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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INSTITUTO OCEANOGRÁFICO

Curso de Especialização: Medição, Análise, Previsão


e Modelagem do Nível do Mar

Relatório de Atividades em Campo


Base de Ensino e Pesquisa Dr. João de Paiva Carvalho
Cananéia - Litoral Sul Paulista – 24 a 28 de julho/2023

Profa. Dra. Sueli Susana de Godoi


Disciplina: Técnicas de Análise das Massas
de Água dos Oceanos e o Nível do Mar

Alunos:
Arthur Molino Domenech
Arthur N D V Pinheiro
Cintia Soares Fernandes
Davi de Lima Silva
Fernando de Lima Camargo
Luis Antônio dos Santos
Michael Reismann Gomes de Paula
Rafael Augusto Santos de Souza
SUMÀRIO

Lista de índices
1. Resumo................................................................................................................................. 10
2. Introdução ............................................................................................................................ 11
Descrição da área de estudo na base em Cananéia ...................................................... 11
Fotos realizadas pelos autores em Cananéia .................................................................. 16
Fotos das equipes de estudos realizadas pelos autores na área de Cananéia ......... 21
3.Objetivo das atividades de campo ................................................................................. 27
Equipamentos ........................................................................................................................... 29
MEDIDOR DE CORRENTE MODELO 106 ...................................................................... 29
Funcionamento ................................................................................................................. 30
RECEPTOR S86 GNSS RTK SISTEMA DE MEDIÇÃO ................................................ 31
Composição....................................................................................................................... 31
Georeferenciamento ........................................................................................................ 31
Sistema .............................................................................................................................. 32
Precisões do sistema ....................................................................................................... 32
Tecnologia ......................................................................................................................... 32
Características físicas ...................................................................................................... 33
Característica do aparelho .............................................................................................. 33
RECEPTOR ALLOY GNSS TRIMBLE RTX INTEGRADO ............................................ 33
Recursos do Receptor Alloy GNSS ............................................................................... 34
CTD PORTÁTIL CASTAWAY ............................................................................................ 35
Especificações Técnicas ................................................................................................. 36
CTD SEABIRD PROTEGIDO COM ARMAÇÃO METÁLICA ........................................ 37
Analise dos dados do CTD ............................................................................................. 38
Tipos de CTDs - perfilados e amarrados ...................................................................... 38
CTDs ancorados ............................................................................................................... 40
GARMIN GPSMAP 76 2.7" GPS de Navegação Geodésico......................................... 41
Descrição física................................................................................................................. 41
Sensibilidade ..................................................................................................................... 42
Funcionamento ................................................................................................................. 42
RADAR MARINHO - RAYMARINE A60 ........................................................................... 43
Waypoints e Rotas ............................................................................................................... 43
BOIA DE VIDRO AMARELA PARA SINALIZAÇÃO ....................................................... 44
Principais características ................................................................................................. 44
MODEL G GRAVITY METER G-509 DIGITAL ............................................... 45
QUAIS SÃO OS TIPO DE APLICAÇÕES DO GRAVIMETRO: ................... 46
DETALHAMENTO DO GRAVIMENTRO .................................................................... 47
DISCO DE SECCHI ....................................................................................................... 48
ADCP (PERFILADOR DE CORRENTES ACÚSTICO POR EFEITO DOPPLER)
..................................................................................................................................................... 49
TIPO DE ADCP IDEAL PARA A ANÁLISE OCEANOGRAFICA ............................ 50
Tipos de ADCP ............................................................................................................... 50
4. Análises dos dados e métodos e Apresentação dos resultados.......................... 51
Disco de Secchi .............................................................................................................. 52
Cast Away – CTD ........................................................................................................... 53
Dados Georreferenciados ............................................................................................. 53
Análise dos dados de Densidade, Temperatura, Velocidade do Som ........... 55
CTD Seabird ................................................................................................................... 63
ACCOUSTIC DOPPLER PROFILER – ADP ............................................................. 69
Correntômetro ................................................................................................................. 73
Data: 26/07/2023 – Período: Matutino ........................................................................ 74
Data: 26/07/2023 – Período: Vespertino .................................................................... 81
Data: 27/07/2023 – Período: Matutino ........................................................................ 93
Data: 27/07/2023 – Período: Vespertino .................................................................. 105
5.Conclusão ................................................................................................................... 118
6.Referencias bibliografia ............................................................................................ 139
Lista de Figuras

Figura 1– Cartograma de localização da área de trabalho ........................................... 12


Figura 2 – Foto de Rua típica de Cananéia .................................................................. 16
Figura 3- Foto da Vista do Estuário - Base IO USP ..................................................... 17
Figura 4-Foto da Vista Estuário – Orla de Cananéia .................................................... 17
Figura 5– Foto da Vista Estuário – Orla de Cananéia ................................................. 18
Figura 6- Foto da Vista da Ilha do Cardoso .................................................................. 18
Figura 7-Foto da Vista da Ponta da Ilha Cumprida ...................................................... 19
Figura 8- Foto da Erosão Ilha Cumprida ...................................................................... 19
Figura 9- Vista a partir da Ilha do Cardoso ................................................................... 20
Figura 10- Foto de Banco de Areia............................................................................... 20
Figura 11- Mapa com linhas de tracejado da viagem de coleta entre 16:00 e 18:00 no
dia 26/07/2023 .............................................................................................................. 28
Figura 12 - Medidor de corrente modelo 106 usado em campo ................................... 29
Figura 13- Receptor s86 GNSS RTK............................................................................ 31
Figura 14- Receptor Alloy GNSS Trimble ..................................................................... 33
Figura 15- CTD portátil para medição de Condutividade ............................................. 35
Figura 16- CTD com armação metálica protegida ........................................................ 37
Figura 17- Tipos de CTDs ............................................................................................ 39
Figura 18 - SBE 16plus SeaCAT CTD após a recuperação. Enquanto a parte externa do
CTD está incrustada ..................................................................................................... 40
Figura 19-GARMIN GPSMAP 76 2.7" GPS de Navegação.......................................... 41
Figura 20- Radar Marinho RAYMARINE A60 ............................................................... 43
Figura 21- Boia de vidro amarela para sinalização ...................................................... 44
Figura 22-Model G Gravity Meter G-509 digital - Gravimetros lacoste & Romberg ..... 45
Figura 23- Disco de Secchi........................................................................................... 48
Figura 24-ADCP Junto do Técnico Wilson e Boias e cabos de operação .................... 49
Figura 25 - Visibilidade do Disco de Secchi Por Ponto de Lançamento ....................... 52
Figura 26 - Localização do Ponto 21 ............................................................................ 52
Figura 27 - Mapa da regiáo de Cananeia com os pontos de Coleta reportados pelo CTD
Castaway ...................................................................................................................... 53
Figura 28 - Tempo de Lançamentos (downcast) dos CTDs CastAway ........................ 55
Figura 29- Todos os Lancamentos - Profundidade x Salinidade .................................. 55
Figura 30- Gráfico de Salinidade por Profundidade ..................................................... 56
Figura 31 - Gráfico de Velocidade do Som por profundidade ...................................... 57
Figura 32 - Gráfico de Temperatura x Profundidade .................................................... 57
Figura 33 - Grafico de Densidade x Profundidade ....................................................... 58
Figura 34 - Gráfico de Temperatura x Salinidade Trecho Norte ................................... 58
Figura 35 - Profundidade x Salinidade - Trecho Sul ..................................................... 59
Figura 36 - Profundidade por Velocidade do Som- Trecho Sul .................................... 60
Figura 37 - Temperatura x Profundidade – Trecho Sul ................................................ 60
Figura 38 - Profundidade x Densidade - Trecho Sul .................................................... 61
Figura 39- Temperatura x Salinidade - Trecho Sul....................................................... 61
Figura 40 - Destaque dos pontos 17, 18 E 19 .............................................................. 62
Figura 41 - Profundidade x Salinidade - Destaque pontos 17,18,19 ............................ 62
Figura 42 - Destaque de Temperatura e Salinidade dos pontos 17,18 e 19 ................ 63
Figura 43 - Radial 2 ...................................................................................................... 64
Figura 44 - Radial 1 ...................................................................................................... 64
Figura 45 - Pontos de coleta CTD Seabird 27/07/2023 ................................................ 65
Figura 46 - Radial 2 5 estações período matutino 27/07/2023 ..................................... 65
Figura 47- Dados de temperatura, salinidade, condutividade e densidade da estação n.1
da radial 2. .................................................................................................................... 66
Figura 48 - Resultados seção ADP 01. Perfil de Velocidades na porção superior e de
direção da corrente na porção inferior .......................................................................... 69
Figura 49 - Resultados seção ADP 02. Perfil de Velocidades na porção superior e de
direção da corrente na porção inferior .......................................................................... 70
Figura 50 - Resultados seção ADP 03. Perfil de Velocidades na porção superior e de
direção da corrente na porção inferior .......................................................................... 70
Figura 51 - Resultados seção ADP 04. Perfil de Velocidades na porção superior e de
direção da corrente na porção inferior .......................................................................... 71
Figura 52 - Resultados seção ADP 05. Perfil de Velocidades na porção superior e de
direção da corrente na porção inferior .......................................................................... 71
Figura 53 - Resultados seção ADP06. Perfil de Velocidades na porção superior e de
direção da corrente na porção inferior .......................................................................... 72
Figura 54 - Resultados seção ADP07. Perfil de Velocidades na porção superior e de
direção da corrente na porção inferior .......................................................................... 72
Figura 55 - Referências (a) pontos cardiais; (b) Valeport ............................................. 73
Figura 56 Sentido de giro do equipamento Valeport .................................................... 73
Figura 57- Apresentação de leiutara dos dados em gráfico radial ............................... 74
Figura 58 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(26jul2023_9h42min) .................................................................................................... 74
Figura 59 - Direçao dos vetores de velocidade ............................................................ 75
Figura 60 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_9h42min)
...................................................................................................................................... 75
Figura 61 - segunda estação (LAT-25º02'043S LON-47º54'924W) da radial 2. ........... 76
Figura 62 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(26jul2023_10h16min) .................................................................................................. 76
Figura 63 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(26jul2023_10h16min) .................................................................................................. 77
Figura 64 - Direção dos vetores de velocidade (26jul2023_10h43min) ....................... 77
Figura 65 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(26jul2023_10h43min) .................................................................................................. 78
Figura 66 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(26jul2023_10h43min) .................................................................................................. 78
Figura 67 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(26jul2023_11h02min) .................................................................................................. 79
Figura 68 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(26jul2023_11h02min) .................................................................................................. 79
Figura 69 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(26jul2023_11h02min) .................................................................................................. 80
Figura 70 - Direção dos vetores de velocidade (26jul2023_11h12min) ....................... 80
Figura 71 -Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(26jul2023_11h12min) .................................................................................................. 81
Figura 72-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_11h12min)
...................................................................................................................................... 81
Figura 73 - Direção dos vetores de velocidade (26jul2023_15h30min) ....................... 82
Figura 74 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(26jul2023_15h30min) .................................................................................................. 82
Figura 75 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(26jul2023_15h30min) .................................................................................................. 83
Figura 76 - Direção dos vetores de velocidade (26jul2023_15h54min) ....................... 83
Figura 77 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(26jul2023_15h54min) .................................................................................................. 84
Figura 78-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_15h54min)
...................................................................................................................................... 84
Figura 79 - Direção dos vetores de velocidade (26jul2023_16h27min) ....................... 85
Figura 80 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(26jul2023_16h27min) .................................................................................................. 85
Figura 81 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(26jul2023_16h27min) .................................................................................................. 86
Figura 82 - Direção dos vetores de velocidade (26jul2023_17h04min) ...................... 86
Figura 83 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(26jul2023_17h04min) .................................................................................................. 87
Figura 84-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_17h04min)
...................................................................................................................................... 87
Figura 85 - Direção dos vetores de velocidade (26jul2023_17h28min) ....................... 88
Figura 86 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(26jul2023_17h28min) .................................................................................................. 88
Figura 87 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(26jul2023_17h28min) .................................................................................................. 89
Figura 88(...) (26jul2023_17h42min) ............................................................................ 89
Figura 89-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(26jul2023_17h42min) .................................................................................................. 90
Figura 90-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_17h42min)
...................................................................................................................................... 90
Figura 91 - Direção dos vetores de velocidade (26jul2023_18h00min) ....................... 91
Figura 92 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(26jul2023_18h00min) .................................................................................................. 91
Figura 93 Variação da velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_18h00min)
...................................................................................................................................... 92
Figura 94 - Direção dos vetores de velocidade (26jul2023_18h09min) ....................... 92
Figura 95 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(26jul2023_18h09min) .................................................................................................. 93
Figura 96-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_18h09min)
...................................................................................................................................... 93
Figura 97 - Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_09h04min) ....................... 94
Figura 98 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_09h04min) .................................................................................................. 94
Figura 99 Variação da velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_09h04min)
...................................................................................................................................... 95
Figura 100 - Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_09h17min) ..................... 95
Figura 101 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_09h17min) .................................................................................................. 96
Figura 102 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_09h17min) .................................................................................................. 96
Figura 103 - Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_09h46min) ..................... 97
Figura 104 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_09h46min) .................................................................................................. 97
Figura 105 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_09h46min) .................................................................................................. 98
Figura 106 - Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_10h17min) ..................... 98
Figura 107 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_10h17min) .................................................................................................. 99
Figura 108 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_10h17min) .................................................................................................. 99
Figura 109 - Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_10h40min) ................... 100
Figura 110 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_10h40min) ................................................................................................ 100
Figura 111 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_10h40min) ................................................................................................ 101
Figura 112 - (27jul2023_10h53min)............................................................................ 101
Figura 113 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_10h53min) ................................................................................................ 102
Figura 114 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_10h53min) ................................................................................................ 102
Figura 115 -Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_11h12min) ................... 103
Figura 116 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_11h12min) ................................................................................................ 103
Figura 117 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_11h12min) ................................................................................................ 104
Figura 118-Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_11h21min) ..................... 104
Figura 119 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_11h21min) ................................................................................................ 105
Figura 120 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_11h21min) ................................................................................................ 105
Figura 121 - Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_14h30min) ................... 106
Figura 122 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_14h30min) ................................................................................................ 106
Figura 123 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_14h30min) ................................................................................................ 107
Figura 124 - Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_14h44min) ................... 107
Figura 125 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_14h44min) ................................................................................................ 108
Figura 126 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_14h44min) ................................................................................................ 108
Figura 127 - Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_15h11min) ................... 109
Figura 128 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_15h11min) ................................................................................................ 109
Figura 129 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_15h11min) ................................................................................................ 110
Figura 130 - Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_15h39min) ................... 110
Figura 131 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_15h39min) ................................................................................................ 111
Figura 132 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_15h39min) ................................................................................................ 111
Figura 133 - Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_15h58min) ................... 112
Figura 134 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_15h58min) ................................................................................................ 112
Figura 135 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_15h58min) ................................................................................................ 113
Figura 136 - Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_16h08min) ................... 113
Figura 137 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_16h08min) ................................................................................................ 114
Figura 138 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_16h08min) ................................................................................................ 114
Figura 139 - Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_16h27min) ................... 115
Figura 140 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_16h27min) ................................................................................................ 115
Figura 141 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_16h27min) ................................................................................................ 116
Figura 142 - Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_16h36min) ................... 116
Figura 143 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_16h36min) ................................................................................................ 117
Figura 144 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade
(27jul2023_16h36min) ................................................................................................ 117
1. Resumo

O estuário de Cananéia, localizado na costa sul do estado de São Paulo, Brasil,


é um dos ecossistemas mais ricos e biodiversos do país. Compreendendo uma área de
aproximadamente 200 mil hectares, o estuário é formado pelo encontro das águas dos
rios Ribeira de Iguape e Cananéia com o oceano Atlântico. Este ambiente único é
caracterizado por uma complexa interação entre água doce e salgada, proporcionando
condições ideais para a vida marinha e de água doce se desenvolverem. A diversidade
de habitats encontrados no estuário de Cananéia torna-o um local excepcionalmente
importante para a conservação da biodiversidade. Manguezais, restingas, praias, ilhas
e áreas de água doce se misturam para criar uma rica tapeçaria de ecossistemas que
abrigam uma variedade incrível de espécies vegetais e animais. Os manguezais, em
particular, desempenham um papel fundamental, servindo como berçários naturais para
muitas espécies marinhas, incluindo peixes e crustáceos.

A avifauna do estuário de Cananéia é notável, com mais de 200 espécies de


aves registradas na região. Entre as espécies de destaque estão o flamingo, a garça-
branca, o martim-pescador e o gavião-pombo-grande. Além disso, o estuário é um
importante local de nidificação para várias espécies de tartarugas marinhas, como a
tartaruga-verde e a tartaruga-de-pente, que depositam seus ovos nas praias adjacentes.
As águas do estuário de Cananéia também abrigam uma grande variedade de peixes,
crustáceos e moluscos. A pesca artesanal desempenha um papel fundamental na
economia local, com pescadores que dependem dos recursos naturais do estuário para
seu sustento. No entanto, é importante gerenciar a pesca de forma sustentável para
garantir que os estoques pesqueiros sejam preservados para as gerações futuras.

Além de sua importância biológica, o estuário de Cananéia possui um significado


cultural profundo. A região abriga comunidades tradicionais caiçaras, que têm uma
relação íntima com o meio ambiente e dependem dos recursos naturais para sua
subsistência. Suas práticas de pesca e coleta são passadas de geração em geração, e
muitos aspectos da cultura caiçara estão intrinsecamente ligados ao estuário.
Infelizmente, o estuário de Cananéia enfrenta desafios significativos. A expansão
urbana, a poluição, a pesca predatória e as mudanças climáticas ameaçam a saúde
deste ecossistema frágil. A degradação dos manguezais, por exemplo, pode resultar na
perda de habitats críticos para a reprodução de peixes e outras espécies marinhas.

Para proteger e conservar o estuário de Cananéia, esforços de preservação


estão em andamento. Unidades de conservação, como o Parque Estadual da Ilha do
Cardoso, foram estabelecidas para proteger partes significativas do estuário e sua
biodiversidade. Além disso, programas de educação ambiental e conscientização estão
sendo implementados para envolver as comunidades locais na conservação do estuário.
A pesquisa científica desempenha um papel crucial na compreensão e na gestão desse
ecossistema. Cientistas estudam a ecologia do estuário, monitoram as populações de
espécies-chave e avaliam os impactos das atividades humanas. Essas informações são
fundamentais para o desenvolvimento de políticas e estratégias de conservação
eficazes.

Em resumo, o estuário de Cananéia, no Brasil, é um tesouro natural e cultural de


grande importância. Sua biodiversidade excepcional, incluindo aves, peixes, tartarugas
marinhas e uma rica variedade de ecossistemas, o torna um local único no país. No
entanto, ele enfrenta ameaças significativas devido à atividade humana. A conservação
desse ecossistema é crucial para proteger a biodiversidade, a cultura caiçara e as
atividades econômicas locais. Através de esforços de preservação, pesquisa e
conscientização, espera-se garantir que o estuário de Cananéia continue a ser um
refúgio para a vida selvagem e um legado cultural para as futuras gerações.

2. Introdução

Descrição da área de estudo na base em Cananéia

O estuário de Cananéia [Figura 1] é uma região costeira localizada no litoral sul


do estado de São Paulo, no Brasil. Ele faz parte da região conhecida como Baixada
Santista, que abrange diversas cidades litorâneas. O estuário é formado pelo encontro
das águas do mar com as águas dos rios e canais que deságuam na região, criando um
ecossistema diversificado e único. O estuário de Cananéia é famoso por sua rica
biodiversidade e importância ecológica. Ele abriga uma variedade de ecossistemas,
incluindo manguezais, dunas, praias, restingas e áreas de água doce. Essa diversidade
de habitats atrai uma ampla gama de espécies de flora e fauna, incluindo aves
migratórias, peixes, crustáceos, moluscos e mamíferos marinhos.

Os manguezais, presentes em grande parte do estuário, desempenham um


papel fundamental na proteção da costa contra erosão, atuando como barreiras naturais.
Eles também servem como berçários e habitats essenciais para várias espécies
marinhas. Além da sua importância ecológica, o estuário de Cananéia tem um
significado cultural e histórico [Figura 2,Figura 5,Figura 6]. A cidade de Cananéia é uma
das mais antigas do Brasil, tendo sido fundada no século XVI. A região preserva traços
da colonização portuguesa e possui um rico patrimônio arquitetônico. A conservação do
estuário de Cananéia é crucial para preservar sua biodiversidade única e garantir a
sustentabilidade dos ecossistemas costeiros. Esforços de preservação e
conscientização são fundamentais para proteger esse ecossistema valioso para as
gerações presentes e futuras.

Figura 1– Cartograma de localização da área de trabalho

A dinâmica do mar na região do estuário de Cananéia é influenciada por uma


série de fatores, incluindo as características geográficas da área, as correntes marítimas
e os ventos predominantes. Aqui estão alguns pontos relevantes sobre a dinâmica do
mar nessa região:

• Encontro de Águas: O estuário é uma zona onde as águas do mar se encontram


com as águas dos rios e canais que deságuam na região. Isso cria uma mistura de
água doce e salgada, resultado em condições únicas para a vida marinha.
• Mudanças de Maré: A região experimenta variações nas marés devido à influência
gravitacional da lua e do sol. Essas mudanças de maré afetam a circulação das
águas no estuário e nas áreas adjacentes, influenciando a distribuição de nutrientes
e a movimentação das espécies marinhas.
• Correntes Marítimas: As correntes marítimas na área podem ser influenciadas pela
topografia do fundo do mar, pelos ventos predominantes e pelas características da
costa. Essas correntes desempenham um papel na distribuição de nutrientes, na
movimentação de sedimentos e na dispersão de larvas de organismos marinhos.
• Erosão Costeira [Figura 9]: A dinâmica do mar também pode afetar a erosão
costeira na região. O movimento das ondas e das correntes pode contribuir para o
desgaste das praias, dunas e outras formações costeiras.
• Vento e Clima: Os ventos predominantes na região podem influenciar a formação
de ondas e a circulação das águas. O clima da área, incluindo as variações sazonais,
também desempenha um papel na dinâmica do mar.
• Hidrografia: A combinação das características físicas, químicas e biológicas da
água na região forma sua hidrografia. As variações na temperatura e na salinidade
da água podem afetar a distribuição das espécies marinhas e as condições de vida
no estuário.

É importante ressaltar que a dinâmica do mar é um sistema complexo e


interconectado, e vários fatores interagem para criar as condições observadas no
estuário de Cananéia. Estudos contínuos são essenciais para entender melhor como
esses elementos se relacionam e como eles impactam tanto a ecologia local quanto as
atividades humanas na região.Na região do estuário de Cananéia, no litoral sul do
estado de São Paulo, existem vários rios e cursos d'água que deságuam no estuário,
contribuindo para a formação desse ecossistema único. Alguns dos principais rios da
região incluem:

• Rio Ribeira de Iguape: É um dos principais rios da região e tem grande influência
na formação do estuário de Cananéia. Ele percorre uma extensa área e é
responsável por transportar água doce e sedimentos para o estuário.
• Rio Guaraú: Este rio também deságua no estuário e tem um papel importante na
dinâmica da região. Ele contribui com água doce e nutrientes, influenciando a
biodiversidade e a ecologia do estuário.
• Rio Perequê: Outro rio significativo na área, o Rio Perequê, também desemboca no
estuário. Ele contribui para a mistura de água doce e salgada e é parte integral do
ecossistema costeiro.
• Rio Laranjeiras: O Rio Laranjeiras é outro curso d'água relevante que deságua na
região de Cananéia. Sua contribuição hídrica é fundamental para a manutenção da
dinâmica do estuário.
• Rio Branco: Este rio, embora de menor porte, também é importante para a região,
desaguando no estuário e participando na formação do ecossistema costeiro. Além
desses rios mencionados, existem vários outros rios menores, riachos e canais que
drenam a área circundante e deságuam no estuário, todos desempenhando um
papel na formação e manutenção desse ecossistema diversificado. A convergência
das águas desses rios e cursos d'água com as águas do mar cria um ambiente único
no estuário de Cananéia, influenciando a biodiversidade, a dinâmica das marés, a
distribuição de nutrientes e outros processos ecológicos.

A região do estuário de Cananéia [Figura 6], no litoral sul do estado de São Paulo, possui
várias ilhas e ilhotas que desempenham um papel importante na paisagem, ecologia e
história local. Algumas das principais ilhas da região incluem:

• Ilha Comprida [Figura 8]: Embora seja tecnicamente uma cidade e não uma ilha
isolada, a Ilha Comprida é um dos principais destinos turísticos da região. Ela é uma
extensa faixa de terra entre o mar e o estuário, oferecendo praias, dunas e
vegetação costeira.
• Ilha do Cardoso [Figura 7,Figura 10]: Esta ilha é parte do Parque Estadual da Ilha
do Cardoso e é um importante ponto de conservação e pesquisa. Possui uma
variedade de ecossistemas, incluindo manguezais, restingas e florestas, abrigando
uma diversidade de vida selvagem.
• Ilha do Bom Abrigo: Localizada na entrada do estuário, essa ilha tem um papel na
proteção da região e na formação de abrigos naturais para embarcações.
• Ilha do Tambaú: Situada no estuário de Cananéia, a Ilha do Tambaú é conhecida
por sua beleza natural e ecossistemas diversificados, incluindo manguezais e praias.
• Ilha da Queimada Grande: Também conhecida como Ilha das Cobras, essa ilha é
famosa pela alta concentração de serpentes da espécie Bothrops insularis. Devido
a isso, o acesso à ilha é restrito e regulamentado.
• Ilha do Cambriú: Localizada na entrada do estuário, a Ilha do Cambriú é outra ilha
que contribui para a formação das características únicas do estuário.
• Essas são apenas algumas das ilhas e ilhotas presentes na região do estuário de
Cananéia. Cada uma delas contribui para a biodiversidade, a ecologia e a paisagem
da área, tornando a região um local de importância ecológica e cultural significativa.
• A região do estuário de Cananéia tem um clima tropical úmido com influência
marítima. Aqui estão algumas características do clima da região:
• Temperaturas: As temperaturas na região geralmente são moderadas devido à
influência do oceano. Os verões são quentes e úmidos, com máximas
frequentemente na faixa dos 30°C. Os invernos são mais amenos, com
temperaturas médias diurnas em torno dos 20°C.
• Umidade: Devido à sua proximidade com o oceano e à presença de áreas úmidas
como manguezais, a região tende a ser bastante úmida. A umidade relativa do ar
pode ser elevada ao longo do ano, especialmente durante a estação chuvosa.
• Estações: A região apresenta duas estações bem definidas: uma estação chuvosa
e uma estação seca. A estação chuvosa ocorre durante o verão, geralmente entre
os meses de dezembro e março, quando as chuvas são mais frequentes e intensas.
A estação seca se estende de abril a setembro, com chuvas menos frequentes.
• Precipitação: A região recebe uma quantidade significativa de precipitação,
especialmente durante a estação chuvosa. A média anual de chuvas varia, mas
pode estar na faixa de 1.500 a 2.000 milímetros.
• Vento e Influência Marítima: A brisa marítima é uma característica marcante da
região, especialmente durante os meses mais quentes. Os ventos vindos do oceano
podem trazer umidade e aliviar o calor, contribuindo para o clima agradável.
• Eventos Climáticos: A região pode estar sujeita a eventos climáticos extremos,
como tempestades tropicais e furacões que ocasionalmente afetam o litoral. Esses
eventos podem trazer chuvas intensas e ventos fortes.
• O clima da região do estuário de Cananéia, com sua umidade, temperaturas
moderadas e influência marítima, é um fator fundamental na formação e na
sustentação dos ecossistemas costeiros, incluindo os manguezais e as áreas de
vida marinha.
Fotos realizadas pelos autores em Cananéia

Figura 2 – Foto de Rua típica de Cananéia

Figura 3 - Cananeia uma cidade hospitaleira


Figura 4- Foto da Vista do Estuário - Base IO USP

Figura 5-Foto da Vista Estuário – Orla de Cananéia


Figura 6 – Foto da Vista Estuário – Orla de Cananéia

Figura 7- Foto da Vista da Ilha do Cardoso


Figura 8- Foto da Vista da Ponta da Ilha Cumprida

Figura 9 - Foto da Erosão Ilha Cumprida


Figura 10 - Vista a partir da Ilha do Cardoso

Figura 11 - Foto de Banco de Areia


Fotos das equipes de estudos realizadas pelos autores na área de
Cananéia

Figura 12 - Equipe marítima de levantamento

Figura 13 - Equipe marítima de levantamento


Figura 14 - Equipe marítima de levantamento

Figura 15 - Equipe marítima de levantamento


Figura 16 - Equipe marítima de levantamento

Figura 17 - Equipe marítima de levantamento


Figura 18 - Vista marítima da área de levantamento

Figura 19 - Vista marítima da área de levantamento


Figura 20 - Vista do estaleiro dos barcos

Figura 21 - Vista do estaleiro dos barcos


Figura 22 - Momento de confraternização da equipe

Figura 23 - Momento de confraternização da equipe


3.Objetivo das atividades de campo

As atividades em campo ocorreram entre os dias 25 e 27 de julho de 2023, tendo


sido realizado um reconhecimento da área no dia 25 e a coleta de dados nos dias 26 e
27. Em campo foram aquisitados dados com um correntômetro (Valeport), dois CTDs
(Seabird e Castaway), um ADCP (Sontek) e um disco de Secchi. A área de estudo foi
dividida em dois transectos (Radial Norte e Radial Sul), para a aquisição dos dados do
ADCP (Tabela 1) e 8 estações amostrais para a aquisição dos dados do correntometro,
CTDs e disco de Secchi (Tabela 2). Os dados foram coletados na manhã e na tarde dos
dias 26 e 27 de forma a amostrar os efeitos da maré enchente e vazante no estuário,
totalizando 8 transectos e 29 estações amostrais (devido a problemas de GPS, na
manhã do dia 26 foram realizadas apenas 5 estações).

Tabela 1 - Informações dos Transectos do ADCP.

Hora Hora
Código LatIni LonIni LatFim LonFim OBS
Ini Fim
ADP01 25°02'035S 47°55'217W 25°02'036S 047°54'819W 11:35 11:47 Radial Sul
Radial Norte
ADP02 25°01'341S 47°55'059W 25°01'359S 047°55'260W 11:56 12:00
- SEM GPS
ADP03 25°01'375S 47°55'309W 25°01'324S 047°55'109W 15:03 15:10 Radial Norte
ADP04 25°02'042S 47°55'264W 25°02'035S 047°54'825W 16:39 16:55 Radial Sul
ADP05 25°01'403S 47°55'309W 25°01'311S 047°55'099W 8:37 8:44 Radial Norte
ADP06 25°02'052S 47°55'255W 25°02'054S 047°54'830W 10:00 10:11 Radial Sul
ADP07 25°01'394S 47°55'303W 25°01'325S 047°55'113W 14:17 14:24 Radial Norte
ADP08 25°01'973S 47°55'242W 25°02'042S 047°54'832W 15:29 15:41 Radial Sul

Tabela 2 - Informações das Estações Amostrais.

Prof.
Código Lat Lon Hora início Hora Fim Prof. Local
Lançamento
ENCTD01 25°02'039S 47°54'806W 9:30 10:00 6.4m 5m
ENCTD02 25°02'043S 47°54'924W 10:04 10:29 6.1m 5m
ENCTD03 25°02'041S 47°55'046W 10:33 10:52 5.4m 4m
ENCTD04 25°02'053S 47°55'170W 10:54 11:05 4.3m 3m
ENCTD05 25°02'058S 47°55'254W 11:14 11:25 4.4m 3m
ENCTD06 25°01'314S 47°55'085W 15:21 15:42 10.4m 9m
ENCTD07 25°01'341S 47°55'187W 15:52 16:12 12m 11m
ENCTD08 25°01'379S 47°55'256W 16:17 16:31 5.1m 4m
ENCTD09 25°02'043S 47°54'816W 17:04 17:18 5.9m 5m
ENCTD10 25°02'045S 47°54'929W 17:23 17:37 5.8m 4m
ENCTD11 25°02'056S 47°55'049W 17:43 17:54 5m 4m
ENCTD12 25°02'053S 47°55'155W 17:58 18:08 4m 3m
ENCTD13 25°02'059S 47°55'268W 18:13 18:20 4.1m 3m
ENCTD14 25°01'306S 47°55'088W 8:51 9:13 8.3m 6m
ENCTD15 25°01'329S 47'55'195W 9:20 9:37 12.6m 11m
ENCTD16 25°01'931S 47°55'284W 9:43 9:54 6.3m 5m
ENCTD17 25°02'050S 47°54'821W 10:13 10:30 6.2m 5m
ENCTD18 25°02'036S 47°54'918W 10:36 10:48 6.2m 5m
ENCTD19 25°02'049S 47°55'029W 10:49 11:06 5.7m 5m
ENCTD20 25°02'051S 47°55'149W 11:11 11:19 4.5m 3m
ENCTD21 25°02'067S 47°55'262W 11:20 11:27 4.5m 3m
ENCTD22 25°01'324S 47°55'102W 14:27 14:42 5.8m 4m
ENCTD23 25°01'346S 47°55'178w 14:48 15:02 11.6m 10m
ENCTD24 25°01'388S 47°55'275w 15:09 15:21 6.1m 5m
ENCTD25 25°02'040S 47°54'825w 15:46 15:52 5.9m 4m
ENCTD26 25°02'040S 47°54'924w 15:55 16:07 5.8m 4m
ENCTD27 25°02'046S 47°55'046w 16:11 16:21 5.3m 4m
ENCTD28 25°02'053S 47°55'149w 16:25 16:35 4.1m 3m
ENCTD29 25°02'045S 47°55'262w 16:40 16:49 4.2m 3m

Em cada estação amostral, foi lançado primeiro o disco de Secchi para


determinar a turbidez da água. Em seguida foram lançados os CTDs, obtendo um
registro contínuo da coluna d`água, e por fim, o correntômetro, com registros a cada 1
metro da coluna d`água.

Figura 24- Mapa com linhas de tracejado da viagem de coleta entre 16:00 e 18:00 no dia 26/07/2023
Equipamentos

A exploração dos ecossistemas marinhos é um campo crucial para o


entendimento das complexas que ocorrem nos oceanos, tendo significado para a vida
na Terra. A instrumentação oceanográfica desempenha um papel fundamental na
exploração e compreensão dos vastos e misteriosos ecossistemas marinhos que
cobrem grande parte do nosso planeta. Essa tecnologia avançada permite que cientistas
coletem dados precisos e detalhados sobre as complexas interações físicas, químicas
e biológicas dos oceanos, desvendando segredos profundos que têm implicações
significativas para a vida na Terra. Através da instrumentação oceanográfica os
pesquisadores conseguem expandir o conhecimento dos oceanos e produzir diversos
estudos oceanográficos e entender as características físicas dos oceanos, como
temperatura, salinidade e correntes marítimas.

Durante uma atividade de campo realizada na base de ensino e pesquisa no


estuário de Cananéia, localizado no litoral sul de São Paulo, Brasil, foram empregados
equipamentos oceanográficos para uma análise, entre os dias 24 a 28 de julho de 2023.
Foram utilizados diversos equipamentos oceanográficos que foram empregados com
intuito de coletar dados realizar para analisar de forma as características muito
peculiares do ambiente marinho, identificar padrões de circulação oceânica, correntes
termohalinas e os fluxos de nutrientes que sustentam a vida marinha. Contribuindo
assim para a expansão do conhecimento e a compreensão dos segredos profundos dos
oceanos. Os equipamentos usados em campo foram:

MEDIDOR DE CORRENTE MODELO 106

Figura 25 - Medidor de corrente modelo 106 usado em campo


É um medidor de corrente de impulsor leve e econômico, projetado para medição
de corrente em tempo real ou implantações autônomas de curto a médio prazo. A
construção em titânio garante durabilidade e os sensores opcionais de temperatura e
pressão aumentam a versatilidade do instrumento. Ideal para uso em rios e aplicações
costeiras, ou em pequenos barcos, o Modelo 106 é simples de usar com o software de
PC baseado em Windows fornecido ou com uma unidade de exibição dedicada opcional.

Funcionamento

Aquisição de dados: O medidor de corrente funciona em um ciclo básico de 1 segundo,


durante o qual as contagens do impulsor são feitas e uma única leitura da direção da
bússola é feita. A partir disso, os vetores de velocidade Leste e Norte são calculados,
que são então somados ao longo do período de média. Os parâmetros adicionais de
temperatura e pressão (se instalados) são amostrados uma vez a cada período de
amostragem e tirados a média durante o período de média.

Os medidores são ligados e desligados por meio de controle de software, seja pelo
software DataLog™ ou usando o modelo 8008 CDU. No entanto, para operação de
autogravação autônoma, o 106 é fornecido com uma tampa de chave subconn que se
encaixa no lugar de uma conexão direta de cabo. O sistema é fornecido com o software
DataLog para PC baseado em Windows, para configuração do instrumento, extração de
dados e exibição de plotagens de dados tabulares e gráficos. DataLog é livre de licença.

Sensores

Tipo: Impulsor de estireno de alto impacto

Tamanho: Diâmetro de 125 mm por passo de 270 mm

Faixa: 0,03 a 5m/s

Precisão: ±1 ,5% de leitura acima de 0,15m/s abaixo de 0,15m/s

Armazenamento: Memória de estado sólido de 512 Kbytes. Cada registro de parâmetro


usa 2 bytes. Por exemplo, isso dá uma duração de mais de 1 semana com amostragem
completa de parâmetros a cada 10 segundos ou 220 dias com amostragem a cada 5
minutos.

▪ Direção ▪ Temperatura ▪ Composição fisica


Tipo: bússola de fluxo Tipo: termistor Peso:3kg (ar),
Faixa: O a 360º Faixa: -5 a 35ºC Peso: 2kg (água)
Precisão: ± 2,50º Precisão: ± 0,2ºc Tamanho:640mm x 50mm Ø
Resolução: 0,5º Resolução: 0,01ºC cauda 133mm largura x 270mm
altura
Material: Titânio, acetal e plástico
AB
RECEPTOR S86 GNSS RTK SISTEMA DE MEDIÇÃO

Figura 26 - Receptor s86 GNSS RTK

Cinemático em Tempo Real onde ele utiliza o método posicionamento relativo


GNSS que consiste no emprego de dois receptores que coletam dados
simultaneamente, e que, por meio de correções, são capazes de fornecer posições em
tempo real. GNSS é capaz de efetuar levantamentos de dados e locações cinemáticas
em tempo real (RTK);

Composição
É composto por 02 receptores GNSS que poderão ser utilizados como base ou
móvel, chip GNSS avançado Maxwell 6 com 220 canais, tecnologia incorporada para
obter baixo erro de multicaminho, medidas com muito pouco ruído em GNSS com uma
precisão inferior a 1mm numa banda de 1 Hz.

Georeferenciamento
Tecnologia de captação comprovada para baixas elevações, sinais de satélites
rastreados simultaneamente:

• GPS: L1 C/A, L2C, L2E, L5 (reservado)


• GLONASS: L1 C/A, L1P, L2 C/A (somente GLONASS M), L2P
• SBAS: L1 C/A, L5 (reservado)
• Galileo Giove-A e Giove-B (reservado)
• Compass (reservado)

Sistema
O rádio opera nos dispositivos de comunicação em variações UHF, os dados de
recepção, tanto do GPS base, como do GPS móvel, são disponíveis para pós-
processamento, se necessário o sistema RTK permite configuração dos principais
sistemas de coordenadas. O sistema RTK mostra a condição da resolução da
ambiguidade no visor do terminal de controle, o sistema RTK apresenta no visor do
terminal de controle as escalas automáticas ou definidas pelo usuário, os pontos, linhas
ou áreas do projeto a serem implantados, o sistema RTK apresenta no visor do terminal
de controle a orientação, distância (vertical e horizontal) os pontos a serem implantados,
o sistema possui capacidade de comparar as medidas do projeto e calculada em campo,
apresentando os seus respectivos desvios e tolerâncias, o receptor permite a operação
com ou sem controladora;

Precisões do sistema

Precisão horizontal RTK: 10mm + 1ppm, precisão vertical RTK: 20mm + 1ppm

Receptor GPS 20 canais independentes L1 e C/A, (precisão horizontal estática:


3mm + 0.5ppm), (precisão vertical estática: 5mm + 1ppm), transformação automática de
posição geográfica para sistemas locais de coordenadas, transformação local de
coordenadas, inserção e edição de códigos em lista, informações de satélites como
azimute e elevação, solução, posição e PDOP, mapa de visualização, dados 3D com
ferramentas zoom, coleta de dados ponto, linha e área, locação de pontos, linhas, arco
e cota, GSM/GPRS/EDGE 850/900/1800/1900.

Tecnologia

O sistema permite a medição de feições geográficas do tipo ponto, linha e áreas


e exibi-las graficamente na tela do controlador, o sistema possui capacidade para
numerar os pontos automaticamente através de gabaritos predefinidos pelo usuário,
para cada tipo de medição individualmente e permite que o usuário indique números
individuais sempre que desejar sem que o sistema perca a sua sequência de numeração
automática, o sistema permite codificações para ponto. os códigos são alfanuméricos e
possuem uma descrição, gravação de dados.
Características físicas

Antena que acompanha o sistema é L1/L2, as antenas suportam temperaturas,


em operação, entre -25º c e +60 º C;

Característica do aparelho

Armazenamento de dados brutos, importa e exporta arquivos no formato DXF,


LANDXML, SHP, importa e exporta ASCII configurável 256MB RAM, 512MB NAD,
permite importar dados, criar projetos, realizar configurações, pós-processar dados,
realizar ajustamento de redes, visualizar graficamente todos os pontos, linhas e áreas
coletados em campo e exportar dados para outros formatos, o software exporta dados
nos formatos Autocad e ASCII definido pelo usuário para qualquer formato desejado,
Microsoft Windows mobile 6.5, processador 1GHz, tela VGA Touch Screen resolução
de 480 x 640, câmera digital integrada de 5.0Mp AF, microfone e alto-falante integrado,
memória de 32gb via cartão, comunicação Bluetooth v2.1+EDR + Wi-Fi 802.11b/g,
conexão USB 2.0, resistente a poeira e água IP65, bateria de li-ion 5400 mAh, 3.7v com
autonomia 10 horas, (dimensões: 180mm x 92mm x 37mm), peso: 470 gramas.

RECEPTOR ALLOY GNSS TRIMBLE RTX INTEGRADO

Figura 27- Receptor Alloy GNSS Trimble

A estação de referência Trimble Alloy atende aos requisitos de qualquer rede em


tempo real, em qualquer ambiente, em qualquer lugar do mundo. Com caixa IP68
resistente e receptor modernizado de rastreamento por satélite, o Trimble Alloy também
pode ser usado como receptor de campanha para pós-processamento, como receptor
CORS (Continuously Operating Reference Station) ou estação base portátil para
aplicações Cinemáticas em Tempo Real (RTK) – ou até mesmo como uma estação de
referência científica. O posicionamento é realizado de forma preciso de pontos RTX ™
da Trimble, o Trimble Alloy pode derivar sua posição absoluta na precisão do nível do
centímetro em tempo real. Onde combinam à avançada tecnologia de monitoramento
Sentry™ da Trimble, o receptor notificará automaticamente o operador sobre qualquer
alteração de status, incluindo movimentos posicionais. Esse emparelhamento de
tecnologias garante que os usuários estejam recebendo os dados de correção mais
precisos. Ele recebe as correções GNSS via satélite L-Band ou IP / celular. De forma
abrangente sua cobertura de analisa e sobre diversos ambientes disponíveis.

Recursos do Receptor Alloy GNSS

• Rastreamento GNSS: Sua poderosa tecnologia de rastreamento GNSS fornece um


impressionante poder de processamento, dando a você uma área de cobertura
maior para a coleta de dados geográficos. Uma vantagem que certamente vai levar
muito mais qualidade para você e colocará o seu negócio em um novo patamar.
• Constelações GNSS: Através do seu rastreamento GNSS, o Receptor de Referência
GNSS da Trimble Alloy é capaz de receber dados de todas as constelações de
satélites que o mercado pode oferecer. possibilitando a utilização completa dos
principais sistemas do mercado: GPS, GLONASS, BeiDou, Galileo, QZSS e SBAS.
• Design facilitado: Através de seu visor angular reversível fica muito mais fácil de
controlar a operação da melhor forma, além de conectores que possibilitam a
configuração que você precisa para o processo. Muito mais facilidade para executar
o processamento de forma rápida, sem complicações e intuitiva a qualquer um que
estiver utilizando o equipamento.
• Funcionamento em qualquer ambiente: Suas baterias duplas de carregamento
integrado dão mais segurança para você na hora de utilizar o equipamento,
aumentando o tempo de uso e, consequentemente, o tempo de trabalho no campo.
Sua troca a quente também é um grande diferencial que o produto oferece. E tudo
isso certificado e aprovado pela IP68.
• O Receptor de Referência GNSS da Trimble Alloy traz todas essas facilidades e
ajuda você, trabalhador do campo, e ajuda a desenvolver um serviço muito mais
assertivo e eficaz, transformando o resultado final em um verdadeiro sucesso.
CTD PORTÁTIL CASTAWAY

Figura 28- CTD portátil para medição de Condutividade

É um CTD pequeno, robusto e tecnicamente avançado projetado para fornecer


perfis instantâneos de temperatura, salinidade e velocidade do som. Projetado para
perfis costeiros, o SonTek CastAway CTD incorpora uma célula de condutividade de 6
eletrodos, acoplada a um termistor de resposta rápida para fornecer medições CTD de
alta precisão até profundidades de 100 m. Seu sistema incorpora recursos técnicos
modernos que lhe permite obter um tempo de resposta de 5 Hz, resolução espacial fina
e alta acurácia.

O equipamento é simples de ser utilizado e é hidrodinamicamente projetado para


descida a velocidade de 1 m/s. Cada perfil de CTD amostrado pelo CastAway CTD é
referenciado no tempo e geolocalizado usando seu receptor GPS integrado. A latitude
e a longitude são adquiridas antes e depois de cada perfil. Os perfis de condutividade,
temperatura, salinidade e velocidade do som em função da profundidade podem ser
visualizadas imediatamente na tela LCD colorida integrada do CTD no campo. Dados
brutos podem ser facilmente baixados via Bluetooth para um computador com Windows
para análise detalhada.
Especificações Técnicas
• CTD portátil para medição de Condutividade, Temperatura e Pressão
• Fácil de operar, possui tela LCD colorida com visualização imediata dos
dados
• Possui GPS integrado (Lat/Long, Data e Hora)
• Memória interna para mais de 750 perfis
• Alimentado por 2 pilhas AA para operação de mais de 40 h
• Opera até 100 m de profundidade
• Taxa de amostragem de 5 Hz
• Bluetooth interno para comunicação (até 10 m de distância)
• Software robusto para processamento, armazenamento e visualização
dos dados
• Exporta dados para Excel, Matlab, dentre outros, etc.

Parâmetro Range Resolução Acurácia


Temperatura -5 a +45ºC 0,01ºC ±0,05ºC
Pressão 0 a 100 m 0,01 m ±0,25% Escala
Salinidade 0 a 42 0,01 ±0,1

Tabela 1-Tabela com os parâmetros do CTD CastAway


CTD SEABIRD PROTEGIDO COM ARMAÇÃO METÁLICA

Figura 29- CTD com armação metálica protegida

Um CTD mede Condutividade (Conductivity), Temperatura (Temperature) e


Profundidade (Depth).

• D (Profundidade): Apesar de ter profundidade no nome, todos os CTDs na


verdade medem a pressão, o que não é exatamente a mesma coisa. A relação
entre pressão e profundidade é complexa envolvendo densidade e
compressibilidade da água, bem como a força do campo de gravidade local (em
função da latitude). Na oceanografia, a pressão em um corpo de água é medida
em decibars; a pressão na superfície da água é 0 decibars. Aproximadamente,
cada 1 metro de profundidade de água (3,28 pés) equivale a 1 decibar (por
exemplo, a pressão é de 10 decibars a 10 metros de profundidade).
• T (Temperatura): A temperatura é medida em ITS-90 graus Celsius (°C). ITS-90 é
um padrão de calibração de instrumentos aceito por vários cientistas em 1990, que
fornece comparação e compatibilidade de medições de temperatura
internacionalmente (portanto, 25 °C nos EUA é o mesmo que 25 °C na China,
etc.). Para o oceano, as temperaturas normalmente variam de -2 a 35 ° C (28,4 a
95,0 ° F).
• C (Condutividade): Finalmente, chegamos à Condutividade, o parâmetro com o
qual você pode estar menos familiarizado. A condutividade é uma medida da
capacidade de um material de conduzir uma corrente elétrica. Para circuitos
elétricos, os metais têm alta condutividade, enquanto o vidro tem baixa
condutividade. A água com grande quantidade de sais dissolvidos tem alta
condutividade, enquanto a água doce tem baixa condutividade. A temperatura
também afeta a condutividade: a água quente tem alta condutividade, enquanto a
água fria tem baixa condutividade. As unidades de condutividade são
Siemens/metro (S/m). Para água que varia de água doce a água do mar, a
condutividade normalmente varia de 0 a 7,5 S/m.

Através do CTD como são medidos ao mesmo tempo condutividade,


temperatura e pressão, podemos calcular a quantidade de sais dissolvidos na água – a
salinidade. As unidades de salinidade são PSU (Practical Salinity Unit); um valor típico
no oceano é 35 PSU. Uma vez que conhecemos a salinidade, podemos calcular muitos
outros parâmetros, como densidade e velocidade do som. O termo CTD é
frequentemente usado para descrever um pacote que inclui o CTD real, bem como
sensores auxiliares para medir outros parâmetros (como oxigênio dissolvido, pH,
turbidez, fluorescência, óleo, PAR, nitratos, altímetro, etc.).

Analise dos dados do CTD


Ele estime as correntes oceânicas profundas com base nas variações de
densidade, procurando mudanças bruscas de densidade para investigar os processos
químicos e biológicos através das correntes oceânicas. Ele analise os movimentos de
diferentes massas de água perto da costa que indicam ressurgência ou correntes que
movem sedimentos ao longo da costa e calcula a velocidade do som em várias
profundidades, e refinar coletados dados acústico do fundo do oceano.

Tipos de CTDs - perfilados e amarrados


Um CTD de perfilagem mede os parâmetros da água à medida que se desloca
verticalmente através da água, normalmente abaixado na lateral de um navio com um
guincho ou manualmente para fazer medições de uma coluna de água. Um pacote CTD
de perfilagem geralmente é colocado dentro de uma gaiola, para proteger o pacote de
colisão com a lateral do navio. Um pacote CTD de criação de perfil também pode incluir
um amostrador de água que coleta amostras discretas para análise posterior no
laboratório. Os tipos de perfil de terminologias:

• Tempo real criação de perfil significa que você está visualizando e armazenando
dados em seu computador em essencialmente ao mesmo tempo que está sendo
feita a medição na ponta do cabo marítimo. A parte essencial é porque há algum
tempo envolvido em empacotar os bits e enviá-los pelo cabo e para o seu
computador. O perfilamento em tempo real requer um guincho (se o pacote for muito
pesado para baixar manualmente) e cabo marítimo com condutor interno, para que
possa transmitir os dados do instrumento; esses sistemas geralmente também
fornecem energia ao CTD. Se estiver transmitindo dados e energia em longas
distâncias, uma Unidade de Convés geralmente é necessária como interface para o
CTD; ele envia energia para o CTD, interpreta os dados do CTD e passa os dados
para um computador.
• Gravado internamente criação de perfil significa que as medições são armazenadas
na memória dentro do instrumento e são transferidas para o seu computador e
visualizadas depois o equipamento está de volta ao convés. O navio ainda precisa
de guincho (caso o pacote seja muito pesado para baixar manualmente) e cabo,
mas não é necessário que o cabo tenha um condutor interno.
• Um lançamento é um ciclo de subida e descida do CTD, cada lançamento consiste
em uma fase de descida e subida. Pela forma como o CTD e outros equipamentos
são configurados na embalagem, os dados de descida costumam ser mais precisos,
devido a não perturbação da água.

Figura 30- Tipos de CTDs


CTDs ancorados

Um CTD ancorado mede os parâmetros da água em um local, durante um longo


período de tempo, fornecendo uma série temporal de dados que podem revelar
informações sobre variações sazonais na água, incursão de poluentes na área (como
um derramamento de óleo), etc. Para reduzir custos, o sensor de pressão é
ocasionalmente omitido, porque a profundidade de implantação (e, portanto, a pressão)
é aproximadamente conhecida. No entanto, o sensor de pressão é necessário quando
implantado em um local fixo como um píer (mostrado à esquerda), onde as flutuações
das marés podem causar grandes alterações na pressão. E para qualquer implantação,
o sensor de pressão é necessário para os dados de salinidade mais precisos.
Semelhante aos CTDs de perfil, alguns CTDs ancorados podem ser integrados com
sensores para medir parâmetros adicionais (oxigênio dissolvido, turbidez, fluorescência,
etc.). Eles permanecem no local por um longo período de tempo, eles estão sujeitos à
bioincrustação e ao crescimento de organismos marinhos nos sensores e dentro deles.
A bioincrustação é mais agressiva em águas superficiais quentes. Os CTDs ancorados
Sea-Bird usam dispositivos anti-incrustantes aprovados pela EPA para manter o interior
dos sensores limpo, de modo que a incrustação não afete as medições. Técnicas anti-
incrustantes eficazes para sensores ópticos auxiliares incluem o uso de cobre, além de
um limpador para limpar a óptica antes de cada amostra.

Figura 31 - SBE 16plus SeaCAT CTD após a recuperação. Enquanto a parte externa do CTD está
incrustada
GARMIN GPSMAP 76 2.7" GPS de Navegação Geodésico

Figura 32-GARMIN GPSMAP 76 2.7" GPS de Navegação

O GPSmap 76 (Ver. 2.07) se parece superficialmente com um eMap com o


mesmo tamanho de tela e layout de teclas acima da tela com um layout semelhante ao
G-III+ com as teclas iluminadas. A tela tem 180x240 pixels em comparação com
120x160 do eMap e 100x160 do G-III+. A unidade é um pouco mais volumosa, pesando
(com baterias NiMH) 228g em comparação com os 196g do eMap, mas mais leve que
o G-III+ 251g. No entanto, o GPS cabe no bolso da camisa. A unidade é
surpreendentemente leve para o tamanho; isso permite que a unidade flutue. A unidade
tem apenas 8 MB de memória de mapas em comparação com os 24 MB do Vista e do
GPSmap 76S. A tela esverdeada não é tão legível quanto o eMap ou o GPS-V. Mas se
você for um usuário G-III+ ou G-12Map, esta é uma boa atualização. Você pode carregar
todos os tipos de mapas da Garmin. A unidade suporta a pesquisa de endereço e os
recursos da próxima interseção, como o eMap. É um GPS marítimo. Ele vem pré-
carregado com um banco de dados de navegação POI marítimo. No entanto, seus 8 MB
de memória de mapas podem ser usados para qualquer um dos mapas da Garmin,
incluindo o MetroGuide.

Descrição física
Esta unidade tem o conector original de energia/dados G-45, G-12XL, G-III+ e,
embora contenha apenas duas baterias, aceita 8-35vdc. Este conector é protegido por
uma tampa à prova d'água, ao contrário dos conectores e series que não têm tampa. O
GPSmap 76 é uma unidade sólida fisicamente. O case é bonito e rígido e revestido em
torno de sua borda fina com borracha cinza escuro. O lado inferior é cinza escuro e o
superior é cinza prateado com borda cinza escuro ao redor da tela e botões. Os botões
são semelhantes em termos de material ao G-III+, mas têm uma sensação tátil melhor
quando pressionados do que os botões G-III+. Há um grande pé de borracha na parte
superior que esconde a conexão da antena MCX no lado direito da parte traseira e dois
pequenos pés de borracha perto da parte inferior. A porta da bateria começa logo acima
da linha central na parte traseira e abre e fecha como a série eTrex com um poste que
possui uma barra em T no centro da tampa que trava no chassi. As baterias funcionam
horizontalmente da esquerda para a direita no GPS, ao contrário do eTrex que funciona
verticalmente. A porta de dados está no centro da metade inferior da unidade. Ele usa
o mesmo conector de alimentação/dados que as séries G-III+, G-II+ e G-12XL usam.
Ele usa um adaptador de isqueiro não regulamentado igual às séries G-III+ e G-12XL
(exceto o G-12 simples). A porta da bateria e a tampa da porta de dados são moldadas
juntas e saem completamente da unidade.

Sensibilidade
A antena helicoidal do GPSmap 76 é um pouco mais sensível à orientação do
que o G-III+ com sua antena móvel. A unidade deve ser mantida verticalmente para
melhor recepção em comparação com as antenas patch da série e que funcionam
melhor horizontalmente. Há uma montagem simples e eficaz disponível para segurar a
unidade verticalmente. A base de montagem é comum às montagens StreetPilot
(ColorMap) e eMap. No que diz respeito à recepção de sinal, o GPSmap 76 se sai bem.
Tem aproximadamente a mesma sensibilidade que um G-III+ e ligeiramente melhor que
um eTrex.

Funcionamento
A unidade requer (para o primeiro bloqueio a um satélite WAAS) cerca de 30
minutos (no claro) para obter os dados de navegação WAAS dos Geo Sats para
bloqueá-los. Nos EUA, serão os nº 35 e 47. A exibição da unidade pode ser ampliada
para 5 m em comparação com os 30 m do eMap, que com a precisão aprimorada do
WAAS, deve fornecer um gráfico melhor da distância GoTo no ponto de referência. A
luz de fundo das unidades GPSmap 76 possui apenas um botão liga/desliga, ao
contrário do G-II+ e G-III+ que possuem um recurso de dimmer.O GPSmap 76 possui
10.000 pontos de trilha em seu tracklog ativo. Também pode armazenar 10 tracklogs
reduzidos que podem ter até 250 pontos de dados. Esses 250 pontos de trilha salvos
podem ser convertidos em até 50 pontos TrackBack (Turn).

Isso é semelhante ao G-III+, mas o GPSmap 76 armazena a altitude no registro


de trilha como a série eTrex/eMap de GPS. A unidade também pode armazenar 500
waypoints e 10 pontos de proximidade. Áreas de trilhas gravadas são exibidas quando
a trilha é SALVA. O GPSmap 76 removeu o campo de comentários, mas armazena a
altitude, profundidade e proximidade dos pontos de referência

RADAR MARINHO - RAYMARINE A60

Figura 33- Radar Marinho RAYMARINE A60

Waypoints e Rotas

Através de um toque na tecla WPTS criará e salvará um waypoint na posição


atual. Você também pode usar uma função de tecla programável para salvar um ponto
de passagem no cursor, na posição do navio ou em uma latitude/longitude. Os
waypoints podem ser colocados em listas e separados em grupos para um acesso mais
rápido. Cada waypoint inclui um nome de grupo, latitude/longitude, direção/distância da
posição atual, nome de 16 caracteres e comentário de 32 caracteres. Você pode
selecionar entre 36 símbolos de waypoints diferentes e armazenar até 1200 waypoints
no A60 pode armazenar as informações do waypoint armazenadas devem tornar os
pontos obscuros em uma lista grande muito mais fáceis de identificar e usar. Pode-se
criar rotas na tela ou usando a lista de waypoints ele tem acesso à página do menu de
rota é feito por meio do pressionamento de duas teclas programáveis. Para criar uma
rota na tela, basta mover o cursor para o ponto desejado e pressionar a tecla
programável “colocar ponto de referência”. Você pode continuar adicionando até um
máximo de 50 waypoints e armazenar até 150 rotas no A60.
BOIA DE VIDRO AMARELA PARA SINALIZAÇÃO

Figura 34- Boia de vidro amarela para sinalização

As Boias de plástico, com aproximadamente 580 mm de diâmetro, com peso de


1,650kg kg, volume de 31 litros, são livres de corrosões e de flutuabilidade, são
fabricadas nos Estados Unidos e Alemanha e empregadas em mundo todo. Elas são
contidas em uma proteção plástica que também dá suporte para a fixação.

Principais características

A boia de sinalização pode ser utilizada em praias, represas, marinas, rios e lagos que
necessitem de sinalização. O acessório também ajuda em situações de alerta ou algum
perigo no mar que deva ser sinalizado, evitando possíveis riscos. É ideal para a
demarcação e sinalização de áreas náuticas, visando garantir a segurança e
organização de locais onde ocorrem competições e que precisam de delimitação como
maratonas aquáticas e competições de Triathlon, ajudando a orientar os atletas em seu
percurso. Da mesma maneira, a boia de sinalização marítima como seu próprio nome
indica pode ser utilizada na demarcação de locais para pesca, ou áreas proibidas. A sua
versatilidade permite que a boia de sinalização marítima seja utilizada para marcar a
localização de uma poita, para atracação de embarcações em algum local. Utilizar a
boia de sinalização marítima é muito importante nesse tipo de ocasião para garantir a
segurança. Podem ser colocadas em um ambiente sujeito a grandes variações
climáticas e em constante contato com a água, é muito importante que a boia de
sinalização marítima seja fabricada com materiais que garantam sua resistência e
durabilidade e não exija manutenção constante. A boia de sinalização marítima da Smart
Pier é feita com poliuretano rotomoldado, material leve e resistente que oferece melhor
flutuabilidade, além de durabilidade e baixa necessidade de manutenção. Portanto, os
efeitos das variações climáticas, corrosões, raios ultravioletas, fungos e óleos, e podem
ser utilizadas em locais de água doce ou salgada. Também é possível aplicar números
ou logos na boia durante sua produção, evitando que a sinalização se deteriore
rapidamente.

MODEL G GRAVITY METER G-509 DIGITAL

Figura 35-Model G Gravity Meter G-509 digital - Gravimetros lacoste & Romberg

O gravímetro Lacoste é um instrumento utilizado para medir a aceleração local


da gravidade. Ele é amplamente utilizado em geofísica e geodésia para determinar
variações na gravidade terrestre em diferentes locais. O nome "Lacoste" vem do
geofísico francês Lucien Lacoste, que desenvolveu o instrumento. O funcionamento
básico do gravímetro Lacoste envolve a utilização do princípio de pêndulo livre.
Descrição do funcionamento do gravímetro Lacoste:

1. Pêndulo Livre: O gravímetro Lacoste possui um pêndulo pendurado verticalmente,


que é isolado do ambiente para reduzir a interferência de movimentos externos,
como vento e vibrações sísmicas. O pêndulo é capaz de oscilar livremente.
2. Mecanismo de Detecção: O pêndulo possui um mecanismo de detecção, que
pode ser ótico ou mecânico. O mecanismo de detecção registra as mudanças no
deslocamento do pêndulo quando ocorre uma variação na aceleração local da
gravidade.
3. Variação na Gravidade: A aceleração local da gravidade pode variar devido a
diferentes fatores, como a distribuição de massa na Terra, a altitude e a densidade
do material sob a superfície. Essas variações podem ser sutis, mas podem
fornecer informações valiosas sobre a estrutura interna da Terra.
4. Registro e Leitura: O gravímetro registra as oscilações do pêndulo e converte
esses dados em variações na aceleração da gravidade. Esses dados são
registrados e posteriormente processados para determinar a aceleração local da
gravidade no local de medição.

Calibração: Antes de ser usado para medições precisas, o gravímetro Lacoste


precisa ser calibrado em um local onde a aceleração da gravidade seja conhecida com
precisão. Isso ajuda a garantir a precisão das medições em diferentes locais.

Medições Comparativas: O gravímetro Lacoste é frequentemente usado em


campanhas de medição comparativa, onde é levado para diferentes locais e suas
medições são comparadas para detectar variações na aceleração da gravidade.

QUAIS SÃO OS TIPO DE APLICAÇÕES DO GRAVIMETRO:


Os gravímetros desempenham um papel crucial na determinação da forma e das
variações do geóide, ajudando a estabelecer superfícies referências e precisas para
medições geodésicas. Atraves dos Datums e Alturas Verticais os gravímetros são
usados para determinar datums e alturas verticais precisos. Medindo as variações de
gravidade em diferentes pontos, os geodesistas podem estabelecer sistemas precisos
de referência de altura que são essenciais para o planejamento de infraestrutura,
modelagem de inundações e outras aplicações que requerem medições precisas de
altura. No Monitoramento de terremotos e vulcões, mudanças no campo gravitacional
da Terra podem fornecer informações sobre a atividade sísmica e vulcânica. Pode-se
detectar mudanças sutis na gravidade causadas por movimentos de massa durante
terremotos ou atividades vulcânicas, auxiliando no monitoramento e nos sistemas de
alerta precoce. Diversos estudos de deformação da crosta usando eos gravímetros
ajudam a monitorar as mudanças na deformação da crosta, que podem ocorrer devido
à atividade tectônica, rebote pós-glacial e outros processos geodinâmicos. Essas
medições contribuem para a compreensão da dinâmica da litosfera terrestre.
Assim como realizar o monitoramento de Águas Subterrâneas e Hidrologia e
variações na gravidade podem ser indicativas de mudanças no armazenamento de água
subterrânea. Eles são usados para monitorar os níveis de água subterrânea, recarga de
aquíferos e outras mudanças hidrológicas, fornecendo informações valiosas para o
gerenciamento de recursos hídricos. E também analisar as mudanças Globais do Nível
do Mar, e ajudam a realizar também a medição da mudança do nível do mar, detectando
mudanças no campo gravitacional causadas pela redistribuição das massas de água
devido ao derretimento do gelo, correntes oceânicas e outros fatores. Com o gravimetro
e possível determinar a órbita do satélite e verificar as informações precisas do campo
de gravidade são cruciais para a determinação e refinamento da órbita do satélite. Os
sistemas de altimetria e posicionamento de satélite dependem de modelos
gravitacionais precisos para posicionamento e navegação precisos.

E possível realizar exploração geotérmica, com o seu auxilio detectando


variações na densidade de subsuperfície associando a reservatórios geotérmicos. Isso
ajuda na identificação de locais potenciais para produção de energia geotérmica. E
muito comum também usa ele no auxílio da exploração de petróleo e minerais, para
detectar variações de densidade subterrânea que podem indicar a presença de
depósitos de petróleo, gás ou minerais. Os gravímetros ajudam a estabelecer estruturas
de referência e dados precisos para levantamento e mapeamento. Eles contribuem para
a precisão dos sistemas de posicionamento global (GPS) e outras técnicas geodésicas.

DETALHAMENTO DO GRAVIMENTRO
Antes do advento dos gravímetros as determinações relativas eram realizadas
com pêndulos, exigindo um operador especializado e o rendimento máximo alcançava
uma estação por dia. No início da década de 30, surgiram os gravímetros portáteis.
Pequenos, leves e de manejo simples, porém de extrema delicadeza quanto a sua
constituição interna, produziram em termos de Gravimetria, o mesmo impacto que o
GPS no posicionamento. Cinco minutos bastam para levantar uma estação com
precisão dez vezes superior à do método pendular (Gemael, 1999). Gravímetros são
instrumentos que conduzem a medição de valores da gravidade ou diferenças de
gravidade.

• Valores de g – gravímetros absolutos (1 ponto ocupado)

• Diferenças de g – gravímetros relativos (2 pontos ocupados)

As mensurações consistem em que uma haste é presa por uma mola especial,
conectada a um parafuso micrométrico. Um feixe de luz incide sobre a haste, e atinge
uma ocular, de modo a se localizar em uma determinada posição quando a haste estiver
em uma situação estável pré-definida. O operador deve nivelar o equipamento, e em
seguida observar a posição do feixe de luz em uma escala graduada, girando o parafuso
micrométrico até que o feixe atinja a posição pré-estabelecida pelo fabricante. A
quantidade de voltas dadas no parafuso está relacionada à variação de g entre o local
de referência e o local de observação.

DISCO DE SECCHI
É um instrumento utilizado na oceanografia para medir a transparência da água
em corpos d'água, como oceanos, lagos e rios. Ele é nomeado em homenagem ao
oceanógrafo italiano Angelo Secchi, que desenvolveu o dispositivo no século XIX. O
Disco de Secchi consiste em um disco circular branco ou preto com um padrão em
espiral, geralmente pintado em preto e branco. Ele é preso a uma corda ou cabo
graduado, permitindo que seja baixado na água até que ele não seja mais visível. A
profundidade na qual o disco deixa de ser visível é chamada de profundidade de Secchi,
e é uma medida direta da transparência da água.

O princípio por trás do Disco de Secchi é relativamente simples. A medida da


profundidade na qual o disco desaparece da vista é influenciada pela quantidade de
material em suspensão na água, como sedimentos, algas e partículas orgânicas.
Quanto mais transparente a água, mais longe o disco será visível, indicando uma menor
quantidade de material em suspensão. A profundidade de Secchi é frequentemente
usada como um indicador da qualidade da água e da saúde dos ecossistemas aquáticos.
Águas claras com uma grande profundidade de Secchi tendem a ser mais propícias à
vida aquática, enquanto águas turvas podem indicar poluição, eutrofização (excesso de
nutrientes) ou outros problemas ambientais.

Figura 36- Disco de Secchi


O disco de Secchi é montado com uma linha graduada e abaixado lentamente
para baixo na água. A profundidade a que o disco não está mais visível é tomada como
medida da transparência da água. A transparência da água afeta diretamente a
quantidade de penetração de luz em um lago; algas e partículas em suspensão,
resultado de erosão, tornarão a água turva e vão diminuir a transparência. Quanto
menor for a profundidade de Secchi, maior a concentração de algas ou de sedimentos.
Um lago pode variar de transparência da água sazonalmente, por isso é importante
tomar várias leituras: uma vez por mês é o mínimo, sendo duas por semana o ideal. A
medição disco de Secchi deve ser tirada do lado sombrio de um barco ou doca e entre
nove da manhã e três horas da tarde. O período para obter melhores resultados é entre
dez da manhã e duas da tarde. O observador deve ser sempre o mesmo e tomar as
medidas da mesma forma todas as vezes. O método consiste em gravar a profundidade
em que o disco desaparece, abaixe um pouco, e, em seguida, registre a profundidade
em que o disco reaparece.

ADCP (PERFILADOR DE CORRENTES ACÚSTICO POR EFEITO


DOPPLER)

Figura 37-ADCP Junto do Técnico Wilson e Boias e cabos de operação

ADCPs, do inglês Acoustic Doppler Current Profiler (Perfilador de Correntes


Acústico por Efeito Doppler), são equipamentos utilizados para medir a velocidade de
correntes na água. Os ADCPs utilizam ondas sonoras para medir a velocidade, a partir
do princípio do efeito doppler. Pulsos acústicos são emitidos a uma frequência constante
e, quando atingem partículas em suspensão, retornam com frequência ligeiramente
maior ou menor. Essa diferença entre a frequência emitida e recebida é chamada de
Doppler shift e através dela é possível medir a velocidade de movimento de partículas
em suspensão e, consequentemente, da corrente. Quanto mais tempo os pulsos levam
para retornar, mais distante estão as partículas. Dessa forma, conhecendo a velocidade
do som na água, o tempo de retorno de um pulso sonoro e o Doppler shift, é possível
calcular a velocidade da corrente em diferentes camadas.

TIPO DE ADCP IDEAL PARA A ANÁLISE OCEANOGRAFICA


Alguns exemplos de como ADCPs podem ser instalados e os respectivos
modelos indicados:

• Tipo (1) ADCP rebocado – Essa opção é utilizada com auxílio de uma embarcação,
sendo interessante para levantamentos em uma determinada área, a partir da
realização de trajetorias. Para esse tipo de uso, é recomendado que o equipamento
seja rebocado a velocidade constante, pois assim é capaz de desconsiderar a
velocidade de movimento do barco em relação às correntes. Nesta visita de campo
foi utilizado o HydroSurveyor, da SonTek, que além de correntes, também
fornece dados batimétricos.
• Tipo (2) ADCP lateral – Esse modelo mede a variação da velocidade de correntes
ao longo de uma secção horizontal. Além disso, o esforço para manutenção também
é reduzido, pois, sendo instalado em um píer, por exemplo, o acesso ao
equipamento é muito mais simples.

Tipos de ADCP

Tipo (3) ADCP de fundo – Ideal para medição de correntes ao longo da coluna d’água,
podendo realizar também a medição de ondas e marés através de um sensor de
pressão acoplado. Por estar fixo, este método permite a medição com maior exatidão,
assim como medição de correntes menos intensas. Esse tipo de configuração é mais
utilizado em regiões costeiras, pois a profundidade é um fator importante para a
facilidade de instalação.

• Tipo (4) ADCP em boia de superfície – Essa opção apresenta vantagens


principalmente quando há interesse na medição de outros parâmetros, como vento,
ondas, condutividade, etc., de forma que os sensores podem ser instalados juntos
na mesma boia. Sob o ponto de vista de transmissão em tempo real, ainda apresenta
o benefício de possibilitar a acomodação de datalogger, modem, baterias e painéis
solares para funcionamento da estação. Para instalação na superfície, é necessário
que o ADCP tenha algum mecanismo para compensação do movimento da boia.

• Tipo (5) Linha de fundeio – Em maiores profundidades, ou quando há interesse na


instalação de outros sensores ao longo da coluna d’água, a instalação em linha de
fundeio é uma boa solução. Para longo alcance, uma alternativa é o uso de 2
ADCPS, um volado para a superfície e outro para o fundo, dobrando o alcance.

4. Análises dos dados e métodos e Apresentação dos resultados

Dados Anotados Manualmente de equipamentos embarcados ou de leitura


manual. Durante a coleta de dados, algumas leituras de equipamentos como o GPS
Embarcado RayMarine e o Disco de Secchi foram feitos por anotação em fichas e as
fichas, foram posteriormente organizadas na tabela a seguir.

Tabela 2 - Dados lidos manualmente de instrumentos

Código Lat Lon Prof. LocalProf. Lançamento


Disco de Secchi Ano mês dia OBS EQUIPE Pessoal Hora Inicio Hora Fim Trajeto Codigo Valeport
ENCTD01 25°02'039S 047°54'806W 6.4m 5m 3.5m 2023 7 26 G1 David 9:26 9:56 SUL ENVAL01
ENCTD02 25°02'043S 047°54'924W 6.1m 5m 3.5m 2023 7 26 G1 Fernando 10:00 10:25 SUL ENVAL02
ENCTD03 25°02'041S 047°55'046W 5.4m 4m 3.6m 2023 7 26 G1 Fernando 10:29 10:48 SUL ENVAL03
ENCTD04 25°02'053S 047°55'170W 4.3m 3m 3.5m 2023 7 26 G1 Luis 10:50 11:01 SUL ENVAL04
ENCTD05 25°02'058S 047°55'254W 4.4m 3m 3.5m 2023 7 26 G1 Davi 11:10 11:21 SUL ENVAL05
ENCTD06 25°01'314S 047°55'085W 10.4m 9m 3.2m 2023 7 26 VALEPORT: LANÇ. 10m G2 Arthur 15:17 15:38 NORTE ENVAL06
CORRENTOMETRO HORARIO FINAL
ENCTD07 25°01'341S 047°55'187W 12m 11m 3.5m 2023 7 26 G2 Cintia 15:52 16:12 NORTE ENVAL07
16:03, 11m
ENCTD08 25°01'379S 047°55'256W 5.1m 4m 3.5m 2023 7 26 G2 Arthur 16:13 16:27 NORTE ENVAL08
h Inicial valeport 17:07, hora fim
ENCTD09 25°02'043S 047°54'816W 5.9m 5m 3.5m 2023 7 26 17:14, hora inicio CTD 17:17, hora fim G2 Cintia 17:04 17:18 SUL ENVAL09
17:18 lancamentos 5m
ENCTD10 25°02'045S 047°54'929W 5.8m 4m 3.8m 2023 7 26 G2 Arthur 17:19 17:33 SUL ENVAL10
ENCTD11 25°02'056S 047°55'049W 5m 4m 3.5m 2023 7 26 G2 Cintia 17:43 17:54 SUL ENVAL11
ENCTD12 25°02'053S 047°55'155W 4m 3m Sem luz 2023 7 26 seabird 3.5m G2 Arthur 17:54 18:04 SUL ENVAL12
ENCTD13 25°02'059S 047°55'268W 4.1m 3m Sem luz 2023 7 26 G2 Cintia 18:13 18:20 SUL ENVAL13
Vento forte, deslocamento para lat
ENCTD14 25°01'306S 047°55'088W 8.3m 6m 3.5m 2023 7 27 G2 Arthur 8:47 9:09 NORTE ENVAL14
25°01'296s lon 047°55'078w
ENCTD15 25°01'329S 047'55'195W 12.6m 11m 3.5m 2023 7 27 p lanç: 11m valeport, 12m ctd G2 Cintia 9:20 9:37 NORTE ENVAL15
ENCTD16 25°01'931S 047°55'284W 6.3m 5m 3.5m 2023 7 27 chuva leve G2 Arthur 9:39 9:50 NORTE ENVAL16
ENCTD17 25°02'050S 047°54'821W 6.2m 5m 3m 2023 7 27 G2 Cintia 10:13 10:30 SUL ENVAL17
ENCTD18 25°02'036S 047°54'918W 6.2m 5m 3.2m 2023 7 27 G2 Arthur 10:32 10:44 SUL ENVAL18
ENCTD19 25°02'049S 047°55'029W 5.7M 5m 3.3m 2023 7 27 G2 Cintia 10:49 11:06 SUL ENVAL19
ENCTD20 25°02'051S 047°55'149W 4.5m 3m 3m 2023 7 27 G2 Arthur 11:07 11:15 SUL ENVAL20
muitas particulas e vento de
ENCTD21 25°02'067S 047°55'262W 4.5m 3m 2m 2023 7 27 G2 Cintia 11:20 11:27 SUL ENVAL21
superficie na agua
mar 1 vento de sul, COBERTURA 8/8
ENCTD22 25°01'324s 047°55'102W 5.8m 4m 3.5m 2023 7 27 G1 Luis 14:23 14:38 NORTE ENVAL22
NUVEMS
ENCTD23 25°01'346s 047°55'178w 11.6m 10m 3.5m 2023 7 27 G1 Fernando 14:44 14:58 NORTE ENVAL23
ENCTD24 25°01'388s 047°55'275w 6.1m 5m 3m 2023 7 27 8/8 cobertura de nuvens G1 David 15:05 15:17 NORTE ENVAL24
ENCTD25 25°02'040s 047°54'825w 5.9m 4m 3.5m 2023 7 27 G1 David 15:42 15:48 SUL ENVAL25
ENCTD26 25°02'040s 047°54'924w 5.8m 4m 4m 2023 7 27 G1 Fernando 15:51 16:03 SUL ENVAL26
ENCTD27 25°02'046s 047°55'046w 5.3m 4m 4m 2023 7 27 G1 Fernando 16:07 16:17 SUL ENVAL27
ENCTD28 25°02'053s 047°55'149w 4.1m 3m 3.5m 2023 7 27 8/8 cobertura nuvens G1 David 16:21 16:31 SUL ENVAL28
ENCTD29 25°02'045s 47°55'262w 4.2m 3m 3m 2023 7 27 G1 Luis 16:36 16:45 SUL ENVAL29

Os dados de profundidade dados pelo Sonar Embarcado, assim como os dados de


Latitude e Longitude. O Disco de Secchi teve apenas 2 Leituras não realizadas pela falta
de Luz nos Lançamentos 12 e 13. E todos os Lançamentos do Disco ocorreram a
Estibordo (EB). Já os Lançamentos dos equipamentos CTD Seabird, CTD CastAway e
Correntometro Valeport ocorreram a Bombordo (BB), e o ADP sempre pela Popa.
Disco de Secchi

A visibilidade do disco teve pouca variação com exceção do ponto 21, as 11:20
do trecho Sul do dia 27/07/2023, foi feita a obervaçao que se via muito material
particulado e vento no momento, o que pode ter deixado a água mais turva e diminuído
a clareza.

Visibilidade de Disco de Secchi


4,5 4 4
3,8
4 3,5 3,5 3,6 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5
3,5 3,2 3,2 3,3
3 3 3 3
3
2,5 2
2
1,5
1
0,5
0
SEC01
SEC02

SEC04
SEC05
SEC06
SEC07
SEC08
SEC09
SEC10
SEC11

SEC13
SEC14
SEC15
SEC16
SEC17
SEC18
SEC19
SEC20

SEC22
SEC23
SEC24
SEC25
SEC26
SEC27
SEC28
SEC29
SEC03

SEC12

SEC21
Figura 38 - Visibilidade do Disco de Secchi Por Ponto de Lançamento

Figura 39 - Localização do Ponto 21


Cast Away – CTD

O Equipamento de CTD da CastAway permite a análise de diversos parâmetros


por lançamento, porém o software da CastAway apenas permite a análise de até 6
equipamentos por vez. Por isso foram exportados os dados dos CTD para CSV, unidos
através de software os dados em outros dois arquivos um de cabeçalhos de dados e
outro de conteúdo dos lançamentos, e foram analisados usando o Software Power BI
da Microsoft versão Agosto de 2023, para as análises a seguir.

Dados Georreferenciados

O CTD da Castaway possui um GPS integrado, que segundo o manual tem


acurácia de dez metros, porém as medições apontaram erros maiores, as 29 medidas
tomadas tiveram as seguintes coordenadas:

Figura 40 - Mapa da regiáo de Cananeia com os pontos de Coleta reportados pelo CTD Castaway
Tabela 3 - Resumo dos dados de lançamentos do CTD CastAway

20 - % 22 - % Start 23 - %
2 - % Cast Samples GPS Start GPS 24 - % Start
Lancam duration per 21 - % Start horizontal number of GPS vertical 25 - % Start 26 - % Start
ento (Seconds) 3 - % Cast time (local) 4 - % Cast time (UTC) second altitude error(Meter) satellites error(Meter) latitude longitude
ENCTD01 142.2 26/07/2023 09:33:00 26/07/2023 12:33:00 5 -3.389 372.108002 3 264.09698 -25.03471 -47.913154
ENCTD02 142 26/07/2023 10:06:45 26/07/2023 13:06:45 5 27.743999 65.7809982 5 99.948997 -25.03421 -47.915552
ENCTD03 104.8 26/07/2023 10:35:37 26/07/2023 13:35:37 5 4.0500002 9.87800026 9 12.243 -25.03424 -47.917459
ENCTD04 138.2 26/07/2023 10:55:41 26/07/2023 13:55:41 5 9.0410004 15.8640003 8 28.426001 -25.03427 -47.919355
ENCTD05 77.4 26/07/2023 11:17:44 26/07/2023 14:17:44 5 -2.439 12.7049999 8 32.658001 -25.03432 -47.920822
ENCTD06 168.6 26/07/2023 15:23:01 26/07/2023 18:23:01 5 -20.995 118.317001 3 642.81897 -25.02196 -47.917935
ENCTD07 146.6 26/07/2023 16:07:57 26/07/2023 19:07:57 5 -19.343 70.8430023 3 637.33801 -25.02244 -47.919718
ENCTD08 87.6 26/07/2023 16:21:04 26/07/2023 19:21:04 5 0.653 311.354004 3 393.228 -25.02344 -47.921495
ENCTD09 122.2 26/07/2023 17:12:16 26/07/2023 20:12:16 5 -1.422 73.288002 4 44.525002 -25.03429 -47.913661
ENCTD10 85 26/07/2023 17:23:50 26/07/2023 20:23:50 5 -12.592 11.8339996 7 25.311001 -25.03414 -47.915573
ENCTD11 106.2 26/07/2023 17:48:25 26/07/2023 20:48:25 5 -4.034 17.177 7 43.087002 -25.03427 -47.917619
ENCTD12 102.6 26/07/2023 17:54:47 26/07/2023 20:54:47 5 -9.533 20.3110008 7 39.490002 -25.03426 -47.919372
ENCTD13 80 26/07/2023 18:14:52 26/07/2023 21:14:52 5 -1.79 8.87100029 8 22.451 -25.03425 -47.921246
ENCTD14 155.2 27/07/2023 08:48:29 27/07/2023 11:48:29 5 -2.495 746.114014 3 643.70099 -25.02159 -47.91803
ENCTD15 126 27/07/2023 09:31:04 27/07/2023 12:31:04 5 15.103 4155.49902 3 649.02197 -25.02558 -47.920864
ENCTD16 67.2 27/07/2023 09:42:03 27/07/2023 12:42:03 5 52.901001 83.5589981 4 197.42101 -25.02323 -47.92152
ENCTD17 79.4 27/07/2023 10:23:58 27/07/2023 13:23:58 5 21.141001 270.567993 3 625.14398 -25.0341 -47.913465
ENCTD18 70.8 27/07/2023 10:35:11 27/07/2023 13:35:11 5 3.1689999 89.2180023 4 74.545998 -25.03394 -47.915136
ENCTD19 70.2 27/07/2023 11:01:13 27/07/2023 14:01:13 5 10.637 3752.15698 3 343.61301 -25.03285 -47.916041
ENCTD20 68.8 27/07/2023 11:08:51 27/07/2023 14:08:51 5 22.162001 1967.82495 3 708.07599 -25.0343 -47.919325
ENCTD21 65.2 27/07/2023 11:26:54 27/07/2023 14:26:54 5 10.891 394.954987 3 689.18799 -25.03456 -47.921078
ENCTD22 322.2 27/07/2023 14:21:47 27/07/2023 17:21:47 5 0.279 252.251007 3 650.78101 -25.02207 -47.917657
ENCTD23 123.6 27/07/2023 14:56:13 27/07/2023 17:56:13 5 -0.21 606.906982 3 362.62701 -25.02288 -47.919606
ENCTD24 113.4 27/07/2023 15:06:02 27/07/2023 18:06:02 5 30.614 51.1030006 5 102.793 -25.02311 -47.92135
ENCTD25 76.6 27/07/2023 15:45:38 27/07/2023 18:45:38 5 2.2320001 16.4820004 4 19.044001 -25.03399 -47.913497
ENCTD26 88.4 27/07/2023 15:53:21 27/07/2023 18:53:21 5 5.6009998 27.2070007 5 25.544001 -25.03411 -47.915596
ENCTD27 111.6 27/07/2023 16:15:25 27/07/2023 19:15:25 5 4.9749999 895.343994 3 374.224 -25.03439 -47.917758
ENCTD28 191.2 27/07/2023 16:21:49 27/07/2023 19:21:49 5 25.577 70.3219986 5 42.154999 -25.03435 -47.919477
ENCTD29 83 27/07/2023 16:42:51 27/07/2023 19:42:51 5 34.827999 260.618011 4 207.23399 -25.03437 -47.921577

Os Erros medidos dos dados de coordenadas só ficam dentro dos parâmetros


nominais quando são percebidos ao menos 9 satélites das constelações compatíveis
(havendo sempre entre 27 e 31 satélites ativos, o tempo estimado para que o CastAway
conseguisse o número de satélites seria entre 10 e 15 minutos), o que pode explicar o
baixo índice de acerto dos dados de GPS, uma vez que não foram dado o tempo
necessário para que os dispositivos fizessem uma resolução de GPS. A maioria dos
lançamentos não passou a marca de 3 minutos (Figura 41)
Figura 41 - Tempo de Lançamentos (downcast) dos CTDs CastAway

Análise dos dados de Densidade, Temperatura, Velocidade do Som


As análises dos dados, puderam ser colocadas de maneira simultânea, porém como a
Figura 42 mostra, poucas informações podem ser retiradas quando analisamos
juntamente os perfis do norte e do Sul.

Figura 42- Todos os Lancamentos - Profundidade x Salinidade


TRECHO NORTE

Em todos os lançamentos do trecho Norte os indicadores de salinidade ficaram


confortavelmente no nível de água Salobra (Abaixo de 35), porém também abaixo dos
níveis médios costeiros (28), indicando a mistura de água DOCE com o Água salgado
do mar na região estuarina (Figura 43).

A evolução da Velocidade do Som na Água (Figura 44) segue as mesmas tendencias


da Salinidade como esperado pela teoria, assim como o gráfico de densidade (Figura
46) A evolução de temperatura por profundidade se mostra um pouco menos clara com
apenas 2 dos 3 lançamentos mais profundos (7 e 8) sendo claramente mais frios quanto
mais profundos, porém o lançamento 15 tem um efeito interessante as profundidade de
4 e 10 metros, próximo de onde a salinidade também cresce rapidamente (Figura 45 ) .
As curvas T-S (Termo Salinas) da Figura 47 mostram claramente alguns dos efeitos de
circulação termohalino ocorrendo em especial no ponto 15.

Figura 47

Figura 43- Gráfico de Salinidade por Profundidade


Figura 44 - Gráfico de Velocidade do Som por profundidade

Figura 45 - Gráfico de Temperatura x Profundidade


Figura 46 - Gráfico de Densidade x Profundidade

Figura 47 - Gráfico de Temperatura x Salinidade Trecho Norte


Trecho Sul
No trecho Sul, com mais pontos de Coleta que o Norte, cinco no Sul e três no
Norte, Temos um maior volume de dados, como dados pelas Figuras Figura 48Figura
49Figura 50Figura 51Figura 52 . Ao analisar os dados, foi notado que entre os pontos
17, 18 e 19 , os pontos 19 e 17 eram mais similares entre si que o ponto médio 18 o que
indica um ponto de mistura de água nas aguas salobres mais estáveis dos pontos 19 e
17 (Figura 53Figura 54Figura 55 ).

Figura 48 - Profundidade x Salinidade - Trecho Sul


Figura 49 - Profundidade por Velocidade do Som- Trecho Sul

Figura 50 - Temperatura x Profundidade – Trecho Sul


Figura 51 - Profundidade x Densidade - Trecho Sul

Figura 52- Temperatura x Salinidade - Trecho Sul


Figura 53 - Destaque dos pontos 17, 18 E 19

Figura 54 - Profundidade x Salinidade - Destaque pontos 17,18,19


Figura 55 - Destaque de Temperatura e Salinidade dos pontos 17,18 e 19

CTD Seabird

Nos dias 26 e 27 de julho, nos períodos da manhã e da tarde, foram lançados no


estuário de Cananéia equipamentos para a coleta de propriedades locais. As posições
e horários do lançamento do CTD Seabird são apresentados na Tabelas 1 e 2. Na radial
1 há três estações de coleta, enquanto na radial 2 há 5 estações Tabela 4 - Pontos e
horarios de coleta CTD Seabird no dia 26/07/2023.

Período Radial Estação Latitude Longitude Horário


1 -25.0347068 -47.9131536 9h33
2 -25.0342082 -47.9155519 10h06
Manhã 2 3 -25.0342375 -47.9174588 10h35
4 -25.0342671 -47.9193545 10h55
5 -25.0343219 -47.9208223 11h17
1 -25.0219595 -47.9179349 15h23
1 2 -25.022436 -47.9197184 16h07
3 -25.0234354 -47.9214951 16h21
Tarde 1 -25.0342881 -47.9136607 17h12
2 -25.0341396 -47.915573 17h23
2 3 -25.0342729 -47.9176193 17h48
4 -25.0342595 -47.9193719 17h54
5 -25.0342524 -47.921246 18h14
.
Na Figura 56 são apresentadas as cinco estações percorridas pela embarcação
na radial 2e sua localização da no estuário.

Figura 56 - Radial 2

Na Figura 57 é apresentada a radial 1, contando com três estações de coleta de


informações, percorridas pela embarcação utilizada na pesquisa.

Figura 57 - Radial 1
Período Radial Estação Latitude Longitude Horário
1 -25.0215869 -47.9180302 8h48
1 2 -25.0255832 -47.9208635 9h31
3 -25.0232337 -47.9215203 9h42
Manhã 1 -25.0341047 -47.9134649 10h23
2 -25.0339368 -47.9151357 10h35
2 3 -25.0328505 -47.916041 11h01
4 -25.0343021 -47.9193247 11h08
5 -25.0345579 -47.9210776 11h26
1 -25.0220656 -47.9176569 14h21
1 2 -25.0228829 -47.919606 14h56
3 -25.0231059 -47.9213501 15h06
Tarde 1 -25.033994 -47.913497 15h45
2 -25.0341106 -47.915596 15h53
2 3 -25.0343887 -47.9177579 16h15
4 -25.0343465 -47.9194772 16h21
5 -25.0343673 -47.9215768 16h42

Figura 58 - Pontos de coleta CTD Seabird 27/07/2023

Os dados coletados em cada radial seguem abaixo:

Figura 59 - Radial 2 5 estações período matutino 27/07/2023


Figura 60-Dados de temperatura, salinidade, condutividade e densidade da estação n.1 da radial 2.

Na Figura 59 notam-se duas camadas. Há dois gradientes distintos: a haloclina


em azul e a picnoclina em verde. Na variação de profundidade de –1m para –3 m houve
uma variação de densidade de 1015kg/m3 para 1021 kg/m3. Na mesma variação de
profundidade, houve uma variação de salinidade de 23 para 29 PSU. A temperatura
manteve-se em 21ºC.Todas as demais figuras ficaram disponibilizadas no anexo deste
relatório. Na Tabela 5- sigmat Radial 2 (26 de julho de 2023) é apresentada a distribuição
de densidades ao longo da radial 2, medida na manhã de 26 de julho de 2023.

Tabela 5- sigmat Radial 2 (26 de julho de 2023)


O subtítulo “E” corresponde a estação medida, variando de 1 até 5. A coloração
amarela representa o valor de densidade obtida na estação medida até o início da
picnoclina. O início da colocação laranja representa o início da picnoclina medida na
estação, até a alteração de coloração, que se dá no último valor condiderado da
picnoclina. A coloração vermelha representa a máxima densidade em cada estação. A
máxima profundidade foi de 6m. Na Tabela 6 Salinidade Radial 2 26 de julho 2023 é
apresentada a distribuição de salinidades ao longo da radial 2, medida na manhã de 26
de julho de 2023.

Tabela 6 Salinidade Radial 2 26 de julho 2023

A coloração amarela representa o valor de salinidade obtida na estação medida


até o início da haloclina. O início da colocação laranja representa o início da haloclina
medida na estação e a mudança de coloração representa o fim desta. A coloração
vermelha representa a máxima salinidade em cada estação. A máxima profundidade foi
de 6m. Na Tabela 7 a é apresentada a distribuição de densidades ao longo da radial 1,
medida na tarde de 26 de julho de 2023.

Na Tabela 7a, o subtítulo “E” corresponde a estação medida, variando de 1 até


3. A coloração amarela representa o valor de densidade obtida na estação medida até
o início da picnoclina. O início da colocação laranja representa o início da picnoclina
medida na estação, até a alteração de coloração, que se dá no último valor considerado
da picnoclina. A coloração vermelha representa a máxima densidade em cada estação.
A máxima profundidade foi de 12m. Na Tabela 7b é apresentada a distribuição de
salinidades ao longo da radial 1, medida na tarde de 26 de julho de 2023.
Tabela 7 - Radial 1 26 de julho 2023

(a) (b)
A coloração amarela representa o valor de salinidade obtida na estação medida
até o início da haloclina. O início da colocação laranja representa o início da haloclina
medida na estação e a mudança de coloração representa o fim desta. A coloração
vermelha representa a máxima salinidade em cada estação. A máxima profundidade foi
de 12m. Na Tabela 8 é apresentada a distribuição de densidades ao longo da radial 2,
medida na tarde de 26 de julho de 2023. Na mesma radial, na Tabela 9 é apresentada
a distribuição de salinidades ao longo da radial 2, medida na tarde de 26 de julho de
2023.

Tabela 8 – sigmat Radial 2 26 de julho 2023


Tabela 9- Salinidade - radial 2 26/07/2023

ACCOUSTIC DOPPLER PROFILER – ADP

Conforme detalhamento associado às atividades de campo apresentado


anteriormente, foram realizadas 8 (oito) seções de medição com equipamento ADP.
Dentre os resultados obtidos com o equipamento, destacam-se as seções transversais
de velocidade e de direção da corrente. Para a interpretação dos dados coletados, foram
consolidados mosaicos contendo o mapa de localização da seção em análise, o
destaque do horário e condição de maré no momento da medição, juntamente com as
seções transversais de velocidade e direção do fluxo. A figura a seguir apresenta os
resultados associados a seção ADP01. É oportuno salientar que as escalas de cores
foram padronizadas para todos os resultados, contemplando o intervalo de 0 a 200 cm/s,
para a seção de velocidade, e de 0 a 360°, para a seção de direção da corrente.

Figura 61-Resultados seção ADP 01. Perfil de Velocidades na porção superior e de direção da corrente
na porção inferior
Observa-se na figura acima que a seção de medição ADP01 foi coletada em
período de vazante da maré, apresentando, portanto, vetor fluxo predominantemente
com direção sudoeste (240°). As velocidades da corrente variaram entre 50 cm/s até
valores superiores a 200cm/s.
A seguir, apresentam-se os resultados associados a seção ADP02.

Figura 62-Resultados seção ADP 02. Perfil de Velocidades na porção superior e de direção da corrente
na porção inferior

Colhe-se da figura acima que a seção de medição ADP02 também foi coletada
em período de vazante da maré, apresentando, portanto, vetor fluxo
predominantemente com direção sul (180°). As velocidades da corrente variaram entre
20 cm/s até valores da ordem de 150cm/s. Nota-se a presença de feições anômalas na
porção esquerda de ambas as seções transversais.A figura a seguir apresenta os
resultados associados a seção ADP03.

Figura 63-Resultados seção ADP 03. Perfil de Velocidades na porção superior e de direção da corrente
na porção inferior
Colhe-se da figura acima que a seção de medição ADP03 foi coletada em
período de baixa-mar, apresentando, portanto, vetor fluxo predominantemente com
direção sul (180°). As velocidades da corrente variaram entre 20 cm/s até valores
da ordem de 150cm/s. Nota-se a presença de feições anômalas na porção
esquerda de ambas as seções transversais.
A figura a seguir apresenta os resultados associados a seção ADP04.

Figura 64-Resultados seção ADP 04. Perfil de Velocidades na porção superior e de direção da
corrente na porção inferior

Observa-se que a seção de medição ADP04 foi coletada em período de


enchente, apresentando, portanto, vetor fluxo predominantemente com direção oeste
(270°). As velocidades da corrente variaram entre 20 cm/s até valores da ordem de
150cm/s. A figura a seguir apresenta os resultados associados a seção ADP05.

Figura 65-Resultados seção ADP 05. Perfil de Velocidades na porção superior e de direção da
corrente na porção inferior
Colhe-se da figura acima que a seção de medição ADP05 foi coletada em
período de enchente, apresentando, portanto, vetor fluxo predominantemente com
direção oeste (270°). As velocidades da corrente variaram entre 20 cm/s até valores
da ordem de 150cm/s. A figura a seguir apresenta os resultados associados a seção
ADP06.

Figura 66-Resultados seção ADP06. Perfil de Velocidades na porção superior e de direção da corrente na
porção inferior

Nota-se que a seção de medição ADP06, coletada em período de enchente,


apresenta vetor fluxo predominantemente com direção oeste (270°). As velocidades da
corrente variaram entre 20 cm/s até valores da ordem de 150cm/s. A figura a seguir
apresenta os resultados associados a seção ADP07.

Figura 67-Resultados seção ADP07. Perfil de Velocidades na porção superior e de direção da corrente na
porção inferior
Colhe-se da figura acima que a seção de medição ADP07, coletada em período
de vazante, apresenta vetor fluxo predominantemente com direção sul (180°). As
velocidades da corrente variaram entre 20 cm/s até valores superiores a 200cm/s.
Destaca-se a concentração de velocidades mais intensas na porção central da seção
de medição.

Correntômetro

A análise aqui realizada se baseou nos pontos cardiais (Figura 68a). O


equipamento se posiciona na direção das marés e acusa o sentido contrário à linha de
corrente da maré. Portanto a direção da maré é contrária ao sentido direcional do
instrumento utilizado (Figura 68b).Foi notado que o instrumento girava num determinado
sentido, horário ou anti-horário, conforme ele se deslocava para o leito do estuário.

(a) (b)

Figura 68- Referências (a) pontos cardiais; (b) Valeport

Na interpretação do gráfico intitulado “Direção dos vetores de velocidade”,


quando há o deslocamento da linha que representa a direção apontada pelo instrumento,
foi definido o sentido de giro do equipamento, de acordo com a Figura 69.

Figura 69 Sentido de giro do equipamento Valeport


Uma outra interpretação do mesmo gráfico é que a profundidade aumenta no
sentido horário aos valores plotados, de acordo com a Figura 70.

Figura 70- Apresentação de leitura dos dados em gráfico radial

Data: 26/07/2023 – Período: Matutino

No período matutino foram coletados dados de uma radial, objeto desta pesquisa.
Na radial 2, constituída de cinco estações, os dados coletados pelo Valeport foram
apresentados nas Figura 72 até Figura 85. Na Figura 72 é apresentada a direção da
maré do estuário de Cananéia, obtida na primeira estação medida (LAT -25º02'039S
LON -47º54'806W). A construção da figura se dá do primeiro ao último ponto, sendo o
primeiro na direção norte, deslocando-se no sentido horário até finalizar a quantidade
de pontos coletados, após percorrer os 360o. Porém, sua interpretação se baseia nos
ângulos radias apresentados, que varia de 45o em 45o, desde -45o até 360o. Na Figura
72 o primeiro ponto ocorre na direção sudoeste e finaliza na direção norte, girando no
sentido horário. Nestes termos, a maré é de vazante, contrária ao sentido apresentado
pelo Valeport. Na Figura 72 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia,
variando de acordo com a profundidade

Figura 71 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_9h42min)


Da mesma maneira, é possível identificar a variação das direções de sul para
norte, como pode ser visto na Figura 72, o que corresponde a uma maré de vazante,
onde a maré se desloca contrária ao sentido do equipamento.

Figura 72- Direção dos vetores de velocidade

Na Figura 73 é apresentada a variação da velocidade das correntes de acordo


com a profundidade atingida. Na Figura 73 é possível identificar que a maior velocidade
ocorreu por volta de 3m de profundidade e foi de aproximadamente 0,24m/s na direção
norte, apontada pelo equipamento, o que acusa maré de vazante, sentido sul.

Figura 73-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_9h42min)

Na Figura 74 pode-se identificar a variação da direção de sul para norte (sentido


anti-horário). Portanto, pode-se considerar que a maré é de vazante, contrário ao que
aponta o instrumento. Na Figura 74 pode-se identificar a variação da direção de sul
para norte (sentido anti-horário). Portanto, pode-se considerar que a maré é de vazante,
contrário ao que aponta o instrumento. A identificação de maré de enchente e maré de
vazante foi estabelecida mediante a verificação do posicionamento do instrumento ao
longo de seu deslocamento, até o último nível, 1 metro antes de atingir o leito do estuário.
Verificou-se que houve uma rotação do Valeport, tanto no sentido horário (S.H.) quanto
no sentido anti-horário (S.A.H.). Deve-se levar em consideração a presença da
embarcação, que pode ter interferido na medição do primeiro ponto, a 1m da superfície.
Na Figura 74 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida na
segunda estação (LAT-25º02'043S LON-47º54'924W) da radial 2.

Figura 74 - segunda estação (LAT-25º02'043S LON-47º54'924W) da radial 2.

Na Figura 75 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia,


variando de acordo com a profundidade. Na Figura 75 verifica-se que houve um giro
anti-horário do instrumento, de sul para norte. Na Figura 76 é apresentada a variação
da velocidade das correntes de acordo com a profundidade atingida.

Figura 75-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_10h16min)


Na Figura 76 é possível identificar que a maior velocidade ocorreu por volta de
1m de profundidade e foi de aproximadamente 0,18m/s na direção sul, mas esta pode
ter sofrido a interferência da embarcação. Houve um giro do instrumento, no sentido
anti-horário, onde o mesmo se direcionou para o norte em definitivo.

0
0 0,025 0,05 0,075 0,1 0,125 0,15 0,175 0,2
-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4

-5

-6
Velocidade (m/s)

Figura 76- Variação da velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_10h16min)

Na Figura 77 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na terceira estação (LAT-25º02'041S LON-47º55'046W) da radial 2. É possível
identificar que a maré é de enchente.

Figura 77-Direção dos vetores de velocidade (26jul2023_10h43min)

Na Figura 78 é apresentada a variação da direção com relação à profundidade


da estação estudada. Pode-se verificar que o Valeport está totalmente direcionado para
a direção sul. A maré vem da direção sul para a direção norte; ou seja, a maré é de
enchente.

Figura 78-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_10h43min)

Na Figura 79 é apresentada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade na referida estação.

0
0 0,1 0,2 0,3 0,4
-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4

-5
Velocidade (m/s)

Figura 79-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_10h43min)

Na Figura 80 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na quarta estação (LAT-25º02'053S LON-47º55'170W). A Figura 80 a maré vai para o
norte, indicando maré de enchente.
Figura 80-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_11h02min)

Na Figura 81 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade de


acordo com a profundidade.

Figura 81-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_11h02min)

A direção está concentrada no sul. Portanto, a maré segue no sentido contrário,


em direção ao norte, o que indica maré de enchente. Na Figura 82 é apresentada a
variação da velocidade de acordo com a profundidade na referida estação.
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5

Profundidade (m)
-1

-2

-3

-4
Velocidade (m/s)

Figura 82-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_11h02min)

Na Figura 83 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na quinta estação (LAT-25º02'058S LON-47º55'254W). A Figura 83 identifica-se a
direção sudoeste tomada pelo Valeport, o que indica que a corrente está contrária à
direção indicada, ou seja, está a nordeste. Esta corrente de maré é enchente.

Figura 83-Direção dos vetores de velocidade (26jul2023_11h12min)

Na Figura 84 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade de


acordo com a profundidade na referida estação. A Figura 84 é possível verificar a
direção tomada pelo Valeport, que é sudoeste. Da mesma maneira, conclui-se que a
maré é de enchente em função da corrente ser para nordeste.
0
0 45 90 135 180 225 270 315 360
-0,5
Profundidade (m) -1
-1,5
-2
-2,5
-3
-3,5
Direção (°)

Figura 84-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_11h12min)

Na Figura 85 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.

0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5
Profundidade (m)

-1

-2

-3

-4
Velocidade (m/s)

Figura 85-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_11h12min)

Data: 26/07/2023 – Período: Vespertino

No período vespertino foram coletados dados das duas radiais, objetos desta
pesquisa. Na radial 1, constituída de três estações, os dados coletados pelo Valeport
foram apresentados nas figuras 19 a 27. Na radial 2, constituída de cinco estações, os
dados coletados pelo instrumento empregado foram apresentados nas figuras 28 a
42.Na Figura 86 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida na
primeira estação (LAT-25º01'314S LON-47º55'085W) da radial 1.
Figura 86-Direção dos vetores de velocidade (26jul2023_15h30min)

O Valeport está direcionado para o noroeste. A corrente de maré, por sua


vez, este se deslocando para sudeste. Portanto, a maré é vazante. Na Figura 87 é
representada a variação da direção dos vetores de velocidade de acordo com a
profundidade, na referida estação. A Figura 87 nota-se que o Valeport aponta para a
direção noroeste. A corrente de maré, por sua vez, se desloca para o sudeste. Neste
caso, interpreta-se como maré de vazante.

0
-1 0 45 90 135 180 225 270 315 360
-2
-3
Profundidade (m)

-4
-5
-6
-7
-8
-9
-10
-11
-12
Direção (°)

Figura 87-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_15h30min)

Na Figura 88 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade
0
-1 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35
-2

Profundidade (m)
-3
-4
-5
-6
-7
-8
-9
-10
-11
-12
Velocidade (m/s)

Figura 88-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_15h30min)

Na Figura 89 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na segunda estação (LAT -25º01',341S LON -47º55'187W) da radial 1. A Figura 89
pode-se notar que o instrumento se deslocou da direção sul para a direção norte,
conforme se deslocava da superfície para o leito de estuário, ou seja, quando se
deslocava para profundidades maiores. Houve um giro no sentido horário do
instrumento, de acordo com os pontos cardiais. Mas o Valeport foi predominante nas
direções de oeste para noroeste, o que pode ser interpretado como maré vazante.

Figura 89-Direção dos vetores de velocidade (26jul2023_15h54min)

Na Figura 90 é representada a variação da direção dos vetores de velocidade de


acordo com a profundidade, na referida estação. A Figura 90 é possível verificar a
alteração de direção do instrumento, de noroeste para sudoeste e deste para noroeste
novamente, finalizando em norte. Sendo assim, interpreta-se que houve predominância
de maré vazante.

Figura 90-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_15h54min)

Na Figura 91 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.

0
-1 0 0,025 0,05 0,075 0,1 0,125 0,15 0,175
-2
Profundidade (m)

-3
-4
-5
-6
-7
-8
-9
-10
-11
Velocidade (m/s)

Figura 91-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_15h54min)

Na Figura 92 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na terceira estação (LAT -25º01'379S LON -47º55'256W) da radial 1.
Figura 92-Direção dos vetores de velocidade (26jul2023_16h27min)

O Valeport se deslocou no sentido anti-horário de sul para leste nos primeiros


metros de profundidade. Atingiu o ponto máximo a nordeste e retornou gradativamente
para o sul girando no sentido horário. Na Figura 93 é representada a variação da direção
dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade, na referida estação. A Figura
93 é possível verificar o instrumento se deslocando no sentido anti-horário de leste para
nordeste e, em seguida, de nordeste para sudeste no sentido horário, conforme sua
posição se aprofunda até próximo ao leito do estuário.

Figura 93 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_16h27min)


Na Figura 94 é representada a variação da velocidade de acordo com a
profundidade.

0
0 0,05 0,1 0,15
-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4

-5
Velocidade (m/s)

Figura 94-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_16h27min)

Na Figura 95é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na primeira estação (LAT-25º02'043S LON-47º54'816W) da radial 2. O Valeport
permanece a todo o momento apontado para a direção sul, o que indica que há uma
corrente de maré na direção norte, o que constitui maré de enchente. Em seguida, ao
se aproximar do leito do estuário gira no sentido horário e aponta para o note, o que
indica que ainda há maré de vazante em determinadas profundidades.

Figura 95 - Direção dos vetores de velocidade (26jul2023_17h04min)


Na Figura 96 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade de
acordo com a profundidade, na referida estação. Já na Figura 96 é possível identificar
que a direção da maré é para o norte, o que indica maré de enchente.

Figura 96- Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade


(26jul2023_17h04min)

Na Figura 97 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.

0
0 0,025 0,05 0,075 0,1 0,125 0,15 0,175 0,2
-1

-2
Profundidade (m)

-3

-4

-5

-6
Velocidade (m/s)

Figura 97-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_17h04min)


Na Figura 98 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida
na segunda estação (LAT-25º02'045S LON-47º54'929W) da radial 2. A Figura 98 é
possível identificar que o instrumento de medição aponta para o sul o que indica que a
maré se desloca para o norte, ou seja, é uma maré de enchente.

360
315
270
225
180
135
90
45
0
-45

Figura 98- Direção dos vetores de velocidade (26jul2023_17h28min)

Na Figura 99 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade de


acordo com a profundidade, na referida estação. De acordo com a Figura 99, a maré
tem a direção norte.

0
0 45 90 135 180 225 270 315 360
-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4

-5

-6
Direção (°)

Figura 99-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_17h28min)

Na Figura 100 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25
-1
Profundidade (m)
-2

-3

-4

-5

-6
Velocidade (m/s)

Figura 100 - Variação da velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_17h28min)

A Figura 101 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na terceira estação (LAT-25º02'056S LON-47º55'049W) da radial 2. Na Figura 101 é
possível identificar que o instrumento de medição aponta para a direção sudoeste, o
que indica que a maré se desloca na direção nordeste, indicativo de maré de enchente.

360
315
270
225
180
135
90
45
0
-45

Figura 101 - (...) (26jul2023_17h42min)

A Figura 102 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade de


acordo com a profundidade, na referida estação. Na Figura 102 é possível identificar
que a maré se direciona para nordeste.
0
0 45 90 135 180 225 270 315 360
Profundidade (m) -1

-2

-3

-4

-5
Direção (°)

Figura 102-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_17h42min)

Na Figura 103 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.

0
0 0,025 0,05 0,075 0,1 0,125 0,15 0,175 0,2 0,225 0,25 0,275

-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4

-5
Velocidade (m/s)

Figura 103-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_17h42min)

Na Figura 104 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na quarta estação (LAT-25º02'053S LON-47º55'155W) da radial 2. Na Figura 104 é
possível identificar que a maré é de enchente, na direção nordeste, uma vez que a
direção apontada pelo instrumento é sudoeste.
360
315
270
225
180
135
90
45
0
-45

Figura 104-Direção dos vetores de velocidade (26jul2023_18h00min)

Na Figura 104 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade


de acordo com a profundidade, na referida estação.

0
0 45 90 135 180 225 270 315 360

-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4
Direção (°)

Figura 105-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_18h00min)

Na Figura 106 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.
0
0 0,025 0,05 0,075 0,1 0,125 0,15 0,175 0,2 0,225 0,25 0,275

-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4
Velocidade (m/s)

Figura 106 Variação da velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_18h00min)

Na Figura 107 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na quinta estação (LAT-25º02'059S LON-47º55'268W) da radial 2. Na Figura 107 é
possível identificar a direção sul e sudeste do instrumento (giro no sentido anti-horário),
o que indica que a maré se desloca de norte para noroeste. Interpreta-se como maré
enchente.

360
315
270
225
180
135
90
45
0
-45

Figura 107-Direção dos vetores de velocidade (26jul2023_18h09min)

Na Figura 108 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade


de acordo com a profundidade, na referida estação. Na Figura 108 nota-se o sentido de
giro anti-horário na direção apontada pelo instrumento, de sul para sudeste.
0
0 45 90 135 180 225 270 315 360

Profundidade (m) -1

-2

-3

-4
Direção (°)

Figura 108-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_18h09min)

Na Figura 109 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.

0
0 0,025 0,05 0,075 0,1 0,125 0,15 0,175 0,2 0,225

-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4
Velocidade (m/s)

Figura 109-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (26jul2023_18h09min)

Data: 27/07/2023 – Período: Matutino

A Figura 110 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na primeira estação (LAT-25º01'306S LON-47º55'088W) da radial 1. Na Figura 110 o
instrumento está direcionado para noroeste, o que índica que a maré está na direção
sudeste, ou seja, maré de vazante.
360
315
270
225
180
135
90
45
0
-45

Figura 110-Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_09h04min)

Na Figura 111 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade


de acordo com a profundidade, na referida estação. Verifica-se na Figura 111 que o
Valeport se encontra na direção noroeste durante todo o percurso percorrido até atingir
6m de profundidade.

0
0 45 90 135 180 225 270 315 360
-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4

-5

-6

-7
Direção (°)

Figura 111-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade


(27jul2023_09h04min)

Na Figura 112 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5 0,55
Profundidade (m) -1

-2
-3

-4
-5

-6

-7
Velocidade (m/s)

Figura 112 Variação da velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_09h04min)

A Figura 113 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na segunda estação (LAT -25º01'329S LON -47º55'195W) da radial 1. Na Figura 113
nota-se o posicionamento do Valeport entre noroeste e norte, com giros no sentido
horário. A maré seguiu no sentido sudeste/sul, indicando maré de vazante.

360
315
270
225
180
135
90
45
0
45

Figura 113-Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_09h17min)

Na Figura 114 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade


de acordo com a profundidade, na referida estação.
0
-45 -1 0 45 90 135 180 225 270 315 360
-2
-3
Profundidade (m)

-4
-5
-6
-7
-8
-9
-10
-11
-12
Direção (°)

Figura 114-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_09h17min)

Na Figura 115 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.

0
-1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
-2
-3
Profundidade (m)

-4
-5
-6
-7
-8
-9
-10
-11
-12
Velocidade (m/s)

Figura 115-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_09h17min)

Na Figura 116 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na terceira estação (LAT25º01'391S LON047º55'284W) da radial 1. Na Figura 116 nota-
se a transição do instrumento de medição entre noroeste e norte, o que indica que a
direção da maré é de sudeste para sul. Indicação de maré de vazante. Houve um giro
horário do Valeport.
360
315
270
225
180
135
90
45
0
-45

Figura 116-Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_09h46min)

A Figura 117 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade de


acordo com a profundidade, na referida estação. Na Figura 117 identifica-se o mesmo
giro horário do instrumento.

0
0 45 90 135 180 225 270 315 360
-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4

-5

-6
Direção (°)

Figura 117 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade


(27jul2023_09h46min)

Na Figura 118 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.
0
0 0,025 0,05 0,075 0,1 0,125 0,15 0,175 0,2 0,225
-1
Profundidade (m)
-2

-3

-4

-5

-6
Velocidade (m/s)

Figura 118-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_09h46min)

A Figura 119 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na primeira estação (LAT-25º02'050S LON-47º54'821W) da radial 2. Na Figura 119
nota-se que quase totalmente o instrumento aponta para a direção norte, o que indica
que a maré se dirige para a região sul, ou seja, maré de vazante.

360
315
270
225
180
135
90
45
0
-45

Figura 119 - Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_10h17min)

A Figura 120 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade de


acordo com a profundidade, na referida estação. Na Figura 120 é notada a direção norte
apontada pelo instrumento utilizado.
0
-45 0 45 90 135 180 225 270 315 360
-1
Profundidade (m)
-2

-3

-4

-5

-6
Direção (°)

Figura 120-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_10h17min)

Na Figura 121 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.

0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4

-5

-6
Velocidade (m/s)

Figura 121-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_10h17min)

Na Figura 122 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na segunda estação (LAT-25º02'036S LON-47º54'918W) da radial 2. Identifica-se na
Figura 122 uma direção noroeste/norte do instrumento empregado, indicando maré
vazante, pois está se dirige no sentido contrário, ou seja, sudeste sul. Nota-se o giro
horário do Valeport.
360
315
270
225
180
135
90
45
0
-45

Figura 122-Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_10h40min)

A Figura 123 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade de


acordo com a profundidade, na referida estação. Na Figura 123 identifica-se a direção
norte apontada pelo Veleport.

0
-45 0 45 90 135 180 225 270 315 360
-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4

-5

-6
Direção (°)

Figura 123-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_10h40min)

Na Figura 124 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-1

Profundidade (m) -2

-3

-4

-5

-6
Velocidade (m/s)

Figura 124-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_10h40min)

Na Figura 125 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na terceira estação (LAT-25º02'049S LON-47º55'029W) da radial 2. Conforme se
deslocava para profundidades maiores, o instrumento se deslocou de sul para
norte/nordeste, no sentido anti-horário. Identificou-se como maré de vazante. Esta
descrição foi observada na Figura 125.

360
315
270
225
180
135
90
45
0
-45

Figura 125 - (...) (27jul2023_10h53min)

A Figura 126 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade de


acordo com a profundidade, na referida estação. Na Figura 126 identifica-se o giro no
sentido anti-horário na medida em que o instrumento se deslocava para profundidades
maiores.
0
-45 0 45 90 135 180 225 270 315 360
-1
Profundidade (m)
-2

-3

-4

-5

-6
Direção (°)

Figura 126 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_10h53min)

Na Figura 127 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.

0
0 0,05 0,1 0,15 0,2
-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4

-5

-6
Velocidade (m/s)

Figura 127-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_10h53min)

Na Figura 128 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na quarta estação (LAT-25º02'051S LON-47º55'149W) da radial 2. Nota-se na Figura
128 que a direção apontada pelo Valeport é sudoeste, e a maré se direciona para a
direção nordeste. Isto indica que está havendo neste setor uma maré enchente.
360
315
270
225
180
135
90
45
0
-45

Figura 128-Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_11h12min)

Na Figura 129 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade


de acordo com a profundidade, na referida estação. Na Figura 129 identifica-se um giro
de sudoeste para sul (SAH) do Valeport, o que indica que nesta região está havendo
uma maré de enchente.

0
0 45 90 135 180 225 270 315 360

-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4
Direção (m)

Figura 129 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_11h12min)

Na Figura 130 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.
0
0 0,025 0,05 0,075 0,1 0,125 0,15

-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4
Velocidade (m/s)

Figura 130-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_11h12min)

Na Figura 131 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na quinta estação (LAT25º02'067S LON047º55'262W) da radial 2. Nota-se na Figura
131 um giro no Valeport de sudoeste para nordeste, no sentido horário. Pode ser uma
transição entre maré vazante e maré enchente.

360
315
270
225
180
135
90
45
0
-45

Figura 131-Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_11h21min)

Na Figura 132 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade


de acordo com a profundidade, na referida estação.
0
0 45 90 135 180 225 270 315 360

-1
Profundidade (m)
-2

-3

-4
Direção (°)

Figura 132 - Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_11h21min)

Na Figura 133 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.

0
0 0,025 0,05 0,075 0,1 0,125 0,15

-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4
Velocidade (m/s)

Figura 133-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_11h21min)

Data: 27/07/2023 – Período: Vespertino

Na Figura 134 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na primeira estação (LAT-25º01'324S LON-47º55'102W) da radial 1. Na Figura 134 é
possível verificar que o Valeport se encontra apontado para a direção sudeste, o que
indica maré de enchente, pois está se encontra na direção noroeste.
360
315
270
225
180
135
90
45
0
-45

Figura 134- Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_14h30min)

A Figura 135 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade de


acordo com a profundidade, na referida estação. Na Figura 135 é possível notar que o
instrumento empregado está apontando para a direção sudeste, indício de que a maré
está na direção noroeste; ou seja, maré de enchente

0
-1 0 45 90 135 180 225 270 315 360
-2
Profundidade (m)

-3
-4
-5
-6
-7
-8
-9
-10
Direção (°)

Figura 135-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade


(27jul2023_14h30min)

Na Figura 136 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.
0
-1 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4
-2
Profundidade (m) -3
-4
-5
-6
-7
-8
-9
-10
Velocidade (m/s)

Figura 136-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_14h30min)

A Figura 137 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na segunda estação (LAT-25º01'346S LON-47º55'178W) da radial 1. Na Figura 137 é
possível identificar que o instrumento empregado se encontra totalmente na direção sul.
Portanto, a maré se encontra na direção norte, indicando uma maré de enchente.

360
315
270
225
180
135
90
45
0
-45

Figura 137-Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_14h44min)

Na Figura 138 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade


de acordo com a profundidade, na referida estação. Na Figura 138 é possível identificar
a direção apontada pelo instrumento, ou seja, para o sul, em toda a profundidade
medida.
0
0 45 90 135 180 225 270 315 360
-2
Profundidade (m)
-4

-6

-8

-10

-12
Direção (°)

Figura 138-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_14h44min)

Na Figura 139 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.

0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5
-2
Profundidade (m)

-4

-6

-8

-10

-12
Velocidade (m/s)

Figura 139-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_14h44min)

A Figura 140 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na terceira estação (LAT25º01'388S LON047º55'275W) da radial 1. Na Figura 140 nota-
se o instrumento apontando para o sul, apresentando um giro horário de para sudoeste
em profundidades maiores. Maré de enchente.
360
315
270
225
180
135
90
45
0
-45

Figura 140-Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_15h11min)

Na Figura 141 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade


de acordo com a profundidade, na referida estação. O giro horário identificado na Figura
140 é notado na Figura 141, onde ocorreu da profundidade 4m para 5m.

0
0 45 90 135 180 225 270 315 360
-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4

-5

-6
Direção (°)

Figura 141-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade


(27jul2023_15h11min)

Na Figura 142 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4
-1
Profundidade (m)
-2

-3

-4

-5

-6
Velocidade (m/s)

Figura 142-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_15h11min)

Na Figura 143 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na primeira estação (LAT-25º02'040S LON-47º54'825W) da radial 2. Nota-se na Figura
143 que o instrumento apontou para sul/sudoeste na maioria da profundidade medida,
o que indica maré de enchente.

360
315
270
225
180
135
90
45
0
-45

Figura 143-Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_15h39min)

Na Figura 144 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade


de acordo com a profundidade, na referida estação. Na Figura 144 nota-se que a direção
sul/sudoeste prevaleceu, indicando que a maré está na direção norte/nordeste. Maré de
enchente.
0
0 45 90 135 180 225 270 315 360

-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4

-5
Direção (°)

Figura 144-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_15h39min)

Na Figura 145 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.

0
0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,1

-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4

-5
Velocidade (m/s)

Figura 145-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_15h39min)

Na Figura 146 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na segunda estação (LAT-25º02'040S LON-47º54'924W) da radial 2.
360
315
270
225
180
135
90
45
0
-45

Figura 146-Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_15h58min)

Na Figura 147 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade


de acordo com a profundidade, na referida estação. Na Figura 147 foi possível identificar
um giro horário do instrumento, que apontava para sul na profundidade 1m até 3m e
girou para norte na profundidade 4m.

0
-45 0 45 90 135 180 225 270 315 360
-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4

-5
Direção (°)

Figura 147-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_15h58min)

Na Figura 148 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25
-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4

-5
Velocidade (m/s)

Figura 148-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_15h58min)

Na Figura 149 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na terceira estação (LAT-25º02'046S LON-47º55'046W) da radial 2.

360
315
270
225
180
135
90
45
0
-45

Figura 149- Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_16h08min)

Na Figura 150 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade


de acordo com a profundidade, na referida estação.
0
0 45 90 135 180 225 270 315 360
-1
Profundidade (m)
-2

-3

-4

-5
Direção (°)

Figura 150-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_16h08min)

Houve um giro anti-horário do instrumento entre 1m e 3m de profundidade. Na


Figura 151 é representada a variação da velocidade de acordo com a profundidade, na
referida estação.

0
0 0,025 0,05 0,075 0,1 0,125 0,15 0,175 0,2

-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4

-5
Velocidade (m/s)

Figura 151-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_16h08min)

Na Figura 152 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na quarta estação (LAT-25º02'053S LON-47º55'149W) da radial 2. Na Figura 152 é
possível identificar que o instrumento está na direção oeste, o que indica que a maré se
encontra na direção leste. Há um giro horário de oeste para norte em determinada
profundidade.
360
315
270
225
180
135
90
45
0
-45

Figura 152-Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_16h27min)

Na Figura 153 é apresentada a variação da direção dos vetores de velocidade


de acordo com a profundidade, na referida estação. O instrumento apontou oeste em
1m de profundidade, nordeste a 2m de profundidade e norte em 3m de profundidade.
Portanto, houve um giro no sentido horário.

0
0 45 90 135 180 225 270 315 360

-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4
Direção (°)

Figura 153-Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_16h27min)

Na Figura 154 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25

-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4
Velocidade (m/s)

Figura 154-Variação da velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_16h27min)

Na Figura 155 é apresentada a direção da maré do estuário de Cananéia, obtida


na quarta estação (LAT-25º02'045S LON-47º55'262W) da radial 2. Na Figura 155 o
instrumento aponta na direção nordeste, o que indica maré vazante, no sentido sudoeste.

360
315
270
225
180
135
90
45
0
-45

Figura 155-Direção dos vetores de velocidade (27jul2023_16h36min)

A Figura 156 é apresentada a variação da direção dos vetores de


velocidade de acordo com a profundidade, na referida estação. Na figura 143 é possível
notar que o instrumento aponta para a direção nordeste e a maré encontra-se no sentido
sudoeste. Portanto, maré de vazante.
0
0 45 90 135 180 225 270 315 360

-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4
Direção (°)

Figura 156 Direção dos vetores de velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_16h36min)

Na Figura 157 é representada a variação da velocidade de acordo com a


profundidade, na referida estação.

0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5

-1
Profundidade (m)

-2

-3

-4
Velocidade (m/s)

Figura 157- Variação da velocidade de acordo com a profundidade (27jul2023_16h36min)


5.Relatório de Apresentação de Resultados
6.Conclusão

Em conclusão, o estudo de um estuário fortemente estratificado é fundamental


para compreender a complexa dinâmica desses ecossistemas costeiros. A
estratificação termohalina, que divide as camadas de água em diferentes densidades
devido às variações de temperatura e salinidade, desempenha um papel crucial na
distribuição de nutrientes, oxigênio e vida marinha dentro do estuário. A estrutura
estratificada influencia a ecologia do estuário, afetando a distribuição das espécies e
suas interações. Além disso, compreender as características hidrodinâmicas de
estuários estratificados é essencial para a gestão e conservação desses ambientes,
especialmente em face das mudanças climáticas e das atividades humanas.

O estuário fortemente estratificado é um sistema dinâmico e sensível, que


responde às variações sazonais e antrópicas. Portanto, a pesquisa contínua e o
monitoramento são cruciais para avaliar os impactos das mudanças ambientais e
antropogênicas e para implementar estratégias de manejo adequadas. Em última
análise, o estudo de estuários fortemente estratificados não apenas enriquece nosso
conhecimento sobre a interação entre o oceano e a terra, mas também ressalta a
necessidade premente de preservar esses ecossistemas vitais. A preservação dos
estuários não apenas protege a biodiversidade e a produtividade marinha, mas também
beneficia as comunidades costeiras que dependem deles para sua subsistência.
Portanto, a gestão sustentável e a conservação dos estuários estratificados devem ser
prioridades em nossos esforços para proteger os ecossistemas costeiros e marinhos em
todo o mundo.
6.Referencias bibliografia
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https://hidromares.com.br/blog/blog-tipos-de-adcp/
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