.

ANEXO

Figura 7 – Circuito do experimento 2 montado na maleta Minipa.

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