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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA

CENTRO DE TECNOLOGIA DE ALEGRETE


CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
FÍSICA III

Carga e Descarga de um Capacitor

PROFESSOR: Felipe Denardin Costa

ALUNO: ALEX ITCZAK -091040023

Alegrete, setembro de 2013

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Sumário:

1. Resumo---------------------------------------------------------------------------------------------- 3
2. Introdução------------------------------------------------------------------------------------------- 4
3. Objetivos----------------------------------------------------------------------------------------------8
4. Análise dos Resultados---------------------------------------------------------------------------9
5. Conclusão-------------------------------------------------------------------------------------------14
6. Bibliografia------------------------------------------------------------------------------------------15

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1. RESUMO

Este relatório visa analisar o processo de carga e descarga de capacitores,


sendo esses constituídos por dois condutores de corrente elétrica e separados por
um material dielétrico. O experimento foi realizado utilizando fonte de tensão,
capacitores e resistores. O experimento constituiu-se de calcular os valores de RC,
montado as tabelas de carga e descarga do capacitor e montado os gráficos,
mostrados no decorrer deste relatório.

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2. INTRODUÇÃO

Um capacitor é constituído por duas armaduras metálicas condutoras,


dispostas em paralelo e separadas por um dielétrico, e tem a propriedade de
armazenar cargas elétricas. No Sistema Internacional de Unidades (SI), sua unidade
é o Farad. Ao ser aplicada uma diferença de potencial de 1 Volt em um capacitor de
1 Farad, a carga elétrica acumulada entre as armaduras é de um Coulomb.
A quantidade de carga armazenada na placa de um capacitor é proporcional a
diferença de potencial entre as placas.
Para estudar o processo de carga e descarga de um capacitor a figura 1
apresenta um circuito RC. Inicialmente o capacitor deve estar descarregado e a
fonte de tensão desconectada do capacitor. O instante t=0, é definido pelo instante
em que a fonte de tensão é ligada e a chave que do circuito está na posição que
alimenta o ramo RC.

Figura 1. Circuito RCcom chave comutadora para carga e descarga do capacitor

Aplicando a LKC para qualquer instante t, temos:

Sendo:
ε = diferença de potencial da fonte de tensão;
R = resistência do resistor;
I = corrente elétrica do circuito;
Q= carga elétrica acumulada no capacitor;
C= a capacitância do capacitor;
Q/C= tensão entre as placas do capacitor devido ao acumulo de carga;
R. i= queda de potencial provocada pelo resistor;

Considerando a definição de corrente:

A equação 1 pode ser reescrita como:

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, essa equação é uma equação
diferencial, cuja solução é:

Reescrevendo a equação 2, e aplicando a definição de capacitância, logo a


diferença de potencial entre as armaduras do capacitor durante a carga é:

A forma de onda da quantidade de carga elétrica entre as placas do capacitor


e a corrente elétrica que fui através do circuito é apresentada na figura 2.

Figura 2. (a) comportamento da carga elétrica do capacitor em função do tempo e (b) comportamento da
corrente elétrica do capacitor em função do tempo durante o processo de carregamento do capacitor .

A quantidade RC é chamada de constante de tempo capacitiva do circuito,


essa constante é igual ao tempo necessário para que a carga do capacitor aumente
até 63% do valor de equilíbrio com a fonte de tensão.

Descarga do capacitor

Novamente considerando o circuito da figura 1, mas agora considerando o


capacitor carregado com uma carga Q, o instante definido como t=0 é o instante que
a chave s1 fecha os contatos de curto circuito com o braço RC, fazendo com que a
carga elétrica acumulada nas placas do capacitor fazendo com que essa carga flua
através do resistor, até que o ocorra a descarga completa do capacitor.

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Novamente aplicando a lei das malhas e de acordo com a equação (1),
mas agora com potencial externo ε=0;

E novamente considerando a definição de corrente elétrico como:

Podemos reescrever a equação 4 da seguinte maneira:

Integrando dos dois lados da equação temos:

, sendo A, uma constante.

A equação acima pode ser obtida de outra forma, elevando os dois termos ao
argumento de uma exponencial:

Sendo, B outra constante, considerando o fato que em t=0 o potencial entre


as placas do capacitor é V=ε e que a carga inicial é Q):

Sendo assim a dependência da quantidade de carga acumulada nas placas


do capacitor no processo de carga é:

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Portanto:

A constante de tempo RC tem a mesma função que no processo de


carga. Tanto Q quanto i diminuem exponencialmente com o inicio do processo
de descarga, esse comportamento pode ser observado na figura 3.

Figura 3. (a) comportamento da carga elétrica do capacitor em função do tempo e (b) comportamento da
corrente elétrica do capacitor em função do tempo durante o processo de descarga do capacitor.

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3. OBJETIVOS

Determinar a constante de tempo de um circuito RC-série, através da medida de
tensão através da tensão sobre o capacitor durante a carga e a descarga ; 
Determinar a carga total armazenada no capacitor;

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4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Após montado o circuito da figura 1, com a fonte de tensão ajustada para 10


V, foi estimado o valor da constante de tempo do circuito com os valores nominais
de RC.

Parte 1 do experimento

Na primeira parte do experimento utilizando um resistor de 100kΩ e um capacitor


de 100µF, foi calculado a constante RC, sendo essa com valor de 10s. Após
encontrado o valor da constante RC foi iniciado o carregamento do capacitor como
demonstrado na tabela 1, tabela tempo versus carga. A partir dos dados da tabela 1
foi montando o gráfico 1.

t (s) V (V)
2 1,28
4 2,97
6 4,33
8 5,42
10 6,13
15 7,75
20 8,68
30 9,36
50 9,73
70 9,8
90 9,84
120 9,87
160 9,89
Tabela 1. Tabela tempo versus carga do capacitor carregando.

Gráfico 1. Carga do capacitor.

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Após anotados os dados de carga, foram feitas medidas para a descarga do
capacitor com o circuito na mesma configuração do circuito acima. Esses valores
estão expressos na tabela 2, e sua curva está mostrada no gráfico 2.

t (s) V (V)
2 9,19
4 7,4
6 5,97
8 4,83
10 3,9
15 2,35
20 1,42
25 0,87
30 0,53
35 0,32
40 0,2
45 0,13
50 0,08
55 0,06
60 0,2
65 0,2
70 0,02
75 0,01
Tabela 2. Tabela tempo versus carga para a descarga do capacitor.

Gráfico 2: descarga do capacitor.

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Parte 2 do experimento

Para a segunda parte do experimento o valor da resistência foi alterado


para 220 kΩ e o valor do capacitor foi mantido o mesmo C= 100 µF, e novamente
foi calculado o valor de RC, sendo esse 22s. Os valores apresentados para a
carga do capacitor com um novo valor de resistência, é mostrado na tabela 3
bem como a curva correspondente está no gráfico 3.

t (s) V (V)
2 0,86
4 1,7
6 2,46
8 3,07
10 3,66
15 4,95
20 5,97
30 7,41
50 8,9
70 9,47
90 9,7
120 9,81
140 9,83
150 9,83
160 9,84
Tabela 3. Tempo versus carga para a carga do capacitor

Gráfico 3. Curva característica de carga do capacitor.

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Análogo à primeira parte do experimento também foram tomados valores
para a descarga do capacitor esses estão mostrados na tabela 4 e a curva
resultante está mostrado no gráfico 4.

t (s) V (V)
2 9,09
4 8,33
6 7,48
8 6,86
10 6,28
15 4,98
20 3,95
25 3,11
30 2,49
35 1,99
40 1,58
45 1,24
50 0,99
55 0,79
60 0,63
65 0,51
70 0,4
75 0,33
80 0,26
85 0,21
90 0,17
95 0,14
100 0,11
105 0,09
110 0,08
115 0,06
120 0,05
Tabela 4. Tabela tempo versus carga para a descarga do capacitor.

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Gráfico 4. Curva característica de descarga do capacitor.

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5. CONCLUSÃO

Para os processos de carga e descarga do capacitor podemos perceber


que em ambos os casos (experimento 1 e 2), é possível perceber um
aumento acentuado na diferença de potencial durante os instantes iniciais,
inclinando-se para o valor próximo a 10 V, onde a carga do capacitor é
limitada pela fonte. Já no processo de descarga podemos perceber uma
situação inversa, da ocorrida anteriormente, a diferença de potencial diminui
nos instantes iniciais e tende a estabilidade nos pontos próximos ao instante
final da carga do capacitor. Também vale ressaltar que chegamos a valores
bem próximos de porcentagem da carga para todos os valores de RC
calculados, comprovando a teoria com a prática.

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BIBLIOGRAFIA

Sears; Zemansky;Young e R.Fredman; Física III; Ed. Pearson,Addison Wesley

Halliday, D., Resnick, R., Walker, J. – “Fundamentos de Física 3” - São Paulo: Livros
Técnicos e Científicos Editora, 4a Edição, 1996.

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