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Placido QVT
Placido QVT
Resumo
O presente ensaio tem como tema Qualidade de Vida no Trabalho, estre ensaio tem como objectivo avaliar como
a QVT pode influenciar para boa produtividade laborar numa organização. Qualidade de Vida no Trabalho é um
conjunto das acções de uma empresa que envolve a implantação de melhorias e inovações gerenciais,
tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho, visando atender escolhas de bem-estar das pessoas que atuam
em uma empresa, unidade de negócio ou sector específico. Especifica que a qualidade de vida no trabalho se
traduz, em termos gerais, na satisfação do trabalho, na adequação do ambiente e das tarefas, cultura e clima
organizacional, espírito de equipe e coleguismo, confiança, salários e benefícios percebidos. O trabalho em
equipe surge quando um grupo de pessoas trabalham unidos, se comunica bem e claramente e se ajuda na
instrução ou execução das próprias actividades. Disso vem a ajuda aos colegas de trabalho sempre e onde eles
precisarem, daí os relacionamentos e interacções que levaram ao coleguismo (amizade) e à confiança entre as
pessoas da organização. Existe cinco fases para o desenvolvimento de experiências relacionadas a QVT:
sensibilização, preparação, diagnóstico, concepção e implantação do projecto e avaliação e difusão. Mesmo com
todos os benefícios e influências nas organizações trazidos pela boa qualidade de vida no trabalho, encontra-se
barreiras para que seus programas sejam aplicados e como consequência o seu objectivo nas empresas fica
“embasado. O comprometimento e a motivação do trabalhador ocorrem de maneira mais natural nos ambientes
onde os funcionários tenham maior liberdade de interagir e participar de actividades propostas que transmitam
prazer e satisfação.
1. Introdução
O tema deste ensaio é qualidade de vida no trabalho, tendo em vista que, actualmente, a
satisfação pessoal está directamente ligada à qualidade de vida que o trabalhador possa ter no
local de trabalho e mesmo nas relações sociais.
Assim, torna-se necessário reflectir que lugar o trabalho ocupa na vida das pessoas, bem como
na vida de qualquer trabalhador. A importância do trabalho para o ser humano, além do valor
económico para sua subsistência e de seus familiares, pode proporcionar a realização
profissional e, consequentemente, passa a ser instrumento transformador do ambiente ao seu
redor.
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Considerando que as pessoas passam cerca de oito horas por dia no ambiente de trabalho,
durante pelo menos 35 anos de suas vidas. Funcionários motivados, capacitados e bem
remunerados podem apresentar um desempenho acima da média, reduzir custo, oferecer
melhores soluções aos clientes e gerar, como desdobramento, maior vitalidade financeira,
podendo significar, inclusive, a sobrevivência da empresa. A qualidade de vida no trabalho
resulta em maior probabilidade de se obter qualidade de vida pessoal, familiar e social.
A metodologia usada para realização deste ensaio foi a seguinte: para o alcance dos
objectivos, a pesquisa exploratória; do tipo da abordagem a pesquisa é mista. Foi realizado
uma pesquisa bibliográfica relacionada ao tema (qualidade de vida no trabalho) para a colecta
de informações sobre o assunto em livros e sites de pesquisa, que segundo Lakatos e Marconi
(1992, p.43-44), serve para “colocar o pesquisador em contacto directo com tudo o que foi
escrito sobre determinado assunto”.
2. O Surgimento da QVT
Na década de 90 a QVT surge fulminantemente para dar resposta a muitos pontos de tensão e
complexidade empresarial e tem sido suporte para negociações trabalhistas, clima
organizacional, relações humanas, marketing, enfim, todas as áreas de uma organização, ou
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seja, a QVT mostra-se como um processo o qual disponibiliza a consolidação pela busca tanto
do desenvolvimento humano quanto do organizacional.
Robbins (2005) apresenta que a avaliação dos resultados na Gestão de Pessoas é um dos
temas mais desafiadores para essa área e que vem recebendo investimentos cada vez maiores.
Nas questões relacionadas à Gestão dos Programas de QVT, muitas expectativas de resultados
são levantadas: melhor percepção de bem-estar para as pessoas, satisfação, realizações, e o
que influencia directa ou indirectamente na produtividade e nos resultados finais da
organização.
Chiavenato (2004) especifica que a qualidade de vida no trabalho se traduz, em termos gerais,
na satisfação do trabalho, na adequação do ambiente e das tarefas, cultura e clima
organizacional, espírito de equipe e coleguismo, confiança, salários e benefícios percebidos.
Gustavo e Magdalena Boog (2002, p. 406 apud Limongi-França (2003)) citam o conceito de
QVT :
O conjunto das acções de uma empresa que envolve a implantação de melhorias e inovações
gerenciais, tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho, visando atender escolhas de
bem-estar das pessoas que atuam em uma empresa, unidade de negócio ou sector específico.
A satisfação com o emprego pode estimular a pessoa a alcançar um alto nível de desempenho
assim como uma auto-estima para a realização de suas actividades e tarefas. No que se refere
à adequação do ambiente tem-se que ele deve ter boas condições, e a de tarefas, trazer
informações referentes às atribuições e qualidades associadas ao trabalho como por exemplo,
características físicas, experiências, habilidades, técnicas, qualificações formais,
personalidade e temperamento para que o mesmo possa ser realizado por uma devida pessoa.
Enquanto a cultura descreve “aquilo” de que a organização trata, o clima é uma indicação das
impressões e das condições dos empregados. Pode-se dizer que a gerência de uma empresa
tem a responsabilidade de criar um clima no qual as pessoas sejam motivadas a trabalhar com
boa-vontade e eficazmente. O clima caracteriza-se pela natureza da relação pessoal-
organização e pela relação superior-subordinado. Essas relações são determinadas pelas
interacções entre metas e objectivos, estrutura forma, processos de gestão, estilos de liderança
e comportamentos.
O trabalho em equipe surge quando um grupo de pessoas trabalham unidos, se comunica bem
e claramente e se ajuda na instrução ou execução das próprias actividades. Disso vem a ajuda
aos colegas de trabalho sempre e onde eles precisarem, daí os relacionamentos e interacções
que levaram ao coleguismo (amizade) e à confiança entre as pessoas da organização. Os
salários e benefícios talvez sejam um dos aspectos mais impactantes na QVT devido sua
influência na satisfação com o emprego e o reconhecimento no trabalho realizado.
Em tese, pode-se dizer então que QVT é uma gestão da educação para o bem estar no
trabalho, com decisões e escolhas baseadas na cultura organizacional e no estilo de vida dos
diferentes segmentos ocupacionais.
Fernandes (1996, p. 67) cita a importância de auditorias também nas áreas pessoais das
empresas, às quais acarretarão em benefícios e melhorias para um melhor funcionamento
organizacional e maior satisfação dos funcionários:
É comum, entretanto, observar-se certa resistência nas empresas às práticas avaliativas no que
tange a pessoal. É preciso, portanto, buscar-se a criação de uma mentalidade profissional, de
maneira a encarar-se a auditoria dos recursos humanos como uma actividade estratégica,
conferindo-lhe um carácter operacional, instrumentador e directivo, fornecendo subsídios às
empresas sobre problemas que afectam os trabalhadores, com efeitos positivos para elas, sob a
forma de maior produtividade e para a qualidade de vida dos funcionários.
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Limongi-França (2003) sugere que as questões da administração no trabalho parecem ser mais
simultâneas, holísticas e relacionais que lineares, sequenciais e ordenadas. Esta análise,
aparentemente exclusiva do âmbito organizacional, é uma interface de qualidade de vida nos
processos de condição humana no trabalho, melhor observada sob a óptica de saúde e doença
no trabalho.
Limongi-França (2003, p. 150) cita uma nova competência para a qualidade de vida no
trabalho:
A competência em QVT está associada a questões de saúde, lazer e nutrição – nessa ordem.
Também estão contidas nessa nova competência as habilidades relacionadas a responsabilidade
social e relações no trabalho, as quais são interfaces das esferas psicossocial e organizacional
(altamente associadas como relevantes à QVT). Essa percepção reforça a expansão do conceito
saúde-doença para áreas mais abrangentes de capacitação do administrador.
Sabe-se que QVT tem por objectivo, além de promover bem-estar e satisfação, estar voltado
para um melhor desempenho das pessoas através do aumento de sua produtividade, tornando
assim a empresa mais forte e competitiva, logo o interesse em QVT torna-se totalmente válido
para a organização e trabalhador.
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De acordo com Robbins (2011), os termos qualidade de vida, bem-estar subjectivo, felicidade
e satisfação com a vida tem sido utilizado de maneira indistinta e, muitas vezes, sem devida
consistência.
É salutar destacar que não há um consenso, na literatura que trata do tema, acerca da definição
do termo Qualidade de Vida no Trabalho. Limongi-França (2009) menciona que são
fundamentais o envolvimento e a participação dos trabalhadores, em torno dos valores que
permeiam o interesse da empresa, de maneira que os trabalhadores compõem, justamente, o
ponto essencial para o sucesso da implantação do QVT como modelo de gestão. Ainda, o
envolvimento e a participação são obtidos por meio de oferecimento de uma contrapartida aos
trabalhadores, entre estes podem ser apontados: ênfase no treinamento e educação, programa
de participação nos lucros, ênfase no recrutamento interno, estabilidade no emprego,
benefícios, valorização profissional e participação nas decisões.
Tais contrapartidas, por sua vez, reflectem na qualidade de vida no trabalho, a qual se
entende, nesta perspectiva, “como um conjunto de factores (ou indicadores) que, se fazendo
presente nas organizações, proporcionam aos trabalhadores bem-estar físico, mental,
económico e social, permitindo que cada indivíduo resgate na sua condição de cidadão”.
(VIEIRA, 1996, p. 107).
Segundo Burigó (1997) o elemento central na área da qualidade de vida no trabalho advém da
importância que o trabalho tem na vida das pessoas, ainda na constatação de como o trabalho
está estruturado e organizado, podem colaborar para um impacto directo na vida do
trabalhador. Assim, pode levar o indivíduo à satisfação ou à frustração com outros factores da
vida que estão relacionados com a qualidade de vida no trabalho.
necessário para a continuação da mesma em toda a organização e para que o programa seja o
mais eficaz possível, tornando a qualidade de vida dos funcionários melhor e tendo como
consequência um desempenho maior por parte organização como um todo.
Fernandes (1996, p. 62) ainda acrescenta uma breve observação no que diz respeito a
implantação de programas de QVT:
[...] deve-se salientar que não basta decidir adoptar simplesmente a sigla QVT, sem a inclusão
de esforços estruturados para orientar mudanças no sistema de recompensas, mudanças de
tecnologia e no ambiente de trabalho, mudanças nos métodos de gestão para promover
processos participativos e envolvimento dos empregados e, mais importante, sem uma sólida
base filosófica e acreditar no milagroso efeito na satisfação dos trabalhadores.
Mesmo com todos os benefícios e influências nas organizações trazidos pela boa qualidade de
vida no trabalho, encontra-se barreiras para que seus programas sejam aplicados e como
consequência o seu objectivo nas empresas fica “embasado”.
das pessoas no trabalho está ligada inteiramente com a satisfação com o local de trabalho. O
comprometimento e a motivação do trabalhador ocorrem de maneira mais natural nos
ambientes onde os funcionários tenham maior liberdade de interagir e participar de
actividades propostas que transmitam prazer e satisfação (RIBEIRO; SANTANA, 2015).
Chiavenato (2009) aponta que a baixa motivação, falta de atenção, baixa produtividade e alta
rotatividade dentro de uma empresa estão ligadas à ausência de qualidade de vida no trabalho.
Além disso, uma boa gestão de qualidade de vida no trabalho é um factor importante para que
a organização alcance o sucesso, se destaque entre os concorrentes, ofereça melhores
ambientes de trabalho para os empregados e assim consiga ampliar a produtividade.
De acordo com Bonfante, Oliveira e Nardi (2015) as organizações precisam se esforçar para
conduzir os funcionários à realização humana, através das buscas em melhorar o desempenho
organizacional como um todo. A valorização do capital humano no ambiente de trabalho, ou
seja, dar ao funcionário a oportunidade de se expressar e de participar das decisões é de suma
importância para aperfeiçoar os métodos de trabalho, dos produtos e da racionalização dos
custos e, segundo os autores, essas questões estariam relacionadas inteiramente com a
produtividade.
A relação entre empregado e empregador precisa ser vista como sendo partes
interdependentes uma da outra e que influenciam directamente na produtividade da
organização. Já que a associação da qualidade de vida com a produtividade se dá também
através do bem-estar e satisfação no trabalho para o trabalhador e aumenta os efeitos da
produção para a organização (Chiavenato, 2009).
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Sendo assim, a qualidade de vida no trabalho pode ser vista como um indicador do grau de
satisfação do trabalhador e do aumento da produtividade da organização. É importante
analisar a valorização do capital humano na organização, assim como a motivação, acções e
programas importantes. Visto que melhorar a qualidade de vida de uma empresa vem se
tornando a melhor maneira de manter a todos motivados e comprometidos com o trabalho
(COSTA, 2014).
8. Conclusão
pode-se concluir que Qualidade de Vida no Trabalho é um conjunto das acções de uma
empresa que envolve a implantação de melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e
estruturais no ambiente de trabalho, visando atender escolhas de bem-estar das pessoas que
atuam em uma empresa, unidade de negócio ou sector específico.
Chiavenato (2004) especifica que a qualidade de vida no trabalho se traduz, em termos gerais,
na satisfação do trabalho, na adequação do ambiente e das tarefas, cultura e clima
organizacional, espírito de equipe e coleguismo, confiança, salários e benefícios percebidos.
O trabalho em equipe surge quando um grupo de pessoas trabalham unidos, se comunica bem
e claramente e se ajuda na instrução ou execução das próprias actividades. Disso vem a ajuda
aos colegas de trabalho sempre e onde eles precisarem, daí os relacionamentos e interacções
que levaram ao coleguismo (amizade) e à confiança entre as pessoas da organização.
Mesmo com todos os benefícios e influências nas organizações trazidos pela boa qualidade de
vida no trabalho, encontra-se barreiras para que seus programas sejam aplicados e como
consequência o seu objectivo nas empresas fica “embasado.
Referencias Bibliográficas
Bonfante, Júlia Giglio., Oliveira, Limas; Nardi, Ângelo. (2015). O impacto da Qualidade de
Vida no Trabalho sobre a produtividade. Rev. Científica Electrónica UNISEB,
Ribeirão Preto, v.6, n.6.
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Boog, Gustavo, Boog, Magdalena (2002). Manual de gestão de pessoas e equipes: estratégias
E tendências. São Paulo/SP. Editora Gente.
GIL, António Carlos (2001). Gestão de pessoas. São Paulo/SP. Editora Atlas S.A.
Limongi-França, Ana Cristina (2003). Qualidade de vida no trabalho – QVT. São Paulo/SP.
Editora Atlas S.A,.
Fernandes, Eda (1996). Qualidade de vida no trabalho: como medir para melhorar. 3ª Ed.
Salvador/BA. Editora Casa da Qualidade.