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Geografia

O ciclo da água só é possível devido à energia solar (promove evaporação), à gravidade (água
condensada chegue à superfície terrestre), à temperatura; ao vento; à humidade, nebulosidade,
natureza da superfície de evaporação, natureza da área que recebe a precipitação.

Ciclo hidrológico: água dos oceanos e dos continentes evapora-se para a atmosfera. Aí a água condensa-
se, formando nuvens, para depois voltar à superfície terrestre através da precipitação. Na superfície
terrestre uma parte água infiltra-se no solo e sofre escoamento subterrâneo até chegar aos rios e lagos,
outra parte sofre escoamento superficial e outra parte é retida no solo pelos seres vivos.

Pressão atmosférica: força que o ar exerce por unidade de superfície (expressa em milibares), esta varia
com a altitude (altura maior, pressão menor), temperatura (temperatura maior, pressão menor) e
densidade do ar (densidade maior, maior pressão). Pressão normal é equivalente a 1013 mb, o que quer
dizer que pressões superiores a 1013mb são altas pressões e pressões inferiores são baixas pressões.

Carta sinóptica: mapa de síntese da atmosfera.

Isóbaras: linhas que unem pontos de igual pressão atmosférica. A partir destas linhas pode-se
identificar, nas cartas sinópticas, campos de pressão.

Curiosidade: o vento resulta da diferença de pressões (das altas para baixas)

Centro alta pressão (A): pressão aumenta da periferia para o centro, ou


seja, a pressão é mais elevada no centro; o ar desce em altitude, diverge na
superfície, afasta as nuvens.

Centro baixa pressão (B): pressão diminui do exterior para o centro, ou


seja, a pressão é mais elevada nas periferias. Ar ascende e converge à
superfície, formando nuvens.
Fig. 1. Andam em espiral devido aos movimentos da Terra

Gradiente de
pressão/Barométrico: variação da pressão na horizontal. É forte quando as isóbaras estão mais
próximas e fraco quando as isóbaras estão mais afastadas (mais vento).

Centros Barométricos: Origem térmica (devido às variações da temperatura noa ar ao longo do ano),
Origem dinâmica (movimentos do ar na atmosfera)

Força coriolis: qualquer partícula em movimento está sujeita a uma força que desvia. A força de coriolis
obriga ao desvio das partículas. No hemisfério Norte desvia para direita e no Hemisfério Sul para a
esquerda.
1.Térmica (resulta do arrefecimento do ar
em contacto com o gelo)
2.Dinâmica (resulta da convergência de ar
quente dos anticiclones subtropicais e do ar
frio das altas pressões polares)
3.Dinâmica (resulta da subsidência do ar
em altitude)
4.Termodinâmica (resultam da
convergência dos alísios, e das elevadas
temperaturas, que provocam a dilatação do
ar e o tonam mais leve).

Frentes: duas massas de ar que se encontram e batalham, pois como tem densidades diferentes não se
podem misturar (ar quente vs ar frio).

Massas de ar: polar marítima, polar continental, tropical marítima e tropical continental.

Frontogénese: formação de frentes

Perturbação frontal: conjunto de 2 frentes associadas a uma baixa pressão.

Quando a frente evolui para uma perturbação frontal é possível observar 3


setores: ar frio polar anterior, ar quente tropical e ar frio polar posterior.
Estes setores são separados pela frente quente (origina formação de nuvens
e precipitação sob forma de chuvisco) e a frente fria (origina nuvens de
grande desenvolvimento vertical que dão origem a aguaceiros e trovoadas).

Frente oclusa: quando a frente fria se junta à frente quente, fazendo o ar frio anterior e posterior
juntarem-se e o ar quente tropical ascender, dando origem a nuvens e precipitação. Isto porque o ar frio
posterior é mais rápido que o ar quente o que faz a frente fria avançar mais rapidamente.

Frontólise: extinção das frentes

Quais os processos que originam a precipitação:

Orográfica: ascensão do ar ao longo das vertentes das montanhas

Convergente: ascensão do ar devido à convergência de ventos numa determinada zona


Convectiva: ar ascende porque contactou com uma superfície quente e assim tornou-se mais quente e
leve

Frontal: ascensão do ar devido ao contacto de duas massas de ar diferentes

Gráfico Termo pluviométrico: representa variação da temperatura e da precipitação ao longo do ano.


Quanto mais curva da linha da temperatura maior é a amplitude térmica.

Normal: média nos últimos 30 anos

Variação Intra-anual (dentro do mesmo ano) é diferente de variação interanual (anos diferentes)

Um mês seco: barras da precipitação estão abaixo da linha da temperatura

Um mês húmido: barras da precipitação encontram-se acima da linha da temperatura

Distribuição precipitação Portugal

A precipitação aumenta à medida que a latitude aumenta; diminui do litoral para o interior. Os valores
mais elevados registam-se a norte do rio Tejo, no Noroeste (serras da Peneda e Gerês) e na Cordilheira
central. Os valores mais baixos registam-se no Algarve, na faixa oriental do Alentejo e no vale superior
do Douro.

Os fatores que condicionam a repartição da precipitação são a latitude, a altitude, a orientação das
vertentes e continentalidade.

Isoietas: linhas que unem pontos de igual valor de precipitação.

Clima Portugal: Clima Temperado Mediterrâneo.

Clima Açores: Clima mediterrâneo de influência atlântica

Clima Madeira: Clima mediterrâneo

Disponibilidades hídricas: quantidade de água disponível no planeta. As maiores disponibilidades


hídricas registam-se no outono e inverno devido à maior precipitação. As menores disponibilidades
hídricas registam-se na primavera e verão devido à diminuição da precipitação a partir da primavera. Em
termos espaciais as áreas mais húmidas, como o norte litoral e as áreas montanhosas registam maiores
valores de precipitação e as áreas mais secas, como o sul do Tejo registam menores quantitativos
pluviométricos.

Rede hidrográfica: conjunto formado por um rio principal e os seus tributários (afluentes- curso de água
que desagua num outro mais importante- e subafluentes). O relevo e o clima promovem um contraste
entre redes hidrográficas do Norte e do Sul. As do Norte são mais densas, com rios de maior caudal, que
escoam por vales mais estreitos, profundos e com maior declive. As do Sul são menos numerosas, com
caudal menor e mais irregular, e escoam por vales pouco profundos, largos e com menor declive.

Caudal: quantidade de água que passa de uma determinada secção o rio, por unidade de tempo
(m3/segundo). Varia com relevo, vegetação, precipitação, temperatura, permeabilidade dos solos,
intervenção do homem, …

Nos Açores e Madeira a disponibilização hidrográfica é nabal (consiste em ribeiras).

Perfil longitudinal: linha que une pontos do fundo do leito do rio, desde a nascente à foz.

Bacia hidrográfica: área total drenada por um rio e seus afluentes. Cada rio,
pequeno ou grande, tem a sua bacia hidrográfica. Separa-se das bacias
contíguas por divisórias continentais, geralmente constituídas por longas montanhas e outras regiões
altas. A linha da Cumeada define o limite de uma bacia hidrográfica. As maiores Bacias são Mondego,
Sando e Vouga.

Curso Superior: Domina o desgaste

 Vale V fechado

Curso médio: Domina transporte

 Vale V aberto

Curso inferior: Domina acumulação

 Vale em U

Balanço hídrico: resultado da quantidade de água que entra e sai de uma certa porção do solo em um
determinado intervalo de tempo. O balaço hídrico pode ser positivo ou negativo. As bacias hídricas do
Norte registam um balanço hídrico positivo (sobretudo a do Cávado e a do Lima) enquanto as do Sul
registam um balanço hídrico negativo (Guadiana e Sado sobretudo).

Escoamento: parte da água que escorre à superfície ou em canais subterrâneos.

Fatores que condicionam do regime dos rios:

1. Fatores naturais: clima, relevo, natureza do terrenos e vegetação


2. Fatores humanos: construção (ex. barragens), alteração da vegetação

A construção de barragens também possui vantagens: permite a criação de reservas hídricas artificiais
(as albufeiras), irrigação dos campos, captação da água para uso doméstico ou industrial, produção de
energia elétrica, desenvolvimento de atividades ligadas ao turismo.

As lagoas podem ter origem marinha e fluvial, glaciária, tectónica, vulcânica e de ação antrópica.

Aquífero: formação geológica que permite a circulação e o


armazenamento da água nos seus espaços vazios,
possibilitando o aproveitamento do homem. A existência
de aquíferos está relacionada à permeabilidade do solo
(formação pouco permeável: basalto, granito ou xisto;
formações mais permeáveis: arenitos e areias; formação
de calcário: a erosão química favorece a formação e
extensão dos aquíferos). Tipos de aquíferos: poroso (mais
produtivo), cársicos (2º mais produtivo), fissurado e vacuolar. A Bacia Sedimentar do Tejo e Sado é a que
possui mais aquíferos (72%- aquíferos porosos e um poroso-cársico) e o Maciço Antigo é o que menos
possui (7%- aquíferos fissurados). A Orla sedimentar ocidental e meridional possui aquíferos cársicos e
alguns porosos.

Vantagens aquíferos: não se reduzem devido à deposição de detritos; estão mais protegidos da
poluição, não sofrem evaporação e não exigem encargos de conservação.

Problemas associados à utilização da água resultam: da irregularidade na distribuição da água; do


aumento do consumo da água; dos problemas a nível ambiental: aumento da poluição (devido efluentes
domésticos, efluentes industriais, e efluentes agropecuários), eutrofização, desflorestação e salinização;
dos problemas no abastecimento de água à população; … Em Portugal há um desfasamento entre as
disponibilidades hídricas e as necessidades de consumo. As captações são feitas a partir das águas
subterrâneas e superficiais. No Noroeste, nas áreas rurais, há mais problema ao nível do abastecimento
de água domiciliária.

Os problemas ambientais criaram a necessidade de controlar a qualidade da água por isso houve: um
aumento do número de estações de verificação da qualidade das águas superficiais e um aumento do
número de estações que medem os níveis de aquíferos e que verificam a sua qualidade de água.

A Diretiva-Quadro da Água estabelece a valorização, proteção e gestão equilibrada da água. A


concretização do processo de gestão e de planeamento dos recursos hídricos resulta do: Plano Nacional
da Água, Planos de Ornamento de albufeiras e Plano de Bacias Hidrográficas.

Cooperação Internacional- Portugal e Espanha

A dependência de Portugal em relação a Espanha, devido ao facto da maior parte das


bacias hidrográficas e rios serem provenientes de Espanha, traz problemas como:
construção de Barragens em Espanha, aumento situações de cheias (quando as
barragens do país vizinho fazem descargas volumosas), armazenamento de água nas
albufeiras espanholas (o que provoca redução de caudais) , poluição de águas espanholas
que se alastram para Portugal, …

Assim o planeamento e gestão dos recursos hídricos em Portugal tem de estar articulado com o
planeamento e gestão dos recursos hídricos de Espanha. As relações luso-espanholas têm refletido os
resultados: da assinatura e entrada da “Convenção sobre Cooperação para a proteção e o
Aproveitamento Sustentável das Águas das Bacias Hidrográficas Luso-Espanholas” e da entrada em vigor
da Diretiva-Quadro da Água.

O setor onde a maior quantidade de água é utilizada é o industrial e os setores que mais desperdiçam
água são o agrícola e urbano.

Eficiência de utilização da água: (consumo útil: procura efetiva) *100

Procura efetiva: volumo efetivamente utilizado

Consumo útil: consumo mínimo necessário para determinado setor garantir a eficácia de utilização

Concretização do aumento do uso eficiente de água passa: Na agricultura- reutilização da água tratada,
transporte ser por condutas fechadas (diminui evaporação) e técnicas de rega; Na indústria- utilização
de tecnologias que reduzem perda de água e reutilização da água; No setor urbano- regulação do
volumo de descarga dos autoclismos para o mínimo, reutilização da água, utilização de máquinas de
loiça e roupa mais económicos e cuidado em manter equipamentos com boas condições (torneiras,
chuveiros, estejam sempre bem fechados para evitar perdas desnecessárias).

Qual a ação do mar sobre a linha de costa?

O litoral está em constante mudança devido aos movimentos tectónicos e variações climáticas, à
influência das águas oceânicas (agente erosivo através de desgaste, transporte e acumulação) e a ação
do homem. O traçado nacional é retilíneo com poucas reentrâncias. A erosão do mar provoca os ilhéus,
as grutas, as baías.

Quais os tipos de costa: costa de arriba (costa alta e rochosa), costa de praia (costa baixa e arenosa).

Como se forma uma arriba morta ou fóssil?


Principais acidentes litorais: Reentrâncias (Baías, estuários, deltas, …) e Saliências (cabos, …)

Delta: forma terminal de um curso de água


que desagua por vários canais. Resulta de uma
elevada acumulação de detritos transportados pelo
mar e que a ação das ondas e maré não consegue
remover.

Baía: reentrância do litoral em comunicação com o


mar

Restinga: cordão arenoso que resulta da


acumulação de seguimentos transportados pela
corrente marítima

Plataforma continental: unidade morfológica


contígua ao continente, ligeiramente inclinada, que se estende até a uma profundidade de 200m.

Possui águas pouco profundas, é luminosa (raios de sol), águas agitadas e ricas em oxigénio, recheadas
de plâncton, zona com mais peixes e com baixa salinidade (porque os rios desaguam lá).

A nossa plataforma continental não possui tanto peixe por ser estreita.

Corrente marítima: deslocamento de grandes massas de água.

Apesar das correntes frias serem as mais favoráveis para a formação de plâncton é nas zonas de
contacto entre correntes frias e quentes que se concentra a maior quantidade e diversidade de peixes. A
costa ocidental portuguesa sofre a influência da Corrente de Portugal, que é uma ramificação da
Corrente quente do golfo e tem uma direção norte-sul.

Upwelling: resulta da nortada (ventos do Norte) que é desviada pela força de coriolis, arrastando
consigo as águas quentes superficiais. Assim desenvolve-se uma
corrente de compensação, ou seja, as águas frias profundas
ascendem à superfície para substituir as que foram arrastadas pelo
vento. Assim há uma maior agitação das águas, uma descida de
temperatura, uma maior oxigenação, e maior quantidade de
plâncton e nutrientes. Este fenómeno é responsável pelas grandes
quantidades de sardinha, carapau e enchova.

Zona Económica Exclusiva (ZEE): prolongamento do Mar Territorial


até 200 milhas. Portugal tem a 3º maior ZEE da Europa, devido à ZEE das ilhas. Portugal tem o direito à
exploração económica dos recursos da sua plataforma continental, o direito de autorizar ou não as
explorações de outros países e a obrigação de gerir os recursos de forma sustentável.

O setor da pesca sempre foi vital para Portugal: é uma fonte de subsidência para muitas populações
ribeirinhas.

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