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PARTE I
A água cobre cerca de 71% da superfície do planeta e corresponde a grande parte da constituição dos
organismos vivos.
Influenciou desde sempre os itinerários das migrações humanas. As maiores aglomerações urmanas
localizam-se, geralmente, no litoral.
CICLO HIDROLÓGICO:
-acontece devido ao arrefecimento do ar em altitude (gradiente térmico vertical – 6,5C por cada 1000
m)
-dá origem às nuvens, forma-se através da aglomeração de moléculas de água em torno de partículas
de poeiras em suspensão
Ponto de saturação de uma massa de ar: máximo de vapor de água que uma massa de ar
suporta.
3. Precipitação
Acontece quando a massa de ar atinge um HR de 100%, quando a gravidade exerce a sua força
sobre as partículas em suspensão (nuvens)
5. Escorrência: água que faz o seu percurso na superfície terrestre (bacias hidrográficas, rios, oceanos)
O CICLO RECOMEÇA
NOTA: O ciclo hidrológico mantém mais ou menos constante a quantidade de água no nosso planeta.
Pressão atmosférica: força que o ar exerce sobre a superfície, medida em milibares (mb) ou
hectopascais (hPa) e cujo valor considerado normal, à superfície, é 1013 mb.
NOTA: isóbaras (linhas que unem lugares com o mesmo valor de pressão atmosférica, em mb)
CÉLULA POLAR
CÉLULAS DE FERREL
CÉLULAS DE HADLEY
NOTA: o ar circula sempre das Altas Pressões para as Baixas Pressões, por isso irá originar ventos
constantes ou dominantes que sopram todo o ano na mesma direção:
- ventos alíseos: deslocam-se das Altas Pressões Subtropicais para as Baixas Pressões Subpolares,
convergindo na chamada zona de convergência intertropical;
- ventos de oeste: deslocam-se da Altas Pressões Subtropicais para as Baixas Pressões Subpolares,
cujo sentido, influenciado pelo movimento de rotação da Terra, é predominantemente de oeste no
hemisfério norte;
- ventos polares: deslocam-se da Altas Pressões Polares para as Baixas Pressões Subpolares.
As principais diferenças sazonais devem-se à deslocação latitudinal dos centros de pressão. Devido à
variação anual da temperatura, motivada pelo movimento de translação da Terra, no verão os centros
de pressão localizam-se mais a norte e no inverno mais a sul.
EXERCÍCIO: Justifique a afirmação: “Durante o verão, Portugal é influenciado pela cintura de Altas
pressões Subtropicais, enquanto durante o inverno sofre a influência da cintura de Baixas pressões
Subpolares”.
- No solstício de Junho, a radiação solar atinge a perpendicular em relação à superfície terrestre na
região do Tropico do Câncer. Nesta estação, as Altas Pressões Subtropicais deslocam-se
aproximadamente 23 graus para norte, pelo que Portugal fica sob a influência destas massas de ar (ar
estável que origina estabilidade atmosférica).
- No solstício de Dezembro, a radiação solar atinge a perpendicular em relação à superfície terrestre
na região do Trópico de Capricórnio. Nesta estação, as Baixas Pressões Subpolares deslocam-se para
sul, pelo que Portugal fica sob a influência das mesmas (instabilidade atmosférica).
De modo geral:
- no inverno, as baixas pressões subpolares, com nuvens e mais precipitação e as massas de ar frio polar
associadas (ar polar marítimo e ar polar continental)
- no verão, as altas pressões subtropicais (principalmente o anticiclone dos Açores), originando céu
limpo e tempo seco, e as massas de ar quente tropical associadas (ar tropical marítimo e ar tropical
continental)
- durante todo o ano faz sentir-se ainda a influência dos ventos de oeste
NOTA: Portugal é influenciado por diferentes massas de ar (ar polar marítimo, ar polar continental, ar
tropical marítimo, ar tropical continental)
Massa de ar: grandes volumes de ar que, horizontalmente, apresentam as mesmas características de
temperatura, humidade e densidade.
PERTURBAÇÃO FRONTAL: conjunto formado pela associação de uma frente fria, de uma frente quente e
de uma Baixa Pressão.
Uma perturbação frontal é constituída por um setor de ar tropical quente, entre dois setores de ar polar
frio (anterior e posterior), verificando-se uma dupla ascensão dinâmica do ar:
- na frente fria, por efeito da interposição do ar frio por baixo do ar quente;
- na frente quente, por sobreposição do ar quente ao ar frio
Embora se desloquem no mesmo sentido, as duas frentes avançam a velocidades distintas, o que
influencia a evolução da perturbação frontal. A frente fria progride mais rapidamente do que a frente
quente, acabando por alcançar a frente quente.
FRENTE OCLUSA: frente resultante da junção de uma frente fria com uma frente quente.
É a evolução de uma perturbação frontal. A frente oclusa é formada quando o ar quente é comprimido
por altas pressões. O ar frio posterior junta-se ao anterior, fazendo com que a Baixa pressão se eleve e
deixe de estar em contacto com a superfície terrestre. Apesar disso, o estado do tempo continuará a
ser influenciado pela Baixa Pressão até à ocorrência de precipitação. Após esta ocorrer ficará sob a
influencia das Altas Pressões (estabilidade atmosférica).
“Tipos de precipitação mais frequentes” (p.146 do manual)
A intensidade e a duração das precipitações frontais são diferentes consoante se trate de uma frente
fria ou frente quente.
A superfície frontal fria provoca a subida do ar quente de forma rápida e violenta, por isso,
formam-se nuvens de grande desenvolvimento vertical (precipitações mais intensas de tipo
aguaceiro).
A superfície frontal quente provoca a subida do ar quente de forma mais lenta, originando
nuvens de desenvolvimento horizontal (precipitações menos intensas mas contínuas e de
maior duração).
Em Portugal, são mais frequentes este tipo de precipitações no Norte, frequentemente influenciado
pela frente polar.
Ocorrem, sobretudo, no interior de Portugal, durante o Verão, por influencia das Baixas Pressões de
origem térmica que se formam sobre a Península Ibérica.
As vertentes das montanhas constituem uma barreira de condensação, ou seja obriga o ar a subir.
A ocorrência deste tipo de precipitação é frequente nas áreas de montanha, nas vertentes expostas a
ventos húmidos. Nas vertentes opostas, o ar desce e aquece, pelo que a precipitação é muito menos
frequente.