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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

BACHARELADO EM ENGENHARIA MECÂNICA

CAPACITORES E CAPACITÂNCIA

DOURADOS - MS
2023

UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

BACHARELADO EM ENGENHARIA MECÂNICA

GABRIEL PEREIRA DA SILVA

GUILHERME MARCELO DE SOUZA MARIANO

MAYCON RODRIGO DE FREITAS DEVECCHI

CAPACITORES E CAPACITÂNCIA

Relatório experimental apresentado ao curso de


Engenharia Mecânica da UFGD – Universidade Federal
da Grande Dourados, para a disciplina Laboratório de
Física III, referente ao experimento “Capacitores e
Capacitância’ realizado no dia 28/03/2023

Prof(a) Drª Maryleide Ventura


Dourados - MS

2023
RESUMO

O experimento tem o objetivo de estudar capacitores e capacitância. Em sala foram feitos três
experimentos, visando compreender como funciona o carregamento e descarregamento de um
capacitor. Também foi estudado a associação entre dois capacitores, onde um estava
carregado e outro descarregado.

1. INTRODUÇÃO
Um capacitor é um componente eletrônico que armazena energia elétrica. Ele é
composto por duas placas condutoras separadas por um material isolante, chamado de
dielétrico. Quando uma diferença de potencial é aplicada, as cargas elétricas se acumulam nas
placas, criando um campo elétrico. Os capacitores têm diversas aplicações em circuitos
eletrônicos, como em filtros, temporizadores e circuitos de armazenamento de energia.

Figura 1 – Exemplo de um capacitor por dentro.

Fonte: mundodaeletrica.com.br/como-funcionam-os-capacitores. Acesso em 2023.

Capacitância é a medida da capacidade de um capacitor em armazenar carga


elétrica quando uma diferença de potencial (tensão elétrica) é aplicada entre suas placas
condutoras. A capacitância, que é a capacidade de armazenar carga elétrica, é determinada
pelo material dielétrico e pelas características geométricas do capacitor. Ela é medida em
unidades chamadas de farads (F) e é dada pela equação 1.

𝑄
𝐶 = 𝑉 (1)

Sendo Q medida em Coulomb a carga e V a tensão medida em Volt.


2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. Materiais

Foram utilizados os seguintes materiais e equipamentos:

 Fonte de tensão contínua;


 2 multímetros digitais: usados na medição da tensão da fonte e capacitores.
 Cabos: conectam a fonte a todo o circuito, utilizado nas medições em
multímetros.
 Capacitores de 2200 µF, 4700 µF e 10000 µF;
 Resistores de 10 kΩ, 20 kΩ e 47 kΩ;
 Cabos jacaré;
 Celular: usado para registrar o descarregamento e carregamento dos
capacitores.

Figura 2 – Fonte utilizada nos experimentos.

Fonte: autores.

Figura 3 – Multímetros digitais utilizados para medição da fonte e dos capacitores.


Fonte: autores.

Figura 4 – Tipo de cabos utilizados para multímetro, fonte e capacitores.

Fonte: usinainfo.com.br. Acesso em 2023.

Figura 5 – Capacitores de 2200 µF, 4700 µF e 10000 µF, respectivamente.

Fonte: autores.
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Foram feitos três experimentos: a carga dos capacitores, a descarga de um
capacitor alterando apenas os resistores e uma associação de um capacitor carregado com um
capacitor descarregado.

3.1. Carga de um capacitor

Inicialmente é montado um circuito elétrico com o resistor de 10 kΩ em série com


o capacitor de 2200 µF, com a fonte ajustada a 10V.

Figura 6– Circuito feito para carga do capacitor.

Após montar o circuito, deve-se verificar com um multímetro a tensão da fonte de


10 V e a do capacitor em 0 V. Caso o capacitor tenha uma tensão diferente de 0 V, é feito um
curto-circuito nos terminais do capacitor.

Com isso, ao fechar a chave, mede-se a carga com o tempo. Para calcular a carga
com os outros capacitores foram feitos os mesmos passos. Com um celular registramos o
multímetro durante o período da carga.

O tempo gravado foi o indicado teoricamente pela equação 1, para o capacitor de


2200 µF estima-se 2 minutos, para o capacitor de 4700 µF estima-se 7 minutos e para o
capacitor de 10000 µF estima-se 9 minutos para a carga total.

𝜏 = 5𝑅𝐶 (1)
Figura 7 – Circuito montado para carga do capacitor.

Fonte: autores.

3.2. DESCARGA DE UM CAPACITOR

É montado o circuito com um capacitor de 2200 µF e um resistor de 10 kΩ.

Figura 8 – Circuito feito para descarga de um capacitor.

Após isso, deve-se carregar o capacitor, ligando o interruptor S. Ao desligar o


interruptor, pode-se observar a descarga do capacitor sobre a resistência interna do
multímetro. Depois é feito o mesmo passo, alterando apenas os resistores, utilizando os
resistores de 20 kΩ e 47 kΩ. É registrado também com o celular.

3.3. Associação de um capacitor carregado com um descarregado

É montado o circuito com dois capacitores, um de 2200 µF e com outro de 4700


µF. A fonte é ajustada para 10 V. Mantém-se a chave S2 aberta e fecha-se a chave S1, para
carregar o capacitor de 2200 µF. Mede-se a tensão nos terminais do capacitor C1 com o
multímetro digital.

Figura 9 – Circuito feito para a associação.

Após isso, abre-se a chave S1 para desconectar a fonte e fecha-se a chave S2, para
carregar o capacitor descarregado, em paralelo ao capacitor carregado.

Figura 10 – Circuito montado feito para a associação.

Fonte: autores.
3.4. Carga do capacitor

3.4.1. Capacitor 2200μF

Para o experimento realizado com o t = 2 minutos usamos um capacitor de


2200μF, anotamos os valores de tensão em relação ao tempo.

t (Segundos) V (Volts)
17 4,53
34 7,02
51 8,4
68 9,1
85 9,48
103 9,71
120 9,82
Tabela 1: tempo que o capacitor leva para atingir o potencial máximo da fonte.

E com esses valores fazemos um gráfico tensão (V) por tempo (t), em escala
mono-log.

Gráfico 1: Tensão por tempo


10
Tensão (V)

1
0 20 40 60 80 100 120 140
Tempo (s)

Gráfico 1: tensão por tempo com os valores da tabela 1.

Para calcularmos sua constante τ, usaremos seu valor nominal nossa dando um
valor de 22 segundos. Sabendo que t = 5RC, usando um resistor de 10kΩ, substituindo os
valores podemos concluir que a capacitância experimental equivale a 2400μF.

3.4.2. Capacitor 4700μF


Para o experimento realizado com o t = 4 minutos usamos um capacitor de
4700μF, anotamos os valores de tensão em relação ao tempo.

t (Segundos) V (Volts)
34 4,8
68 7,18
102 8,47
136 9,18
171 9,55
206 9,75
240 9,86
Tabela 2: tempo que o capacitor leva para atingir o potencial máximo da fonte

E com esses valores fazemos um gráfico tensão (V) por tempo (t), em escala
mono-log.

Gráfico 2: Tensão por tempo


10
Tensão (V)

1
0 50 100 150 200 250 300
Tempo (s)

Gráfico 2: tensão por tempo com os valores da tabela 2.

Para calcularmos sua constante τ, usaremos seu valor nominal nossa dando um
valor de 47 segundos. Sabendo que t = 5RC, usando um resistor de 10kΩ, substituindo os
valores podemos concluir que a capacitância experimental equivale a 4800μF.

3.4.3. Capacitor 10000μF

Para o experimento realizado com o t = 9 minutos usamos um capacitor de


10000μF, anotamos os valores de tensão em relação ao tempo.
t (Segundos) V (Volts)
77 4,28
154 7,2
231 8,5
308 9,18
385 9,51
463 9,75
540 9,85
Tabela 3: tempo que o capacitor leva para atingir o potencial máximo da fonte.

E com esses valores fazemos um gráfico tensão (V) por tempo (t), em escala
mono-log.

Gráfico 3: Tensão por tempo


10
Tensão (V)

1
0 100 200 300 400 500 600
Tempo (s)

Gráfico 3: tensão por tempo com os valores da tabela 3.

Para calcularmos sua constante τ, usaremos seu valor nominal nossa dando um
valor de 100 segundos. Sabendo que t = 5RC, usando um resistor de 10kΩ, substituindo os
valores podemos concluir que a capacitância experimental equivale a 10800μF.

3.5. Descarga do capacitor

3.5.1. Resistência de 10kΩ

Para o experimento realizado com o t = 2 minutos usamos um capacitor de


2200μF e resistência de 10kΩ, anotamos os valores de tensão em relação as seguintes
voltagens pedidas pelo experimento.
t (Segundos) V (Volts)
1 9,5
2 9
3 8,5
5 8
7 7,5
9 7
11 6,5
13 6
17 5
24 4
32 3
43 2
62 1
83 0,5
Tabela 4: tempo que o capacitor leva para descarregar as seguintes voltagens.

E com esses valores fazemos um gráfico tensão (V) por tempo (t), em escala
mono-log.

Gráfico 4: Tensão por tempo


10
Tensão (V)

1
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

0.1
Tempo (s)

Gráfico 4: tensão por tempo com os valores da tabela 4.

Para calcularmos sua constante τ, usaremos seu valor nominal nossa dando um
valor de 22 segundos. Sabendo que t = 5RC, usando um resistor de 10kΩ, substituindo os
valores podemos concluir que a capacitância experimental equivale a 2400μF.

3.5.2. Resistência de 20kΩ


Para o experimento realizado com o t = 4 minutos usamos um capacitor de
2200μF e resistência de 20kΩ, anotamos os valores de tensão em relação as seguintes
voltagens pedidas pelo experimento.

t (Segundos) V (Volts)
2 9,5
4 9
8 8,5
11 8
14 7,5
17 7
20 6,5
25 6
34 5
45 4
59 3
80 2
115 1
150 0,5
Tabela 5: tempo que o capacitor leva para descarregar as seguintes voltagens.

E com esses valores fazemos um gráfico tensão (V) por tempo (t), em escala
mono-log.

Gráfico 5: Tensão por tempo


10
Tensão (V)

1
0 20 40 60 80 100 120 140 160

0.1
Tempo (s)

Gráfico 5: tensão por tempo com os valores da tabela 5.

Para calcularmos sua constante τ, usaremos seu valor nominal nossa dando um
valor de 44 segundos. Sabendo que t = 5RC, usando um resistor de 10kΩ, substituindo os
valores podemos concluir que a capacitância experimental equivale a 4800μF.
3.5.3. Resistência de 47kΩ

Para o experimento realizado com o t = 9 minutos usamos um capacitor de


2200μF e resistência de 47kΩ, anotamos os valores de tensão em relação as seguintes
voltagens pedidas pelo experimento.

t (Segundos) V (Volts)
6 9,5
11 9
18 8,5
25 8
32 7,5
40 7
49 6,5
58 6
79 5
106 4
140 3
187 2
272 1
357 0,5
Tabela 6: tempo que o capacitor leva para descarregar as seguintes voltagens.

E com esses valores fazemos um gráfico tensão (V) por tempo (t), em escala
mono-log.

Gráfico 6: Tensão por tempo


10
Tensão (V)

1
0 50 100 150 200 250 300 350 400

0.1
Tempo (s)

Gráfico 6: tensão por tempo com os valores da tabela 5.


Para calcularmos sua constante τ, usaremos seu valor nominal nossa dando um
valor de 103,4 segundos. Sabendo que t = 5RC, usando um resistor de 10kΩ, substituindo os
valores podemos concluir que a capacitância experimental equivale a 10800μF.

4. CONCLUSÃO

O Estudo de capacitores e capacitância é extremamente importante na física, eletrônica e


elétrica, afinal são componentes capazes de armazenar carga elétrica em seu campo elétrico.

Os capacitores são compostos por duas placas condutoras separadas por um dielétrico, que
pode ser ar, papel, plástico e outros materiais isolantes. A capacitância, por sua vez, se
caracteriza pela capacidade de um capacitor armazenar energia elétrica, cuja medida no SI é o
farad (F).

O comportamento dos capacitores em circuitos pode ser estudado se apropriando das leis de
Ohm, a lei de Kirchhoff e outros princípios da eletricidade. Fora isso, a capacitância é um
fator fundamental em diversos fenômenos físicos, sendo eles: a polarização dielétrica, a
oscilação elétrica e a propagação de ondas elétromagnéticas.

A capacitância depende da área das placas condutoras, da distância entre elas e da constante
dielétrica do material isolante utilizado. Quanto maior a área das placas condutoras e menor a
distância entre elas, maior será a capacitância do capacitor.

Contudo, o estudo de capacitores e capacitância é fundamental para compreensão de


fenômenos físicos elétricos que são aplicados nas mais diversas áreas de tecnologia e
engenharia como a eletrônica, telecomunicações, energia, física...etc. Dominar estes conceitos
é fundamental para o desenvolvimento de novas tecnologias.
5. REFÊRENCIA

https://www.todamateria.com.br/associacao-de-capacitores.

BATALHÃO, T. B., et al. Laboratório de Física III: livro de práticas. São Carlos: IFSC,
2014.

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentes de Física. Volume 3

(Eletromagnetismo). 8 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.

SEARS, F.; ZEMANSKY, M. W.; YOUNG, H. D. Física. Volume 3. 12 ed. Rio de Janeiro

LTC, 2009.

TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros. Volume 2. 6. ed. Rio de

Janeiro LTC, 2009.

Princípio de Conservação de Energia - Conceito e exemplos (conceitosdomundo.pt)

O que é capacitor - Brasil Escola (uol.com.br)

Capacitores - Capacitância - Física Vestibular | EducaBras

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