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O PODER DO

DINHEIRO
Passo a Passo
Para encontrar a sua
liberdade financeira e
eliminar as dívidas

Evandro Guedes
Diretor-Presidente Analista de Conteúdo
Evandro Guedes Mateus Ruhmke Vazzoller
Diretor da Editora / Operações e Gestão Assistente Editorial
Javert Falco Tatiane Zmorzenski
Diretor de Marketing / TI Revisão Ortográfica
Jadson Siqueira Giancarla Bombonato
Coordenação Editorial Capa
Wilza Castro Nara Azevedo
Supervisão Editorial Projeto Gráfico e Finalização
Mariana Castro Nara Azevedo
Supervisão de Editoração Editoração Eletrônica
Alexandre Rossa Nara Azevedo

G957pdi
GUEDES, Evandro. O Poder do Dinheiro - Passo a Passo para encontrar a sua liberdade
financeira e eliminar as dívidas. Editora AlfaCon. Cascavel-PR. 2020.
160 p. 13 x 20 cm
ISBN: 978-65-990132-0-1
Organização Financeira. Vida Financeira. Finanças. Educação Financeira. Planejamento.
investimentos. Dinheiro. Renda.
CDU: 13

Proteção de direitos
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Data de Acesse: www.alfaconcursos.com.br/atendimento
fechamento Rua: Paraná, nº 3193, Centro - Cascavel/PR
CEP: 85.810-010
25/06/2020
SAC: (45) 3037-8888
Dedico esta obra às pessoas extraordinárias
que buscam entender sobre suas finanças. E, muito
além disso, às pessoas que sonham em poder
encontrar a liberdade financeira para uma vida
próspera e tranquila em que o dinheiro não será
mais um fardo, mas uma bênção que facilitará a
construção de desejos e sonhos!
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Sumário
Introdução 9
Iniciando sua vida financeira 12
Entendendo sua posição financeira 18
Como e onde ficam os “ricos”? 22
Pensar como “rico” 28
Organização é tudo! A educação financeira 36
Qual é o seu padrão? 50
Usando o método EGF 56
A dura realidade: como passar pelo processo
de recuperação 68
A fuga dos ratos 78
Sistema de recuperação EGF 84
Por que o salário de subsistência não deixa você
investir? 100
Aumentando seus gastos 112
Busque nova receita e oportunidades para
acelerar a sua evolução 118
8 erros de pessoas com a mente “pobre” 124
Como juntar dinheiro de forma rápida e objetiva
em 14 dicas 134
Onde investir e guardar o próprio dinheiro 152
8
Introdução
O assunto dinheiro, propriamente dito,
foi, é e sempre será um desafio e um tabu
para 95% das pessoas. E isso não ocorre por
falta de acesso à informação, mas por total
desinteresse pelo assunto. A pergunta é por
que isso acontece se sabemos, desde sempre,
como é importante e urgente esse tema.
A resposta é simples: falar de
dinheiro é brigar com os próprios
instintos de consumo, é lutar contra
crenças limitantes e regras pré-
estabelecidas em nossas cabeças, criadas,
na maioria das vezes, pelos próprios pais ou responsáveis.
Isso causa “calos mentais”, os quais, em grande parte,
perduram por toda uma vida, que acaba sendo marcada
por fracasso financeiro, reclamações e identificação de
culpados para justificar a própria incompetência.

9
10
“O dinheiro pode
não trazer a
felicidade, mas
ele evita a
desgraça ”

11
Iniciando sua
vida financeira
Para falar de dinheiro, temos que ter a real ciência de
como iremos conseguí-lo, e isso pode ocorrer basicamente
de duas formas. Por um lado, podemos ter nascido ricos,
como 1% da população mundial; por outro lado, podemos
desenvolver riqueza durante a vida.
O maior desafio é não se conformar com isso. Sabemos
que quem nasce rico já tem uma orientação de berço de “uma
cabeça de rico” e quem nasce pobre ou de classe média tem
“a cabeça da classe que nasceu”. Isso é óbvio, já que você
incorpora, desde muito jovem, os padrões dos próprios pais.
O grande diferencial é “quebrar esses padrões” e conseguir
sair das amarras e não ser mais refém do dinheiro.

12
Na prática, temos duas formas básicas de Ativos: tudo o que gera
ganhar dinheiro, ou trocamos nossa forma de “renda passiva”. São
exemplos de liquidez o
trabalho e nossa quantidade de horas de esfor- dinheiro que rende por
ço por dinheiro, ou geramos ativos. Veremos, causa de uma aplicação
bancária ou o recebimento
no decorrer desta obra, que o trabalho é ime- de um aluguel. Esses
diato; os ativos, por sua vez, levam, na prática, “ativos” não geram
despesas e sim receita.
muitos anos para que possam ser considerados
algo real.
E como perdemos dinheiro? Também há
duas formas básicas. A primeira é decorrente Patologia: trata-se de
um desejo irrefreável
de gastos excessivos, os quais podem ser de comprar itens
considerados quase uma patologia para os variados e isso passa
a causar muitos
consumistas compulsivos; e a segunda está prejuízos financeiros.
ligada aos gastos passivos, relacionados aos
imediatistas e aos sem educação financeira.
A regra é compreendermos, no decorrer
da leitura deste livro, a identificar ativos e Passivos: são aqueles
passivos. Vale lembrar que estamos falando de bens que geram
uma realidade em que vamos nos transformar em despesas, por exemplo,
um carro, que gera
investidores no futuro. impostos e gastos com
combustível.
O padrão de 99% da população é ter um
“fluxo de caixa negativo na mente”, ou seja,
é a ideia enraizada de que estar endividado
é normal, gasta-se tudo que se ganha. Não
ocorre a mentalidade de guardar dinheiro e
permanecer no “azul” com dinheiro sobrando
no banco ou “com fluxo de caixa positivo”! É a
famosa regra da fuga dos ratos.

13
Exemplificação da
fuga dos ratos

“Você dá emprego a um jovem estagiário.


Ele é solteiro, mora com os pais e não possui
despesas, salvo as pequenas despesas pessoais.
Ele começa ganhando 70% de um salário mínimo
e trabalhando 4 horas por dia. Esse estagiário
nada mais é que um mediano, comum e o que
ganha gasta. Meses depois, alguém resolve
promovê-lo. Aumenta-se o tempo de trabalho
e o quanto recebe por isso. E esse jovem ajusta
seus gastos aos seus ganhos, de forma imediata.
Passa-se algum tempo. E ele é promovido
novamente. O tempo de trabalho e seus
recebimentos aumentam. E, mais uma vez, esse
jovem passa a ter gastos maiores.
Resumindo, em alguns anos ele terá um
rendimento de 10 salários mínimos, e não terá
como gastos apenas o que recebe, como já
fazia antes. Nesta fase, ajustando seus gastos
e somando os passivos adquiridos, terá uma
dívida maior do que ganha, ou seja, os gastos
superarão os ganhos.

14
Quando o assunto é dinheiro, temos que identificar
alguns perigos. O primeiro é o chamado ganha-gasta! Isto
nada mais é do que a situação criada no trecho anterior
e, diga-se de passagem, será tratada de forma mais
minuciosa nos capítulos subsequentes.
Em suma, o que falta não é a educação de como
ganhar o dinheiro, mas a educação de como gastá-lo
com responsabilidade, com vistas ao futuro. Em outras
palavras, o grande problema ao final acaba sendo o que
fazer com o dinheiro após ganhá-lo.

“O segredo de ter uma vida


financeira saudável não está em
como ganhar dinheiro, mas na
educação e organização em que
você tem ao gastá-lo!
Não é quanto você ganha, mas
como você gasta.”

15
16
“Se você nasceu
pobre, não é erro
seu, mas, se
morrer pobre, a
culpa será sua ”
Bill Gates

17
Entendendo sua
posição financeira
Quando separamos a sociedade por classes (e, lógico,
entramos no assunto dinheiro), podemos segmentá-la
e entender melhor o comportamento de cada um e as
sequências lógicas.
A classe mais baixa da população, que se costuma
classificar como classes D e E, só possui despesas.

Por que isso?


Subsistência:
conjunto das
Porque o salário dessas classes, coisas essenciais
D e E, é sempre de subsistência, por à manutenção
da vida;
mais econômica que essa classe seja, sustento.

18
o que ganha só dá para se manter com o básico para viver,
não acumula patrimônio e se endivida por necessidade,
não por consumismo.
A classe média, convencionada a ser chamada de
classes B e C, acostumou-se, por cultura familiar, a ganhar
seu dinheiro e a comprar patrimônio - veremos mais à
frente que são verdadeiros passivos, os quais consomem
os ganhos de uma pessoa. A cultura aqui é: compre sua
casa financiada, seu carro financiado, tenha suas coisas e
viva uma “boa vida”.
A ilusão mais verdadeira possível é que, se uma
pessoa que pertence a esta classe perde a força de trabalho,
fica sem nada e se endivida em curto espaço de tempo.

Classe baixa (D e E) os ganhos só


conseguem pagar as despesas.
Classe Média compra passivos
pensando ser ativos.
Aprendem na infância:
“junte dinheiro e compre uma casa”.
“Faça como fulano, compre várias
casas e pare de trabalhar”.

“Dinheiro não cria sucesso, a


liberdade para fazer dinheiro sim.”
Nelson Mandela

19
20
“O dinheiro não
traz felicidade.
Mas paga tudo o
que ela gasta ”
Millôr Fernandes

21
Como e onde
ficam os “ricos”?
Antes de responder a esse questionamento,
temos que saber o conceito de rico, visto nesse livro.
Consideremos uma pessoa que tornou-se realmente rica
aquela que alcançou um padrão de vida, e fez isso por meio
de sua força de trabalho. Assim, se por ventura precisar
aposentar-se ou parar de trabalhar, seus “ativos” cobrirão
esse valor a ponto de não perder o padrão que conquistou.
Existem duas formas de sermos ricos.
A primeira é quando nascemos ricos. Tudo já foi
construído pelos pais e avós, e a educação de como
lidar bem com o dinheiro vem de berço. Claro que há
as exceções, isto é, a pessoa nasce rica e destrói todo o
patrimônio da família.

22
A segunda forma é organizar a vida em três objetivos:

1. Ganhar mais que se gasta.

2. Desenvolver mais de um trabalho para


aumentar sempre a renda.

3. Aumentar a maior quantidade de


ativos reais possíveis ao longo da vida.

Contudo, a ideia de ficar “rico” ou mesmo de ter


liberdade financeira esbarra sempre no “se isso é possível
ou não”. Como já mencionado, salários de subsistência
não entram nessa metodologia e em nenhuma outra,
já que salários das classes D e E são apenas para
sobrevivência. Assim, podemos afirmar que, para essa
classe, só há uma saída: aumentar a renda da forma que
for, seja estudando e qualificando-se para um emprego
melhor, seja empreendendo, seja crescendo no emprego,
seja atuando em dois ou mais empregos. Do contrário, é
manter-se vivo e ponto.
Outro ponto fundamental é a quantidade de
“tempo” utilizado para ganhar seu dinheiro. Lembre-se
de que você tem uma energia finita, assim, imagine o
seguinte exemplo:

8 horas de trabalho – R$ 50,00


10 horas de trabalho – R$ 60,00
16 horas de trabalho – R$ 90,00

23
Veja que você vai aumentando seu tempo e o
dinheiro aumenta junto, contudo, o cuidado aqui é com seu
maior ativo, que representa o tempo disponível, porque ele
é finito. O que você deve avaliar é a quantidade (que deve
ter um teto) e a qualidade.
A qualidade você pode aumentar se especializando,
literalmente, ou até mesmo empreendendo. Além disso,
você pode contratar colaboradores para lhe ajudar a ter
tempo de aumentar seus ganhos.

A regra 01 de gestão
é: Troque seu tempo por
desempenho!

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25
26
“A meta é
deixar de
parecer ser rico
agora, para ser
rico de verdade
mais à frente ”

27
Pensar como
“rico”
Quando falamos de passivos, tratamos de tudo que
pode vir a tirar seu dinheiro de forma objetiva, como,
por exemplo, um carro. Este gera custos de combustível,
impostos e seguro. Lógico que chegará o tempo em que
você poderá usufruir de ótimos carros, mas isso quando
a linha de ativos, tudo que gera renda passiva, estiver
alinhado. Até lá, use o bom senso e tenha somente o
necessário.
A regra de ouro é aumentar cada vez mais os ativos,
como carteira de liquidez (dinheiro investido), aluguéis

28
diversos e outras fontes de rendas. A regra é gerar dinheiro
e não o vir indo para o ralo. Essa regra demora anos e anos
para ser concretizada, isto é, nada ocorre em curto espaço
de tempo.
Acredito ser interessante mencionar que essa cultura
financeira de “gastar com consciência” sempre esteve
dentro de mim. Não da forma como hoje eu entendo, mas
o embrião estava lá por ensinamentos de meu pai.
Meu pai sempre me ensinou que não podemos fazer
dívidas as quais não podemos honrar, que não devemos
gastar mais do que ganhamos, e conseguiu passar para
mim a ideia – que virou um hábito – de somente comprar
o que fosse necessário e pensar várias vezes antes de
consumir, ou seja, meu pai me tirou a chamada “compra
por impulso” já na adolescência.
No tempo presente, essa regra é tão forte que, no ano
de 2019, resolvi trocar minha BMW. Eu tinha uma X6, até
então o top de linha da própria linha X. Nesse mesmo ano,
a BMW lançou a SUV mais incrível, a nova X5, carro lindo e
com um custo de mais de 700 mil, isso a top de linha.
Depois de 4 anos sem trocar o carro, resolvi – ao ver
um modelo que chegou ao Brasil – comprar. Bem, veio
um lote inicial e uma fila de espera, essa primeira fila iria
demorar uns 10 dias para entregar as 30 primeiras unidades
do carro. Só que o valor de “lançamento” estava muito
caro sob meu prisma e, conversando com um colaborador
meu que já tinha trabalhado na BMW, descobrimos que
poderíamos encomendar direto da fábrica na Alemanha.
O carro, além de mais barato, sairia da formatação que eu
queria. O lado “teoricamente ruim” é que levaria de 90 a
120 dias para entrega.

29
Bem, aproveitei para entregar a minha X6 na agência
para venda e pedi um valor bem maior do que eles queriam
me dar na troca. O que ofereci é o seguinte: “vendam, e o
valor que venderem eu vou inteirar!” Quer, quer, não quer,
não quer! Lógico que aceitaram.
A parte mais legal foi que, conversando com uma
pessoa que conheço e contando as “inúmeras vantagens
de encomendar”, escutei o seguinte:
“Cara, você é diferente mesmo! Eu, se tivesse seu
dinheiro, iria querer “viver”, nunca iria me “indispor” em ficar
120 dias para esperar um carro. Ficar sem carro? É ruim, hein!”
Ele sorriu e me chamou de pão-duro! Foi uma
brincadeira e jamais me ofenderia, mas isso representou
para mim um sentimento de “pobre”, não um sentimento de
“rico”, sentimento de quem não respeita o dinheiro e está
acostumado a consumir e ter dívidas a todo custo. Não quero
ofender ninguém na mesma situação, só estou dizendo que
o dinheiro economizado na transação, se bem aplicado
em 4 anos, serviria para inteirar a troca de um carro novo!
Entendeu? O ciclo de quem pensa como pobre não tem fim
e de quem pensa como rico também não, assim, não é só
quanto se ganha, mas como se gasta e como se economiza.
Voltando ao tempo, quando saí da Polícia Militar do
Estado do Rio de Janeiro e assumi meu primeiro cargo
federal em 2006, eu estava completamente quebrado.
Como meus ganhos subiram muito “de uma hora
para outra”, eu me controlei no momento zero e meu
dinheiro passou a sobrar. Comprei o carro que dava com os
recursos que eu tinha sem me endividar, aluguei a casa que
dava e fui tocar minha vida.

30
Vi muitos colegas se enrolarem financeiramente a
ponto de desespero já no primeiro ano de ter assumido
o cargo conquistado, pois os ganhos aumentaram e eles
simplesmente se desesperaram e compraram tudo o
que dava; o problema é que tudo que compraram virou
passivo.
Eu passei anos juntando dinheiro, que
Liquidez: é um conceito
é o melhor ativo, sob meu prisma. Até por econômico que considera
isso virei investidor de peso anos depois. a facilidade com que
um ativo pode ser
Ter liquidez garante que você seja uma convertido no meio de
pessoa diferenciada e “esbarre” em muitas troca da economia, ou
oportunidades. seja, é a facilidade
com que ele pode ser
Agora, para que você entenda minhas convertido em dinheiro.
O grau de agilidade
experiências e relacione-as com o que estou de conversão de um
ensinando, colocarei tudo em ordem e em investimento sem
perda significativa de
tópicos para melhor entendimento. Costumo seu valor mede sua
dizer que isso é mania do eterno professor liquidez.
Evandro Guedes.

31
1. Por anos eu vivi com um salário de subsistência, ou
seja, o que eu ganhava dava somente para viver.
Até por isso persegui com fúria a aprovação em
um concurso federal, o qual me deu mais liberdade
financeira.

2. Depois de vencer a primeira etapa e passar no


concurso, a próxima foi segurar o impulso do “nunca
tive nada, agora quero ter tudo de uma vez” e me
organizar com o tempo. Foi o que eu fiz, sem dívidas
e juntando dinheiro.

3. Consegui comprar a casa que eu queria e os carros


que eu sonhava. Somente depois isso virou um
“verdadeiro prazer” e não uma tormenta para pagar
coisas de consumo. Isso significa que você pode ter,
mas na hora correta. Esse processo levou somente 10
anos entre o início da minha virada de vida e o que eu
classifico hoje como liberdade financeira total.

32
Diferença entre mente
pobre e mente rica
Mente pobre
não tem paciência
compra, depois pensa
impulso em gastar

Mente rica
é paciente
pensa, depois compra
impulso em economizar

A mente pobre não dá espaço a bons


negócios por falta de paciência!
O maior potencializador do fracasso
financeiro é o impulso.
33
34
“Há apenas
um tipo de
comunidade que
pensa mais em
dinheiro do que os
ricos: os pobres.
Os pobres não
conseguem pensar
em mais nada ”
Oscar Wilde

35
Organização é tudo!
A educação
financeira
O que mais vejo hoje em dia são “especialistas”
ensinando pessoas normais a investir. O interessante é que
esses mesmos especialistas não explicam que investir é a
“ponta da lança”, o último grau de educação financeira,
como se fosse um doutorado nas finanças.
A verdade é que a maioria esmagadora das pessoas
(os 95% de pessoas normais) estão na fase de ignorância
total acerca do assunto e algumas em fase de demência
completa com seus gastos.
Antes de pensar em investir, devemos seguir 08
passos simples, pois, sem eles, é colocar água em uma
jarra com um baita furo embaixo, ou seja, nunca terá a
quantidade que precisa para a sua liberdade financeira.
Vamos aos passos:

36
Passo 01: Saiba quanto
você ganha, reconheça seu
lugar no espaço.

O primeiro passo para saber se podemos


investir ou mesmo se no futuro teremos esse
perfil é exatamente saber o quanto você ganha.
O mais importante aqui é saber se você está no
chamado “salário de subsistência”.

Mas o que é
isso mesmo?

Salário de subsistência é aquele que é suficiente


somente para pagar as necessidades primárias,
como aluguel, comida, luz, água e as despesas
normais, ou seja, o salário é tão baixo que nem
você sendo o cara mais econômico do mundo
consegue fazer sobrar, algo. Resumindo: se você
estiver nesta situação, resta apenas uma saída:
“aumentar seus ganhos de alguma forma!”.
Para simplificar, eu vou enquadrar as classes
que já conhecemos, ou seja, as famosas classes
A, B, C, D e E.
Mas já adianto que não é porque alguém está na
classe A é que tem o perfil de investidor, muito

37
pelo contrário, muitos dessa classe estarão, mais
à frente, no perfil de “recuperação”, pois, apesar
dos ganhos extremamente altos, estão em fase
de descontrole total e falência financeira total.
Os perfis D e E devem fazer um plano para
aumentar suas rendas, pois quem está nestas
fases ou não economiza, ou não consegue
poupar a ponto de isso fazer a diferença na
própria vida. Por isso, a saída é simples: arrume
um segundo ou terceiro emprego, estude, crie
algo, vire vendedor, enfim, vire-se, mas saia
dessas classes por meio do esforço. Eu posso
falar com propriedade, pois foi exatamente
dessa classe que saí.
As classes C, B e A devem seguir os próximos
passos. Porém, é essencial entender que ter
um perfil de investidor significa pensar a longo
prazo. Criar a ideia de que 5, 10, 15, 20 anos de
investimento é algo normal e, mais importante
do que o hoje, é o futuro.
Lembre-se de que hoje você consegue muito
bem trocar sua força de trabalho por dinheiro,
mas, daqui a alguns anos, seu corpo e sua mente
irão desacelerar e você irá colher exatamente o
que plantou.

38
Passo 02: Não minta a
você mesmo, descubra
seus gastos.

O grande vilão do descontrole financeiro é


exatamente a falta de sinceridade que você
tem consigo mesmo. Isso é até certo ponto
compreensível, pois passamos uma vida
inteira sem nos importarmos com o quesito
“educação financeira”.
Em algum ponto da vida, as pessoas têm o
mínimo de consciência e até colocam suas
contas no papel, mas abandonam esse hábito
essencial assim que percebem que não estão
verdadeiramente dispostas a mudar.
Outro problema grave vem do “medo” em colocar
as contas no papel e simplesmente ver que está
um caos, que os gastos são muitos mais altos do
que os ganhos. Bem, adiar isso é como adiar uma
doença grave, uma hora tudo vai estourar na sua
cara, e quando mais tarde pior.
Tudo bem que existe uma parcela de pessoas
“que não está nem aí para a hora do Brasil” e
estar endividado já faz parte do show, bem
como ser considerado pelas pessoas um mal
pagante ou uma pessoa nem tão honesta assim.
Você conhece alguém com essa caraterísticas?

39
Então, o grande macete aqui é não mentir
para você mesmo, tomar coragem ou, como
diria nossos pais, “tomar vergonha na cara” e
colocar no papel. Depois disso, o passo seguinte
é entender o tamanho do problema e agir para
uma virada de perspectiva em sua vida.

Passo 03: Diferença


entre gastos e
necessidades primordiais.

Depois que colocar as contas no papel, classifique


suas despesas entre o que é necessidade primor-
dial e o que é gasto que estoura seu orçamento.
Necessidades primordiais é o que você usa para
viver e não tem como fugir dessas contas, como
aluguel, luz, comida, transporte etc.
Já os gastos são os que os nossos pais
chamavam de “supérfluo”. Essas coisas não
essenciais podem ser adquiridas quando sua
situação financeira está boa e sobra dinheiro
para guardar e também para esses gastos.
Agora, gastar dinheiro com algo de que você
não necessita, mesmo estando endividado, é
inconsequência.
Vamos ao exemplo? Já reparou que, quando
quer trocar o carro e sua situação financeira não

40
está boa e, além disso, não se planejou, você
começa a mentir para você mesmo e para os
outros, com os seguintes discursos:
“Meu carro está velho e vou gastar mais com
manutenção! Carro desse ano desvaloriza! É
perigoso eu ficar na mão!”
Bem, vamos lá! A manutenção regular de um
carro antigo, quando feito de forma progra-
mada e na quilometragem correta, é mais em
conta do que a revisão de um novo, inclusive.
O carro novo desvaloriza honrosamente mais
do que um antigo, ou seja, um carro com cinco
anos de uso desvaloriza pouco de um ano para
o outro, mas um zero já sai da agência toman-
do uma porrada de 20% no mínimo. E quem faz
manutenção não fica na mão. Os carros de hoje
em dia foram feitos para rodarem milhares de
quilômetros se bem conservados.
De cara, derrubei vários argumentos inválidos.
Acredito que você quer com certeza “mudar
de ares”. Isso é muito bom, mas quando você
pode fazer isso e sua situação financeira deixa;
do contrário, trate de andar com o seu carrinho
que sempre esteve ao seu lado até sua situação
estar controlada.
Outro grande vilão é o danado do celular, Iphone 4,
5, X, enfim, a cada ano é lançado um novo e você
compra em “suaves 12 parcelas”. Parece aquelas
contas que nunca acabam. Vou repetir: “Está com
dinheiro sobrando? Se sim, ok, vá lá e o consuma;
do contrário, seu velho amigo resolve tudo”.

41
Passo 04: Como evitar
compras por impulso.

Aqui vou ser curto e grosso e me usar como exem-


plo, pois minha técnica sempre funcionou muito
bem comigo e com quem instruo no dia a dia.
Faça o teste. Vá ao shopping, encontre o que você
planejou comprar - repare que falei: “planejou”.
Ou seja, não é para ver algo, gostar e comprar.
Depois disso, experimente, pergunte sobre, teste,
se possível, e fale ao vendedor: “Vou pensar!”.
Fique andando pelo shopping por alguns minutos;
de preferência, tente ficar uma hora vendo outras
coisas – mas, pelo amor de Deus, não compre
nada. Depois disso, veja se a vontade de comprar
está 9, de 0 a 10. Se estiver menor que 9, vá para
casa. Se, no outro dia, você não sentir vontade da-
quilo, é porque era compra por impulso.
Mas então você se pergunta: “Pôxa vida, mas
nunca poderei ir a um shopping e comprar coi-
sas legais, diferentes e inesperadas?”
Sim, poderá, quando estiver financeiramente
equilibrado e, mesmo assim, com um orçamento
pré-determinado para não se arrebentar
novamente.

42
Passo 05: O hábito de
estudar sobre dinheiro.

O brasileiro por si só já não tem o hábito de


leitura; e, quando falamos de estudar sobre di-
nheiro, parece que tudo fica pior. Mas, acredite,
quando digo estudar, é estudar mesmo.
Isso vai de livros a cursos especializados em
“como organizar suas finanças”. Eu costumo
dizer que essas matérias deveriam fazer parte
da grade curricular e iriam salvar a vida de um
adulto. Todo e qualquer investimento é válido
quando uma pessoa entende o que deve fazer
com o próprio dinheiro.

Passo 06: O hábito de


poupar.

Quando uso a expressão poupar, refiro-me ao


sentido de guardar e não da operação financeira
“poupança”, que, no sistema financeiro político
do Brasil, é simplesmente perder dinheiro.

43
O hábito de poupar deve vir direcionado por
técnicas, que, no nosso caso, serão estudadas
no momento certo, qual seja: a regra 50%,
30%, 20%.
Por enquanto, já saiba que, se você passa meses
e anos sem fazer uma “caixinha”, já está errado.

Passo 07: Os 5% que


estarão no topo.

Tudo que eu relato neste livro está voltado para


as pessoas que querem efetivamente exercer a
mudança de hábito, neste caso o hábito finan-
ceiro. De cada 100 pessoas que ler por completo,
apenas 5% seguirão à risca as orientações e che-
garão ao futuro com uma condição financeira
equilibrada, isto é, não ficarão com a sensação
de que ganharam seu dinheiro e simplesmente
o jogaram fora.
Não ficarão com o sentimento de fracasso e irão
poder contar a seus filhos e netos que, no pas-
sado, tomaram a decisão certa de mudar.
No final, todos nós sabemos que esse universo
de ser bem-sucedido não é para todo mundo e
a pergunta:

44
“Você quer estar no universo dos 5% que esta-
rão no topo ou será simplesmente mais um me-
diano vivendo nos 95% de pessoas comuns?”
Meu caro, essa pergunta somente você pode
responder a si mesmo.

Passo 08: O hábito


definitivo sobre finanças.

Usamos a técnica da deixa, rotina e recompensa


para ligar o hábito das finanças. O processo do
hábito funciona nessa situação como poucas
vezes eu vi, pois a “deixa” é muito forte.
A “deixa’ nada mais é do que um gatilho, um
estalo, você para e diz: “Tenho que mudar!”
Quando falamos de dinheiro, esse gatilho vem re-
vestido de dor, vergonha e sentimento de fracasso.
O que você tem que ter é paciência para que a
recompensa seja gerada. Recompensa é algo
que dá uma satisfação tão grande que você não
quer perder aquela situação e mantém a rotina
que levou você a chegar lá. Para não ficar tanto
no campo da subjetividade, vou dar um exemplo.

45
Imagine uma pessoa que a vida inteira foi des-
controlada financeiramente e que, devido a isso,
seu relacionamento entrou em crise e, ao final,
terminou. Essa pessoa teve uma “deixa em dor”,
pois amava muito seu companheiro.
Devido a essa dor forte, ela resolve mudar seus
hábitos e cria a rotina de não comprar por im-
pulso, estuda sobre dinheiro e controla suas
finanças. Depois de um tempo e pela primeira
vez, tem um X de dinheiro guardado e esse
“bolo” só aumenta. Unindo a esse prazer, passa
a ser elogiada e a pessoa que outrora a achava
uma louca desgovernada com dinheiro agora a
admira a ponto de reatar por confiança e admi-
ração seu casamento.
Tivemos aqui uma “deixa” (que veio da dor),
uma “recompensa” (que foi a satisfação do
sucesso) e a rotina que foi instaurada. Para
não errar novamente, a pessoa tem que
constantemente olhar para a “deixa” e para
recompensa, pois esses dois fatores geram uma
química que impulsiona cada vez mais o hábito
de cuidar bem do dinheiro, que entendemos
como rotina.
Assim, crie a sua rotina e fique de olho aberto na
“deixa” e na recompensa, pois os hábitos ruins
ainda estão lá presentes e qualquer descuido
faz com que eles voltem e arruínem novamente
sua vida financeira.

46
Antes de pensar em investir,
pense em não pagar juros.
Investir tendo dívidas é como
colocar água em uma jarra com
um baita furo em baixo.
Ou seja, nunca terá a
quantidade correta para ter
liberdade financeira.

47
48
“Aprenda a
poupar mesmo
com um salário
modesto. Se você
aprender, é quase
certo que você
terá sucesso
financeiro ”
H. Jackson Brown Jr

49
Qual é o
seu padrão?
O passo seguinte é conhecer o seu lugar no espaço e
definir o seu perfil, com base nos gastos.
Qual é o seu padrão?

( ) Gasta mais do que ganha -


Recuperação
( ) Gasta tudo o que ganha -
Zero a zero
( ) Gasta menos do que ganha -
Investidor
O mais comum, quando colocamos sem mentir e
sem omitir todos os gastos, é que estejamos no tão temido
vermelho, ou seja, o que se gasta supera e, às vezes em
muito, os ganhos.

50
Quem está nessa situação deve entrar no modo
“recuperação”, mas como fazer isso? Bem, a técnica é mais
simples do que parece, e é um passo a passo que já vimos
neste livro.
Em primeiro plano, separe os gastos de natureza
essencial e os gastos não essenciais. Corte tudo o que
puder ser cortado sem afetar o seu dia a dia para viver.
Despesas como aluguel, luz, água, telefone,
supermercado não podem ser afetadas, mas podem ganhar
desempenho com ações simples no sentido de reduzir mês
a mês o tamanho da conta.
Tudo aquilo que não for necessário, como viagens,
troca de bens, saídas em finais de semana, compra de
vestuário, deve ser congelado.
E algumas contas altas, como financiamentos,
devem ser revistas. Cartões de créditos, cheque especial e
“empréstimos” devem ser atacados com uma força de leão.
Devemos dizer um não bem grande para a incompetência
financeira e devemos encarar essa demência de frente.
Em seguida, temos que estipular um prazo para
a recuperação, que, por experiência em orientar muita
gente, vai de 10 meses a 18 meses quando a pessoa compra
efetivamente a ideia.
O passo mais difícil, e que irá exigir uma energia
extra, é negociar as dívidas altas, chamadas de grandes
linhas, que geralmente são os vilões principais, ou seja, o
cartão de crédito e o cheque especial.
Depois disso, é montar a rotina de estudar mais
profundamente as próprias contas, conhecer a si mesmo
e saber se precisa aumentar seus ganhos para sair desse

51
buraco negro ou se o que ganha é suficiente e o que você
precisa é parar de gastar de forma indiscriminada.
Tenha paciência, a recuperação financeira nunca é
rápida, mas a recompensa é grande a ponto de fazer você
um dia desses um sucesso tremendo.
O zero a zero deve ser visto com ponderação e muito
cuidado.

Por quê?

Porque geralmente quem diz que ganha exatamente


o que gasta está omitindo em até 10% as despesas, só para
chegar ao conforto pessoal do zero a zero, que, diga-se de
passagem, de conforto pessoal não existe nada, é fracasso mesmo.

E por que
fracasso?

Porque uma hora sua força de trabalho vai diminuir


e seus ganhos poderão cair um pouco, sem falar que você
é o tipo de pessoa que não possui nem um tipo de reserva
financeira, ou seja, continua sendo um fracasso.
Colchão financeiro: é a Bem, para ser investidor, primeiramente
reserva de emergência
e deve ser o primeiro você tem que cumprir algumas etapas, entre as
“investimento” de qualquer
pessoa. Antes mesmo de quais ter uma reserva de emergência, que é o
pensar em aplicar ou em
aposentadoria, a pessoa colchão financeiro e, ainda por cima, deixar um
deve ter uma reserva dinheiro reservado para projetos. Isso tudo para
para necessidades
imprevistas e imediatas.

52
“blindar” o dinheiro reservado a investimento, pois
todo investidor pensa a médio e a longo prazo.
Tudo que pode vir afetar aquele dinheiro reservado
para investimento transforma você em um amador e nunca
em um investidor.
Essa regrinha já veremos à frente, quando tratarmos
da técnica 50%, 30%, 20%.

Quando falamos da nossa


situação financeira você
precisa ser corajoso!
Mesmo que você não seja,
finja que é.
Ninguém vai perceber a
diferença.

53
54
“Lembre-se de que a
riqueza não é todo
o dinheiro, mas é o
dinheiro de que você
vai precisar ”

55
Usando o
método EGF
Tentar direcionar as finanças sem uma base real de
controle e organização é a mesma coisa que “dar as mãos
ao fracasso”! Pensando nisso, elaborei um sistema que
uso há anos e que foi determinante para o meu sucesso
financeiro.
Selecionei um grupo de jovens colaboradores de
minha própria empresa e empreguei o método com muito
sucesso, transformando pessoas normais em pessoas
extraordinárias, as quais conseguiram mudar suas formas
de pensar, agir e controlar suas finanças.

56
Como sou didático por essência, gosto sempre de
separar em passos e depois junto as peças. Como essa
parte é de suma importância, além de separar em passos,
vou tomar o cuidado de criar um “exemplo prático”, para
auxiliar você na construção da técnica do 50%, 30%, 20%,
que aqui convencionaremos chamar de método EGF
ou método Evandro Guedes de Finanças, uma vez que
os conceitos, as orientações e as metodologias são 100%
uma criação por meio de práticas minhas!

Entendendo a
técnica dos 50%,
30%, 20%

Vamos considerar aqui apenas seus ganhos


reais, não o bruto, mas o que realmente
podemos contar. O primeiro passo é entender
que valor é esse e quais contas aqui entrarão
e, claro, entender o “porquê” da minha
classificação quando montarmos nossa tabela.
Suponhamos que você ganhe R$ 10.000 (dez
mil reais) pela CLT. Esse valor é completamente
diferente no líquido quando compararmos
essa situação a uma pessoa que recebe por
PJ (Pessoa Jurídica), pois os descontos no
primeiro caso são infinitamente maiores. Aqui
usaremos como exemplo a própria CLT em
números “hipotéticos”.

57
Vamos imaginar que os 10 mil são brutos e
que com todos os descontos em folha, você
tenha um salário líquido de R$ 7.600 (sete
mil e seiscentos reais). Nesse caso, esse valor
é o que você realmente pode contar para sua
organização financeira.
50% do valor acima, deve entrar na categoria
“variável”. Temos que tomar muito cuidado,
pois os 20% que veremos à frente tomarão
a classificação de “fixo”. Essas classificações
podem confundir um pouco você, mas, com o
conceito explicado, tudo se resolve.
Variável: todas as despesas que você
pode, a curto prazo (até 3 meses),
modificar para baixo, classificando-as
desse modo, como uma recuperação
financeira de resposta rápida. Assim,
nessa conta, entra aluguel (pois você
pode sair rapidamente de um aluguel
alto para um mais baixo ou mesmo morar
com familiares em casos extremos), luz
(pois é uma conta controlável para baixo
na economia), mercado etc.
Fixo: toda conta de que você não tem
controle a curto prazo de melhora
em economia. Aqui, basicamente e,
para simplificar, iremos trabalhar com
financiamentos, pois esses são difíceis
de se livrar a curto prazo. Nesse conceito,
entramos com financiamento de carros,
inclusive consórcios, financiamento de

58
imóveis e todo tipo de financiamento a
médio e longo prazo.
O que devemos perceber é que os conceitos aqui
estudados embolam um pouco com o que você
convencionalmente entende por fixo e variável,
mas a explicação e a prática irão solidificar a ideia.
Dessa forma, você deve pensar que tem
R$ 3.800,00 (três mil e oitocentos reais) para
seu uso do dia a dia, inclusive para pagar todas
as contas, com exceção dos financiamentos,
que ficarão a cargo dos 20% que você tem
para receber líquido, que, nesse caso, dos
R$ 7.600,00 (sete mil e seiscentos reais) seriam
R$ 1.520,00 (hum mil e quinhentos e vinte reais).

Aqui vai uma dica importante nesse


primeiro passo: a maioria esmagadora
das pessoas precisa entrar em
recuperação para atingir esse nível de
organização financeira, mas verá a
seguir que quem conseguir superar essa
barreira entrará – definitivamente – no
universo dos 5 % de pessoas que estarão
no topo.

Mas, antes que você se desespere, lembre-se de


que tudo é uma questão de ajuste e isso leva
tempo, em alguns casos anos. O importante é
ter em mente que estará embarcando em um
projeto que irá transformar você em um sucesso
financeiro.

59
Conceito de reserva, os 30%

Aqui demanda um pouco mais de trabalho, pois


temos que entender na essência três tipos de
classificação:
Emergência
Projetos
Investimento
O conceito de “o porquê dos 30%”
Esses 30%, no nosso caso concreto,
irão representar R$ 2.280,00 (dois mil
e duzentos e oitenta reais), e serão
reservados para impedir aquela “velha
modinha” de iniciar um projeto de
guardar e investir dinheiro e, quando
aparecer um imprevisto ou um impulso
de compra, você vai lá, resgata e detona
toda a possibilidade de futuro tranquilo
por meio de investimentos financeiros.
Assim, criei três linhas que funcionaram
muito bem comigo e com os meninos
e meninas da minha empresa com os
quais fiz mentorias.

Passo 01: é segurar as “merdas” que


acontecem.
Assim, temos que montar o primeiro
“colchão financeiro”, que é exatamente

60
o da emergência. Nessa linha, você
terá R$ 760,00 (setecentos e sessenta
reais) para guardar pelo menos por
12 meses, o que representa 10% dos
seus ganhos. Após esse período, você
terá uma “reserva de emergência” de
R$ 9.120,00 (nove mil e cento e vinte
reais); essa reserva em tese segura as
despesas que, por ventura, apareçam em
caso de emergência. Mas você deve estar
se perguntando: “E se não acontecer uma
emergência? Bem, guarde essa pergunta
para mais tarde!”

Passo 02: Segurar “as necessidades de


consumo”.
Reparou que eu falei “segurar” e
não “impedir”? Pois bem, algumas
compras não podem ser impedidas,
do contrário você estaria deixando
de viver, mas isso você pode fazer
de forma programada e não mais
à “moda car*lho”, como 95% das
pessoas comuns costumam fazer.
Despesas como troca de um carro,
viagens, compra de vestuário e outras
semelhantes na essência podem e
devem ser programadas e não feitas de
impulso.
Assim, reserve os outros 10% para
esses tipos de projetos e pense sempre

61
em uma janela de três anos. Junte
Janela: é o “tempo
médio” para ter o R$ 760,00 (setecentos e sessenta reais)
dinheiro suficiente por mês durante 12 meses e faça sua
para alavancar viagem, ou segure um ano e meio nessa
os projetos
propostos. linha e troque de carro. A regra aqui é
conseguir trocar seus bens ou continuar
consumindo, mas de forma altamente
controlada.

Passo 03: Os investimentos reais


Bem, eu costumo ser muito duro, objetivo
e direto quando alguém vem com o
assunto: “Vou investir!”. E faço isso
porque sei que, de cada 100 pessoas, 95
irão fracassar pelos motivos descritos
nos passos um e dois. Isso é algo prático
de se ver, basta uma conversa com esse
universo de “investidores eventuais de
internet”, até porque a web está cheia de
“especialistas” que o ajudam a ter a maior
rentabilidade possível, só se esquecem
de que você, além de não saber guardar
dinheiro por falta de cultura, está — em
quase 100% dos casos — desorganizado
financeiramente e não sabe nem ao
menos quanto ganha e quanto gasta.
Assim, os R$ 760,00 (setecentos e ses-
senta reais) reservados nessa linha es-
tarão blindados e, acredite, nesse nosso
universo de descontrole financeiro, juntar
esse valor todo mês é uma vitória.

62
Lembra-se da pergunta? “E seu eu não
tiver emergências e, em casos extremos
— que não recomendo —, os projetos?”
Bem, se não usar, jogue nessa linha.
É só pensar que, se jogarmos esse valor Magia dos juros
para 10 anos de forma nominal, sem a compostos: são os
juros sobre juros
magia dos juros compostos que veremos que ao longo do
a seguir, teríamos R$ 91.200,00 guar- tempo geram
dados. uma rentabilidade
considerável.
De toda a mecânica apresentada no méto-
do EGF, o mais complexo realmente é ajus-
tar sua vida para os 50%. Aqui devemos
lembrar de dois fatores determinantes:

1. Se você tiver ganhos bons, mas está


descontrolado, tem que entrar na
recuperação.

2. Se o seu salário é de subsistência, você


terá que aumentar seus ganhos.

Em todos os casos, o aumento de ganhos poderá


resultar em um aumento de investimento por
questões óbvias. Assim, procurar aumentar os
ganhos sempre deve ser a primeira opção.

63
Como começar?
50% Montando sua realidade
Técnica 30% 昀椀nanceira!
20%

Técnica R$ 10.000 CLT


(Método) EGF Simulação:
R$ 7.600 líquido

Fixo Financiamento carro: R$ 760,00


20% Financiamento consórcio: R$ 760,00
Valor: R$ 1.520

Variável Aluguel
50% Luz
Valor: R$ 3.800 Água R$ 3.800,00
Telefone
Compras
Etc

Reserva Emergências: R$ 760,00


30% Projetos: R$ 760,00
Valor: R$ 2.280 Investimento: R$ 760,00

64
Vamos treinar:
Método EGF
Coloque suas contas
R$
Fixo R$
20% R$
R$
Variável R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
Investimentos: R$
Reservas Projetos: R$
Emergências: R$

Nunca decida não fazer nada só


porque você pode fazer pouco.
Vá lá e faça o que você pode!!!
65
66
“Lembre-se de
que você pode
perder muitas
coisas boas na
vida se tiver a
atitude errada ”

67
A dura realidade: como
passar pelo processo
de recuperação

Quando falamos em recuperação, falamos em “sair


da zona vermelha”.

Mas o que significa


a zona vermelha?

Essa zona é aquela em que os gastos superam os


ganhos. É importante lembrar que essa superação é algo
permanente e não estável, ou seja, ela aumenta. A conta
aqui é simples:
Imagine que você ganha R$ 5.000,00 e tem um
gasto de R$ 6.000,00 todos os meses. Nessa situação,

68
teremos uma déficit de R$ 1.000,00 todo mês. O pior é
que a pessoa não percebe que tem esse desequilíbrio e vai
usando para compensar os recursos que tem disponíveis
e, para seu desespero, esses recursos são os mais nefastos
possíveis em termos de juros, que são o cartão de crédito e
o cheque especial.
Ao final de 1 ano, o déficit não é de R$ 12.000,00,
pois há acréscimo de juros. E isso pode dobrar ou triplicar,
dependendo da linha de crédito que você usa e do não
pagamento. Depois do primeiro ano nessa situação, você já
está completamente falido, mas não percebe.

Salário: R$ 5.000,00
Gastos: R$ 6.000,00
Déficit aproximado: + de R$ 12.000,00
anual

A primeira ação sempre é entender onde está o furo,


e isso só acontece quando colocamos as contas no papel
sem omitir nada e sem medo de entender a asneira de
descontrole que estávamos fazendo.
Depois disso, é “bloquear” por completo o cheque
especial e cortar novos gastos no cheque especial. A forma
mais prática é procurar um crédito mais barato em outro
empréstimo e concentrar esse rombo todo em uma única
conta com juros mais baratos. Para isso, tem que pesquisar
e estudar muito. Agora, faço um alerta:

69
Não adianta nada concentrar as contas em
um único empréstimo, quitar o cartão de crédito
e o cheque especial e, depois de alguns meses,
Efeito rebote:
concentrar as voltar a usá-lo. Isso é “burrice”.
dívidas em um único
empréstimo e depois Na verdade, uma grande idiotice que irá
voltar a usar as detonar mais ainda você. Esse “efeito rebote” voltará
formas de créditos
que detonaram você maior, porque agora, além do novo empréstimo,
financeiramente. Isso ainda terá as mazelas dos efeitos dos créditos
causa o retorno do absurdos do cheque especial e cartão de crédito.
fator endividamento
de forma mais Passando dessa fase, de colocar no papel e
intensa, ou seja, as
dívidas voltam mais “apagar o incêndio”, está na hora de estudar para
agressivas. reconstruir, e isso se dá no “estudo aprofundado das
contas”. Para isso, iremos fazer a seguinte divisão:
Grandes linhas de gastos: são os gastos que saltam
aos olhos, como contas muito altas de que já falamos. São
exemplos: cartão de crédito, cheque especial, cheques
emitidos e empréstimos, assim como financiamentos e
qualquer conta que, ao se olhar, cause indignação frente à
atitude de ter chegado àquele ponto.
Pequenas linhas: essas são aquelas que passam
despercebidas e vão de assinaturas, que nem se percebe
que existem, a gastos corriqueiros como comer fora todo
dia, sair muito no final de semana e comprar coisas que
não precisa usar.
Nessa fase de estudos, o importante é colocar os
gastos descritos de um lado e, do outro, classificar como:

a) Necessário;

b) Não necessário, mas útil;

c) Não necessário e não útil.

70
A primeira ação é cortar a última linha, tudo que for
“não necessário e não útil” corte e, dependendo do seu
rombo, corte o que for “não necessário e útil” e, em último
caso e em falência, corte parte do necessário.
Seguindo as ações o próximo passo é desenvolver
um plano. Eu costumo, em tudo que faço, colocar nomes
nos planos. Faço isso em casa, na empresa, no esporte
e até no lazer, pois isso dá uma ideia de seriedade e
competitividade comigo mesmo.
Nomear o plano é escolher algo emblemático para
você e que moralmente o ajudará a chegar a seus objetivos!
Em 2019, eu criei o “Plano Marshall” na empresa. Plano
Marshall foi usado pelos Estados Unidos para resgatar as
economias do chamado “eixo do mal”, após a Segunda
Guerra Mundial, e para mim era bem simbólico.
Use isso como exemplo e crie um nome criativo e
motivante e busque vencer essa guerra.
Como tudo na vida, coloque um prazo, faça suas
contas, previsões e coloque um prazo primário, mas
alcançável, e não tenha pressa. Vencer a recuperação por si
só já é uma grande vitória.
Criar o hábito de economia é fundamental. Quem
chegou a esse ponto é porque tomou um baita susto e a
“deixa” já aconteceu pela dor de ver que está quebrado. Crie
a recompensa de estar se organizando e monte o hábito de
olhar suas contas semanalmente e “não perca o entusiasmo”.
Seguindo a linha, precisamos agora ajustar seus
gastos aos seus ganhos. Aqui temos duas formas básicas.

71
Ajustar as contas: é totalmente possível e, para
isso, precisamos “cortar” gastos e termos um
tempo maior para nos organizarmos, mas a coisa
funciona se você tiver paciência e se organizar.
A segunda forma é, além de ajustar os gastos, au-
mentar seus ganhos. Eu sempre oriento essa forma,
porque tira você do senso do conforto e acaba des-
cobrindo novos horizontes. Se você não tem nada
em mente para um segundo emprego, vá vender
alguma coisa, ser vendedor em tempo de folga é a
melhor coisa do mundo e, acredite, sempre há algo
para vender e aumentar sua renda.
Vamos passar agora para as fases do processo de
recuperação.

1. Fase do desespero: quando descobre que está


falido. Aqui é o chamado efeito fracassado e dá
a maior ressaca. Não pense no que você fez até
agora, mas o que fará daqui para frente. Vamos
enxergar em problemas oportunidades e não em
problemas simples problemas.

2. Fase do conhecimento: quando começa a


entender como e por que chegou àquela
situação drástica. Reveja atos, ações e episódios
que não devem ser repetidos. Lembrem-se:
quem se conhece não erra novamente.

3. Fase real: quando começa a tomar as ações de


verdade que irão tirar você da lama financeira.
Aqui podemos mencionar a mudança de hábito
e de atitude quando você para de vez de gastar e
começa a economizar de forma efetiva.

72
4. Fase final: quando desenha o prazo e mantém
suas metas. Aqui é só ter paciência e esperar que
a organização e a sensação de vitória e dever
cumprido chegarão.

E agora, como ficará a técnica 50%, 30%, 20%? Aqui


é simples. É fazer uma planilha e encaixar seus ganhos no
variável, no fixo e nas reservas.
Desse modo, verá a necessidade de economizar,
cortar gastos e aumentar os ganhos, nada mais do que foi
estudado até agora.
Tenha força de vontade, fé e siga em frente, mas
lembre-se de que, para aquilo que é competência do
homem, Papai do Céu não moverá uma palha. Assim, quem
tem que ter consciência financeira é você, peça a Papai do
Céu sabedoria, não dinheiro.

73
O Processo de Recuperação
A zona vermelha mais gastos do que ganhos

Ações Bloquear cheque especial +


cartão de crédito
Estudo das contas Efeito papel

Desenvolvendo o plano Nomear passo


e Hábito
Ajustando os ganhos X gastos cortar gastos
aumentar ganhos

Fases do processo de recuperação

Agrupar Colocar Revisar Agir


no papel

Fase Fase Fase Fase


Desespero Conhecimento real 昀椀nal

Por que me desenha


Sensação de en昀椀ei nisso? Mudança prazos e
fracasso de hábitos metas.

74
Assuma o problema de frente!
Seja arrojado e corajoso. Quando olhar
para trás em sua vida, você irá se
arrepender das coisas que fez!!

75
76
“Ganhe seu
dinheiro antes
de gastá-lo e
não aumente
seus gastos da
mesma forma
que aumenta
sua renda ”

77
A fuga
dos ratos
A teoria da fuga dos ratos é simples de ser entendida
e a ideia universal veio do livro “Pai Rico, Pai Pobre”, de
Robert Kiyosaki. Copiando a narrativa de explicação do
livro, vou usar um caso real (o qual foi um sucesso) que
presenciei e tive a oportunidade de ajudar com orientações
que você terá neste livro.
Eu tinha uma colaboradora muito nova, 23 anos,
que já era líder e tinha um salário respeitado, pois a moça
sempre foi um prodígio e, em apenas três anos, saiu de
estagiária para chefe de uma house interna de marketing,
que geria uma verba de um milhão e meio por mês.

78
Quando ela entrou na empresa, passou por uma
peneira, depois foi ser estagiária e logo se destacou. Tenho
o orgulho de dizer que a observamos desde muito cedo e
tive o prazer pessoal de promovê-la e vê-la decolar como
profissional.
Quando começamos o projeto de organização
financeira, ela, como líder, entrou no projeto e, logo nos
primeiros dias, foi identificada como o exemplo clássico
“da fuga dos ratos”, pois, em apenas 3 anos, seu salário
subiu mais de 10 vezes, e nos próximos anos deve dobrar,
ou seja, os ganhos aumentarão drasticamente.
Quando começamos o projeto, ela teve a primeira
oportunidade de colocar tudo no papel e, após ouvir minhas
orientações, deu-se conta de que era um caso clássico de
que “quanto mais se ganha mais se gasta”.
O ciclo dela foi o normal de 95% das pessoas. Começou
com R$ 1.000,00 e gastava os R$ 1.000,00. Passou para
R$ 2.000,00 e gastava exatamente e imediatamente os
R$ 2.000,00, e assim foram os meses. Os aumentos e os
ajustes, quanto mais ganhava, mais gastava, ou seja, o
hábito ruim de ganhar mais e gastar estava enraizado nela.
Quando começamos o projeto “novos milionários”
dentro da empresa, eu escolhi propositadamente meninos
e meninas mais jovens, com mais impulso de compra,
consumo e com o instinto de “viver mais intensamente a
vida”, pois, sob minha perspectiva, quanto mais difícil é o
desafio de mudar o hábito, mais fácil é transformar essa
experiência em algo prático.
E foi exatamente o que aconteceu com ela e com o
que estou fazendo aqui.

79
A ideia básica aqui é não ajustar seus novos ganhos
aos seus gastos.

Mas como
fazer isso?

Use técnica, não instinto. O sistema EGF dos 50%,


30%, 20% serve exatamente para isso. Por exemplo,
se você é promovido e aumentou seus ganhos em uns
R$ 3.000,00 líquidos, agora você tem mais R$ 1.500,00
para seus gastos variáveis, R$ 900,00 para suas reservas
em investimentos, emergência e projetos e R$ 600,00 para
novos financiamentos.
Não é o que você acha, mas sim o que a técnica que
vai mudar sua realidade financeira diz.

Interrompa hoje o processo da


fuga dos ratos!
Não adie! Faça o que tiver de
fazer quando tiver que ser feito!
80
A Fuga dos ratos
se ganha
se gasta

1º ano Promoção
Estagiário Ganha: R$1.600,00
Ganha: R$600,00 Gasta: R$1.600,00
Gasta: R$600,00

2º ano: 3º ano:
2ª promoção
Ganha: R$3.000,00
Ajuste imediato Gasta: R$3.000,00
entre gastos e
ganhos.

das pessoas normais


O erro clássico

81
82
“Nunca subestime
a influência
que o dinheiro
pode trazer ao
seu futuro! Um
dia você vai
envelhecer e irá
precisar mais
dele do que pode
imaginar.”

83
Sistema de
recuperação EGF
Quando falamos de perfil, mencionamos a
recuperação, que é a parte que pessoalmente acho a
mais desafiadora. Primeiro porque temos que ter ciência
que, antes de tudo, é uma mudança de hábito radical tirar
alguém do descontrole total e colocar rumo ao patamar das
pessoas que estarão nos 5% da população que realmente
irá se destacar e ter sucesso; em segundo lugar, porque
demanda tempo e paciência.
O primeiro passo para determinar a linha do tempo
é construir a estrutura EGF 50%, 30%, 20%. Com toda
certeza, a maioria esmagadora das pessoas vai estourar

84
os variáveis muito acima dos 50% e a linha dos 20% dos
financiamentos.
Num primeiro momento, temos que determinar o
valor do estouro e “agrupar” para tomar a pancada de ver
que possivelmente estará em situação de falência pessoal.
Saiba que o apavoramento virá. É aquela sensação de
fracasso, de que passou anos perdido em uma demência
financeira total.
Quando isso acontece, existem dois caminhos a
serem tomados. O caminho dos fortes, vencedores, dos 5%
que estarão no topo; ou o caminho dos 95% de medianos,
que simplesmente desistem.
Opção 1: entrar de cabeça na recuperação,
acreditar, mudar os hábitos e se planejar.
Opção 2: abandonar tudo o que tratamos neste
livro e levar de uma vez por todas a vida à “moda
car*lho” e se estabilizar nos 95% de pessoas que
reclamam da vida financeira de forma permanente
e que se sujeitam ao fracasso financeiro.
Se você escolheu a opção 1, escolheu o caminho mais
árduo. Mas esse caminho será empolgante e desafiador e
fará você entender de uma vez por todas sobre dinheiro.
Agora você deve determinar um prazo, mas não
podemos fazer isso de forma aleatória. Devemos fazer
simulações para saber em quanto tempo sairemos da
recuperação para o método EGF dos 50%, 30%, 20%.
Para ajudar na simulação, iremos criar um
personagem e relatar a sua fase de recuperação e como
devemos usar isso como modelo para construir o nosso
próprio sistema de recuperação.

85
“Alfredinho da Silva Reis”
Esse personagem estará presente em várias obras
minhas, porque esse nome tem muita simbologia, já que meu
filho, Danilo, de forma espontânea, nomeou nosso novo “dog”
dessa forma. Por isso, este trecho vai ser em homenagem
a meu filho, Danilo Guedes. Sei que ele terá um futuro
promissor, porque o pai dele, em algum momento, resolveu
controlar o rumo de sua vida financeira. Por isso, esse trecho
vai ser em homenagem a meu filho, Danilo Guedes.
Alfredinho certo dia resolveu retomar o controle
de sua vida financeira após anos e anos de descaso total
com seu dinheiro. Em contato com o método EGF, fez seus
cálculos e tentou encaixar suas finanças no método EGF
50%, 30%, 20%.
Ao fazer o encaixe, percebeu que estava no vermelho
e rumo a um processo de falência, e resolveu mudar seus
hábitos. Vamos estudar como estava a vida financeira de
Alfredinho - vale lembrar que Alfredinho tem uma renda
fixa de R$ 10.000,00.
A linha dos 20% fixos de Alfredinho estava da seguinte
forma:

Carro financiado = R$ 2.000,00


Casa financiada = R$ 2.500,00
Moto financiada = R$ 1.000,00
Total linha 20% = R$ 5.500,00

86
Na nossa linha dos 20% do fixo, Alfredinho não
percebeu e extrapolou em muito, e isso se deu por pura
falta de organização e técnica. O estouro foi de 35% do
orçamento proposto no nosso programa EGF, ou seja, já
detonou o planejamento.
A linha dos 50% Alfredinho estava da seguinte forma:

Luz, água e demais gastos com a


casa = R$ 500,00
Compras do Mês = R$ 1.000,00
Cartão de crédito = 650,00
Custo com juros (cartão e cheque
especial) = R$ 450,00
Combustível = R$ 600,00
Vestuário = R$ 400,00
Prestações diversas = R$ 600,00
Lazer final de semana = R$ 1.600,00
Outros = R$ 200,00

87
Esses gastos são médios e Alfredinho ainda tinha
algum controle de “colocar no papel” as contas e não
estava ainda completamente falido porque manipulava o
saldo devido entre cartão de crédito e cheque especial.
Mas o furo mensal entre ganhos e gastos está no
vermelho R$ 1.500,00, um verdadeiro perigo, levando-se
em conta que, em 12 meses, teremos um furo de
R$ 18.000,00 nominal (sem os juros, que são altíssimos).
Ou seja, dependendo de como ele manipular esse saldo
vermelho, poderemos dobrar esse valor e teremos em um
ano uma dívida direta não paga de duas vezes os ganhos
mensais de Alfredinho.
Perceba que, mesmo sendo “pequenos os juros”,
temos uma perda direta de R$ 3.600,00 somente de
pagamento de juros, ou seja, dinheiro indo para o ralo de
forma gratuita.
Linha de 30% — a preciosa reserva.
Aqui Alfredinho nem ao menos tinha noção de que
isso existia, antes do impacto fulminante do método EGF.
Não pensou a longo prazo e não reservou essa linha:

1. Investimento = R$ 1.000,00 (não sobra nunca)

2. Projetos = R$ 1.000,00 (nem sabia como fun-


cionava, comprava sem planejamento algum,
pagando juros altos nos financiamentos)

3. Emergência = R$ 1.000,00 (se acontecer qualquer


coisa inesperada, Alfredinho quebra de vez)

88
A linha mais importante, quando falamos a longo
prazo, não foi sequer observada. Temos, portanto, três
efeitos diretos pela não observação dessas linhas:
Primeiro efeito: não haverá renda passiva
no futuro e, quando a força de trabalho
diminuir, teremos uma pessoa dependente
100% do Estado e da previdência, com fundos
financeiros mensais baixos e uma qualidade de
vida ruim, ou seja, ferrou com o futuro porque
só pensou no presente.
Segundo efeito: irá sempre comprar por
impulso e com juros altíssimos. Um bom
exemplo são as entradas de carros financiados.
Quando temos paciência e organização, o certo
é vendermos o carro por um preço justo e
não aceitar menos que isso; leve o tempo que
custar, junte um valor com o qual consiga dar
uma entrada do novo veículo, de forma que
os juros do financiamento sejam mais suaves.
Em alguns casos e dependendo da época,
conseguem-se parcelas de 24 vezes sem
juros em campanhas de montadoras. Aqui a
expressão de ordem é: se temos organização
de juntar dinheiro para projeto, teremos ótimos
negócios.
Terceiro efeito: não ter um dinheiro para os
“imprevistos” e emergências é pedir para
quebrar financeiramente frente a qualquer
“vento ruim”. Nada na vida é óbvio, e já
sabemos que merdas acontecem e tudo tem
que ter um dono. Assim, não é óbvio que as

89
contas estarão sempre no mesmo patamar,
sempre aparece alguma coisa imprevista, as
chamadas merdas financeiras. Mas tudo é
resolvido quando temos a tal da reserva de
emergência para isso.
Quando colocamos as coisas em situações hipotéticas
e exemplificamos, temos noção dos erros que estamos
cometendo. Depois de perceber os equívocos, é hora de
entrar em recuperação e, já que fizemos os cálculos, agora
é hora de planejar os prazos.
Nada a curto prazo funciona muito bem, salvo os
cortes imediatos e superficiais nas contas variáveis. Nos
demais, podemos adotar o método de médio prazo (até 18
meses) e longo prazo (acima de 18 meses), ou seja, faça
um planejamento em, por exemplo, 24 meses e, ao longo
desse prazo, vá ajustando sua vida ao novo patamar de
gastos e, paralelamente, tente aumentar seus ganhos.
A maioria esmagadora das pessoas para o método
por falta de motivação. Já afirmei em outras situações que,
em todos os projetos de vida, 60% é técnica e 40% consiste
em muita motivação. A técnica te faz começar, a motivação
não te deixa parar.
Primeiro recurso: saber olhar para trás.
Eu costumo dizer que uma pessoa que conhece seu
passado e suas dificuldades terá a capacidade real de
projetar um futuro de sucesso. Assim, tenha bom senso de
saber que o primeiro passo já foi dado, que é acordar para
a vida financeira e saber que, daqui para frente, é somente
paciência e dedicação. Não esqueça que atrás de você
existem milhões de pessoas que simplesmente ignoram

90
que a educação financeira existe e outros tantos milhões
não têm a coragem que você teve de começar.
Segundo recurso: a satisfação de estar no caminho
dos 5% que estarão no topo.
Saber que você pode no futuro fazer a diferença na sua
vida e na vida de sua família, que você será uma pessoa que
irá deixar um legado e será seguida não tem preço. Nunca
aceite menos do que você acredita realmente que pode ter,
essa é a real ideia da frase de Arnold Schwarzenegger e que
uso em todos os projetos da minha vida.
Terceiro recurso: pensar no futuro.
Esse recurso é mais avançado e só vai funcionar se
você estiver em um nível de consciência ótimo. Os 95%
de pessoas normais, medianos e que jamais alcançarão
os maiores feitos só pensam no agora. Quem consegue
pensar no futuro e tem projetos a longo prazo será uma
pessoa vencedora, e isso serve como a principal e maior
motivação. Aqui usarei uma fala de Jack Ma, fundador do
portal e-commerce Alibaba: “Em um ano, é impossível
fazer sucesso, mas em 10 anos é possível que você alcance
um grande feito de sucesso de planejar, organizar se tiver
muita paciência. Em um ano nada se faz, mas em 10 é
possível!”.
Por fim, o objetivo principal aqui é pensar em
conseguir no futuro uma renda possível:

Não é porque você pode fazer


pouco que fará nada!
Comece com pouco e vá evoluindo!!
91
Vamos treinar:
Método EGF
Coloque suas contas

R$
Fixo R$
20% R$
R$
Variável R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$

Investimentos: R$
Reservas Projetos: R$
Emergências: R$

92
Vamos treinar:
Método EGF
Coloque suas contas

R$
Fixo R$
20% R$
R$
Variável R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$

Investimentos: R$
Reservas Projetos: R$
Emergências: R$

93
Vamos treinar:
Método EGF
Coloque suas contas

R$
Fixo R$
20% R$
R$
Variável R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$

Investimentos: R$
Reservas Projetos: R$
Emergências: R$

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Vamos treinar:
Método EGF
Coloque suas contas

R$
Fixo R$
20% R$
R$
Variável R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$

Investimentos: R$
Reservas Projetos: R$
Emergências: R$

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Vamos treinar:
Método EGF
Coloque suas contas

R$
Fixo R$
20% R$
R$
Variável R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$

Investimentos: R$
Reservas Projetos: R$
Emergências: R$

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Vamos treinar:
Método EGF
Coloque suas contas

R$
Fixo R$
20% R$
R$
Variável R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$

Investimentos: R$
Reservas Projetos: R$
Emergências: R$

97
98
O salário de
subsistência não
é viver a vida, é
sobreviver a ela!
Aumente seus
ganhos ou viva
uma vida de
limitações!

99
Por que o salário de
subsistência não deixa
você investir?

Salário de subsistência é aquele em que sua renda


total é completamente consumida por suas necessidades
básicas primárias e simplesmente não há possibilidade de
compor algum gasto fixo ou criar reservas.
Para exemplificar, vamos usar a renda de um família
média de um casal com um único filho e provar que é
impossível usarmos o método EGF por condições óbvias de
sobrevivência.
Gastos de uma família composta de um casal e
um filho. Vamos simular aqui uma renda total líquida de
R$ 3.000,00.

100
Gastos variáveis

Aluguel = R$ 700,00
Luz/água/Telefone = R$ 300,00
Compras do mês = R$ 1.000,00
Deslocamento = R$ 300,00
Vestuário = R$ 200,00
Gastos dia a dia = R$ 300,00
Prestações diversas= R$ 200,00

Reparem que colocamos aqui uma média de


padrão de vida. Lógico que existirão variações de família
para família e suas predileções de gastos, mas no fim o
importante é chegarmos a um denominador comum, que
são os R$ 3.000,00 de renda líquida da família.
Nesse caso, não há o que fazer, salvo aumentar a renda
do casal, que pode ser um dos membros da família entrando
no mercado de trabalho, seja formal, seja informal. Também é
possível que o algum membro da família vá em busca de uma
renda maior ou renda extra. O melhor seria tudo ao mesmo
tempo, pois quanto mais renda melhor. Eu costumo sempre
usar um frase de Flávio Augusto, fundador da Wise Up,
cursos de inglês: “Se não tem o que fazer para aumentar a
renda, vá VENDER alguma coisa!”.

101
O que acontece, na maioria dos casos, é a estagnação
completa e, para não ter uma sensação de fracasso total,
as pessoas nessa situação tendem a solucionar o problema
do aluguel, comprando ou tentando construir um imóvel
próprio. Isso gera a sensação de que “você pelo menos, e
se tudo der errado, conquistou algo”.
Isso é pensar pequeno. Infelizmente, é a realidade da
maioria das pessoas que estão nos 95% de pessoas medianas.
Para provar isso, vou fazer um cálculo “simples, sem firula
e muito objetivo” para que você entenda a diferença entre
alugar e “comprar” seu imóvel na situação desse casal.
Para isso, “vou modificar um pouco as contas”.
Opção 1: pagar um aluguel de R$ 700,00.
Opção 2: comprar o mesmo imóvel em que você paga
os R$ 700,00.
Um imóvel, para custar R$ 700,00 de aluguel, é
porque (em situação hipotética) vale aproximadamente
R$ 150.000,00 no mercado. E olhe que estou jogando um
aluguel razoável em um bairro mediano.
Para conseguir comprar, você precisa, no mínimo,
de uns 30% de entrada, ou seja, algo em torno de
R$ 50.000,00. Aqui iremos considerar que, de alguma
forma, essa família conseguiu esse dinheiro.
Financiaremos, por um banco, em 20 anos de
prestações, ou seja, 240 meses. Em alguns casos, pode ser
até de 360 meses.
Temos um saldo a ser financiado de R$ 100.000,00.
Pela experiência que tenho, a prestação fica no início em
média 1.3% do valor nominal e, ao tempo e dependendo do
sistema adotado, a parcela pode ir diminuindo.

102
De cara o que temos:

1. Desencaixe de dinheiro: “liquidez” de


R$ 50.000,00.
2. Uma prestação de R$ 1.300,00, ou seja, temos
cerca de R$ 500,00 a mais que um aluguel e a
desvantagem de não poder mudar de imóvel.
3. Impostos iniciais de cartório que aqui iremos
considerar ao todo R$ 7.000,00, entre outros
impostos.

O que temos: R$ 57.000,00 iniciais (entrada +


impostos) e R$ 500,00 mensais. Não vou fazer cálculos de
juros de investimento porque essa não é a finalidade, pois
farei um cálculo “simples”, o chamado “cálculo burro” que
funciona para se conscientizar.
Daqui para frente, usaremos a sigla “k” para identifi-
car “mil reais”, assim, 50k representa “50 mil reais”.
Total nominal:
No primeiro ano, teríamos guardado e valor poupado sem
incidência de juros,
investido mais ou menos R$ 57k mais 12x R$500,00, ou seja, o valor
que nada mais é que o saldo entre o aluguel de básico que você
juntou no período.
R$700,00 e os R$1.300,00 de prestação. Assim,
teremos ao total nominal, sem juros do investimento Rentabilidade: é
o retorno sobre o
= 57k + 6k = 63k. Se incidirmos mais ou menos 7% de capital investido em
rentabilidade de R$ 4.400,00 em média (lembrem-se determinado ativo
de que estou fazendo somente o “cálculo burro” e financeiro. Ele pode ser
dado através de taxa
não o cálculo financeiro correto, pois assim evitamos de juros pré-fixados.
a chamada “empolgação demasiada” e manteremos
os pés no chão), temos:

103
Primeiro ano: 67.400
Segundo ano: 67.400 + 6k + juros
5.100 = +- 78.500
Terceiro ano : 78.500 + 6k + juros
5.900 = +- 90.400
Quarto ano: 90.400 + 6k + juros
6.700 = +- 103.100
Quinto ano = 103.100 + 6k + juros
7.600 = +- 116.700

A pergunta é:

Por que esse


“cálculo burro”?

Faço esse cálculo porque qualquer pessoa pode


“visualizar” seu futuro de forma real e prática sem
apoio de fórmula de matemática financeira. Acredite: se
formos fazer na real e, dependendo da aplicação e da
economia, os ganhos são muito maiores e, se você tiver
criatividade e visualizar acima dos R$ 500,00 por mês
e aumentar sua renda para investir mais, o jogo vai ficar
muito melhor.

104
Como fazer esse
“cálculo burro”?
Simples, pegue o primeiro ano e multiplique por 7%,
que seria a rentabilidade líquida. Depois disso, comece o
ano com esse valor e “junte” a sua quantidade por mês e,
no final do ano, multiplique novamente por 7%. Lógico que
estamos “perdendo” a rentabilidade mês a mês e qualquer
professor de matemática ou um entendedor dirá que
estamos usando menos de 7%. Melhor ainda, não acha?
Afinal das contas, seja como for, se colocarmos na vida real,
seus ganhos serão maiores.
Agora, coloque esse cálculo para 10 anos e compare-o
com o que vale sua casa financiada. Fez o cálculo? Se fez,
deve estar falando a mesma expressão que o Chaves usava:
“Ai que burro ele” (risos). Mas, enfim, faz parte do show.
O importante é que agora você tem noção e embarca
consciente nessa crença popular e limitante de “eu preciso
ter a minha casa própria”.
A dura realidade dos ganhos de subsistência: eu
classifiquei em três realidades que você vai ter que conviver
se não resolver mudar.

1. Endividamento eterno: como não consegue fazer


uma reserva e merdas sempre acontecem, uma
hora ou outra entrará em empréstimos, cheques
especiais ou cartões de crédito, ou pior, todos ao
mesmo tempo.

105
2. Estagnação eterna: não sairá do lugar, alguns
chamam de “zona de conforto”, que de conforto
não tem nada. Eu, como sou radical, costumo
dizer “acostumar-se a viver na merda”. Mas
repito, isso é uma opinião minha.

3. Vida de limitações: repare que a grande maioria


das pessoas ainda não andaram de avião,
não fizeram uma viagem internacional ou
nunca compraram um automóvel confortável.
Basicamente viverão limitados ao que
“sonham”, mas o dinheiro não dá.

A consciência da mudança
Quando isso ocorre, as coisas começam a mudar. É
aquela hora em que você para, olha suas contas, pensa em
sua vida e começa a agir. Faz um planejamento a longo
prazo, organiza-se e pensa grande.
Quando essa consciência real atinge a pessoa, ela fica
simplesmente imparável e não mudará apenas sua vida,
mas a vida de muitas pessoas ao seu redor.
Aqui você tem que mentalizar e anotar a seguinte frase,
que deverá ser repetida até que seus objetivos sejam superados:

“Não dá para viver assim!


Eu quero mais, eu posso mais!”

106
As saídas possíveis dos ganhos de subsistência, a
grande virada.
Mudança de renda. Aqui temos duas saídas simples.
Renda extra, ou seja, mais horas de trabalho.
Busca de mudança de renda, pode ser pedindo
um aumento ou trocando de emprego.
Para simplificar, vou me usar como exemplo, pois
costumo dizer que a palavra convence, mas o exemplo
arrasta.
Em 2004, a minha vida era engraçada, pois já
fazia longos 7 anos que eu estava na luta para mudar de
emprego e a busca incansável por passar em um concurso
público federal me fez derreter os recursos financeiros.
Eu usava a renda extra dos outros trabalhos para
estudar e cuidar da família; “perdi os freios” e “queimei
meus barcos”, literalmente liguei o “f*da-se” e era: iria
ou iria.
Eu ganhava na época, como policial militar,
R$ 950,00 e, com os empréstimos consignados, o líquido
era de R$450,00. Até hoje tenho o contracheque para
lembrar-me de minhas batalhas.
O que eu ganhava nos empregos extras ia tudo para
estudos e para subsistência. Em 2006, assumi o cargo
Federal e, “do nada”, passei a receber, em meu curso de
“capacitação” – já havia tomado posse neste momento – e
com as diárias, o valor de R$7.500,00. Consegue imaginar?
Como a fuga dos ratos nunca pegou em mim, comecei
minha trajetória real de uma pessoa de sucesso financei-
ro naquele ano e, mesmo sendo chamado pelos colegas

107
(os famosos 95%) de pão-duro, preocupei-me primeiro
em guardar para depois gastar e sempre ajustei minhas
contas a patamares muito inferiores aos meus ganhos.
Ali começou um história de sucesso que culminou
na pessoa em que sou hoje e a possibilidade de ter um
discurso de autoridade real e que realmente funciona.
Resumindo: você não precisa ganhar muito para
ter sucesso financeiro, mas o suficiente para viver
bem, poupar e ter paciência para ver a magia dos juros
compostos funcionarem a seu favor.

Não admita menos que o melhor


para você e sua família.
Quem pensa grande, realiza
grande!

108
Salário de Subsistência

Fixo e Variável Completamente consumido pelo


salário de subsistência “X”

Reservas

109
110
“Aceite o triunfo
e a derrota com
mesma honra! Assim,
sempre saberá de
onde veio ”

111
Aumentando
seus gastos
Quando falamos de organização financeira, temos
que ter em mente que o mais importante é “o quanto posso
economizar” e “o quanto disso consigo guardar”, inclusive
“o quanto posso ganhar nas aplicações”.

Mas o porquê
disso?

Isso ocorre porque todo mundo um dia já tentou


juntar e aplicar um pouco de dinheiro e, em curto espaço

112
de tempo e por falta de organização, acabou por precisar
do dinheiro e usou-o para pagar alguma conta. Isso é o que
fazem 95% das pessoas normais.

O que vamos fazer aqui é tirar você do ciclo em que,


de ano a ano, seus gastos aumentam e a falta de controle
normal faz você se perder. Acredite, o que pode estar
bom em um ano fica terrível em dois ou três anos sem
os devidos ajustes e alertas, até porque o bom é sempre
inimigo do ótimo.

Aprendemos a necessidade de sair do salário de


subsistência e aprendemos que isso pode vir de uma troca
de emprego ou de um aumento de renda. Aprendemos a
importância de economizar e de nos organizarmos com
técnica.

Aprendemos também a armadilha que é a fuga dos


ratos, em que os gastos sempre consomem os ganhos.

Olhando tudo isso, fica cada vez mais clara a


importância da técnica EGF dos 50%, 30%, 20%, da técnica
de recuperação e, na fase em que estamos, do perigo
repentino do aumento dos gastos de um ano para o outro,
que, na verdade, não deveria ser tão repentino assim, afinal
de contas, todos nós sabemos que escola das crianças,
alimentação, aluguel, contas variáveis em geral aumentam
de acordo com índices e a inflação.

Quando esses gastos vierem de um ano para o outro,


temos duas formas de evitá-los:

113
1. Deixando uma margem nas contas variáveis.
Mas já pense em um plano de aumento
permanente ou, pelo menos, de tempos em
tempos no aumento dos ganhos no mesmo
patamar em que os gastos sobem. Por
exemplo: no primeiro ano de ajuste, ao invés
de usar 50% nas contas variáveis, use 45%
e deixe uma margem para que, se houver
aumento dos gastos menos que aumento de
ganhos, você tenha um ano para se realocar e
aumentar sua renda.

2. Assim que aumentar os gastos em um patamar


acima dos ganhos, faça cortes.

Você pode sempre ter as duas técnicas em mãos e as


conjugar para uma melhor organização.
Hoje o que mais vemos são pessoas ensinando você a
investir em todos os lugares. E não há nada de errado nisso
“se você estiver no tempo certo de fazer isso”.
Ficar pensando em como maximizar ganhos em
investimento sem que você tenha ao menos como juntar esse
dinheiro sem gastá-lo antes e em necessidades é burrice.
A linha do tempo é simples. Oitenta por cento é
sempre dedicado à organização. Encaixe a técnica EGF e
deixe tudo redondo nos 50%, 30%, 20%. Depois disso, tenha
paciência e isso pode levar uns 3 anos para que seu “colchão
financeiro” esteja pronto. Depois desse prazo, você terá um
dinheiro razoável dedicado a investimento, mas um tanto de
emergência que dará tranquilidade para não mexer no que
juntou para investir em casos inesperados e poderá “viver”
usufruindo dos seus bens porque se programou em projetos.
114
Depois desse prazo, você aprendeu que não pode
aumentar seus ganhos e se empolgar detonando tudo, que
aumento de gastos sem ajuste é suicídio financeiro, que
deve controlar seus impulsos de consumo, enfim, aprende
de fé e fato a organizar sua vida financeira.
Agora está na hora de investir seu tempo em estudar
as “melhores” opções de como maximizar seus ganhos.
Nesses primeiros anos, concentre-se em:

gastar menos;
guardar mais;
ter controle sobre tudo;
colocar seu dinheiro em uma
aplicação simples, básica, mas
que ganhe sempre da inflação.

Fazendo o simples, terá um retorno bom e, depois


desse prazo, mais maduro, mais ciente do que quer e,
acima de tudo, mais experiente, poderá – com qualidade –
gerir seu dinheiro de forma mais profissional.

r
Não deixe que as pessoas te façam desisti
daquilo que você mais quer na vida!
a
Aprenda que a mudança é necessária par
que as vitórias aconteçam, mas acima de
tudo, batalhe para ser feliz!
115
116
“Não tenha medo da
mudança, do novo!
Mas tenha pavor de
permanecer pelo resto
de sua vida no lugar
que não faz seu
coração vibrar ”

117
Busque nova receita
e oportunidades
para acelerar a
sua evolução
Tudo o que falamos até agora parece muito distante
da realidade se não estivermos realmente dispostos a uma
mudança radical em nossa vida. O bom de tudo é que
esse tipo de mudança gera pessoas de sucesso e histórias
incríveis vindo de pessoas normais.
Ou acha mesmo que eu não vibro quando olho
para trás e lembro que fui um aluno mediano, que fiquei
reprovado na segunda série primária, quase sempre de
recuperação, e que fiz uma faculdade sem noção.
Quando olho para trás, fico me perguntando qual
foi o momento exato em que eu resolvi mudar. Também
questiono o fato de ninguém ter feito comigo aquilo que
faço hoje com você por meio desta obra.

118
Por conta de tudo que passei na minha vida, sinto-me na
obrigação de ser o mais real possível e pedir que não confunda
bondade com fraqueza ou mesmo sinceridade com grosseria.
Se até a esta altura do livro você ainda não achou
uma saída para a sua organização, está na hora de tomar
uma atitude real. Eu entendo perfeitamente o que é olhar
suas contas, olhar seus ganhos, olhar sua vida e dizer:
“Que merda, assim não dá para viver, não dá para guardar
um centavo, não dá para ter projetos, financiamentos e
sobreviver ao mesmo tempo!”.
Quando isso acontecer e você estiver nessa situa-
ção, a primeira ação é entender onde você se encontra no
universo. Se já leu o livro até aqui, esse passo já temos. O
próximo é tomar vergonha na cara e resolver mudar radi-
calmente buscando novas receitas, novos ganhos.

Mas como
fazer isso?
Bem, posso ficar aqui com situações genéricas e em
senso comum, mas vou relatar a história de duas pessoas.
Eu participei ativamente da vida e da alavancagem delas. A
primeira no serviço público e a segunda pessoa na iniciativa
privada. Lógico que vou encurtar as histórias, porque a
ideia aqui é incentivar você a mudar.
A primeira história é um exemplo de superação e
reorganização de vida. O Rafael Euflauzino chegou para
estudar comigo no início de 2010. Tinha morado fora do Brasil
fazendo trabalhos como garçom e voltou simplesmente
quebrado financeiramente e intelectualmente estagnado.

119
Resolveu mudar sua situação e, para isso, a forma de au-
mentar sua receita foi fazer um concurso público. Praticamente
abandonou a vida por 4 anos e trabalhava de forma eventual
como garçom, o restante do tempo usava para estudos.
Do início dos estudos em 2010 até começar a trabalhar
de fé e fato e receber seus primeiros ganhos em 2015, foram
longos 5 anos. Mas, enfim, sua tranquilidade como servidor
público federal na polícia rodoviária federal chegou.
A primeira coisa que ele fez foi se organizar financei-
ramente. Tempos depois me procurou cheio de ideias e que-
ria mais. Enfim, o “bichinho” dos 5% tinha mordido o Rafa e
agora ele havia resolvido paralelamente empreender e abriu
em uma cidade do interior um curso preparatório próprio,
que hoje está cheio de alunos. Ele começou a decolar rumo
aos 5% que realmente farão sucesso e estarão no topo.
A segunda história cativante é da Franciele Lima. Bem, a
Fran começou comigo há mais de 10 anos, essa história teve início
em 2009 quando ela entrou para trabalhar como atendente.
Ela copiou perfeitamente a ideia da iniciativa privada
de que o melhor auxílio-desemprego é a competência.
Foram anos e anos não fazendo somente o conven-
cional, por diversas vezes era a primeira a chegar e, junto
comigo, éramos os últimos a sair. Ela foi saltando, subindo
e vendo a empresa crescer. Nunca desistiu de fazer a dife-
rença ou de querer mais e mais.
Hoje ela comanda, como gerente geral, mais de 600
pessoas diretas e indiretas e quatro sedes distribuídas entre
Paraná, São Paulo e Fortaleza, além de cerca de quatro
milhões de alunos cadastrados em nossa base on-line,
ou seja, nós nos transformamos na gigante de concursos
públicos no Brasil e ela virou a chefe dessa imensa nave.

120
E detalhe: ela é formada em educação física e trabalhava
em uma pequena loja que vendia molas de caminhões. Isso
mesmo, era uma assalariada com um emprego medíocre,
com salário medíocre e um futuro medíocre.

O que essas pessoas


têm em comum?

Bem, o primeiro ponto é que estão rumo aos 5% de


pessoas que estarão no topo e deixarão seus legados. Em
segundo lugar, viram que seus ganhos não iriam suportar
o futuro que eles sonhavam e resolveram mudar. O terceiro
ponto é que tiveram paciência e não tentaram encurtar o
sucesso ou buscar atalhos com fórmulas mágicas.
E “aceleraram” sua evolução. Mas cuidado, acelerar
não é sinônimo de fazer rápido, mas sim de agir AGORA
e não parar frente a nenhum obstáculo, é ter constância e
criar o hábito de organizar-se financeiramente, hábito de
brigar para ser o maior todos os dias e pensar grande, é ter
o hábito de aprender a cair e levantar imediatamente com
os olhos fixos em seus objetivos.
A palavra convence, mas o exemplo arrasta. Espe-
lhe-se em pessoas de sucesso e saia do senso comum,
porque, se eu acreditei e deu certo, pode confiar, vai dar
certo com você também se você acreditar.

Ter sucesso é mais que dinheiro ou bens, ter


sucesso é olhar para trás e ter orgulho
de si mesmo e de suas realizações. Seja
alguém para o mundo!
121
122
“Ser pobre ou
ser rico não é
ostentação. Temos
pessoas com carros,
casas e sem 1 real
no bolso e, ainda
por cima, com
dívidas! Dinheiro gera
liberdade e liberdade
gera riqueza, não
ostentação ”
123
8 erros de pessoas
com a mente “pobre”

Não gostaria que você entendesse mal o termo


“pessoas pobres”. Usaremos esse termo de forma
genérica para pessoas com poucos ou bons ganhos, mas
que nunca conseguirão uma tranquilidade financeira.
A maioria conseguirá comprar um carro financiado,
sua própria casa, mas nunca terá a tranquilidade de
ter dinheiro sobrando, que possa, entre outras coisas,
proporcionar ótimos momentos. Ao contrário disso, o
dinheiro será aquela praga que nunca para junto a você,
que parece que desaparece ao chegar a você e que

124
sempre existirá um motivo de desespero exatamente pela
falta de controle vinda de uma demência em se organizar.
Esse deve ser o real sentido de pessoas pobres.
Vamos aos sintomas.

Erro 01
Dinheiro funciona
como batata quente.

É incrível a capacidade que a maioria das


pessoas possuem em “derreter” dinheiro em
troca de nada ou, como costumo dizer, “à
moda car*lho”. O normal é aquela falta de
controle total e absoluta em que se recebe no
dia primeiro e já no dia dois o cartão de crédito
e o cheque especial, somadas as contas em
excesso, derretem tudo.
O pior é quando a pessoa recebe um dinheiro
que não estava previsto e, de forma indevida,
programa para ir ao shopping “comprar alguma
coisa”.
A dica fundamental aqui é pensar que
o dinheiro não cai do céu e tampouco
dá em árvores. Você se arrebentou
por ele e tem que ter o caráter e a
decência de respeitá-lo. Quando você age
dessa maneira, passa a dar valor ao
dinheiro e ao fruto de seu trabalho,
de sua dedicação. E, acima de tudo,
compreende que deve respeitar o seu futuro.

125
Erro 02
Não buscam conhecimento

Esquecer a parte do crescimento pessoal é pratica-


mente levar a vida a banho-maria. É sobreviver na
ignorância e não viver no conhecimento. A maté-
ria “organização financeira” deveria ser disciplina
obrigatória nos ensinos fundamental, médio e nas
faculdades. Porém, ao invés disso, tornou-se foco do
chamado “quarto grau”, ou o estudo continuado.
Investir em você não é só trabalhar mais e com
mais qualidade, ou ganhar mais dinheiro, mas
sim como você vai gerir esse dinheiro. Costumo
dizer que mais importante que saber onde in-
vestir é saber como ganhar e economizar. Não
adianta nada ter um saldo em dinheiro, investir
bem e no futuro, por descontrole, ter que resga-
tar tudo e acertar as contas.
A palavra de ordem aqui é: estude sobre or-
ganização financeira como você estuda o mais
elementar tópico para sua existência, pois, sem
isso, acredite, terá um futuro de merda.
Erro 03
Achar que dinheiro
vem de berço
A maioria das pessoas acha que quem nas-
ceu com dinheiro ou teve sorte ou talento são

126
as únicas pessoas de sucesso e que elas estão
amaldiçoadas a uma vida de limitações.
Não existe isso, todo mundo com atitude e que
pensa grande a longo prazo vence na vida mais
hora ou menos hora. E nem de longe é papo de
autoajuda, pois temos em casos reais milhares
de pessoas que saíram do nada e conquistaram
verdadeiras fortunas, apenas acreditando que era
possível e, lógico, não colocando sua vida na mão
do destino em algum evento, mas criando “proces-
sos”, que é exatamente o que falamos em todo o
decorrer deste livro. Tudo se resume a “processos”.
Erro 04
Facilmente impressionadas
com bens materiais.
O ator Will Smith tem uma frase que retrata per-
feitamente o que quero dizer:
“Muitas pessoas gastam dinheiro que não têm,
para comprar coisas de que não precisam, para
impressionar pessoas de que não gostam.”
As pessoas que verdadeiramente possuem
dinheiro possuem seus bens porque podem
comprar no momento certo, ou seja, compram
seus carros, suas casas e outros bens somente
depois que seus ativos estão em uma situação
amplamente confortável e os financiamentos
são as chamadas dividas saudáveis, ou seja,
nada mais que os 20% do método EGF, que
trabalhamos, e ainda assim quando sua linha de
ativos está no auge.
127
Resumindo: viva dentro de seus limites
financeiros, não se impressione com os bens
dos outros, pois cada um tem uma história
e a sua obrigação é construir uma história
autêntica. Não existe problema algum em
usufruir de ótimos bens, mas faça isso depois
que estiver financeiramente organizado,
estabilizado e com um planejamento sólido.
Não se transforme naqueles idiotas de carrões
que colocam 5 reais de combustível e comem
um sanduíche só para impressionar. Viva a sua
vida, não a dos outros.

Erro 05
Colocam a culpa
no sistema.

Essas pessoas são aquelas pessoas chatas que


vivem reclamando do governo, mas fazem isso
se forma sintomática. Em nenhum momento
conseguem reconhecer que o erro é delas. Nem
de longe temos os melhores governos, mas
nem por isso nosso crescimento está fadado ao
fracasso.
Abílio Diniz tem uma frase que vai fechar esse
erro de forma brilhante: “Nas crises, a maioria
chora, as pessoas de sucesso vendem lenços e
fazem fortunas!”.

128
Erro 06
Apostam na sorte

Aqui vou na veia. Estudos apontam que a


maioria esmagadora de quem joga na loteria
é a parcela mais pobre da população, ou seja,
são as pessoas que preferem deixar seu destino
na mão da sorte em um evento do que em
processos.
Ganhar na loteria é algo matematicamente
quase impossível e, o pior, se por uma obra de
Deus, alguém despreparado ganha, gasta com a
mesma fúria de um titã, consumindo um cidade
inteira com fúria, ou seja, a probabilidade de
quebrar é gigantesca, histórias reais que provam
isso não faltam.
E, para piorar, algumas pessoas acreditam
tanto na sorte que chegam a consumir de 10%
a 15% em apostas e algumas chegam a ficar
compulsivas a ponto de detonarem todos os
seus ganhos.

A minha dica é: veja sempre com


ceticismo tudo o que é fórmula mágica
de sucesso e isso inclui a sorte.
Eu costumo dizer que, quanto mais
eu trabalho, mais sorte eu tenho.

129
Erro 07
Querer dinheiro nos esquemas
“fique rico rápido!”
Esses sistemas são, na sua maioria, fraudes ou as
chamadas pirâmides. Chega a ser meio imbecil
dizer que não existe essa de alguém pagar 20%,
30%, 50% de rentabilidade mês. Essas coisas
simplesmente não existem e só irão jogar você
no abismo.
Ao invés disso, e aqui vai minha dica fundamental,
trabalhe por anos a fio, faça planos para 10 anos
e organize-se. Aumente sua renda na mesma
proporção que aumenta seu controle financeiro
e sua organização, pense grande a ponto de
saber que seu tempo é limitado e que você
precisa trabalhar mais com a cabeça que com
músculos e “estude muito sobre crescimento
pessoal e finanças”, não precisa ser gênio para
dizer que, se fizer isso, será um sucesso”.

Erro 08
Impulso por consumo

Deixei o erro mais grave para o final. Quem


tem compulsão por consumo está fadado ao
fracasso e não tem outra conversa. Sabe aquela
pessoa que compra parcelado de tudo e nunca
tem controle? Quando tenta comprar algo e

130
o cartão não passa e ela chega ao ridículo de
passar no cartão de outra pessoa?
Sabe aquela pessoa que pede o “nome
emprestado” para comprar? Então, essas
pessoas não merecem respeito algum porque
estão ferrando com elas, com as próprias
famílias e com seus próprios futuros.

Assim, lá vai minha dica:


Se você está nessa situação, acorde em
tempo e “retome o respeito”. Pare de
consumir o desnecessário e pense antes
de constituir algo que irá tirar sua
liberdade financeira. Sei que às vezes
sou muito duro nos ensinamentos, mas
foi exatamente assim que construí
uma história de sucesso.

“Nunca gaste seu dinheiro


antes de recebê-lo.”
Thomas Jefferson

131
132
“Regra número 1:
nunca perca
dinheiro.
Regra número 2:
não esqueça a
regra número 1”
Warren Buffett

133
Como juntar dinheiro
de forma rápida e
objetiva em 14 dicas

Quero que observe bem este capítulo e veja que nem


de longe estou oferecendo fórmulas mágicas ou mesmo
facilidade. O que estou propondo são ideias simples e
objetivas e que farão você fazer um capital inicial, mesmo
que pequeno, mas, no final das contas, grandes fortunas
começaram lá atrás, com poucos fundos.
Vale lembrar que usaremos todo o dinheiro
acumulado para investir e pensaremos como americanos,
ou seja, a economia não é por dia, por semana ou por mês
para fins de entendimento geral, mas “por ano”. A pergunta
de ouro sempre será: “- Quanto eu consegui economizar
em um ano?”.

134
Assim, vamos às dicas:

Dica 01: Venda tudo


aquilo que não usa mais.

Acredite, pegar o macete de vender coisas em sites


especializados é o maior barato, pois, se bem usado
e com paciência, pode gerar bons fundos. Esses
sites vendem produtos novos, usados, antigos,
enfim, de todo tipo. O macete é pesquisar o valor
que estão pedindo e fazer um desconto. Imagine
você vendendo aquele videogame ou violão que
não usa mais e, acredite, vende.
Com esses dois itens e mais ou outro, você pode
conseguir uns R$ 600,00 em dinheiro.
Daqui para frente vai ver eu fazer uma “simulação
de cada item” para que, no final, possamos fazer
uma estimativa.

Economia:
R$ 600,00

135
Dica 02: Regras da
volta no shopping ou
dos 30 dias.

Aqui evitamos compras por impulso e vamos doutri-


nando o cérebro para que possamos somente fazer
as compras necessárias. Lembre-se de que o nosso
objetivo nesse projeto é poupar dinheiro para inves-
timento, sempre pensando na tranquilidade futura.
Essas regras são simples. Quando for ao shopping
e quiser comprar algo, vá à loja, experimente, agra-
deça e diga que vai voltar depois. Nunca compre na
hora. Dê umas voltas no shopping, faça o mesmo
com mais umas duas ou três lojas e veja qual bem é
realmente necessário.
Aqui vai uma experiência pessoal: na maioria das
vezes, eu faço isso em umas três lojas. No final, de
tão cansado do dia a dia e de ter que olhar tanta
coisa, simplesmente desisto de comprar.
Sabe o que é isso? Isso quer dizer que você não
precisa do bem. Em algumas vezes, eu realmente
tenho que voltar e comprar porque esse bem sim é
realmente necessário.
A regra dos 30 dias é infalível e vale para qualquer
bem, mas principalmente para os bens de maior
valor. Mesmo esquema, vá lá, experimente, veja,
volte para casa e pesquise sobre ele, sobre cor,

136
funcionalidade e se é isso mesmo que você quer.
Depois disso, vá às suas contas e veja se consegue
comprar. Se sim, mesmo assim, jogue para o
próximo mês, pois, fazendo isso, controla a compra
por impulso, porque dá tempo de desistir e, ainda,
você se organiza melhor financeiramente.
Em simulação, dá para economizar uns R$100,00 por
mês com essa técnica, que dará R$1.200,00 por ano.

Economia:
R$ 1.200,00

Dica 03: Separe um


cofrinho simbólico.

O cofrinho simbólico funciona tanto para uma renda


anual extra para investimento, como também para o
fator psicológico. Se todo dia você colocar um real de
moeda, terá R$365,00 no final do ano. Fora isso, você
incentiva seu companheiro ou companheira e, ainda
por cima, conscientiza e educa seus filhos a poupar.
Coloque em um lugar visível e dê um nome ao co-
frinho. Eu gosto sempre dos porquinhos porque são
clássicos e, nomeando-o, você terá respeito por ele
e tudo que ele pode representar em seu futuro.

Economia:
R$ 365,00
137
Dica 04: Leve comida
para o trabalho.

Bem, esta dica eu sigo à risca, porque meu estilo de


vida não comporta comer na rua e, mesmo na fase de
vida em que vivo, eu faço questão de montar as mar-
mitas para levar a todo local, simplesmente não evito
a comida de restaurantes por dois motivos básicos.
O primeiro que não é saudável, porque não sabemos
quais condimentos que colocam nos alimentos.
Em viagem, é impossível, pois as comidas são
todas gordurosas e, nem de longe, são saudáveis o
suficiente para o corpo humano.
O segundo motivo é que as contas são simples.
Comendo na rua, você gasta no mínimo “o dobro”
do que cozinhando em casa.
Quer melhor do que isso? Mais saudável e mais ba-
rato. Já que aceitou o argumento, vamos às contas:
Vou fazer o cálculo de quem gasta R$ 20,00 com
alimentação por dia útil. R$10,00 no almoço mais
R$10,00 no jantar. Isso daria R$440,00 por mês.
Assim, economizaremos a metade, ou seja, uma
economia de R$220,00 X 12 meses.

Economia:
R$ 2.640,00
138
Dica 05:Faça
05: lista antes
de ir ao supermercado.

Fazer lista para ir ao supermercado foi um teste que


fiz de forma prolongada e propositada antes de es-
crever ou orientar este item. Simplesmente você se
perde frente a tanta oferta.
Não tem como ir de forma eficiente em um
supermercado sem listas. Primeiro, você vai
esquecer com certeza coisas elementares e vai
acabar levando o que não queria.
Portanto, com organização, você terá como meta
economizar em média R$ 180,00. Isso dará um
impacto ótimo no final do ano. Assim, teremos a
seguinte economia em um ano.

Economia:
R$ 2.160,00

139
Dica 06: Não ir ao
supermercado com fome.

Senhor Jesus, isso deveria ser falado no ensino


fundamental por ser uma regra de ouro. Quem
vai ao supermercado com fome, sempre e sempre
e sempre gastará mais e comprará mais do que
precisa, sem contar que fica fazendo baixaria
abrindo biscoitos e laticínios para beliscar.
Aqui, não contaremos economia, porque não temos
como medir, mas entra na regra do supermercado e
vamos considerar um apoio à regra anterior.

Dica 07: Experimente


marcas genéricas.

Aqui vale para tudo, mas no supermercado é mata-


dor. Trocar uma marca de leite desnatado de R$2,95
por outra de R$2,25 faz a maior diferença depen-
dendo do consumo mensal. Agora, pense em itens
caros como azeite, pó de café, molhos etc. No final
das contas, faz uma diferença imensa.
E não pense que é somente em gêneros
alimentícios não, isso vale para academia, contrato

140
de fornecimento de internet, TV por assinatura e
tudo aquilo que pode ser trocado com qualidade
semelhante.
Fiz uma conta aqui de R$120,00 ao mês. Assim,
teremos em 12 meses:

Economia:
R$ 1.440,00

Dica 08: Opte por


lazer gratuito.

Vamos relembrar que estamos falando em uma fase


de se restabelecer e querer estar nos 5% de pessoas
que farão sucesso e estarão no topo. Assim, temos
que dar nossa parcela de esforço. Mas isso não
significa que teremos que parar com a vida, pelo
contrário. Existem muitas formas de lazer gratuito
que são sensacionais e a maioria faz você se exercitar.
O mundo não se resume a barzinho em rodas de ami-
gos e cervejinhas. Uma caminhada em um local bonito,
uma ida ao zoológico ou ao parque resolve bem.
Eu vim de uma cidade muito pequena e lá não
tinha nada disso. Minha saída na época foi fazer
caminhada em uma trilha com muito verde, por
anos virou meu refúgio e é exatamente por isso que
me tornei quem eu sou.

141
Vou contar que vamos economizar R$50,00 por se-
mana ou R$200,00 por mês. No final de um ano, o
impacto será bem legal.

Economia:
R$ 2.400,00

Dica 09: Pare com


vícios.

Aqui também não colocarei economia porque acaba-


mos economizando em outras linhas com essas dicas,
mas cigarro e bebida são vícios que não ajudam seu
corpo, sua mente e seu bolso. O comentário é curto
porque a consciência tem que ser máxima. Assim: não
tenha vícios se quiser ser uma pessoa de sucesso.

Dica 10: Corte


festas com amigos.

Essa dica diz muito respeito à minha criação. Meu


pai sempre me ensinou que um verdadeiro amigo
jamais explora outro amigo. Dessa forma, o certo

142
dos chamados “churrascos amigos” é que cada um
leve sua cota à parte. O problema conceitual é que
sempre um amigo leva outro amigo que nunca leva
nada e mais dia ou menos dia você acaba ficando
fulo da vida e perde inclusive o amigo original.
Fora isso, eu nunca vi um “churrasco amigo” em
que você gaste menos de R$ 100,00 e, se gastar
menos, isso vira “churrasco de pobre amigo”. Colo-
que no “papel” um quilo de carne, meio de linguiça,
aquele pãozinho de alho, meia dúzia de cerveja, um
refrigerante e alguma sobremesa.
Fora os gastos, você sempre come e bebe demais
pelo clima amigável e acaba prejudicando em tudo,
no financeiro, na saúde e, se por acaso se aborrecer,
até o emocional vai para vala, sem dizer que, se sua
companheira ou companheiro se aborrecer naquele
lugar, o relacionamento fica abalado.
Só rindo mesmo, mas é isso aí. Infelizmente, juntou
muita gente, mais dia menos dia vai dar merda. Mas
lembre-se: “Estou aqui falando em um projeto de
juntar dinheiro, assim, vamos cortar onde der”.
Faça um churrasquinho para sua família em casa e,
mesmo que gaste o mesmo valor, sempre sobra e você
economiza nas compras, a coisa se autocompensa.
Se pensarmos em cortar isso uma vez ao mês,
teremos R$100,00 de economia por mês X 12 meses.

Economia:
R$ 1.200,00

143
Dica 11: Caminhe mais
e ande mais de bicicleta.

Essa dica não vale para todos, pois muitos moram


longe do trabalho, mas rachar o carro ou ir de carona
sempre ajuda. Sem dizer que, se optar por ir de bi-
cicleta uma ou duas vezes por semana, já estará se
exercitando. Não iremos tirar a economia aqui, pois
não temos ao certo como medir, mas vale a dica.

Dica 12: Tenha um


carro econômico.

Aqui nem preciso dizer que a economia é muito


bruta se você souber manipular. O preço médio da
gasolina – quando está em baixa – fica na casa dos
R$4,50 (lembre-se de que serve como referência e,
mesmo que mude radicalmente, o que vale é a eco-
nomia em cima da porcentagem).
Um carro de 60 litros de combustível consome em
média R$270,00, contando R$4,50 o litro. A conta é
tão simples e tão “assustadora” que você vai querer
começar a fazer amanhã, mas lembre-se: temos
que pensar em economia no ano.

144
Se fizermos uma economia de 5 tanques de
gasolina em um ano (isso é coisa mais simples do
mundo de se conseguir), você terá uma economia
de R$1.350,00 em um ano.
A economia pode ser conseguida pesquisando
preços, por exemplo: se você achar um posto com
R$0,25 de diferença e abastecer dois tanques por
mês, terá uma economia de R$360,00 em um ano.
Outra técnica é tirar um dia para caminhar ou andar
de ônibus ou mesmo ir de carona.
Com essas técnicas, iremos ter uma economia con-
siderável em um ano.

Economia:
R$ 1.350,00

Dica 13: Vigie as


contas da casa.

Aqui todo mundo é craque em fazer, mas quase


ninguém pratica. Comece a fiscalizar a luz, a água,
troque a conta do telefone celular por um plano mais
econômico e faça uma varredura onde você pode
chegar à meta de economizar R$50,00 nessas contas
por mês. Convenhamos, isso não é nada difícil.

Economia:
R$ 600,00 145
Dica 14: Gaste menos
com status.

Eu costumo dizer que maioria das pessoas andam


com um celular legal, um tênis “da hora”, uma
camisa mais cara que as contas da casa e uma
supercalça da moda, mas, quando vão a um
restaurante, olham primeiro o cardápio do lado dos
valores e nunca o que querem comer de verdade,
ou seja, trocam a liberdade por escolher coisas
ótimas para a vida por status.
Compram o que não podem, vestem por vezes o
que não querem somente para impressionar quem
não gostam. Dá para entender isso? Fiz uma conta
simples em que você vai deixar de usar grife por
um ano e vai escolher coisas práticas. A meta aqui é
R$ 100,00 por mês.

Economia:
R$ 1.200,00

146
Nessa conta que fizemos, a economia anual é
assustadora, ou seja, você, que nunca conseguiu juntar
dinheiro, agora conseguiu, somente com economias
simples no primeiro ano, um valor de R$ 15.155,00.
Quando projetamos esse valor para cinco anos —
sem contar que seus ganhos subirão e com ele também a
economia —, teríamos nominalmente, ou seja, sem a magia
dos juros compostos, um valor bruto de R$ 75.775,00.
Se aplicarmos qualquer rendimento baixo sem risco
algum, mensalmente esse valor pode chegar a mais de
R$ 108.000,00.
Agora imagine esse valor aplicado para 10 anos?
Mas vamos mais além. Imagine que você se organizou
no terceiro ou quarto ano e conseguiu guardar todo seu
décimo terceiro salário, parte das férias e bônus que ganhar
se houver. Imagine se você aumentar sua renda para juntar
mais mês a mês e projetar isso por anos? Já pensou? Então,
essa é exatamente a grande graça de ser organizado
financeiramente, pois seu futuro fica exatamente onde
você quer, ou seja, nas suas mãos.

147
Total Bruto Acumulado
(aportes + juros
até a data do Juros
Aportes acumulados
acumulados próximo aporte)
ano

Após 1 ano R$ 14.795,04 R$ 15.389,45 R$ 594,41

Após 2 anos R$ 29.590,08 R$ 31.933,10 R$2.343,02

Após 3 anos R$ 44.385,12 R$ 49.717,54 R$5.332,42

Após 4 anos R$ 59.180,16 R$ 68.835,80 R$9.655,64

Após 5 anos R$ 73.975,20 R$ 89.387,93 R$ 15.412,73

148
Tudo na vida é uma questão de
organização e escolhas.
149
150
Não se empolgue
com falsas
promessas de
enriquecimento e
faça o simples
que dará muito
certo.

151
Onde investir e
guardar o
próprio dinheiro
Eu costumo dizer que o passo posterior é, por incrível
que pareça, saber onde você vai investir seu dinheiro. A
parte de organização financeira, quando o próprio dinheiro
sobra para os investimentos, será nosso grande desafio.
Quando você superar os impulsos de gastos, a
ansiedade em consumir antes de possuir os fundos e a
cultura de “ guardar” todos os meses por longo prazo, seu
sucesso estará garantido.
Sei que você, como leitor, deve estar ansioso para saber
“onde afinal das contas se coloca o dinheiro que sobra”.
Mesmo esse assunto sendo tema de outro livro vou
resumir em etapas simples os passos que você — uma
pessoa agora renovada em suas finanças e em seu futuro
— irá seguir!

152
Passo 01: O banco
certo.

Os bancos convencionais não querem seu dinheiro,


acredite. Quando você investe, você empresta
dinheiro aos bancos, os quais emprestam a
outras pessoas cobrando logicamente juros muito
maiores, e retornam a você propostas ruins de
rentabilidade, porque as instituições financeiras
não vivem disso e sim de créditos, como cartão de
crédito, cheque especial, empréstimos em CDC e
vários outros produtos financeiros.
Os bancos corretos para guardar seu dinheiro
são os bancos digitais garantidos pelo Fundo
Garantidor de Crédito (eu indico a ESYNVEST —
um banco digital simples, sólido, no qual você
poderá operar pelo seu celular em aplicativo ou
em seu computador).
Esses bancos digitais vivem e dependem de seus
clientes, que “emprestam” dinheiro em forma
de investimentos. Lá você achará produtos de
renda fixa com rentabilidade maiores e fundos
de investimentos de alta rentabilidade, fora os
tutoriais que são sensacionais para o investidor
de primeira viagem.
O processo é bem simples. Entre na ESYNVEST,
baixe o aplicativo, cadastre-se com os protocolos

153
de segurança e comece a operar. Depois disso
faça um TED (transferência eletrônica) de seu
banco original para o banco digital e entre
no modo investidor em busca de um futuro
financeiro sólido.

Passo 02: Conhecendo


seu perfil de investidor.

O mais legal deste passo é que o próprio banco


digital, no primeiro cadastro, faz uma pesquisa
com você. Dê muita atenção ao tutorial e siga
passo a passo as perguntas e as respostas e
tenha automaticamente seu perfil. Siga fielmente
as indicações e estude muito sobre a plataforma
digital que irá levar você a sua liberdade financeira.

Passo 03: Conhecendo


sobre renda fixa.

Renda fixa é a melhor opção para quem


não quer arriscar os fundos que conseguiu
economizar. Existem rendimentos pré e pós
fixado, dependendo do caso, mas o certo é que

154
são os mais seguros para o perfil de investidor
que não gosta de arriscar.
Rendimentos prefixados são aqueles cuja
rentabilidade (nominal) o investidor conhece
previamente, sendo a taxa de retorno da
aplicação acertada previamente, no momento
da aplicação. No caso dos títulos públicos, um
exemplo de rendimento prefixado é o retorno
da Letra do Tesouro Nacional (LTN).
O que vale mais a pena, investir em LCI, CDB
ou poupança? Ao navegar nos bancos digitais
e seus tutoriais e até mesmo conhecer páginas
especificas como a Infomoney.com.br, você verá
e aprenderá que cada um dos investimentos
possui prós e contras, mas que todos sem
dúvida são melhores que a poupança.

Passo 04: Investir em


ações ou fundo de ações.

Para quem não tem tempo de se dedicar


integralmente por conta de seus afazeres
e trabalho, a melhor opção são os fundos
de investimentos. Lá você terá um gestor
qualificado e entendedor do mercado, que irá
lhe cobrar uma taxa de administração e irá fazer
o trabalho duro de fazer o dinheiro render.

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Não acredite em falsas realidades, no fundo,
somos apenas pessoas normais que trabalhamos
e queremos que o dinheiro trabalhe para nós.
Em sua maioria, as pessoas não possuem tempo
e conhecimento suficiente de mercado para
investirem por si só em ações. Eu pessoalmente
prefiro os fundos, perco uma margem de
liberdade, mas ganho mais tempo para ganhar
mais dinheiro, que consequentemente ira sobrar
em maior quantidade e irá render na mão de um
especialista. Para isso, admito pagar uma taxa
de administração e me limitar a ter um tempo
mínimo de resgate.

Passo 05: A prática.

O último passo é o mais gostoso! Seu dinheiro


sobrou? Agora é hora de trabalhar, ter paciência,
estudar mais e mais e ver seu dinheiro render.

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Conclusão: O livro foi idealizado para qualquer leitor,
para as pessoas que nunca conseguiram nem ao menos
juntar com qualidade o mínimo para um futuro saudável.
Não se empolgue com falsas promessas de enriquecimento
e faça o simples que dará muito certo.
Guarde mês a mês seus fundos no sistema EGF,
aplique onde mais se sinta confortável e deixe o tempo
agir. Nada antes de cinco anos fará muito efeito e a solução
de fé e fato virá a longuíssimo prazo.
Acredite em você, mude sua forma de agir e comece
a pensar grande! Acredite, em 10 ou 15 anos, seu primeiro
milhão poderá acontecer!

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Agradeço aos seguidores e aos amigos
do Fábrica de Valores, pois vocês me inspiraram
para que a realização desta obra fosse possível!
“Sonho que se sonha só é somente um sonho,
sonho que sonhamos juntos se torna realidade.”

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