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Ií8IEÃ

HIPTNIffiil
AnaintrnduçE
M.C.ABREU
L.MAÏIAS
L.F.PERALTA

>
Ií "".".*"o
unidades de base do Sl
(merro)
kg (quiosrama)
(sesundo)
Coíenteeléctrica
Temperatura
lermodnâmica (ke/vin)
Quanldâdêde matérla (mole)
lntensrdâde
uminosa (cand€la)

Constantestundamenlais
- l 6 0 2 1 7 73 3 x l O ' ! C
Constantede Avogadro 6.0221367x10"'moll
Constantede Planck 6.6260755x103"Js
Veocidad€da luz no vazio 2.997924 58 x 10! rn s'
Peímitividadeeléclricado vau o 8 . 8 5 41 8 78 1 7 x l o ' ' F n ì '
PermeabilidaderÌìagnéÌca do vazio I 256 637 061 )( lO" N Ín
Constantede Bo rznìann 1 . 3 8 0ô 5 8x l 0 ' J K '
constantede gravitação 6 . 6 7 25 9 x 1 0 " m t rk g r s "

ã ""="=* ,uü|
risr/,r
Í/,PInffiÍilItI
Anaintrl ilaçlo

M. C. ABREU
L. MAIIAS
L. F PERALTA
DEPARTAMENTODE FÍSICA
FACULDADEDE CIÊNCIAS
DA UNIVERSIDADEDE LISBOA

EDfÌ.RALH *."**
FICHA TECNICA

Título: Física EÌpeinental - Una IntrcduçAo


h)IoÍes: M. C. Abrcu, L Matias e L Perclta
Copyright @ by M. C. Abreu, L. Matias, L. F. PeÍalta e EditoÍiaÌ Presença.Lisboa. 1994
Capâ: Ca os QueiÍóz
CoíÍlpo6ição: Mulíínpo A es Cúfcar, Ua.
ImpÍ€bsãoe âcóamento: fip. Pctc\ Art.s Gnjfr.as
l.' edição,Lisboa,1994
Depósitolegaln.' 79 216,94

Reseívadostodos os direitos
pâra a líng!â poítuguesâà
EDITOR]AL PRESENçA
Rua AueustoGiÌ,35-A 1000LISBOA
interessados,caóti.os, tríticos, anoíos, ,
entusiastas,perspicdzes, ignoru tes ou s.ibìos
que estimutarcm a escita deste livro
Indice

Preámbulo l5
Introdução 17
Objeclivo e sequênciâdas expeÍiências l8
Organisrama do manual ... 20
Como fâze. urna expenência 20
Como deveser o losrool. 21
Como deveser o rela!Ònode umâerperiència 22
DXPERTÊNcrAs
0 Medição de gÌandezd eìementares 2' 7
I Estudo do pêndulo simples e determinaçãoda aceleraçãoda gravidade

2 Análiseeíau.rica dos dado\ de umae\peÍiênck 39


3 Osciloscópio, medição de ddp. tenpos e diferençâs de fase 45
4 Ci.cuitoseléctricossimplesI 51
5 CÍcuitos eléctÌicossimplesII 59
6 Qual seú a temperaturadâs nãos? 65
7 Vânos ouvir rádiol ..... '71
8 Obsenaçãoao longee ao perro. '71
9 Célìrlâfotovoltaicâcomo conversorde eneÍgiasotarem energiaeléctrica..... .... 8Ì

fêiturâ 1- AquisiçÃo,Análise e T.atâm€n.o de Dados 85


Aquisiçàode dadose rnsrrunenlos ... .. .......... 85
Análisedê dados 89
9l
9I
Enos acidentais. âlearórios ou estaúsricos 92
Enos absolutos e erros .€lativos 94
Análisee\Ldrisri.ador ems acidenràis ... ..... 94
HistogrlìIm e curvâs d€ distribuição 94
Definiçãode parâmetros estatísticos médjae desviopadrão........................... 96
Médias ponderadas 97
Resultadode uma medição 98
Inlen alo de confiãnça 99
Dislribuiçãode probabilidades 99
DistÌibuiçãobinomial r00
Distribuição d€ Poisson r00
Distribuiçàonomal ou gaussiúa l0l
Teorema do limite central 104
Distribuiçãor de Stodent 104
106
Reieiçãode ob,eryaçóes 107
Propãgaçáo de ero\ tol
O q u eç d oa l g a r i \ m ossi g n i f i c a t ' r o. s. . . . . . . . Ì09
Trêtamentode dados......... 12
Como estabeleceruma relação entÌe grandezas. |2
Mélodo dos ÍÍniÌnos quaúâdos ................................ 114
Métododos rnJnimosquâdmo* rpli*d. " v = rï...............................................
115
Coeflcienrede coÍreìaçào. 116
InreÍvaìosde confiânçanâ regre,sãolineü 116
Tesredo \' ... 117
Apljcaçãodo re"reX) em medÌdasrepetidâs. ............... 117
A p ì i c a ç ãdoo l e , r eX ' e m a j u s r e s . .. . . . . .. . . . . . 119
Gráficos .. .. 121
Cráfico" de relaçdesluncionai\ 122
Reìaçãoenúe lÌes gtrdeza, .. .. 125
GráÍcos sob'e valore.e\perimenraì5 126

Cábulâ pâÌâ ânálise de dâdo6 t28

Leiturâ 2 - Estudo do PêtrduloSimplss 131


Equaçóeç bâsicaie pequenasosciìaçôes......... 111
Períodoparagrandesoscilaçõe(... ... .... 132
Efeirosque alleramo valor do peíodo .. 134
\4ediçàoda aceìerdçãoda gÍavidade .. 136

Leilun 3 - RâdioacÍiüfude t39


Constiluint€s básicosdâ maté.ia e suasinterac{ões l4Ì
Lei do declíniomdioactivoe acrividade 142
Natureza eúatística do d@línio radioactivo 143

Leiturâ 4 - Circuitos El&tricos Básicos 145


Lei de Ohm ..................... 145
Inlensidadede coíente eléctricâ....................................... t45
DiÍeÍençâde porenciâìeléctricoíddp\ . . I45
Re'isrênciâ.... t45
Análi\e de circuiro\ Ì4ó
Lei dos nós e das malhas t4'1
A'sociaç;o de íesi.ten(ias 148
Divi'ores de len.ãoe de c 148
PrincÍp;oda sobRposição t49
Simplificaçãode circuitos,modelode Théveni. .......... 150
Porencra... ... 150
S i n a r se l é c t n c o s . . . . . . . . 151
Condensador..................-.. 153
Associaçno de conden(ado t54
Como medú câpacidâdes . 154
C â r g âe d e s c â Í g â dcoo n d e n s a d o Í . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . t55
Potêncianum cúcuirc capacitivo ... ... .... 156
Apücaçõe'de circujroscom elemenlosRC 157
Circuìrodiferenciador 157
Ctrcurtorntegrador t57
Frlúo'.......... 158
160
A'sociaçàode Indutores... 161
Como medn induLáúcEs. . 1ó1
P o l e n c i â n u m c r c u r tnod u t i v o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ió1
CiÍcuÍo ressonânre RLC .. 162
TransÍormadores 1ó4
RepresenÌâçãocompÌexa dâ ddp e da conente aìtema 165
I e r d e O h m s e n e r a l i / â d a I m p e d á n c i.a. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16ó
Díodo.. ... ... r67
Cârâcrênsüca
ddp-comnre... ........ 168
Aplrcr'çoe'dos díodos....... 170
Re.rificaçáode meiâ-ondâ .. 170
R e c r i f i c â ç ã o c oâml i r â r n e n t o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171
RecriÍicaçáode ondacompìerâ ... ... ... ......... tll
Tipo. de dÍodo t72
Drodosde "inal l'72
DíodosZ.ener 172
Diodosemi"soresde luz [-ED ................... . l'73
D r o d o sd e c a p a c i d â dr d e á ! e l . . . . .. . . . . . . . . . .
Transístor............ 173
Amplrficadoroperacional t76
Ci'cuiro compaÍadoÍ r'17
Realimentaçào t78
Amptficador ìn!ersor.. l't9
Amplificadornào inve6or 180
Dimensionamento dasÌesistências 180
da malhade reâlinentação...............................-.....
C n c ü i r os o m d. . . . . . 180
C i r c u i r os e g u i d odre l e n s ã o 181
Leirürâ 5 - O que é Temperâlura ............. 183
E$alâs de lemperatuÍa 185
hscâlââbsolurâde temperatura.... .... ... ... 185
Escala"Celsiuse faìrenheit . -. . t86
Medidoresde rempeÍauÍa. 187
T r d s d u r o r er' e s i s r i v odse l e m p € m t u â . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . t8'7
Termómetro5 de junção*miconduloÉ .... 189
Leitura 6 - Ondâs l9l
Equa\ãode gopagâçãodasondas ... 192
Onda' hmónicas ............ 193
Onda"de Rádio- moduldçãoem mpìirude 194
Prorundidade de modulaçao r96
Sinroni/ação.. t97
Desmodulação em amplirude .. l9'7
Modulaçâoem ftequênciâ. 198
UÍn olhar sobreos ádio! da acruaÌidade.... .... .. 198
Leiturs 7 - Ópdcs GeoméÍÍic! .. ............... ..........
...... 201
Propriedades dâ ìuz visÍvel ... ... .. .. .. .. 202
l-renrede ondae raioslumi 202
Reflexáoe Íefractãodd lu 204
Reflexàolotal dâ luz ......... 206
Formaçáode imagenscom e\pelho' plânose esféricos 206
Equâçãodor espelhosesléricose ampliaçâo 2E
Pri.Íra, .. ... 210
Reflexãototal ros pri.ma. 2t1
l - i b É só p ü c õ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211
LentesconvergenFse dirergenle\ .. .... .... 212
Equâçãodds lenlesdelgâdase ampliaçáo 214
Sislemâ\ópr'cos. .. 215
O l h oh u m a n o. . . . . . . . . . . . . . . . . . 215
Oculor .. 217
Ampliaçàodnguld .... .... ... 217
L u p a . . . . . . . . . . . . .. . . ....... 2t8
Oculde'.. ... ... .. 2t9
M;qurna Íorográlìca 219
Associaçãode lenlesnâ conslruçãode apúelhosóp1ic 220
M i c r o \ c o p i o. . . . . . . . . . . . . ....... . . . 220
T e ì e ( ó p i o . . . . . .. . . .. . . . 221
B i n ó . u l o ' . . . .. . . . . 223
AbeÌaçòe"na\ lenres 223
Leiturâ 8 - Célulss Folovoltâicâs.. ........ 225
Semicondurore' 225
Efic êncrr'da' (elular fo(orolrri.rs .. 230
O SoÌ como fonrede eneÍgra.. 231

Apêndice | - O Osciloscópio .. .. .... .... .. 235


F u n c i o n a m e ndt o o s c i ì o s c ó p .i o.......... ................ 235
Tubo de rr'iô. carcjdico.e c!rcurlode enrndl 235
VJÌimenro e //i88?f. ... ... .. 23' 7
O \ c i ì o s c ó p idoe I ' J c oi m p l e \ e d u p l o 240
Reguldiie. e opçde' 211
R e g u l a ! àd o o p o n r ol u m i n 211
EnrÌada\ 242
Modo Y-T . .. 243
\.,ÍodoX-Y .. ... ........... .. 214
Grandezas que se podemmedir di.ectamenlecom o osciloscópio................
................ 214
Tensõe\Lonlinua. 244
TensÕe'alrerr." periddica 244
Inrencidzde de coÍÍente ... .... .... .. 245
Diferença de fase entr€ dois siDaisde igual frequênci 245
MediçÃodâ Íazãode fiequênciisde dois sinâis fisurasde Lissajous................ 24' 7
P o na d e p ' o \ â . . . . . . . . ..... 248
Apêndice2 - MulÍmetros 249
Multímetro anâlógico 249
GalvanómetÌod'A.sonval 249
Ampenmeúoa1âlogico 250
Voltímetro a.alógico 251
Oìmrmetíodnâìógico ... .. 252
253
Multimelro di8jt21 253
AÉ.dice 3 - Fontesd€ Tensãoe de Corr€nte El€.trics 257
257
259
Apètrdice 4 - Medidor€s de CompriÍnen.o 261
261
CrareiB 262
Micrómerro ou paler... .... ... ... 263
Apêndices - Det€.tor celger-Multê. 265
Apêndic€6 - Segürançâno Lâboratório 26' 1
NoÌmas pâÌa equipâÍnento elécrÌico
267
Nomas pârâequipânenromecânjco...................
268
Nomas pârâprodutosquímicos 269
Nomas parâ produros râdioacrivos e radiâçõesionizates 269
Nomas para enissores de radìação não ionizanre 271
271
271
RegÍâs gerais €m .eìação a rodos os perigos 271
|

ExpressõesMatemáticas... 275
Potênciâsde dez e noraçãocienrífica 2' 75
Potênciâs e logarirÌnos 275
PeíÌnetÍos, árease volumes 276
Funçôeslrigonomélricasbásicasdo ânguloO 276
Relaçòe\trigonomérricò .. ... 216
Desenvoìvimento em série 2|' r
Denvadaç
2' 78
Tnregrar 278
Númeroscomplexos................
279
\oçáo de angulosól'do
280
Sistena Intemacionalde Unjdades(SI) 281
P Í e f i \ o .d o s m u l r i p l oes s u b m u l | l p t odse u n i d a d eSsl 281
Desisnação de números srandes 2al
Resumoda. grandezas de ba\e do St ... ... .. 281
Grandezas e unidãdesde basedo SI 282
GÍande/a' e unidadessuplemenrêre\ do Sl ...... 283
Drmensãode uma crandera Frs.ca ....... .. .... 283
Grandezase unidades deÍivâdas conenres em física 284
ConstantesFundamenraisFÍsicâs e Malemáricas
286
Fâclores de Conversãode Unidades pâra Sr 286
Símbolo.Crálrco\ paíaCireuilosÉtêcrrico.usadosne,re Manual 28' 7
Códisode Leirumde Resisrênciâs 288
Códigode Leilura de Câpâcjdades 289
Acelerâçãoda cravidadeem Vários Locaisda Tena (âo nívetdo mar) ......................... 289
E.pecfio de FrequénciadasOndasËtec|Jomâ8né, ica5...... 290
Bandasde râdiof.equência............... 290
Cor e coÌÌprimentode ond 290
Tabelâ de Probabilidade dâ Distribuição Normâl Reduzida
291
Tab€lade Probabilidade da Disbibuiçãot de Student 292
Tabela de Prcbabitidâde da DistÌibuição X1 293

Bibliografiâ 297
PÌoblemas R€solyidos 301
Indice Analítico 313
Preâmbulo

os últimos anos a Física Experimentâl tem começado a ser Íeconìecida como


irnprescindível a uma modema formação dos estudantesquer de Física quer de
outraslicenciaturas em que a Físicase revelanecessáÌiâ, além do maispoque possui-
dora de todo um conjuntode técnicase instrumentosde medidaimpÍescindíveisao
desenvolvimento de muitosdomínioscientíficos.
Contudo,seé raroencontrarnasprateleiras dasljvrariaslivros científicos,maisraÍo
e aindaa píesença de obías\obÍeFrs'câF\perimenral. ldcnicac.
\4etodo'e ln'úumen
los.Os temasexperimentais, quando exjstem,sãode caÍácterdivulgativoe com o objec-
tivo de suscitaÍno grandepúblicoo interesse pelaCiênciaapaÌtiÍ de experiênciâs diver
tidas,O livro que escrevemos prctendeproporcionaraosestudantes dos primeirosanos
de cursosuniversitárìos com disciplinasde Físicaum âpoio à rcalizaçãode experiên-
cias e à suainterpretação.
PaÌa aìém de queÍermosdÍ umâ respostaà ausênciade um texto de índole experi-
mentaÌtivemosaìÍda comomusainspiradorao factode quaÌqueÍumde nósseter diver-
tido e aprendidonâslongashorâspâssadas nos laboratóriosde ensìaoou de investigâ-
ção tentândoescaÌpeÌizâr a Naturcza.Pensamosque a experiêÍcìaadquìddâe o gozo
vivido devemsertransmitidosâosÍossosestudaÍtes,Não quercmosesconderqueumas
tantâsvezesnos depdmimoscom a rebeldìadâ Nâturezaou com o fiascodas nossâs
ideias.
O manualqueconseguimos escrevernãoé o golpedegéniodo fim do século.Quase
tudo que aqui se encontrapode ser lido em váÌioslivros e manuaìs,especialmente nos
ediÌadospor universidades inglesase americânas. A vantagemdestetextoresideem ser
feito com baseno conlìecimenÌo que temos do currículo das licenciaturâs em Física no
nossoPaís,da preparação com que os estudantes chegarnao primeiro anoda Universi-
dadee do equipâmentoexistente,facilmenteadquirívelou que se pode corÌstruirnos
DepaÌtamentos.
Como elem€ntosecundiírio julgamosser de gmndeajìrda,paÌâ nós e paraos estu-
dantes,a existênciâde um texto que pâÌa além de um conjuntocoerentede experiên-
cias rcúnaos inúmerosacessórios indispensáveis à vida de uma experiênciatais como
indicaçõessobÍeos instrumentos maisutilizados,labelasmatemáticas, métodosde aná-
lise estatística.
unidades.constantes. etc.
Estelivro deslinasea acompanhar o estudante no seuprimeirocontactocom a reaÌi
zâçãode experiências, isto é, considenmolo como textode âpoioao primeirocursose
mestÍalde FísicâExperimental.A suâexistêncianão deve ser um convìteà preguiçâ: l5
o estudanteDãodeveprescindirda suâpesquisanosÌivÍos que estãoÍo laboratórioou
na bibliotecâ.vendocoisasque nos escaparam ou Ìevianamente consideramos menos
imponântes.A bibliogrâfiâ propostasobreoutms experìênciastem por objectivo incenti-
var a realização de úabaÌhos diferentes dos propostosneste manual.
Não podemos terminar este preâmbulo, sem relembÍar todos os coÌegasdo Depar-
tamentocom quem coÌâborámos nasdiversasfísicasexperimentais, ao Ìongode vários
anos.Com elesdebatemos inúmerosproblemasque abordamosnestelivro. Como deve
funcionar um laboratório, que experiênciasfazer e como as fazer. como e quandoas au-
tomatizar,que avaliaçãoé desejáveÌnosculsoslaboratoriais,tudoisto foi remade dis_
cussãona pÍeparaçãodasaulase no seudecurso,em gruposde trabalhoe comissõese
quantasvezestambémargumentodâsconversasao café_
Este Iivro é tâmbemreflexo do empenhamenrodo Departamenlode Física no d€sen-
voìvimento da componenteexperimental na apÍendizâgemde Física.
A colega Margarida Cruz um agradecimentoespecialpeÌa colaboraçãona experiên-
.
cia e na leituÍa sobre céÌuÌas fotovoltaicas,
Agndecemos à Junta Nacionaì de Ìnvestigação CientíÍica e Tecnológica o âpoio
Festado à pubÌicação deste livro.

Os Autores
Conce4ãoAbreu

16
Introdução

O fio condutordestetexto é baseadonos seguintespontos:


. A importânciade ensinara fazer experiências com rigor e submeteÍos resulradosà
análisematemática:
r O conhecimentosobrea Física é o resultadode anosde Experimentação.Recordemos
que a CiênciamodernacomeçoucornGalileu,consideüdoüm experimentalisra por
excelência, e que os Fémios Nobel da Física dos últimos anos foram concedidos a
expeÍimentalistâs, J. Friedman,H. Kendall e R. TayÌor (1990), P Genes(1991) e
G. ChaÌpak(1992)i
. Os estudanteschegamà UniveÍsidadecom um contactoepisódicooü nulo com o
Laborarório.nàoesrandopoíânro habiiuâdosao FAçe vOCÉ VeSVO:
r A Física pode ser feitâ no laboratório, este não é um mero local de confimação. Se
bem que possuidores de escâssos conhecimeotos túÍicos (considera-se
como baseo
décimo primeiro ano), os alunos podem progrediÍ nos seusconhecimentosrecorrendo
à experimentâção;
r Os esludantesestão ansiosospor fazer física experimeÍtal, e portanro não é boa poli
tica t-azerda apÍendizagemde base algo de muito aboúecido;
. A físicâ experimentaÌcomo qualquer outro tipo de aprendizagemenvolve o conheci-
mento e Feino de um ceÍto número de técnicas, que habilitam o aluno a fazer expe-
rìências pÍodigiosas. Esta aFendizagem de bâse é inevitável em qualquer tipo de
estudo, é como o estudo do solfejo por que têm de passaÌ todos os aspirantesa mú-

r Medir uma grândezaimplica tomar dados,controÌar o valoÍ obtido e saberÍepresen-


tar o resultado de modo a obtermos uma rápidâ informação sobÍe o fenómeno em
observação;
I Hoje quasetodas as gmndezasse medem com tmnsdutoreselectricos, o que explica
a ênfasedada ao estudo de circuitos electricos:
. Apesar de vivemos num mundo fortemente automatizado,o primeiro contacto com
a expedênciadeveseÍ,na nossâperspectiva, o maismanualpossível,paraqueo estu-
dantesintabem a Íealidadee as dificuldâdesquer no manuseâmento dos insirumen-
tos quer na interpÍetação dos resultados.Uma segundadisciplina experimenral deve
introduzir a automatização,quer na aquisição quer na anáììsede dados.

Respeitando os pontosenumerados, temosaindaos constrangimentos com que nos


confÍontamos ao elâboÍar um currículo laboratorial Dala ser usado no DrimeiÍo ano de
l'7
uma licenciatuü:
r O grande número de alunos, e a fâlta de docentes€ de laboratórios obdga a sessões
de Ìaboratório de duas ou três homs, sendoo ideâÌ quatro horas ou mesmo uma manhã

I As turmas de laboratório têm em geral quinz€ estudantes,trabalhandoem gÌupos de


Í€s, exisÌindo apenasum docente no laborarório. Este tem sido o modo clássico de
funcionamento e nada nos leva a prcver uma alteração se bem que oufos modeÌos
fossemDossíveis:
. A presençade um só docenteparacinco giuposde alunoscom poucaexperiênciade
Ìaboratório exige, parâ evitaÌ a dispersão do docente e incentivaÌ â jnterajuda entre
os estudantes, que o trâbalhoa execuÌarem cadasessãosejao mesmoparatodosos
gnrpos.O trabalhoseria muito mais profícuo se nos ÌabomtóÍioso pÍofessorfosse
coadjuvadopor um monitor;
. A realizaçãosimultâneado mesmotrabâlhopor cinco gnrposimplicâque o mateíâl
envoÌvidosejâ de baixo custo(de modo a permiÌir a sua muÌtipÌìcação);a inexpe-
riênciadosestudantes aconseÌhâ que sejasimultaneamente, sìmples,robusÌoe de fácil
reparação;
r O esÌudante deveseresiimuÌadoa fazerexperiências, logo nãodevesgntiÍ-seexcessi-
vamenteincapazperantea propostade pesquisa.As experiências concebidasnãode-
vem serdesnecessariamente comDÌicâdas. devendoincidìÍsobreassuntos ìnteressanles.

Assim, a escolhadasexperiências a incÌuir tem muito particuÌarmente


em contaa
necessidadede susciÌaÌo inÌeÍessedo estudântepeÌa FísicaExperimenlal.tendo em
atençãoos objectivose os constrangimentosenumerados.

Objectivoe sequênciadas experiências

As experiênciâs
a Íealizarsãoapresentadas à seguinÌefilosofiâ:
em blocos,obedecendo

r Um bÌoco zero iÍiciará o esírdantenâ mediçãode grandezascorrentescomo sejam


comprimentos, mâssas.densidades, tempos.Éstebloco poderáser ou não serexecu-
tadoconsoanteos conhecìmentos dos aÌunos:
r o primeiro bÌoco,ao píopôr uma experiênciâcomo â do pêndulosimples,confÍon-
Ìará o estudântecom a medição de uma dada gÌandezâ,nesle câso a aceleraçãoda
gravidâde-Tendo em atenção o vaìor que lhe é coÌrentemente atdbuído e as varia-
çõesque estagrandezasofrecom a aÌtiÌudeé fáciÌ coÍstâtã quãonecessiíria é â atÍi
buição de uma inceÍezâ ou erro à medida efectuada.O estudoda aceÌeÍaçãoda gravi
dadeem funçãode outrasgÍandezaspermitiráintroduziro estudantenâ construção
de tabelase traçadode gráficosusandométodosde ajusteÌiÍeaÌ. Noçõeselementa-
como médiae desviopadÍão,e determinação
Íes de estatística, da ìncertezacom base
na propâgação de errossão usadasne\rape.quisai
I O segundoblocopermiteao estudante progredirna análisedosresultados,introduzin-
l8 do através de uma €xp€riência de contagem de desintegraçãoradioactiva a noção de
distribuiçãonormale de testesde confiança.Estaexperjência, envolvendonoçõesele-
m€ntaresde üsica da estruturada maléria,conduza uma incuÍsãonos domíniosda
micÍofísica,mundosemprcfascinante;
: No terceirc bloco, a rcalizar em várias sessõesde laboratóÍio, consoantea prepara-
ção do estudante,manusear-se-ão as gmndezaselécúcas mais vulgarese os ciÍcui-
tos electricos básicos,que irâo permitf posterioÍmente a construçãode transdutores
eléctricos, Íecessários ao estudo de outÍas grandezasou fenómenosfisicos não eléc-
tíicos como a tempeÍatuÉe as ondaseÌectromagnéticas;
r As experiênciasdos blocos quatro e cinco pÍopõem a determinaçâode duas qrande-
zas:a remperatura e a frequénciade srnlonizaçáode umaestaçàoàe rádio,recãnendo
â transclutores,utilizandoas noçõesde circuitosobtidasno terceircbloco e a análise
de dados do primeiro e do segundobÌocos. Consequentemente,peÌmite uma integra
9ão dos conhecimentosobtidos anteriormente;
I O bloco seis serádedicadoà óptica geométricaem que os olhos funcionamcomo
transdutor naruÍaÌ. Este bloco permite âquelasexpe.iênciâs simpìes.que seriam pos_
siversem qualquerescolasecundária, como sejâa constÍIçãode protóliposde teles_
cópiose microscópios.A compreensão do que é a reflexãoe a refracçãoe a medida
de distánciasfocaisseráoelemenro.de bare que po,sibiliraÍàoa .on,!rÌ,çáqde rai,
prototipo.. fsla erperiência podr serenriquecida com risirasde esrudoaàsrele.crj_
pÌosqueexlstemem quasetodasascidadescom Observâtórios e cuia existênciaDassâ
despeÍcebida a maiori,ictosestudantes.
. O bloco sete serádedicado ao estudo da transformaçãode energia solar em eléctrica
rccorrendoa célulasfotovolraicas. A compreensão do funcionamento dascéluìasen_
volve um pouco de física da matérjacondensada e noçõesde mecânicaouântica.

Em cadaexperiênciaexisre:

r Uma introduçãoresumidasobreo objectivoda pesquisa, quedevesersemprecomple_


tadocom o esrudode uma ou váriasteirurasou apendice,do manualdividamenre
referenciados. permilindoumacompreenjãoda FÍsiia envolvida,o funcionamenro dos
instrumentosde medidanecessários e rcferindoa bibliografiâ.A Íemissãodo desen-
volvjmenro teórico pâra outÍa paíe do livro destina_sea evidenciar â tarefa Ìaborato-
rìâl propostâ;
r Várias propostasde medidas â realizar:
. SugestõessobÍe o modo de repres€ntare tratar âs mediçôes feitas:
. lJm dadondmerode exercÍciosque simulamas medidaselecruactas. com o obiectivo
de cridr o e\pírilo de que do modelo físicoesráa.socradoum moclelomatemàricoe
que estemodelofísico/matemático permitea simulaçãode qualquerexpedência.Os
exeÍcícios Ìêm todos resposta,com o objectivo de comunicar um pouio de veloci-
dade inicial. os etercìciosassinatâdoscom Z eqLãororâlou paÍcialmenrereqolvidos
no ftm do livro:
r Experiênciasassinaladas com um ou mais asteriscos *, conformeo smu de dificul
dade.poderàoserereculadasem funçáoda disponibrljdade de tempo,-dorntereçse do
estudantee do equipamentoexistente;
. ExperiênciassiÍnplesassinaladas com índicezero (0), aconselhadâs aos estudantes 19
que ao Ìêlas as consideremúteisno confrontocom os seusconhecimentos pessoais,

Ao reexamìnaros blocospropostosvemosque esteconjuntode expeÍiênciassim_


ples permÍe contacrârcom váÌioscâmposda Física:mecânica(pêndulo),eÌecrricidade
e ondas(sintonizadorde ondasrádio), lermodinâmica(empeÍatu.a),Íadioactividade
(estâtísticade contagem),astronomia(lentese construçãode instrumentosde óptica),
tïsicado estadosólido(célulafotovoltaicas),
facultandonãosó umaaprendizaEem lâbo_
rdtorialcomo um conhecimento de lenómenosfìstcosinteressantes.
Muitos ouúosgruposde experiênciâs podiamserproposros, privilegjandooutrasop_
ções.A nossapode ser descÍitade modo resumidocomo: fazer exDeriências viaianão
pela Fr.r(a com meiosecondmico!.
Nâ paÍe dedjcadâàs noçõesde Físicanecessárias à pesquisasomosomissossobre
a in'erçáohistdnca. Os erruJrnte.tèm em quasero<ta. i. licenciarura"discipl,nas
de
HistóriadasCiênciasondeé ânalisadaa evoluçãodesta,não sendoem aeralmenosDre_
/ado' o. fâctore' poljrico'. econdrÍìrco.e \ociai. que influenciaramo i.u a."en,otui
mento,e comoo Fóprio desenvolvimenÌo daCiênciaactuousobÍeos fâctorcsenuncìados.

Organigrâmado manual

Estemanuâlé compostode quâtropartes:

A pÍimeiraparte,assinaladacom umaredecinzento_cl?iro,
é dedicadâà descriçãodas
experiêncìas.
A segundaparte,assinalada a é um conjuntode Ìeiturassobretemas
de Íïsicae análisede dados.
& A tercerrâparte, na forma de âpêndices,engìoba notas sobre os insrrumenrose
métodosfreguenlemenreenvolvidos nas experiências.Encontrâ_seassinalâdaa
K
r A quaÍa parteagrupaas tabelasde consrantes. facroÍesde conversão.iAualdades
e
e\prei\òe\m0remálicrs. .i'remade unidrde,.isroé, rLrdo
o queoen,rmo,focilLa,,r
viJr no jabôr!rorio
e e.r; ,.,in,t"Aa c $@@

Como fazer uma exDeriência

Quandose faz uma experiêncìaváÌiascoisasa podemrentabilizare convémque o es-


ludânteâs conlìeçaparaas não descurare rirar o melhor proveitodo esforçodispen,
dido. Em primeirolugardeveter-segostoem reaÌizâra experiêncialUma u", o...n"hi_
do e're requi'ito.Ì,m ouro que a pímeirr virrapodeparecer dercubido e o àe rerurn
lìvro de bordo ou logàdílÈr.Finalmente.é necessáriopreparaÌa experiência.
Mas o que é pÍepararuma experiênciâde Física?
20 Uma vezque algo nosintrigaé naturalquecomecemospor pensarquâla Físjcâen-
voÌvidae aÌinharÌrmasrantasideias.A segììirdevemosreflectirsobreo mâteriaia usar
a suadìsponibiljdade, constmçãoou âquisição.para aferirmoso que sabemossobreo
quequeremosexperiÌnentar e seasopçõesfeilâsfoÍam asconvenientesdevernoscontrc-
Ìe|Ìmatematicamente o fenómeno.Devem serfeitos ciíÌculossobreos valoresmínimos

rUsaÊhos o itálicopara os temos eírangeüos.


e máximosque as grandezaspodem tomar,estabelecidas relaçõesprováveisentre as
grandezas e resolvidosalgunsexeÍcíciosrelacionados com a experiência.
A medidaque vamosreflectindonesrascojsâsvâmostomandoapontâmenros eo
locâl ideal parao seuregisÍoé o logbook.
No casoconcretodasdisciplinasde físicâexperimentalou aulaspráticasquandose
vai paÌa o lâboraÌóriodevejá exisrir um esboçodo que se prerendefazer O início da
sessãoó o momentopropíciopaÍaesclarecimento de dúvidâssurgidasaquandoda prepÂ-
raçãoda experiênciâ.Seguirse á ulìa avaliaçãodo marerial disponívelc a suadìspo-
sìçãode modo a permitlr as mediçõesprevistâse a trâDscrição pÂrao lí)gt7oo&do es-
quema geral da experiênciae das caracrerísricâs reìevantesdo mâterjal urjlizado.
Procedese às mediçõesrcgistândoos valores,devendofazer-sealgunscáÌculos.âinda
que pÍeliminares,pâraver sc os Íesultadosque se cslãoa obÌersãocoerentes coìÌ o que

No início do cursoos estudantes sentem-seinsegurose poücohabjli!âdosa mexer


nosapareÌhos. A aÌiludca tomâré vencerestesÍeceiose com cuidadoe bom sensoteD-
tar fazeras ligaçõesc mexernosbotões,lendosenpreas legendas que os acompanhan.
Uma vez tìnalizadasas medidâsprocedese ì construçãode tabelas,âos cálculos
precisos,ao traçadode gráficos.etc. Finalmcnte!irarÌ se coìrclusões
sobrea expcrjôÍ
ciâ efècluadÂ, leceìì se críÌicascasoseja necessário
e discuÌe-secom o pÍotèssore os
colcgas,no Ìaborâtório,coffedorou bar.os rcsulladosobtidos.
Sc o resultâdoobtido for poücoortodoxoou se a experiênciafalhar é necessárjo
s,ìberâvâÌiaro que se passou,podendoeÍa análisesertão interessânte como o sucesso.
A medidâque o cursoprogridee sc adquiremmâisconhecimentos as experiências
serãomâis aÌrâentese o lâboratóriopâssâráâ ser um local agrâdável.

Como deve ser o ,ogáoot

Cadcmode caparígidâ pararesisÌira um semestre de ÌâborâtóriosemteÍ um aspecto


de velhoc podeÍserguârdadonumaestantepamusopoÍerior em quaÌqucrdâsdisci
plinasde lisica experimeìrtal:
As folhasideaissãoquadricuÌâdas alternadas com algumasde papelmilimétrico,pcr
mitindo uma apresentacão arrumadados cálculos,a construçãode tabelâse esque
massemrccorrerà régua.A presençade folhasde pÂpelmilìmétricotornÂmâisrigo
rososos gráficosdesenhados;
Apesardo trabalhoser realizadoem grupo,cadâelementodeve ter o seu câderno, 2l
pois no fuÌurocadaum vaiprecisardoselementosneleregiÍadose serácómodonesse
momentoter o seuld8bodi
Respondendo ao argumentode quedurantea aula,por faltade tempo,seescreveÌudo
desordenadamente, propõe-seque uma paÍe do caderno,sejautilizadapaÌaos regis-
los feitos aquando das medições,isto é, que se crie uma zona de râscunho,tendoo
cuidâdode ÍegistâÌâ datae a experiênciâa que se referem-Podemfazer-seÍegistos
em diasdiferentese convémnãomisturaÌtudo semprimeiroanalisarseforamrealiza-
do' nasme(mascondiçòe\e 'e penencem à me.mae\penència:
I A existência de lrgòork evita, porque em parte os substituì, a realização sistemática
de reìatórios.guardândo-se eslesparasituaçóesespeciaisl
I No examefÌnal pode ser considerâdocomo mais um eÌementode avaliaçãodo trâba-
lho desenvolvidopelo estudanteduranteo ano;
r A extensãodo uso do logóool a todas as físicas experìmentaispeÍmitirá ao estudante
ter um ópiimo instrumentode trabalhono fim dâ Ìicenciâtura,que serásem dúvida
útil paÌaos qu€ seguirema opçãode FísicaExperimentâÌ.

Como deveser o relatório de uma experiência

Realizadauma experiêncìadeve elaborar-seum ÍeÌâtódo sobre o objectivo da sua


reaiização,registoe discussãodos Íesultadosobtidos.O destinodesterelatóriopode
ser a publicaçãonuma revista, a apresentação numa conferêÍciâ, o ins[omento de
basepam uma discussãocom o professore com os colegasou um modo eficâz de
conservaruma memória sobÍe um esforço que nos permitiu melhor cornpreender
Física.
Como deve ser um relatório?
Como regÍâde ouro deve ser claÌo e conciso.A estruturagenéricapode ser muito
vadada, Uma. coÍrentementeaceite,constade uma introdução com o objectivo dâ expe-
riência, o método e o equipamentousadospara atingiÍ o objectivo. No caso de paÍe do
equipamentoou do Ììrétodo serem de concepçáoespecíficapaÌa a experiênciadeve ser
deÌalhadamentedescÍito e iÌustÍâdo, podendo ser inserido em apêndice, paÌa não que-
brar a sequência. Seguese o registodos valor€sobtidoscom refeÍênciaaosrespectivos
erros de medida e Íepresentâdosse possívelem tabelasou quadros,analisam-seos dados
e apresenta-seo ÍesuÌtado dos cálculos. O Íesultado final deve seÍ apresentado,sempre
que possível, sob a forma de gÍáficos que o evidenciem € que facilitem a discussão.
Conclui-sesobreo êxito ou fiascodâ exDeriência Íealizada.S€ no d€correÍdo relatório
for necessárioreferir ourros trabaÌhos,no final deve apresentar-seuma bibliografiâ com
o título do aÍigo, o nome dos autorese a rcvistaou livro ondefoi publicâdo.

Esoüemade um ÍêlâtóÍio
Tíulo ANÀTOMIA DE IJM RELATÓRIO
EstudanteAeEstudânteB
Disciplina FÍSICÀ EXPERMENTAI Y AÍO 2OOO
22
RESUMO
Síntesedos objectivose dos resultadosobtidos.

INTRODUÇÃO
ConsideraçõesgeÌais, hipótesea testat objectivosa atingir e importânciâda expe-
riência, invocaçãode outÍas experiênciâsque já se Íealizaramsobreo mesmo pro-
blema.
FUNDAMENTo TEÓRICO (breve)

MÉToDo E EQUIPAMENTo

RESULIADOS
Valoresobtidos,errosque os afectam,tabelas,cálcuÌose gráficos.

DISCUSSÃO
Análise sobre a concordânciados Íesultadoscom a hipóteseda introdução, compÂação
com os valoresteóricosou outrasexperiências, discussãodasdiferençasobtidas,pos-
sível minimização dos erros, tentâtiva de compreensãodo fracasso obtido se ral for o
caso,propostade outmsvias parâestudaro problema.

BIBLIOGRAFIA E REFERÊNCIAS
ly'ota. Fazer o relatóÍio com um programa de tratamento de texto confere-lhe um bom
aspectoque podefacilitâr a leitura.Mâs se um computadorÍão estiverdisponívelou o
estudante aìndanãodominarum processador de textoé peÍfeitamente aceirávelum relâ-
tório bem manuscrito,

23
EXPERIÊNCIAS
EXPERIÊNCIA O

Mediçãode GrandezasElementares
as mediçõespropostasdeterminam-sevâloÍ€s paÌa grandezaselementarese manu-
seiam-seinstÍumentossimples,Os resuÌtadosdevem ser baseadosem diversas
medições,afectadosdo eÍo e expressosem unidadesdo SistemâIntemacional(SD.
Assim o rcsultado final é dado por

lvaloÍ da gíandezalt lerrol tunidadel


e deve sei âprcsentâdo só com os algarismosque forem significativos.
O vaÌoÍ do erro é estimado com base na análìse dos vários tipos de enos: leitura,
estatístico ou de calibração, tomando-seo que for maior. Os erros sistemáticos,como o
erro de zero, se puderemser avaliadosdevemtâmbémser considerados e o valor da
medida corrigido.
Sempreque possível,é inteÍessante analisaros limites de aplicabilidadedosméto-
dos de medida sugeridos e indicaÌ oÌrtÌos âltemativos aos propostos.

0.1 Pesquisaproposta
1 Mediçãode dìâmetros,volumese áÌeas.
2 MediçAode densidâdes.
3 Mediçãode intervalosde tempo.

A prossecução
destâpesquisaimplica o estudode
. Aquisição,Análisee Tratamentode Dados(I-eitura1);
r Medidores de Compdmentos (Apêndice 4);
r SistemaInternacionalde Unidad€s(TABELAS).

0.2 Equipamentonecessário

Régra, cÍa.r'eira,WÌmer, balança,váÍios objecrosde formas geoméúcas diversase dife-


rentesmateriais,fio de pÍumo, plânoinclinado,cronómetrode c€ntésimas de segundo. -

0.3 Experiênciassugeridas

I Medir esp€ssuras
Qual seni o diânetro de un cabelo?
A espessuÍade um cab€lo pode ser medida usandow palner. F^zeído aÌguÍnasmedi-
ções pode determinaÌ-seo vaÌor mais provável (média) paÍa o diâmetro.
EXPERIÉNCIAO

Estimâro efro de leitura.Compararo eno de leiturâcom o erro estatístìcono caso


de fâzerviíriasmedições.EstarâleÍtapaÌapÍoblemascomo a diÍìculdadede posjcionar
o cabelo entÍe as espeÍasdo palmer sem afect^r a grandezaa medir.
Determìneo diâmet.ode um vulgdrfio elécrrico.CompaÌe€stevalor com o obtido
parâo cabelo.Diferem de quântasordensde grandeza?
A espessura do cabeÌopode ser medidacom uma craveiÍa?porquê?E o diâmerro
de um fio elécrrico?ExisriÍãooutrosmétodosparafazeresreaipode medição?

2 Medir volumes
Qual é a ,)olune de um clipz
Um métodoparao determinarconsisteem endireitaÍo c/rp o melhorpossível.Medir o
diâmetro(d) com umpdlmcrou com umacrâveirae o comprimenÌo(a) coÌn umarégua
ou crâveiÍa.O seu voÌume serádado aproximadâmenle pelo volume de um ci_
ìindrov=rliJL.
Fazendováriâsmediçõesobrenhao valor mais provável(média)e o elro estaÌístico
queo afecta(desviopadrãoda média).Esrimeo erro de leìÌurâ.
eualo valordo volume?
Como procederparâavalidÌo voÌumede um c1? que se encontrc(torto>?(ver ex
periênciâsobÍea medidade áreas.). Se oprarmospor mediro voÌumedo cl? recorrendo
a uma provetagraduadacom água,devemosevitar que se formem goÌículasde âr em
torno do metal.Que ripo de effo provocaessevolume{:teaÌ?
Compareos volumesde um cl? e de um copo de água.

3 Medir áreascom uma bâlança


A expeÍiênciaconsisteem medir de ibÍmâ indìrec|aa áreaA j de üma superfícieirre-
gulaÌ. PaÍao fazer é necessário
dispôrde uma placado mesmomateÍiale iguaì espes-
suÌa, mas com uma forma regular,cujâ áreaÁ, se possamedir fâcilmenre(por exem-
plo LrmÍectângulo).Enrãoa razãodasáreasdasduaspÌacasé iguaÌ à razãodasmassas

De fàcto se ambasas pÌacassãodo mesmomareriala suadensidadeé ìdêntica

o = ï = 0 , = !]v,

28
Notxndoqueo \olumeda\ ptaLaç e rpua.ao produtoda áreapelasuaespessura']r,
qu€ é idênticaparaambasâs plâcas,tem-se

!! = !i.
At At

Procedade modo a poderdiscutiro erro que afecraa medida.


MEDIçÀODECRANDEZ
ASELEMENTARES

4 M€dir densidadesÌ
QuúÌ é a dznsìdadedo latuo?
A densidâdede um materiaÌé definidacomo sendoa razãoentrea massâe o volume

p=+
No casode umaligâ metálicacomoo lâtão(cobree zinco),a densidade
da liga pode
serexpressaem termosda densidâdede cadaum dos clcmentosconstituinres(ver excr
cício0.1)

- l =(')r-
l
+ o i' P
Ì
P : P r

As constantes
.,r= 1 . r, = - !11 sãoas proporções,
em massa,com
nt+m
que cadaum dos elementosconstituinlesentrana composiçãoda liga.
A experiênciaconsisteem determinara densidadede uma peçade larão(de forma
inegular),e â paÌtir dessevalor eslimara percentagem
em que cadaelemenÌoent.a na
liga. Os valoresdâsdensidades são

p.,=8.96 c/cn1 e pz,=1 t3 B/cnr

Arranjemosuma peçaem Ì.ìtão(por exemploüma bola, de pÍeferênciairegulaÌ),


umabalançae umaprovetagraduâda. O volumeda peçade Ìatão(quedeverásermaciça)
podeser medidocom umaprovetagraduâda(com pelo menosI cmr de precisão),serni-
-cheiacom água.O volume da peçaé igüal à diferençade volumesmedidosânrese
depoisde mergulháIâ na água.O pesoda peçaé medidocom umâ balançacuja preci-
sãodeveráscr pelo menosda ordemde 0.1g
Como se deve pÍocederparaque o erro da medidâsejainferior a 17"?

5 Determinaçãodo centro de mâssâd€ figuras geométÌicas


As coordenadâs do centrode mâssa(CM) de umâ associâção de corpospontuais(.r.,,
).M, a(,) sãofünçãodasmassastllr e posições(r,, yi, .,) individuais
29
>tnà >nilt >m,zt
>n, >nt

Designa-sc (lensidrdeou nÌssa volúrìica.


indifeEntenìente
EXPERIÊNCLq.
O

Para um corpo maciço,a definiçãodo CM é análoga,subsÌituindoos somatórios


por integraisem ordemâo elementode massadm. Se a âceleração da gravidadeI for
idêntica para iodosos pontos do corpo,cntãoo centro de gÍavidade,
ponto em que se
consideraaplicadoo peso. coincidecom o centrode massa.
No caso de corposhomogéneoscom tbrmas geométricasreguÌares,o centro de
massaé o centrogeométricodo corpo.Quandose associamdiveÌsoscorposdestetipo.
o centrode massaglobâl pode seÍ câlculâdoa pârtjÍ dascoord€nadâs dos CM de cadâ
componente. considerando-se todaâ massaaí concentÍada.
Se o corpo homogéneopossui câvidâdesou recortes regularei, a sua contri
buição pode seÍ avaliada considerândoo corpo rccortado como a associaçãode
um objecto maciço com um recorte de massanegarivâ (correspondenleà massa
retjrâdâ).
Parar€alizarestaexperiênciadevem-sedispôr de chapascom formasrcgularese
espessura constante(contendoou nãorecoÍes)e de um fio de prumoparamarcara ver
lical. Suspendendo câdâchapâpor diversospontosda suaperiferiae traçandoa veíi
cal quepassapelopontode suspensão, é possíveldeterminìro cenúode gravidadecomo
o ponlo de inteÍs€cçãodâs diferentesdiÍecções.As Ìnarcações podemser feitassobre
um papel vcgetalcolado à placa.
Tente estimaros erÍos associâdosâ esÌâ determinaçãoe compareos resuÌtados
obtidoscom as cooÍdenadas teóricasdo CM obtidasa panir da geometriadas figuras.
O cálculodo CM rcóÍicotem erro?Comente.

6 Medir intervâlos de tempo


Na quedzpor un plano inclinalloq ên cheqaprìneiro?
A energiame!ânicâdos objectosem movimentoé dâdapela somadas energiasciné-
tica e potenciâI.
A energìacinéticade objeclosnão pontuaisé â somâda energiacinéticade rotação
A energiacinéticade trânslaçãode üm objectoque
e da energiacinéticâde lransÌação.
tem velociala{:le vé f
de tÍÂnslação =1 nr' . A energia
cinerica
a\socirdraummo
vimento de rotaçãocom velocidadeangular(l) expressase em termosdo momentode
inércial por tx = + 1co:.A energiapotencialde üm objectoé dadapor mgr.
No casode um objectoquecai rolâìdo por uÌn plano,a velocidadeangulaÍt, Íelâcio
na se com a velocidadede translaçãopor I, = (,À, em que R é o raio do corpoem relâ
30 ção ao eixo <Ìesimetria.Havendoconse.vaçãode energiamecânicâ,à medidâque o
corpo câi a eneÍgiapotenciâlperdidâé converÌidaem energiacinéticâ.Se foÍ à o dcs
nível no pìanoincljnado,temoscom baseno princípiode conservação da energii

^sh=+ -
mr. + .,
| _ -
tíJj.
MEDICÀODEGRÁND ASELEMENTARBS

Na figura indicam-seos momentos

@@ry
de inérciaem tomo do eixo de simetria
para algunsobjectosque podem rolar.
De uma lblma geral.um corpo que role
e que teÍìa urìl eixo de simetria, tem um
momento de inércia dado poÍ I = gMRl ,
sendoÊ um factoÌ adimensionâ|.
Paraa realizaçãoda experiênciasãonecessárìas esferas,cilindrose arosde vários
metais(por exemplolatão,f€rfo e alumínÌo),com raios e massâsiguaisou difÊÍentes.
A experiênciacoDsistesimplesmente em Ìargaros objecÌosnuma calhainclinada,
com cercâde Ì m de comprimento.Com um cÍonómetromanuale pÍecisãode c€ntési
mos de segundo,devemedir o tempodispendidopor cadaum delesparâpercoÌÌ€ruma
mesmadistânciâ.
Organizeos resultadosdâ experìênciana forma de uma tabela-
Os resultadosobtidoscoÍespondemà expectativainicial?
Qu€mchegaprimeiro?
Qual a pÍecisãoda resposta?
Procureexplicaíde Ìrmaforma simplese intuitivao que observoue os errosque se
comet€mnestelipo de medições.

SugestõesTécnìc.rs

Se quiserconstruiruma peçade formâ paÌticularou de um mateÍiâÌdiversodos forne-


cidos,informe-seda possibilidâdede utilizar a oficina dâ suaescola.Se estanão exis-
tir. tentefâzer a peçacom âs ferramentasque todostemosem casapaÌa os pequenos
concertosdomésticos.

0.4 Exercícios

0.1 Z Encontrara ÍeÌâçãoexistenteentrea densidadede uma liga prs. e as densidades


dos dois elementosque â constituempr e p? em termosdaspÍopoÍçõesem massaoÌ

0,2 Tomândoa forma genéricado momentode inérciapârâos objecÌosque rolâm por 31


um planoinclinado,deduzaquâÌé s percentagem de energiade rotaçãoe de translação
na energiacinéticatotâI.Façauma aplicaçãoao casode âros,cilindrose esferâs.

0.3 Suponhaque tem à suâ disposiçãodois ciÌindrosque exteriormentesãoidênticos.


isto é, têm as mesmasdjmensõese exacúmenteo mesmopeso.Sabese que um dos
cilindrosé de ouÍo enquantoque o outro é uma imitaçãofeita de pÌatâ com uma fina
películade ouro. Concebauma experiênciasiDplesnão destrutivaparadescobrirqual
dos cilindrosé de ouro. (NoÌa:os ciÌindrosnão têm que ser maciços.)
EXPERIÊNCIAO

determinaÌa energiacinétjca4 = j
0,4 Prercnde-se nv: cÌeum corpoa panirdos va
loresnedidos paÌa a massae velocidade

D:tô,l= (1.2510.05) x l0 LÀg


l,tô, = 0.8710.01r/r

em que os errosdâdossãoeIrosestatístìcos,
a) Caìculeo vaÌor dâ energiacinética.
b) Calculeo eÌ-roestatísticoabsoÌuto.
c) Câlculeo erro estatísticorelativo.

R : a ) t . = 4 . 7 3 \ 1 0 2 . / b ) ã E , = 0 . 2 2 x 1 0 1 Jc ) 5 E a

0.5 Pretende-secalculara componenteda âceÌeração da gravidadeg ao longo d€ um


plano inclinadod = gseno,em que 0 é o ânguloque o plânofaz com a horizontal.Os
valoresexperimentais afectadosdo eÍÍo estâtísticosão

81ôg = 97813cm/.,
01ô0 =0.85910.002"
r ' Calculeo vâloÍdd acelerrçi,J.
b) Calculeo erro estatístjcoabsoluto.
c) Calculeo erro estâlísticorerarvo.
Rl a = 14.7crÌtsr b) Ea= O.t .tt/sl t:) 0.'7Ea

0.6 A temperatura
de uma salafoi medidaem inrcrvalosde cinco minutosduÌanteumâ
em gÍau ceìsius.foram:
hora.Os resultadosobtidos,expressos
2t .t , 22.O,21.5. 2t .8,2t .7, 21.3, 20.9,2t .0, 2t .2,21.5. 21.2. 21.0
a) Qual foi o valor médio dâ temperaÌuraduranteessahora, o desvio padrãoe o
desviopadrãoda média?
b) Suponhaqueduranteo inteÍvalode tempoem quesefizeraÌnasmedidasasvanâ
çõesna temperaturaficaram-sea dev€ra tÍocasde câlor com o exrerior(por exemplo
portâsoujanelasque se âbrìÍâm).NestasitÌraçãoa grândezadesviopadrãoda médias.
tem o significadofísico de erro na medidada temperatura? Porquê?
12 R. a) <> = 2Ì.15"c,s=í).15"C,q, = 0.10'C b) Não,porqu€âsvddações observadas
no vâ-
loÍ da temperaturasnodcvidasa causasfísìcãse íão sedelelnâométodod€ medição.
EXPERÊNCIA I

Estudo do PênduloSimplese Deterrninação


da Aceleraçãoda Gravidadeno Laboratório
pênduÌosimplesé o modelosimplificado
de um corpooscilanteseguroporum fio.
em que se consideraa mâssado fio desprezá
veì.e as dimen\óesdo corpo pequenas quando
compaÌadas com o comprimentodo fio. No la-
boratório é normalmenteusadauma pequena
e\lera de mâs.aM e rato r suspen\apor um fio
inextensívelde comprimento4. Quando seafas-
ta a mâ\sada çuaposìçáode equiftbrioedepoi\
se abandona,o pêndulo vai oscjlaÍ com um
movimenroperiódìcode penbdofem Ìorno.ia
posiçáode equr|brio. descrevendo o cenrrooe
gravidadeum arco de ciÍcunlerênciâde Íaio
I = //+ r. A posiçãodo pênduloé dadâem cada
instantepelo ânguÌoque o fio fâz com a veÍtical 0, sendoposìtivono sentidodirecto.
As únicasfoÍçasque actuama mâssâsãoo seu pesoMã venical e a tensaono fio i
RecoÍdândoque numacircunferênciao comprimentodo arco Í é dado por 10,po
demosescÍeverpaÍa a compoÍentetangencialdo movimentoâ equação

- Mg sene= u /'(lo)

Se consideraÌmosque o ângulo0 é suficienlemente


pequenoparaadmiriÍ a aproxi-
maçãosen0=0,entaoa simplificaçãoda €xpressão ânteriorpermiteobtera equaçãodo
osciladorhaÌmónicosimpÌes

Ë+u)i0=0 com - =\F


O períododo movimento,nestaaproximação,é enrãodado por

33

sendoumâ funçãoexclusivado comprimenrodo pênduloe da aceÌeração da gÍavidade


no Iocal.
No entanto,paraângulosem que a simplificação não é válida,o peíodo do pên-
duÌo passaâ dependerda amplirudemáximâde oscilação aFavésda exDressão

r = r "r+
I ] *",(]).] #*"(ï). l
EXPERIENCIAI

Paraamplitudesinferjor€sa 40'e paÌaâ p.ecisãocom que é medidoo períodono


laboraúÍio (da oÍdem de 0.1%), bastaconsideraÌâ influênciado primeiro termo da
série.que na suaforma aoroximadavale

/ l \
I- r,l I -G 0i i í 0 , e mr a d i a n o ì

O conhecimento do peíodo, comprimentoe amplitudemáximado pêndulopermite


calcularo valorda aceleraçãoda gravidadeno laboratório.o valor obÌidopodesercom-
pâÍado com o valor de Íeferência ao nível do mar dado por

m s'
8 = 9.78032(l+0.0053025sen' ó-0.00000s8sen' 2ó)

A coÍrecçãod€vidâà altitudeÀ (em metros)a que se encontrao laboratórioé dada


âproxjmadamentepoÍ

À 8 = - 0 1 9 6 7 , x 1 05 m s '

Uma sériede outrosefeitosafectâmigualmenteo valor do peíodo. A força de im-


pulsãodevidaao ar alterao períododasoscilaçõesda formâ dâdapela expressão

r = r "\ Í t + r P - l1
2 P'a'at'

emquepéadensidade.
no pe.íodoé dâdâpoÍ
A influênciada massado fio de suspensão

, _ -' '1\ , ', ì


tlM I

34 sendoMâ mâssado pênduloe /Ìr a massadofio. O efeitodo amoÉecimenopa.apeque


pode serestimâdopor
nâsosciÌações

? = r ,(, #[ ,) 1 "
paraque a ampliludese
em que.r ó o tempode Íelaxâção,metadedo temponecessário
reduzaa i/e do seuvalor inicial.
ESTA]DO
DOI€ND('I' SIÌ\PLESE DEÌRMÌNAçÃO DA ACELERAçÃODA GRAVEADE NOI-AIORAÚRÌO

1.1Pesquisaproposta

Determinarcomo o períodode um pêndulosimpÌes,de comprimcntofixo. de,


pendedâ ampÌitudeda oscilâção.
2 Determinarcomo o períodovaria com o compÍimenrodo pênduto.
3 Medir â dceleÍa{ioda grí\idadeno laboratojro.
A prossecução
destâpesquisaimpÌicao esrudode
E.ludodo Pendulo Simple.I Leirura2/l
Aquisição.Análisee Tratamentode Dados(Leitura 1);
Medidoresde Comprimenros(Apêndice4);
Consultadâ tabelasobreos vâloresda aceleÌação
da gravìdâdeem fÌrnçãoda lâ,
tjtudegeográfÌca(TABELAS).

1.2 EquipamentodisponíyeÌ

Pêndulosimplesde coÌnprimentovariávelcom umabaseondesepossamarcarumaes


calaangularouumafoÌhade papelpotar(facultalivo),cronómerro(precisãoaconselhada
não inÍèrior a l/100 s) ou cronómetroelecrrónicobâseadonuma célula loioeìéctrica
associadâ â um sisreDâde âquisiçãocom compuraoor

1,3Experiênciâssugeridas

I Prepâração
O que ?nten.tepor comprinento do pêtkÌuLo,
Deve começarpor estabelecer um modo que permitadetenninarcom rigor o compri
mentodo pêndulo,a inceÍlezanessamedidâe como medir a ampliludedc oscilaaão.

2 Estudo da vâriação do p€ríodo do pêndulo com â ampliaualede osciìação


Com um pênduìode comprimentomédio(50 cm) derermina-se a dependênciâ do perío_
do com a amplìludede oscilâção,
medindopeÍíodosparaamplirudes de 5. a 50. (mínimo
de 6 valores).Pârâcadaamplitudeo amortecimenro dasoscilaçõesduraniea medição
do períododeveser estimâdo_
Parú pequënasorcílaçõespode-se afimat que o perkt(lo é independênte rlo ân|üh de 35

Usandoo vdÌor normaÌda Fâvidadeparao jaborâtórioe recoffendoà fórmulâ aproxi


madâde I em funçãode 00 pode construir-seuma rabelacom I".p. Io e f e tiai suas
diferençasem percentagem.
DeÌermine?o e I â partir de um gráÍico de Z"^rem funçãode 0i. Discuraâ validade
t-.
dd c\pres'ãoapro\imddaf, - 'Ìr .! r . A\ tlie o er(ilodo âmoflecrmenlo
e seich:.rne_
cessánotome-oem consideração.
EXPERIÈNCIAI

3 Estudo da variação do pedodo com o compÌimento do pêndulo


AheÍandoo comprimentodo pênduloestudecomo o períodovaria com estagÍandeza
Um gráÍìcode I(l) e um de I:(l) podemajudara tirar facilmenteumaconcÌusão. O nú-
mero de medidas deve ser de modo a permitir tÍaçaÍ um gÍáfico e âjustaruma função
aosdados(a amplitudede osciÌação0o.fixa, teÌáde preferênciaum valor inferioÍ a 20").

4 M€dição de g no laboratório
Com um pêndulode um metrodetermina-se da gravidade8 ,Devesereflec-
a âceÌeração
tir sobÍeo númerode oscilaçõesa tomarde modo â que a medidavenhaafechdade üm
erro inlèíioÍ a l'l,. A ampliludede oscilaçãoadequadaé inferjor ou dâ ordemde l0'
Porquetuzão se aconselhao uso de um pêndulode I m? O que sãopequenasoscila'
Çõespura estepêndulo?

5 Avâliaçãod€ efeitossecundáriosnâ mediçãode g


da ampÌitudede oscilaçãoe
Os efeitosda âcçãodo aÌ, da massado fio de suspensão,
do seu âmoÍecimentosobreo períodode oscilaçãopodemser caìculâdos.Se conve
niente,o valor de I obtido deve sercoüigido.

SugesíõesTé.nicas

. EscolheÍum fio indeformávelparâ sus-


pensãodo pêndulo.Não usaÍ fìo de llaa.
Os fios metáljcos não podem s€r usados
devidoà resistênciaâdicionalintÍoduzidano
ponto de suspensão. A suspensão do pên-
dulo deve ser tal que o plano de oscilação
nãorodedurantea medjção.O mododeÌan-
çamentodo pêndulodevesersuavee repro
ductível-SugeÌ€-seo uso de um ânteparo.
r Paramediro períodoé maisprálicotomâr
como instanieinicial e finâl o momento€m
que o pênduìopassâpelo ponto médio da
oscjlâção,isto é, no pontoem que o âÍgulo
36 é zeÍo. Deve-sedesprczaÍâ primeiÌapassa
gem. Notar que a precisãonâ mediçãomâ
nual {:lotempoapenasdependedo teapo de reacçãodo operador(de 0-l a 0.2 s) e não
drì precisãodo cronónìelÍo(que podeser da ordemdo ms).
I Se , é o tempogaÍo em r?oscìlaçõescompletas,o elÌo com que se medeo peíodo f
é inferior ao erro ô com que se meder. O eno em f seráô/n. PoÍanto. podeaumentaÌ-
se a pÍecisãoaumentando o númerode oscilâções.EstaÉcnicanãoé aconselhávelpara
grandesângulos.PorqLìô'Ì Sügere-sequecom um cronómetrocìássicoseefectueem cadâ
experiênciaum conjuntode 5 mediçõesde l0 períodos.
ESTUDO
DOPÉNDULO
SIMPLES
E DE'TRIE.]AçÃODAACEERAçÃODAGRA\'IDADE
NOLÂBOMTóRIO

r Para melhorara medidâdo comprimentodo pênduÌodeve usaÍ umâ régua ou fita


méÍricapâramedìro fio de suspensão e um/ralmer ou craveirapâramedir o diâmeÌro
da esf€rae o sistemade suspensão.
É mâispráricoiazer a medjçãodo comprimentodo
fio com esteesticadona horizonrâÌ.
. Seqììiserdeterminarâdensidadedo pônduÌodeveusara balançaqueexisleno laborâ-
tório e o pdlm?r ou craveira_

1.4Exercícios

l.l Usou-seum pêndulosìmplesparamedir g Ìendosj{:tofèiras20 medidasdo período


T, A médjae o desviopadrãoda sériede valoresobtida são respecrivamente
1.82s e
0.06 s. Dez mediçõesdo comprimenro{ deramuma médiade 822.7mrn e um desvio
padrãode 2.4 mm. CaÌculeo valor de g e o seudcsvio padrão.
Rr9.8lmsrr0.15n1sr.

1,2 Nuìnaexperiénciade pêndulosimples,cujo objecrivoé medirg, obteve-se


o período
com 27. de eno relativoe o comprimentocom 1.57ó.Qual é â pr€cisãodo vâloÍ de g?
Ri 5.5E.

1.3 Z Calculouse o valor da grâvidadeesperada


pâraum dadolocal, admitindo-seque
a densidademédiada crustarcÍÍestreé 2.67 g/cmr. O valor obtido foi 9.800235m/sr.
Caìculea anomâliâgrâvimétrica(diferençaenÌreo valor medido e o valor esperado)
que seriapmduzidase sob esselocal existisseum jazigo esféricode cobrecenrradoâ
I km de profufldidade.Use uma densidadenìédiado minério de 3.20 g/cmr e um râio
de 200 m parââ dimensãodojazigo.
R : A g = 1 . 4 2 x 1 0I m / s r .

1.4 De quantovariâo valorde g conformea mediçãoé feila na baseou no lopo da tor.e


EilÈì (alturaaproxnmda320 m).
x l0 r núsr.
R: 8 diminuìdc 9.136

1.5 Demonstreâ expressão:

,=r,,1,.+
%:.,^,-)
Sugcslão:sâbendoque ./< D. o desenvollimentoeìn sérieperÌnìteescrever

(l + x)l - l +lL x
EXPERIENCIAt

1.6 Porquerâzãoos corpospesammais nos Pólos?


R. Devidoà foÍmadaTeía queé âproximadamenreum elipsóide nospólose lâmbém
âchatado
daforçacentrífogâ
devidoà âusência pelomovimento
originada derotação
do Globo

da gÌâvidadecomoresultado
1.7 Usandoa apÌoximaçáomaissimplespâraa acel€ração
da atÍacçãode uma mâssapontuâI,

^- GMr
À- R'

6'[00 km. Use


a) A massada TerÌa sabendoque o seuÍaio vale aproximadamente
s =9.800ÍÍ'ls'
b) A variação dâ grâvidade com â altitude para corpos na vizinhânça da supeÍfície
do Clobo.
c) Usando o resultado anterioÍ, determine â varjação com a altitude do peíodo de
um pêndulosìmpÌes.

. --T; "
A! \T IT
R :a r M = 6 . 0 1 Õ . 1 0 ' k g b ' = 3 . 0 01 0 ' ' | 5 6 1 0i % m
;:-

t.E O período? de um osciladorhamónico simplescom amortecimento é funçãoda


massam do oscilador,da constantede ÍestjluiçãoI e do parâmetrode amoÍecimento,

-1"^]'
,=^[+
e os erroscalculadossão
Cadaum dos parâmetÍosfoi medidoexperimentalmenÌe
estatistlcos

l 1 ô k = 0 . 1 1 1 0 . 0N1/ m
zlôn = 0,50010.005tg
ótô, = 0.06210.008 ls^

38
a) CaÌcuÌeo valor do período.
b) CâlcuÌeo eno estâtísticoabsoluto.
c) CaÌculeo eÍro estatíslicoÍelativo.
R: a) T=14s ò) ôI= I s .) 77,
EXPERIÊNCIA 2

An:ilise Estatística dos Dados de uma Experiência


ual a importânciade uma distribuiçãod€ probabilidades?
Como respostâÌeiamos
um extractodo romancede RoúmanI|

... Everyonepresenthad one theory,ifnot 1wo.Asjde ftom the blu€.red, and âbstrâctcover
hypotheses, therewas lhe (strong,clea, design,hypothesis, which I haveneverentiÍelyund€rs
rood. Its advocatemajntainedrhat <bestcoverssold rhe besrênd the ugliest covers sold úe
woNt,,. JonathanPiel proposedthat (man and macbine)coverswere mostpopular.Yet ânother
editormâdeúe novel suggestion tbat conlentswe.e moreimpoÍantthan cover:everyissuewith
a major policy aÍicle or a math aÍicle o. a computer ariicle sold better than average.She bols-
tered her câseby pointing out that at most newsstandsúe cover of Sciertfr ÁnÉricaÌ is buried
behiad PopulaI M echanics.
The discussion went on fo. one and a half hours. As the other editors argued, I sat there
ínorosely trying to image a similâr gâú€ring at the editorial offices of Cog,rrpdlran, wheÍe all
coveÍs Ìo emergeâre €ssentially identical. "Every centimetre of cleavagesell 90 000 copies. Blue
mascêrasells betler úân brown. S€x after mâriâge in úe upper leffhdd corner does not do as
well as how to caÍry on an extrâmaÍitâlâffâir->I couldn't buy iÌ. After sufÍìcientgrumblingI
was given úe flooÍ. [t would be impressive to say I wâs duelling off the cuff, but I am not so
brave and had come prepared.When the sâiesfigures were given to me I did the fi6l thing dy
physicist (probably even FeynÍnan) woÌrld do: Ìnâke â hislogrâm úât showed ihe number of
issuessellinga gjven numberofcopies. Why?
Ifyou don'!want tocall irinstincl. call it trâining.I1seemedobviousthat the fâc1orsinfluen
cing üe salesof a magazineare many: üe wealher, lhe cover. the contents.úe mood of the buyer.
the budget deficì|, a chanceromanlic encounterat the newsstand,perhâpsihe phasesof the Ìnoon.
In fact üere ÌnuÍ be so many factors influencing salesthêt it becomesimpossible Ìo isolate âny
one of them. and the result is essentialÌy ru,ldor,.
For úis Eason I knew lhat evenif someÌight paiternexisted,it would be buriedin s!âtisricâl
noise dd extÌemely diffìcult to delect. On the other hand. if the newsstandsêleswere expeÌien-
cin8genuinelyrmdom flutuactio.s,tbat shouÌdbe pretty€asyto showby ahisrogrâm.Physicisrs
de unscrupuÌous oppoÍunists,so I optedfor th€ easyway out. Wilhin êbout 15 minu@sI hâd
my eswer: üe 22 issuesfor which I had daraformed â Gaussiandisaibution.a! leastâs close
to a Gaussiandistributionas you couìd hopeíor with only 22 points.
You may not havehedd the term Gaussimdìstribution,but you baveheardüe termsnor,
nal distributionor bell shapedcune. They ft sy.onyms; many randomprocessesÍesult in
Gaussiandistribution,so many that the beìl shapedcu.ve has becomethe symbol of random-
39
Com o texto toma-se evid€nte que se propõe o estudo de distribuições de probabi-
lidades, mas aplicadas a situaçõesfísicas.

Tony Rothman,,4 PrFÈis, on MadisonAvenue.ed. PrincelonUnive^iÌy Press,Ì991. O aulor é


fisìcoe escritór,num dadope.íododa suavidapertenceu
ao conselhocditorialdã rclis1â,t i.nrlf.,4,erLd,.
RorhúanensinaÉlatilidâde nâ Unìversidade de Har!úd.
E\PERIÊNCÌA 2

Uma amostrâde r0 núcleosde um dadoeÌementoradioactivocom probâbilidade


de
desintegrâção
À, decaino tempode acordocom a Íelação

n(t) = noe \

A râdioactividade
é ernsi mesmaum Íènómenode nalurezâeÍa!íÍica, poÍanÌo ideal
paraesÌudarconcetloscomo:
médiae desviopadÍão,
pÍobabiÌi{:lÂdes
de distribuiçãode acontecimentos
testesde coniìança.

, grandee tr pequeno,condu
O decÌínìoÍadioâctivo,devidoàs suascaracterísticas,
zindoa umamédiap = l?I finita. rege-sepor umadistribuiçãode probabilidades
do lipo
Poissoniano.Podemosassiìnanaìisaro que se enÌendeppr esletipo de compoÍâmenlo
e as vantagensque daí advêm.
A maioriados processosapresenta um compoÍamentonoÍmal ou gaussianoquandoo
númerode alontecimentosé grânde.A distdbuiçãode Poissontendepara a djstribLri
ção norìnalquândoa médiap é grânde.

2.1 Pesquisaproposta

I Com uma âmostrade núcleosde Ìrrcs determinaro vaÌor médio c a va


que ocorrenìnunÌ dado inlervaÌode
riânciado ìrúmerode desintegrações

2 Estudaro tipo de distribuiçãode probabilidades


â que â amosrâ obcdece.
3 Testesde confiançasobreos resuitados.

A prossecução
destapesquisaimplicâ o estudode
D Aquisição,Análisee Tratamentode Dados(Leilura l)i
r (Leitura3);
Radioactividade
6 Funcionamentodo Detccor Ceiger MuìleÍ (Apêndice5);
" Noçãode ângulosólido(TABEI-AS).
40

2.2 Equipâmentonecessário

Detectorde GeigeFMullersistemadc contagcmde ìììpulsoseìéctricos, fonte ra-


dioacÌiva fraca de I'CL (-10{ Bq, Tr/: = 30 ano). c um osciloscópio{opcio-
ANÁüSE BSTAÍSTICA DOSDÂDOSDE UMÀ E)(PSRÉ{CL{

2.3Experiências
sugeridas
1 Montagemde um sistemade contâgemd€ râdiâção

ColocaÌ o detector em situaçãode contagem,aplìcandoao detector a ddp indicada sobre


o mesmo € ligando o sistemade contagem,UÍìra fonte radioacÌiva é colocadaem frente
dajaoelado detectorDevemcumpriÍ-setodasas medidasde segurança indicadasjunto
da fonte radioactivâ. Se tiver disponível um osciloscópio e estiveÍ familiarizado com o
seufuncionamento, podeobservarnele o sinal dadopelo dete€toÍ

2 VeÌifrcação dâ âplicâbilidade da distribüição d€ Poisson


A probabilidade de ocorrênciâ de uma contagemcujo o resultado é n, segundoa distri,
buìçâode Poissoné dadâpor

PtnlLl = J:-- ?-

em que p é a média da distribuição. Afâstando o detector da fonte e usandoum tempo


de contagembreve é possível obter umâ tfia de contagemmédia da oÍdem de 4 ou 5.
Com bas€num gÍandenúmeÍode contâgens, N>50, pode€videnciar-se o carácterpois-
soniano da distribuição a parti da comparaçãoentre o gÍáfico de pÍobabilidades experi
mentais e o $áfìco teódco, anbos em função de ,].
CalcuÌandoa médiâ e o desvio padÍão da âmostra,podeÌnosainda verificaÍ se o des, 4l
vio pìdrão estatísticocoincide com o pÍevisto pela distribuiçãode Poisson,i.e., se
r = {p, e discutirse a desintegração Íadioactivaobedeceou não a estetipo de distÍibui-
ção.Parâesteefeito pod€ seÍ usadoo testedo X?.

3 V€riffcâção da aplicabilidade da distribuição gâussiâna e test€ do X2


ConstÍua-seumâ âmostrâde N>50 medidascom uma taxa de contagemda ordemde
200. Este valor obtém-se aproximaÍÌdo o detector em relação à fonte e com um tempo
de coÍtâgem mâior que na experiênciaanterior Calculandoa média <n> e o desvio
EXPERIËNCIA2

padrãos da amostra,podemosverificâÍque o desviopadrãoestatísticocoincidecom o


pre\i'ro pelddrínbur(io de Poi'son.
Traçando com rnrenâlo'de largurJ.ou de
um histogrdma rtu"r'a^ecomo o'
I
valoresse distrjbu€mem torno da médiae verifica se como os vâloresexperimentais
secompoÍâm em relâçãoa umâdistribuiçãode Gâuss.Segundoestadistribuição,a pro-
babilidadede ocoúênciade uma conÌagem.Ì(ou r?)é dadapoÍ

12Ío

Seo fenómenoapresenta
um comportamento gaussiano
entãoos acontecimenbsdis
tribuemse em tomo da médiada âmostrat de acordocom ceÍos valoresde probÂbili
dadedadosnasTABELAS. Pof exemplo,

l q t s q e n r r 1e , . , , ] t
68.27'lú entre [ .r-s,t+s ]
95.5Eó entíe IÌ 2s. i+2s ]

entreo histogramadas probabilidades


A comparâção experimentais
l"'"'/ia e Èóri
câ,J ^ t posrvelu'andoo lesteJo \/. em
peímirer!aliarJ hipdle'eÌorÍrul,rdâ.
que

lf,^"*^ -J,*,*')'
x ' =I

determinaro nível dl3significânciado resuÌtado(consultâÍa tabelad€ X' nâ secçãodas


TABELAS),

4 Aplicâção da distribuição t de Student


Considerândoapenasos 10 primeiÍosvaÌoresda amostrâanterior podemosavaliarâ
validadede tomaÌ o desviopadrãoda ânostracomo fi. Paraissocalcula+eo valor da
vrriavel r - -r ! e aplia 'e o resrer de Srudenl na. TABEI AS o' valore(
tconsull.u
de confiançaem funçãodo númerode vâloresdâ amostra).

5 Experiência* - Determinâçãodâ idâde dâ fonte


Paraurnadadamedidade taxa de contagem,se medirmoso ângulosólido segundoo
qual o deÌectoÌvê a fonte radioactivae se for dadaa eficiênciado detectore a activi
dadejnicial da fonte,pode estimarse a idadeda mesma.
ÀNAIISE ESTATIS'TICADOSDADOSDE IJI"{,AE)(PERIÉNCIA

2.4 Exercícios

2.1 Câlculeo númerode núcleose a probabilidadepor Ìrnidadede lempode um núcleo


se desintegrarnuma amostrade I pg de rrTcésio.O peíodo desteisótopoé 30 ano.
O númerode AvogadroexistenasTABELAS. PeÍanteos valoresenconrrâdos discutâ
se eslelenómenopode serprevistode acordocom a probabilidadede Poisson.
R:n.ú.,.,,,=4xl0i5.I=73xl0rosÌ.Onú!ÌerodeaconEcinenÌosn"ú"r"",éumnúmeÍogrande
quesalìsfaz,
conjunhmentc
como valorde I, ascondições
daquelc
1ìpode dist.ibuiçãp,
ìÍo é,
a médìadedesintegüções
por scgundo
rÀ é fi.ita

2.2 Uma determinadainstaÌaçãoparadetecçãode raios cósmicosregistaem médiâ4


eventoscm 30 segundos.Calculea probâbilidadede se observaremem l0 segundos
a) zeroeventos
b) pelo menosI evento
c) âpenasÌ evento
d) apenas4 eventos
R : a ) P ( 0 ) = 0 . 0 1 8b3) P ( n > l ) = P
l ( 0 ) = 0 9 8 2c ) P ( l ) = 0 0 7 3 3d ) P ( 4 ) = 0 . 1 9 5 4

2.3 Com um contâdorGeiger-Mullerfez se um conjuntode 20 medidas,de 1 minuro


cada,do númerode desintegrâções
de uma fonreradioactiva.Os resuÌtados
obtidosfo-
Íam os seguintes
19' 7,2t6,
t82, 167,I80.223. 190,188,209,t95,
186,208,l?7, r95, 198.194.202,201,200,205
a) Câlculeo valoÍ médio<x>, o desviopadrãos e o desviopadrãoda médias",dâ

b) Façaum histogramadosdados(sugesÌão: divida a amostraem classesde ìargura


isuala s).
c) Verihqueque pâra estaamostrâé aproximadamente válida a reìaçãor = [<x>.
Que tipo de distribuiçãoleóricaprevêque se adapre
a esresdados?
d) Usandoo testedo Xr verilÌqueâ seguintehipótesea um nível de signifrcânciade
0.1i a amostÍafoi Ìetiradade uma populaçãocom dìstribuiçãonoÍmal de valor
médiop= 196 e desviopadrãoo = \ftì = 14.
R: a)<x>=195.7, s=11.5,
s.=3.0. c) Dìsribuição
dc Poisson.d) Dlvidjndoâ âmostrâ
cm6 inte.
valosde ldeura iguala 14e cenlnìdos em 196obtemos um Xr=O.465. A uln níveldc sieriij 43
cânciade 0.1o valorìünitedo Xl para4 grausde libcrdadc
ó de ?.78>0.465.logoa hìpóresc é

2.4 Suponhamos qüetrêsexperiências


concorrentes
tinhammedidoa vidâ médiada par-
tícula r tendochegadoaosseguintesresultados
experiênciâI : Í=0.30210.007 ps
experiência2 : Í=0.28 10.04 ps
experiênciâ3 : Í=0.315+0.009ps
E <PERIENCIA2

CâÌculeo valor médio dos resultâdosdas três exp€riêncjas.


e o erfo a ele associado.
É Ìícito nestecaso.fazer se umâ médiasimplesdos resultâdos?
Porquê?
Rr <Ì>=0.30610.005ps;nãodeveserfeitaa nédìasìmples
poisrrarasederesultados
deexpe
riéncias
diferertcs
e comerosquenãosãod.ìmcsmaordemdegÍând€za (aexperiência
2é nÌenos
precisa
queasourrasdur-s).

2.5 Z Considereo declínioradioâctivode üma fonte cuja acrividadeó medidaem in-


tervalosde 15 s. O númerode contagensfejtasem câdainÌervâloé indicadona Ìabela
r/s 1 15 '75
30 45 60 90 105 l0 r35
N 106 80 98 75 14 73 49 38 3'7 22
a) DetermiÍe a vida médiada fonte a partir de urn ajustelinear apljcadoà lei do
declínioradioactivo.
b) Classifiqueâ qualidadedo ajustea pâÍtir do valor de Xrreduzidoque obrém.
R: a)Í=lll.lt0.ì s b) O X: reduzìdo valeL96,valorqueé unìpoucoâho,pode'dosìgni-
ficd queâ loma da curvadc ajusterão é a melhoÍ,podcndo
co.tudoserâceìÌável.

2.6 As distribuiçôesdasnotasnos anosÌeclivosde 1990/1991e t992l1993de umaca


deira de FísicaExperimenialencontramse no quadro
notas 0_2_4 6 8_10_12 14_16_18 20
ano i990/1991 I Ì2 4 l0 5 30 33 21 6 4
^no t99i,1993 3 5 II I 20 53 ?0 38 13 2
Verifiquese âs distribuiçõesdas notassãocompâtíveiscom distribuiçõesnormais,
a um nível de significâncjade 0.05 e 0.00Ì.
R: Não.

44
EXPERIÊNCIA 3

Osciloscópio.Iledição de DDP,
Tempose Diferenças de Fase
objectivo deste bloco é essencialmente
â familiarizaçãocom o osciÌoscópio.
Conìeceras múltipÌassituaçõesem que esreinstrumentose revelaum auxiliaÍ
preciosona mediçãode diferençasde potencial(ddp),tempos,frequêociase dìfeÍenças
de fâse(ddo. CompaÍam-seas mediçõesde ddp feitascom o osciloscópioe as feitas
com multímetros.O osciloscópiopermiteo estudodasprìncipaiscaÌacterístìcas
dasddp
varjáveisno ÌempoproduzidaspoÍ geradoresde sinais.
Umâ ddp que varia no tempo de modo perjódico é caracterizadapor paÌâmetros

V(t) vâlor da ddp em cadajnstante


V. amplitudemáxima
T peíodo
f = lll frequência
o = 2Tf frequênciaangular

O fase
V,o = 2v" âmplitude
de prcod pico
(RootMean Square).É o equivalente
ì r , rD valor eficazou RMS
,v.t _ll
=t Í,.,,.,,1 contínuoda ddp ahemaque pro\ocaÍiaí mesmadjssipâção
lvl arl
de energìa numare{isrénciâ
It l, I

Entre muitos sinâispossíveis,os mais usuaisem circuitoseléctricossão os sinais


siousoidâis.
Y(r) = Yosen((l)r + d)

em quea ddp efica/é daaapor v"= !2 -O.l|lvo.


V2
A diferençade fase d entÍe dois sinaissinusoidaisx(t) e y(r) de igual frequência qs
podesermedidaa panir da suacomposição, produzindono osciloscópioa figura de um
elipsóidede equação

' '-
. t ?.' co.ô = sen?ó
az bz ab

No casode Ó= 0", Ó= + 90" e Ò=180" a equaçãoanteriorassumeformaspâÌticula


res e se d=, â eÌipse üansforma-se nurÌÌa ciÍcunfeÍência.
D<PERIENCIA3

Pâra medir uma ddf ó arbi&íria, de-


ve fazer-sea mediçãodasamplitudesYL
e Yz como indicado na figura. Para a
elipsea cheio tem-se

lôi = sen '(Y,/Yr)

enquanto que para a eÌipse a tracejâdo,

t
alongadaentre o 2. e 4' quâdrântes.a
ddf é dadapor

lôl = 180"- sen r(Y,/Y,)

Quândose realizaa composiçãode


dois sinaissiÍusoidâiscom frequênciasdistintas,

Í=Ácos((,.+ô0,) com f,=6,t21t = 1/T,

,=Bcos((,)"+doi) com í=dt/21t = ttTl

que de-
obtemosas FIGURAS DE LISSAJOUS.Eslâstêm uma forma carâcterística
pende dâ razão entre as frequênciasdos
sinaisedo valoÍ da diferençâde làsl3ini
ciaÌ, ^ôo - Ò- +or. A Íazão entÍe âs
frequênciasdos dois sinaisé igual à ra
zão entre o número de pontos de tan
gênciâao eixo horizontale verticaÌ.

n.'de trcos hgentes ao eixo honzonhl


-!:-
n..de Ícos tffgcntÒs ao eixo veíical

3.1 Pesquisaproposta

I ObseÍvaÌddp contínuâse alternas.


2 Medir diferenças de fase.

3 Medir ÍeÌaçõesentre fÍequências.
4 Medir ddp em circuitosresistivossimples.

A prossecução
destapesquisâìmpÌicao €studode
O Osciìoscópio(Apêndice1):
Multímetros(Apêndice2);
Fontesde Tensãoe de Corente Electrica(Apêndice3);
Primeiros parágÍafos dos Circuitos Eléctricos Básicos (Leitura 4).
oscLoscóHq r,GDIçÂo DEDDp,TEMposE DIFERBNçÀS
DEFASE

3.2 Equiparnentonecessário

OsciÌoscópiode dois canâisde 20 MHz (OSC),multímetrodigital, fonte de rensãocon,


tínuaou pilhas.dois geradoÍesde sìÍais periódicos,resistências.

3.3 Experiênciassugeridas

I Regulação do ponto luminoso no ecrã do OSC


Verificarque todasâs escalasestãona posiçãode calibÍâdas(controloCAZ nosbotões
que seleccionamas escalasTIMElcm e Vlcín). Ligar o OSC e obteÍ no ecrã um tÍaço
contínuo de boa qualidade óplica usandoo potenciómetrode /NIËNS e FOCU,S.Se usar
um tempode varrimentogÍande(s/cm)podeobservar-se em vezde umalinha um ponto
a desÌocar-sehorizontalmente.

2 Medição dâ resistênciainterna do OSC


Com um ohmímetrodigitalpodemediÍ seâ impedânciadeentradaseÌeccionando
suces
sivâmenteas entradasDC, AC e GD.

3 Medição de ddp
Com o modo TRIGGÈR seleccionadoem AI-ITO e assegurando-se que se está no modo
Y T, podem medir-se âs ddp aos terminais de pilhas ou de uma fonte de tensãoconlí-
nua,escoÌhendo sucessivamenteo comutadorde entradado OSC em DC. AC e GD. Se
o OSC tiver â opçãoINVERSORpodemosestudaÌo seuefeito.A mediçãodasmesmâs
ddp com um voltímetrodigital nâs escalasde valoresmáximosda ordemde 2 e z0y
permiteconÍiontaÌ as caÍacterísticas
destesdois medidorcsde ddp e discutir as dife-
rençase âs analogias.Os valoresmedidosdevemseÍ regisÌadoscom o eno de Ìeitura.

4 Funcionamento do ,/iigger e medição de trequênciâs


Com o ?R/GGER no modo A{JTO e usandoo geÍadorde sinais pala obrerum sinaÌ sinu,
soidâI,pode observaÌo que sucedeparacadaposiçãodo seÌectorde enrradado OSC (DC,
AC, GD), medir o peÍíodo e caÌcula. a frequênciado sinal escolhido.Regulea frequência
do sinal para um valor inferior a 1 klIz. O mesmo sinaÌ deve ser observadocom o OSC
em modo TRIGGERNORMAL, que permite avaliaÍ â acçãodo IÃVEL e SLOPE+l-.
4' 7

5 Carâcterísticasdos sinais de ddp vâriáv€is no tempo


Obsenar no OSC sinaissinusoidais, triangulaÌese quadÍadosde frequências
da ordem
do kHz. Medir as respectivasamplitudesde pico a pico. máxima,períodose frequên
cias, usandoo r,'iggár no modo AI-ITO ou NORMAL. Compâraros valores dasddp com
os medidoscom o voltímetrodigital. Registaros sinais,discuriros valoresobtidose
estabeleceras relâçõesmaiemátìcasentre as ddp medidas com os dois apaÌelhos.
E)(PERÉT.ICIA3

ó Pontâ d€ pmvâ
A pontade prova é usadacomo atenuadoÍde tensão,pois introduzuma resistênciâ de
9 Mí) em série com a resistênciade entradado OSC. Se a ligaÌmos à entradado oSC
e obseÍvârinospor exemploo sinal que é dado no OSC pela saídaCAI 0.2 V (saídâ
TESIER ou quâlquer outÍo sìnaÌ de tensão), podemos registar a acção do comutador
xl e xlo da pontâde prova e confirmarse a Íesistênciadestaé o valor acimareferido.
O OSC deve ser utilizâdo no modo Y-T e com o ,,'isper em modo AUTO.

7 Observação simultâncâ d€ dois siÍâis


Com o OSC em modo y-?e DUÁr, ligandoduassaídassinusoidaisde um mesmogem'
doÍ d€ sinais às entradâs Yl e Y2 do OSC prúem observar-se ambos os sinais nos
modos TRIG I, TNG II, ALT e CHOP. MediÍ a diferença de fase (ddo entre âmbosos
sinaise estabelecer enúe eles,se o geÍadoÍpeÍmitir, uma diferençade fase O = 90".
O modo f-X permite confirmar o valor da ddi Regule a ampÌitude dos sinais de modo
â obter quer uma circunferênciaquer uma elipse.Devem representar-se os sinaìsem
modo I'l e em modo Y-X.

8 M€dição de ddp em circuitos resistivos


Regulandouma fonte de te[sãopara 10 V
e apÌìcandoesta ddp a um ciÍcuito do tipo
da figuÍa, montado numa base de contac-
tos eléctricos,pode-seregistara ddp aos t0v
terminais de todas as resistênciâse discu
tir o valor obtido a partiÌ da medição com
o OSC e com um voÌímetso digital. Este
ciÍcuito tambémpermite verificar asrcgÍas
de associação de resistências.

9 Experiência ,i - Figuras de Lissajous € bâtimentos


Usandodois geradoresde sinaisperiódicose seleccionando dois sinaissinusoidaiscom
asfrequênciasfr e f, numâÉzão da ordemde l/2 ou 23. obtêm-sefìguÍasd€ Lissajous
no OSC se sele.cionarmos o modo y-X A partir delas confirma-se que é possível m€dir
a frequência de um dos sinais sabendoo vaÌor da do outÍo.
Usardois sinaisde ddp sinusoidaldadospor geradoresdiferentes,vr(t)=Acoso rt e
ví0 = A cos (,)2t,em que as ftequênciar úil e ('? não são muito diferentes, por exempÌo
48
numa razãode 5/4 ou ó/5. No modo ÁDD (adiçãode sinais)observam-se BATIMEN-
TOS e confirmam se as €quações

v0) = v,(t) + ü(') =Átu cos o,"dÍ

A-"t=2Acoso-,ú com (,.d = ((,,--{l),)/2 e @,"à=(t..'t+o'r)12


OSCÌLOSCóPIO,
MEDiçÀODEDDP,TEMPosE DIFERENÇÀS
DEFASE

O sìnal final é moduladoem amplitude.Êsta situaçãoé o caso mais simplesdâ


modulaçãoporqueenvolveuma só frequêncja,ú.r-d.Individualizare representar
â onda
transportadora e a de sinal.Discutira importânciadesteprocedimento.

3.4Exercícios
3.1 Z Consideraúdo o esquemaparâo tubode raioscatódicos,eslabeleça
a relaçãoentre
a ddp V. aplicadaàs placase o deslocam€nto ^X do ponto luminosono ecrã.O poten-
cial do ânodoé V"=500 V o comprimentodas placashorizontaisLr é 3 cm, â distân-
cia d enÌÍe elas é 0.7 cm e a
disÌânciaL, ao alvo é de 20 cm.
Confronte,sepossível,estesvalo
res com os dados no caLálogodo
OSC que usou no laboratório,
O feixe de eÌectrõesenne âs pla-
casesú sujeitoa uma força cons-
tante e por isso descreveâí uma
úajectóriaparabóÌicaque passaa
rectilíneaquandosaì dessazona-
Numâp.imeirâaproximaçãocon-
sid€re que os electÍõesdescrevem
sempÍeum movimentorecíÌíneoa paÍiÍ do pontoO. Que erro se cometedevidoa esta
simplificação?

3.2 tlCom baseno circuito do sistemade atenuadores na entradado OSC. constuído


a pâÍtiÍ de divisorcsresistivos.câÌcuÌea ateÍuaçãode 41, 42, 43, Bl e B2. Verifique

50mv ,9@(
-t
I ar
rroKl
I
E / o5v -l!!-
e.t n 49

I I
-J-
r K ll A 3
:L
E (PERIÊNCIA3

equi-
é aproximâdamenle
que em quaÌquerescaìa,o circuitode entradado osciÌoscópio
valentea uma Íesistênciade I Mf)-
No esquemaexemplificaseo cir-
cuito equivalentequandoseligam
em sérieos atenuadores A1 e 82-
R: Aì = l/10,A2=l/100,A3=1/1000,
Bl = 12,82=lA.

3.3 úConsidere a situaçãoem que àsplâcasde deflexãohorizontal(eilo XX) se apiica


uma tensãoVh(t)conespondente à escalade 0.5 ms/cme às pÌacâsde deflexãoverticaÌ
(eixo YY) a t€nsãosinusoidalv(t)=2 0 sen(62831) V A ddp vít) é aplicâdano instante
t=t^ e nesseinstantev(t) é crescentee tem o vaÌor de 0 v
Fâça um gráfico da figum que obs€Ívariano OSC, resìrltanÌeda composiçãodos
{:toismovimentos(sobr€os eixosX e Y), indicândoas escalasutiÌizadas
Repitao gráficoquandoa escâÌahorizontalé de 5 Í'Ì1s/cm. Expliquea necessidâde
de seleccionaÌas escalasde âcordo com o sinal em observação.
Ainda no mesmo gráfico representea lìgura que se obtém quândono insún(e

3.4 Na entÍadahorizontlÌ (canâÌ2) do OSC aplica seum ddp sinusoidalvr(t)=2 sen(6283Ì)V


e na entrâdavertical(canal1) umaddptambémsinusoidal v?(t)=2sen(6283t+ô) V Utilize
a escalaverticaÌ de I V/cm em âmbasas entradase a escalahorizontàÌde 0.5 ms/cm-Faça
um gráfico da figurâ que se veÍia no €cÌã como rcsultado da composiçãodas duas ddp
paÌadiferençâsde fâseô com valores0, Í/2 e r râd.

3.5 Z Considereduas ddp, V"=5.0 cos(1256t)V e Vb=2.0 cos(1256t+1rl2)


V Como
y
serãovisualizadasnum OSC em modo 7 e em modo X-y com escalas
seìeccionâdas
de2ms/cme2V/cm.

3.ó Esquematizeum circuito que lhe permitamedjÍ a resistênciainternâde uma fonte


de teÍsão.sabendoque nominalmenteestâlem um valor entre 10 e 100O

3.7 Com o galvanómetrodâ fìgura,pre-


tende-seconstruir um voltímetro com es-
câlasde 3 V e l0 V A deflexãomáxima
ocorre paÌa uma intensidadede corrente
de 50 pA.
a) Quaissãoos valoÍesconvenientes
parââs resistênciasRl e R2?
b)Nâ escâlâdô l0 V qual seÍá a
Íesistênciainternado volímetroÌ
c) Seráo voÌtímetÍoadequâdopaÌa medir uma ddp aos rcrminaisde uma Íesistén_
ciâ de I MO? Justifiquea suaopinião.
R: a) R2=57K5.Rl =140K b) 200K c) Não,80%dacorentepâssarla peÌovoltímetro
EXPERIENCIA 4

Circuitos EléctricosSimplesI
os ciÍcuitoseléctricosÍesistivos,capaciÍivose indutivosa reÌaçãoentreâ intensi-
dade da conente e a ddp é linear. Num circuito puramenteresisrivo a ddp em fun-
ção intensidade
da de corÍenteé dadapor

v(r)= R l(r)

em que R é â resistênciâ.A ddp aos terminaisda resistênciaestáem fasecom a cor-


Íente que a percone.
Num circuito com um condensadoÍa ddp âosseusterminaisestáÍelacionadacom
a conente que o percorre do seguinte modo

,o= !liovt
c ) '
em que C é a capacidadedo condensador.A ddp está atrasadade Ír/2 em rclação à cor-

Num indutor â ddp aos seusterminais é dada pela derivadâ da corrente que o per-

,tt =r 49-
dt

em que a é o valor da indutância. A ddp es!á adiantadaem reÌação à corÍente de 1T/2.


A análise destasrelações conduz à formulação do conceito de impedância Z para
os cÌrcurtosem que as correntese ddp têm uma vaÌiaçãoperiódicâsinusoidal.Tem_se
assimpaÌacadaum dos componentes

Za= R z,= J; zl=jo,L

em quej representa a unidadeimaginúia,j = \-- l. Usandoa ÍepÍesenração compÌexâ


paÌa sinais sinusoidais v (t) = voeid+ë, i (t\ = í dei.*ô, a lei de Ohm conrinua a veÍificar-

-se, agoÍa em temos de impedâncias

''(t) = Z i(t)

Nestaequaçãoapenastem significadofísicoa paÍe real (ou imaginária),e por isso,


em termosde amplitudestem-se

vo= lZlio
EXPERIENCìA4

A anáÌisedos circuitosfaz-secom basenasleis de Kirchhoff (lei dos nóse lei das


mâlhas),no teoremade Thévenine no princípioda sobÌeposição.
A associaçãode váÌios desÌescomponenteslineaÌespermite construircircüitos
com objectivosprecisos.Associandoresistênciascom condensadores podem cons-

1 Integradorese diferenciadores
de sinaisconsoantenum circuilo RC sériese toma
o sinal de saídaaosterminaisdo condensador As equaçõesque des
ou da resistência.
cÍevemestasacçõessãorespectivamente

v,(r)=#
lv,(t)dl v,ttt= pç -!!lL

2 Filtrosde altasou baixasfrequêìrcias


com uma associação RC. Em ambosos 1ìl-
tros â frequênciade coÍe, é âquelaem qu.3se tem v./'Ìl"= l/ú= 0-707.Estacondi
-
çio (u duz r umc requenciide . one dddi por , ,f-
. o' fillro. rdmbrmnôdcm
com baseem associações
scr construídos de Íesistênciascom jndutores,circüiÌosRL ou
de condensadorescom indutores,circuitosLC.

3 CircuiÌos ressonaÍtesâ paíjÍ d âssociaçãode condensadores coìn indutores,


devido ao facto destescomponentcsapresentarem desfasâmentos opostosda ddp em
l,a
relr(aoà conrnre.A trequencir 7- .cm laaa tor t. -
de re'sonàn,:ir .
r,'r

4.1 Pesquisaproposta

Estudode v(t) em funçãode i(t) em ciÍcuitospuramenteresistivos.Associação


de re.i.lèncrd.e con\rruçiode divirorerdc Iençãn.
Estudode v(t) em funçãode i(t) em ciÍcuilos capacitivos.Observâçãoda dile-
rençade faseentreddp e coffente.Associação de capacidades.Construçãode
filÌros RC de lÌequênciâe de circuitosdiferenciadoÍese integndorcsde sinal
com componentes RC.
52 Estudode v(t) em funçãode i(0 em circüitosindutivos.Observâçãoda diÍèrença
de fase enÍe ddp e correnleem circuitosRL e CL.

destapesquisâimplica o estudode
A prossecução

CircuitosEléctricosBásicos(LeituÍa4);
Código de Resistências
e Capacjdâdes (TABELAS);
Fontesde Tensãoe de Conente(Apêndice3).
CIRCUITOSSLECTRICOSSÌMPLBSÌ

4.2 Equipamentonecessário

Osciloscópiode 20 MHz, multímetrodigital,fonte de tensãocontínua,gemdorde sinais


(o gemdor em usopode apresentaÍuma dadaresistênciaintema conforme o sìnal escolhi-
do), resistêncìas,
condensadorese um indìltorou um trânsformadoÍem que o secundá-
do é usâdocomo indutor.

4.3 Experiênciassugeridas

I R€lâção ddp - corrente numâ Ìesistênciâ € t€oÌema da sobreposição


Com o circuito junto pode medir-se â ddp
entreAB. Fazendoa medidacom ambasas
fontesligadase uma de câdavez, somando
os valorespaÌciais,demonstraseâ utilidade
do teoremadâ sobreposiçãona resolução
dos ciÌcuitoscompostosde váriasfontesde
tensãoou de conente.PodeiniciaÌ-seo es-
tudo com ambasas ddp a l0 V e continuarcom duas ddp v(Ì)=6 sen (6280t)V em
fase. PosterioÍmenteusando a mesnÌa amplitude em ambas as fontes mas desfâ-
sandoas de 90'e 180". Às medidassão feitas recorrendoa um osciloscópio.Se
necessário,deve entrarem conta com a resistênciainternadas fontes na construcão
do cìrcuito.

2 Relação ddp - corrent€ num condensador

Com um circuitoanáÌogoao da figura,estuda-se ao osciloscópio


a relação entÍe a corrente e a ddp no condensadorquândo por
exempÌov(t) = 6 sen(,t e a frequênciavúa entre I kHz<f<s kHz.
A coÍrente é medida a paÍir da ddp na resistênciâ.
O estudodesieciÍcuito capacitivopodeseÍ feito a paÍir de
uma tâbelaem que figuÍ€ a frequência,a ddp aplicada,â ddp na
resìstência,a difeÍença de fase entÍe i e Vc. a impedância experimental em função dâ
frequência calculada a partiÍ dos dadosânteriorese â teó.ica calculada â partir dos valo-
resnominaisdoscompooentes ou dosvaloresmedidoscom um multímetro(aÌgunsmul-
tím€tros têm capacímefo incoÍporado).
Substitua-sea resistênciâde 100 O por uma resistênciade I kO. Que altera-
ção se introduz na ddp nos dois componentese na diferençade fâse entÍe corrente
e ddp no condensador?Pâra o circuito na sua totalidade quaÌ a diferença de fase
(ddf) entre a correnle e a ddp aplicada?A mediçãoda ddf entre a corente e a ddp
no condensadoré aconselhávele para tal, a medida da ddp em R e em C com o
osciÌoscópiodeve ser feita quando a ligação à massase situa entre os dois com-
DOnentes.
E)(PEFSì\CIA 4

3 MediÌ câpâcidâdes

Um modo de estimaÍo valoÍ de uma capacidade desconhecida é usarum circuito do


tipo do anteiior e deteminaÌ a impedância a paÍiÍ da medida da corÍente e da ddp no
para
condensador umâdadafrequência desde que se verifique a condição R > lz.l, pois
nestasituaçãoa medidada ddp aosterminaisda resistência permite câÌculara coüente
dado o valor de R.
Um outro método simpÌes é o de, no circuito anterior, variaÍ a frequência de modo
que as amplirudesdasddp na resistênciae no condensador sejâmidêntigas.Nessasitua_

çáo,a iÊualdadeR--l^ permrlecalcularo !aloÍ d,i capacidade. lJlandoos dors


írc
métodospodeÍìos aferiÍ o vâlor nominal dado para â capacidâde.As medidasr€ali-
zadasdevemser afectadasdos respectivoseÍos. Discutir â aceìtaçãoou não da dis_
crepânciacom basenos critéÍiosde rejeiçãode observaçõesou nosintenaÌos de con_
fiança. Se não for conhecida,admita uma toÌerânciade 10% para o vaÌoí da
câpacidade.

4 Descârgâ do condeÌLsadoÌ

Dimensionandocoívenientementeum circuito RC podemosobservara descargado con-


densadoÍ a paÍir da medida da ddp aos seusterminais pois: Vc(t) = V.erRc, quando o
circuito é alimentado por uma ddp quadÌâdâde 5 v de amplitude máxima e frequência
da odem de 1 kHz.
Compare-see discuta:seo vaÌoÍ da consknte RC nominal,com a medidacom o
osciloscópio a partir da leiturâ do intervalo de tempo necessáriopaÍa que a ddp se reduzâ
de 1/e. Porque se aconselhaeste intervalo de tempo? Para fâzeÍ as medições usaÍn-se
ambosos canais do OSC, o que permite a observaçãosimultâneado sinal do geradore
do sinaì aos terminais do condensadot
Quando se usam geÍadoíesde sinais Íão devemosesqueceÍque as sâídasde sinais
de tipos difercntes podem ter resistênciade saída diversas e de valor não desprezável
em Íelaçãoà resistênciade caígacolocadano circuito,

5 Circuito inÍ€gradoÌ

Consider€-se o cìrcuitoda figura alimentadopoÍ uma ddP


quadradade 5 V de amplitudee I ms de período.Obser-
ve-se ao oscìloscópioa ddp aos terminaisdo conclensa-
dor e comparando-a com a do geradoÍpodeindividuar-se
que tipo d€ operaçãoestetipo de circuito executa.A re-
presentação na forrÌÌa gráfica facilita a interpretação do
que se <.vê>.É convenienteobservara acçãodestecir
cuito pam outÍos tipos de sinal. por exemplotrìangulaÍe
sinusoìdal.
CIRCUIIOS SLECTRICOS SIMPLES I

6 FiltÌos RC

Com o circuìto RC exemplificâdonâ figurâ, o estudo


dd âmpl'tudedd ddp âo. rerm'nâi'dâ re\r\rencrd em
lìnção da fíequêncjâpermiteobseÍvara acçãode fil
llo de pâssâalto, determinâra frcquênciade corte
experimeniale comparála com o valor teórico.
O estudoda evoluçãoda ddp aos terminaisdo
condensador em funçãoda frequênciâpermiteigual-
mentedefinir o compoÍamentode um ouúo tipo de
filtro e compará-Ìo coni o primeirc. PaÍa €ste tipo de
estudosugere-sequeuseumarcsistência
de 100K.É aconselhável gíá
a ÍepÍesentâção
fica de ambosos casos.

7 Experiônciâ* - Relâçãoddp-corrente num indütor

Um ciÍcuito do tipo do esquema.em que i=i-*sen (')te


i.-=2 nÌA permiteestudâÌo compoÍamentodo ìndutor.
Nesteestudopode seguir-seuma metodologiaidênÌicaà
u\adâpaÌa estudarum conden.ador
Observemosao osciloscópioa ampÌitudee a fasedo
quandose vúa
sinalno indutoÍem relâçãoà alimentâção
a frequênciaentre I kHz e 40 kHz. O que se passaaos
rcrminâisdâ resistêúciâ?Discutao acordoentreâ expe-
riência e o modelo maiemáticosegundoo quâl um indutor é um diferenciadorde

E Experiênciâ* - CircuiÍo ressonanteLC

Montandoum circuito com um condensador de - l0 nF em sériecom um induÌor de


-50 mH e usandoum osciloscópioparamedn as ddp e ddf aosterminaisdo condensa-
dor e do indutot podemosestudaÌo fenómenodâ ressonância variândoa frequência
entre2 e 5 kHz. Um mjliamp€ímetropermitemedir â intensidadeda corÍentee a res-
sonâncjaé bem evidenciadanum gráÍìcode i(f). O que s€ podeentenderpor Íessonân-
cia?Qual a potônciaelécrica dissipadanesteciÍcuito?
E)(PERÉNCIA 4

4.4 Exercícios

4.1 ConsideÍeo circuiÌoda figura.


a) Usândo o teoremada sobreposição
J< JK-
esquemâtizeos dois circuitosparciâis
que permitem caÌcular a ddp entr€ A Í
lt'
Iok ft"(
eB. B
b) Usando os esquernasanterioresquais
serãoas ddp V'aB,V"Àu e a ddp final VaE?
c) Se medirmosa resistência R2 com um voltímetrode resistênciaintema 100kí)
e um amperímetroinserido em série no ramo de Rz com uma rcsìstênciaintema
de 10 O, qual é o erro na mediçãode R2?
R : b ) V a B = 3V . V " a B = 5V . V a B = 8V . c ) 1 0 . 1 7 , .

4.2 Z Suponhaque no circuito da figura se fecha R t -


o inteÍÍuptorIr, manteodo12abeÍo, e queo con-
densadorno instante iniciaÌ não esú canegado. -
__-L R2
a) Ao fim de quanto tempo a ddp às extre-
midadesdo condensadoratinge o valor de
R t =3 . 3k O R 2 : l , l k O C = 1 @ F F
3V? vo=5v
b) No instâÌìte calculado na alíneâ anterìor,
qual é a intensidadede corrente que per-
corre o circuito?
c) Depois de espeÍar um intervalo de tempo suficientemente longo paÍa se coÍsi-
derar que o condensadorse encontra completamentecarregado,fechou-seiguaÌ-
menteo interruptorIr. Nesseinstantequal é a intensidadede coÍente que passâ
a p€rconerRr?
d) Mantendo o circuito Íâ configuração da alíneâ anteriot pam que valor tend€Íá a
ddp às extremidâdesdo condensador?
R: a) l=0.3 s, b) i=0.606ÌnA, c) i=4.55 nA, d) VC=VR?=
1.25V

4.3 O gerador do ciÍcuito fomece uma


onda quadradaVs(t) representâdano
gráfico. AdÍnita que VR<VC.Desenhea
onda de saídaVR(t) e expliqu€ o tipo de
operaçãomatemáticaque esteciÍcuito
executa.Quaisos valoresmáximosde
ddp obtidos?
R: Derivêda.O sinal s€rácomo um impulsode âÍnpliludeiguâl à ddp âlingidano condensador
duranteum peíodo. Uma vez que o condensâdor se carregâà ddp de €ntrada,o sinâlde saída
teiá a mplÍud€ máxima.isto é, l0 V.
CIRCUITOSELECTRICOSSIMPLESI

4.4 Z O geradorda figura fomece uma ddp trian-


gulârde acordocom o gÍdfico.Que opeíâçio
matemáticapode ser feita com este circìrjto?
Quâl o aspectográfrcodo sinalaosterminaisdo
condensador C?
R: IntegÍação,
arcosdepaúbolaposirivos
e negativos.

4.5 Nas duâs figuras estãoìlusúadosciÍcuitos


com indutores.Em âmbosa indurânciarem um
T ã
, a ã ' , Q 7
valor de 5 H e a fonte de corrente fomece uma | ( | ãL
conentei(t)=2sen(I00ot) mr{
â) No circuitosemresisrência
qual a exprcs-
sãodaddp aosrerminaisdo ìndutoÍe qual
o valor máximoda ddp?
LÍ L!-
b) No circüi1odâ direitapode-semedir a ddp âosteÍminaisde qualquerdoscompo-
nentesusandoum osciloscópio.Como o ligâriaparacontÍolarsimultâneamenre
as ddp aosteÍmìnaisde L e R? Parafazeruma medigãode L que valoresseriam
os adequâdos parâR?

ln n ld, n- 1 n' n fl Do, rrè,e,quema,pioposro.


qual
n /\ [/fi /f\ fÁ\ fftì rcpresen,i
a relJ(joddo-correnrr
T-YT- }]VN- ïf\W-V- numinduror?'renrcerpriear
l v \ 7 Í \ r \ / t' / 1 i 1
: R J'v' l 0 \ ' b ) R - 5 Kc ' B

4.6 Um circuito RC série é percorrido por üma corrcnte sinusoidalde frequência


f=100 Hz. Se for R=500 kO e C=l nF poderemosusdÌum oscitoscópiode I MO de
impedânciade entradapaÌa medir â quedade tensãono condensâdor?
R: NestecásonAopodemosusâreíc osciloscópio
poisa impedância
deenrlda é da mesma
o.
demde gÍandezada impedância
do condensado.Z< = t.6M{L

4.7 Z No circuìtoda figura as impedâncias


Zr, Z z,Z3 e Z+ encon-
tram-s€chspostas em pontede Wheatstone.
a) DeteÍmineo circüito equivalentede Théveninda ponterela
tÌvamenteaospontosA e B.
b) Deleíminea condiçãode equilíbroda ponte.iÍo é. a reÌa 57
ção a que têm que obedeceÌas impcdânciasZL para qre

c) Suponhaque djspunhade um geradorde tensãosinusoidal.


e que pretendiausâÍ â ponteparâmedir a capacidâde C, de
um condensadoí, com o auxílio de uìì condensador de capacidade C conhecida
e de duasresìstênciâsRr e R, (es!ade valor variáv€Ì).De que forma disDoriâos
várioselemenlosno circuitoÌ
EXPERIENCIA 5

Circuitos ElectricosSimplesll
lì díodo é üm elemenloem que nào se
\-, verificaumareiaçãolineaÌenfe addp
e â corrente. Quando polarizado directa-
mente este componentedeixâ pass& a cor-
rcnte <quaso sem inteÌfeÍir Quando poÌa- r-)|----r
rizado de modo inveNo a sua resistênciaé t l t l
praticamenteinfinita. Na realidade,paú
Li4)'r
conduzir o díodo necessitade uma ddp de "Ì'ff#' "$fftr"
poÌarização (cerca de 0.7 V paÍa díodos de
Si) e apÍeseotauma resistênciade âÌguns
ohm. A tensãode polarização, que depende
do nÌateriâl da junção, vaÌia com a tempe
ratura. Pam díodos de silício a vaÌiação é de
aprcximadamente2.1mV/"C. _-qz,v_+
Num circuito simples de um díodo em sérìe
com uma rcsistência, quando aplicada uma ddp
sinusoidalsó um ciclo passapâÌa o exterior:
tem se a rcctificação de meia-onda.
A associação de quaro díodos de acordo
com o esquemarepresentadoabâixo à esquerda,permite a passagemintegral do sinâI,
é â Ìectificâção de onda completa. A associaçãodestaponte de díodos com um coÍden-
sador,cuja capacidâdetenha um vâloÍ conveniente,pefmite tÍansfoamaÍuma ddp aÌtema
numa ddp quasecondnua,como representado no esquemada direita.

59
A quedada tensãode saídâdevida à descârgâdo condensadordesigna-sepor ondula-
ção resìdual e vale aproximadâmentey. - V0 , em que Yoé a ddp máxima de saí-
ib
da e f é o período dâ ddp sinusoidâl de entÍada.
Um ampÌificador operacional (amp op) é um circuito integrado que apÌesentaum
ganìo diferenciâÌ eÌevado. O esquemaque repÍesentaeste componente (figum da es-
querda) iÌustra âpenasos dois terminais de entrada e o lerminal de saída-No amp op
EXPERÉNCIA 5

ideal o ganhoé infìnito, Á" = v./(y. -1r-ì - ó, e as corÌentesde entÍâdasâo nulas,


,* = I - 0. Na figurada diÍeita identificam-setodasasligaçõ€s,incìuindoasde poÌari-
zação,pâÌaum ampop real.

Ajusle de zero
EntradainversoÍâv_ V (+12V)
EntrâdanãoinveÍsorav+ Saídav.
vÌ-12 v)

Nâ configuraçãomais simpleso amp op funcionacomo comparadorcom apenas


duas ddp d€ saídâ,+y0 e -y0, confolme a diferença entre as entradasé positiva ou nega-
tiva. Em circuitoscom realimentação, como exemplificadonos esquemasa seguit o
amp op funciona como um amplificadorem que o ganhoé controladopeloscomponen-
tes ligadosno circuito.

Rl

O uso de amp op permite ainda exe.utar operaçõeselementaÌescomo por exemplo.

5.1 Pesquisapmpostâ

I Estudoda relaçãoentreddp e conentenum díodo.


2 Rectificação de meia onda e total de ddp alteroas.
3 ObÌençãode ddp constantea partir de ddp altemade tipo sinusoidal.
4 Construçãode amplificadoÍesde ganhoconiÍolávelusandocircuitosintegrados.

60 A prossecLrção
destapesquisâimplica o estudode
. CircuitosEléctricosBásicosâ pârtir do parágrâfoDíodos(Leitura4).

5,2 Equipamentonecessário

Osciloscópiode Z0 MHz (OSC), multímeÍo, fonte de tensãocontínua,geradorde


sinais (o gerador em uso pode apÍesentaruma dadâ resistênciainterna conforme
crRctrTos ElÉcrRrcos sIM?LEsII

o sinaÌ escolhido),resistênciase condensadores,díodo de silício e amplificador


operacionaltipo 741

5.3 Experiênciassugeridas

I CuÍvâ carâcteÌísticade um díodo

Com um circuito ânálogoao da figura. alimentadocom uma


ddp de 0 a 3 Y estabelece sea curvacarâcteísticaI(V) de um
díodo de silício e de um díodo de aÌsenierode gátio (emlsor
de luz veÍmelha).A ddp e a coÍent€ no díodo medem-secom
o multímetrodigital. Porquerâzãose inlroduzuma resistência
no circuito?

2 Rectificaçãod€ meia-onda

DescreveÍa acçãode um díodo de Si quândoo circuito anterioré aÌimentadocom


t* = 8 senú)r V de frequênciâ1 kHz. observandoa ddp na resistênciacom o OSC em
entradaDC. Qual a Íazão da escolhada enÌradaDC?

3 Alisâmento

MontaÌ um circuito análogoao anteriormas em que a Íesistênciaé subsrituídapor um


condensador coln umacapacjdade de 33 nF ObservaÍa ddp âosrerminaisde C e medir
a osciÌaçãoresidualcomparando-â com o valor espeÍadoteoricâmente(lembÍemo-nos
que a resistência
de entradado osciìoscópioé 1 MO). O que se passaquandoem pârâ-
lelo com o condensador se colocauma Íesistónciade 100kO?

4 Rectificação de onda completâ

Deve regisÌaÌa acçãodc um circuito rectificadorde onda completaquandoé alimen-


tadocom uma tensãosinusoidal.Comofunciona?QuâÌ seráuma dasaplicações eviden-
tesde um rectiÍìcadorde onda compÌetaassocìado a um condensâdor?
Podemosobter um efeito espectaculârse em vez de uma poúte de quaÌro díodos
de silício usarmosLEDS de cor€sdiversâse sjnaisde frequênciada ordem de alguns
heÍtz.

5 Circuito compârâdor

Polarizeconvenientemenlc o amp op. Com o circuito da 1ì I


guÍâ observeno osciloscópioo sinal de saídae interpretea
acçãodo circuitointegradoquandoà entÍadainversoraéapli-
cado um sinâlvÍ=4+5sen2Í/V com uma Íìequência de
I kHz.
E)SERÉÌ\ÌCIA 5

6 Circuito âmplificâdor
Monle o circuitoda figura e polarizeo ampop. Esco
lha o valoÍ das resistências de modo a ter um ganho
de 0.1.
Mont€ um oìrro cìrcuiÌo queproporcioneum gânho
de I I . O que significâ o sinâl menosno primeiro gânìo?

5.4 Exercícios

5,1 a) No ciÍcuito da figuÍa o díodoé de silicro e


a Ìensãode funcionamento é 0.6 V Qual a
ddp aosterminâisde Rr?
b) Que correnÌeperconeR3?
c) Que potênciâé dissipâdano díodo?
V, b) ir=24 mA, c) PD=67.7
R: a)VR,=2.6 ÌÌW

5.2 U Considereo ciÍcuito rectìficadorde meiâ ondâ da


figura.em queR= 100kÍÌ, C= 100nF,vs= 10sen(6280t) V
eodíodoéideal.
c
â) Descrevâqual a funçãodo díodo no circuito.Re-
presentegraíicâmentea tensãoque se deveobser-
var aos terminais da resistênciaern função do

b) Qual a âmplitudeda oscilaçãoresiduâI,fazendoas seguintesaproximações: i) a


descaÌgado condensador âtravésda resistônciaR durâ um ciclo completo;ii) a
coffentede descargaé constantee igÌral ao seuvalor iniciâ|.
c) Supondoque o interruptorP é abenono ìnstante€m que a ddp âosterminaisdo
condensador atingeo máximo.qual seráo temponecessáÌio paÌâque se descaÌ-
reguea lEo da ddp inicial?
Ri b) V=l V. c) t=4óms

5.3 Z ConsideÍeo circuito ú figura, em que a


bobinaL de indutância I-50 H cria um
62
cÂmpomagnetlco.
a) No momentoem queseliga a fontede i
coÍÍente esta varia de acordo com o
gráfìco de i(r). Qual seráa ddp aoster-
minâis dâ bobina uma vez eslabele-
cida a Ìigação.
b) A bobinâé feita de um enÍolâmentometálicocapâzde dissipar5 W. O quesuce-
deráà bobinaquandose estabelece a ligação?
CIRCU]TOSEÚCTRICOS S1MPLBS
tr

c) Explique como um díodo de silício ligado em parâlelo


com a bobina,imp€deo acidenteda alíneaanteÍior.
d) Porquerazãoo drodo\o funcrona duranre o inrenalode i
tempoem que a correntevaria?
R: â) VL=7-5kV, b) queima-se
porqueteriadedissipar18.8W,
c) iL=0.4 |IA e P=0 ]2 pw, d) Se i não variênão se geÍaddp e o díodonão se poldiza.

5.4 Considereo ciÍcuito ÍepÍesentado


na figüra.
aì Dedu,/aa e\pre\sàode ganhodo circui-
to. Qual é o ganho quandoRr=lK e
Rr=4K7?
b) Indique vâloresrazoáveispara Rr e R,
de modo que o ganìo sejâ -1l5. O que
significao sinal menos?
c) ConsideÍe agorâ o segundo esquema.
De\cievaporquerâláo esteüpo de ciF
cuito tem sempreum gânhoigual ou su-
peÍior a um.
R: a) A"=-4.7. b) por exemploR,=lK e Rr=5K
c) A,=(Rr+R,)/R,=&/R,+ I >l

5.5 U Considereo circuito da figura

R-3kO R 3 =l 0 k O

a) CaÌcÌrleo ganhodo ampÌificadorquandoo interruptorse enconrraaberÌo.


b) Se Vr=2 Y quâl seráa ddp medidapelo voltímetroV?
c) Fechândoo intenxptore com Vr=l V qual é a ddp medidapelo voltímetro?
d) Que operâçãoaritméticafâz o amp op na sitrìaçãoda âlineaanÌerior?
e) Substituem-seVr e V2por fontesde tensãoladável, em que vr(t) é uma ddp qua
dradade 5 V e f-10 kHz e vr(t) uma ddp triangularde Vmx=5 V e f=40 kHz.
Represente esqìrematicamenteâ ddp de saídaem funçãodo tempo.
E)(PERÉI\ÌCIA5

5.6 Mostre qu€ paÌa o circuito dâ figura a tensão


de saídaé propoÍcionalâo jnlegral da tensãode

Llr.o'.

5.7 Recorrendoao teoremâda sobreposição calculeo


vâlor da tensãode saídaV. em funçãodastensõesVr,
Consideretâmbémo casopâÍi-
V, e dasresistências.
cularem que - . q* .o**"o de.empenha
' { ,(L
{'
/lr

R: y= Â'+R: R" y. jry,"" &=&"n6o6"uy=& 1 y ,y , 1


,R Rr + ÃJ Ìlr ,R, /t, A
designase por amplilìcadordilèrencìal.
O circuilo nestaconfiSuração

5.8 a) Calcul€o ganhodo circuito em funçãodâ fre-


quôncia.
b) QÌrâl é o ganhodo ciÍcuiro parâconenteconrí
nua?Queconclusões !ira quantoà Íurçio dcsem
penhadapeio condensador C?

R r a )Á = l + - - - - - ' r b) lÁ J lqua.doo-0.
f-,
1l /i +
r
Ì (dc):

5.9 Pretende-se
usar um díodo de Zener à
saídade uma fonÌe de alimentaçãopara se
obterumatensãoestâbìlizadaa 5 V O gera-
ì-"
dor forneceuma tensãoVs=9 sen(2Íf0 V .J
com f=50 Hz.
a) Quevâlor deveráter a resistêDcia R, se â intensidadede conentemáximâque se
pretendereÌirarda fonte for de 250 mA (admitaque a quedade tersãono díodo
D, quandoeste conduzé aproxiììadamente igual a 0.7 V).
64
b) Calculeaproxnnâdamente a poÌênciadissipadâna resistênciaR.
c) Qual é a potênciaÌnáximafornecidapelo circuito ao exterior?

R : a ) R : 1 1 . 2 Í l b ) P = 0 . 8 3 \ rcy) P = 1 . 2 5
W
EXPERIÊNCÌA6

Qual Seráa TemperaturadasMãos?


omo meaLrpmperatura clássico temómetro de ìnercúrìo?
Os transdutores electÍicos,isÌo é, sistemâsquerrânsÍbÍmamsinaismecânicos, téÍ
mÌcos.magnéticos,musculares ou de qualqueroutÍa naturezanum sinaleÌéctÍicoreve_
lam-seideaisparaa construçãode insrrumentos de medjda.Isto porquemanusear sinais
eìéctricosé mììito sinples Ìendoem arençãoos poderososm€ioseÌecÌrónicosqüe hoje
existem.O Ìrsode um simpÌesmulrímetroou osciloscópiopermiriráa observação ea
mediçãode üm grandenúmerode grandezâs. O Íecursoa ciÍcuilos inÌegÍadoscomo os
amp op fâcilita â mediçãode pequenasvâriaçõese a iÌÌplemenraçãode sistemascìe

Entre os possíveìstÍansdutoresde temperaÌura propomosa utilizagãoda alteração


da ddp de poìaÍizâçãodosdíodosde silícìoe â variaçãoda resisrividadede cerÌosmarc
r]ârscon a temperatura,
Os díodostêm uma tensãode polarizaçãoa paÍh da qual conduzemseìÌ introdÌl
zir quaseresistênciano circuìto. Esta tensãode polârizaçãoé uma cdÌacrerística do
Daterialdc que é feito o díodo, sendoaproximadamente 0.? V paradíodosde siÌício.
Este valor pode sofrer pequenasvariaçõesconsoanteo métodode fâbrico mas ele é
essenciÂlmente funçãoda temperârura, apresenrando p.ra o díodo de silício ìrm coefi,
cieúe LVI\T - 2.1 nV|'C.
A ÌesisÌênciaeléctricaR de um condurorfiliforme é directamente DroDorcionâl ao
.eu (ompnmcnto I e inver\amenlepropo(jonal ua.ecç;orecra:: n = pt zS.a c"n,
tântl.de proporcjonalidade p designa-sepor resistividâdee dependedascafacterísticas
materiaisdo conduÌot masüãoda suaforma geométrica.A resisrivìdade dependelam-
bém da temperaluÍaa que o condutorse encontrâ.Paramuitosconduroresmetálicosa
resistividâde(e consequenÈDente â resiÍência) aprcsenta uma variaçãocom a rempe_

p ( O = p o ( t+ d Á r + Ê Â r , + . . . )

onde p0 é â resiÍividade do condutorm€djdâa umâ tempeÌ.atura


I0. o e I são cons
iânrcse ÀZ= I 70.Parapequenosintervalosde temperaÌurâ,e dependendo do tipo de
material,podemosescreverumaformâ mais simplesdadapor 65

p(D=po(r+cÁ?)

onde d pÂssaâ ser desìgÍrado


poÍ coqlíciente.te temperuturu(ta rcsistiyitta.{e.
Os temístoressãocomponentessemicondììtorescuja resistência
é rambémfuDção
da teÌnperatrìra,
emboranão de uma forma Ìinear Pârâ os ternísroresde coeficiente
D@ERIÊNCÌA 6

negativode temperatura(NTC) a resistênciapode ser apÍoximâdamente


deteÍminada
peÌafóÍmula

R=Ro"
, \i T+ -7 +
"1 l

em que p é umaconstantepositiva,Ro é a resistênciado termístorà temperatuÍaI0 e ?


é a temperaturaabsolutaem kelvin. A temperaturas<altas>estafórmplapode sersjm-
plificada

R=RncÊr

O coeficientede temperaturada resistênciâa pode seÌ definidopaÌa um termístor


â partú dâ expressão

1 .ìR P
R .1T T'

proposta
6.1Pesquisa

I ConstÍuirum cjÍcuito tÍansdutorque dê uma temperatura


na folmâ de ddp.
2 Calibür o sistematransdutorestabelecendoa relaçãoV(T).
3 Uso de teúìómetÍosde resistêrÌciâ,
4 Construçãode âlârmes.
5 Linearizâçãode gráficos.

A prossecLrção
destapesquisâimplica o estudode
r Análise,Aquisiçãoe Tratâmentode Dados(Leitura l);
. CiÍcuitos EléctÍicosBásicos.a partir do parágrafosobreDíodos (Leitura 4);
: O que é Temperatura(Leiturà5).
66

6.2 Equipamentonecessário

Teímómetrode mercúrio,sistematérmico com temperâturavariávelentre0 e 100"C,


fonte de co[ente construídacom basenum tÌansístore um díodo Zener fonte de ddp
contínua.multímetrodigiÌal, circuìto integrado741 ou equivalente,díodo de Si e de
AsGâ, um fio de tungsténio,resistências de vários valorese um termístorNTC (por
exemDloPHILIPS ref. 2322640/90005\.
QUAL SARÀA TEMPERATURADÀS MÂOS?

6.3 Experiênciassugeridas

1 Montâg€md€ um circuito€lectrónicopâíâ trânsdutoÍde aempemturâ


Nesla expeÍiénciausa se um díodo como sensorde tempeÍatura.
Paraqueo díodofuncionecorrectamente. acorÍentequeo atravessa
deve-semanterconstantee paraisso usa-seumâ fonte de corrente,
EstâobtéÌr-seassociando uÍn díodoZeneÌ a um transístore polari-
zando-osde acordocom o esquemada figura
O díodo Zener quando poldrìzado inversamenteapresentaaos
seus terminaisuma ddp constanteque é característicado díodo
usado.Assim,os poÌenciaisda basee do emissordo trânsístorficam z
fixos porquevB!=0.7 V com o transístoÍem condução.Ajustando
a rcsistênciadoemissoÍobtémsea correntedôsôjáv€le estabilizada,
0 circuito seguinteconstituium fansdutorde tempeÍaluÈem -t2v
que o sensoré. comojá referimos,um díodo.No esquemaa fonte
de correnteanteriormerteexplicadaé ligadaa estecircuito no ponÌox.
A priÌneiraoperaçãoâ reâlizaré a cali-
bÍaçãodo termómetro,isto é, estabelecer a
relaçãoV(T)- PaÌâissocomeçamos porcali-
brar o sistemanos €xtremosdâ €scala.
A medidadas temp€raturas padrãoé feita
com um temómetrc de mercúrio conven
cionâl ao quaÌ o díodo deve seÍ Ììgadoter
mìcamenter.AjustÂndo-se R, é possívelter
à saídauma ddp nulaâ 0'C (temperaturâ do
gelo fundente).Colocandoo díodoem con-
tâcto com água en ebulição (cerca de
100'C),faz-seo ajustedo sanhodo ampop
atravésdâsresistênciasRr e Ra por forma â
obter um transdutorem que a sensibilidadeé l0 mV/'C. A mediçãoda ddp de saída
faz-seusandoum voltímetrodigital.Deveescolherâescalade maior sensibilidadecom-
patíveÌcom a medição.

2 Determinaçãoda curva de calibração de um tÌansdutor


Como não temosgarantiasque o nossotransdutorsejalinear,torna-senecessário
medir
a ddp em função da temperaturapara umâ série de vâlores intermédiosda escala.
Fazendovâriâr a temperâturâ do banhoentle 100e 0'C obtém-seum conjunÌode pon-
tosv(T), a cuna de calú.írçâ(,.O métododosmínìrnosquadradosdeveserusadopara
determinff os coeficienlesda melhorrectâque se ajustaaospontosexperimentais.

r O díododeveter rs ertrenidadessoldadÌsa iios elédricose a partenão isolada,diodose conrlclos,


deve ser protegidacom una cola nAraldite' ou lerniz, porexemplo.
EXPERIÊNCIA6

Discutâse os desviosobservados entreos valoresexperimentais e os valoresajus-


tâdostêm um cârácterpuramenteestatístico,
ou seÌambémtêm um caráctersistemático.
CompdÌe,usandoo tesÌede X:, os dois modelosestüdadospaÌâdescÍevera varia
ção dâ resistênciacom a temperatura:modelo linear paÌa conduÌorese modeloexpo
nencialparatermístores.(Notequecom I constanle,a resìstência
R é inversamentepÍopoÊ
cionalà ddp).
Qual é o erro mríximoque se obtémcom est€lermómetÍo?

3 Circuito comparador como sistemade alarme


À saídado circuito anteriorpodejuniaÌ-seum comparadorque forneçaum sinal que
polarizeum LED. O circuito pode ser concebidopor formâ a âssinâlaÍa situaçãoem
que a temperaturaììedida no díodo ultrapassa
a temperaturamédiadas mãos,valor da
ordemdos 34'C.

4 T€rm6m€tros d€ resistênciâ
O leÍmístorNTC, o fio de tungsténioe o tennómeÌrode mercúriosãocolocados,aco-
pladosteÍmicâmente. dentrodo vasocom águae gelo-Após ter-seâtingidoa tempeÍa
lüra de equilíbÍioenfe a águae o gelo (ou seja0.C) é medidoo valor dâ resistência
do
teÍmístore do fio de tungsÌéniocom o ohmímetrodigital.Inicia-seentãoo aquecimento
do conjunto,e mede-secom o ohmímetrodigital os valoresdas Íesistências a vá.ias

queo vaìoÍmáxüno
Deverátersccmalenção suportado
poraìgumas
NTCé inferioÍâ 100"C
e deveserrespeitadol
Com os dadosexperimentaissãoconstruídosdois gráficos,um para a resistência
de tungsténio,e outÍo para a NTC, aos quais se podem a.jDstar
resp€ctivâmenteâs

R(Z)=Ríl+ct^n

Podemdiscutir-seos problemasde lineaÌizaçãográfica de funçõesnão Ìinearescomo


é o casoda exponencial,o valor dos parâmetrose os eÍÌos com que estessãodetemi,

68 6,4 Exercícios

6.1 Considerando a figura âpreseniada


na €xpcrjônciâI calculeo valor de Rr de tnodo
a que a tensãono cátododo díodo Dr seja642 mV Considereque para20.C a tensão
ánodo/cáÌodo é de 600 mV CalculeRr de nodo a ter uma sensibilidade de l0 mV/.C
quandoR,=33 kO.

6.2 Umâ lâmpadade iìlamentode tungsténioapresenta uma resistência


eléc1Íicâ
R.= 65 O, quândoÍnedìdaà temperaturâ
ambiente(20.C). Sabendoque em condições
QUAI SERÁA TEMPLRÀTLRA
DASMÃos]

normaisde funcjonamento com a tensãoalÌemada redede 220 V a lâmpadâdissipapor


efeito de Joule 60 W, estimea tempeÍatuÌaatjngidapeÌo filamenro.O coeficjentede
temperâtura da íesistividâdedo tungsténioé l] = 0.0045'C '.
R: T = 1177"C.

6.3 Um condutordecobreapresentaumaresistência R = 0.50O quândomedidaa 20"C.


Sabendoque o coehcientede temperaluraé o = 0.0038,,Cr. determineo valor da resis-
tênciaquandoìnedidaa 100.C.
R: 0.ó5O.

6.4 Z Um transduÌorde comprimentoé lbrìnadopor um fio de diâmetÍoconstante, com


contâctoseléctricosnasduâsextrcmidâdes e ao qual se ligou um cursoÍque perìnireÌrm
conlâctoeléctriconospontosinlermédios.Pelassuascaracterísticas, â resisrência
eléc-
lrica do fio é directamentepropoÍcionaìâo seucomprimento.Pretendese construirum
ciÍcuito âmplificâdorde 1ìÍm a medir nuìn vokímetrodigital Lrmâddp. que em mV
sej.ìnuìnericamente igual ao vaÌoÍ do comprimentoa medir
Admita queo fio trânsdulorapresen ra um comprimenrorotalde I l0 cm e umaresis-
tônciâeÌéctricaiguâl a 5-5O. O ciÍcuito transdutordeveráser alimentadopor una ddp
de 12 V Considereaindaque o <zero' da escalade comprimentose enconúaa 5 cm
do 1ìmdo fio. No circuito dc amplificâçãodeveráconÍar um ajusredo zeÍo da escata
do voltímetro(i-e.quandoo cursorse encontrana posição(zero, da escalade compri
menÌos,deveráler-se0 V no voltímeÌro).

6.5 Pârâmedir â intensìdade


de um feixe de raios X construiu-seum transdurorseme
lhanteâo detectoÍGeìger.Este é formâdopor um rubo ciÌíndricoem cujo eixo cxiste

Entrea parededo tubo e o filâmentocslabelece-se umaelevadâddp.o transdurore


electrónicâassociâdâ estãorepresentados na íìgurâ.
O 1èixede raiosX atravessa o tÍânsdutorparâÌelamente
ao seueixo. semincidir nas
paÍedes,e interâctuacom moléculasdo gásque encheo tubo, formândoiões positivos
e electÍõesque ao se deslocaÍemsob a âcçãodo campoeléctrico,oÍiginâm uma coF
Íenteeléctrica.o feixe é suficienlementeintensoparaque esracoÍente se possaconsi-

O feixe dá origem à produçãode 1010electrõespor segundo(q"= l.6x l0 i,C)-


Â) Determinea conenteque atrâvessaa resistênciâ
de 100MO e â rcnsãoâplicada 69
à enlradanão inversorado operâcionaÌ(considereo operacìonaÌcono ideal).
b) Calculeo valor dâ resistênciâR paraque a tensãoà saídado amplificadorsejâ
de lV
c) Exprimâa sensibilidâdcdo cilcuito coìnpletoem Voh poÍ nA.
d) Prctcndese asÍÌciar à sÂídado circuìto anleriorum comparadoÍÌigado â um
díodocìnissorde luz (figura),por lormÂque seacerdaunìaIuz de aÌaÍmcquando
o númcrcde eÌectrõesproduzìdosexccdeìo v,ìlorde 2.5x I 0i,,.A tcnsãode conr-
pamçãoV" deveserfomecidapelodivisoÍ de tensão€squernatizado à diÌeita da
ÍìguÍa.Façao esquema
do cilcìrito completoexplicandosuÍnâriamente
o seufun-

e) Diga qual o valor de R' adequadopâra se atingiÍ o objectivopropostoem d).

R:a)I=1.6nJt,V=0.16V b) R = 5K3 c) 111.6


d) Ligar o ponroâ V. à êntÍada+ do âmpop 2 e o pontoa V" à entrâdâin}€rsomdo mesmo
âmpop.

70
EXPERIENCIA 7

VamosOuvir Rádio!
facto dos indutoÍesintroduzirem
uma diferença de fase entÍe a cor-
rente e a ddp que é simétrica da que é in-
tÍoduzida pelos condensadoÍes,Írermite
construir cìrcuitosressonantes. Os ciÍ- Y í
cuitos LC série ou paralelo têm apÌìca-
ções que exploraÍrÌ estecomportamento,
l - "
Usando as ÍepÍesentações compÌe-
xas,asimpedâncias do indutore do con-
densador são respectivamentedadaspor ZL= jí"L e Z.= -j/tìC. Assiíít, a iúpedâÌìcia
comple\âde um circujto LC sériee dadapor

e do circuito LC paral€lo por

t -oC
@L

Em qualquer dos câsosa frequência de ressonânciaé igual a

-^= I I
ou "Â -
VLC 2r'1LC

No câsodo ciÍcuitoLC sérieZrc+o quandoto+Ú)o,e no casodo circuitoLC para-


lelo 216+o quandoo+to6.
A impedânciatotaÌ de um circuito RLC é Z = R + Zrc.
Num ciÍcuito simpÌesLC paraleloao apÌicamos
umâ ddp Vgobter-se-iaparaa frequênciade ressonân-
cia f0 que yr.+ys. Na realidadeisto não sucede
'71
porque o indutor possüi sempreumâ pequenaresisrên-
ciâ RL. A figura dá umâ representação ÍeâÌísticado
indutor
A Íesistênciadoindutorimpedequeo valor de 126l
se tome infinito, desta foma Vrc nunca ating€ o valoÍ
Vs. Se representarmosa razáo da ddp de saída pela de
entrâda Vlc,rys em função da frequêocia f obtém se uma curva com um máximo pâra ã
frequênciade.essonânciaf= f".
E)(PERIÉNCIA?

Os circuitosLC sérieestudamse
de modo-análogoaos LC paÍaÌelo-
Devido ao seu comportamentoem
funçãoda fÍequênciaestescircuitos ,lt
são usadoscomo fiÌtros de passa
bandade frequência.isto é, permi-
tem sintonizar estreitâs faixas de o.707
frequência,cuja sensibilidadede se-
lecçãoé dada pelo factor de quali
dadeQ.
Sejamfr e f, âs frequênciaspaÍâ
as quais se tem VL(N|= U\f2. De
Íìne se factor de qüalidadeQ. como
Q = íalLf = folçz - eín q\e Lf = f,
Í é a largun da curva.O factor de
qualidadeé assimumâ medidarelarivada larguradâ cuÌva. Quantomais elevadoé o
valor do Q mais "apeftâda"é a curva, logo Ínais selectivoé o íìÌtÍo. No filrÌo R-LC
par.rlelo
tem*e Q - ou RC e p3r! o filtro RLC .e.ie O =.. .l .

7.1 Pesquisaproposta

I Obtençãode curvasde ressonâncias.


2 Determinaçãodo fâctorde qualidadeQ de 6lÍos de passabanda.
3 ConsÌruçãode um Íeceptorde rádio simpÌes.
4 Estudode caoscom circuitossimples.

A pÍossecução
destâpesqìrisa
implica o estudode

Ondas(Leitura6);
CircuitosEléctricosBásicos(L€itum 4);
Bandasde Radiofrequência (TABELAS).
'72

7.2 Equipamentonecessário

Um g€Ìadorde sinais sinüsoidais,um osciloscópio,componentesvárias(resistônciâs.


condensadorese indütor).Pam o rádio: fio paÍa fazeÍ a bobinae uma ferriie. conden-
sadorde capacidade variáveì,díodo de Ge, resistências,condensadores,um amp op e
um par de auscultadoÌes.
VÀMOSOLN'IRR-IiDIOI

7.3 Experiências sugeridas

1 CuNa de ressonânciâdo circuito LC Dârâlelo


Na figura é pÍopostaumaconfiguração
em que uma ÍesistêÍcìade cargaR se
encontraem sédecom um ciÍcuito LC
paÌalelo.Propõe-se a obtençãoda curva
de Íessonância com o osciloscópio.
PaÌa se obter VLc/Vs em função da
frequênciaf aconselha-se o uso da
ponta de prova do canal I para medir a
ddp à saídado geradoÍ de sinais e a ponta de prova do canal 2 colocadade forma a medir
a ddp entÍe a entmdado circuito LC e a massa.VaÌiando a frequência do geradoÍ mede-
se no osciÌoscópioos valorcs máÌìmos de vlc, V., e o peíodo do sinal. Deve escolheÍ-
-se um númeÍo de mediçõessuficìentementegrande para que a cuÍva se apresentebem
definida. Os intervâlos em frequêncìaentÍe duas mediçõesconsecutivasnão necessitam
ter semprea mesmaÌffgura, sendoconvenieíte seremmâis apertadosem tomo do

2 Factor d€ qualidad€ do ffltro LC paralelo


O circuito da experiênciaânterior pode seÍ usadocomo um filtlo passa-banda,PaÍa ava-
liar da sua sensibilidadedeve deteÍminâÍ-seexp€rimentâÌmenteo factor Q de quâÌidade
do circuito e comparar com o valor teó co previsto 2TloRC.
Se não coincidirem,qual pode ser a razãoda diferença?

J CuÌva de ressonánciado circuilo LC série


Para o circuito LC série pode ser feito um estudoanáÌogoao do cícuito LC paÍâlelo já
realizado na primeiÍa experiência.Quais as diferençasde comportarnento?QuaÌ a sensi-
bilidade destefiltro? O facÌor de quaÌidade€xperimentâlconcordâcom o teórico zÍfoLlR]

4 Um circuito d€ rádio simpl€s


A experiênciaconsistena montagemde um circuito muito simplesde rádio.O circuito
propostona figura podedividir-seem quatrobÌocosbásicos:antena,circuito de sinto
nização.circuilo de desmoduìaçãoe âmplilicâçáo.
73
E]<PE&IENCIA7

No blocode sintonização recoúece-seo circuitoLC parâleloda experiêncial, mas


agoradotadode um condensador de capâcidadevâriávelque permiteescolheÍa fre,
quênciade Íessonância. Estecircuito é alimentadopelascorrentesinduzidasna antena
peÌas ondâs eÌectromagnéticasemitidas pela estaçãoque pretendemossintonizar. No
casode estâ:mosnum local em que existememissõesde rádio muito pofentes,podere-
mos usâr como antenaum pedaço de fio de 1 ou 2 m de compúmento. Caso conÍário
é aconseÌhável usaÍ umâ ântenade maior comprim€nto.A Iigaçãodo ponto de massa
do circuito sintonizadoà terramelhomem aÌgunscasosas condiçõesd€ recepção_
O acoplamentoentre a antenae o circuiro sintonizado LC pode seÍ feito atravésde
um condensador C Ì de pequenacapacidâde (10-100nF). Esteacoplamento evitâo apa-
rccimentode umacapacidade parasitaempaÌalelocomocircuitode sintonização (intro-
duzida pelo circuito antena-terra),o que reduziria a selectividadedo aparelho.por outÍo
lado destaforma tâmbém se isola a antenade quaisquercomponentescontínuasda fonte
de alimentação.Uma vez seÌeccionada a frequênciada onda poÍâdora de Íadiofre-
quênciâ(RF) com o circuitoLC, é necessádo desmodulaÌa ondâa fim de Íetirar a com-
ponente de audioftequêncìa.A desmodulaçãoda onda está a cargo do díodo que detecta
a onda e de um condensadorC, que filtÍa a componentede RF. O sinal audio é então
ampÌificado,e a escutâpode ser feita com um par de auscuÌtâdores.

5 Exp€riência** - O câosem fisical


Um circuito RLC pode funcionaÌcomo osciÌadoranar
mónicocaóticona variávelddp se no circuito existir um
componente cle comportamento não linear. Este compo-
nente pode ser um condensador Se usarmos um díodo
varicap, a capacidadeque este apresentaé função da ddp
aplicada de acordo com
a
'"'-
(t + Y / * r '
em que (p e 1 são parâmetroscaracterísticosdo díodo.
Nestecasoo sjstemade equaçòesque regeo componamentodo circuiroé

+ iR + vD= V(t)

.- z/rD _ i se o díodo não conduz


ã-0seodíodoconduz

em que i é a codente no circuito e v(t, = 1,,sen2Ífí,f a frcquênciade ressonância,


v, ddp no díodo e C a capacidâdedo díodo.

I Pm saber máis sobre Súlenas D'nâmicos ê Câós consultü os anigos onginais


de M. J. FeigenhãÌm
publicâdosno .1.Stãi. Phys.19( 19?8)25e .1.Slâr.Phys.2l ( t 979)665e o â'rigo @Ìacioradocoft ô Íabalho
Vopósró Penod doublin! @rl chaoíic behdriour in a dl en anhamann ostitlatot, P. Linsav pbvs. Rev.
L3n.47(1981)1349.
\,AIVOSOL,\'lÌ úDlOl

Um circuito do tipo do repÍesentado no esquema,ern que o geradorfomece uma


ddp sinusoidalregulávelaté 2 MHz e em que â tensãovarìa de forma contínuaentre0
e Ì0 V permiteestudaro comportamento câótico.Começa-se por ajustâÍo geÍadorpara
a frequênciade ressonância do circuitocom uma ddp da ordemde 100 mV
Quando a amplitude do sinal de entradaé pequena,o sinal à saídaé âtenuadomas
tem a mesmafrequênciado de entÌâda.A medidâque se ior aumentando a ampììtude
da entrada,o sinaÌde sâídacomeçapor apresentaÌ duascomponentes com frequências
e amplitudesdiversas,e sucessivamente quatro,oito até que atingeuma forma com
pìexaquepodeconduzira um compoÍamentocaótico.Todaa análisedesÌecirclÌitopode
seÍ feitâ com um osciÌoscópioem modo Y T e Y-X.
Registândoa amplitudedossinaisnospontosde bifurcação,podeobservarsea par-
lir de ceÍa allura .e â relacãoenlre amoli(udeisucessiras

Â*r -À, - 'ç


^".,,^,;

é váÌida. Podendodeterminar-sea ordem da (constanteuniversal),ô, cujo valor é


4.6692D16.

7.4 Exercícios

7.1 Z MostraÌ que o factor Q para o circuito LC paÌalelo é dado por 0 = ('oRC

7.2 a) Calculea atenuaçãolÁ l= ly"/% | do filrro RCL da fi,


-
guÍa.PaÍaque fÍequènciaseobréma arenu,rçào Íünimâ? Ì | Ì
bì Calculeo facrorde quaiidadeQ do liltro. ã.
u,. a v'
.r- -r --L.
-T_
R:a,rÁr= 'c, ,p-u.o= | '..^. I i
ú' +@t-u-c )' 'fi' c

rÁ=ob)o=oo
+

15
EXPERIÊNCh 8

Observaçãoao Longe e ao Perto


comportâmentode um gÍand€número
de sistemasópticos,que podem ser
estudados com basena ópticageométrica,é
regido por equaçõesbâstantesìmpÌes.
Quando um raio luminoso ìncide numâ
superfície de sepaÍaçãoentre dois meios de
índicesde refracçãodistintosnr e n, (na fi-
gura n?>nr) pode sofreÍ reflexão e/ou re-
fracçáo. Todos os râios se encontramno
\
mesmoplanoeos ângulosmedidosemrela-
ção à normaì obedecemà lei da Íeflexão:
'lÌsen0Ì=r2sen02.
01= 0i e à Ìei da reftacção:
A ÍeÍlexãocom espelhosesféÍicosrego-sepelaequâção

l 1 l

em que d. é a distânciaobjecto,di é a distância


imagem e f a distância focâI.
Para lentesdelgadasconvergentesou diver'
gentestem-seuma equaçãoânáÌoga

d" d. l

Não se deveesquecer que as disÌânciassãopositivasou ÍegativasconfoÍmeâs con


vençõesusadasquer para os espelhosquer para as Ìentes.
A potênciade uma lenteé o inversoda suadisÌânciâfocâl em metroe a unidadede
potência,em ópticafisiológica,é a diopüia. A ampliaçãotransversal
de um espelhoou
de uma lenteé dâda poÍ
jmagem (h,) rd,
r, _ alturadâ
'"'- --
airu'ãdo obrcto (hJ 4
EXPÊRIÊI{CIA8

A ampliaçãoangularde umalentedelgada
é dadâpoÌ

t= o = - t -
It f l L

N é a distânciade visão mínima,L a dìstân-


f
cia imagem-olhoe 0 o ângulosegundoo quaÌ
se vê o objectosem o auxflio da ÌeÍte. Esta
expressãotoma aspectospaÍiculfies para o
casodo telescópioe do microscópio.

8,1 Pesquisaproposta

I Estudar a foÍmação de imagens dadaspor espeÌhose Ìentes.


2 Determinâçãode distânciasfocais e da ampÌiaçãotrânsversale angular.
3 Construçãode protótipos de mìcroscópio e telescópio, e determinaçãodas suas

A prossecução
destapesquisaimplica o estudode
t Optica Geométrica (I-eituÍa 7).

8.2 Equiparnento necessário

BaÍca de óptica, fonte de luz bÍanca ou laser, diafragmas, esp€lhoscôncavose conve


xos, prismas, lentes dolgadasconvergentese divetgentes,objectos luminosos, alvos, es-
calâs graduadas,traÌìsferidot nível de bolha.

8.3 Experiênciassugeridas

78 Expedência 0 - Estudo do comportâm€nto óptico d€ €spelhosplanos e cuÌvos, pris-


mas e filtros
Recorrendoa uma fonte de luz ou a um laser associadosa um diafÍagma com 3 ou mais
fendas gera-seum sistema de Íaios paÍaleÌos que permite o €studo da reflexão, Íeftac-
ção, reflexão total, determinaçãodiÍecta do índice de refracção de meios transparcntes.
No casodos espelhoscuÍvos podem detelminar-seas distânciasfocais e os raios de cuÍ-
vatuÍa. A combinação de fiÌtros permite o estudo da noção de cor
O rcgisto das observaçõesfaz-se sobÍe folhas de papel onde se marcâ o trajecto dos
raios luminosos.
oBSERVAçÀO
AOLONC€S AOPERTO

1 Deteminâção dâ distância focal das lentes


Na bâncâde óptica,bemnivelâdâ,coloca-sea lentee obtém-sea imagemde um objecto
convenientemente colocadoem relaçãoà lente.Paraalém desteprocessodirectopode
seguirse o métodode Bessel,no qual serecorreà formaçãode duasiÌnage
pontomovendoa lenteem r€Ìaçãoao objecto,que se manÌémfixo. Neslecasoâ potên-
EiaédÃ,JàpoíP=4dlkl: ãr) em que € é a diÍância entreas duâsposiçõesda lentee
d a distânciaobjectoimagem.
A potência (ou dis!ância focal) das lentes divergentesPd é obtida a partir da
associação destascom lenresconveÍgenles de po1ência conhecidâP.. Pâfa umâ
=
associaçãode ÌentescoÌadastem se Pi P,." P., P,,,.é a potência da âssociaçãode

No casode as lentesestaremsepàadas

- l P"tl, I
11, à(nltz 1)

em qued é â distânciaentreas duasÌentes../r â distânciado objectoà lenÌedivergente,


d? a distânciada lente convergenleà imagem final c P" a potênciada lente conver-
genÌe-

2 Construçãode um microscópio
Um modo simplesde construirum microscópjocompostoé usar duas Ìentesconver-
gentesde distânciasfocais pequenâs(entre0.03 e 0.15 m), montadasnuma bancade
ópticadetal formaquea distânciâentreeÌâspermitaa íbrmaçãode umaìmagemampliâ-
da do objeclo.
O objectoâ ver devesercoÌocadoparaatémdo foco dâ lentemaisconvôrgentemas
mujto vizinho deste-Com estecuidadoobservarpatasou asâsde mosca.oÌr quâlqueÍ
outroobjectode pequenas dimensões. DeÌerminara ampliâçãoe compârâÍcom o vâlor
previstoteoricamente.
ExpÌicarâ âcçãodo olho como transdutorde visão.

3 Construçãode um telescópio
PodemontaÌ-seum protótipode telescópio reconendosimpÌesmente a umâlenteconveÍ
'79
genlefÍaca (objectivade f =0.50 m) e umafoÍementeconvergente (oculaÍf -0.05 m),
na de
dispostas bancâ ópticâ de modo a permitir a visualização
de objectoslongínquos,
como jânelâs,antenâspaÌabólicas,etc.
Explicara escolhapropostapaÌa as lentes.Estudara ampliaçãoanguÌarutiÌizâúdo,
se disponíveluma escalâgrâduadae iluminâda.Compdrdro valor obtido com o pÍe
Qual é o papeldo olho humano?
visto teoricamente.
Conslruçãode um telescópiode refracçãocapaz de dar uma imâgem direitâ.
Estudarâ acçãode uma terceiralenteconvergentede modo a tornaro telescópiomâis
EXPERIÈÌ\ÌCIA8

8,4 Exercícios

8.1 Suponhâmos que duasraparigasusamóculos,ümâ devìdoa miopiâ e ourraa vista


cansada.Em casode piqueniquenum pradoqual dosóculospodeseÍvir paÌaârearuma
fogueirausandoa luz do Sol?
Ri Osdc vistacansada.
E umalenteconver8enre.

8.2 Uma lentedivergentepode ser usadacomo lupâ?Justifiquecom uJnesquerna.


R: Não.

8.3 De dois telescópiosde r€fracçãoque difeÍeÌìrsimplesmente


no compÍimento,qual
possuimaior ampliaçãoangular?Porquê?
R: A ampliaçãoé iguaÌporqucdependeapenâsda razãoenúeasdistâncjas
focais.

8.4 Como füncionâum projeclorde diapositivos?

8,5 Pensa-se queas imagensviÍuâis sãomenosimpoÍantesqueas reais.o que nãocor


respondeà Íealidade.Dos seguinresinstrumentosdiga quais são os que dão imagens
virtuais:projectorde diaposirivos,
máquiÍaforográfica.lupa,lentesde conÌacto,micros_
cópio,telescópioastronómico,binóculos?
R: lupa,microscópio,
lelescópìoe binóculos.

8.6 Z Calculeo índice de Íefracçãode um prismade vidro e o erro estâtísricoque o


afecta,sabendoque um.Iaio luminosoao passardo aÍ (n- = 1.000)parao vidro sofÍe
umâ refracção.O ângulode incidênciâno ai é 0j= 61i2. e o de refÍacçãoé 0,=3611..

E.7Um laio d€ luz iúcidenumafacedo diâmante(nd=2_42),


é refÍactado no seu interior e atìnge uma das faces opostas
com um ângulode incidênciade 28..
a) Com o diamanterodeadode ar. diga se o raio é par-
cialmerteou totâlment€(eÍlectido(est€último caso
encontra-se exemplificadona figura)_
b) Respondaà mesmaquestão paÌaum diamantemergu
80 Ìhadoem água(ná!,"=1.33).
c) Com basenos resultadosanterioresdigajustificando.
em qualdosmeioso diamanrebrilhamais,aÌou águâ.
R: a) É bralmentereflectido-
b) Nãoé lotâlmente reflecrjdo.
c) Brithamâs no a. po.quea onde
um maiornúmerode raiosé lotaìmen0e reflectido
EXPERIÊNCIA 9

Célula Fotovoltaicacomo Conversorde Energia Solar


em Energia Eléctrica
uma célula fotovoltaica obtém-se energia eléctÍica iluÍÍúnando a zona sensív€lda
célula com radiação de comprimento de onda (cdo) adequado.A relação Ic(Vc),
em que Ic é a corrente eléctrica que atÍavessaa célula e Vc a difeÍença de potencial aos
seus teÍminais, permite determinaÍ em que condições a célula pode fomecer potência,
Estarelaçâo,também designadacaracteústicâda célula fotovoltaicâ, varia com ascondi-
ções de iluminação da célula e pode ser determinadaconstuindo um cìÌcuito que per-
mita simultanearneÍte mediÍ as duâs gÍarìdezasIc e Vc,

9.1 PesqúsapÌopostâ
I Estudodo efeito fotovoltaico.
2 Cálculoda potênciaeléctricade umacélulafotovoltaica.

A prossecução
destapesquisaimplica o estudode
CélulasFotovoltaicâs(Leiturâ8).

9.2 Equipamento necessário

Uma célulafotovoltaicap-n de silício, dois multímeÍrosdigitais,uma fonte de tensão


contínua
e umaÍesisÍência de 100O.

9.3 Experiênciassugeridas

1 Determinaçãoda curva ceracteríltic8 da célula fotovoltaicâ


Para determinar a curva característicamontar o cir-
cuho da figura. A resistènciaR representa a resis-
8t
tência de caÌga da célula e deve teÍ um valor tal que
a corrente Ic não excedao limite máximo pemitido
paÍaa célulâem questão(R- 100O). A coríenteIc
mede-secom um ampeímetro digital intÍoduzido no
râmo da célula e aos terminais desta deve Ìer-se a ï
ddp Vc com um voltímetrodigitaÌ.
EXPERÉNCIA 9

Representa-sena foÍma gráíìcâ a característicaIC(VJ para uma célula fotovoltaica


fazendovariar â ddp aplicadaao circuito,Vr entÍe 8 V e +2 V Deve ter cuidadoe
âtençãocom os sinaisda ddp e o sentidoda correntemedidospelosrespectivosmultí
meiÍos.ConsideÍaras seguintessituações:
- sem iluminação,
- iluminadapor uma ìâmpadade candeeiro.
- se possíveÌ varie o cdo da radiâção, por exemplo interpondo filtros adequados.

2 Cálculo da potência de umâ célulâ fotovoltâicâ


Com a conveÍção de sinais indicada no circuito anterioÍ, a potênciafomecida pela célula
pode ser caÌculadapelo pÍoduto VcIc, Usandoos valoÍesdeterminados na experiên-
cia anterior,câlcula-seâ potênciaem funçãode Vc ou Ic paÍâa situaçãoda célulailu-

J Célula como font€ dc corr€nte


DetermiÍar â impedânciade saídapaÍa a qual a potênciâ fomecida é máxima e discutir
se este tìDo de céluÌa oode ser consideradacomo uma fonte de colrente,

9.4 Exercícios

9.1 Se a potênciasolarmédiarec€bidaao níveÌ do solo disponívelpaÉ conversãoem


eneryia etéctrica for da órdem de 1000 w/m,, parâ céÌuÌasfotoeléctricas com uma efi-
ciênciaâ = l5%, qual é a áreaque necessitamos paÉ fazer funcionâr
â) Umâ caÌcuÌâdoÍaque consome0.001W
b) Um rádio que consome20 W
R: a) 0.07cm?b) 1333cm?.

9.2 Urna céÌuÌa fotoeÌéctricaquandoiluminâda dìrcctamentepor Ìuz solar apr€sentauma


ddp em ciÍcuito abeÍo de 1.25 V e debìta uma intensidadede corrente igual a l0O mA
quandoem curto-circuito.Se o fâctor FS da céÌuÌafor igual a 0.75, qual é a potência
má(ima que pode serÍetiradada céÌula?
RrP=0.094Ìr'.

a2 g.l Se o fotodíodo represeÍtadono ciÍcuito da


figura forÍecer uma intensidadede coÍrente
lD= 10 ÍÌA quândo iÌumiÍÌado, quaúto vaÌe â ddp
de saídaV" s€ R for igual a 560 O.
R: V. = -5.6 V.
LÊÌTURA I
Aquisi$o, Análise e Tiatâmento de Dados
por fenómeno
^ Física pretendeexplicar os lenómenosda naturezâ.Designamos
.f1 quâlqueraconlecimento. factoou objectoextemoobservadod'reclamenLe ou atsa-
vés de dispositivosparticulares.À ciênciaestá intimamenteiigadacom a observação
dos fenómenose a medição das grandezasque os repÍesentam.
A observaçãoe a medição devem ser objectivas e independenlesda pessoaque as
faz. A objecrividade não é ceÌtamentefácil, bâstap€ns&rnosque cada um de nós é parte
activano pmcessode conhecimento e estamossemprecondicionados pelosnossossen-
tidos e experiências precedentes.
PodemosdizeÍ, aindaque de um modo simplista,que â metodologiada Físicase
baseiaesquematicamenteno seguinte:
r selecionar ou definir o fenómeno a estudaÌ;
r descreveÍo fenómenoem teÍnos de um certo númeÍo de caÍacteísticas designa-
das poÍ gÌaodezasfísicas, às quais se pod€ atribut um valor numéÍico a paÍir do
confronto com a grandezapa&ão. Este confronto é desigÍado por medição e o
resultadode uma mediçãopor medidâ. Medir uma gandeza signiflca atribuir um
número que expressaa relação ente elâ e üm padrão a que chamamosunidade;
, obter a partiÍ das medições, infoÍmâções que permitâm estabeÌecercomo âs
dive$as gÍaÌìdezasse Íelâcìooam;
r formular leis que govemem o fenómenoobseftado ou confÍontar previsõesteó-
Íicâsjá existentescom os dadosobtidosexperimentaÌmente.
Obsênaçõcs

" / \
##ffi" reori,,s
\ , /
Modelos

Das consideraçõesfeitas é fácil concluir que os dâdos experimentais ou as medi


formuÌaí metodo-
ções são a basedo coúecimento científico. AssÌm é muito impotante
logiâs que nos permitam medir com objectividade, mas é fácil imaglnaÍ â quantidade 85
de factores que nos influenciam o prccesso d€ medida

Aquisição de dados e instrumentos

como vimos um dosaspectos fundamentais da metodologiâda Físicaconsistena aquisi-


vâlidâde. Uma vez estabelecidaa metodG
ção de dados(medição) e na âvaÌiaçãoda sua
íoeia. os instrumentossão um elernentomuito importanteno processode medida'
PermÍem confrontaÍâ grandezaem estudocom o padrãodandouma respostaquantita-
tiva. PodemosesquemâtìzaÌos instrumentos como constituídos por:
r nm elementorevelador,sensívelà grandezaa mediÍ sinal de entrada;
! um bansduto! que transformâ a informação obtida p€lo revelador numa grân-
deza de fácil manipulação poÍ parte do experimentadoÍ;
. um dispositivo que dá visuaÌmenteoÌr graÍicamenteo Íesultadoda medida- sinal
d€ saída.

De forma geoérica um instrumenro de medida funciona como um tíansdutor que


transformaum sinalqualitativoe/ouinacessívelaosnossossentidosnum que podemos
quantificar.

O fenómeno X no exemplo da figura é a desintegÍaçãode um núcleo atómico, o instnmeÍto


de medidâ é um detecloÍ Geiger-Muller que êtÍavés da io.ização do sás raduz a passas€mdê
uÍú pâíícula nurn iÍnpulso eÌectrico, o sinaÌ de saída, cuja contaSemé inlerprctada pelo obser-
vador r âhâvés dâ €laborâçãode um histograma.

Na relação entle X e y est.á iÍnpÌícito o princípio dâ causaÌidâde, podendo dizer-se


que X é a causa de Í As dimensões físicas do estímulo e da resposta Íão têm de ser as
mesmas,
PoÍ exemplo,seo sistemaeú questãofoÍ uÍn osciloscópio.ao sinaldeentrada,umadife.en
ça de potenciaÌ,correspondeun sinâl de sâídâ,queé umadistância.Num lermómetÍode me.'
cúÍio !em+eigualmentecomorêspostââ umâtemperâturâ um sinalde sâídaquetemas dimen
86
sõ€sde um comprimento, a alturadâ cotonâd€ mercúrio.
Pârâ um tansdutor funcionaÍ como instrumento de medida é fundamentâla existêÍ-
cia de uma TÁBUA DE CALIBRAçÁO que peÍmita fazer uma conespoodênciâbijec-
tiva entre os sinais de entrada e de saídaX ê) y. De uma forma mais ou menos expìí
cita, uma medição é sempreuma compaÌaçãocom um padrão.
A operaçãoCALIBRAçÃO é em geralobtidaâtÍavésde ensâios,em que se tomam
como sinais de entrâda valores conhecidosde X (padrõesde medidâ) e se obtêm como
sinais de sâídâ os valorcs de y. Muitas vezes v€rifica-se oue a deDendênciaX <+ Y ê
susceptíveÌ
de representação anaÌítica,o quepermiteobtera validaçãoda cuÍvade cali-
braçãoa panir de um númeÍomuito reduzidode pontos.Uma vez realizadââ calibra-
ção âdmite-seque estas€ mantéminvarianteno decursodo rempo.
Quandose uÌiliza um certo instÍumentotemosde conhecerâs seguintescârâcterísticas:
r inteÍvâÌode funcionamento;
! tempode resposta;
r seDsìbilidade;
! exactidãoou fidelidade;
. precisãoou rigor

Conformeâ naturezâdasgrandezasâ medir,ou o objectivodâ medição,assimse


dá maior rel€vânciaa um ou â outro dos atriburosdo instrumento,já que é impossí-
vel a existênciade um inÍrumento de medidaperfeito.Um insrrumentomuito sensí-
vel é em geÍâÌ, poucorigoÍoso ou pouco fiel. Um instrumentofiel é em gerâl pouco

Analisemoscadauma deslaspropriedades.
INTERVAIO DE FTINCIONAMENTO refere-seao valor mínimo e mií\imo que se
pode medir de modo que o aparelhonão seja danilìcado e que garanraque a respostaesrá
aindarelacionadacom o estímuÌo,isto é, definea dinâmicado insrrumento ondeos val(}
Í€s de X podemser corÍectamente medidos,poÍqueâ curva de calibraçãose mantém
válìda.
TEMPO DE RESPOSTAé o temponec€ssário parao instrììmentoÍesponderâo estí
muÌo,o qualdeveserbrevede modo a quequandorecebaum segundoestímulojátenha
respondidoao anÌerior O tempode resposÌaou característico deve seÍ sempreinferior
ao tempode vaÌiaçãodasgrandezas.
Porexemplonulnosciloscópio
de l0 MHz podemos
medirsinâisquesesucedem
em inrer

ExistemsiÌüaçõesem que se quer sabeÍo vâÌor num dâdo ìntervâlo,e nesrescasos


convémum Ìempode respostalongo.
SENSIBILIDADE define,secomo a razãoenrrea variaçãona respostay a uma va
. ,_-
rlaçâomulÌo pequenfldo eillmulo ,\ J -
dv
.
ZX
Um instrumentoé muito sensívelquandoumapequenavarìaçãodo esrímuloXpro-
voca uma gÍandevaÌiaçãona Íespostay.
A sensibilidâdetâmbémpode seÍ câÌacrerizadâ peÌo PODER RISOLVENTE, por 8' 7
esteentendese o menorintervalodo estímulo^X que provocâvariaçãona respostado
instrumento.Dois estímulosqueocorÍâmnum intervaioinfeÍior ao poderresolventesão
indescemíveispara o aparelhode medida.O poder ÍesoÌventeé tanto maior quanro
menor fbr ^X.
EXACTIDÃO ou FIDELIDADE - um insrrumentoé exacroou fìeì quandoreatiza
a transduçãoperfeitado sinaÌ de enrradaX num sìnaÌde saíday, isto é, reproduzindo
exactamentea foma de X. Na prárica não é necessáriaa reprodução do próprio sinal
desdeque se conheçaâ tábuade câlibÍaçãopam se Íecuperaro estímuloX a paÍir da
rcsposlây. A estc valoÍ estimadopodeìÌoschaìnarÌ. uìÌ âparelhosenítanto Ìnais1ìel
quântonìcnoì lbr â diièrençaenke o valor estiìnado.Ìe o lalor verdâdeiroX, ou sejx,
quantonrcnorrì)r o erro de fidelidade{,,= .Ì-X.
PRECISÀOou RICOR é a propriedade que caraderizaa dìspersâo dasrespostasy
âo ìÌesmo estínulo X. A respostav nãodependesó de x mrs trìmbénìde liÌnìtâçõesìn
túrsecasao próprioapârclhocoìnoatÌilo de molâs.flutuaçòesde níveisde tensão.hìste
resemâgDética. oscilaçõesnìecânicas,etc. Estestìctores ÍazcrÌrcom quc r rcspoía do
aparelhoa estímulosidêÌìtìcosnàosejasemprea mesma.sendonecessáÍias divcrsÂsmc
diçõese analis.ìrcomo se distribuemem torno de um dâdo y.
A sensibilidadede um ìnÍrunìenlopodesernìclhorada\cnÌ ìn!Íodu/iÍ modìficações
radicaisno insúLrmento.Aümentarocomprìmentoda aguÌhaìrun nrultímelro .rìraìógico.
ou associ.ìrunì nónìoa umaescxlasãoexenpÌosd(] como a nrcìhoÍar.O mesìÌojí naro
acontececonÌ a precisão.MclhoraÍ cstâ impìic,ì cm geìal a escolhade outro instru-
nìento.Aconteceque qrnndo a scnsìbiÌìdâdc ó muìto graììdee a precisãobaixatenìos
de fazer váÍìasdeternìinâçõcs paÍacoúlìoÌaÍu dispeNãodos resultados. Quandoo âpa-
relho tem umâ scnsibiÌidadcpobrccstc Íàclo pode ocuìtaru Íìlttì de precis.ìo.
Em geralnr conÍÍução dos apxrcìhosprocedese de ìÌodo que uma daspfoprieda-
des nãooculteâ outra.
Vcjlmoso scguinte cxcrÌpìo,quandosc qucrnìcdúo comprimerto de uÍìa t'aÍa de aço
geonelricamcnlc bcmdclìnida.comumaréguavulgarcula mcnordì!isãoó| mm.podcno\falar
de \ensibiÌidadeou poderrcsolvcnledc 0.5 mnÌ.No cntoro a prccisão
m leìlufupodeserfacil-
menle5uperioÍ. dondescrinútilrcpetir! nrcdiçAo.Sc â$ocÌarnD\à escdâprìncipalda régua
um nóiio de 50 dìlisõesa scnsibilnhdc passaa scfdc l/50 mnÌ.Entroâ prccisào de leiruÍajá
seráinierio.e iusLificaÍn'se
várìatnrcdições.
UDrasitÌ'âçarodilère.Le
é o ca\odc qucÍcrmos medirna horìzonl.Ìrs posjça)csdo pônduÌo
em repouso e a uÌncertoângulode.ìfaí.ÌrìenÌoda veíical.Dcvidoàsdilìcuìdrdcsdc posiocio
mmentodo centrodo pêrduloa precisão do vaiormedidolai scro lìctor domjnânlc c nãosc
justificao usode uDra'ésuâde granderen\ibilidade, ncma assocìrção dc um nónio.
Devido ao postuladoda invadânciaespâçolcmpord d,ì! lcis lisicasse â de espe-
ì âr que paraum aparelhode grandesensìbìlidâdcc pÍccisãoas nrediçõeslbsseìnpefei-
tanrentereprodutíveis.Isto não âconteceeÍn gerâÌdcvido ao fenómenoem si próprio,
que pode dependerde unì gfândeoúmerodc frclocs c ìra ìÌcdição consideramos só
paÍe dessesractores.
PoÍ e\eÍìpÌÕ,no esrudodo períododc oscilaçao
do pôndnloenì tunçiodo conlprinenro.
dcspreTarn-se
enì geül lìcrorescomo:Lcmpc[Ìunc humìdade anÌbìenle, ]Òpulsãodo rr ou
88 nrassâ
do no de suspeÍsão.
Adiantena anáiisede dadosestudârcmos coìÌo iìrlcrpretare conÌabilizarâ nãorepro,
dutibiìidadedos res ltâdos-
Além das propriedâdcsqrc já cnuÌÌeránrossobre os instrumentosdeve tomâÊsc
aindaem considerâçioo fàclo quc, a operaçàode nedida podealteraras p.opicdadcs
do sistemaque pretendemos Íncdir.
Ao níveÌ microscópico.cstà limit ção teÌn uÌn carl,rcteffundâmeniaÌconsubsun
ciadâno princípiode incertezadc HejseDberg e nosfuDdamentos da MecânìcaQuânLìca.
' . . .''
. Àoú;ú;ct.ÀNÁLÌsEErRâTAMENToDEDÁDo

À cscaltLnìacÍolcópicaâ mcdiçãotanìbómpodeaiteÍaÍo sisreÌnaa meclir.


No cr$ da medjdadx elpessuM de um fio IìnocorÌ Ì,m/arr.r é lãcit.ro coÌocarc qusLNr
o lro cnrrcrs espeÍas,
rpcÍar aquelce aìternro diâDìclro
quequcrcmos nredÍ.
DcveÌnosestlìralentosa estaslòntesdc cro e senãoâs pudermoseìiminardcvelen_
taÍ sc reduzi-lase quantificí,Ìas.Na n]aiorpane das silulìçõese em Iunçãoda precisão
requcnda.um poucode bom scnso.üm poucode conheciDenro sobrecomo fuÍcionam
os aparelhos e um poucode fïsic,ìaìudamquera meÌhor.ìrum dadoprocesso dc nredida
quera enconlÍaro processo dc medidaâdequado aosobjeclivosa atingircom a nìedição.
E óbvio quc exìstemoü1Íorcâsosen1que as nìcdjçõessão nujlo difíceisc a sua
rcaìizaçãoé um verdâdeirogolpede génìo.
Eìn resumo,medir ünìagrandezâsigDilìca,por inreryosiçãocìlh€ o Íènómenoe o
obseNâdordc umâ meiodoìogiâe de ìnstrumentos. llribuìr um número(vÂlornumó
Íico) à grandezâreferidoâ un padrão(unìdtìde).Conìo.ìnâtisámos. eÍe vâtoÍ vcm âfec
radopeÌâsÌìmilaçõese ìmpìecisõesdos iDstruÌncnlos e métodosíêrfo).

MEDTDA= [vAlojì NUMÉRrco]t lERRol iuNtDADEl

Análise de dados

A realizaçãode uma expc.iêìrciaìmpÌicaa tomadade dados.que podeseÍ mâisou ne


nos automâti7üda. Uma vez adquindos.eÍes dâdostém dc ser ânalisado\de modo a
poderter-scunr resuÌtadopâra:ì expcÍiência.isroó. atribuìÍum v,ìlor nunìéricoà gran
dczâe sabermedir o crro coìÌ que foi dereminado.
TenhâÍnosem atençãoque os pfocessosdc aquisiçãoc unáìisedc dados.não são
pefeìtamentcestânques. O melhormodode conlÍoÌâro desenroÌâr dâ própiâ expcÍiôn
cia é simullaneâmentecom a âqnisiçãofâzercmse fegìsrosnr formadc lâbelase. aìndâ
que de uma Ìorììa prcÌirÌiDar.lraça.grÍficos e cfectuarcátculos.EÍâs operaçôes dcve,
rão ser lìitas de modo rão claro que possânxìsdetectarsjluaçõesincsperìdasqrc ex!
jam outraslonradasdc d,ìdosou correcçõesro disposirivoexperiment,ìlem Íìnciona_

ConÍììme â nâturezâdo lìnómeno eÍn csrudoâssimse devc optar por lìzer


üÌÌìaou vÍfias mcdiçõesdas\ariáveis e dccìdif sobrea precisãoâ cxigir da medição.
O exeÌÌpÌo seguìnlciÌustraa impoÍânciado conhecinìcn|ocloerro com que é iìila uma

Consìderenìos â siruaçãocÌn que numacxpefiêncja!c suspeirâque a velocìdacle 89


da
luznovazionãolcnhao\,âloresl,ìbelecido.isloé.=2.99792458xÌ0ims,.eamìtaDr
paralìcililar â escritâ.que. é conhecidoâpcnascoÌn umâprccisãodc miìésimos.ou seia
2.998x l0N m s r. O Ì€sulradodâ novâ experìêrcjndeü o vâÌor 3.000x t0s rÌìs:i.
MediìÌos uDì \'alor inajor paÍa. do quc aquetecorÍcnteìÌenteaccile.3.000 > 2.991ì.
SeÍáuìnr gmndcnovidadel
Purarespondcììnos que sìm reÌìos de saberâlgo ìÌais: a prccisãodo nolo val():
Vejrmostrês siluâçõespossívcis,no estüdodasquâisse onriteo tìrctorx l0r Ìn s
1."Siruação
O erro ou incert€zaque acompanhââ medidâé de 0.005.Isto significaque podemos
dizerquea velocidadeda luz tem um valor compreendido
entre3.000-0.005< c < 3.000
+0.005, isto é,

2.995<c < 3.005

Portantoestamedidanão põe em causao valoÍ 2.998,já atÍibuíqo.

2.'SiÌuação
A mediçãodeu um valor de 3.00010.1. Nestecâsoa novâ experiênciapropõe

2 . 9< . < 3 . 1

Estevalor é aindacompatívelcom ojá coúhecido,mas a precisãocom que foi ex-


pÍessoestáincoÍrectâe não tem quaÌqueÍsentidofísico.Se uma grandezaé conhecida
com uma precisãode milésimâs.umâ experiênciaque conduzaa uma irnprecisãonas
décimâsnão permitepôr em cÂusao valor aceite,

3." Situação
A experiênciaé feita com um eno de t0.001- Tem-senestecaso

2.999<c<3.001

Se o erro fossemesmo0.001 e se a experiênciaestivessebem feita representaria


umâ grandedescoberta!
Talvezlossepremiadacom o prémioNobeÌl
Em resumo, quando se obtém um dado Íesullado para um pârâmetro as Ì€acções

r A físjcaconvencionalestáem boa formal


r É precisoretazera expeÍiênciaì
r Fizemosuma gÍândedescobeÍta,

QualqueÍdestesresuÌtadosestácoÍdicionadopelo erro eslâbelecido paraâ medida.


90 Se a mediçãoé feiü pelâ primeiràvez o resuÌtadosó terá igualmenteinte
bermosquaÌ a suaprecisão.A moÍal dâ fábulaé:
<Quando nedi calcule o eïo q e afecú I mediÇãoou c! sua expeiêncía não sel

Embora.devido à Íossajusta ambiçãode peÍfeição.seja contraa nossanatureza


Íeconhe.eÍmosque fazemoseros, comecemospor analisarde que forma podemos
cometeÍeÍÌos. com o objectivode os reduzirao menor númeropossívele minimizar
aquelesque não conseguimos evitar,
Erros exoe mentais

A inceÍezaqueacompanha um valoÍ obtidoexperimenralmente


é designadapor ERRO
EXPERIMENTAL.
Estespodemclassificarse em 2 categorias:
r Sistemáticos;
r Acidentaisou Estatístìcos,
Estudemoscom algum detalhea origem destesefios. como se medeme como
influenciamo resuÌtadode uma medida.

Elros sist€máticos
Os erÍos sistemátìcosÍefercm uma pertuÍbaçãoque influencia igualm€ntetodas as
mediçõ€sd€ uma mesmaquantidade.Este tipo de eÍro implica que o valor medidoé
sempÍ€maior ou menor que o valor real. Se conhecidosdevemseÍ contabilizados ou
eliminâdos.Um eÍro por excessodeve ser subtraídoe um erro por defeitoadicionâdo
ao vâlor medido.
Tipos de errossistemáticos:
r Observacional:como a pâÌalaxena leiturâde uma escaladevido ao mau posi-
cionamenÌorelativâmente
ao observadoÌ, Reduzem-sebasÍanteem sistemasauto-
máticosde aquisição,onde a inteÍvençãohumanaé prâticamenteeÌiminada.
r Ambiental:quandoum factorexternoà experiênciainfluenciaa medidademodo
sistemático.
Porexemplo umatomãdâde teÍa deficienl€
numainstalação
eìécticaqueintroduz umníveÌ
de tensãode r€ferônciadiferentede zero,ou umaremperaluraou pressãodjferenlesdasplcvìs
taspaÍââ validadc de umadadaconsÌante ou parâmero.
I Teóícos: â intÍoduçãode uma simplificaçãono modeÌomatemáticousadopârâ
medir uma grandezade forma indirecta.
Porexemplo.desprezdo efeìtodo atrito nâ determinação
da aceleraçêo
da gravidadeâ pâr
dr dasoscilâções
de um péndulosimples.
! InstÍumentais. de calibraçãoe de zeÍo: sãoinerentesao aparelhode medida€ re
flectemfalú de exactidãoou fidelidade.Vamosver como se podemidentifìcaÍ 9t
e contabilizarreconendoa algunsexemplosbaseados em siruaçõesque ocorrem
no desenrclardâsexperiências propostasneslemanuiìI,
Os errosinstÍumentaissãodevidosao valor dos pâÌâmetrosque caÍacrerizam inter-
namenteo apârelhode medida.podendoem certascircunstâncias alrerara própriagran-
dezaque se quer m€diÍ.
O exemplomás flagranteé
a resìsrência
intemadosmulrímetros
usados
namediçãodegÍan-
deraseÌécricâs.
Quandoseusaum voltímel.opaÍâmedirumâddpaosterminais
de umaresis-
1ênclarRtemosde nos asse8urúque a sua resisténcia intemarRJna escalaescolhidasejamuito
major que R. Se for dez vezessuperior,a resistêncìa equivaÌenteà associação dâ resistência e
I ílR
- ^R
-
d o \ o l j m e l r o\ d l e , t - = = 0 o l R . l ' r o s r S n r Í r c a . t Lneo p r o r d o s L a \ o \ e . l d c m o \ d

cometerum eno sistemálicode 99úpo. defeitonâ Ìnediçãoda ddp que deveser contabilizado.
lbrem iguaiso eno podeâÌingir 50%.
Se as duasresjstências

O erío de caÌibração provém de uma tabeÌa de corÌespondênciamaÌ feiÌa.


Porexemploâoconstruirum terúómelromâÍcâr-seo trâçode 100'nâposiçãode 98" € divi
dir o comprjmento€ntreo 0 e 98 en 100 pâíes. SerÍ deÈclâdoquandose compâmro temó
metro em uso com uÌn padÍão.Nesteexemploo eno sistemálicoé por excessoe lale 27. em
qualqueÍposiçãodâ escalâ.

O erro de calibração é uìn erro sistemático de difícil delecção umâ vez que não é
frequente o confronto do instrumento com os padrões.
O erro de zero consiste no posicionâmento incorrecto do início dâ escala.
Como cxempìostemoso casodo zcro dâ escalìdo trnbor do pdln?r nÍo coincidircom o
da escalâpnncipâ]ou aindaa siÌuaçãoen1que se fâz uma medidâelécrricâcom um multímetro
analógicocm que nâ escâlâescolhidâa agulhânão se posicionaelÌt zeroânlesdc se procedcrà
mcdição.A dìferençadeveseÍ medìdâe contabilizâdano resulhdofinal da nedição.

Um experimentalistatenta identificdr, quantificdr e se possível elininaros enos sis-


Ìemáticos. Por vezes esteserros podeDrser eliminados ou bâstantereduzidos com uma
alteração no processo de medição.
Se a ieiturade um comprinentoestáaf€ctadâde um eno sistemático constanÈ,comoo cro
de zero,eniãoâ mediçãodâ diíânciaentre duasposiçõesnão Èú qualqueÍeÍo sisÈmáticopoÈ
que estescancelam-se quêndose faz a djferençaenlrea lehurados dois pontosdâ escalâ.

EÌÌos âcid€ntais, aleâtóÌios ou estâtísticos


EsteserIosrevelam-sequândoâo repeúrmosumamediçãode umamesmâgÍandezaob-
temosdiferentesvâlores.reflexoda faltâde precisãoou rigor do instrumentode medida.
Uma paÍe dos vâloresobtidosé inferior e outrâé superiorao valor real da gÌandeza.
Designâ-seestâ oscilâção iúdifeÍentemente poÍ acidental, aleatória ou estatística.

porl
Podemser ocâsionados
92 r Observação:sempreque há inteÍvençãosubjectivado obseÍvadoÍno processo
de medição.
Comoexemplotemosa ìeilurade umaercaìa.o acciorarde um crônómelro
ou o posicio-

r Ambiente:todosos factoresexternosqueinfluenciamo desenrolar


de umaexp€-
Íiência.
Porexempìo
ãsflutuações
detensão
numafbntedealìmentação
devidaa osciìações
dalem-
r Natureza estatística intÌínseca do processo,
Por ex€Ínplo âs desintegÍaçõesde núcleos radioacrivos, num dado intervalo de Ìempo.

EsteserÌos só têm significado quandose proc€dea um númerode observâçõessupe-


rior a um. Ao contrário dos sisteÍúticos, os enos acidentaisÍ,odem seÍ controlados re-
correndo à análise estadsticase o número de observaçõesíor mzoável. Daí se designa-
Íem igualmente por estaústicos.
Nas experiênciasem que se faz uma únicâ medição, apesarde não ter sentido fâlar
em eno estadstico, é óbvio que â medição não é exacta, dependendodesde logo da
sensibilidade do instmmento usado. O erro que se comete nâ leitua de uma medida
devido ao limitado poder resolvente da escala designa-sepor ERRO DE LEITURA.
Este vale metade da menoÍ divisão estimada nas escâlâscontínuas, como a de uma
Íégua ou multímetro analógico, e uma unidade de escala nas discÍetâs, como a de um
cronómetro ou num multímetro digital. O erÌo de leiora Íepresentâo limite superior
da incertÊ,,ana medida.
A figula esquernatizaa difeÍença entre erros sistemáticose âcidentais, exactidão e
precisão numa medida. Os pontos íepresentaÍna distribuição â duas dimensõesde valo-
res experimentaisobtidos em observaçõesrepetidas da mesma grandeza.

Acidental Sistemático

Na ÍepÍesentaçãodâ esquerdaos valoÍes dìstribuem-sealeâtoriaúenteem toÍno


de um valor cenÍal ou espeÉdo que quase coincide com o veÍdad€iro valoÍ da
93
gÍandezano cenlro do alvo. Não há erÍo sistemático.As orbitâis dão uma ideia de
como os valores se espÉiam. A medida da esquerdaé exactaou fiel, mas pouco
precisa.
À direitâ os vâlores apresentamuma menor dispelsão,o erro acidentalé menor
e a medida é mais .igorosa. No entanto todos os pontos estão sisúematicam€nte
deslocadosdo vâlor veÍdadeiro, o erro sistemáticoé elevãdo e a medida é Douco
frel.
Numa experiênciaÍeal podemoconer simultaneamente os dois tipos de erros.
Erros âbsolutos e erros relâtivos

O vaÌoÍ aloerro que acompanìâo Íesultadode uma mediçãopode serexprcssonâs


unidadesda própriagrandezamedida,situaçãoem que se fala de erro absoluto
Porexemplo, na medição de um comprimetto comumaréguagraduada emmilimelÍosem
queapenas sepodeestiÍìâÍo e.rodeleitura,o ero vale
absoluto 0 05 cm e a medidâ
repÍesenta
'ie porl= 3.2010.05 cm.
AqueÌâ representaçãodo erro não é a mais adequadapara Íealizar a compaÍaçãodo
Íigor na medidade graúdezasdistintas.É por isso preferívelmuitas Íezes usar uma
represertaçãoadimensionaldo erro, que se obtém fazendo a razão entre o eÌro expen-
mentâle o vaÌot medidoexpressaem percentagemEstequocientedesigna-se por erro
relativo.A precisãoda medidaé mais intuitiva quando se dá â inceÍeza na forma de

' 0 05 .e
\o exemlloanlenoí o ero relaívov3e -]1, 0 0J ou ì% e o compnmenro
Íepre\enrd
potI = 3.2Ocm ! 3Ea.

Análise estatísticâdos erros âcidentais

(Não percebocomoumamá mediçãopodesertransformadanumaboasó poÍquea repe-


timos 1000vezes.>
H. Bouasse(Professor 1924)
deTouìouse.
na Universidade

Estafraseé demasiadosimplista.Qudndoumamediçãoé feiÌacom umbom método


estãocontroÌados,
e quandoos errossistemáticos tem um papeÌimportante
â estatística
no controlodos fenómenosâÌeatórios,como vamosveÍ

Hisaogramase curvas d€ distribuição

Ao fazer váÌiasmediçõesda mesmagrandezapodemter-seresultâdosque sãopróxr-


mosou queapreseÍiamumagranale dispersãoentresi No primeirocasolemosumaboa
ÍeprodutibiÌjdâde ou boa precisãoe menosboa no segììndo.
94 ParateÍ uma ideiâ cÌarae rápidada dispersãodos resultadosdevemosvisuaÌìzáìos
e um dos métodosmâis usâdocom esteobjectivoé â bistogramâção. ParaconstÍuirum
HISTOGRAMA divide seo grupode medidasem inteÍvâìosde umadadaamplitudeou
bir, e contâ se o númercde vezesque o Íesultadoda mediçãoocorrenesseinlervalo'
O quocienteentÍeesÌenúmero(frequência)e o númeÍototalde mediçõesé a pÍobabili-
{Ìadeno intervalo.Num sistemâde eixosortogonaispodemosrepresentaÌ a frequênciâ
de ocoüênciaf(x) em funçãode inteÍvalos da variável
O histogramâ ou gráfico de barras indicará como se distribuem as medidas
Se o número de mediçõesfoÍ grânde
e se os intervaÌos forem pequenoso N
histogramaaproxima-sede uma curva 20
contínuadesignadapor CURVA DE
l6
DISTRIBUIçÃO óu simplesmente DIS-
TRrBrnçÃo. t2
A curva apresentâum perfil confor-
me a naturezada grandezaa medir e,
uma vez defìnido que tipo de distÍibui-
ção controlaa situâção,a estatísticaper-
mite uÍh tratamento analítico dos resuÌ-
Ìadosda experiência.
ConsideÍemosque sequeÍ estudâra disrribuiçãodasalturâsdosalunosdo primeiro ano
dâ Universidade.Podemostimr coÍcÌusõesdiv€rsasconforme o número de observações.
Dos gráficosjuntos podemosdizer
que:

/1) a representação
de cadavalor medi-
do num eixo horizontâld€ alturasnão é
a mais âdequadaparaa visualizaçãoda
dispersãodos dados;

a2) o histogrâmada situaçãoanterior


peÍmite detecÌaÌ umâ agìomeraçãode al-
tuüs no intervaloentÍe 1.7e 1.8m, mas
o número de dâdos é insuficiente e a re-
presentação é rudimentar:

,) o númerode dadosé agoÍâ 10 vezes


maior e o histogramâé maisregulâÌ,su-
gerindo umâ possíveldistribüiçãopaÍa
as alturas.Podedizer,seque a médiase
situaentre1.70e 1.80m;

c) âumentando o númerode observâções


e reduzindoa dimensãodo intervalopo
demosvisualizarmeÌhoros dadose ver
que as âltuÍas se distribuem quasesime-
tricamenteem tomo de um vâlor médio
com uma dâdadispersão;

d) o númerode mediçõesé maiot donde


poderdjvidir-seos dadosnumgrandenú-
mero de intervalos.A grandezaassume
uma vaÍiâçãoquasecontínua,permitin-
do-nos fàlar de distribuição contínua.
Estadispersãodos resÌrltados
de uma expe.iênciademonstrao caÍácteralearóriodo
processode medida.o que Íos permiteencaÌaÌo Íesultadode umamediçãocomo sendo
uma variáveÌ âÌeatóda,
possíveisdestavaúávelé designadopor PO-
O universode todasas concretizações
PULAÇAO e o seuestudoestatísticoé feito em termosde distúbuiçõesde probabili,
dades.
Em qualqueÍexpe.iênciadispomosde um conjuntofinito de r observações (x L xr,
...x^) que por
designamos AMOSTRA.
Comecemos pordefiniralgunsconceitosbásicosde estatística
com@r
média.vaÍiân-
cia e d€sviopadrão.

Definição de parâmetros estatírticos - média e desüo padrão

Se temosuma âmostÍâestâé caracterizada por um conjìtntode paíâmetrosestaÌísticos,


dos quaisos mais úteis sãoo valor médioou média,a variânciae o desviopadrão.
O valor médio ou MÊDIA dâ amos!Ía de n elementosé dado por

QuândÒnum sinal de sonatório(X) não se repÉsenraos liúnes de sona, subenlende-se


que é de um
até ao vâlor máximodo indice.

Se a distribuição não é simétrica a média não coresponde ao valor majs fre


quente(máximo da distribuição)a que chamamosMODA. Define-seaindapor vezes
a MEDIÀNA que é o valoÍ da variáveÌ para o qual as áÍeas da distribuição à es
querdae à direita dele sãoiguais.Nas distribuiçõessimétÍicasas lrês variáveiscoin-

96

No câsoem que se tem medidasrepetidasou quandoestâsse representem


na forma
de bistogramao valor médjo de x é dado por

] I
n i=Ì
em que oi é o númerode vezesque se obteveo valor x,, ou seja,o conteúdodo inter_
valo (frequência),m o númerotoÌal de classese n o númeÌototal de acontecimentos.
A segundacaracterísticaimpoÍante numa distribuição é a dispersãodos vaÌores em
tomo da média.a qual dá umâ ideia da precisãoda experiência.paraa dispeNãopode-
mos usaÌ no câsode uma amostraa noçãode vaÍiâncias, e de desviopadÍãos (rco,
m?angudrê). dado pelaÍâi,, quadradada \ariáncra,

O desvio pacbãoé expressona mesma unidade que a grandeza.


O valor médio<x> e desviopadÍãoda amostras sãoconsideradoscomo estimado_
res do valor médiop e do desviopadúo ú dâ população.
A média<x> da amostraé igualmenteurnavariáveÌaleatória.A variânciasâdesra
grândezâé dadapela mediadâ vaÌiânciada amosÌra

em que s. é o desviopadrãoda médiâ.

Médias pond€Íâdas

A definição de média foi dada considerandoque as várias medidastinham igual preci-


são.Mas se tivermosdiversasmedidas,x1, xr,..., da vâÌiávelX com difercnterigot o
valoÍ médio de X deve ser calculado de modo que os valorcs contribuam pam a média
de acordocom o seupeso.Quantomâis precisosmaior pesodevemter, definindo-se
médiapondemda

t -If,
_ s : |. . - l
<r>= , e =l_.,
s ri
si

em que + é o pesoda medidai e si o desviopadrãode cadamedição.


9'1
Quandonosreferimosauma amostraou populaçãousâmossímbolosdiferentespâra
ÍefeÍir médìae variância-Em Ìesumo,os símbolosutilizaalossão:
p médiaÍeal de uma distribuiçãoou de umapopulação.
<x> médiaestimadapaÌa uma âmosftâ,
o, - vaÌiânciareal de uma disrribuiçãooü população.
sz - variânciaestimadaparauma amostrâ,
sã - varjânciaestimadaparauma médiâ.
Resultadode uma medição

Numa amoslÍacom n mediçõesda nesma grandeza,em que n>10.o rcsuìladotjnâÌ dr


mediçãoó Â médiâ< x >. âfeclâdado seudesvìopadrãos.

Paraas anÌostrascollì uìÌ númeropequenode observaçõcs não tem sentìdoo cáì'


cuÌo do desviopadfãoc dcve usâÍ-secomo medidade inceíc7ao nìâìordesvioem rela-
ção ì nìédiâÀx. ou o vaìor ìÌódìo dos desvìosenr relaçãoà ìnédi,t /

I
Ilx <x> |

Scndoo resültadofin.rl da mediçãodadopor

< x > 1 À x o u< x > 1 ^

É obvio que nenhumadas expressòca


anterioÍesse aplica.ì experiônciasdc uìì

Nestusiluaçãoo erro quea1èctâ a nìedidaéo crro de leitura.definidoarterionÌeílc.


e que seconsidcÍacomo o limite superiordo eÍo cstatístico.Enì ceíos câsospodemos
airda defiiir o crro estatísticoestimâdopcìo obscrvâdorErro devido à inteNençio
humanaintroduziruma âlteraçãosuperìorao erro de ÌciluÍa.
Consìde.cmoso seguinte
erernpìo.SemcdnmosunÌ inLervalo de tenìpocomum corónrc
rro de ceotésinas
de segundoo ero de leiluraó 0.01s e o eno pelôexperimcntaìista
coüretido
maior,daofdcnÌdc O.ì s paÍaumobseÍvador
ro disparomânullé seguÍaÍìenle rrcnndo.Assim.
o ero queafcctra mcdição pro!áveÌdâ ordemde 0 1 s.
é o erroestatístico
N,Ìs siluaçõesem qüe o elÌo de leituraó superlorao erro est tíÍico estimado.podc
teDtarse rcduziÍ o de leituraauÌnentândoa scnsibilidâdeda escala.
PorcxcmpÌo, umacscalu
lumcnÌ!-sca seniibìììdadede nÌilioìélrìca lheuürnónio.
associando

Qu,rndonumamediçãose individuamo eÍo cÍâlístìco e o sisteÌnático


o resuÌtado
cadaum delesanotandoeÌn parênteses
final deveexprcssaÍscpaÍadanenÌe â suanâ1u

98 lgrârdczrÌ= Ívaìornumóricoì + (ou ) lcÍo sistcmiricolIunidade]


t [$ro esLxtístico]
Se os ìiìÌilcs dos errosà esquerdae à difeita do vÂìormédio não 1òreìniSuais.o
que é prováveìquandoexistem elTossiÍemálicos, pode evidencìar-sea ocofréncia
DBDADOS
aouslcÀo. ÁÀÁltsEf TMTA]\,4Fl.llo

Nlo existeÌn(receìú$' parao cálculodos eÍros.Em cadasituaçãolem dc se tÌzer


um baÌançoentreo bom scnso.as potencillitlâdcsdo cquìpamento. o tempodìsponíveÌ
e o objcctjvoda medição.
o problemadc corÌÍr
Adiânte,no parágralbdosâlgarismossignificativos,discute-se
aprcscnlâÍnumericamente o ÍcsLrltâdo
de uììa lìcdìção.

Intervalo de conÍiânçâ

Ao feprcscnurnÌoso resuìladodc uma mediçãoda grandezrX por.


vâlor médio:t eflo

estamosa atìrmarqüe.se por um lado ignoramoso verdadciro\ralordâ grandezaX nle


did,ì. podcmosno entantoalirmaÍ corÌ üma dâdaconfiança.designâdapor prob bìÌi
dâdeP quc o vâlor exâclode X se encontrano inteÍvâloLvaìor_erro,valor+eroì. Ellc
defìììese por INTERVALO de CONFIANÇA para a grnndezaX.
O gr,rudc confiança(t exigido nümâ dâdaesÌimativâó vâÍ]1ìYel. podendoscr dâ
ofdeN de 65'lr. 80'/o,909cou outros.No casoÌnâissimplos.cm que se procedea umâ
ìrìediçãopor leitura num inírumcnlo dc nìedida,se Ár é o vaÌor de metadedâ menoÍ
divisão.ao rcpÍcscntara nìediçãopor valoÍ 1^x definese um intervâlocom 1007í,dc
confiaìrçâ.Quandose represent.r o rcsultâdopor vâloris. isto sìgnificaque. se a
distribuiçãolbÍ normal.o nossointcrvâìode confiançacorrcsponde a umâ proba
bilìdâdedc ocorÍônciade 68.37. do vcrdadeirovalor da grandezâno intervalo
lvalor s,,,,vaìoÍ+ s,,,1.

Distribuiçâo de prohabilidàd(s

Quanciotenos umâ vâriá\,elaìeâlóri,ì.a pÍobâbìlidade


de umanovâ medidana aìnostra
se siruarnum dado inÌervalopodescÍ prevìsta atfavésda distribuiçãode pfobabiìidudc
da população.

Paradisribuiçõesconlínuastêm re as scguintespropriedadesl

r, P(x)dx dá a pÍobabilidrdede uìna nìcdiçãoter uDrresultadocntre x e x+dxr


99
b
I Pí\ì d\ dl ,r prubulìlrüJ'lJ u( 'rr(r rnìÍr'J e n:
ún fc.rrllrÚn

I dá a probâbilidadedo resuhadoocorÍerentre - c +*.

corresponde
A ccícza de um acontecin'Ìcnto uÌr.
à Probabilidnde
SabendoapÍobabilidadede ocorrênciaP(x) podecalculaÍseo valor médioda variá-
vel aleatóriap = JxP(x)dx.
No casoda variáv€lser discreta,isto é, apenaspode tomã N vaìoresdistintosxi,
os integraisde pÍobabilidadepassama somatóriose tem se:
r p, probabilidadeda vâriáveltomaro valor xi;
rlpl=l;
r o valor médiodâ variávelé dadopor É = ! pi

As distribuiçõesde probabilidademaiscomunsem Físicasão:


r DistribuiçãobinomiaÌ:
t Distribuiçãode Poisson;
. DistribuiçãonoÌmal ou de Gauss;
. Distribuiçãot de Student;
. Distribuiçãode X:.

EntreestâsvamosutiÌizarespecialmente a disúibuiçãode Gausse de Student.a pri-


meira válidapârâamostrasgrandese â segundapaÌa âmosúâspequenas. Paraa da or
dem de vinte, as duasdistribuiçõescomeçama confundir-se.

DistÍibuição binomiâl

A dìsribuiçãobinomialdescÍeveprocessos em quenum dadonúmerode rentativas idên-


ticasse têm duaspossibilidades,
ditas por ex€mplosucesso e insucesso.
Comoexemplo
temos os lançamentosde uma moeda,com a possibilidade de obter carâs ou corcas. Se
â probabilidadede sucessoé p, a de insucessoé I p. Quândoo númerode eventosfor
N, a probabilidade
de teÍ n sucessosé dadapeladistribuiçãode probâbilidâdebinomial

P , n' . p . =
N )- , I ' "
n : ( N - n, J .0 , , , - o , t

Propriedades
destadistribuição:

100 < n > = Np;


. vaÌor médìode sucessos:
. variância:<n,-<n>,>=Np(1-p) e portântoo d€sviopadraoé dacloo =.-Np1l p).

Distribuição de Poisson

A distribuição de Poissondescr€veprocessosque lêm tâmbém â possibilidâdede


um sucessoou insucesso,masem qu€ não se controlao númerode acontecimentos
N,
Por exemplo,quandouma amostrade ììm dado elementoradioactjvose desintegn,
conhece-se Como saberquântosserão(nãoquâis
só a probâbilidadede desintegração.
são)os núcleosque se vão desintegrârnum dadointervâÌo?Estetipo de processopode
seÍ descdtopela distribuiçãobinomial,desintegra-seou não se conhecermoso número
total de núcleosem jogo, ou peÌadistribuiçãode pÍobabiÌidadesde Poisson,se conhe-
cermô(apenâ'o númeromediode de.inregraçòe\.

P(n.r!)=a es

em que n é o númerode sucessos e p o númeÍomédiode ocorrênciasno intervaÌode


observâção. No cálculodasprobabilidades deve começarse poÍ calcularP(o,p).que é
â prcbabilidadede ocorrênciade nenhumsucesso.
A distribuiçãode Poissoné o limìte da distribuiçãobinomialquandoo númerode
ev€ntosé grandee a probabilidâdep de oconênciade cadaeventoisoladamente é pe-
qüena.O númeromédio de ocorrênciasé p=Np.

Propriedades
destadistribuição:
: o valor médio de acontecimentos< n > = p;
. a variânciaé p e portantodesviopadrãoseráo = ú.

Este último resultadoé muito interessante nos processoslipo Poissona inceíeza é


dadâdirectamente pela raiz qúadradÂdo númerode sucessos obtidos.

Distribúção normâl ou gâussiânâ

A distribuiçãode GaussdescÍeveo comportamento de um grandenúmeÍode aconteci-


mentos aleatórios com pequenas oscilações à esqueÍda e à direita do valor esperado.
É simétrica e apresentauma forma caracteística d€ sino, dada por umâ expressãodo
trpo

(x p)l
I l0l
P(x) dx =
\Z;"
A constante-! ' 1 2 Ì n é um fâctoÍ de normâlìzação.O valor d€ cr contÍoÌaa largüÍa
da curva, se o for grandea curva é láÌga, se o for pequenoa cuÍva seráesúeita, de modo
a mantera condiçãode nomalização,isto é. probabiÌidaderotal igual a um.

Propriedades
destâdisÌribuição:
. a variânciada distribuiçãoé o,;
r a aÌturâda curva parax = pto é + do vaÌor má\ìmo e a larÊurada curva a
{e
mei^ altrrÍa (fu|Ì trídth hírlf n L.ínun) é dad? por FWHM=2.35úi
r o lalor má-xrmoda distribuiçio e | ;
'l2n
I os vaÌoreslo, 2o,... dividem a áreasob a curvaem váriasregiõ€s.Uma vez que
âs áÌeasrepÍesentam probabiÌidades, as áreasparciaissãoumâ medidade proba-
bilidadede oblermedidasne\tesintrnalo\.

Esta distribuição de probabilidades


prevê que âs medidasocorrâm do seguinte

l9.15Eo entÍe 1t ,1t"+r2l


34.l3Ea efiÍe p , fr"+ol
68.27Ea entÍe p"-6,t+l'l
95.45Eo eúrc tL-2o, p+2ír I
99.13Ea eftÍe p.-3o, p+3o l

O desviopâdrãoo não cobre toda a dispersãoda variávelaleatóÍia,mas sâbemos


que a probabilidadede ocorreremvalorespaÌa além de p.i2ü é baixa,sómente59, e
parâaÌémde p13o só 0.37.. Isto é €quivalentea dizeÍ que â probabilidadeacumulada
de ocorrênciaem pt30 é 99.770.
Uma mudançade vaÍiáveldo tipo x' = 5q pemite escrevera disúibuiçãonor-
mal numa fbrma pâdrão,com médiap=0 e vâriânciao2= I, designâdapor distribuição
normalÍeduzida.

t02 I
P(x') dx' -
,[-z-
Existemtabelas,e gráficosbâseadosnas tabelas,que dão a probabilidadeacumu-
ladâparaa distribuiçãonormalrcduzida

I
e ; dx' = P(x'<r)
0
A lìgura ó a reFesentaçãográfi
ca da probabilidadede excedência
uniÌateül (eixo das ordenâdasà es-

/r
querda)ou bilateral(eixo à direita).
,/l
-- x Ll Pk>n
L O m OF ( \ > r ) - í >r)=
o
= P(x p>or) o eixo das abcissasre-
pÍesenta o númeÍo de desvios pa-
drão.

Paraclüificda utiÌidadedaprobabìUdade
acumuladaanalisemoso seguinteexemplo.O r€
suìtadode 100contagens do númerode desìntegrações
por segundo de umâlonted€ tr'Csfoi
de 300120,em que20 é o d€sviopad.ão.A probabilidadedo verdadeiro valorsermâiorque
330 é 7.5%. Eíe resultadoobtém-sea partir do gráfico anteÍior.consideÍândoo ponto
'ejâ.' =1.5.Peranre
aqu.lcre.Jlrado
Dodemo\
concluir
qued poucopro-
váveÌqueo verdadeìro
vaÌorseja330.
A análisede Gaussdeve aplicâr-secom cuidado.exigindocomo condiçõesi
. experiênciabem feita de modo a que a médiâsejade confiança;
r cáÌculocorÍectodo desvio,em especialquandoreflecteo resulÌadoda medida
de várias grandezas;
r djsporde um númercde mediçõesque permitacaÌculaícorrectamente os vaÌo-
res anteriores.Se o númerofoÍ p€quenoé prcÍèívcl usaÍ â distribuiçãot de
Stud€ntde que falaÌemosadjante.

Em ceÍtascondiçõesa mâioúa dos prccessosapresentam um comportamento nor-


mal ou gaussiânoquandoo númerc de âcontecimentos é grande,A distribuiçãode
Poissone binomiâltendemÍatumlmenteparaa normal quandoo númerode aconteci-
mentosé gÍande.Como vimos a distribuìçãode Poissontambémé um limite da bino-
mìal. O ouadromostrâcomo âs distribuicõesse relacionam.

P(n,P,
ro=n#;p"(r- p)N- Binomial PoissonPtnpl=É" r'
103

\,/-

PL,t=-]- iE
Teoremado limite c€ntrâl
Vejamosporquerazãoo csludo da distÌibuiçãode Caussou normal é rão jmporrantc,
quandoestamostentândocontrolaros resultadosdascxpcriôncìas. Já referimosque a!
mediçõesenvolvemenos acidentaisde váÌiasorigcns(leirura.ambienrais,...) |ìs\im o
erro final é uma resullanlede todosos errospârciais,cadaum com a suadistrjbuição.
Nestâsituaçãorevelase muito útil o teoremado ìimite central-Segundocíc leorema
uma somaX que rcm origemem va.iáveisindepeDdenres x,, com i=1,2.1,...N.queobe-
decemâ dìstribuiçõesde médiap, e desviopadrãoú,, Ìege-sede acoÍdocom umâdis-
tÍibuiçãoque tem vaÌor médio<x> = tU,,. variânciao,(x) = I{r :e qúe se tornâgaìrs-
siânâquandoN +-.

O exemploseguinte ilustraesrereorema.
Sc tive.mosu'n pÍocessode gc.açao
iìcaÌóriade
5000números cnlre0 e 10obleremos umalmostrade média5 e lariánci!10.A su representa-
çãográiicareveli umadìst.ibuição horìzonÌdl.
Conside.eDros outros5000cvcntosquesãoa
módiâdedoisdo! anFriores, istoé X= x':x,.Anovrdisrnbuiçaojánãoéptanâ,massinÌ

loangulardc módia5 e espÍaiando-se


simctdcamente enl.e0 e 10.Sc conÌcçamos a farerus
nédìasprimeirocomlÌês.depoisquâtronúÌerosc assimsucessivamenrc vcmosqücâ diÍrìbui-
çãopassaa sausiana.A médiêde l2 lariávcisecradas é já unÌasausianade
aìealoriamenre
nédia5 c la.iância0.703.OsgÍáficosA, B, C e D repÍesenramrespcctivrmenre
a di\lribuiçìo
t*
'^- n

Distribuição t de StudenÍ
Esladistribuìçãorevela-sepaíjculârmenteútil paraestabeÌcccr
níveisde confiançâpâÍn
amostrasde pequenadimcnsão,
A distribuiçãode Causspenìitiu compârâro vâÌor <x> médio medidoparâuÍna
dadâ grandezacom o valor esperadop usandotabcìasque dão a probabìlidadcdessa
ocorrência.Contudo,cm Duitas siluações,nãose dispõcde um númerode observaçõcs
N quenospeÍmitateÍ urnaestimativafiáveldo desüopadrão,ÍÍÌastão somente umaesti-
quedesignamos
mativaaprcximada por s,. NestasituaçãoteremosunÌavariávelt daclapoÍ
1= IIA queseguea distribuiçãot deStud€nte quenosvai pemitir €stab€leceÍ níveis
de confiançanasamostÍírsp€quenas

.(+) I
f (t,n) =
/ rz \lll
Vnnll ii I
\ 2 1 (r+;J)

em quen é o númerode grausde lib€rdade.

AlgumaspÍopíiedadesda distribuição:
f
r valor médiop = 0;
r variânciaou = --!- l 03
Ír-l
! pâÍa pequenos valores de N é mais
larga que a gaussiaÍìa;
r muito sensível ao número de obser-
vações N, quando N-t-, o2-+1 e
portaÍìto estadistribúção tende paÌa a
distribuição normaÌ Ìeduzida.

O númerc de graus de iiberdâde é n=N-l porque um dos pâÍâmetros da distdbui-


ção, o desvio pa&ão da média, é estimâdo a paÍir dâ ÂÍnostÍa.
Os intervalos de confiança são consfuídos a partir da distnbuição pam um dado
valor to, calculando a área udlateial P(Dto), ou a bilateÍal P(hFto).
Na tabelade probabiüdadeda distÍibuição t de Student sãodadosos valorcs cÍíticos
de to para váÌios valoÌes de níveis de signiflcância e difercntes gmus de libedade n.
O valor de to tabelado tem o significâdo de um desvio tos. em relação à médiâ,já que
se tem no inte alo uniÌateral P(x<p+ tos.) e no bilateÍaÌ P(p - tos-<x<p+tos-), como
se pode ver no exceÍo seguinteda tabela.

105

I 0.325 o.121 t.3'76 3.078 6.314 15.895 3l.820


z 0.289 0.6r7 L061 1.886 2.920 4.U9 6.965
3 o.27' 1 0.584 0.978 1.638 2.353 3.482 4.54r
4 o.271 0.569 0.941 1.533 2.t32 2.999 3.747
5 o.26' 1 0.559 o.920 t.476 2.015 2.757 3.365
o.265 0.553 0.906 1.440 1.943 2.61? 3.143
LErÌgRÀ t '

Convémnolar que se x foi obtidofazendovâriasmcdìça)cs.


enlãos",estimao erro
\ -
l -
L l . ,r ì ì c dr . , . ôndc )Í\ <Ì,ì
.N N |
Exc'npìode apÌicâçio do critéíio I dc Studcntm mcdìçio dN rc\iíôncia de um lorc dc 5
co'nponcntcscujo valor nominaldàdopclo tubrìcantcó 100O. O rc{Llladodc 5 n1ediçõcs dcu
u'n vrlor mód'ode 105(2 e trrì dervb padrãod! urosttu s=7O. Scrí rceiráveìo vuior mcdidol
De rco.do com o exceúoda TabeÌade pÍobabilidudcs dr diÍribuìçao t d. St!Ìdcnl,coÍsìdcrundo
5-l gmusde lìbcrdadc,teÌìos parxÌ = ( 105,100)/7/i5= l.ó0, !ma pnrbabììì.lrdccorc\pondenre
.ì un gÍau de cont'uça enr tonro dos 80./.,o quc ú ruzoálcÌ.
tjrìa ourÍa loÍm! dc osara dìsüibtriçãoÌ de Srudenlserian! obrcnçâodc unr nrÌe.valodc
coniì.nçaa 96% p!Ía o vcrdddcúorrlor nonrinaìdo lole dc Ícsistêncirs.O !rk' cúìco drdo na
tâbcìr fúa 4 grausdc liberdadcvaÌc t=2.999e leríanrosun inrervrlo dc conlirnçâ dâdo por
< x > 1 1 . 0 s c, o m os , , = 3 . Ì ,r e c s cì r 9 6 < R < 1 1 4 .
Sc tì!éssemosadoprüdox distribuìçãogausiana,o inreÍvalodc conlìrnçascrir nìrìscsÌrcito
<x>11 96s,,e ponanÌo99<R<Ì11-o quc nno cxpfessaria toda.ainceÍrczana mcdição.

A distribuição t de Stuclenté também usada conro teÍe de veÍosinriÌhânçaquando


ss prcrcnde âv.Ìliâr. dispondo de poucos dâdos. a probâbiljdade de Ìrn a.jríc ou DrodeÌo
ìÌaleìnÍtico representafunìa grândcza.

DistÍibuição d€ X2

Se considerannos umâ sequônciade variá\,eis aleatóriasx r, xr. ....x,,, cadâ uma obede-
cendo à dìstdbuìção nonn.ìÌ com módia p e variarnciaor,, então a \oìna

= Lr
Ir -p I
\

tcm uma distribuiçãode probabìlidadcXr com n gruusde liberdade.

^ 2 n 2
p ( 1 r . =n )L x T . f
f/-1 \
\ ) /

PÍopÍìedâdcs
dcst.rdistribüiçâo:

106 , valor médio !" = n;


or = 2n.
ì variaìncia

Note se que câd.Ìparcelâdo somatórioque defiDeXr Ìem uma distribuiçionormaì


r e d u / r d rI . p o \ . r \ c lr e r i i ì c - Jr p . . n r r d c . r e Í e \ u l r J d . , q u- í( n\ l)'
..rpr..,,.qu"
envoh,eâ variânciao) e o scu estiìnadors: parauma amostrânorm,rl.Èm uma diíri-
buiçãoXr com n-l grâusdc ìibcÍdade.Aqui o númerode grâusdc ìibefdadepodeser
entendidocomo o númerodc parceìasindependentes no somâtórioX:.
AQUJSIçÁO.ANÁLISEETR,ATAMENÌODE DADOS

Estadistribuiçãotem paÍicular impoÍârciâ ra deierminação


da conlìanç:ìno ajuÍe
de nìodelosâosdadosde uma experiêDciâ. Os vâloresda probabilidadede Xr. encon
tram-sesob â forma de tabelâsnâ seccaLoTABELAS.

Rejeição d€ ohserìâções

Scráque lodasâs obseÍvâções feitassãode conservar'Ì


Um critériode Íejeìçãopossívelé o de Chau\renet. Se a probabilìdade de unâ dada
I
r ì ì e J i ç luoor i n l è r i u r Jj , . n i u u n R r o J e m ( J i ! ú ( . . p o d . r ( J' cL (i .l r. (r \ ' l u r ( r .
caÌcuÌârâ médiâe desviopadrãodo lote dos reslantesresultados.
Outro critéÍìode rejeìçãopossívelconsisteem nâoconseNartodosos valofescujos
dcsviosiìqücm paÍaâlém dos13o. EstesrepÍesentam só 0.33%no casodâ diÍribuição
noÍmaÌ e os des\riosmaioresque 1,1õ apenasumr probabilìdadede ocorrênciade
6 x l O5 .
F.mceías situaçõestambémé âceitávelrejeitaras nìedidasqne se encoDlrenìnos
cxÌrcmosde umâ determinadagrândezalísica, poìs essesvalorespodenÌcoffesponder
ros ÌilÌircs do apârcÌhode nìedidâ.
vizìnhasde 100'CcoÌnum termómctro
PorcxcnÌplonÌcdidrsdc tcmpcratur{ qucsó estii
grâduado
!té 100'C.
Os cri!ório! dc rcjciçãosãopoÍ vezesdeixâdosâo bom sensodo experimentaÌiÍâe
não dcvcm scÍ muìto severos,para não se eÌiminaremÍesuÌtâdosque. poÍ poÌrcoespe
Lrdos,\ão dcsprczâdos conendo-seassimo riscode deitarparao lìxo nola físìc .

Propàgàçãodc erÌos

Nâ Ìnaiodadasexperiênciâs. p.ìü atribuir um vaìor iì unÌr gÍandezâÌncdenì!c várias


quântidades independentes,e se cadâuma dljÌascÍí altclada individuaììÌcntcdc Ìrma
ceÍâ ince|teza.eías inceíczasparciaiscontÌìbuiÍio pâÍa a inccÍlcâ Íinâl com quc sc
dereìminâa grandeza.No câsoda ìÌedição da Àccìcrrçãodrì gravìdâdcconl o pônduk)
I t
siìÌplcs lcÍn-scT= 2Í e portantog é fìnçào do quadradodo períodoTr e do com-
! +
prììnento/. A iìrccrlczrna mcdidadc T c / contrihucn p.ìrâ.Ì incerlezade g.
Assiìn.quandounì vâÌoré oblìdoa paíir dc opcraçõesaÌgébricas, tèitâssobre!alo 101
rcs medidoscoìn un cerlo crÌo. a inccrlczâljnaÌ dessevakrr é um retìexo(propagaçio)

VejamoscoìÌo lÍa1aranaìilicamenlc casossimplesde propagação dos erros.


Consìdeìemosa mcdidada gÍrndezâz a partir da mediçãoda varìá\'elx. Se z=x e x
uma inccrrczâlôx (cstccÍro podc scr o desvroprdrão,o desviomíxinro ou
aprcsentar
o desviomédio)â inccíczaqucalccraz seráEz = ôx, mâsse z=xl
( z l 8 z ) = ( x 1 ò x ) r = x r 1 2 x ô x+ ( ô x ) )
como bx é pequenoo seuquadrâdoaindaserámaispequeno_ Desprezando
(ôx)r, obte-
mos (21òz)=x,12xôx, dondez seÍ calculadocom um erro ôz = 2xôx.
Na forma de erro Íelativo vem

ô . /_ ) ú À _ 2 ò \
z x z
Tentemosencontrarum modoânalíricoquesejaurilizávelparaqualquertipode r€la
ção entreduasou mais vaÌiáveis.
Quandomedimosuma grandezâo valor que se obtómf(x), nãoé o valor exactoda
grandezaque designâmos por f(x").
A diferençaentredois pontosvizinhosde uma fünçAopode ser expressaem séÍie
de Taylor

r r * r = n ^ r. ," -x . r(fr-xl ll, - ] , , * ' . " ' i , , l ' - I . r * - * . ,ãl .'\r. 1. \ _ \


... r: ,rx l,=. n
Aplicandoeslarelaçãoao casode uma mediçãoem que o vaÌor exacroé f(x.) e o
medido(x). se lh < l. o que é de esperÂrcomo resulradode umâ experiênciabem

( x ) = f ( x r + ( x - x r * 1 . _ _o,u s r = r , * r -=ts, *l ,",,. o *


Vejamoscomo estaaproximaçãopermirededuzìrregrasde píopagação de erros.Se
f é funçãode váriasvariáveis:x, y, 2... independentes e medidâsexperimentalmente
com um ceÍo erro,o erro ôf = f(x,y,z,..)- flx.,y".2.,...) é dado poÍ

ôf= ll ôx+ -jl ôy+ jl òz+...


.jx dy dz

Na equaçãoanterioros valoresôx, ôy, òz são o eÍo estatísticodado pelo desvio


padÍãoda médiaou um seuesrimadoE conformesetem mujtasou poucasmedidas.paÍa
um pequeno númerode medições(ou apenasuma) as medidassãoafecrâdas do maior
desvioem relaçãoà médiâou do desviomédio ou do erro de leituÍa: x i ^x. y I ^y,
z t ^2,... Então.

a r - l f r i a " - l . f Í ' a 1- * l - ! I l a ' d ro L r \ 4 r sr lu p r - RD


r ooF
RR Rp0a m
L
ldxl dy i J zI
108 Sempreque a dimensãoda amostrao permitâ.podedeteÍminar-se o eÍro esrâtístico
das variáveise deve tomar-sea variânciada funçãopara o cálculo do erro esrarístico
final

õ ? í n/ i=-f \'l2J o ì x , - l I " , ' r *' . .


J,
EstaexpÍessãoobrém-sequâdrandoa equaçãoque dá ôf aproximâdopelo desen_
volvimento em série de Taylor, e desprezandoos produtos cruzâdos,porque admjiiÍÌos
que as diferentesvariáveisnão estãoconelacionadas entÍe si.
Câsospârticuldrespâraa expressão
o' (O e ^f
f=xiy o , ( 0 = ú , ( x )+ ú : ( y )
oìÍì oìx) o:(v) ^f ^x ^v
f? x: y: f xl lyl

r= ! q:9 =q9*dP ^f ^x ^v
Y r x ' Y ' lfl lx Ìyl
^f _- "- ^ x
tft tf
o:(0 = cosz(x) o' (x) ^f = lcosxl^x ou lcosxl sen^xj

f=klogx m =r r 4 l
Quândo nas expressõ€s mâtemáticasintervêmconstantesnuméricasnão exactas
estasdevemserescritascom um númerode âlgaÍismostaÌ que o eÌToreìativoque intro-
duzemno vâlor da grandezasejainfefor. peÌo menosumà ordemde grandeza,à con-
tribüiçãodos €rÍos dasoutrasvaÌiáveis.
R e r o r e n d o . , n d d d o e \ e m p l o d o ( d l . u l o d a J c e l e Í a \ á o d ' c , a ' i , l . J . ' e".""', d =
+]'1
qucn = 3.141593.... Pelalei de propaeação parao ììmìlesuperiordo eÍo. em lermosdosdes
' ôÍ À/ ^T ô/ A I
\io. medro. dJ' diferen*.llande/ds ..m 'e. Ag + z T , i e ' u
s = . , - I / ï
entaoI aeveserda ordemde l0r e o valorde r a lomaÍé 3.Ì4ió porquen€srccasoo ero
ÍelalivoinlÍoduzido pelaâproxiÍrâção de ir é =3 x l0 5.

O quesâoalgârismos
significativos

Quandose deteminâ umâ grandeza,quera partirde uma mediçãodirecta,quer de cál-


culossobÍegÍandezas medidas,o valor numéricofrnalusadonarepresentâção
da medida
deve expressara ìmprecisãoinerenteao resuÌtâdo,ele deve conterapenâsalgarismos
significativos.Entendemsepor ALGARISMOSSIGNIFICATIVOSaquelescujosvâlo-
res sãoconhecidoscom certezâmâis o primeirocobertopelo erro.
Nâ contagemdos algarismossignificativos,procede-seda esquerdapaÌa â direita,
começandono l.'dígito não nulo e terminândono l.'algârismo que é afectadopela
109
No câsodo prìDeiro dígito à esquerdaser superiorou igual a cinco vale comodois
âlgârismossignificativos.
O zeroà direitado pontodecimalÌem significado,enquantoqueos zerosà esqueída
do pontodecimalnão conÌam.

Com as grandeas trigonométricas devemrcr se pÉcauçõesespeciais. Qüandoum ângDloé pequeno


o seuvâlor en rãdianosoodesubstituiro seno,isroé. en unìdadesde iadiúo sen0=0.
' I-E'ItiRÀ I

Por exempÌose r ahum de nm cstudutc ó 1.78m. diz sc quc o núnÌcrorcm trôsâlgaIsÌDs


slgriÍi.âlivos. ìsto querdizcr quc o cno na dctcnììmção é da ordcmdc I cm. Sc alìrÌásscnÌos
que a aÌturâefa de 1.780m a mcdiddtcria quatroilgui!Ìos signitìcativos.EnÌ tÏsie 1.78m c
1.780m sâodilarcntcs.mas0.00178ì(m c L78 nì lêm o mesntusignilìcudo

O conbecinìento dos algffismos sigDilìcâlivos dc uma medida pc|mìte a manìpula


ção de valores colì incerteza. sem o coìrheciììento explícilo do valor do elTo.
Quando dois ou mâis valoles são usados num cálculo o núìnero de algarismos do
resultado final depende do ìrúnero de aìgarismos sisnilicativos das parcelas.
Em todos os casos. o úttìmo alsaìisrììo à direita no resulÌado é dado pelo pÌimeifo

Na soma e subtracçãode números. o número de casas decimâis do rcsulÌado é o


menor de entre Ìodâs as parcelâs.
Se lilcrmos trêsmx$as detenìinldnsconrpreci!õesdi\ersas,como por exemplonr =ó7 g.
m:=0.0005scmÌ=l45"amassuroraln,sórcmrpÍecisãodanìedidacoÍ]maiorcr.oa
luto, nelle ca\o um gÍarna,coÍespondenEà nedì.la de m
FaTeídoa conlacorìo nos prinreirôsanosde escôìâ,e assinâhndoconì um suhlinhrdoo !Ì'
ga.lsìo alecladode ero, !ê*e ÍìÌciìnrente
â razãôde sef da regraeruNiâdâ
(t
0.0005
'7
+ .15
74115115
Considerenosai|d. ouúo exenrpìoem que os ldofes eíão eÌplicitâmenteaièctâdosde
c F J O o . . u L l cl d n J c J È r . . J c r en , n , L l ,. u n r , , , h J l 1 n \ .. ' i , r r . i \ Ì ' r d " ". ^
r,l,
contcntoró unr fruscode v ro pcsadocom a mcsn balançü.Os Íesult.ìdos daspesagens lo.xnì,
p d a . Ì r â r s âd o l s c o1 2 0 . 3 4 0 t 0 . 0 0g1 e p a . aa á g u aÍ r a i so l r a i c Òì Ì 2 0 . 1 , 1t5 0 . 0 0 1g . O p e s o
do dccímcrrocúbicode úguaó 1000.005t 0.002g. O erÍo loi calculâdocorììbasena \oma dos
dc\vio! d,ìsdua! pesagens e delìneo úlrino aìgarisrnosigriiìcarivo.

Qu.ìndo se muÌtìplicam oü dividem núrÌìeros,o resuÌtado fìnal lem um número dc


âlgâÍisrÌos signilìcâ1ivosigraÌ âo dc menor número das pârcelas.
Sc nìcdirmosa srlâ dc âulr c obtivc!Ìos 7.3 m paraa Ìugum c 8.+ m pdr o conrpriNcnto
ao cdcular r árcx da sild com umacdlcuhdotuoblém sc 61.32m I. Como {lurlqucrdos ukÌcs
inìciris só tcDrtrôsalgrd$os si8nificrlìvosr opcrâçìoâritÌìóticanão podcpor sì da. naìs prc
cisnoro rcsull|clo.doDdea tÍüì ser ól mr. Sìgamosa mesmxlìlosolìr quc usâmospatua somr
pur{ c!idencjarcstc Ícsultudo
7.1
IÌO
x 1J.,1
292
5!4

Nos ouiros tipos de operações.como a raiz quadrad.r,o cálculo de exponenciais,


logaritìnos.funçõestrigononétricasou outras.o númerode alga sììos significativos
do resultado é igualao dos vâloresde partida.
-^
P . { r \ . 1 , n 1 . , . ì ô Ê ì . n nn 4. 1 - - - e w 2 0 .nnl l.-11
Se nâs expressões intervênlconstântes nâo exactascomo 7!. usasc um númerode
dccinais de Ìnodoao effo relatìvoinlÌtduzido ser inferior em un]aordcm de gÍandeza
ao ÌnenorcÌÌo relativointroduzidopcì,rsvâÍìáveis,coÌno referidono parágraÍbda pro-
pÀgaçãodos erros.Em geraìbaslaconsider a constantecom ììaìs unì dígito que o
númerodc âÌgarìsmossigrific.Ìtivosda !aÍiível com nìelhorprecisão.
Sc manipìrÌarmos rúmerosrÌui10gÍÀndesou nluito pequenosdevemosusura nota
ção cienlílìc.ì. eÌn que o valor é dadopor uìÌ núrÌcro com üm só dígito antesdo ponto
decimâl\cguìdopclos restântes dígitos signilicÂlivose multiplicadopor uìnapotôìrci
de dez adequ,ìda. Em notação cienlífica 0.0005,13e Ì(103.51escrevenì-se respecliva
nìente5.43!l0r e 1.00351x10'r.
A notaçio cìcnlíficaé aindaparticul.rDenlecon!cnlenteparaatribuir ul]l ìrúìÌero
de dígitoscorÍcch num cíÌcuÌo.
Sc tomrrmosparro raìoOqLratoriaÌ dx leda- 6 378000Drc parao raiodo ijtoDodehidro
génio0.0000000000529m a ra1ãoenlreeìescombasc!cst! escrila\e.iau.r cálcuÌoìmpo$í
vel corÌ â ÌÌrúria drs criculâdorat, poisestâssó xdnritcml0 dígi(Á Enì nol.çãocicntÍïlcN
I = 6 t 7 8 x l 0 o mr,, = 5 . 2 9 x 1 0 : m lc! = I 2 0 ó x l o r .

O quâdroaprescnlado a scguiré um resumode como conlâr,cm dilèrentesrepre_


o n.. de algarismossignilicativosdo resulúdodc umâ medição-
scnlações,

1., dígi1o> 5 coDl| como 2


xlgaÍisoìossignificalivos
(convcnçiiodeíe Íranual)
?.0 2
2.00 l
0.136
poslcioíaro pontodcciÌnâl
2.483
2.r8-r^l0r
ll0 3c) o rero podeter sìdousado
apcnaspardPolcronar n
pontodecinÌâìc ncstccdso
só tenros2 algaÍisDos
lll
3.101
x0r Íclrcscnt,ìçãoscm â'nbiguidadc
-ì l^101

Ao lruncârunì númerodeve lcr sc cm atençãose o priÌneìrodígilo desprezado é


iguaì ou superiora cinco.Se 1-oro caso,o últilno algarismosignjlìca(ivoqre se consi-
deradeve scÍ incrementado de umâ unidade.
Nos cáÌculosintermédiosdeveconsidcÍar-se sempreo maior úúnreÍodc âlgârismos
paracvrtâÍ errosde rruncâÌura,
. I"EMJRA I '

VcjdmosconrcnumaerpeÍìêncìrrcal dclemospÍocederno rcspeitaore ,ì alglrìsnos signili


cativos.Amlìscnns â seguintesiturçào.Fizenm+e l5 Dedidasde nnì coÌnprnncntocorì uma
réguugruduadrcm miìínìelros.O ero dc lcìtúâ é de 0.05cDrdondeas nìedidaspodcrcnÌrcf âÌ,
garismossignìficltÌvosrté à décimade mìÌÍÌct'o. Os relultadosobridosesdo Íeprcscnrados m

15.20 r5.20 15.25 15.ì5 r5.35


15.25 r5.20 15.10 t5 . l 5 t5.20
15.10 r5.30 15.25 15.25 t5.25

Qual o Íesultadoda experiência?


A melhoÍ estimaÌivado verdadeirovnlor do compriDe.lo é a nódia dâ rmoÍra. As oscita
çõcsque se oblervânrnos valorcsmedido!sãode narurezaalearóÍia.dondcsc distribuirempÍo-
vrvclmcrte de modo gâussiano. O núúero de mediçõcsnão sendomuiro g.andcpermìteuÍna
razoávelaproximaçãoâ estctipo de dhtribuição.
Procuramoso vâlor do comprime.tona forma
\Jlo'l = Jc\\ror.orio -uniJr!.
O vâlorda médiaé <x> = 15.2133.ne$a iaseprelinìnardo cáÌculolomam sevárìosaìgaÍis-
mos pua cvrtareros de truÍcatum.Seráo desviopadraoda médiaa regeÍquâl o númerode aì-
garjsmossignìficativosque devcmacompanhar o ÍesulradoiìnaÌ.Os algarismosconÌ signìilcado
ío desviosãoum ou num limite supcriordoìs.
- "
O oc{ro p.drio daamo.Í" . \I1 o . 2 r u ^ . l r ) c n ô í a r o .ú d e . q o p . o r ; n
( n ,r l

d âm é d i sa- = + =0016ll
!n
O ÍesulÌ.rdoda experiênciatem 4 alglrìsnos siSnìficarivos

1 5 . 2 1t 0 . 0 2c m
Semaunrcntara precisão, masdetìnindoDreìhoÍo inrerlalo de confiânçapodc aprcscntrr
s e o r e s u l t a dcoo m o 1 5 . 2 1 3 1 0 . 0 1cón r .
E\É exemplorcveìaque ao reperira cxperiência15 vezcssc ganhouuÍìn naior prcLAro,
passou-se dc umr prccisio dâdapoÍ um ero dc ìeitúa de 0.05 cm, que âlè.Ìâri! o Ícsulrldosc
Ìilessemosumn só mcdidâ,paraunr eÍro esratístico de 0.02 ou 0.0t6 cnì.
Poroulro lado,vcnìosque â dispenàodos vaÌoÌrstâbeìados(s = 0.0ócnr) é supeno.ao ero
dc leilu.âde una só mcdìç:io,o qDerevelaquecxìícnÌcausasaleâlóriasquc nrtluencìdÌìa Írcdi
çâo. \4âs essesicnómcnosyi forarì evidencìados po.qnese fileÍam rtirirs medìdxs.Co'i j(o
qucrenro\chirúar à atcnçãoquc as expeÍiêÍcirsdc urnr só mediçãocorÌ dpxrcÌìrosfiéis,podcjÌ
nno conduÍ neccssariamcntc â resulrados maisprccisos.
|2

Tratamentode dados

Como €stâbelecerumâ r€lação entre grândezâs

Quandosetem um dadofenómeúocíe podedependerde diversasgrandezâs. parasim


plificar consideraÍnos
só duâs.Estasgr,ìndezas
podemserindependentes.
iÍo é. quândo
umavar'â nio provocâqualquervâÍiaçãon,ì oulra (comopor exemploo vaìordo peúo-
do dc oscilaçãode um pénduloìdeaÌc a lcnlpcrâtura)ou peloconÌrárjopodcmsercorre-
lâcionadas.e nestecâsoa corrcÌaçãopode ser positivaon negâliva,consoantevarìarÌì
ìro meeìo sentidoou em sentidosconlrários.Por exenìploo peíodo do pênduÌosim-
ples;ìumentaquandoaumentao compÍiììentodeste.estamospcÍanleuma correlação
positivacomo representâdo no gÍá1ìcoda esquerda.O gráfico da direita mosrrauma
correlâçãonegativacomo é o caso.meditandosempresobÍco pêndulosimples,dâ rela
ção do períodode oscjÌaçãocom a aceleração da gravjdadencdidâ em dìferenrespon
ro. dn gìoho

Se exislir uma corelação entr€duasgÍândezasde um fenómenoa rclaçãofuncio-


nal podeserconhecida ou não.Nestâsegundahipótese arbitramosumâdadafunçãopara
intcrpretaros dadosexperimentais e designâseo processopor ajusreouta. É neÍâ fase
que sefaz o confronÌodos modcloscoìì âs leis físicasconhecidas, ou seprovocao apa-
recimentode novasleis.
As situâçõesmaisfìequentesde ajustesãodo tìpo: i) eÍimar o melhorvalor de uma
grandezamedidaváriasvczeslii) determinara consiantedc pÍoporcionalidade do ripo
Y=KX; iii) estabeÌcccruma relaçãoenÌre duâs grandczasia nais simpÌesé â recrr
Y=A+BX; iv) detcrminaros parâmerros de ürnârelaçãonão Ìineâr como Y=A+BXl
ou Y=Kear recorÍendopriìneiroa uÌna lineârizâçãoaÌÍavésde uma transformação de
vâriáveis(Y=A+BZ com Z=X: e lnY=lnK+AX) c dcpoisao aiusre;\ì dererminação
de rÌna dcpcndórciafuncionalnão linearizáveÌdo tjpo Y=A+BX+CXr.
Qurndo a reìaçãoenne duasou mais gÍandczasé lineâr.o processopârâcÍabele
c('urna eqraçruLlue.,\relr.ronee dr*rpnrJupuì REúRFSsÃOI l\l qR S( d rela
l13
çio não lbr do tipo linerìr,nem lineârizável,os processos
paraobrefa mclborequação
são várìose podeÌndesignaFsegeneÍicamcnlede regressãonão lineâÍ.A lócÍicâ mais
vulgarizadaparadeterminaros parâmctrosque melhoradâptâma equaçãoaos valores
disponíveìsé o METODO DOS MINIMOS QUADRADOS.
Método dos mínimos quâdrâdos

E unrâÍécnicagerâl,queseaplìcapâradelennìnaÍos paÍâmclro!dc unìarel'ção funcio-


nât enÌredüasou mais grandezasde um lìnómcno ou o vabr mâis pÌ.ovávelde uÌnâ
únicagrandezâmedidaváriasvezes.A úÌììcacxìgônciado lnétodoconsisteeDìque os
errosque afectamâs nÌediçõessejamaìcalórios.
Tendoem atençãoos dadoscxpcÍimen
Ìais representadosna 1ìguÍa.a relaçãofun
cionaÌâpresentdaé do lipo ìineàr.e o bom
sensoaconselnâquc ic lraceuìnarcctaque
minimizea somâdos desviosabsoìutosdos
poútosà Íecta traç,ìda.Conrudo,.ìnalitica-
menteminimizar a somados módulosdos
desviosé Ìnaiscomplicadoque a somados
quadradosdos desvios,donde no método
dos mínimosquadradosse optarpcla minì
ììização da última função. X
Assim,segundoo mélododosmínimosquadrados o vaìorespefadoou o valoÍ rnâis
verosímilpaÌa a grandezaY a paÍir de N nìedidas),. é aqueleque minimìzaa soma
dos quadrâdosdasdiltrençasentreY e y,, islo é. D=I(Y y,), deve ser míniìÌo.
Umâ siluaçàovulgaré a relaçãoìineardo tipo Y=A+tsX. Apliqucmoso métodoê

A varjávela mnrimizaré como referinìosD=L(A+BX, y,)r. cujo mínimo se ob,


tém exigindoque a primeiraderivadaem ordenìâos parâmctrosA c B scja nula.Esta
condiçãocorduz a um sistemade duasequaçõesa duas incógnìtâsA e B. permitindo
portântoo cálcülodestespârâmetros.

Ixr Iy Ix Ix,y: N !x y, Ix ly,


.\

com À=NtxL: (IxL):


O erÍo com que se determin A e B é calculadocom basenâ leì de propagâçãodo
já anaÌisada.
erro estatístico
Sef-ftr.)./ìenrãod'n-;" ,,,r' ÍJr o-ir,*l dr I o izr.N,nrcdeto
,J\ t)/
lineaÍconsideramos que cadamediçãoy é a concretìzação
de umâvaÍiávclaìeâlóriade
Ì Ì4
módiaA+8x,. Assim. suavariânciaestimadaa partir do ajustevale:
o: (y,) = or= I (yr A Bx )l
Nj
Tomândoos parâmetrosA e B como funçõesde y,, tem-se:

, ' , , o , - :1 o o , ) , e o , s , - I 1 l B, " ' 1'


dt d\
parciais
asderivadas
Calculândo

dA
" aB = ItL_ìIt
dY, a ayj À

e com um pouco de cálculor tem se íinalmente


N
e o' (B) = o'
^ À
Na pÍáticalidâmoscom amostrase nãocom populâçôes. PoÍ isso,paramânteruma
ootaçãocoerentedev€ríamosescr€ver4 e á que seriam os estimadoresdos verdadeiros
valoresA e B, e em vez dasvaÌiânciasos seusestimadoÍessz(y), s?(A)e s?(B).
As calculadoraspossDemprogramasque permitem ott€r os parâmetrosde um ajuste
ìinear e os compuladores, âlém dos Ìineares,possuemem g€ral programaspara uma
grande variedaded€ ajustesnão lineaÍes. Paraperceberbem como funcionam os progra
mas,aconselhamos que,peÌo menosuma ou duasvez€se paÍaajustesÌineares,o estu
dântefãçaos cálculos€ compareos resultados obtidoscomos da calculadoraoucompLl
tador

Método dos mínimos quâdrâdosaplicâdo â Y = KX

Quandose tem uma relâçãode propoÍcionalidade Y=KX, paradeterminara constante


de proporcionalidade
K minimiza-sea somadosquadrados dosdesviosD = >(y,-Kx,)' .
como se explicoupdrao ajustede uma recta.Da condiçãode mínimo obtém-se
tvw tY
K - 1"''' . oíK)- --"' õí) )
zx,' zx,'
Estemodo de pÍocederé difercntedo de fâzerum ajustelìÍeâr Y= A+BX, e espe-
rar que o coeficienteA assumaum valor nulo ou que o desviopadrãodeÌeenglobeo
pontozero.No casoda propoÍcionalidade nãoexisteum bâÌançoeníe dois parâmetlos.
um delesé à paÍtidafixo.
Ao ajustaruma funçãoaosdadosexperimentâis pode sucederque a funçãoque se
propõenão sejaa maiscorrectâ,poÍ exemplo.em vez de uma rcctâpodeserumâ pará-
bolade grandeabeÉura.Pâradeterminara confiaÍça nos modelosde dependência fun-
cional devemosapÌicarcritér;osde verosimilhâÍçâentle os dadosde partidae o resul- ll5
tado finaÌ. Um dos critériosde ajusteé o testede xz que rcferiremosa seguir.Para
relaçõeslineaÍesâqualidadedo âjustepodeserdÂdâpelocoeficientede rcgressão linear.

1,;' , ',1",1,
=
$
2:x :(Lx,):l
trt:",:):+:x,:(:x,)r
=lr g:
tx,:tN:x : (:x Ìl = :x,
Coeficient€ de corÌelâção

Ao aplicd o métododosmínimosquadradospartiu-sedo pÍessuposto queentreasduas


varìáveisexistiâumaÌelaçãolinear,Y vâria linearmentecom X, e queX era conhecido
exâctâmente enquântoque Y vinha afectadode incerteza.Tinha-seentãona regressão
emX

-" NIxy -Lx,IyL


Y=A+BX e =
N-il -lt-J,
Paraaferir em que medidaestarelaçãoé válida deve calculaÌ-seo coeficientede
ÍegressãoÌineaÍ que nos permiteavaliarse X tambémvaria lineaÌmentecom Y Se a
relaçãofor bijectiva,a condìçãode ÍegÌessãoescreve-se X = A' + B'Y com B' + 0.
Procedendocomo anteriormente paÍa obter A e B tem-sepâm a regressão em Y

-", NLx,y,- IxrIy


=
NrY'-';t"
Resolvendoa 2." regressão
em ordemâ Y e igualândoà 1."regressão
tem-se

. , 4 X . . .

Paraquea igualdade que


severifiqueé necessário

BB'=l
B -
Na situaçãoideal a correlaçãoé igual a um ou de 1007a.Ao fâzer-seum ajusleÍeal,
os parâmetrosB e B' têm uma certainceÍezâque se reflecteno valor do produto.
Define-secomo COEFICIENTEDE CORRELAÇAO o valor R = {BB'.
As máquinasde câlculâÌem gerâl âjustamos valoÌesa uma funçãopor r€gressão
lineaÌ e a avâliaçãofinal do ajusÌeé dadapelo valoÍ do coeficientede correlação.Este
parâmetronão nosforneceno entanto,quâlquerinformaçãosobrea confiançacom que
o modelolineaÌpodeseÍ usadoparaestimarvaloresde Y â paÌtir de X ou sobreavariân-
cia dos parâmeúosestimados.

ìr6
Intervalos de confiança na rcgressão linear

Quandose usao modelolìneaÌ Y=A+BX obtido pelo métododos mínimosquadrâdos


é necessárioter em contaqle de facto o qüe se oblém sãoestjmadores
d e b.
O valor esÌimadoy=a+áx é uma vúáv€i aleatóriacom médiaY=A+BX e vâÍiân
cia funcãode x câlcìrladaâ DaÍir de

L.#i+]
o":(x)=o,I
O intervalo de confiança para o verdadeìrovalor Y pode ser obtido a partiÍ da variá-

a+b\ -Y
,' _ -o,trt

que tem umadistribuiçãot de Studentcom n,2 grausde liberdade.Recorrendoà tabela


da distribuiçãoe escolhendoum graude confiançad adequado.por exemplog07oob-
tém-seo valor crítìcoto. Isto significateÍ umaprobabilidadeP( to<t<tt=o ou um in-
tervalode confiançac[ dadopoÍ

d+rx-tooy(x)< Y<lr + àx+tooy(x)

Testedo X,

O testedo X, é um dos testesmais importântesno que se refercà frequênciade uma


dadâmedidae à validadede um ajuste.A aceitaçãoou não da hipótesede que o ajusÈ
ou medidasãoválidospode incorÍeÍem dois tipos de errosl
. aceitarâ hipótesequandoé falsâl
. rejeitaÍa hipótesesendoesraverdadelra.

Defin€-senível de significânciâ(Ì a) de um testecomo a pÍobabilidadede r€jei


taÍ a hipótesequandoela é verdadeira.E desejávelter um valor baixo pârâ l-o, mas
não demasiadobaixo para não aumentaro risco de cometer o outro tipo de effo. Os va
Ìoresmais comunssãode 5% ou 107,.No testeX: recorremosa tabelâsque fomecem
o vâlor cíÌico X0, paraváriosníveisde significância.
A hipótesedeve seÍ ÍejeiÌadadesdeque Xr>Xo:.

Aplicâção do testeX1em m€didasrepetidâs

Quandose djspõede uma amostrâde dimensãoN que se admiteobedecera uma dada


disúibuiçãoou modelode ajusÌe,é possíveldividir o inlervalode dispersãodos valo-
res em n subintervaÌos,
Paracâdâum dessesinteÍvalosi contase o númerode pontos
da amostra,a fÍequênciaobservadai'did,, e câlcula-sepeÌo métododâsprobabilidades
a frequênciaesperâdaí""p"'d".Se for p, â probabilidadecaÌculada,rem-sefr""F,"e= Npr.
PaÌa gÍandes amostrasa vâÌiável

., rz _íft *úú" t.' ..J


\.=
l,,.F,d

tem no limite uma distribuição X, com o I grâus de liberdade(retirâ-se um gÍau de libeÍ-


dadedevidoà exigênciade normaÌização, isto é, t fL= N). Se a probabilidadereórìca
d€pendede r parâmetros quedevemseÍestimadosa pâíir dâ amostra,o númerode gmus
de liberdadeé n 1-r
Ao fâzeÍ diversasmedidasxr de umâdâdagÍandezae paÍasaberse a dispersãoob-
servadaé aceitáveÌou verosímilpodeconsiderar-seque estadisp€rsãoé do tipo gaus-
siano.atendendoà div€Ísidadede efeitosqueafectâma mediçãoe ao teoremâdo ìimiÌe

Assìm.se estimaÌmosâ média<D e o desviopâdÍãos(x), podemosaplicaro teÍe


do xz com n 3 grausde liberdade,em que n é o númerode inteÍvalosconsideÍados no
cálcuÌodasfrequências.
ApÌicar o testedo X' significa começarpor câlculâr as frequênciasexperimen-
tâis num dado inteÍvalo (em g€ral toma-secomo largurado intervaloo valor do des-
vio padrão,uma fracçãoou um múltiplo deste),e âs frequênciasprevistaspeladisÌri
buição normal no mesmo intervalo. Com estes valores deteÍmina se o vâloÍ da
grandezaX' .
À dispersãonasfrequênciassó seráaceitese estevalor for inferior ao valoí crítico
X0,,isto é, se X,< xoz.O vâloÍ Xo: obtém-senasTABELAS em funçãodo n." de grâus
de liberdadee do níveì de signiÍicância(l c) escolhido.
Consideremosumexemplo pda meìhorcompÍeenderquedpodecontrolonospermiteo teste
do xr. Nlma amoírade l0Oobseraçóes é <X>eo desviopadrão
a módiâcâlculada s.CalcuÌou
-seo númerodeobservaçõesquesesituamnosintervalos pelosdesvìos
definidos ts. 12se 13s
e compaÍaram-seasírequências
de oconênciâ
experinenlais
com asprevìstas pela
leoricamente
Osresultados
distÍibuição.o.maì. Íoram:

-s,01 f,.u = 36.1 fke = 34.15


'2s,sl f:."a = 16.2 fL'P= 13.ó0
'3s , 2sl
0,sj t'.d = 25.9
s,2sl f:..a = 15.8 fa'p = 13-60
2s,3sl

Calculândoa variávelX' obteve-seo valor4.6.Escolhendo (l ü)


uÌnnívelde significância
de 57,,obtéÍr-sepârâ3 grausde ìiberdadeo valorcítico X0:de 7.815,P(X' >Xo' )=0.05.Como
é aceite,isloé, os valo.esdisaibuem-se
o valorobtidoé inferioÍa hipótese deâcoÍdocomuma
gaussianâ.
distribuição

I 18 No caso particularde mediçõesde uma grandezaque ob€d€cea uma estâtísÌica


radioactiva,que s€guea estatísticade Poisson,
particulaÌ,como seja a desintegração
os parâm€troscomo a médiae o desviopâdrãoassumemvalorespaÌticülares.O des-
vio padrãod é dado por o = {n. Ao âplicar o tesle do xr fazemosum düplo tesÌe:
contíoÌase se a dispeÍsãotem a probabilidâdeprevistâpela gaussjanae, se os inter-
valos tbÍem feitos com baseem o=trn. simultâneâmente testamosse a €statísticade
Poissoné aceitável,DevemosteÍ em atenção,_que nestecasoo númeÌode grausde
=
liberdadeé n 2, poÍqueimpusemosque o !n, só a média íbj calculadaa partir da
AQTÌÌ$IçÂO, ANÁUSE E TRATAM;NÏO DE DADO,S

Aplicâção do testeX, em ajustes

Quandoajust,ìmosunÌâ funçãoY=Y(x) â unì conjuntode N dadosÌ e y, eìrì que os


valoìcsx, sãocxaclosc c,sl, sãoìncdidoscoìì um ccrto eno. podeDros
tesÌafr !alidr-
dc do ajustea pârtir do vaìor do sonrurófio

. - tY, Y(x,)l'

RecordeÌnos qÌrea soÍì.Ì do quâdÍadode vâÍìáveisrìcatóriascom di\úibuiçãoDor


maÌ Ícduridâ obcdcccà dislribuìçãodc Xr. c d í a dcsign ção dcslcínÌatório.
O núÌìcro dc grausdc ìibcrdadcqucsc dclc consideraré dadopeÌoDúììerode dados
nìcnosos ÌÌ prÌâmctrosda lLìnçãoajunadr aosponlo! cxpcÍìmcnt i!, iìrcluindor nor
nì.ìÌìzâçno
sc ncccssínio.

Ao ìJuslrf unrNrcctxN unr conjunrodc l0 ponloscxfcriDcntllso núnrcrod. grâ!\ de


ìib.r.ìadcé 8=10 2, pois I prÍir dos didos dctcNinaÌanr sc os dois frfâDctÌls A c B dr

Um.Ì lbÍÍna rápida dc lcslar o aju!!c é usar a variável Xr rcduzida que se obtéìn dn,i-
dindo Xr poÌo núìÌcro dc graus dc ìibcìdadc n. CoìÌo o X: reduzido tem média I e variân-

cìa 1, c o n s ì d e r a - suer n b o m â i ü s t eâ q u e Ì cc m q u c Ì 1 e p r O x i n r od c L

V,ìÌorcsmuìto oìovadospara X: (muito mtìior que o ìr." de grâus de liberdade) podem


signìlìcar quo os e.Ío\ eslào subestimadosou que ê funçâo escolhida não descfeve bem

Unr Xr pequeno pode signilìcar que os errcs estào sobrestinados. ou qüe os drìdos
lìraìÌ selecionadosde ìnodo a obter só deternìinadosvaÌores ou nìuìta sorle.
O Ì e s t ex r n ã o é m u i t o i n d i c â t i v o d a v e r o s i m i Ì h a n ç ad o a j Ì s i e l ì n e a r Y = A + B X
quando os desvios o não são medidos. mâs estìììados a paÍn do âjnste. Neste câso obte-
nrcs sempre uìn valof de x:=n 2. o quaì não dá qualquef infonnação. O ajuste se.á

Devido à ìmpoíânciados a.jusles e à suaavnliaçìoaÍavés do lesledo lr. vrnrosde seguidr


desen!oìver!Ìn exenpÌo.
Prelende'sedelerminaras caracleríslica!do nolinento de u coÍpo que se nrcve pÍesu'
DiveìmenlesenÌ .tÍito ao Ìongo de üma pisLahoÍilontaì. PaÍaesleeteilo, é Ìnarcadaa posiçio lt9
do corpo de segurdoa segündo,e en següìdaé medidaa sL,adiíânciâ en reìaçãoà origcn.
T.atândos. de uma experiênciâde nnraúnìcâ mediçãoparâcadaposição,devenÌoseíiÍìaÍ o
cro estatisÌicoou o ìúnirc Íìpcrior do cro. O tc!Ìpo é 'narcâdoeìecircnìcâmentecorn u'n cro-
nómclrodc grandcprccìsiioquc por ìsso poderemosconsiderâÍexacto.De segundoa segundo
um dìsposilivonìcciDicoó accion.do por lõma a nÌrrcr.. conÌ um lraço de tinta no chão da
pistx, a posiçaoLlomóvcl A distânciâé mcdidâcom graDdepfecisão,eno de Ìeiturade I cm,
por intennédiode um lirtondr, sìslcmi usddocÌÌ topogralìae que se baseiana.Ìedição do
lempo de percursode um lèixe de iniìavcrnclhos quc se rclÌ.cte nunÌ âho apfopdâdo.No
enÌinto, o procednnentode marcâçãodr poíiçìo nào é ììrÍantiDeo e introduzpor isso uma
imprecisaona medldada distânciaque é ruperiorao eno de leìlurâ.O eno esrâtístico
estimado
subj€ctivmentea paÍiÍ da dimcnsãode cadatrâçovalc I m_Na tabelaapresenhse o resutÉdo
da mediçãode 25 posiçõesdo móvel-

3 30 Ìó 135
37 t7 142
5 l8 150
6 53 156
,1
20 ló5
8 '/o 2l t12
9 7a 22 178
l0 88 23 186
ll 96 t92
12 103 25 201
t3 110 26 206
t21 27 211
15 129

(*) considerado
exacto.(**) eFo estãtísticoesrimâdo

A representaçãográfica dest€sdadossugereuma dependêncialjnear emre â posiçãoe o tem-


po, ou seja,o movimentopodeser uniro.mex=xo+vl. A Ìnêlhorrectaque ajuslâos dadosé cat-
culada por r€gressãolinear aplicândo o método dos ÍÍnimos quadrados.ObÌêm-se os seguintes

A = x o = 9 . 5m o ( A ) = 1 . 2Í ì B=!=768msI o ( B ) = 0 n 7 m çL

ponântox=9.5+7.68tcom x em mero e r em segundo_

O coeficientede corelaçãodesrâregrelsãolinearé R=0.999.O eFo estalísticoesrimadoa


paÍir da dependência linear é s=2.5 m. valor Cuc é mais do dobro do estimadoexperimental
menle, embora de foÍ!ì1a subjec!ìva. A representaçãográfica deÍa r€ctâ mosrra que o ajuste ó
120 bom emboraexìs!êmdesviossistemálicos que sugeremque talvezâ dependôncia linearnão sejâ
't melhorftrmã de descÍeveros dadosexperimentâis. Assim,obsewa-sequepüa os temtrms entre
os l0 e 20 s a posiçãomedidaeíá acimada r€ctaenquântoque ras exrremidâdes do gráficosu-
cede precismente o oposto. A qualidade do ajusle é âvâliada atÍavés do X, que tem o valor de
146.6.Con 25 dadose ajuslândoos dois parâmerosdâ rectatêm-se23 gmusde lib€rdade.O x,
Íeduzidovãle ó-4 e o ajusteé bâstantemau apesardo êxcetentevalor do coeficientede coreìa-
ção.Consultândo axtabela!.conclui-sequeo rívelde significânciadesteajusteé inferiora 0_lE.
Como foi discutido, estefaclo pode seÍ interprelado de difeÍenr€s maneiras.Ou os enos na medj-
ção seencontrâmsubestimados, ou entãoa dependência lineârnãoé a maisadequada pâmdescre-
AQLTÌSIÇÀO,
ANÁUSEI TRATAMFNIODE DADOS

Delc poÍ ìsso,cnsaìaÍo âjustedos dadosa


x/m
u D rp o r n o n ì r oo o r
rep.esentandoum movimcnto uniionìemenre 200
rclardado.Obrém{c a parÍbola x=1.:10+9.091-
- 0 0 q 4 Ì ) C l n r o \ e o h \ e r v âp È l ôA Í ; f i ( u o
I50
ajurle pa.ece nuis cquilibrrdo pârâ todos or
po.tos. o que se rellecteno dcsvio padrãoeíi-
n r a d os = l . l m e n o v â l o r d cX r = 2 7 . 3O . númeÍo
de graus de ÌibeÍdadeé xgora 22=25 I e o Àr l0o
. e d u z i d oé 1 . 2 . O n í v e l d c s i g n i f i c â n c i ad o
ajusteé agorade 20dl.,o quc ó baÍante sâlis-
lìtório. A qualidadedo xjuÍc poÌinomiaìdo 2.' 50
g r a t ré b â s l a n t es u p e r i o rà d o a j u s t eì ì n e â r .
Pode'nosdìzercomconfiança.ìuco movìmeôto
é unitornrenenleretardadotcndo como causa 0
pfováveìâ exìstênciade unr pcqucnoeÍèìlÕde 30 /s

CoÌn esteexemplopudcmosvcriÍìcarcomo o ÌeÍe do Xr ó unr auxiÌiaÍpreciosona aÍèrição


d{ quaìidadede un a.juíe lìncar.cnquântoque o coelìcienÌede corelaçãoapenasdá uma jnlor-
mrção quaìitalivaque podescr âróenganosa pols não romacm coDside.ação a precisàocoÌnque
se feaÌizamas medições.Como vimos, um valor elevâdopan o Ì: sìgíificou ncstccasoque o
ajuíe linearnão eÍa o maisadcquâdoà descriçãodos .c$rÌradosexperimenrais.scndop.eÍèrível
u'na reìaçãofuncionaìaaìvés dc unÌ polìnómiodo 2." gnu.

Gráffcos

O estudodc uma grandezaem funçãode outraspode ser 1èjíoqualirarivaìÌenterecor


Íendo âo traçadode gráficos.Sc os gráficosforem bem 1ìi[os é inclusivepossíveÌum
estudoquantitâtivo.
Os gráficospodemser constÍuídosa partirde relaçõesÍüncionaisconhecidasou de
conjunlosde dadosexperìmenlais cm queumâou as dìrâsvariáveissãoconhecìdas com
um dado erro.Na maioriados câsosque referiremosos gráficosserãobjdìmensionais.
iÍo é gráficosque rèpresentamuma grandezaem 1ìnçãode ourra-

O interessedos gráficosé múÌtiplo.MencionemosâlgunìasvaDragens: 121

! visÌralizacomo umâ grandezavâriâ cm Íelaçãoà outra, evidenciandose é unìâ


relâçãoÌine,ìrou não, rápidaou Ìenla.se existemdescontinuidades,
se exìstem
vaÌorcsexperimentaiscom grândcsoscìlaçõesde comporÌamento:

* perrÌìitedctcrminâr valores intermédiosde uììa das grandezaspârâ uìn dado


vâìor da outÍa. sem sermosobÍigâdosa novoscálculosou Ínedidasexperi-
SeìÌpreque se 1àzum gÍálìco dcvc procedcFsedo seguintemodo:
. escoìherÀs grrndczâsâ representaÍenì abcìssae enì ordenadâ.Cadaeixo deve
ser idcntilìcadona suaextremidadepelâdesignação da gfandezarepresentada
e
da unidâdeuiilizâdâ,separadaspelo símbolo/:
" escolhercriteriosamenteas escâlasde tÌlodo ao aspccloglobÂìscÍ hâÍmonioso:
-- evitar a agloneraçãoou dispeÍsioexccssivÂdos pontos;
- a precisãode Darcaçãodos pontosnos dois cixo\ dcvc scÍ cquìr'alenlel
- os gráficosnão têm de começarobigatoriamenGna cooÍdcnadtÌ(0.0):
- asescalasdoseixosìlãotêm de serobrigâtoriamente da mcsìÌa naturcza,sc
convenientepodeusar-seumâ escalamilinúnca e a oulra ìogaíhicai
, se os valoressão acompânhados de erro. cstesdevemsoì repÍc$ntadosno gÍí
fico na forma de barfashorizontaise veúicais. conformereflecten o erÍo Ía
abcissaou na ordenada.A amplitudedasbaffasé proporcionalao erro de âcordo
com â escaÌa,e marcam-sesìmetricamente a partir do vâior:
. o númerode pontosnos quaisse baseiao lraçâdodcvc scÍ, na mcdidr do possi
graDdeparanão haverdúvidiìsiro larcr o dcscnho;
vel, suficienteÌnente
r dar um título sucinloao grálìco;
possuemprogramasque pernitem traçârgráficosconì bâsenos
. os corÌìputâdores
dados.coútudonumafasede aprendizagem os gráficosdevemserfeitosììanual

Gúficos de íelâçõesfuncionais

A relaçãomais simplesé â rectay -.r + óx.


A figura dá um exeìnplode um bom 1ìâçado.ì diÍcila. c dc um mâu. à csquerdâ,
parâa situâçãode .l = 100,, = 50 e x a variar de 1 a 10. Considerase x e y dirdoscm
rnidadesarbitráriasque se representam por u.a.

t22
Dos gráficostraçadoscorÍeclanentepodcml,sobÌerdiversasinfbrmaçõessendoa
maiscorrenteo dccìiveda rectac a ordenâdanâ origeÌn.Sc no exemplodadona fìgura
anteriornâo soubéssemos o vâìor do decliveda reda, esreseúafacilmcnledeterminado
a paÍrr da razãocntreâ difereúçade ordenâdas e a diferençade abcissasparadois pon
tos do grrlficob = III . A ordenadana orrgeÌÌ ó dadaâ pâíir do vaìorquc ), assume
parax=0 oìj, umâvez conhecidoo decÌive,lìzendo.Ì = yj -rxr parauin dosponlosdo
gráfico.
Relaçãonão lineâr,mas linearìz:ivclgraficamentccoììo y=íÌr+b

No gráficodâ esquerdacom a! escalaslinearesem y e x obtém-seumapaÌábolaenqüanto


que no d:ì diÍeiÌausandoem abcissas direclamente os vaÌoresde x2 se obtémuma recla.
A paÌlir deÍâ Íccln, os pdrâmetÌosa e /, dâ reìaçio funcionâÌsãoobtidoscomo àÌÍeriormcnte.
Relaçãonão linear,maslìnearizávelcomo y=y,,e ^
Ncstasituaçãováriasopçõessãopossíveis,
parâconcretÌzârconsidere-se
que y,,=3.d= 0 6
exvariâentre0c5:
! traçâr o gráfico noÍm,ìlmentedepoisde
sabercntre que vaÌoresvaria x e y para
escoìheras escalas.corno se nÌostrano
p'cfiJu. A depcnJèncilftrn.onrl nàoê
cld|r.lpenê.y, pode,er errmJduJirec-
larÌentea partir do gÍáficol
& Ìineârizarprimeiroaexpressão, com uma
translormação de variáveisdo tipo Ìoga-
íÌmico em que Y=Ìn y. Y.=Ìn y,. donde
a equaçãoantc or assumira fòrrÌa de
Y=Y.-rx. Eslâmosperanlc umâ sirüâ-
ção Ìinearque é represenlâda no gráfico.
A relaçãoÍìncional é eÌpìícira e Y,, e
medem-sedirecÌamente;
r recoÍer a uma escalasemilogaítmica.O parâ-
trÌ y' - ln yl
merro a é dâdo a Dartir de d - -
'e yo Ìê-sedirectamente.

Designa-seesta escaÌapor semilogaÌírmicapor


que çd um doseixosapre,enra escalalogantmica.
Nâ última figuÍa o eixo X é Ìinear e o Y é loga-

S€a reÌaçãodterior fossea ddpaosterminais de um condensador


em funçãodo tempo
l
V=%e Rc, o 2 " e 3."gráficopermitirimdeterminaro coeficienkânsularou decliredâ recra,
o quâldaÌiâo valorde l/RC. Devel€rie em atenção queselomamos logaritmos dasordcna
dasinãopodemserusâdos os vâloreslidosdirectamente
numeixologarítmico!
I Àlnv lnv, lnv, ln yÌ -in yz
RC Àt rL 1r
Numa escalalogarítmicâo eixo Ìem anotâdossegmentospropoÍcionaisao loga-
ritmo do númeronumadadabase.O númeroum corÍespondea um segmenÌode com-
primento zero (logbl=o), o númerodois a um segmentoproporcionâla logb2,o dez
â um proporcionaÌa logblo e 10" a um segmentoproporcionaÌâ nlogblo. Este seg
mento é sem dúvida mais curto que um propoÍcionala 10". As escalaslogaÍítmicas
sãotambémde grandeutilidâdequandouma grandezavaria ao Ìongo de váÌiasoÍdens
de grandeza.Note-seque nestetipo de escalanão exist€o zero, porquelogaritmode
zero é infinito e as gÍandezascom vaÌoÍesnegativoslambém não sãorepÍesentáveis.
Estetipo de escaìâevita o cálcuÌodos logaÌitmosde y como na segundasitÌrâção,
evitandoconsequentemente enos de cáÌculo.Estaopçãoé a usadano último gráfico.
Quandosepassadeumaescalalogarítmicaa outrâbastautiÌizâÌum factorde escala
porquex=docr =b'oe,re portanto,log" x=logrb logbx=c,.ìoghx,e por issoé indiferente
a baseque é usadana ÍepÍesentâção,
Outms reÌações não lineaÍes frequentes são por exemploy=logx, logy=/r+Ìogx,
y=!.y=aa61,.q1ç...

Na maioriâdoscasossãoÍelaçõeslinea-
rizáveis.No casode v= -L up1;"un6q16-
124 gantmos, temos uma relação linear do tipo
Iog y=Ìog k-log x O usode Ìrmaescalabi-
logarítmica ou loglog permite uma repre-
sentaçãocómodada relaçãoanteriorcomo
se mostrana figuÍa em que x varia enÌre I
e 1000e k= l. Assim,o decliveé de 1.+5".
As trêsfigurasseguintesapresentam
gráficosde rclaçõesfuncionaisnos três tipos
de escalareferidos

Relâção€nÍr€ três grandezas,


Consideremos
â r€laçãozy=ax
Se continuaÌmosa fazeÍ uma representação planâsó conseguìmos representar a varia-
ção de duas grandezas conseÌvando a teÍcejra constante. Pâra representaÌ o fenórneno
na suaglobalidadedevemosfazerpelo menosdois griíficosparaváriosvâloresdâ gran-
dezafixada.Nestecâsopor exemploz em funçãode y para x= I, x=5 e x=10 e de z
em funçãode x pâray=1. y=3 e y=5 A relaçãoentrey e x pode ser obtidadividindo
o primeiro gÌáfìcopeÌo segundo.O exempÌodâdoconsideraque a= 1, x varia entre I e
l0eyentrele5.

''
/./
125

Um fenómenoque envolvemâis de duasgrandezas é o compoÍâmentode um gás


em funçãoda pressão,voÌumee tempeÍatura,
relaçãoconhecidapor equâçãodos gases
perfeitosdadapor pV=nRT. Outroexemploé a frequênciade ressonância
de um circui-
ror-c,t'= !
2n1LC
Gráíicos sobre vâlores experimentais

Quandose dispõede um conjuntode valoresexperimentâis (xr,yt),pode-se.com bâse


numaescaÌaconveniente, quetome em consideração os limitesentreos quâisambasas
grandezâs vaÌiam,tÍaçaÌ um gÍáfico de y, em funçãod€ xr. Se umâ ou ambasâs medi
dassãocoÍhecidascom o ÍespecÌivoerro,estedeveiguaìmenleseÍrepresentado no grá-
fico e reveÌa-sede $ande utilidâdequando se âjustauma funçãoaosdados experirnen-
tais. consideremos a seguinte tabela de valores experìmentais da l€mperâtura de um
corpoem funçãodo tempo.

t+Át G) T*^T (oc)


2.(}}0.6 2.Gio.5
5.010.6 2.510.5 , t +
ó.ó10-6 3.2+0.5
r- + Ì
9.0l{.ó 3.410.5
11.(}10.63.910.3
-rr 1
13-0+0.64.óÌ0.3
14.8+0.64.810.3

Múltiplos gráficospodem ser tÍaçadosa paÍir dos dados.Consideremosalguns


exemplos.

ou anáÌisesque câdaum delesproporciona.


Vejamosas concÌusões
t26
O giáfico da esqueÍda,com os Íespectivosenos assinalados na forma de barrasverti
cais e horizontais,permitepreveruma relâçãolineat entreas duasgrandezas(liúa â
cheio),se bem que uma ceítâ inceÍtezaexista,como visualizadopelaslinhasa trace
jado, as quais são traçâdasuÍìndo as extremidadesdas barÍas de erro que mais se afas-
tam da recta traçada. A constantede proporcionalidade entre as duas grandezaspode
ser calculadaa paÍiÍ do decliveda rectatraçadamanualmente. O seuvalor é dadopor

a= Yt Yz e a ordenadana oriEemé ó.
xr x2
A paÍir do decÌivedasrectasde inclinaçãomáximae mínimatraçadasconsiderando
asbaÌÍasde erro (Íectasa tracejado)podecalculaÌ-seaproximadamente
o erro nosparâ-
meúosa e ò dadosresDectivâmenle Dor

2 - 2

O gráfico do meio, desenhadosem as baÌras de erro, põe mais dúvidas ao traçado


de uma curva.As ÍepÍesentações feitasque se limitam a uniÍ os pontosexperir4entais
são fantasiosâs.È pouco provável um dado fenómenoter uma evoluçãotão tortuosâ.
Mesmo sem bafias de eno pode-sepÍever que a variação mais justa seja a Íecta. O grá-
fico à direita mostraumâ outrahipótese que só pode adquiriÍ plâusibilidadese forem
determinadosmais pontos na zona de comportamentoiÌÌegulaÍ
Muitasvezes,pâÌaanalisaro tipo de rc-
lação,mesmoque suposÌamente lineâr,fa-
zem se representações semilogaríÌmicas oü
mesmologlog das variáveis.Nesteexem-
plo em Ìog log detecta-seum comportamen-
to menosregular parao primeiro ponto (que ,+r'
já indiciava uma Ìigeira anomâliano tÍaçado --Ì- t - t
normal) cujâ iÍterpretação implicaria a ob'
lençãode mais dâdos.
Será de muito interesseo gráfico que se pode fazeÍ a paniÍ de um prévio ajuste de
vma recÍa,T = at+ b, aospontosexperimentais (ti. T,) usandoo métododos mínimos
quadrados,
Os valoresque se obtêmsão: ú
a=0.225!0.014 e ó=1.51+ 0.13
Ao traçaÍmos a recta vemos que ajusta
bemos dadosexperimentais, comoo confir-
ma o valor de x,=0.72. No gráfìco estão
também representados a tÍâcejado os inter-
valos de confiançâ â 907r, para o ajuste.
Cábula para análisede dados

Parâmetros€stâtísticos€ distribuições
Populâção Discretâ
Probâbilidade

Média p P= > '!P!

.r
o,=t lr-tL),p,

Desvìopadrãoo

Amostrâ dê , €lemento€.Ì,
l -
Média estimadaÌ = <.r>

^ l -
Vâriânciaestimadarr r-= -z ( Ì ,- . i ) -

Desviopadrãoestimador
Desvio padrãoda médiar,,,
.l;

Médja ponderadat

Num histogramade n elementoscom m clâss€sx, de frequênciasol


l ? r
" =;
à''''
Distribuição P(/,r.$=
binoÌnial r,,{r-,r)*"
ffi
de PoissonP(,.r.' =
Disrribüição " ( p = NP)
#

t28 Dist ibuição normal ou de CâussP(Ì) = =!- É ,.'


"12ÌÌ

normar
reduzidaÌ,=i:!r p@= ;t
à
f 11ll \
'tí'
Distribuição
t destudenr ft.,n=+
" ' " r ( - ; l (, r .1',,.
;)-
va'iáuelrdesuraenrr=lil!
_ - t
DistribuiÉoXr P l t z , a )= l:'
f t-:: ì
\ . 2/

. - (Ì, t)'

no restede ajusteda funçãoY(X) . - [t, Y(',r'


' ; o i

Intervâlos de confiânçânâ diíribuição ro.mal


lp- o, lÌ + ol = 68.37.
ItL- 20. v + 2ol = 95 'Eo
U!-3o, p+3ol=99;7qú

Resultadode umâ medição


tMedidal= [vâÌorda srandeza]
r tenot tunidadel

vâlor mais provávet: médiu;= ." = i ',


f,

Mêdição com n>10


ero eslalÍsÌico:desviopadrãoda médias,,,=
.i;
MediçÃocom l<n<10
eno: estimadoÍdo erc esralísrìco
ou Iimite superiordo €no
mediddo\ oe.vio" em Íeìac;o à mddu: a -j i r.. 'r
máximodesvìoem reìaçãoà média:Át = max{lÌ, t )
129

eno ÀÌ: o máximode enlre


estimadordo €(o esrarístico

tu)% " " 9 , 100% oLt loosô


PÌopagação dos erros
Limite sup€ÍioÍ do erro

,f(ÌJ) "'or=(,{)'",r'r.(,$)'",c'ia r = 1 4r + 9 a ,
'
ldt dy

o,(D=01Ì)+o'0)
o,a o1(x)
+ozo,,
^/=^Ì+Âr,
L/l k ll
o.a 016) o'(y.) ^/=Àr*Ár
fl lÌ ll

lft x

o1(n=f o'P- A/= lpÌ;

Àjuste lineâr de n dadosexperimêntâis(Ì',)J


Mínnnosquadrados aoajustev = Á + aX
aplicados

s,rt,, s"s-.

nLr* LxtLy,

a = nt r i - ( E r J ' o'=o,s,,=\2s, d a,,1'

PaÌao ajustex=Á'+ a'v bastafazerâ rocâ re) nasexpressões


anteriores.
de corelaçãoÃ= !ra'
Co€ficiente
Mínimosquadrados aplicadosao ajustev = íY

.. L ,,t, 2 r ' o .u.,


s{=
>Ìi
130 R€pres€ntâção d€ dados
LEITURA 2

Estudo do PênduloSimples
Equaçõesbásicase pequenasoscilações

Ìì e\rgnd\c gencncamenre por pènduloum


l-,, \otrdo que poLlegirar em lorno de um l
xo horizontalsujeitosimplesmente à acçãodo
scìrpesoe dâsforçasde ligâção.
Paía um corpo de mâssâM suspenso,as
forçd.aplicrdasre\umem5e ao pesoM[upli-
cadono centrode gravidâdec e à forçade liga-
çro R e\erciddno c \o O. Napoiiçio de equilr-
brio o cenrrodc gilvidrJe .ilua^e nr veflical
dn e \o de \u.pensào. E5lrconligurdçào de\rg
na-sÈpoÍ pênduÌo conposto.
O pêwlulo sinptesê rmâ simplificaçãodo
péndulo anterior,sendoconstituídopoí uma
m.ìssade pequenadirnensãosuspensa Daextre-
midadede um fio inextensíveì de massadespre-
,!el. Ne,recâ.or íoí\a Lleligrçaoe r len,ão
r no fio de cômpnmenlo1/ Sendoa mJSa e\ie-
rica de raio r, o comprìmentodo pêndulovem
dado por l=t+r. Se afãstârmos a massâdâ süa
posiçãode equilibrioe a abandonaÌmos semve
ìocidâdeiniiial. ela o.cilarano planove||rcal
dc(re\enduuin Jrcode circunÍerencrd A d',1
plituJedo aÍàsramento dâ veíicate medidope
lo ingulo0 ou pelocompnmenro dô arcor = /0
O movimentoé regidopelaequaçãode Newton
F= Mãem que a força resultanrcFe a acele-
raçãoã sãograndezas vectoÍiais.
Analisandoa figuÍa podemosescÌeveÌ

14sserfi=u4|J!9L 131
u{ +i =ui ol
T
se 0 for pequeno (e < 5') então sen0-0 e â equaçãoprecedente
assumeâ ÍbÌmâ

,t:A d,0
u e s+ M r i =o
I
EsÍa é a equaçãodo ,rcílad.)r harnónìco simpter cuja solução geÍal é do tipo

0(r) = 0ocos(('oÍ+Ò)

sendogoa antplitudc nt!íx,ma do movimenro, (,)0afteq ência aneutar e a


6 fase ìnìciat
que dependeda posiçãoinicial de lançamenro, 0(0) = oocosô.
O período de oscilação I0 = 2írlo0 vem então dado por

ç
sendo função do compíimenro do pênduÌo e do valor da aceÌeraçãoda gravialade.
ParaseobteÍemas expressões precedentes bastasubstituira soluçãogeralna equa,
ção diferenciaÌ
do oscilador
harmónico simples.Na reaÌidade

M 8 0 g c o s r u , r , 6 ' + M t l , t 0 o c o s r ro4" r ,= o
f;
conduz a I = lú)2e poÍaito âo valoÍ acima atÍibuído paÌa t0. para as pequenasosciÌa_
çõeso períodonão dependede 0 e designamolas por oscilaçõesisócronas.

Período para grandes oscilações

Se não usarmosa aproximação sen0=0 estabeleceremosa equaçãodiferencial que rcge


o movrmentoparaqualquerângulode oscilação.Nestecasoo peíodo do Dênduloé uma
funçãorambémda amplirudemáximado movimento.7= I(0o).
Um modo de determinaÌf(00) é estudaro movimentodo pênduloconsiderando a
consenaçào de energia.
A energiâ total do pêndulo em qüalquer ponto da sua tÍajectóÍia vem aladâpor

e=)- urlff)'*uao-o"et*
lff)"=z^a*,e-ffi
f
Seo pêndulofor abandonado semveÌocìdadeinicial com um afastamento
inicial 00
a exprcssãoanterior pode tomar então a foÍma
132
) dg ' = ^ ..
l=a" ] 2'oíco'o co'o"t

Note-seque parâevitar â circulâçãodo pêndulorem que se teÍ _1r<eo<lr mas se o


fio não for rígido. deve-seter -Ír/2<Or<ií12. O períodof do pêndulopode assimser
calculadocomoquaúovezeso tempoque ele demorâa ir da posiçãode equilíbriog = 0
à posiçãode amplitudemáxima0 = 0o.Da expressãoanÌeriorpodemosescrever

a = aOr.,/zrlíõso: cos0,)
e o peíodo obtém se pelo integral

^T - 4_ u f r e
\'%f I ícoso coso.
EsteintegÌalÍrãose poderesolveranaliÌicâmente. No eotantoâ suasoÌuçãoencon-
tÍa se tabeladapaÍa diferentesvaloresde /< = sen(00/2)e admiteum desenvoÌvimenÌo
sob a forma de uma série dado por

r _ 2 " l t * i l l 3 s . . . ( 2l 'nl rÁ .ì ,
."1 " ' i l . z ao . . . ( ) r rI l
ExpÌicilandoos primeirostermostem-se

r - r J' tt t . . . " 1 0 '-. : . . " n . 0 - " ] * . . . 1


4 ' 2 1 6 4 \ 2 1 I
PaÍaamplitudesmodendâse âtendendoà precisãoque é possívelobteÍ no lâborâ
tóÍio, bâstaconsiderarapenasa forma aproxìmadado I.'t€rmo fazendosenra=or

r i = r . r l L + ] -o ; ì
\ lo l

Pelo examedos dois gráficos ao lado, pode-


-seconcluirqueo princípiodo isocronismodas
pequena\oscilaçõeçresultantedã aproxrmaçào
È
seno- 0 dpenase validodenúodo\ reguinres
limites: Ë
Ê

O.OIVo
0.1%
IVo 25. Ë
3
8Vo 60"

ObseÍve-seaindacomo o uso do primeiro


t33
c-ritn
termo soba forma aproximadaI i permite obt€r
paÍa o período um valor com erro inf€rioÍ a
0.17. atéà amplitudede 42o,sendoestaexpÍes
são mais pÍecisâque a aplicaçãodo 1.' termo
7r = {r I | + + tenzl+
semâproximação ll.
Efeitosque alteram o valor do peíodo

O esÌudocorrectodo comporÌamento do pêndulodeve ter em atençãooutrosfactores


paraalém da amplitudemáximada oscilação,se bem que com contribuiçõesdistintas
paÌao valor do pe.íodo.Os outrosefeitosa ter em consideração
seriâma impulsãodo
ar, a massado fio de suspensão
e o atrito.
. A acçãoda impulsãodo ar sobrea massado pêndulopÍovocaa diminuiçãodo
valoÌ do peso do pêndulo € poÍanto do vaÌor da força que pÍovoca o movimento.
A força efectivapassariaassima ser
F'= (M n.,)s = Mq(t n-/Ìt4)= MB'
€ que podeser interpretada
peÌaacçãode uma aceleíação
da gravidâdeefectivafunção
das densidades do pênduloe do ar

p-çtr L l-rÍl- o"r


M prn

A aÌleraçãono valor do período corÍespondenteé dada por

,-r,nf ' -r,,t.P'"'r,,t, e,'"',1


h"t' )
Ï, ('
-.&ì

Paraum pêndulode latão de densidade8.4 e com a densidâdedo ar de valor 1.2x10 r.


reF.e-i?"-r,ll-,"i^,, I.ro conesponde
r umacorrecçào 0.007%que
de apenas
Ì r+wu II.
sepodeú desprezaÍ. NumâmedidâintegradanumintervaÌode tempoconsiderável
como
um diâ, esteefeito in[oduz um erro de 6 s,
. O pênduloideal tem uÌna ÌnâssaM e o fio de suspensão uma massa,1 conside-
radanula o que não é verdade,se bem que t, sejaÌnuito inferior a M (rt' <lÌf). PaÌaes-
tudaro efeito do valor não nulo de ,z convémconsideraragorao pêndulocomo com-
posto(fro reido) parao quâl o períodovem dado por

t34
,=r"tr+ comk,=aú:i,i
onde/é o momentode inérciado pênduÌoem relaçãoao pontode suspensão, i, é a dis-
tânciaentreo eixo de oscilaçãoe o centrode gravidadee l./ é o comprimentoreduzido
do pêndulocomposto.Paraum fio de comprimento1e tomândoa massado pênduloM
como ponÌuarÌem-se

l!].*u\
, = ' \ ti " l , r = r l u!-)
M *' ï ,-+#
la=l =1 ------:-----
,tÏ tt+#
desenvolvendo '\'
em sérieobtérn-se ll::=líl--L lql
t2 Ml

O efeito no peíodo é assimdado apÍoximadamente


por

" - t ,
"\ .)2M
I

Paraum fio de massaI g e um pêndulode 100g, a corÍecçãocoÌÌespondente


vale
âpenâs 0.087,.
. O estudodo atrito pode ser feito de uma forma mais simpliíicâdano câsoda
aproximaçãodaspequenas oscilaçõesem qÌte o pêndulose compoÉacomo um oscila-
doÍ haÌmónico-Genericamente, um osciladoÍharmónicosimpÌesé definido com um
corpo que
tem movimentoem tomo de um ponto oÍde a resultantedas forçassobreo
sistemaé nula
- a força de Ìeacção é proporcionaÌ ao afastamenlodo poÍto de equiÌíbrio,
o movimentoé periódico.

que medeo afastamento


SeforÌ a coordenada do oscilâdorda suaposiçãode equi
líbrio tem-se

f:,,= Kr e t,.=Ua=U t!À

a que coffespondea equaçãodiferencial

fft.'",=o com .l=+


A soluçãodâ equaçãoanterioÍé como vimos um movjm€ntopeÍiódico.

.r=Ìocos(oor+0)

Além do deslocamento angulaÍdopêndulosãoaindaosciìadores hârmónicoso des-


locamentolinearde uma mola elástica,a torçãode um fio, a correnteeÌéctricanum cir-
cuito oscilâdorLC €ntreoutros.
Um modelosimplespaÍâa forçade âtdto exeÍcidasobíeum corpomovendo-se
num
fluido é consideraÌque estaé proporcionalà velocidadedo corpo

rk

A equação
dìlerenciâl pas.âa seÍ
do oscilador

dzx I dx l-=-L
+ojx=0 com
d ! , - ; à ,
e a suasoluçãoé a de um movimentoperiódicoamonecido

r =.roe prcos(úrr+0)
A combinaçãodas duasequaçõesanteriorespermite obter a expressãopara os coefi
cientesde amoÍecimentoe paraâ fÍequênciaangulardo movimentoamoÍtecido

^ l
,=r"1,-{#)'l
o tempo de relaxação.r represenlaa metadedo tempo necessiáriopaÌa que a envol-
venteda amplitudese reduzaa l/e do seu vâÌor inicial, ou enrãoo t€mpo paraque a
polenciâl'-l Á ,, ". reduzana mr,ma Ídzáo.5e lor N o numerode orcila-
energia
2
çõesem que a amplitudese reduzâ metade,rem-se

r- NT
21Ít2
e o aumenloíelativono penbdode pèndulo\em drdo aproxrmadamenre
nor .
,UOl*
MesmopdÌaìr'= l0 o efeito no períodoseriainfeÍ|oí ãO.OlEa.

Mediçãoda aceleraçãoda gÌavidade

O pêÍdulo sirnplespode ser utilizadono laborarórioparamedir o valor da aceleração


da grâvidade.A precisãoque se obtémnestamediçãoé tipicamenteda orden de 0.5qo.
Com o Éndulo compostoatingemse precisõesde 10 a 70.O valor obtìdo deveentão
136 ser comparadocom a gravidadenormalpaÌa o local.Esta como é sâbidovaria não só
com â latiÌudedo lugaÌ mas rambémcom a altitudee âo longo do tempo.
ExistemdiversasformâsaproximadaspaÌâ a aceleração da gravidadeatendendo à
compÌexidâde dos efeitosconsiderados.Na apÍoximaçãomais simples.o globoé consj
derâdoesféricocom a massaMr todaconcentrada no seucentro,peloquea lei da atrâc-
ção universalaplicâdâa umâ massapontualpermiteescrever
CMÌ
EsTUDoDo PÊND!,'r-o
sIMpLEs

Paraseter a apì()ximação
de ofdeìnzeroé necessano cìrÌrârseem conracom a vclo
cidâdede Íotaçio do gìobo(Dìncluindoo eÍèi1odr Íbrçâcentrífugaquedependcda lâli

(r ,*"4,)..'',,,=#;
,s""=+?
Se â foÍÍna dâ Terra for consideradâcomo urn elipsóidede revolução,rchatado
nospóÌos.obúm se a aproximaçãode l. oÍdcm. Nâ aproximaçãode 2." ordenìentfa,
se já cm coDsideração com uma corrccçãodâ fbrììa do elìpsóide.Um exempioé a
1õrmuÌadc Cravidade1967aprovâdapcìa AssociaçãoInrernâcionaÌdc ceodesìaque
coÍrcsponde à escolhâde um detcÍminado elipsóidede relèrêncìa(o eÌipsóidede
1961).

e = 9.78032(l + 0.0053025senr.! - 0.000005


8 scn:2ô) ,r r :

Na variaçãocom a allilude têm de se tomâr em considerâçãodois efeitos: a Íc


duçãoda gravìdâdcdcvidü âo ìnaior afastâmentodâs massasâtraentes(correcçãodc
âr livre) ÀgÀr= 0.3082x10 5/] com, em mclro c ^B em rns:; o aunìeniode 8
devido à atracçãoadicionâldâs massasqüe se enconlÍamenrreo eìipsóidee o ponlo
de observâção(se este se encontrarsobre rocha) dita correcçãode Bougucr (B).
Considcrando o efeìtode Bougüerdevidoa umr placahomogénea de espessura,
e densidade2.67 tem-seÀS,=0-llì5x10 5â. Dasnesmâsunidâdes.Esresdois
efèilosconjugadosproduzemuma vâriaçãocom â âltirudedadaâproximadameDte por
^s= 0.1967x10 5n.
A âceleração da gravidadevarìaaindano tempodevidoao efeìtodasnarés provo,
câdaspelÀ atracçãoluni-solar. EÍc cleito é quaseperiódico e tcÍn uma aìnpliÌude
máximade 2x 10 6,n.!r.
O conhecimento dâ grâvidadenuÌnlocaltem interesscgeológico,por-
dâ acelerâção
que eía varia com a constituiçãodo tcÌrenoe com â presençâde corposde densidade
anóììaìano subsolo.A lécnicadc pcsquisageofísicaque ütiìizâestcelèito paraâ deter-
miDaçãoda consÌituiçãointemâdo clobo chaììa-segravimetria.

t31
LEITURA3

Radioactividade
átomoé uma nuvemde Z eÌechõesquese moveem tomo de um núcleode Z pro-
tõese N neutrões.Os constituintes
do núcleo(pÍotõese neuhões)sãodesignados
genericamentepor nucÌeões.O número totâl de nucleõesA é designadopor número de
mâssae é dado pela somado númerode neutrõesN e de protõesZ
A=Z+N
ElementosdifeÍentestêm difercnte númerode proÌões.Os núcleoscom igual número
de protõese númerodiferentede neutíõessãodesignados por isótoposde um eÌemento.
Estáprovadoqueos nucleõesÍão sãopartículas€lementares, sendoconstituídospo.
partículasdesignadaspor quaÍks.Os quaÍks dos nucleõessãoo u (up) e o d (down),
consideradossem estrutuÍa (poÍanto elementaÌes)e têm a particularìdadede terem caÌga
eÌéctricafiaccionária,q, = q. e qd = O prorãoé formâdopor dois quarksu
; ;q..
e um d e o neutÍãopor dois d e um u. Além destesdois quarksexistemmais quatro.
Sendoos protõescargâspositivase os neutrõespaúcuÌasneutrasé legírimaâ p€r-
gunta:porquesãocoesosos núcleos?oìr de outÍo modo,qual a cola que manrémpro,
tões€ neutÍõesjuntos âpesarda existênciada repulsãocoulombianaentreos pÍotões?
À respostavem associada a propostâde uma novâ foÍça que se faz sentirno jnte
rior dosnúcleose nucleõe.de.ignadapoÍ Íone. A lN Ì ERACçÃO FORTTé obviamenle
mâisintensaquea inteÍacçãoelectromagnética entrecaÍgase correnteseléctricase sem
sombrade dúvida muito maior que a gÍavitacional.Uma vez que opera a nível dos
núcleosé de cuÍto aÌcance,da ordemde Ì a 2 fm (10 15m). e é independente da cârga
eléctrica,porqueé válidaquerpaÌâprotõesquerpaÍaneutrões.A esraspropriedades de
Íãcil explicaçãojuntâm-seouÌrâsque esÌãoforâ do âmbiÌodo actualesrudo.Os poÍa
doresda interacçãofoÍe são designadospoÍ gluõese têm um papel idênricoao dos
fbtõesna inteÍacçãoeÌectromagnética.
O estudodoselementosconduziua umadescobeÍaimoortanteno início do séc.xx.
que só foì completamente explicadaem temos teórìcosnos ânos70 e a teorìaproposta
v€rifìcadâ expeúmentaÌmenteno início dos anos 80.
No fim do séculoxx começoua detectar-se que ceÍos elementosemitiam paú,
cuÌase radìâções. Hoje sabemos,serememitidâsa partirdo núcleodoselementos.Esre
fenómenofoi designadopor RADIOACTWIDADE.
Entende-seem geral, por radioactividadea emissãoa paÍir do núcleode partículasc 139
(átomosde hélio duplamenteionizados),P1(eÌectsioes ou positrõ€s)ou de radiação1 (fotões
de frequênciasuperiora 10reHz). EstastÍês emìssõestêm contudo,origem diferente:
. a alfã (a) é como que umâ fissãodo núcleo;
. a gâmâ(.y)provémde inteÍacçõeselectromagnéticas nos núcleos;
. a Pr, emissãode electrõesou posiÌrões,tem a suaorigemnum novo fenómeno.
Sebem queesteÌipo de radioâctividade pareçavìrdo núcleoela provémde uma
parte deÌe, da tÍânsformaçãode um dâdo quaÌk noutro.
A explicaçãodâ desintegração 13rconduziuà descobcÍâde umâqrarraforçâou ìn
terâcção.que dcvido à suainlensidadeao ní\,cì(lasdimcnsõesde um núcteotòi desig
nadapor INTERACÇÀO FRACA. Um quârk u ou d iransformase,dcvidoâ acçãode;
tâ inÌcracção.num d ou u emjlindoünì elecrÍãoou positrão(,rntipartículado eìecrrão)
e üm annneutrinoou neutrino(partículadc massâquasenula, neurrae .Ìe spin t/2).
Os propagâdoresda inteÍâcçãoiìaca sãoos bosões(de spin l) W. e 2,. Ao contrri,
no,dos propagadores dâs outrasinleracções(forão.gluão e possìvelÌìenteo gravitão)
os W1e Z'tênì umaìnassa nãonula.
As fìgurasseguintesilustramdiversosÌnodosde esquemarìzar a désintegraçãoBr e
f. PararcpresentaÍa desintegração ü usamse csquemasanalogos.
Em geraÌ,se um núcleodecaipor emissãodc elecrÍões.casodo irìCs.ou posinôes,
como o ÌNa. a desinregração reprcsentÂse do modo seguiììre

. . 8 . .
;{ci- ;iiBr+e+t iiNa+i;Nc+e++r

'll.
tr
':3*
,t
'u*

No 1."decÌíniorm Deutrãodo césiotranslbrma-sc num prolão,dondeo númeroató-


mico Z passÂrde 55 a 56 e obter-seuìì núcÌcode outro eìemento.o bárìo.liberrândo_
-se um electrãoe üm anrineutrino_ Em todo o proccssoexisreconservação de enersiâ.
cirgc elecrricJ.iprn c ü|ltro.nümcrus qurfli(u, quede mL,ìenrnullrrri.,JreF.o\.No
.r.o Jü,oiliu 22 e Lm prorJuqu..e rrrn\rurÌracm neur:."e i",rnr-; Lm rìu,t(u
de
néon22, sendoemitido üm posiÌrãoe um neurrino_
Em âmbasas situaçõesrì desinregração p deìxouo núcleodescendcnre num esrado
l,l0 nuclearcxcitado.que ao ÍìÌn de um inrervalodc tempocurio (cm geraìda ordem
ou in
fcrior ao nânosegundo, emboranesteexeìÌplo o esradoexciradoclobário tenhaum Dc
núdo dJ orJemdo In,nuru,. decdiptrrâu e.rido tLndrnrenrat or de rn,i, bar,.-ener!u
emitindorâdiâção1_
ConÌoé uDrpmrãoou neulrãoquedecai,ou paÍe deìesquesofrculnâtransfòrmrção.
_
pod€mosaindareprcsenrar o processomais esqÌremaricamcnte evidenciando clÌreé um
quaÌk d qüc se transformanunÌ u na desìnregração p e üÍn u em d nâ desintegrâção
8..
P
(u.d.d)J jp (u,!.d) + +
,jn le lìu ou iP (u,!,d)r l,n(u,d.d)+ oe+ o,
I'ADIOACNVDADE

tsxistempâdículasconroospotões,os ncu1.õcs e outrasquesãoconsriluídüs porqudJks


e enlreasquaìssc veriiìcaa iìÍeracçàoíòíc. EsraspaÌrículâssàogcncrìcrnrenÌe denomi-
nadaspoÍ hadrões.Outrasparlículâs,como os eledrões,qìrenão 1ôìÌ estrutulainternae
nãoestãosujcitâsà iìÍeracçâoforte,sãodesignâdos por Ìeptões.
PaÍccchâversuficienteevìdêncialcóÍicâ e experimenialpaÍrÌ,rccjtârque os consri
tuintcs básicosdu nratéÌiase dì\,idemem quarkse leptõesconsoanrcsio sensíveìsou
não à intcracçào1òrte.
Actullmente.pensâ-se que existcmrpeììastrêsiàrniÌiasdc quarkr.trêsde leptõese
qualrolipos de inÌeracçãoe queeíc conjuÌìtoexplìcaâ estruturada ììatéria.A d,ifcÍcnçu
cnt.c cüdâlìDrília resìdeessenciâìnìcDtc
na nì:ìssados seuscÌcmentos.É como se exiç
tisscum factorde escalaparâpassârde umâ família paraâ outra.
A primeirafamília de quarksc Ìeplõesreuneos elemenÌosde basedo nìundoquoli
dìâno:o quarku e d, o cÌcclÍãoe o ìreuÌÌinoelectrónico!.. O! coDstituìnres
dr scgunda
c tcìaeirafamília sãocriadosnos laboratóriosa parÌiÍ dc coìisõesdos prìmeìrosc cxis
tenr no universocósnììcodcvido à actividadedascnÍclas.
As duastabelasqüc sc rcgueìÌ,esquematìznÌn as propfiedâdesdoscomponcnles ele-
ììentârese as lòÍçâsque gaüntem a constituiçãoc o ÍuìÌcionamento dos sislcììasdesde
o infinilamentegrândccono o Universoatéao ìniìnil,ìmentepeclueno coìnoos ncutrinos.

Constituintesbásicosda matéria e süâsinteracções

Consliluìntc!bÍsicose suaspropricdadcs
'arÌÀRKs
l .. ....'.r. .' .,. l
sr.,ur",{;i)i',,,
.l10 2t3 .00051 . l
d .:l10 , Ì/l 0

1.5 2t3 .ìt)ó I

.5 |1 l)

l4l
- 174 2/3 17rì,1 I
h =5 vl =0

QuandonosreltÍinos ì nrassadaspcíícoìrs subdómicrsu\lrNs CeV/.:. quedti I cnergiâcm rcpouso


dc trnìâí).niculx de mas$ m PnmcxprrssÍ !.ìass! etrÌunidldesdccncrgiãüsa seâ equnçaodeequiralêD
cir cncrgiâ DassdE= nci. cnì que c ó â vcl.cjdrde.la tur. A Íxzãode rf dcsrropçio é em paíe dcvidr
ao lìcb da mas! dcías panicuhsseÍ nnìiroFqueDae c tu. represenrnçio cm u.idrdes SI serpoucorpn
pÍi a For excnìdo. a masa do proriioem anbrs a c\câlâs é rì,= I ó?2x10rri!=0.91ltCev/c:.
propagâdores
Interacções, e Íespectivaspropriedades

ÀLCANCE(In) infinito <10,3 <ì0 15 irfirito


INTENSIDADE l0j Ì0 rr I l0 *

MAssA(CeV/d)

SPIN I
CARGA 1lr0

Lei do declínioradioactivoe actividade

A lei básicâdo decìínio,de âcordocom a mecânicaquântica,eÍâbeleceque a


pÌobabjlidadede um dado núcleo decâir num dado ìntervâlo de tempo é indepen-
dente do seu pâssado.Assim, numa âmostrade n núcleosidênticos com uma DÍo-
babilidadepor unidade de tempo tr de decaiÍ, a taxa de desintegÍaçãono tempo é
dada Dor
dn(1)
dt
ì' é a probabilidadede desintegração em s I.
e expressa,se
A integraçãoda equâçãoanteriot com â condiçãode no instanteinicial termosn.
nicleo'.condu/no, à tQUAçÀO DO DtcLiNtO RADÍOACI lvO

n ( t ) = n o e\ r
O processode declínioé estatístico,e porconseguinte um núcleopodeter um Ìempo
142
de vida entrezeroe inlìnito. O valor da vida médìa.habitualmente
refèridopor r, é câÌ,
cìrladocomo o valor médiode qualquergrandezaconlínua

r ï l ? . l
- | \n"e ! o t= t
n "J l d n =

Conclui-seque a vida médiâé dadapelo inveÍsoda probabjlidadede desinÌegração


e expressa-se
em unìdadesde temDo.
Designa-sepor ACTIVIDADE a quanÌidade
A=\n(t)
A unidadeSI de actividadeé o becquerel(Bq) e coÍespondea uma desjnt€gração
por segundo-
Define-sePERÍODO de um núcleocomo o tempo necessárioparaque o Dúmero
inicial de núcleosnum dado estadose reduzaâ metade.A relaçAoanaÌíicâ enÌÍe
períodoe probabìlidâdede desintegração
obtém-seda equaçãodo decÌínioradioacrivo
TnI=ln2=0.693

Naturezaestatísticado d€clínioradioactivo
A desìntegração de um núcleoradioâcrivoé um acont€cimento
aÌeatório,isroé, nãopo-
demos pÍeverqual o núcleoquedecairá.Quandosetem uma dadaquantidadede maté
riâ mesmoque de âÌgunsmicrograma,dispõe sede um grand€númerode núcleosdevido
à dimensãodo númerode Avogadro(um átomogÍamaconrém6.023x10:rátomos).PoÍ
suavezâ probabilidade devesertal quesepossaconsideÍaÌqueo vaÌor
de desintegração
módiode desintegrações é p=nÀ. Paraque isto sejav€rdadeiroo períododo elem€nto
deve ser muilo mâior que o tempode contagem,
Podemosconsiderü que estamosem condÌçõesde esperarque a probabìlidadede
que n nucleoçdecdidmnum dadointervalode temposejâdadapelaDISTRIBUtçÃO
DE POISSONde valor médio p (ver Leitüra l).

P'"u'= *"'i
em que p é o númeromédiod€ desintegrâções
no inrervaloconsideüdoe n o número

PaÌa vaìores pequenosde !", â proba- P(n)


biÌidâdeP(n) em funçãode n é uma dis-
tribuiçãocom um lado (cortâdo>.
A medidaque a médiaaumentaa dis-
tribuição de PoissoDassumeumâ forma
mâis simétricaconvergindoparauma dis-
tribuição do tipo gaussìano.A figura
exemplificao comportamento destadistri
buiçãopâra dois valoresmuito baixosda t43
média.

Suponhamos que temosumâ amostmde núcÌeosradioactivose que efectuâmosum


grandenúmeroN de medidâsidênticase independentes de conragensn, duranteum
intervalode tempofixo. A médiae o desviopadrãosãodadosrespectivamentepor
l *
<n>=T-zni t(nL <n>):
Nl
Para uma distribuiçào de Poirson demonsra-se que s - Vcr>.
Porexemplopda <n> = l0O,vem enlãos = 10.Devido ao valormédioserelevado100.eÍa
distÌibuiçãoapresenta
tmbém um compoÍmento quasenomal.

Se fi/ermos expenèncias de uma \ó medição o reçulrâdo e n fn i.ro porque n.


número de desintegraçõesque ocorrem num dado inteÍvalo de tempo, é já €m si uma
amostÍa esurísdca.
O gn4lìco mosla como os valoÍes de
diveÍsasmediçôesem que a médiaé 100 70
se distÍibuemem tomo do vaÌor médio, óo
Pode coÍrstatar-se,ainda que qualitativa-
mente, o carácter normal da dispeÍsão em 940
tomo do valor médio <n>.
Ë30
Aproximadâmente68% dâscontagens
2!J
situar-se-ãono intervalo [<n>-s,<n>+s]
t0
e 957" no intervalo[<n>-2s,<n>+2s], se-
gundo aspÍevisõesda distribuição nomal. 0
100 110 Ì20 130
n/Bq

144
LEITURA 4

Circuitos EléctricosBásicos
lì estudodoscircuiroç eléctricos ba'eia-seem doi' conceìto\ elemenrâre\' â inren\i-
\-/ dâdede conenteelectricae a difeÍençade porencialelécFicoenúe dois ponro..
Os diferentescomponentesque se associampala formar um circuito eléctricodestin-
guem-sepeÌa Íelação entre a diferençâ de potenciaÌ aos seustermioais e a corÍente que
os aÌravessa.

Lei de Ohm

lntensidad€ de coÌÌ€nte eléctrica


A intensidadeda corÍente elécúca, ou abÍeviâdamentecorrente, é o número de cargas
eléctricas que por segundoatravessamuma secçãorccta do circuito.
O símbolo para correnteeÌéctrica é I e â unidâdeé o âmpere(A). Um amperecorres-
ponde a um fluxo de caÍga de um couÌomb por segundo.

', ^" -, I C
t.

Dif€Ìençâ d€ potenciâl eléctrico (ddp)


A ddp entre dois pontos é a medida do trabaÌhoque é necessáriorealizar para moveÍ uma
caÍga de um ponto a potencial eléctrico mais bâixo pâra uú ponto a potencial mais €le-
vado. Frcquentementeutilizâ-se o termo tensãoparâ designar a diferença de potencial.
O símbolo pârâ ddp é V e â uÍÌidade de m€dida é o volÍ (V)-
Um volt é a ddp que existe entre dois pontos num campo elécúco quando para se
deslocarentreelesuma cargade um coulomb é necessárioÍealizar o trabalhode um joule.
lJ=1C.1V
Habitualment€ numa ddp ioma-separa referênciazeÍo o potencial eléctrico da massa
(z€Ío local do aparelho ou circuito) ou da term (refeÍência zero da rede electrica).
As vâriasmascas devemestarligadasà
terra,entendendo-sepor terraum condutoren-
terradono solo,atnvésdo qualseescoamfâcil- I Lie4ÂoÀ | usã9ãoÀ
menteascargaseléctricas,Os símboÌosquere- t M s t È ú r
presentamestasÌìgaçõessãoos da figura. 145

Resistênciâ
Para certos materiais condutores a corÍente que os âtravessaé directamentepÍoporcio-
naÌ à ddp aos seus terminais. A Íelação V(I) é eÍtão linear
V=RI
e a constantede prcporcionaÌidadeR, representâa resistênciado componente.Estâ relâ-
ção é conhecidapor Lei de Ohm.
,:,.,,.......1..'
.rrÍitsiÀ,4,,..
ì-

A unidadede Ícsistênciaé o ohm (O). Num conduloÍìineara resistência é direcra


mentepropoÍcionaÌao comprineììtoL e jnversânìcnlcpÍoporcionâlà secçãorecraS.
dependcndoaìndâdascaracterísticasfísicâsdo Ín,ìrcrialaravésdâ resiÍividade p
. .= p L
K
s
A unidadede Ìesist'vidadeé o ohnì.metro(O.m). Pârâos mctaismaiscorrentesem
circuiloseléctricos(cobree tungslénio)p é da ordemde l0 NO.m.O inversoda resis-
tividádeé a condutividâdel: rcpÍcseìrlase por o.
por ---G
Num circuito eléctricouma resiÍôncia Ícprcsenta,se ou ---^A - .
O seuvâlor pode ser conhecidoa partir dasriscâscoìoÍìdastraçadassobreâ resis
lência.O código de lcilura dasriscasencontrasc cxplicadonasTABELAS.
A lei de Ohm é válidamesÌnoparacorÌenlcsou leìrsõesvariíveisno rempo.Ulì si
naÌ que vêrìâ sinusoidalmemente é reprcscnudopeìafunçãoX(0 = X,,sen(o1+d).em
que X. é â amplitudemáximâ,ô é a Íìse ìniciaÌ.(')= 2Tf é a frequênciaangulâre f a
lìequênciado sinaì.Se lO = l,,scn(,t. entãoaplicandoa Ìei dc Ohnl teìn se aosrermì-
nâis da resistênciauma ddp V(t) =V,,senú)t e diz-seque a correnlcestáeÌn fasecom â
ddp. A Ìelaçãoentreâs ampliludesnáxiìÌa de correntec da ddp vem dadâ simples-
mentepor V.=RÌ,,.
A relaçãocntrc a conentee a ddp parâslnâissinusoidâispodeser iluÍradâ grâÍica
menÌesoba iorma de ulì diagraììade vectorcscm quc o comprimenrodestesé pÍopoÍ
cionalàsampliiudesmáxiÌÌa da conentee dâ ddp e o ârgulo entreelesigualâa diltren
çâ dc faseentrea conentee a ddp.NesÌelipo dediagranÌasàoválidâsasrcgrasdaâdição
vectoriâlpaÍagrandezas do mesmo1ipo.O valorinstantâneo dâscorrentesou ddpé dâdo
nestetipo de diagramapelâ projccçãodos vectorescoffespondenres sobreo eixo dos
XX (ou YY).
V(rJ=V"sendr implicx I(l) = I.,senut

146

Análisede circuitos

Num circuitoos pontosem qüehá bifurcaçãode conenresãodesignados poÍ NóS. Entre


dois Íós. todosos componeniessão atÍavessadospela mesmacorrentee isso consritüi
um RAMO. Uma MALHA ó um percursofechadoperco.ridopor corÍenreeléctdca.O
númerode malhasindependentcs num circuito eléctricoé dado pelo númerode rainos
menoso númerode corÍentesindependentes mais um, Parâa det€rminação de corren-
tes e ddp em diversospootosde um circuito recorre-seàs leis de KiÍclúoff. Esrâsleis
sãogeraise aplicamse a todo o tipo dô sinaìse de componentes, rcsistivosou outlos.

L€i dos nós e dâs Ínâlh


l. lei de Kirch]ìoffou lei do! noi num nó a
.oma de todâ\ a{ corrente\que enram e 5aeme
nulâ, convencionando-se que a coÌÌenteque entra
é positivâe a coÍrenteque sai é negaÌiva
It'=6
Esta lei resultasimplesmentedo princípiode
conservação da carga.De acordocom o esquema
tem-se-Ir-lr+13 +Ia= 0.

2.' lei de KiÍchhotï ou lei das malhas nLìmamalhafechadaa somadâsddp é nula


tv' =o
Atendendoàs fontesde tensãopresentes na ma-
Ìhâ. deve serarbitradoum sentidoconvencionalpara
a correnreeléctrìcana malha.No cdsode umdreiiy
Ìênciatoma-selR comopositivose a correnteem R R2
tem o mesmo sentido qu€ o âÌbitÍado pfiâ â malha.
Ent?ioas ddp serãopositivas nos componentesem
que a conenle enra no teminal a potencialmai.
elevado(+). e negaÌivasno casocontÍário.
No ciÍcuito da figuÍa anexâ. tem-se IRr+ IRr+ IRr+Vb V"=0.
Como exemplod€ aplicação.considerenoso circuitoda lìgum a seguirquerepresenta o es-
quemade aliÍnenrâção dos fdóis de um câÍo. Os 12.0V sãofomecidosp€la barenae os 14.0V
peloaìtemador.As r€sistências. junlo às fontesde alimentação,
repÍesenlâm
asresisréncias
inteÍ-
nasda bateriae do âltemador.Pda sabera conenleque circuÌana resis!ência dc LZOQ do faÍol
e a ddp aos tenninaisdesta,recore,seàs leis de KirchhoÍï.
NestecircuiroexistemduasmalhasindepeDden
les,poÍ exemploa ABEF (maìhal) e a BCDE (ma
ìhr 2) Paracaddumadr\ mahâ\ drb,líamo\u \enrl
do da coÍrenle como sendo o dos ponreiros do
.elógio,I, e I, nâ fisura. Note-seque no râmo BE a
l4'7
corente totalque cncuh é a diferençadâsduascor
re.tes de malha.Pela2." lei de Kirchhoff podcmos
escreverparâ â mâlha ABEF a €quação
0 . l 0 0 l r + 0 . 0 Ì 0 0( I I t + 1 2 . 0- 1 4 . 0= 0
e parââ mâÌhaBCDE
0 . 0 1 0 0 ( rr?Ì ) + r . 2 0 I : - 1 2 . 0 = 0
A resoluçãodestesistemade duasequaçõesê duâsincógnitaspermiteescrererpda a coF
r e n t ec d d p n o Í r c ì I F = I 2 = l 0 . l A e V F =1 . 2 0I F =l 2 . l V .
Associa(ãod€ resistências
podemassociaÍ-se
As Íesistências em sérieou em paÌaÌeÌo.
I Numaâssociação emSÉRIEasÍesistênciasconstituemum raÌnoúnicoe por isso
sãotodâsatmvessadaspelamesÍrìacoÍente.O valordarcsistênciatotal é a somâ
dasresistências
Darciais:

Na Íealidade tem-sepaü cadacomponente Vr = I.Rr,V1=I.Rr,...,V" = I.R"e paÍa


o c i r c u i t ot o t a l V , = I . R , = V r + V , + . . . . +V " = I . ( R ,+ R r + . . - . + R " )P. o Í t a n t o
Rr= Rr+ Rz+...+ R-
A resistênciatotaÌ é sempresuperioràs parciais,R, > Ri.
r Quandoseassociamresistências em PARALELOelasestãoem ramosdistintos
Ínasligadosao mesmopar de nós, Nestecâsoas coÍrêntessãodiferentesmâs
lodasasrcsistênciastêm aplicadaa mesmaddp aosseusterminais.ResuÌtaque
o ìnversodo valor total da Íesistênciaé igüâl à somados inveísospaÍciais:

pamcadaresistência tem-se: V= I I Rr,V= Ir. Rr, ......,V= L .Rtre poroutroÌadoV=I.R r.


t = ; * ; rl* . . . . . . *t ,
L o m or = t r + r ) + . . . . . . . +c ronn.c r u ì -qsuee
i, ^
A resistênciatotal é infeÍior â qualquerdasparciâis,R,< Ri.
148
Divi6oresde temão ê de corr'€nt€
Uma ddp V. aplicadaa umaassociâção em sédede componentes distribú-sede uma
formâ diÍectamenteFoporcionaÌà suaresistência.Atendendoa que todasas resistên-
cias sãoahavessadas pelamesÍÌìacorrenteI, podemosescreverpam o circüto totaÌ e
cadaumadas parcelas

l= H = V, = v, = = V"
R, R, R, R.
Daqujpodemextrair-seváriasexpÍessões úteisna
análisedestetipo de circuitos.No exemploda figura,a
tensãode saídaaosterminaisde R2 caÌcuÌa-sepor

EnÌre um par de nós, a coffentetotâl I divide-sepeÌosdiferentesÍamosligadosem


paralelode uma forma inversamente proporcionalà suaresistência.Nestecaso,como
a ddp é comum a todosos ramos,podemosescreveÍpara o circuito total e cadauma
dâsparcelas
v = I . R r= I r . R r= I , . R , = . . . = I " . R "

Conhecidaa resisÌênciaÌotal do circuito.a correntequecirculanum ramoqualqueÍj


pode ser câlculâdâsimplesmente por

r,=ir
Princípio da sobreposição
Num circuitoque sejafonnado âpenaspor componentes Ìinearesassociados em váriâs
Ìnalhas.é possívelcalculara corente e a ddp em quâlquerramo do circuito pela adi-
ção algébricados efeitosque cadafonte aplicadapÍovocasepaÌadamente. Este pÍoce-
dimentoé uma consequência da lineaÌidadedos elementos que compõemo circuito e
designa-se genericamente por princípioda sobreposição.PaÍaaplicareste prjncípiocons-
troi-sepaÌacadafonte(de tensãooude corÍente)circuitoseqüivalentes em queasr€stan-
tes fonlessão substituidaspela Íesistênciaintema.PaÍafontesideaisestaresistênciaé
nula(cuÍtocircuito)nâsfontesde tensãoe infinita (ciÍcuitoaberto)nasfontesde coÍren
te. A aplicação dâs regrâs de associaçãode resistênciaspermite o cálculo da corrente Ii
e ddp Vrno ramo des€jâdo.No circuito completo,com todâsas fontesâplicadas,a ddp
ou conenteno ramo é dada,comojá referimos,pela somaalgébricados valoresobti-
dos independentemente paÌacadafonte
I =lI; v= I'v,
estepÍocedimento
A figuraexemplifica numcircuitoderês malhâscomumafbnte
de tensãoe umadè corrente.

-3* -&- e 149


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B
Simplificação de circuitos, modelo de Thévenin
QuandosepÍetendeligaÌum componente a dois teÍmjnaisAB de um circuitocompÌexo,
pode ser bâstantedifícil calculaÌ a corÍ€nt€ e a ddp que ficará aplicada. Se o ciÍcuito
apenasincluir componenteslinearese fontesde tensãoou de corente, o teoremâde
Thévenin garanteque estepode ser reduzido a uma fonte de tensãoassociadaem série
com umaÍesistência, o ciÍcuito equivalenteou modeÌode Thévenin.Os paÌâmetrosdes-
te modeÌo são calculados pelas regras seguintes:
l) A resistênciade ThéveninRrh é a resistênciatotal do circuito medidâentreos
termiÍaisA e B, quandose substituemtodasas fontesde tensãoou de borÍentepelasuâ
Íesìstênciaintema,
2) A tensãode Thévenin Vrh é simplesmentea ddp medida aos terminais AB
(quando medida por um voltímetm ideal).

Num ciÍcuito em que se têm diversosandaresassociados, o modelo de Thévenin


permiteexprimìra acçãode cadaandarsobreo seguintecomo sendoequivaÌente a uma
fonte de tensãocom resistência
intema.No exemploda Íìguratemosum divisorde ten-
sãoem que a ddp aosÍerminaisde R, vai aÌimentarum outÍo ciÍcuito representado
pela
Íesistênciade cargaR..Â".

R"*"-'------------

Atendendoa que a Íesistênciaintema de uma fonte de tensãoideal é nula, tem-se


paü o equivalentede Théveninos vâÌores

n*=n,7s,=-8-rEr
Só uma fracçãoda ddp de entrâdaé aplicâdaao cncuito de carga.

150
Potência

A potênciadefine-secomo sendoo trâbalhoÍealizadopor unidadede t€mpo.A unidade


de potèncidé o $atl íw). I w - --:-: . Como !imos. o rrabalhonecesárioparade\lo-
caÌ umacaÌgaQ amvés de umaddp V é W=QV Então,a potênciâeléctricânum circui-
to exprime-se pelo produto da corente e ddp
Num circuito puramenteresistivo.â lei de Ohm permiteescreverpâÌa a potêÍcia
dissipadanumâresistênciaas expressões equivalentes

P= =PR
ì

Sinaiseléctricos

Uma ddp que varia no tempode modo paÍicìrlar é designadapor sinal,e ÍepÍesénta-s€
poÍ V(t) ou v(t). Os sinaispeÍiódicossãoos que têm maioÍ interessena anáÌisede cir-
cuitos,e paraos quaisé usuaÌfalârde paÌâmetrosÍelacìonâdos com a suaperìodicidade
e ampÌitudeem tensão.Entre elessalientamos os seguintes:
T
^ l
t= liequência
T
frequênciaangular
+
amplitudemáxirna
ampljtude de pico a pico, difer€nçaentreo valor máximo e o mínimo da ddp
Paraalém destascaracterísticas,
o sinaÌpodeaindasercamctedzadopelo seuvalor
eficaz Vd.lou VRMS(nrrt Meírn Squarc). Entende-sepor tensãoeficâz o valor da ten
sãocontíooaque provocaâ mesmadissipaçãode energianumaÍesisÌência.

1 1 jv,(t)dtentao
",=lEl;
R T

Entre muitos sinâispossíveisos mais usuaisem circuitoselécrricossãol


SinaÌsinusoidâÌ

.12

Sinaltiangular 151
vc) (0=4+r 4n%
+vo pm(n,l/4)T<t s(n+l/4)T
0 v(t)=.a+t+(an+2)%

'",=+
-vo par"(n+1/4)T< t s (n+3/4)T
Sinal quadrado
vo vrr=v para nr<r<-:r
+Vo

0 v(t)= vu püi T.'< rn*Dr


Ë
-\6
va=v"
SinaÌem deotede serÌa
v(t)=Ë nvo püa nT<r<(n+1)r

n = 0 ,1 , 2 , . . .

Sinal em râmpa Sinal em degrau


vo

TMPULSOSquandoun sinâtnão ocorred€


um modo contínuo no tempo, podendo ser
oÌr não periódico.

RUÍDO quandoos sinais oconem ocasio-


nalmente,sem frequênciâbem definida e
com âmpÌitudevaÌiáveÌ.
152
Nos circuitoseléctricosos sinaismais vulgaressãoddp sinusoidaisporque:
r E nestaforma que a tensãoé produzidaindusúaÌmente,devido â ser do tipo
sinusoidâla ddp induzidanuma bobinaque tem movimentocircular uniforme
num campo magnético, como sucedenos geradoreseléctricos;
r A respostadoscircuitosÌin€aÌesa ddp sinusoidaissãoaindafunçõessinusoidais;
I Todâ a corrente ou ddp perìódica pode ser decompostanuma soma de funçôes
sinusoidais.
Condensador

Designd\e por condensador o conjun'o formadopor dois condutorespâralelo..epa-ca


dospor um dielecrnco. Represenra-se por I
Quandoaosterminâisde um condensadór é apìicadaumâ ddp variávelno tempo,
ele é percorÍidopor uma correntedirectamenteproporcionaÌà vaÍiaçãodâ tensão.
ll9_

r19= sgY(I

Trata-sede uma Íelação linear entre corrente e ddp em que a constantede pÍopor-
cionalidadeé C, valor da capacidadedo condensador Estecompon€nte só tem interesse,
como é óbvio. em circuitosem que a ddp varia no tempo.paÌa sinaissinusoidais
Vír) = V"çenot implica llr = l-sen(orFirl2)

l l
Tem-'eV,= + -4'l".conZ.- À quesederrgnâ
porIMPEDÀNCIA
CA
@\ Júi(
PACITIVA I e a ÍeÌação en!Íe os valores máximos da corrente e da ddp adquire uma
forma equivalenteà lei de Ohm.
Das equâçõese do gráficoconclui-seque:
r A conenteestáadjantadade íy'2 em ÍeÌaçãoà ddp aplicada;
r A reÌaçãoeotreI e V dependeda frequênciado sinal,o que implica o üso do
conceitode impedânciaem vez da simpÌesdesignação
de resistênciacâpacitiva.
PdÌadefiniÍ a unidaded€ capacidade
é convenienre
escrcverârelaçãoentreddp aos
terminâisdo condens:ìJor
e a c,irgaelecrricãno mesmo.Como t = rem^e
# r53
Q=cv
A unidadede capacidade, o faÍâd (F), corresponde
à existênciada caÌgade um cou-
lomb entreos dois condutoÍescoÌrstituintes quandoenúeelesexisteuma
do condensador
ddp de um volt.

l=1 / e c u i r d d ú €d o . n ú m e r c rsm ã Â r n ã i o :
O gráIico mostÍâ como um condensâdor,com uma capacidadede l0 pR reage â
uma ddp em rampa v(t) = 1000 t v que actua durdlte 10 ms.

' ./t i l+rov

Os valores de câpacidsdemais coÍentes são da ordem do FF, nF e pF,


O valor é escrito sobreo componenteobedecôndoâ códigosreferidos nâsTABELAS.

Associação de cotrdensâdores
tolal é dado pela somados inversosdos
Em SERIE o inveÍsodo valor da capacidade
valoÍes das capacidadesâssociadas
t l l l
q=c,*c, - *c.
Em PARALETO o valoÍ da capacidadetotal é a soma dos valores das capâcidades
associadas
c.=>c,
Na Íealidade,nestasituaçãotemosque: Q,=C,V=Qr+ Q, + ....+ Q",portanto
Q,=c,V+crV+.....+c"V e C, = 6'.'6'* ...* 4".
Capacidades em paÌalelosomãm-setal como se somamÍesistênciasem série,esta
(C) apa-
assimetriadeve-seaofactode,naimpedânciacapacitiva,o valordacapacidade
receÍem denominador.

Como mediÍ capacidad€s


154
r Com um capâcímetro (ceÍtos multímetÍos possuem capacímetrosincluídos).
r Medindo com um osciloscópio, num circuito

ti
quase puÍamente capacidvo os valores máximos
da corente e da ddp no condensadoÍ Se R<lzcl f---f_"
a resistênciâdê> a intensidadede corrente a Dar-
tiÍ de VR.- = RI*. Donde
r Com o mesmocircuito,e usandoo facto da impedânciado condensâdor vaÌiaÌ
com a frequência da ddp aplicada, é possíveÌ ajusrar o gerador por forma a que
as tensões máximas observadasaos terminaìs de R e C sejam idênticas.QììaÌìdo
Vtu = Vc..' tem se
K = r z ,l e c =
Rd
r Associando o condensadorde capacidadedesconhecida
em série com um de capacidadeconhecida.e âplicando a
Ìógicada divisãode tensãoaosvaloresmáximosdasddp
," ,- - - , Z r zz ,. tt " s , . e ( . - L^i t, \v, ., ." ." ,^. _ _ r Ì
/

CaÌgâ € d€scarga do cond€nsâdor


Consjderemos o circuito da figuÍa em que o condensadoÍapresentaaosseusterminais
uma tensãoiniciaÌ V.. Se fechaÌmoso circuirotemosVR(r) Vc(r) = 0 (lei dasmalhas).
Com um pouco de cálculoe romandoem atençãoa convençãode sinaisno condensa
se que
doÌ estabelece
Vc(r) = Voe uRc e I(t) = Ioe úRc l" =
vo
R

A situaçãodescritaconstituia DESCARGA do condensador € estáÍepresenradâ


no
gráfico à diÍeitâ do circuito. A caÌga aÍmazenadano condensador,ou seja a ddp aos seus
leÍminais,diminui no tempo.
O produtoRC tem djmensôesde tempo e designase por constantede tempo.Da
equaçãoda descargado condensador verifica-seque ao fim de um rempoRC a tensão
caiu paü 3ó.87"(l/e) do seuvaloÌ inicial. Ao fim de 10RCa ddp aoslerminaisdo con-
densadorvale apenâs0.OO454o deYs.
ExempÌoda oìdemde gÌandezâde RC em funçãodos valoÍ€sde R e C. Se R-Me
e C-pF tem se RC-s, se R-kO e C-pF vem RC da odem do ms.
Na situâçãoem que oum dadoinstantese apÌicauma ddp contínuâV0 a um ciÍcui
to RC comoo do esquemaseguinte,a lei dasmalhaspeÍmiteescreverVR(t)+ V.(t)=Vo.
A resolìrção destaequâçãodiferencialpeimiteobteras expressões que regema ddp aos Ì55
terminaisdo condensador e a correnteque circula na malha:
Vc(t)=V"(l e,Rc) e I(t)=Ioe/Rc
Estaoperaçãodesigna-se por CARCA do condensador no qrá-
e estárcpresentadâ
fico à diretlado circuito.A ddp aoslerminaisdo condensador aumenra.or o r"Ãpo
aLeãlingir a sâturaçào.
As expressões anterioÍespüâ a câÌgado condensado.podemser facilmentededu-
zidâsse atendermos
a que no condensador.elem i = C e queesn. a me\macor-
l'
v v -
i = lR
renteque aúavessâa resistêncta. . lgualandoe ind'viduatizando
numrermoas
,, dV- dt t .
dclpe no ou0o o rempo.lem-seque = -:: ou sejaque -ln(Vo-V.r = K
V-_V. RC
ou Vc = V. - K'e *c como Vc = 0 paÌa r = 0, K'=V" donde,Vc(t) = V"(l,e*c).
Num circuito alimentadocom ddp altemateremosuma sucessão de cârgase des-
cargasdo condensador.Conforme o valor de RC e da fÍequência da ddp, assimteremos
caÌgâ e descargacompleta ou parcial,

Potênciâ num circuito capacitivo


Se I(t) = I"sen (l)t a potênciaiostantânea
é dadapor

p(t)= V(t)I(t)= I"V"senúr,"o" ,t = r,v"""n u,t


|

A potência rrédia dissipadaé nula como se pode infe.ir diÍectamente do gráfico ou


a panir do cá.lculodo valor médio. Num peÍíodo T

156 ipdt V.IJsen2{rt dt


=0 emque ú)=2nlT
Jat 2T

No semìciclode cargaa energiaé aÍmazenada entÍe as plâcasdo condensadoÍna


forma de campoeiéctricoe reromapaÍâ a fonte de alimentaçãono semicìclode des
carga.Em médianenhumaenergia é dissipâdano circuito,mâssim trocadaenrrea fonte
e o camDoeléctricoque se cria no condensador
Aplicaçõesde circuitoscom elementosRC

Nesre \ m - ç: eV ( l' = V . ( r - V , l r , =R i í l ) +
l i p od e c i r c u r t oI e r ' , d r 'e c o n , i d e r a - , e
Ëli{
que Vc no jnstanteiniciaÌ l=0 é nula.

Circuito diferenciâdor
Um circuito diferenciadoÍgeraum sinal de saídaque é pÍoporcionâlà derivada,dosi-
nal de entrada.O circuito mais simplesque permiteestaoperaçãoé um circuito RC
v rtr=nC lIlll
seneem quea ddp de \aidae oblrdaaosrermindi\da re\islència.
dt
A expÍessãopaÌa o sìnâÌ de saídanestetipo de circuitosd€duz-sefacilmentese
consideÍamosque a constaútede tempoRC é baixaquandocomparadâcom o peíodo
de variâçãodo sinal, isto é, que R<lZçi. NestâscondiçõesVR(t)l<lVcOl e portanto
v . / r ) , -V í l ) . d. o n d edv- = dv" - f I i í r ì . M r . V_ V ! _ R r ( . S u b s ( i r u i n d o
;'- Ë
vem =RC
dv.
i(t) Y
dt
VejâÌnos.€omoexenplo, â respostade um circuitodiferenciadora um sinalde entÍâdaqua

O circuito só actuâ quando a ddp de entÍada varia no tempo. No exemplo da figunì tem se
um sinalquadmdopda V". No instantet, a ddp vaÌia€ntre-Vo e Vo e à sâídâter-se-áuÌn impulso
instmtâneopositivoseguidode uma ddp nulaaté ao ins!êne h. €m que  ddp vâriâde V0 a V0
e poÍanto à saídater'se'áum impuÌsoìnstantâneo
15'7
negativo.

Circuito integrador
à saídaum sinalqueé proporcionalao integraldo sinal
Um circuio integradorâpresentâ
de entrada.A tensãode saídano circuito RC sérieé nestecasoobtidaaosteÍminaisdo
condensadoa e dadâpor
. ì
vílì =
RC Jv.ír)di
A deduçãoda expressão anteÍioré simplesse coÍsideramosagoÍa,que a constante
de tempo RC tem um valor elevado quando compaÌado com o peíodo de variação do
sinalde entrada.SeR >lzcl, IVR(t)l> lvc(t)l e nestecasoVr(t) = VR(r)= RiO. obtendo-
+e V"() = Vc(t) = I J V.dt.

Vejamoscomo€xemplo.â rcspostâde umcircuirointegradora um sinaldeentrâdaquadrado.

No irslântet1 o condensâdor
com€çaa caregaÌ-senegativãmente e, seo valor RC for muito
supeÍiorao peíodoT do sinâl,a cdsa evolunáünearmente atéao inshnleh emqueâ poldidade
da lensãode enüadâse inveÍte.EÍtre r, e tr a ddpaosterminaisde c aumenrâlineârmente, rêpe
tindo-sesucessivâmeníe estepÍ@ess decdSapositivae negativÂ.
Em geral â int€gração e a diferenciação não são exactas pâra todos os valores de
frequência.A quaÌidadedependedo bom dimensionamento da constanteRC em função
dâ frequênciados sinaisanalisados.No casoda onda quadrada,na práticaa suaderi-
vada não dá um impulsoinstaotâneonem o seu integrâluma onda úiangulaÍpeÍfeila.

Filtros
-f
de um condensadoÍ\arid com a rreluenciao (2, -
como a impedàncrâ , urro
),
ciaçãode um coúdensâdor em série com uma ÍesistênciaconstitÌrium fiÌrro €m que
determinadasfrequênciassão atenuadas.Confome a ddp de saídado divisor de tensão
RC é obtidana Íesistênciaou no coodensador.
assimse tem resDectivamente um filtro
passa-altoou um filtro passa-baixo.
" *
158
| Í | | Ì | I - | Í
.l-.. n I
e9Ì. l l RY , s)ï c= v.
I r I r t t I r
Parsa- Âlto
A expressão das ddp de saída em função das ddp de entradavem dada por

v rl = oj! v.rtr v,(r)= ---:L V"tr)


CIRCLITOSÉI-ÉCTRICOSBÁSICOS

ou usandoos módulos,tem-separâls ampìitudesde sâídâno casodo filtro passaalro.

" i r " -
ltoL I
l r l
I v
baixov,= -]lt!l
e parao passa v.=
* * 1l +(oRC)'
j,oc
O compoÍamentodeslesciÍcuitos pode ser analisadograficamcnteem termosdo
quocienre enrÍea. âmphlude,do, .inri, de ,Jrdre de enrrâdr.É con'enrenreo u'o de
ümâ escaÌâÌogarítmicaparâas frequências, o que peÍmiteestudaro funcionamento do
circüito paÌa váriasordensde grandezada frequêncìa1.

No gráfico da csquerda.quandoa frequênciatendepara inÍìnito â impedânciado


condensador tendepaÍâzero.caindoÌodo o sinalna resistência. O circuitodeixapassar
r' alra.frequencrd' c Iillrr ds bdi\a. lrequència,.
f üm frlrroPASSAALTO.
No gÍátìcoda direita,quandoa frequênciatendeparazeÍo a impedânciado conden-
sadortcndepârainlìÍito e o sinal de saídaaostermjnajsdo condensâdor é igual ao de
entrada.Logo estecircuito corta ou filtra as altasfrequênciâssendodesignadopor fil-
tro PASSABAIXO,
O vaÌorde referênciaque separâa bandâde frequênciâs queé cortadada bandâque
nãoi alrcrrdrpelofrlrro.e de,ignldopor FRFQUÉNCIADE CORTE| . A paÍir de.re
vaìor o sinal de saídâdo circuito é corìsìderado sem quaÌidâde.Este valor é determi-
nadocomo a Íìequênciaparaa qual a ddp de sâídaé l/tr2 do vaÌor máximo da ddp de
cntÍada.ou sejaa frequênciacorrespondenle a uma atenuâçãode 3dBr.

A rr/uo dr e.colhrde.reralor devcse uo


fr(ro Je. paìJ ambo\ o\ filrro\. \e rer pdra 159
rquelr xrenuJçioo me\movdloÍda ÍÍcquèncrc
t . . -
oe (orÌeÌ.j ozaopor r. = ^ *^ e uma d e-
2ÍK(
r e n ç r d e l a \ e ó e n t r e o . r n d l d e e n l r d d ae J e
saídâ de 45..

i I deciBel= 20logrAr/A en que A: e A, sãoas ampìitudesdos slnaissobcomparaçãó.


2 0 l o e Ì V . / V " = 2 0 ì o g0 0 . 7 0 7 = 3 d B
LIITUÍìA 4,

Indutor

Fisican€nteum indutoré Ìrmenrolamentocondutoremquea pâssagem dâ correnteeléc-


trica produzum campomagrÌético.Pelalei da induçãode Faradayrcm se que a varia
ção do câmpomagnéticogerâuma tensãoinduzidaaos seusterminais.Por isso.a ddp
aos Èrminais do enrolamentoé proporcionÂÌà derivadada conenreque o atrâvcssa.
A rcnsãov(t) é positivâquandoa intensidâdeda correnre,com o sentidoindicadono
esquema!aumenú no tempo.

'l v()

Nestarelaçãoljnear a consÌanrede propoÍcionalidadeL é a jndurânciado indutor


Tâl como noscondensadores, estescomponentes só têm inteÍcssenos ci.cuitosâlimen
tâdospor uma coÍrentevariável.
lílì = l..enul jmplrcd V,lì-V'en(u'-Ìr/21

Y"=,dLl.=lZrl I" eZt=j('I- é desjgnadâpor IMPEDÂNCIA INDUTIVA.

e do grjfico conclui.e que.


Dasequâçóe\
160 . A coÍente estádesfasada
dâ ddp (correnrearrasadade Í/2);
. A rôlaçãoentreI e V dcpendeda frequênciado sinal e daí o uso dâ designação
de impedânciaem vez ds resiÍência.

A unidadede indutânciaé o henrycujo simboloé H. Um henrycorrespondcà iÌrdu


tânciâde um ìndutorque apresentaâosseusterminaisumaddp de um volr quandoper-
comdo por uma corente qüe varia de um amperenum segundo.Os valoresmais vul-
gaÌespaÌa â indu!ânciasão H oLrmH.
Associação d€ iÍdutoÌes
Em SÉRIEâ indutânciafinal é a somadasparciais,L. = >Lr.

Lm PARÁll LO.r induránc,a | - |


tinaté dada P o r t ' = z '
r-
A assocìação
de indutânciasseguea mesmaÌógicadasrcsìstências.

Como medfu indutânciâs


A maÍeira mais simplesconsìstena mediçãodos vaÌores
máximosda coÍÍentei e da ddp VL com o osciÌoscópio,num t - l
ciÍcuito em que â resisrência
é muito menorque a impedân- r
cia indutiva R<lZLl. Nestasituaçãoa resistênciaR <lê, a
intensidadede corrente,porque: t (

Vn=Rj e L=ëryr
(')vR.^

Teoricamente seriaaindapossívelusarquâÌquerdosoutrosmétodosdiscutidospara
o condensadorNa pÍáticaaÌgunsdessesprocedimentos tomam-seìmpossíveis dadoque
não existemìndutoresideaìs,sendonecessiíÌio entrarem contacom os efeitosda resis-
tênciae capâcidade dos enroÌamentos.
Uma âssociâçãosérie RL compoÍa-se de uma forma análoga a um circuiro série
RC, podendo ser usadâcomo dìfeÍenciadoÍ, integrador ou filtro. No entanto, as proprie-
dadesdos induloresreais introduzemgrandesimpeÍfeiçõesna aplicaçãodessescircui-
tos, sendopref€ridasâs associações
RC.

Potência num ciÌcuito indutivo


Se I(t) = I"sen('t a potênciainstantânea
é dadapor

p(t)= V(t)I(t)= I.V.senor cosí,r = 1 Idv,sen2or

161
A análisedo gÍáfico peÍmiteconcluirque a potênciamédiadissipadâpeÌoindutor
é nula. EstevaloÍ DodeseÍ conÍìmado a Daíir do cálculo:

J pdt
=0 emque ú)=2r./T
Jot 2T

Fisicamente a energia é trânsferida da fonte de coÍrente e aÍmâzenadana foÍma de


campomagnéticono indutot no semiciclode âumentode coffente.Estaenergiaé restì-
tuídaàfonte no semiciclode diminuiçãoda conente.Em médiaÍenìumâ energiaé reti-
rada da fonte mas sim trocadaentre a fonte e o campo magnético que se criâ no indutor.

Circuito ressonanteRLC

Um circuito como o da figura, constituídopoÍ uma resistêncìa,um indutor e um


condensadorassociadosem série designa-sepor CÍRCUITO RLC SÉRIE. A Íelação
entrea conentee a ddp em cadaelementoestáreDresentada no diasramavectorialà
direita.

A impedâncìâ total do circüito é


t . _
Zr=K+ldL- eaddDnâcâDacr-
r'(l
dade e no indutor estão exacÌamenÌeem
oposição de fase (O = 180.). O facto dos
162 indutores introduziÍem uma difer€nça de
fase entle a corrente e a ddp que é simé-
úrcadaqueé introduzida pelosconden'
sadores,permiteconstruircircuitos
ressonantes,
Na figuraencontra-sercprc- Èdodflo
sen(adâ
d vrriacàoJe lZ,l em funcioda R.ur!ênol
rrequencì4.
oesÌrnguìnoo
em que cadaum dos componentespre-
dominâ.
Pam simplificaÍ o estudo do cìrcuitô imaginemos que a resistência é muito baixa,
podendoser desprezada.Nestasituaçãotemosum circúto LC série em que â impedância
t _
toÉl-e zT =JdL + .r - , Em modutolem-se:

I
lzrl = IZL+Zcl =

Parao= ! a impedânciaanula-se.
!LC
A frequência
' f" = L desisna-seDor.
2n.íLC
FREQUÊNCIADE RESSONÂNCIA.
Sea impedáncia seaFoximadezeÍoa coÍ-
renteatingeum máximoe o circuito enconha-
seemregimercssonarìte. A figuramosfa como
varia a coÍÌenteque atravessâum circuitoLC
série ein função da frequência.
Comparemosagorâ o funcionamento dos circuitos LC série com os circuitos resso-
nantes LC paralelo. A figüa abaixo ÍepÍesenta-osa pal para podermos meÌhor com-
prcender como se comportam em função dâ ftequência do sinal de entlada. Usando âs
rcprcsentâçõescomplexas paü as impedânciasdo indutor e do condensado\ ZL= j,LjL
e Zc = -jlúic, tem-se pam cada associação

f-t
9l -?" '
L ?furlclo

,""=:(.t-#) l t r i

Em qualquer dos casosa frequênciâ de ressonânciaé igual a


lLC
fo = I . No circuito LC paraleloa correnlee nulaDaraa íreouênciaderessonân- r63
2ínlL C
cia, enquantoque,pamo rc séÍieseÍáinfinitâ.
No circuito LC séÍieZrc --) 0 quando(D-) {r0,e no circuirc rc paraleloZrc + -

r Cono a imp€dânciãé um númerc@mplexo6Ném rcleúbrd os êleÌnentosbtuicosda rcprcserta-


çãoLômplesquere eÍcorrramnazonada TABELAS.
Consideremos um circuito R LC como
o da figura, uma resistênciaem série com
um paraleÌoLC. O módulo da impedância
tolaÌ do ciÍcuito vale:

lZ, = \F+Z'; = R ' *I l ' I \2


I
\;-"/

Se V. é a ddp de entrada.quando fJfo,


tem-seI ZLc l J -e VLC-+V..Serepresentar-
mos a razão da ddp de sâídapela de entrada
VLC/V. em função da frequência f obtém-se
uma curvacom um máximoparaa frequên-
ciade r€ssonânciâ f= f0. Eslacurvaé coúe-
cida por curvâ de ressonânciado circuito
R-LC paraleìo.
No cìrcuìto RLC série,quando fJfo tem-se lzlcl-ì 0. Se trâçarmosumâ curva de

+, estaÍâzãoseránula paÍaf= fo.


Da observaçâodos gúficos anterioÍespodemosconcluìÍ que os circuitos ressonantes
RLC podem ser usadoscomo filtros passa,bandaou elimjna-banda.Quando usadosco
mo tâl é útil defìnir-se o factor Q de qualidade do cjrcuito. Sejarn fL e f, as frequências
para as quais se tem VL./V. = l/tr2. Designa-sepor factor de quâLidadeQ a quantidade,

fo
^f f, fl

em que Àf = f, fÌ é a largura da banda passante(ou banda rejeitâda). O factoÍ de qua


Ìidadeé uma medidada largurada cuÍva. Quântomais elevâdoé o valor de Q, mais
(apertadD é a curva, logo mais selectivoé o filtro. No filtro R-LC paÌalelotem se

Q - o0RC. e parao filrro Rl-C .erie O = (!0 F.

164
Tlansformadores

Os transfoÍmadoressão aparelhosque permitem, pela aplicâção do prjncípio da


induçãoelóctrica,aumentarou dìminuir a amplirudede tensõesque variam no

Um transformadorvulgaÍ é constituídopor uma parte centralde feno macio em


fbrma de molduradesignadopor núcleo.Como mostraa figura,de um Ìadotem-seum
enrolamentode Nr espirasligadasà ddp de entrada,o primário do rransformador.
e do
outro lado N. espiras,ligadasao circuito utilizador, designadaspor secundário.Na
figura da direita apresentase o símbolocom que se repÍesentaum transformadornum

No transfoÍmadota correntealtemâquecirculano primáío provocaumaalreÌâção


no campomagnéticodo núcleo,e estefluxo magnéticoO varìávelvai induzirumaforça
eÌectromoÌriz€. no secundáÍio.A lei de FarâdaypermileestabeleceÍ
uma relaçãoentre
ai dua\ gÍandezas.L--
N {Õ . Oestaequrçrioe dr ânatogaparao primário dedu,/-
^ Ì '
-se a EQUAçÃO DE TRANSFoRMAçÃo
c = _l L
€o No

A aplicâção mâis vulgaÌ dos transformadoÍesé nâ passagemde uma tensãoelevada


e correntebaixâa umatensãobaixae conentemaiselevada.como noscen[os de irans-
Íbímaçãoondea tensãopÍoduzidânumâcentraltérmicâ,nucleaÌou hidroeléctricâ passa
de kV pârâ os 220 V da rede urbanâ. No Ìaboratório e em casa passamosfrequenre-
menteda tensãofornecidapeÌaEDP (-220 V) paraa necessiiriaao funcionamenÌodâ
mâiorìados instÍumentose apâÍelhos(t24, 115, 19, 15 V após.convenienteÍectificâ-
ção).A vantagemda tmnsformâção junto dossítiosde utilizaçãoé reduziraspeÍdaspor
caÌor no transpoÍteda energiâelécúica,uma vez que a potênciâdissipadaé funçãodo
quadradoda conenteque passanos fios (P = V"I" = RI"r). 165

Representação
complexâda ddp e da correntealterna

Para estudârcircuitos eléctricos com vários componentesreactivos.componentes


<sensíveis)à frequêncjado sinal, em que âctuam sinâis sinusoidais.é muiÌo con-
veoiente usar â repr€sentâçãoexponencial dos númeÍos complexos. Neste curso
de introdução à Física ExpeÍìmental apenasabordaremosíesumidamenreos ele-
mentosessenciaisdessarepresenaçAo,para o que se segueé âconselhávelconsultar
as TABELAS onde se descrevemos númeroscomplexose algumasdas suasproprie-
dades.

Lei de Ohm generalizâdâ- Impedância


Todaa ddp sinusoidaldo tjpo V=Vocos('t pode escrever_se
como a paÍe real de um
númerocompÌexo,isto é, V=Àe(Vo.ej.,). ApÌicandoestarepresentaçàoa um circuìto
com uma capacidadeC, â relaçãoentrecorrentee ddp pode_se
escrevercomo:
,, = ^. o V = ^" ", 1 V . e ' I
a, rli.c
como Z - J-^ íâqui u\amosd e(crilaem rtatjcopâÍaas gÌande,,ai
complexâ,rí rela
l@L
ção entrecorrentee ddp em notaçãocomplexaassumea forma
V=Zl
em que I, V e Z sãoquantidades complexas.
Estaequaçãoé formalmenreidênticaà Ìei de Ohm referjdâno início da leitura,don
de estareÌaçãoser consideradacomo a lei de Ohm generalizada.
Vejamos, por exemplo, como a paÍir desra lei se pode Íe.uperar a relação enrre a
correntee a ddp num inúrtor
I = Rá(I" ebÌ = R"tl" (cos{or+jsen ot)l = Iocosú)t
V = R€ (I..e!'.jú)I-) = R€ tlo C(ol-cos('r + j(ol-.jsen(,oi

V= I"olsenot=L!L
dr
PaÌaos componentesIineares(condensadores,indÌrtorese Íesistências)
que foram
.jáestudados,
â impedânciacomplexaé a geneÍalização
do conceitode Íesistênciae vem
dadapor

Zn=R - l
zL= jloL

Usandoa noçãode impedância,a associação


de componentesem sérieou em para-
lelo assumeas mesmascaracterísticas
pâratodosos elementos,

l6ó Associaçãoetn SÉRJE Zr= t Zj

em PARALELO l- - -t
As.ociaçào -
Z' /,
No cursopropostobasraconsideÍâÍo valor máximodâsddp e correnteso que fâz
intervirÌos cálcuÌosapenaso móduloda impedânciatotal.por ãxemplo,numaaisocia_
ção RLC em série,tem-se

| = tzR+z.+ zLt =
)z RLc + - I PID
fR? (.)L ,cil
QUADRORESI,ANO

CORRENTE

v=+sen(or-;) V=I"úú senror+;,

FASEENTRE
++
% R I
L õd
PO,I.ENCIA %L
MÉDIA 2

Díodo

O díodo é um eÌementopassivoem que não se verifica uma relação linear entÍe a


correnteI e a ddp V aos seusteÌminais, Quando polarizado num certo sentido o
díodo coúduz oferecendopouca resistênciaà passagemda coÍente eléctdca. Se o
poÌarizârmosno sentidooposto,a correntequg o atravessaé vfuias ordensde gran-
deza iníerioÍ à corrente de condução. Num circuito este elemento representa-se
por:

A setâ indica o seÍtido permitrdo pma a passagemda corrente eléctÍica, do ânodo


(polarizado positivamente) pala o cátodo (polarizado negativamente).Intemamente,um
díodo é fomado por umajunção de material semicondutoÍ, sendo os de silício (Si) os
maisvulgares. 167
Uma junção de silício tipo n-p é uma
pequenapâstiÌhade siÌícioíormadade duas O O o o o
paÍes.Numaimplantou-seum elementore-
^ o o o o
ceptordeelectrões(porexemploborc) paÍe o o ^ ïpoÍ O
p, na outÌa uú dâdor de electÍões(por O O I o o
exemplo fósíorc) paíe n.
A junção n-p e os contactosóhmicos, isto é, os seusterminais, constituem um díodo
de junção. Se aplicamos uma ddp à juÍção e Ìigarmos a pane p da junção ao negativo
haveráum brevefluxo iíicial de cargâse depoisa correnreinrerrompese.EsÌeregirne
designa-sepor polarizaçãoinversae estárepresentado no esquemada direitâ.Se apli-
carmos uma tensão posìtivâ à zona p as cargasnegativâs da zona n serão atraídase a
coÍenÌefluirá. Estáseem regimede polarização directa,comoÍepÍesentâdo no esquema

--)- -)+-

Parauma melhorcompreensão
do modo de füncionamento
de umâjunçãop n deve
consuÌtâra l,eituÍa 8.

Câmct€rística ddp - corrente


A característica ddp-conentede um díodo ideâl seria:corente nula parâumapolariza-
ção inveÍsa e infinita paÍa polaÌização directa. Este modelo €stá Íeprcsentadona lìgura
da esquerda. Nos díodosreaisnem a conenteé nulapaÌa qualquerpoÌarizaçãoinveÍsa
nem infinita quândo polaÌizado directamente. A figura da diÍeitâ iÌustra o compoÍa,
mentoreaÌde um díodode silício.

r-)l---l
t l
L_@
"Ìiïfff'
ló8

A corrente ID qu€ perco.re um díodo quando polarizado com a ddp V é dada teori-
camentepor uma funçãodo tipo exponencial

:
"'
ID = I,(e l) em que Vr = KT
q
K é a constântede BolÌzmann(1.38x10 ,3 JK Ì), T é a tempeÍatuÍaabsoÌutâem k€lvin
(0.C = 273 K), q é a caÌgado eÌeclrão(1.6x10 1eC) e I" designaa corenre de sârura-
ção (conentemáximâcom polarizaçãoinversa).Estâcorrentedependeda concentrâção
buracos-electrões e da áÌea dajunção. Assim, I" servecomo factor de escalaparâ a
corÍenreda iuncáo.O Dará-.t.o V, - KT =' v é deçignâdo por tensáoequi-
q lt 000
valenteà temperaturaT. A conente de;aüração I" é tamMm uma funçãoda tempe-

O sentidode ID é da paÍe p paÌaa n (dentÍodo semiconduroÍ) e VD é positivopara


umâ junção polarizadadirectamente.PaÍâ T dâ ordem de 2'/,C, i.e. 300 K, tem-se
Í v-
V -25mV.Sel\<Vr.icorrentelr,- \ o u r i m p l e s m e nl .l e
= e p o d ed r , / e r -
V"
-se que o díodo se compoía como uma resistêncja.Mas isto só é válido pâralensões

muilobai\r.: QuandoV -Vr. a corÍenlee dadapo, t, - t.c: .


Com â junção polarizâdainversamentee lvl muito supeÍior a Vr, remos que
ID- -1,.O sinal menossignilìcâqueestacorrenteflue em sentidooposro,isÌo é, da paÌte
n paÌa a p. Como as coÍentes directae inversadiferemem váriasordensde grandeza,
é hâbitualconsiderarescalasdiferentesnos semi eixos quaÍdo se representagrafica
mentea curva V(l).
Em regimede polàrizaçãoìnversa,se a ddp aplicadaaringeceÍos valoÍese âjun-
ção pudeÍdissiparuma dadapotênciaprovocâ-seâ disrupçãonãodesuutivadajunção,
e diz se que se está em regimede Zener Estâ siruaçãoserádetalhadamâis adiante.
Quandoo díodoseencontraem condução,a taxade vaÌiaçãoda corÍentecorna ten-
,áo aplicada11 - ,l permiredefinir RESÌSrËNCIA DINÀMtCA. dada por
ov
rd= ll CoÌÌrVr - 25 mV e parâcorrentesa variaÍentÍe 1 e 25 mA, a resistência
di nâ
mica rr varia entre25 e I O. Esteconceitopermitedefinir para o díodo real em con-
duçãoum modelomais realista.como se mostrana figuÍa.

Tem-seassima associâção de um díodo ideal em sériecom a resisrênciadinâmica


rd e com uma fonte de tensão,a tensãode polarizaçãodo díodoVD (ou Vp). Na prática,
paÍâ se determinara resistênciadinâmicâe  tensãode polaÌizaçãonas condiçõesde 169
fìncionâmentodesejadas, rccorre-seà curva característica
ddp-conenteâos lerminais
do díodo.A resistênciâdjnâmjcaó dâdâpelo declivedâ tangenteà curva no pontode
tuncionamento enquântoque a tensãode polarizâçãoé o valorda ddp no pontode inrer-
secçãodâ tangentecom o eixo de V VD tem o significadode uma ddp que é necessá-
rio vencerparâque o diodo enre em condução.
A relaçãoentrea ddp e a corÍenteno díodo envolv€como vimos as grandezasVT
e Is que dependemda temperatura. Estefacto reflecte-seou na correnteque atravessa
o díodoou ía ddp na junção.No câsodajünçãode Si em condução,paraumaconente
constânte,a tensãoV aosteÍminaisdo díodo diminui aproxilÌradâmentede 2.1 mV quando
a FmperaruÍa aumentade I'C. o coeficienede lemperatura valeentão - -:. r rnvl c.
l{

A ddp de polarização VD para o Si à


tempeÍaturanoÍmal é -0.7v A figurâ
represenÍacurvas caractenstrcaspâra
junçõesde siÌícioe de arsenieiode gálio
com indicaçãodos modelosdinâmicos
adequados püa uma corÍentede condu-
9ão de 20 mA.
São tamMm vulgâresos díodosde
GermânioGímboloGe, VD-0.3 V).

Aplicáçõesdos díodos

Rectificâçãod€ meiâ-ondâ

Um circuito simplesde um díodo em sériecom uma resistênciade caÍga,como o da


figura,qüandoalimentadocom tensãoaltema,apresenta umaddp apenas
na resistência
com os ciclospositivos.Como o díodosó coÍduz em estadode polaÌizaçãodirecta.nos
ciclos negativosnãohá passâgem de conente.Devido âo díodoapenasconduzira paí
tir de um dadovalor da tensãode polaÌização
VD a tensãode saídavem atenuada d€sse

170
i

Paía V" = V"sen{rt tem-se,V,=(% VD)sen(,)t se 0< t <(2n+l)T/2 e V,=0 se


(2n+ 1)T/2 < t < nT, com n = 0, 1, 2, ...
Esta âcçãodo díodo no circuito é designadapor RECTIFICAÇÀO DE MEIA-
-ONDA,
Rêctificâção com âltsâmenlo

Quandoao circuitoanterioracoplarmosum condensador em paÌalelocom a resistênciâ,


obtemosapósa recÌificâçãoum sinal alisado.Como se mostrana figurâ, esÌetipo de
circuito permitepassaÌde uma ddp variávela uma ddp quaseconstante.

O condensadoramazena caÌga nos ciclos positivosascendentes e descarregâse


atravésda resistêncianosciclosdescendente en€gativo.A rapidezcom queo condensa
dor se descarregaé dada pelo valor da constantede tempo RC do circuito. A descarga
do condensâdor píovocaà saídaumaquedade tensãodesigÍadapor ondulâçãoresidual

Estapodesercalculadaaproximadamente
a paÍir da expressão
da descâÌgado con-
d e n s a d o r v , o = %R
e ' .S e R Cr v . r t r . % l l r . ' " 1 .a .
*f ).,r1,o.i.""a..
descaÍg.rpelo peoodovem enuio V = \ V.(Tr = V. .
RTC

R€ctiíicação d€ onda completa


A situaçãoideaÌ na rectificâçãode tensõesaltemasconsisteem apÍoveitarambosos
cicÌos da ddp. o que se conseguecom vários díodos convenientemente associados,
O esquemamostracomo atingir esteobjectivousaúdoum conjuntode quâtro díodos.
Os sentidosindicadospârâ a circulâção da correnteassinalâmo modo como estâassocia
ção permitea passagem dos ciclospositivose negâtivosdà ddp.

t71
Uma fonte de tensãocontínualigadaà alimentâçãoda rede(220rr'.50 Hz), como
as que sãousadaspara aÌimentarqualquerÍádio ponádl, pode ser facilmenÌeconsrru-
ída com um úansformadoracopladoa umapontede quatrodíodose a um condensâdoÍ.
Nesl€caso,a tensãode ondulaçãoÍesidualé câlculadâparaum tempode descarga igual
a T / ) e 'p o ri i s o v . - V . - V '. f\ l2 1t = V ." j ^ . A , o n \ l a n l eL t er e m p oR ( d e v e , e rd i -
2RC
mensionadâ de acordocom a frequênciado sinal a recrificaÌ.À saídado Ìransformador
deve ter-seuma ddp cercade 1.5 V supe.iorà tensãode funcionamentodo aparelho,
poÍ fbrmaa compensaÍas quedasde tensãono paÌ de díodos(seforem dÊSi) quecondu-
zem em cadaciclo,

Tipos de díodo

Díodos de sinal
Nos díodosdjtos de baixapotênciaou de sinâÌ,a poÌênciadissipadaé uma limitaçãoà
correntemáximaadmissível.PâÌanão <queimaDo díododeveusarse no circuitouma
resìstênciâ
lìmiÌadorade conente.Por exemplouma resistênciade I kQ limita a cor-
renteno díodo a cercade l0 ÍÌA quandoestefoÍ cuÍto cìrcuiradocom uma rcnsãode
l0 V As pequenâsdimensõesdesejáveispara esrescomponenres constituemrambém
uma limitação à dissipâçãode calor As junções de Sj suportÂmcomo temperaturâ
máximavaloresdâ oÍdem de 175.C.

Díodos Zener
O regimeZener num díodo ocone quandose produz a dìsrupçãoda junção p-n para
uma tensãode polârizâçãoinversaelevada.Os díodosque têm capacidade de dissipa-
ção parafuncionarcmem Íegimede disÍupçãosãodesignados por díodosZener O seu
símboloe a curva caractefsticâcorrente-tensão
estãorepresentadosna figura.

172

A ddp pâÍâ â qual a resistênciado díodo cai bruscamentedesigna-sepor tensãode Z€-


ner Vz. Os díodosde silício padem funcionar com tensõesZenerque vão de viíios volt â
várias centenâsde volt, com potênciasda ordem de 50 W Estescomponentessãousados
como estabilizadoresde tensãoe nas aplicaçõesem que se oecessitade uma ddp de rcfe-
Éncia muito esúveÌ. em geral associadoscom transístoresou smplificadoresoperacionals-

Díodos emissoÍ€s de luz - ILIED


OsLED (LìghtEmittingDirde) sãodíodosquebrilhamquândoconduzemcorÍente,tipi
camenteda ordemde 5 mA a 20 mA. As coresmais vulgaressãoo vermelho,o laÍanja
e o verdea.As tensõesde polârizâçãosituam-seenúe 1.2 e 2.5 V
O iimbolo Jo LED é
at
i_l

Usam-secomo Ìânpadasindicadorase em númerosou letrâsÌuminosâs.


Mas como é que umajunção€miteluz? Quandoum electÍãosallada bandade con-
duçãopaÌaa de vâlêncìa(ver Leitura8) libertaumaenergiaEs, e dois destinossãopossí
veis paÌa essâenergia,A situaçãomaìs frequenteé seÍ tÍansformadaem energiatérmica,
introduzìndovibÍação na r€dedo silício. Em certâscondições,ela pode apaÌeceÍna forma
de energiaelectromagnética.Pârâissoé necessárioque o saÌtoem energiaE ssejasuficiente
paÍapÍoduziÍum fotão.istoé, queEg>EÀem queEi=hdÀ é eneÍgiade um fotãode com-
prjmento de onda I, h é â constanGde Planck e c a velocidadeda luz. Os rDateriaismàis
usâdosnestetipo de díodos sãodo tipo âÍsenietode gálio dopadocom fósfom.

Díodos de câpâcidâdevâriável
Existe umâ categoria de díodos cujo vaÌor da capacidadeinteÍna na juoção p n
vaÍia com o valoÍ da ddp aplicâdâao díodode acoÍdocom â seguinteequação:
CLVr- ì.1 em que0 e y.;o paÌ;merro\caÌacren;tico\
do diodo.f.res diodor

por Varicape sãorepÍesentados


sãodesienados por
--)rr
São geralmenteusadosem circuitosde sintoniaou modulaçãoeÍn frequência(ver
Leitura7). Devìdoà varìaçãonão lineaÍdassuascaÍacteístjcas,€stesdíodospodemser
utilizadosna demonstracãoexDerimentaÌ de sistemascaóticos.

Tfansístor
o transístor
foi o componentequerevolucionou todaa El€ctrónica,vindosubstituiras t'73
válvulasna maioÍ paÌtedasaplicações.O primeiÍotransístornasceudois diâsantesdo
Natalde 1947nosÌaboÍatóriosAI&T Bell dasmãosde W Shockley,w. H. Brattaine
J. Bard€enquando,a paÍiÍ de um pedaçode semicondutor de geÍmânio,conseguìram
amplificarum sinalem tensão,As gÍandes vantagens destecomponente em reÌação à,s

rOs díodoseúissoÈsnazonado âzulsãomenosfÉquentes poisosnateriaisqueemiiemnazonado


azul(I -450 ím) comoo carbitede sìlÍciosãode fracorendimenio
luniÍosoe outroscono o nìtritode
sálioe índìosãomuio carcs.
suasantrepassadas, as váÌvulas, são: dispensaremo vazio, o âquecimentode filaÍnentos
e altss ddp; oferecem a mesmacapâcidadede contÍolo numa dimensãoe com consumo
váÌias ordens $andeza infedoÍ e têm uma respostâmuito Íìais Íápida.-
de
O traÌìsístor é o exempÌo Ínais importante de üm componenteâctivo. E um disposi-
tivo que amplificâ sinais, produzindo uma saídâ com po!ência superior à da entradâ
A potência adicional é fomecida pela fonte extema usadana polarização do traNístor.

m
Hoje em dia existem muitos trpos de transístoÍes,mas os mais vulgaÍes são as jun_
junções são referidos poÍ
ções bipolarcs de material semicondutoLConsoanteo trpo de
PNPou NPN. Estesúltimos sãomaisvuÌgaÍes

rÌï
O tÍansístorbipolÂré um componentre com três
rerminaisdesignados poÍ colectorC. baseB e emis
sor E. O símbolousual paÍa üansístorcs tipo
do
NPNesúrepÍesentado à dircltâ,conjuntalÌìente
com
um esboçodo âspecbfisico desüecomponenle.
Parao transístorfuncionar é necessárioque C B E
umadasjunçõesestEapolarizadadiÍectamente, a base-emissole a outÍa (base_colec-
tor) polarizadainversaÍnente. Nestascondiçõesestabelecem-secorrentescomoindìcado
no esquema,

.& w"'
As aldpentre os diversos ternunarse as coÍlentes que fluem estãoindicadâsde acor-
do com a notação usual dos circuitos eléctricos. A relação entle corÍenÍe e ddp não é
uma única como nos componenteslin€ar€s ou no díodo, O comportamentoeléctrico do
tÍansístor deve ser descdto pelas Íelaçõesentre seis vaÌiáveis (três correntese üês ddp).
As leis de Kirchhoff dizem que IB+ Ic + IE =0 e
114 VBE- vcE + VcB= 0 dondeapenasquatÍo alasvariáveis ante_
riores sercm independentes.Um modelo pomenoÍizado do
traíìsístoÍ basela-sena relação entÌe essasquato vaÍiáveìs
No entanto em Íìuitas situaçõespráticas pode-seÍecor-
reÍ a um modelo simplificado do transístor baseado nos
seguintesfactos:
I quando em condução, a ddp bsse-emissoÍVBEtem
um valor do cerca0.7 V parajunçõesde Si- Esta
nãoé de estÍanharjáque a juúçãobâse-emissor
câÌacterística é em tudo análoga
à de um díodo;
r a corÍentede colector Ic é aproximâdamente igual à correntede emissoÍlE.
De facto tem se IB<IC e por isso Ic = -IF (para muiÌos transístorestem-se
- Ic.
100
Definimos âssim o seguintemodeÌo simplificado: um transístorna zona activa tem
VÈF=0.7 V e Ic = I E.Estarelâçãoé suficientementeaproximadaparaefeilos de cálculos,
nãopretendendoexpÍimiÍqueIB=0.DefâctoIc'proporcionalalucomlc=ÊlBeB=100.
Paraque um transístorfuncione.asjunçõesdevemestar convenientemente polaÍi-
zadas,garantindose que VC>VE,
Na figurajunta indica-seo exemplode
um circuito de polarização.Segundoo mo-
delo sìmpÌificadodo úansístot na ausência
de tensãode entrada,tem-seVB= 0 v,
Vc = +12 V Vr= -0.7 V e Ic= IE=l.l mA.
Tem-se âinda que quando a ddp na base
varia de ÀVB,â tensãono emissoÍvaria de
^VE = ^VB. O ganhoentrea basee o emis
soré um. Estetipo de configuraçãodesignâ
-se por seguidoÍde emissor
Uma configumçãomais inleressânte,que
evidencia â capacidadede ampliíicação do
transíslor, ó apÍ€sentadana figura seguinte,
Nâ entÍadado circuitoé aplicadaumâtensão
sìnusoidal.O condensadorgaranteque ape-
nas a pâíe variáveÌ do sinâÌ é comunicadaà
bâse.não se altemndo condiçõesde funcic
namento do transístor As tensõesde polaÍj-
zaçãoque se obtêm a parÌÌ do modelosimpli-
ficadosâo,Vn=2.2 V Vr=1.5V Vem então
Ic=IF=1.5nìA e Vc =7.0V
Agora, umâ variaçãona tensãoda basede ÁVB provocauma variaçãona corrente
de coleclordadapoÍ AIc = AVB/REque por suavez fâz aÌterara tensãono coìectorde
ÂVc= 41.p.. 6 tunno em tensãoAv definido pelarazãoentÍeo sinalde saídaÀVc
que se obseÍvano colectoÍe o sinaÌ de entrada^VB que se aplicana basevem então 175
dadopoí
, ÁVc Rc
'-'
Àvu R!
No eÀemplodado este ganho vale - 3.1. F e.ta a propnedaderevolucionariddo
transístor!Amplìficâr sinaisde tensão.Em termosde potênciao ganhoé aindamaiot
cercade 330, pois Ic = l00IB. O sinâl- no ganhosignjficaapenasque o sinal de saída
estáinveíido em relaçãoao de entÍada.
Nestaleitum o transístoré descritode um modo muito sucinto.O objectivo não é o de
realizfi o estudodestecomponente,o qual tem o seulugar nas disciplinâs de electrónicâ.
A râzãodestaaboÍdagemresumidâresideno facto de, em físicâ experimental,os tÌansdu-
tores eÌéctricosseÍemimprescindíveise muitos delesseÍemconstruídoscom baseem cir-
cuitos integrados(CI). Os Cl são(pastilhas>de materìâlsemìcondutorou .áis ondemari-
zes com centenasde transhtores,díodos, resistênciâse capacidadesão deseúados- El€s
permitemexecutaÌum gÍandenúmerode operaçõesnum espaçoreduzìdoda ordemdo cen
tímetÍo qììadmdo,a maior paÍe do qual é reservadoàs ligaçõesde entÍâdae saída.

Amplifi cador operacionâl

O amplificadoroperacional(abreviadamente ampop) é basicâmenteum dispositivoam-


plificador de gânìo elevado,que pode ser associadodircctamenteâ ouúos andares,e
cujâ respostaglobalé controlâdapor uma maìhade reâlìmentação. Estetipo de amplifi-
cadoré usadonum vastoconjuntod€ funções,que transcendem a simplesamplificação
de sinais.Nos nossosdias é vulgar o uso de ampìificadoresoperâcionaisintegrados.
Um ampop é repÍesentâdo por um tiângulo em que gerâÌmenteseassinalamexpli-
citâmenteâpenasas duasentradase a saída,As entradasvêm maÌcadâscom (entrada
inversora)e com + (entladanão inversora).Como veremosestadesignação estáligada
à inversão(ou não) da fâsedo sinal à saída.Um ampop é um amplificadoÍdiferencial,
ou seja,o sinaÌà saídaé funçãoda diferençade potencialentrea entradainversorae a
não inversora.SejaV* a diferençade potencialentreas entíâdas+ e (V.-V ), então
o ganhodiferencìal do amplificadorbásicoé definidopoÍ

Nas figuras seguintesÍepÍesentâse.âlém do símbolousâdono desenhode circui


tos eléctricos,o aspectofísico de um amp op indicândo-seo significâdode rodosos
seusoito contâctoseléctÍicos

Ajuste de zero
EntÍâdâ inversora v_ KA74I V (+l2V)
Entrâda não inveÍsora v+ Saídav.
v (-12v)
t'l6
En geralos amp op integradossãodesenhados paraseremalimentadospor fontes
de alimenÌâçãosimétricas,sendoum valor típico È12 V Estevalor é contudoindicâti-
vo, podendovariaÌ com o tipo de aplicâçãopretendida.Existemtambémamp op dese-
nhadosparafuncionaÌemcom fontesde alimentaçãosimples(por exernplopjlhas).
As carâcterísÌicas
de um AMP OP IDEAL são:
r ganhoditercnciaÌem tensãoinfinito (em mâlhâabeÍa, i.e-,semrealimentação)i
I imDedânciade entradâinfinita:
impedânciade saídanula;
bandade passagem
de fÍequênciasinfinita:
V i r d r = 0 s eV . = V

Os amplificadoresoperacionaisintegradosoferecemum conjuntode caÌacterísÌi-


câs que os aproximâmdo comportamento de um amp op ideaÌ.Paraalérndissoo seu
cusloé baixo e sãobastanteÍobustos.
'
Algumasdascarâcterísticasdos âmp op reaissão.
. gânhodifeÍenciâlem lensãoda oídem de 106paracorrenlecontínua(e em ma-
lha aberta);
I inpedânciade entradaelevada(>l MO);
r impedânciade saídabâixa (-100 O);
t intensidadede corÍentelimitada a um
valor máximo (25 mA é um valor tí-
prcoJ;
. gânho que diminui com a frequência,
podendoatingir um vâlor unitário paÍâ
fìequênciasda oÍdem de I MHz. EÍa
úitima câracteÍística€ncontrase ilus
trâdana figura.

Circuito comparadoÌ

Vejamosagorâo que sucedequandose usa o amp op num circuito simples,como o


exemplificadona figura.
Nestecasoa entradanão inversoruestáÌigJdÂà
massae a entÍadainveÍsoÍaa uma fonte de teÍsão
que a colocaa um determinadopotenciâlem Íelação
à massa.Se a diferençade potencjâlentreâs entÍa-
d a \ r e - Í o r p o r e \ e m p l o . V - - l V o b r e m oà'
saídâV, = 106Vlll ImpossíveÌ... Que se passa
então?
Paracomeçâra ddp à saídado amplifìcadornão pode ser mais elevadaque a ten-
sãode âlimentação(por exemplo112 V). PorÌanto,paÌa lV* superiora um determi-
nado valor, a tensãode saídasaÌurae toma-se independenteda entrada.No nossoexem-
plo, admitindoque â ddp de saídapode atingir â tensãode alimeotação,a tensãode
V l 12
enlradaDaÍaâ oual .. ur,ne. - u suturacào é ' '' t ""
Al- to'-
Bastââ apÌicaçãode uma pequenaddp à entradâparaprovocaÌum grandesinal à
saídalEstecircuito designase por compaÌador.
Addp à saíalatem apenasdois valores,um Y
alto e outro baixo, conforme V. >0 ou V. <0
(ver gráfico).IdeaÌmentetem-sepaÌaum com-
parâdor:
Vs = + V. quando V* > V
vs=-V. quando V.<V \

No exemplo anÌerioÍ a passâgementle o


valor alto e baixo dá-se quando a tensãona
entradainversorapassade negativaa positiva, -v
porque o valor de compaÌaçãoé zero: a entrada
não invenom estácolocadaà massa.É evidente que se pretendemosfazer a compâÍâção
com um outro valor de tensãobasÌa colocar a entradaque faz de referência (no exem-
plo antedora não inveÍsora)a essatensão.Na figura seguinteencontra-se um circuito
em que se faz a comparaçãodo valor escolhido de tensãocom o sinal sinusoìdalde uma
fonte de tensão.Neste caso, como a lensão variável a compaÌaÍ se encoÍtÍa apÌìcadana
entradanâo inversora.não há inversãona fasedo sinal à sâída.

Vejamos agoÍa como se pode usaÌ um amp op paÌa comtruir um amplificador de


ganìo estabilizâdo. Para tâÌ é necessáriorecoÍermos à Íealimentação.
178
Realim€ítâção
A realimentação(reúoacção ou feedback\ ê o ptocessopelo qual se apÌica uÍna frâcção
do sinal de saídade volta na entrâdapzuacontrolzr a Íespostado circuito. O princípio,
em si é aplicávelâ difeÍ€ntestipos de mecanismosnão sendoexclusivodos circuitos
eléctÍicos. Por exemplo,já o regulador de esferâsda máquina a vapor de Jam€swatt se
bâseavâno princípioda realimentâção.
A reaÌìmentaçãopode seÍ positiva ou negâtiva,Aqui apenasvamos tÍatar casos
em que a rcalimentaçãoé n€gativa.Nesse caso o sinal de amostragemdado pela
malha de Íealìmentaçãotende a diminuir o sinal de entradâ e por isso apÌica,se
sempfena entradainversorado amp op-
Através da realimentaçãoo ganho do amplificador operacionalé propositadamenr€
reduzido.Com eÍe métodotenta se establizaÌo ganho do âmplificadoÍ,tomândo-o
(dentrode ceÍos limites) independenteda frequênciae âmplitudedo sinal de entrada.
O vaÌor do ganho fica também destemodo bem determinadoa partir dos elementospas-
sivos colocadosna malha de realimentâção. Em muitas aplicaçõestoma-sepossível
substitu um dado amp op por ourÌo <do mesmotipo), sem que âs características do
(ìrcuito\enhâmafecradar.
Como seviu no exemplodo compaÌadotdevidoâo elevadoganhoem mâlhaaberta
do amp op, bastaum pequenovalor d€ V, pâra produzir a saturaçãodo sinal à saída.
Por isso,se o amp op configuÍadocomo ampìificâdornão estásatuÍado,isto significa
que a ddp entÍe as duasentradasdeve ser quasenula, Vr =V, V = 0. Esta regraé
essenciaÌparaa compreensão do funcionamento dos circuitosque se seguem.

Amplifrcador inveÍsor
Com o amp op montado como se mostra na fi-
gurâ.a maìhade realimenraçào e apenJ\consr'-
tuídapeÌaresistência Rr.
O ganhopode ser facilmented€terminado
tendoem arenção as caracteníica.do âmpop
idealja reÍeridase asddp e correnLes
repÍe\en
Ìaoasno esquemâsegutnte,

Assjmtemosque o potenciâina enrÌâdajn


v e r \ o r âV d e v e \ e í n u l o j á q u e V , = 0 e
V, - -V. -V * 0 tregÌado ampop idealnáosa-
turndo).O valor da intensìdâdede correntei que
entrâ no ampÌìfìcador devení ser apÍoximada-
mentezem pojs a impedância intemaR, é muiro
elevadae o potencialV- é prâticamente nulo.

Pela lei dos nós, se i = 0 entãoi L= iz. À ddp à entradaV" e d€ saídaV" sãores-
pectivamenteiguaisa

R,
Y=-i2R,=-i,R?= V". 179
R
A tensãode saídaencontra-seem oposiçãode faser€lativamenteà tensãode €ntrada
e daí esteamplificadorser designadopor inversoÍ EsÌacaracteísticaresulrado facto
do sinalde enúadaseraplicadona entradainveÍsorâ.O ganhodo ampÌificâdorcom rea,
limentacãov€m dado Dor

= R ,
R1
Ampliffcâdor não iÍv€Ísor
Vejamos agora como determinar o ganho de um
ampop montadona configuraçãodâ figurâ, em que
agordo "inal de enlrâdae âplicadonx entradrniu in
versorado ampop. Tal comojá foi dito. continuâmos
a consìdeÍaÍque V. =V* V = 0, e que i =0 (o que
faz com que i r = i ,) como representadono segundoes-
quema.A ddp de entradaé dâdapor
V.=V. +i,R,= j,R,
enquantoque a ddp de saída
V = i l R r + i , R , = i , ( R , +R , )

O ganhovem âssimigual a

^ = l= ' . 1
A sâída tem o mesmo sinal da entradae o âmplificadoÍ é designadopor não

I)imensionâmênto dâs resistências da mâlha de r€âlimentâção


Em princípiopâraseobterum det€rminadoganhobastausarÍesistências cujo vâlor sa-
tisfaçaasrclaçõesobtìdâs.CoÍtudo na práticavaloresmuitoelevados(>1 Mçl) ou muito
baixos(<100 O) não sãoaconseÌhados. A implementação de circuitoscom resistênciâs
de valoresmuito elevados,leva â que as intensidadesde correnteque circuÌamnas
malhas de Íealimentaçãosejan da oldem de grandezadas intensidadesde correnle que
entÍam no amp op, pelo que as aprcximâçõesfeitasdeixam de ser váÌidas.Por outÍo
lado o uso de resistênciasmuito pequenasleva a que as inÌensidadesde corrente sejam
elevâdas,o que tambémé inconvenientepois os amp op's têm limitaçõesna corÍente
máximâque podemforneceÍà saída.

CiÌcuito soma
r80 O circuìtoda fisura constituium somadorde sinais.
Ele é basicamente um amplificâdorinversorcom múÌtiplasentradâspeloqu€,como
foi visto acima. o pontoX comportâ-se como uma massavirtual,isto é, encontÍase âo
potencialzero.Assim o sinalem câdâum dos pontosde entradaA, B, erc.não é âfec-
tadopeÌapreseúçadosrestantes. A intensidadede corÍentequecircuÌana resistênciâ
R,
e dadr por i , - i, + i , + . Arendendo
r quei,: "i,- . ,.r ."
f,' f,'
- v . - vF, - v , l ' -
No casode todasas resistências
teremiguâl valor Rr= Rr= R, = . o valor de V é
simplesmente
iguâl ao simétricoda somadas rensõesde entrâdaVr + Vr + ...

CiÌcuito s€guidor d€ tênsão


O circuito seguidorde rensãorem ganhoigual a I, sendoo sinal de saídâigual ao da

A sua utildade eíá no lacto de apre\entaruma impe- |ì._


dàLnciade enlradamuito elevadde uma impedánciade .arda .. l )--r-
":
baixa.Como vemosna figuraa enrradanãoinrer.oraencon- fV | ï
Ìra-.eligadadiÍecramenre d sdida.togoV-v. -
-L I
Um exemplode aplicação desrecircuitoencontrâ-s€
nafiguraa seguir.

Um voltímetroânalógicoencontra-se ligadoà saídado


ampop. Desta formn consegue,se melhorârconsideravel-
meniea resistênciâ
inlema do voltímetro.

Um grande númeÍo de outras aplicaçõesdo amp op podem ser consrruídasa partir


das configuraçõ€sbásicasestudadas. Consoânteo tipo de componentesque são co-
locados à enÍada do circuito e na malha de Íeâlimenraçãodo aÍnplificadoÍ não inver-
sot assìmpodemoscoostruirciÌcuitosque realizemopemçõesmatemáticas como deri-
vação,integração,exponenciação, logaritmaçãoe inversão.

t81
LEITURA 5

O que é Temperatura
7-FEMPERATURA e a grande/r que nos di/ quão quenteou frio esrá um corpo.
I Dependenãosd da energiainternr do corpo.como da suamasa e da. 'uas carac-

Os objectos,sisÌemasfísicos,com que lidarnoshabitualmente e que sãosujeitosà


nossaobservação e experimentação, sãoconstituídospor um imensoâglomerâdo de áto-
mos e moléculas,cujo númeroé da ordeÍndo Númerode Avogadro(6.02x104 paÍí-
culâspor mole).Atendendoa que estesátomose moléculasse encontramligadosentre
si e em constantemovimenÌo,é extraordináriocomonecessitamos apenasde umreduzi-
do númerode parâmetrospaÌa descrevercompletmenteo estadomacroscópiode um
sistema.PoÍ exemplo,um pêndulosimplesem oscilaçãofica completament€ caracteri-
zado pela suamassa,voìume,velocidade,posição,temperatuÍa,susceptibilidade mag-
néticae algunsoutrospaÌâmetrosadicionais.A descriçãomicroscópicadestemesmo
sistemaenvolveriao conhecimento da evoluçãoao longodo tempode cercâde 10,4va-
riáveis,o que é impossível,mesmopaÌa os meiosde cálculohoje postosà nossadis-
posição.
Uma das principaisrazõespaÌa a simpÌicidadeda descriçãodo mundomacÍoscó-
pico resideno facto de o tempo necessário para se realizaruma mediçãosimplesser
muìto superioraos períodoscaÌacteísticosdos movimentosâtómjcos,da ordem de
l0 r5s.Se pÍet€ndermosconhecerpor exemploa posiçãodo pêndulocom umâ preci
I
\áo de s. podemo, usJÍ uma máquinatorosráficapdÍa es.e ereiro. Simpìes-
lft
mente.duranteo tempo de exposiçãodo fìlme as paíículas constituintesdo pênduÌo
executâmmais de 10rr cìcÌosde um movimentode inteÍâcçãocomplexo,A conclusão
a tirar é que â imagem revelâdaé de facto a mé.diade um grandenúmerc de movimentos
micrcscópìcos. É desteprccessode médiaestatísticâ queresultaa simplicìdâdedâ des-
criçãodos sistemasmacroscópicos.

A Mecânicâe o Electromagnetismo conslituemdoÍúniosda Físicâqueestudamcon-


juntos particulaÍesde variáveissobrcvìventes desteprccessode simplificaçãocomo se-
jam o voÌume, pressão,módulos elástìcos,permeabilidadeeÌéctrica. momento dipoÌar
eléctsico, etc. A estas v[iáveis encontÍâm-seassociadâsdìfeÍentes foÍmas de eneÍgia.
como sejam a energiapotencial gBvíticâ, energiacinética, energiapotencial elecFostá- 183
ticâ, etc, No entânto,os modos intemos de movimento apesaÌde se ânulaÌemquasetodos
durante o prccesso de médiâ, têm a eles associâdosuma eneÍgia que pode ser quantìfi-
cável e cuja soma tem de facto um efeito macÍoscópico,é a ENERGIA INTERNA do

A energiainteÍnaresulÌada conÌribuiçãodaseneÍgìascinéticade úanslação,rota-


ção e vibraçãodos átomose moÌéculasque constituemo sistemafísico, e aìndada
energiapotencialassociadaà iÍteÍacção mútuâ das paÍtículasoÍganizadasna estÍu
tura constituinteda matériâ.A temperaturâé a grandezamacroscópicamais simples
LETTIIR,{ 5

que é usadapara medir a cncrgiÂìnlerniì.Ela encontra-se direcrâmcnlc associad.r


às nossassensações de lìio e quente.emboraa sensaçãolísìca de quenÌe/frio pro-
vocâdapor um corpodependâaindade outros lìclores como sejama suacâpâcidadc
caìoríIicae conductibìÌidade lórÍnica.Microscopicamente, â tcffpcfaluraÌnede
apenasa energiâc;nólicamédiado movìmenlode translação do centrode nÌassados
átomosc moléculasdo sìsÌenìafísìco.Podcmorter assimsistemasà mesmarem
peraturamascom vâÌorcsnìuitc'dilèrcntesde energiainterna.O cxompÌoÌnaissim-
ples é o câso da água n.ìs fâseslíquidâ e gâsosa.à mcsma teìnperaturade 100.C.
Na làsc ìíquìdrra eDergiâpotencìâÌdc ìnlcracçãomoleculâré muito imporlânre.
enquantoque na Íãsegâsosâa\ interacções são muito nìenosinlcn!ase quâsedes-

Crìlore tÌabalhosãoduaslbnÌas gcnéricasde forneceÍou cxtrairenergiaa um siÍe-


ma. Por isso.càloÍ e r'abalhonão sãofornìasde cncrgiaÌnasapenasenergìacÌn !Íân
silo. c as suasunidadessãoas dâ cncrgìa.jouìe (J) no sisteìÌaSl. A classilìcâção
do ti,
po de trocâde energìadcpendeda ìratufezada caüsaquc prcvocaa rransierência. Se a
trânsterência ó rcâìizadade fofma ordenada,conropela apìicâçãode uma Íìrç.ì ou urì
c.ìmpo.tcndocoìno resultâdoumâ vaÍìaçãonìâcroscópica mensuÍálel:\,ariaçãode !o,
ìuììe. deslocaDrcnto dc un1aÍoìça. vâdaçãoda polârizâçãoou vâ acãodo núnìefode
moles,cntão essatmDsferência reâlizoü-scsob a lòrìÌa de trabalho.respectivaìÌcnrc:
trab,ìÌhomecânicodW = PdV ou dW = Fdl. trabâlhoeléctricodW = EdP.trabaìhoquí-
micodW = pdN. clc.

Quandoum sìstemaâ uÌn,ìdudalomperatrÌmé postoem conlactocoìì outro a unra


teìÌperâtÌrradìltrcÍle. o coìrtr'âste
existenteentrc.ìs cììcryiasnrédiasde trânslaçãodas
parlícuÌasconstituintesteÌn tendênciaa anul,ìrse progressi\,anìenlc â1ìavós cìcchoques
sucessrvos-perdendoâsìÌolóculâsrápidasenergiaparaas noìócuÌaslenras.Comoresul
tado.deu-seuma translèrência de energiaentreos sislemasda quaì resulrauìÌa vaì.ia
çãodu energiaintemaafeclândoapcnasos modosinteÌnosde movimcnlo.selì ter mais
nenbumiL consequênciâ rÌrcroscópicaalémda variaçãodc tcmperarura. É estaformade
sordenâdâdc ransferênciade energiâ,excìLrsìv,ìmenre detenrììnâdapeÌa tcnìpcralura.
quc sc de\igììapor calor.

Quandouiì,r boìaé deixadacair e bateno chão.eìa ressâltasem atingìÍ no cntan|o


a mesmaâlturainicial. Durânteo choquedá sea deÍòfmaçãoquerdâ bola querdo chão.
Ì84 com v.Ìriâçãodâ formâe dimensões Dacroscópicas,
sendorcàlizadotrabauro.No en1ânto
parteda encrgiacìnétìc,ìdâ bolâ é conveÍtidâcm energiainterna.âÌrmenrandoo esrado
de âgìtaçàodasììoléculasdo chãoe da boÌâ,nãopodendopor ìssoserÍccuperada quan-
do sedí o ressâlto.A boh ÍessalÌamâisbaixo nìasa umatcmpcrarurdmâiselevadadeì
xândoo chãoÌa.nbémmâis quente.

A terìÌperatura
ìnlÌucncir aspropriedades
de ceÍos maleÍiais.bastalembraros malc
íais qre se tomaìÌ supercondutor€s pârâbaixastcmperaturasor â dìlaraçãodoscorpos
consoanteâ tempeÌaturâa que os sujcllâmos,
Escalasde temperatura

A temperaturapodeserÍeferidaadiveÍsasescalas,anaÌisemos
as maisvulgares:CeÌsìus,
Fahrenheìte âbsoluta.

Escâla absolutâ d€ t€mperatura

A escâlâabsolutaou de Kelvin foi introduzidapelo físico W. Thompson(Lord Kel-


vin). Os vâloresda temperaturanestaescalâdesignamse por keÌvin e repÍesentam
-se por K.
Como a temperatuÍanão pode ser expressaem termosde massâ,comprimentoou
tempotbi oecessário introduziruma nova unidadeno sistemainrernacionâle a adoptâ-
da foi o kelvin.
O valor de um kelvin é equivalenteâ um gÍau Celsius,isto é exisremcem kelvin
entÍe a temperatum do gelo e  do vapoí de água.
À escalaabsolutabâseia-seno facto de que existeuma temperatum,denominadâ
ZERO ABSOLUTO, paÌa a qual um gásideaÌdeixâde exeÍceÍpressão.
A relaçãoenrrea e\cdlaab.olutae a Celsiu.e

T (K) = TfC) + 273 15

Quandoum gás,confinadoâ um volume constante,é aquecidoa agitaçãomole-


cular é maior e a pressãoaumenta.A relaçãoentreo volume V e a pressãoP é dada
pela lei de Boyle-Mâriotte.Quandose ârÌefecea pÍessãodiminui. FazendovariaÌ a
temperaturae Íegistandoos vaÌoresda pressãoa volume constante,obtém-seuma
recta conformea traçadano gráficojunto. A suaextÍapoÌaçãopaÍâ um valor de pres,
são zero dá a temperaturamínimâ que se pode.á aÌingir e o seu vâÌor situa-seâ
273.t5.C.

-27
3.rsT.
t6ì
Na realidadetodosos gasesconhecidosÌiquifazem-seântesde atinsir o zero ab,
solìrto.o hélio e o hidrogéniosão os que se liquifazem às temperaruraimaisbaixas.
Tudo faz preverque, em sisremasmacroçcópicos,nào se possàmobter remperaruras
infeliores ao zeÍo absoluto pois corIesponderiam a pressões negativas, noção sem
sentido.
A tabela seguinte dá a tempemtura de aÌgunsfenómenos.

Udjrc@ lpld o Btg Br!

SuDaíci.dosol6ú0
+ M.tu.L{& tbp6r@ cú rrhdriório
Fu{o ôoom 1336
+ Cato dosol
t/$ro dôdnEbo 6m
Eb|diçk ô l*u l?3
Ìd!d@ do 6rpo hll@o I0 - SupêÌítci. do S.l
--
cmgddo dt l!ú 2?3 Püdo dô úsrúnio
<- cdcoL{ro dr 1Sür
üqu.flçIo do Âã1o 7'
+UúiEoioj.
+ Ehoü9r do halio 3
Llq!êfrÉo do HiúqéaiÕ 20
. Rlfrisqqto Fr dituiÉo

Liquo&r. do nélo a.2

. ÁÉfei@6 d. eiú oüt ú


(Dis blirr htu @ Lhdúrid t9'9oì

Escâlas Celsius e FahÌ€nheit

Em ambas as escalasos pontos de referência são os mesmos:as temDemtuns de con_


gelaçãoe ebuliçàoda águaà pÍessàode I atm. A diferençaÍesideno iacro de na escala
de Celsius o valor afÍibuído à primeiÌa temperaturaser O"C e à segunda100"C enquanto
na escaiade FahrenheitsãorespecrivamenÌe. 32 e 212"F.O gÌau Celsiusé Ínaiorìue o
186 *_ _ 1tn
tsahrenne't lezes ou seja . A escalaFahreúeir é corÍenrenostsüadosUnidos.
ffi í

rF=+rc+32€
Vejamos üm exemplo de conveÍsão de 37"C ên graus Falìreúeir. primeiro devenos cal_
cular quanrosgÍausPahÌenheitlate o inüenalo 0 - l7'C. pâJaral bastãDulipticâÌ por . dan.
?
do 66.ó'F. Depois devemos somar 32, â diferençâ de origem de escaÌa.portanto remos que â
lempeÍâtura do coÌpo humâno nesraescala é de 98.6"F.
Medidores de temperatura

Pâra medir â temperaturados objeclos usam se termómetros.Aìguns teÍmómetros


baseiâm-seno facto dos mâtedais se dilatarcm quando a tempeÍaturaaumenta.O tradi
cionâltermómetrode mercúrioutiÌizaa dilataçãodestelíquido num tubocapilarconve-
nientementegraduado,em que o zero é m:ÌÍcado paÍa gelo fundente e o valor 100 paÍa
o vaporoe âgua.
Outrosprocessos existempârâmedirtemperatuÍas. Por exemploo vâloída resistên
cia de certos materiais altera-se com a temperatura. donde se calibÊrmos estes siste
mas, isto é, se soubermosas relâçõesR(T) podemosÌrsarterÍnómetrcsde íesistêncìa.
Outroprocessousaa variaçãodaddp de polarização dosdíodossemicondutores em fun
ção da temperatura.

Tfansdutores r€sistivos de temperâturâ

Condütores

A resistênciaeÌéctricaR de um condutoré diÍectamenteproporcionaÌao seucomprj-


mento L e iÍveÍsamente proporcional à sua secçãorecta S

^
Ì ( = pL
s
A consÌantede proporcionaÌìdâde p designa'sepor Íesistividadee dependedasca-
racterísticas materiâis do condutor, mas não da su form geométÍica. A rcsistividade
dependelambém da tempeÍaturaa que o condutoÌ se encontra,Paü muitos condÌrtores
metálicosâ Íesistividade(e consequentemente a resistência)âpresentauma variação
com a temoerâturado hDo:

p (T)= p. (1+ct ÂT + p ÀTr+...)

onde p" é â rcsistividadedo condutormedidaa uma temperatura


T., o e P sãoconstan-
tese ÀT = T T,,.Em pequenosintervâlosde tempeÍaruÍa,e dependendo do tipo de ma-
te.iâI, podemosescrever:
187
p(T)=p.(l+0ÀT)

onde o passaa ser desìgnadopor coeficientede temperatura da Íesistividade-


PaÌaum maÌerialpoderser um bom termómetÍodeveapÍesentâr um coeficientede
tempemturad tão elevadoquantopossíveÌ,e deve ser Ìargoo intervalode temperatu-
rasem que apresentâ um comportamento linear.AÌgunsdosmetaisutiÌìzadoscom estes
fins sãoo níquel,o tungsténioe a pÌatina,cujaspropÍiedades
termoÍesútivas estãoresu
midasna tabela.A platina,devido ao seucusto.só é geraÌmenteusadano laboratóÍio
quandose pretendefazer uma medidâde precisãono intervaÌode Ìemperatunscom-
preendidoentreo ponÌode ljquel4ão do oxigénio( 182.96'C)e o Pontode fusãodo
antimónio(630.74.C).

1.1 0.0038
56 0.0045 ,
ó.8 o_006
10.0 0.005
10.0 0.001

A resistividadeduma liga metálicaé em geral superioÌà dos meraisque a consri-


luem.Contudoâ influênciada temperatura é em geral menosimpoÍanÌe.O quadrofor,
necealgunsexemplos:

tarão ('1Oq.Cü, 3oc/oZt\) 0.00020


conslantan(60./0Cu, 407. Ni) 0.00001
fero níqueì(759, Fe, 25dl.Ni) 80 0.00009

Termístores

Um termísÌor(resistênciasensíveÌà temperaturâ)é um dispositivosemicondurorque


âpresenÌauma rápidavariâçãoda suaresisrênciâcom â temperarura. para os lennísro-
res de coeficientenegativode temperatura
(NTC) a suaÍesistênciapode seraproxima-
damentedetermìnada pela fórmula

188
R=R"e"ìr r '

em qÌre B é uma constantepositiva, R" é a resiÍênciâ do temístor à temperatum


T., e T é a temperaturaabsolutâem kelvin. A remperaturaseievadasestâ iõrmula

R. "-
O coeficientede temperâturada resistêncjapode ser definido paÌa um temístor a
Dartirda exDressão

*- .-_ | dR _
R dr
-- .Êt ,

Os termístores existemsobváriasformase a suaÍesistência podevaÌiaÍ entre100O


e 107C). Existemtermístoresque podem suportartemperaruras da odem dos 350'C,
mas muitosdos que estãocomercialmente disponíveisapresentam valoresmáxÍmosde
temperâturamenoselevâdos.O inteÍvalotípico de funcionamentositua-seentre-10'C
e +100'C. As resistêncìas NTC sãoconstituídas à bâsede óxidosde metaiscomoferro,
crómio, níquel, cobalto, etc. Estesóxidos no estadopuro âpresenramuma elevadaÍesisti-
vidade,mas podemtomar-sesemicondutoÍes por adiçãode pequenasquantìdades de
um outro metalcom umâ valênciadifeÍente.
Existemtambémtermístorescom coeficientede remperatura positivo(PTC),mas a
dependênciada sua resistênciacom a t€mperaturâé mais compl€xaque no caso dos
NTC.

TeÌmómetros de jünção semicondutorâ

Os díodosdejunçãotêm uma tensãode polarizaçãoa paÌtir da quaÌcoúduzemsemin-


troduzirquaseÍ€sistênciano cìÍcuito.Estatensãode polarizaçãoVD é uma caÌacteís-
tìca do material de que é feito o díodo, sendo aFoximadamente 0.7 V para díodos de
siÌício. O valor é dado na forma aproximadaporque para aÌém de sofrer pequenasvsÌia-
ções consoanteo fabico é tâmbém função da temÍÌeÍatura, apresentandopara o díodo
de silício um coefìcjente 2.1 mV/'C. Uma vez conhecidaa cuÍva de calibraçãoVD(T)
podemosusaÌajunção como termómetro.

r89
LEITURA L

Ondâs
ão várìosos fenómenosfísicosque envolvema propagação de ondâs.Em si, uma
ondapodeservistacomoa pÍopagação de uma peíurbação. Essaperturbação pode
ter uma basematerial(por exempÌoas ondasque se propagamnumacordasobtensão),
ou não,como sejao casoda luz que sepropagano vâzio.Muitos dosfenómenosondula
tórios com que depaÌâmosquotidianâmente, têm uma ÍatuÍezamecânicae resultamda
deformaçãode meios materiais. Um exemplo típico é o das ondas formadas na superfí-
cie livre de um lago quândo atiramos uma pedra, ou então o dâs ondâs do mar. O som
é também um tipo de onda que resulta em pequenasvaÌiações de pressãonâ atmosfera
que nosÍodeiâ.Como exemplode propagação de ondasem sólidostemosas ondâssís-
micas rcsultantesdos terramotos.Ainda ouro exemplode propagaçãode ondasem
líquidos são as ondas do mar que vemos chegar à costa.
As ondasmecâoicasprovocamo deslocamento de uma paÌtedo meio em relaçãoa
uma posiçãode equilíbrio,Note seque o meio como um todo não se desloca,masape-
nas a pertuÍbâção do mesmo, Lembremo-nos do caso do banhista a boiaÌ no mar que
sobee desc€nasondasmas permâneceno mesmosítio depoisda ondapassaÌ.
Conforme a direcção d€ oscilação do meio é peÍpendiculâr à diÍecção de propaga
ção ou se efectuana mesmadiÍecção,assimas ondassãodesignadâs por tíansveÍsaìs
ou lonsitudinais.

Ondalongit!ìdinal

^t, =,,
-$fÍ\^iVV\ryWVW\,4,4/!WV\4^r\
lllv1rlwvÌiltwwv\
4a4
Mz,='.
,=r'
ww\,!\/!w\'!w\'!wlÍiwvvüz
Um exemplode ondatmnsversalé a que se propagaao longo de uma coÍda (esti-
cadar quando estaé afastadado seu ponto de equilíbrio. Por ouío lâdo se disposermos
de uma moÌa que esticamose compdmimos, a onda resultante é do tipo longitudìnâÌ. l9l
As ondassonoÍassãotambémum exemplode ondaslongitudinais.Nos sóÌidosexìstem
os dois tipos de ondâs.Nas ondassísmicasas ondaslongitudinaissãodesignadâs por P
e as trâÍsversaispor S.
Existem outros fenómenosonduÌatóÍiosque não têm origem mecânica,as ondas lu-
minosassãoum exempìo.Estaspertencemà Fande farúia dasondaselectrornagnéticas.
Como já foi Í€ferido nestecasonão é necessáÍioa existênciade um meio malerial para â
Fopagaçãodâsondas- a luz propaga-seÍo vâzio. As ondaselectromagnéticassãotrans-
veÍsais. O campo eléctrico (e ÍrÌagnético) vibra num plano peÍpendicular à direcção de
propagação.As ondâsde rádiotâmbémsãoondaselcclÌoìnagnéticas e ocupâmno espcc
úo de ÍÍequônciasâ regiãoque se sitüâentreos 100kHz (ondaslongas)e I CHz (ondâs
de ÍadaÍ).SãolambémondaselectromagnéÌicas os raiosX e os raiosgâmâcmilidosnâs
desinlcgrações (ver
radioactivas tabelacom a divìsãodo espectroelecrromagnótico).

Equaçàode propâgaçàodas ondas

Parr fi\ ideir, comecemo\ \om o cd.o de umJondar um3drm(n\JU,(umú ,ejapor


exemploa ampliÌudede vibraçãoda cordâ da guiÌaÌra).Sejâcntão Y(x.t) â grandeza
físicaque apresenta um compoÍamentoondülatório.Notemosdesdejáque Y é fìrnção
não só do tempo t mas lâmbémda coordenâdâespacialx. Que tìpo de função!y podc
entãorepresentâr umâ onda?Em princípionão cxjíenì reÍricções às (formas" possí
veis que uma onda pode assumir No entanto.como vâmos verificaÍ,existeuma prc
priedâdecomuma todosos tiposde onda.Consideremos a ondarepresenlada nâ figura.
Vejamoso que acontececom o valor máximo da onda com o decorrcÍdo tempo.No
inslanlet = tr o valor máximo da onda cnconúa-seeÌn x = xr. Num instantede Ìempo
posteriort = tr a ondapropâgousc (com velocidadev) e agoÍao máxiilo da anplitude
encontra-se em x = x?. DespÍezando efeitosde atenuâçãoou do distorção.a ondaem si
continuâa ter a mesmâÍorma. Conhecidaa velocidadede pÍopagaçãoda ondaé fáciÌ
obtero valor de x? a paíir de x L

x: v t z= x r - v t , = ô r

O ( \ _v t ì ) : ô G , v ! , )

Entãoqualquerque sejax'e 1',se verificarema relaçãox vt = ôL a anplitudeda


onda seráigual à do instanteÌ = 11.no pontode espaçox = xr (e que no nossoexemplo
correspondeao vaÌor máximo).A vaiável O = x vt é designâdâ por faseda ondâ.PaÍa
conhecermos â ampÌjtudeda ondanãoé necessário conhecerx e I individüalmente,bat
tandoconhecerâ Íàseda onda.
Mâtematicamente â ondapode ser descri|apelâ seguinteequaçãodiferencìal
192
a,Y _ r arY
àx) v: ât,

onde v é a velocidadede propagação(velocìdadede iase).Uma soluçãopossívcìpaÍa


estaequaçãoé, conojá vimos.dâdapelâ famíÌiâde funçõesdo tipo Y(x.!) = (x vt).
Mâs é fácil verilìcarque Y(x,o = g(x + vt) é tambémuìnasoluçãoda equaçãodiíèren
ciaÌ- No nossoexemplog(x + vt) represenlâuma onda a propagar-se dâ direiú paraa
esqüerdâcoÍn veìocidade-v.
ONDAS

Dado que ,ì cquaçãode prop,ìgação dasondâsé Ìineârem x e t. entãose !y e \yl


são soluçõesda equaçãode ondâsentãoY, +Yr tanìbémé uma solução.A solução
ÌnaisgeraÌparaY(x,t) é pois dadapor \,= cr lTx vi) + cr g(x+vt)
Fisicamentca primeiracompoDente reprcseìrla
umâ onda que se propagâsegundo
o eixo dos XX coìì \,elocidadeposiriva(i.c. dâ esquerdapar,ìa direila)enquantoque a
segundâcornponente reprcscntâunìaondâquc se propagâno sentidooposlo(e poÍanlo
com veÌocidade -v).
Se considerarmos quc num determinadoponto do cspaçox. no insúnte de tempo
t" o vaÌor da funçãoé V(x,,. t"), entãoo mesmovâloÍ seráreperidoparalodosgs pon
tos(x,t)queverifiquem a condiçãox,, vl,,=Ì-vt (verfigurâanterior).
Como se vê as funçòessoluçãoda equaçãode pÍopagaçãodasondâs.nào têm que
ser periódicas.No enlânloas soluçõesperiódìcasconíituem um importanteconjunto
de ciìsos.de entreos quâisse desrâcâmo dasfunçõcssinusoidais.Estâclassedc tun
çõcsó muiroimporranrcpoisa anáÌisede Fouriermoslì! nosquequaìquerfunçãopcrió
dicâ <beDÌcompoÍtìda) podeserdcconìposta numasoìna(série)dc tìnçõessinusodais.
Se Íly) for uma tìnção de períodoT = 2Ílo, enrÃopode serexpÍcssacoÌ
ltc lìnções sinusoidâis
l(y) = 4,,+ â Lcos 0Ìy + a, cos 2cDy+ .... +
b scn ú)y+ br sen2(oy+ ....

em que os coeficientesâ", a" e b,, sãodado! po.

r = -), I Ìryroy, r" = _


-l' l(y) cos(n(Dy)
dy.

r,,= q'j'rrr ...nrnoyt


av
A componcntecom â mesÍnafrequênciao dâ fììrção f(y) é châmâdâde iìndamen-
tal e as componentes
de frequôncias2(d.3(D.etc. de harmónicas.
Dadoquc asfunçõesperiódicaspodemdecompor,se nrÌna somade fnnçõcssinusoi-
dais.entãobâstünos estudaro corììpoÍamenlodestasúlrimâs.

Ondâsharmónicâs
Ì9:l
ConsideÍcmosagorâo cÂsoeìn que â âmpìirudeda ondaó descfirâpor ulÌa funçãosi
nusoìdaÌ.A paÍir destasfunçõesé tãcìl chcgaraosconcci()sfundamenrajs de conìpri
mentodc oìrdae frequência.
Um osciladofharmónìcopodedar origcìÌ a uÌnaondasinusoidal.poÍ exempto.nnì
âì1ìltìÌnte que vibra com uÌnafìequêncial. dá origema uììa ondx sonoÍade igüal iÌc
quênci,r.A aììplitude dc vibfaçãodo osciladorhanìónico eìì funçãodo tempopodc
seÍ dadapof Y(0 = 4,,sen((,t+ò). Ncstâexpressão â,, fepresenra
a ampìitudemíxiÌn,ì
de oscìÌação,úr = 2rl a Írequênciaângulare ô a fâse iniciât (ver leir ra sobrco pên
dulo). Umâ vez que a lìcquônciaé igual ao númerode lezes quc um delerminadovalor
da âmplitudeserepereduÍantcumaunidadede tempo.o períodode oscilaçãoT (ou seja
o tempoquc ìcva o osciÌêdora repetiresscdeterminâdovaìor da anrplitude)é simples
menteigual âo ìnvcrsoda lìequênciâ
I
T=
I
A ondâ geradâpor um osciladorhrnnónìcoser:idescrilapor unrafunçâosinusoi-
dal do tìpoY(x,t) = A. senlk(x vt) + ò1.NeÍâ cquação positì
4,, c k sio constantes
\,â\. A fiequônciado osciladorharmónicoe dâ onda são idênÌicospeìdque se tem quc

Drdo que â fìnção senotenì pe odo 2Í, lìxado uìÌ inÍante t exìÍe üm peíodo dè
ÍcpcliçãocspàcialÀ, desi-enado
pol comprinrcnlode onda.tal que
s e n l k (-x v t ) + ò l = s e n L k (+xÀ v t ) + ô l = s e n Í k ( x - v 0 + ô + 2 i r l

kl,=2.oul=?l

A constântck é dcsìgnadapor núnrerode ondâ,e é a trequônciade repeÌiçãoespa


ciâ1.Se"congcìrnÌos' a oìrdano instantede tcmpor = Ccnrãoverificamosque o vâÌor
da lunçãoscn(tx) sc repeteao fim de um comprimcúlode onda (ver figura).

DtìsrelnçõesanterioÍestaciÌnìcnlcse retiraâ reìaçãoexistentecntrc o pcríodorem-


)
poral e o cornpÍimcnlode ondaT= r' . ou relativamente à lìcquôncìaf =.l
A frequênciafé umagÍandezacaÍaclcísticâda ondae. ao conúáriodo comprìmento
de onda,nãodependedo mcio malcriâìcìÌ que a ondase propâgâ.De factoa veìocida-
de de propagaçiodâ onda dependedo meio mâteriâlque arravcs5a (lembramos.pol
exemplo.qÌreo tenómenodc rcfrâcçãodâ Ìuz é de\ido à vâriaçãodâ velocidadeda hrz
qÌrandoestalÌ]udr dc ìÌcio). Se â frequêncitìf não dependcdo meio nì.rreriâI.enrãoo
coDprimentode onda À tem que dcpendcÍiá quc À = .
;

Ondasde rádio- modulaçâo


€m amplitude

Suponhamorqueprelendeììostransmitirumamcn!agem(por exeììplo voz humana)en


lrc um emissore um receptorusândoondâr eìectromagnéticas.
Poderírìmospcnsârem
lransfoÍmarasondassonorasem ondaseìcclronagnéticas.
da nìesnrafrequênciâ(ou sejü
ONDAS

enúe 30 e 20 Í)00 Hz), que serìaìÌremìridas.Mas se rodosos emissorcspe


fâzeÍ o ìnesmo.enÌãoas dìversasenììssõesiriâm sobrcpor-selÉ pois necessáriousar
Íìeqüônciasìnaìseìevadasn:ì trânsnissàode rnensâgcns. Em râdbdiÍìsão usâmsc em
geraÌirequénciasacima(ìos 100kH7. A estaondadc alta fìequência(ondaponâdora)
é ncccssárioâdicioìlarâ ìntornüìçãoquc se pretendcrransnìilir Em gerala transìÌissão
dc ìnÍìnmaçàousândooììdaselectronragéticas tìz sc usândoâ lÌx)duÌâçãoda ondapona-
dora. Doìs tipo\ haÌìiluâlnìentcurilizrdos são a ìnodulaçãoclÌ amptitudeou lrm fre-
quôncia.No pÍiÍncirocâsoâ inlìrrnìaçãoencontÍì sc contidan.rsvariaçõesdâ ampÌitude
(mÍxììrìa)da ondâportâdorâ.cnqu:ìntoquc no scgundocâsoó â frequênciada o4dapof-
tadofaquc varìa.Coììecemo\ por discurir mai! eìì detalhco casoda moduÌaçãoem
runìplitudc.
Vamossuporque dìsponosde um gcradorde raclioiÌequôncia (RIr), que nos for
neccuma ondade frequêncial, e ânrpliludcDrÍximâV,. A amplitudedadapelo oscita
dor dc RF eìÌ cadaìnst.ÌntcseÌádâdâpoÍ VRr= Y,cos(D,,!onde(0,,=2Í1,,.Noleìnosquc
neÍa discussãoinìportì apeÌasconsidcrêra pârtereÍnporâlda ondajá que rodo o pro
ccssode modulaçãosc desenrolanum pontodo espqoi o nídio emissor.
Por outro lâdo. unr andarde audiofrequêncìa (AF) dá-nosuÌn sinaìde frequôncia
1,,.com umâ anìplìlude rÌáximâV,,, que pretendemos fânsmirir:V^f =V,, cos(r),,,1 c

A nìoduìação cìì aììrplitudeda ondaRF consisleem fazervariaro seÌrvaloÍ ÍnáxiDo


enì toÍno dc V, de acordocom o sinâl de AF. A Y, somnmoso vâlor do sinâtAF. pas-
sandoâ ânplitude máxirìâ da oìrdade lìF a \cr dâdâpoÍ V. +y. cos (D,,r.
Sc subllitui|mosV, por estaúltima cxpressãoem VR| tìcâmoscom:
VÂr,= (Y, + Vìì cos (l),,,1)
cos (D,,1
= Vi cos (Dot+ V,Dcos o,,Ì cos o,)l

A Íiguraevìdencìa
a lòfnradâ oDda.

tr1lU,qttl
195

P(,inrenor ilü und.ì nuluhil


.
LEITURA6

Se nos lembrarmosque em condiçõesrealislasde funcionanrenlosc lcm at,,> o,,,,


verificÀmoslàcììmcntc que a modulaçãose traduz nuìna (variação lenla" da am
pliÌude máximâ dâ onda pc'ÍtadoÍade RF (ver figura). AnaliseÌnosum pouco mais
em detalhea expressãoda onda moduÌâda.Recorrendoà relaçãolrignoìÌétrica
ú.cL6B- j..'" pl' c ^ ' , " - í l ì e r p h c : , n J o r e \ p r c . . j o Jm- oo rr dl ur

vp-YLUsoJ,t- v,co\'u,lL|),)l v , c o \ l í ! _. u , ) l
2 2
Estaúltima expressãodiz-nosque â onda moduÌadapode ser vista como o resul-
tado dâ somade três ondassinusoidâisde frequêììciasÍ" (onda poÍâdora não modu-
lâda).f, + f,,,(ondalateralsuperior)e f. - f. (ondaìateraìinltrioÍ).
Na práticàpÍclcndemosÌnodulara onda de RF com sinais AF que oblemospoÍ
exeììplo de um microlbnc.o!Ì de rma gravâção.O sinal â transmitirnão é consliluido
apenaspor umâ Irequência,maspoÍ !árjas. Nestecâsofalamosde bandaslaterais.Seia
o vâlor da IÌcqLrôncia
f",". e f,,,"respeciivamenrc mâis ele!'adae mais baixâque se pre'
tendetransmitir A bandalateralsuperioreíá conìpÍccndidâentref,,+f,, ,. e f,,+f, ,, e â
bandalateralinferiorenÌref. f",j^e 1,, [.-. A Iârgürada bandade freqüênciâsé dadâpor

Áf= (f,,+ 1.,,) (i, f.,") = 2f,.,,.

Nasemissõesenì ânìplitudemodulada(AM) uìÌ valor típicopâraf,,,,,^


é 5 kHz. Uma
vez que o espectrode frequênciâsaudíveissc sjlua âpÍoximadamente entre 30 Hz e
20 kHz. vê-seque as emissõe!em AM sãode baixa ÍìdcÌìdadc.
É de notarque paradar passagema estabandade lÌequônciaso cmissoÍtcnì que
ocupaÌurnafaixa Àfigual a 10kHz, naqual Dãopodememìúr outrascslaçõcs.sohpenâ
dasemissõesse sobreporem.

Profundidade de modulação
Define se â pfofìndidadedc modrÌaçãom como sendoa razàode V,,, arnplitudemí
xima da ondâAF, por V,,.ampìiludcmáxìmadâ onda RF_-
V,,,
ìÌ=w

Quantomaior é a profundidadede ììodulâção


mais ocavada,é a envoÌventeda onda RF (ver fi-

W@,
t96
gura).PâÍâqueo sinâÌtÌânsmitidosejade boaqua-
ìidadc o vaÌoÍ de m deve ser tão eÌevadoquanto m = 0.95
possível(i.e. m = I). No enlânlonão interessâter
nì > I (sobremodulâção). poisnestccasoâpenâsse
consegüeuna inÌersãoda fasedâ ondapoíâdoÍa.

M@@
não sendoaproveitadade uìÌraform.rútil a poten
cia queé foÍnecida a mais.
Sintonizâção
As ondâsemitidaspelasdiferentes€staçõesde rádio são câptâdaspelâ antena.A es-
colha da emissãoque se pretenderecebercabeao circuito de sintonização.Estatarefa
é em geraÌdesempenhada por um circuitoLC. A fÍ€quênciade ressonância
é nestecaso,

2Í..lLC
A escolhada frequênciade ressonância pode ser feitâ variandoa capacidade
C ou
â indutânciâL. O primeirocaso,é no presente
o maisadoptado,recorrendo-se â oondeú-
sadoresconstituídospor conjuntosde lâminasque entramumasnasoutras,ou por dío-
dos de capacidadevariável(vaÌicaps).Os indutoresvariáveissãoconseguidosà custa
de núcleosde f€nite que se podemdeslocaÍno interioÍ dasbobinâs.

Desmodulâçãoem amplitude
Uma vez captadano recepÌor.dâ onda RF moduladâhá que rccupeÍd a onda de AF.
Um circuito desnodulador(ou detector)pode ser reâlizadousândoum díodo e um iil
tro capacitivo.Um circuito típico enconúa-sena figuÍa.

MEntrada
Saída

Reconhecemos imediatameote o circuitojá antenormente utilizadona rectificâção


e filtÍâgem de ondas sinusoidas.Neste câso o circuito funciona como deÌector de pico

DuranÌeâ fasepositivada ondâ o díodo con


du/ e carÍegao condens:ìdor âte âo vdlor de pico
da ondade RfFne\.r allemância.Entrealtemáncias
positivaso condensador descarrega-se atravésdâ
O resuitâdoé o mostradona figurâ,se
resìstência.
.r conslantede te;npo RC for eçcolhidade forma
adequada.
Por um lado o valor de RC dev€sertal, que permitauma descargado condensador t9'7
de formâ a acomDanhar as descidasda envolventede AF. Mas RC nãodeveserexcessi-
vamentepequeno.ao ponto da ondulaçãoresídualse tomaÌ impoÍante (ou seja,a descar-
ga do condensâdor não deveseÍ muito Íápida).
O valoÍ de l,4RCdevepoÍânto situaÍ se entrea fÍequênciade audiomaiselevadae
â frequência da ondâ poÌÌâdorâ. O vâlor típico da frequência da onda portadora é da
ordemde I MHz, enquantoque asfrequênciâs de AF nãoultÍapassam os 20 kHz. Existe
poÍanto üm factor de 50 entreas duasfrequências,pelo que a situaçãoreaÌ é ÍìreÌhor
do oue â mostÍadana fisura.
ó .
LETTIJRA

lVÍodulâçãoem frequência
Hoie enì d;a são ìnúmerasas eíaçõcs qu€ emitemeÌÌr lnodulaçãode frequência(FM).
A emissaÌo em FM penÌìiteumârnâìorlideÌìdâdee uma Incnoì.possibitidade de !c verì-
ficafem inlcÍlìrônci,ìs.sendoreduzidoo ruído de lundo. As tìequênciasa quc !ão feì-
tasasemissõcs cìnFM sãomaiscÌcvadas que.Ìsde AM. !iluaDr-se enrre88 c 108MHz
no c.ìír dâscíações de râdiodilìlio, e .Ìindâmais,Ìì!ìs pâì!ìâs emìsÍrÍls dc reìevisão.
Ao contr.'triodo cìuesucedccoìÌ as ondasdc ìÌenor liequênciausudaseìì AM
(= Ì MH7). as ondasde FM !ôÍn bastântedificDÌdâdccm contornârobstáculosdelido
âo seupcquenocomprirncnrode onda.IÍo obrigâ ì existêncìadc víriirs retransmisso
fes sc sc prelendeenviâro sìnaÌa grandesdistâncias. tenrloqueos cìnisroì.essercolocr
doscm ìocaiseìevados.Porassimdizer."o cnrilsof e o receprorrômqueesrarcnì linhll

A ìnodulaçãocnì Íìequêrciâconlisrc enì fìLzerlarìâr r lrcquênciada ondrÌporta-


dorâ de RF de âcoÍdocoìì â lÌnplìrudcda ondade audiotìequência.

>@- ilffrni
frffiililMffiffifril
Po(an|o a freqüêncirda oìrdaportâdor.ìvaì desviar-setanromaisdo seuvaloÍ ccn
1rÂÌquanto DìaiorÍòr a rÌnpìitudeclaonda dc AF. A informâçãoda tiequênciada ond,ì
dc AF oncontfâ-sena "rapidez' da varìaçãodâ 1ìequêncìa da ondade RF. A exprcssão
que kaduz a modul çãoelÌ Íìlquènciade uma ondade RF com ÍÌcquênciâ
ìnateìnática
. , . ú J
1,,= por uma ondâ dc AF conr frcquôncìa1= é dadapor
2T

v = y, ,.n 1o,,t + !9r "enot


)
ondc A(l),,é a Ìargurada vuri ção enì frequênciâda ondaporladorâ.

r98 Um olhâr sobreos rádios da actualidade

Os circuitosde rÍdio de anìpìi1ìcaçãodirecú sãou'nr "Ícliquia) do passâdo.Uma de-


Íiciênciaimcdiatrmente notadânedc1ìpode circuìtosimplesé a suafracâscÌccrìvìdâ-
de. A sepaÍâçioenÌreduâsesDçõcsó difícil. TâmbéìÌ a sensibilidâde é má. Apentìsse
conseg cm captaros sinaisda\ enlissorasmaìspolcntcs.Um possíveÌnrelborâmento a
int.oduziìseda usârvárìosâìÌplificadoressinronjzdos de RF'.que anplìficârìaÌnape
nâsÌ lìcquêìrciacon€sponcìcDte à enìissâoquc dssejavareceberSó posteriormente o
sinâlscìiadetectadoe a coÌnl,oìÌente
AF xmplilìcada.O problemâadvólÌ da ditjcuìdâdc
em mânterváriosandaresde âmplificaçãosintonjzâdos
numamcsmalÌequéncia.jáque
paracadaestaçãoque se pretendereceberseránecessário
ÍàzcÍ a lintonizaçãode todos
os andâres,em simultâneoe com prccisao.
A sohção adoptadanâ maioriados .ádiosmodernosé a dadapelo chaìÌadorecep-
tor supeÍ-heteÍodino.
O esqucmadc princípioencon!ruse na Í-ìgura.

O sinalcaplâdona Ântenâé sintonizadoe amplificadopor um andardc RF.Essesi


nal é cnlãomistuÍadocom ulll sinâlde RF dadopor um osciladorlocâI.Comojá se viu.
quandoduâsfrequêrciasfL e fr são mistÌrradas a ondaÍesultânlccontémcomponentes
com frequênciâs fr + f, e lfr - frl. A frequênciado osciladorlocaÌó cscoìhidade tal for-
ma que a difereììçade frequênciâslf, - f, é sempreconÍânte. ParaÍcccptoresde AM.
455 kHz é o valor habitualmente escolhido.
O sinal obtido é amplificadopor um conjunlodc ampliÍicadoressintonizadosna
frequênciâde 455 kHz. Desla ibÍma os sinaisde outras frequênciâssão eliminados.
A selecçãoda frequênciado osciladorlocaÌ ó fcita em simuìlâneocoÌn.r do andar
sinlonizadodc cntradade RF. Em geral tal é conseguidograçasa dois condensado-
res de capacidadevariávcl.Íepresentâdos nâ figura anteriore que sãoaccionadosem

Por!ântosempreque se pretendesintonizaruma emissãodiferente,a frequência


do osciladorlocal tambémvaria de lbrma a manterconstânte(e iguaì a 455 kHz) ü
diferençaenlre a ffequênciado emissore do oscilâdoÍlocâ1.Depoisdc amplìíìcâdaa
onda de frequêncìaintermédia(455 kHz) é delectadae enviadââo âmplilìcadorde
199
LEITURA ?

Optica Geométrica
^ dptica ocupa-seda luz visitel. A luz é radiaçàoelecromâgnélicade lrequència
f1, compreendida entre3.8 . t0 raHz e 7.7\ l0' Hz. O esquema
seguinle
situaa luz
visível na totalidadedo espectroda radiaçãoelectromagnética.

Conp.iúdlo dc o.da ("n)

Espectro
visível

Coúprimcnro{È ondâ(m)

ro' t. '6
ld 10- to' t ro' to' Ì0.3 toro lo.'t lo to

td tot rou ro" ro'o ro'' lo'4 lo'ó ror3 tP tf tol


Frcq!ên€ia(Hd

As ondas ele€trorÌÌagnéticastêm frequênciasqüe vão desdeaÌguns Hz até 10,, Hz.


Conforme a fÍequência, apresentamdiferentescaracteísticas, mas a propriedadefunda-
úental comum s todas as ondaselectromagnéticasé a suâvelocidade de propagaçãono

A veÌocidade de pÍopagaçãono vácuo é conhecida com uma precisão de dez âlga-


rismos significativos e é consideradacomo uma grandezaexacta

l
ms'
= 2.9979254581103
20
onde eo repÍesentaa permitividâde eléctrica e p" a permeabilidademagnétìcado vácuo.
Num meio material não condutot homogéneoe isótropo de permitividade Ê e de
permeabilidademagnética p, a velocidade de propagaçãodas ondas electromagnéticas
é inferior à de propagaçãono vácuo, poÍque € > €" e p = !"", sendo dada por

| ,^
1€p
LEIÌURA 7

A f.ìzão entíe ft \clocidude! da onda electromagnélicâno vazio c num meio qual-


qlrcr é por definiçio o írìdicc dc rclÌ cç:io absoluto. n. dessc n1cìoc é dado por:

3!"
1e,,r,,

No aì leìÌ se v = c devido ao lìct() de €u = €!,.e port.ìntoo íìdicc dc rclÌacçãodo


.ìÍ ó lnui(opúximo dr nrìdade(n.,= 1.000293).
O,no a pemìilirid.ìdeeÌéctricrI c â pe ìeâbilidademagné(icap do meio sãode-
pendcntc!d.ì íì€quência.âs dìlercnlcsconìponerìÌes monocromálicrsdâ luz brancanão
se pí4ragrìn com a rÌìesDrâ !elocidtrdc.osteefèito é conhecidopoí dispcrsão.
A gì.tìndcz.r que car.ìclerizâumr ond:ré ü suafÌequência.Dcvido ì ì€laçãotr,,f=c
(prra o vicuo) tenì-sequc o conìpfiDrcnto de ondâ da r.ìdiâçiodcpcÍde igualÌnenredo
íÌcio dc prop.rgaç:io. Assim.o conìprìmentode ondâd.ì rxdi.Lção(cdo)nuìì dadoÌneio
n ì â t c rlió d : ì d o p o r :

i'^"

Propriedades dâ luz visível

A\ pÌopìicdades da luz e
sccnìrêsgrupos:(íptic georÌìórrictl. (ipric!ì e ópricaquânrica.
ondularóriâ
O prnìeiro Srupo- â óptìcagconrélica coDrpreendc os lcnónrenosque podem
scÍ dclcrilo\ crscncialmenle em teÍmosdc Íìentesde ondâe raiosÌuninosos.e dosquais
sc dcst.ìca : propagâçâo rectilínca,rclloxãoe refrâcçãonâ sLrpcÍÍície de separação de
dois mcjosóplicose dispersão. ^ óplicaonduÌatóriacomprecndcos lcnómenosqueevi-
dcnciaìna ììalurezaondulâtóriâda luz. conìo seianì:interÍèrôncia. diÍìacçâo.polârizâ-
ção. Finrlnrcnte â ópÌicaquânlicâ âhoÍda os fenóÌnenos em que â Ì!Ìz !c conìpoÍa como
scndolbfnÌ.rdrì de pxrtículltsmicfoscópicâs - os lotõcs quc transpoúal]] Ìrma
dc{crnìinâda qutìntid,ìde
de energiâdcsigìradapoÌ qídrrr,Ì. E = h1,cnr que h é a cors-
ta lc dc Planck.Neslc últiÍÌìo grupo incÌuem-sefenónìerìosrcÌacionadoscoìn orbitais
202 âtriìicos.Díveisde energìa. cnrìssão eslimuÌadâ, luz laseÍe elèitolbloclédrico. Estes
con'porhìncntosìrão são e\pecÍlìco! dt' luz !isível. observaffsc par,rquaìquefoDda
eÌelrornagnólìcâ.

lrente de ondâ |j râios luminosos


PaÍacsludaros 1ènóìrìenos
dâ líptic.ìgcoìrìétricâusamo\o conceìtodc raio Iuminosoe
Íìcntc de onda.TentemoscompÍceÍdero que é 1ìenÌede ondÍìc unr raio ìuììinoso co-
nìcçandocom urnrìanahgia nìccinìcâ.
Quandose tem uma pequenaesfera
cuja superfície vibra harmonicâmente
num meio eÌástico,gera-seuma onda
que se âfastado objectocom umâ velo-
cidade constante (o mesmo se passâ
quandose atirauma pedranuÍn charco).

Sedesenhamosas superfícies em quetodosos pontosda ondaestãona mesmafase


de movimento obtemos as frentes de onda como reprcsentadonâ figuÍa, Ao afastaÍmo-
-nos muito do centroemissoras supeffíciescurvaspodems€Í consideradas planase a
pÍopagação da perturbação.
perpendiculaÍ às fÍentesde onda,podesermaterializada por
raios.Estesconceilossãoigualmenteaplicáveis às ondasluminosase facilitam imenso
a maniDulacão dos fenómenos.

Definimoscomo raio luminosoas linhÂstraçadasno espaçocom a direcçãode pro-


pagaçãodo fluxo de energiarâdiântee poÍ frente de ondâ a superfíciesobrea qual â
fasede peíubaçãoópticaé constante.
SendoÍ o raio da frentede ondâ num dâdo instante,apósum intervâlode tempot
o mio serár+ vt. com v a velocidâdede fãseda onda.
A evoÌuçãoda frente de onda num meio e na suapassagemparaoutro é regulada
pelo PriÍcípio de Huygensque estabeleceo seguinte:câda ponto de uma fÍente de
ondâ primárìa constitui uma fonte para ondasesfédcassecundáriase a posiçãoda 203
frentede ondâprimáriànum instanteposterìoré deteÍminadapela envolventede todas
estasondassecundárias, qu€ se propagamcom velocidadee fÍequênciaigual à da onda
primárìa.
Em meioshomogéneos as ondassecundríriâs podemserconsúuídas com raio finito,
em meiosnão homogéneos o raio deve ser infiniiésimal.
Todosos fenómenosque analisaÌemos são estudadoscom baseem feixe de raios
luminosos paüxial, isÌo é, Íaios que se propagam muito próxjmo do eixo óptico com
inclinâçõesreduzidas.
Reflexão € refÌacção dâ luz

Ver um objectosignificaqu€ a luz que dele vem enrranos olhos.Alguns obj€ctossão


emissoresde.luz como o Sol, uma lâmpâdaou uma estrela,mas a maiorialimita_sea
reflectirpaÍe da Iuz que recebe.
Define-secomodioptÍoumasupeÍfícieseparâdorâ de dois m€ios,umapeçâde vidÍo
no aÍ, por ex€mplo.
Quando a luz incide numa superfície separadorade dois m€ios ou dioptro, paíe pe_
netrano segundomeio refractase- e a restantecontinuano mesmo,meio, .eflectin_
do se.A luz serámaisoÌt menosreflectidaourefrâctâdaconformea natuÍezada superfí-
cre e as caÍacterísticas
dos dois meios_

Estesfenómenossãoregidospelasseguintesleis

1."ki daReflexão:as direcçõesde incidência,refracçãoe reflexãoestãotodâscon-


tidasno mesmoplano,quecontémtambéma normaÌà supeÍfíciede separação, no ponto
de incidênciado râio luminoso.
2." tfj da Reflexão:o ângulode incidência0j é igual ao ângulode reflexão0. (me_
dem-seentrea direcçãode Fopâgaçãoe â normaÌà supeÍïcie).

Este tìpo de reflexão é conhecido por reflexão de espelho (observa se por exemplo
nosmetaìspolidos.vidro. superfíciede liquido\. elc., e é imponanreparadãl,ni, o coln_
portamentodos espelhos,
204

A maioria dâs supefícies (madeiÉ,


pâpel de parede,etc.) conrêm irregu-
laridadesde dimensõesdiveÍsasocasio-
nandoreflexões em diferentesdirecções.
Este tipo de reflexãoé denominadopor
difusão.
Lei de SnelÌ dâ Refiacção: a razão enfe o seno do ângulo de incidência e o seno
do ângulo de reíiacção é constântepaÌa cada meio e igual à razão entre o índice de re-
fmcção do segundomeio e o do primeirc.

!!1!-L = ]:-

A razão ::l escÍeve-secomo n2l e reprcsentao índice de refracção relativo entre


os dois meios. Como relerido anteriormente,o índice de reFacção relativo é o inverso
da fizão entre as veÌocidadesde propagaçãonos dois m€ios e portanto d€p€ndenteda
frequência da radiação. Quando se fala de índice de refracção de uma substârcia rcfe-
rimo-lo em relação ao vazio e designa-sepor absoluto.A tabela seguin!9mostra o valor
do índice de reftacção absoÌuto de várias substânciaspara o cdo médio do espectrode
luz visível (\ = 589 nm).

Diamante 2.4t9 Benzeno 1.501 1.000293


1.52 1.461 Dióndo de 1.00045

Ásua(0'c) 1.309 Ál€oo1 eúico 1.362 Oxigénio 1.0002?I


205
Cloreto de 1.50 Água 1.333 Hidrogénio 1.000139
sódio

Ouartzo 1.544 Dissutfrto 1.628 1.000036


cristaÌino de sdio

QuandonosÌeferimosao índicede reftacçãorelativo toÍÍramoscomorcferênciao


índicede Íefiacçãodo aÌ, ao qual seatribueo valor l.
_
I-EIllJM-'-* ?

Reflexãoíotâl dâ luz

Quandoâ luz passade uìì ììeio de índiccde refìacçãomaioÍ paraum de índicede retiâc
ção menor.por exempÌode águaparâo âr, o mio refracradoparauma dàdaiÌìcidêncìa
pode ìnclinâr-semaìsdo que 90', isto é. não pâssapârao outro meio. Esrâsituâçãoé
designad,ì por REFLEXÃO TOTAL. O ângulode incidênciaparâo quato dc retiacção
é 90' dcsignase por ÂNGULO CRÍTICO. Nesrecasoo raio refrÂctadoseguca supel
lícre de separação
dos dois meios.reliacçãocrítica.

O valor do ângulocrítico 6" obtém-sea paÍtir dâ leì de Snell fazendoe: = 90"

Po. exerÌplo.o ânsulocrÍico paraum Íâio luminosoque viaja da água(n = i.ll) pa.ao !r
( n =r o oc) o . = s e ní J 4 1 ì = + r . r .
\ r.rr/

O âDgulocríticoó unì dos responsáveis


pcÌo rnodocomo Ìrm diamantebrilha no aÍ.
Conìoo índicede reliâcçãodo dìamanteé müi1ograndeos raiosa peqÌrcnoângub são
compÌetamcntereflectìdos.

206

Formaçàode imagenscom espelhosplânose c\féricos

Uìì espelhoé uÍnasuperfícieonde se dá sobrctudorcflexãoda Ìuz. As imagensde um


of,Jcltopodemserreâisou viÍuais. Sãoreaisquündose podempÍojcclarnum alvo_No
câsoda ìuz pârecefprovir de um ponto.masse ncnhumaimâgenÌapâÍeccÍsobrcum al-
!o colocudonc!!c ponto,dizemosqueâ iDageÌné'r'irtuaì.
A construçãodas imagensdadâspelosespelhosplanosbaseia-senaslejs da refle-
xão,como se pode ver na l'igurâ

A imagemdadapoÍ um espelhoptanoé:
r Direio;
r Invertidada esquerdapaÍa a direjta,isto é. a mão esquerdapassâa diÍeirâe as
letrasâpaÌecemescrilâsdâ direitapaÉ a esquerda;
. LocaÌiza-seaúásdo espelbo,à mesmadistânciaa que estamosdo espelho;
! Tem a mesmadimensão;

A construçãode imâgensdadaspor espelhoscurvos é mais complexâ.A maioíia


dosespelhoscuÍvossãoesféricos,obtêm-sepolindoumasecçãode umâsupeÍfícjeesfé-
rica. Se a paÍe poÌidaé a interior ou côncavao espelhodiz-secôncâvo,se for a paÍte
exterioÍdiz-seconvexo.
Um espelhoesféricoé carâcterizado
pelosseguintesparâmetÍos:
r cenÌrode curvaturâC;
r raio de curvatun R;
20'l
I eixo prjncipâl(rectaqueuneC com o pontomédio
do espeìho,O);
: foco do espeÌhoF, situadono eixo principal a iguâl
disúrìciade C e de O;
. distância focal i distânciâ entre o foco e o ponro
médiodo espelho.Valemetadedo raio de cuÍvatu-
*.f=;.
Se o espelhoé conv€xoo centíode curvaturae o
foco siÌuaÍn-sepâÌâlá do espelho,como serepresenta
R I
na figura.

Como refeÍido atrás. quândo estudamosa formação de imagensdadaspor espelhos


considerâmossó feixesluminososde pequenaabeÍturarelâtivâmente à,curvaturado es-
peÌho,designadospor raiosparaxìais.
A foÍmaçãode imagensnum espelhobaseia-se
nas leis da reflexão, e no facto de que numa calote
esféricaqualquerraio da esferaser perpendicularà
superfíciedesta.A figum representaa reflexãopeÌo
€spelhode um raio luminosoque incide segundoum
ângulo 0, a linha a úâcejado é a normal à superfície
(coincidentecom o raio da câìote).
Assim temostrês situaçõesparticulaÌ€sque auxiliam a constÍuçãodas imagens.
I - Um raio luminoso paÌalelo ao eixo principaÌ Íeflecte-se passandopelo foco;
2- Um raio luminosopassandopelo foco rcflecte-separalelamente ao eixo prin
cÌpal;
3- Um raio lumjnosoque viaje segundouma linha que passepelo centrcde cur,
vaturaÍeflecte-sesegundoâ mesmalinha inveÍendo o sentido.

As duas prìmeins Ìegras tsaduzemo princípio da reversibiÌidade do trajecto dos


ÍaiosÌuminosos.As duasfigurasilustrâmcomoseobtéma imagemdeum dadoobjecto,
consoantea suaposiçãoem relaçãoao espelho.
Obiecto entÍe o foco e o centro de curvatuÍa

204
Objecto pffa além do centro de curvatura
A formação de ima-
gens num espelhocon-
vexo é idêntica,desde
que se tenhâem conside-
Íação a posiçãodo foco
e do centro de curva
tura. A figìrra jlustÍa
como obterâ imagemde
um objectocolocadoem
frente de um espelho

Equação dos €spelhos €sféÌicos e âmpliâção

A formação de imâgens pode ser determinadâ analiricament€ a paítir dâ EQUAçÀO


DOS ESPELHOS,estadedìrz-se facilmenteconsiderando o esquemaerelaçõeselemen-
taÌesde tÍiânsuÌossem€lhantes.

Da 1.. figura tem-se


Ì'= d,
h' d'
e dâ 2." figura vem
h. _ d"-f
hr f
Igualândoas duas expÍessões
r l - 1
o,, o, Í

As distânciasd sãopositivâsou negativasconfoÍmeos objecrose as imagensesrão


à frente ou atrás do espelho.
Com baseno esquemapodemo(rgualmenre eíabelecerâ A\4PLIAçÃO m do 209
espelho

m _ altuÍa da ìmagem _ -i d
alturâdo objecro d"
O sinal de mais ou menosdestina-seâ estabele.erse a imagemé direitâou inver-
tida €m reÌaçãoao objecto.
Parâos espeÌhos convexosasequaçõessãoigualmenteválidas,masâ distânciafocal
é negativaporquese situâpaÌâúás do espeÌho.
. i!Èt'ÈÁ2.

Prismas

Desìgna-sepor prismaunì meio óptico lnìirado por dois plxnosquefazementresi unr


cen,ringuluo. A frceopu'r:,:re.reinguìuJcn,min r.( basedo prisìnr'.
O trajectode unl raio luìniìÌosonum pnsÌnade
vidro (n = 1.52)merSulhado no ar (n-l) eÍÍ fe-
presentadonâ iìgura. Nestetrajectoexistemduas
refracçoes.ünìâ na passagem do ar parâo vìdru e
a segundadâ passagem do \'idro parao af.

De acordo com as leis da fetfacção e dâ iguâldade entre ânguìos Ìeììos rìs sesuìn-

s e n 0 r = n , , . j s, e n 0 l
a=0,r + 0,:
Defìne-sepor ângulode desvio.õ. o ânguìoforÌnadoentrca direcçãode iìrcìdência
e a do raio emergente.E dado por:
ô=0, +€,r-cr
Os prismastêm ìÌúllipìas aplicaçõcr,por cxcmpìonâ invcrsãodtlsirnagcns.Íìâ vì
sualizaçãode objectoscolocadoslbra do âlcânccde visão e coìÌo dìspcrsorc\dc ìu/.
como exemplificâmosna figura.
Qtrandoum feixe de luz br.mcaincide
nafaceesqueÍdade urÌ púsrÌìade vidÌo mef-
gulhadono ar, a maio. pafe da luz penetm
no prisma e, devido ao índice de r€fi.ìcção
destesermaiordo queo do ar,os raiosapro-
ximsm-seda nonnâI.Osraiosluminosos ao
âtingíem a face díeitâ do prismâenìe8enì
no aÍ aiàstÂndose da normal à fãce.Como
o valoÍ do índicede Íefrâcçãodependedo comprimentode onda,dentrodo prislÌa dí-
se a decomposição da luz brâncanasdilèrentescoresde que é composta.e estâsepa-
raçãoé Âccntuada na passagem do vidro parao ar.
Oum excmplodedispcrsãode luz bnnca nassuascompnentesé o arco-írisde fim do lem-
l1)Ìal cm quea Ìuz do SoÌ penetranÀsgota-sde chuvae sedìspenja,comosepodever nâ figurâ.

210
R€flexão total nos pÌismâs
Se a luz incidir num dos catelosde um pÍismarecrode vidro (n = 1.52)segundoâ nor-
mal, ver figura, atingiráa basedo prismasegundoum âogulosuperiorao ângulocrí-
tco (e. = 42 j não emeryindo no aÍ mâs sendototalmente ÍeÍlectida sobreo outro cateto
e emergindo segundoa normal a estâ face.
O interessedestefenómenoé a mudançade direcçãode 90. ou I 80" que é necessá
Íiâ em vários instrumentosde ópÌica tais como periscópios,telescópios,binoculares.

Fibras ópticas

As fibrâs ópticassão fios de vidÍo ou plástico,com uma partecenrralnúcleoou cor€


de índicede Íefracçãoelevadoem relaçãoa um invóÌucroexrerno,denominadopor bâí
nha o! cladding. Devido à trânsparênciados mejos e à relaçãoentr€ os índices de Íefrac-
ção, um raio luminosoque eÍtÍe poÍ uma das extremidades propagar-se-á até à outíâ
atravésde múltiplasreflexõ€stotaisque ocorÍeÍãoentreo núcleoe a baínha.A figura
ilustraestemecanismo,

A transmissãodâ luz aÌravésde fibrâs é uma aplicaçãoda Íeflexãototal com um


impâctotecnológicoprofundo.As fìbÍâsópticasrepresentam o meio idealpamtÍansmi 2tl
tir sinâisde vídeo,telefónicose dadosde compuÌador.Hoje sãojá comunsos cabosde
comunicaçõ€s feitosàbasede milhaÍesde fibras,o queé possíveldevidoqueràsdimen-
sõesdo seu diâmetro(da ordem ou inferior ao milímetÍo),qüer à imunidadeem relâ-
ção às inteÍf€ÍênciaseléclÍicas.que sãofrequent€snoscabosclássicosde cobrcou nas
transmissões de ondasatravésdo espaço.
A suaflexibilidadepeÍmiteâindaa aplicaçãoà medicina.Hoje sãousadasna obser-
vaçãoe na terapiade muitos orgãos,estandoem geraÌIigâdasa um circuito de vídeo
que permiteuma visualizaçãocómoda.
Lentes convergentese divergentes

As lentesfuncionamcom basena refracçãoda luz. Uma lenÌeópticaé um meio transpa-


rente limitâdo por duassuperfícies,uma curva (em geral esférica)e a outÍa pode serplanâ
ou curva. As lentes que estudaremossão as delgadas.Uma lente é considerâdadelgada
quando a sua espessuraé pequenaquando comparadacom a curvâtura das supeÍfícies,
Os parâmetrosmais importantesdas l€ntesdelgadassão:
I O eixo óptico, A Íectaque passâpeloscentrosde curvaturade ambasas facesé
designadâpoÍ eixo óptico da lente.Este eixo corta âs supefíciesda lente nos
pontosS I e 52 pÍaticamentecoincidentescom o ponto O designadopor centÍo
óptico da Ìente;
r O foco imagemFi de uma lenteé o ponto imagem,sobreo eixo óptico,de um
objectopontualsituadono infinito;
r O foco objectoF" é o pontoobjecto,sobreo eixo da l€nte,cuja imagemse situâ
no infinito:
r A distâncìado foco ao centÍoóptico desìgnase poÍ distâúciafocal;
r O centrode curvâturaC. situa-sesobreo eixo óptico a uma distânciadupladâ
distânciafocal.
As lentesdelgadasclassificâm-se em convergentes e divergentes.Uma lentediz-se
CONVERGENTE ou POSITM quândo transformaum feixe de raios paÌaÌiais parale-
los ao seueixo num feixe convergente sobreo foco imagem-Os focosobjectoe imagem
são rears-Diz-se DIVERGENTE ou NEGATM se transfoma um feixe de mios paÌa-
xiais panlelo ao eixo óptico num feixe diverg€nte.Nestaambosos íocos sãoviítuais.
Na figura representamos o símbolodaslent€sconverg€nte e div€rgenteassinaÌando
os ÍesDectivos Darâmetrcs,

212 Õs lipor de lenlesma,\comunççàooç \eguintes

lates convergent€s L€Dresdivõrgonres

A lt t / | |/
I t V fl \
ìl ]l ìl
/\ | il
| | |

V \ \ \
Bi@nvoxa Plano- Menisco
/\
Bicôncava
L]
Plmo-
1J
Menisco
-côncavâ côncavo
A formação de imagenscom leotes convergentese divergentesé simples, Bâsta re-
presentarsob a forma de raios a Ìuz que vem dos objectos e que atingem a Ìente. Como
é um meio tÍânspdente, esta Ìuz passaa lent€ e com base nas propriedadesdo foco e
centro 6ptico estabelece-seesquematicanÌêntea formação de imagens,O quaalrcseguin-
te rcsume as <regrâs>de constnrçãode imagem paÌa os dois tipos de lentes.

SITUAçÂO I
O Íâio viâja paralelamenle O Íâio viaja paraÌelamenteao
âo eixo pÍincipal, passaa eixo pÍincipal, parsa a lente,
lente, reftacta-se e coÍverge reftacta-se e drv€Ì8e segundo
pâra o fo.o à direita da lente uma directão que inleBectâ
o foco à esquerdadâ lente

SITUAÇÃO2
O raio passapelo foco à es- O râio provém do objecto
qu€rdâ, refmcta-se nâ lenüee e sêgueulna diÍecção que
emerge à úreitâ viâjâÌìdo inteÍsecta o foco à diÍeit4
âo ÍeftâctâÍ-se nâ Ìente.
emergeà dircitâ viajando

SITUÀçÃO 3
O raio passapelo centÍo O raio pâssâpelocentro
ópúco das lente não sofrendo ópúcodaslentesnão
sofrêndodesüo âpÍeciável

ReFesentação do trâj€cto dos raios luminosos através de uma lente conveÌgenle

2t3
Equâção das lentesdelgadase ampliação
Como basenâ semeÌhânça de triângulosé fácil deduzirumaexpressão anâlíticâquenos
permitacalculârâ posiçãodâ imagemde um objectocolocadoem ftente de uma lente
mergulhâdano âr (n - 1) e a respectivââmpliaçãotraÍsversâle longitudinalem relação

%i-'---

L_-, o i,rsdncjj

F_ do. d3nrcii obj.tu

L * L = L EQUAçÃO DAS LENTES DELGADAS ou dc Gauss


d . d , f

A relaçãoentÍe a posiçãodo objectoe da imagemtâmbémpode ser estabelecida


atravésda equâçãode Newton.Usândoaindââ figuru ânteriordeduz-sefâcilmenteque
x,x^ = f2
Define-seampliaçãolateralou tÌansversalcomo a r^zão entreas dimensõestrans-
v€rsasda irnagemfinal dadapor um sistemaóptico e do objecto

-. altuÌada jmagem dr =_ x;
' _
akurado obiecto d " í

Define se ampliaçãoÌongitudinalML de um objectotÍidimensionâI,diÍectamen@


Íelacìonadacom a direcçãoaxial, como

., _dx _ t, _ ^",
_ (lx"

Como é evidenteML<o o que significaque a valorcspositivosde dx. coÍrespon


dem valoresnegativosde dxi e vice-versâ,PoÍ ou[as pâlavrasa imagemde um dedo
214 que apontânâ direcçãoda leÍte âfasta-seda lente,
Tâl como Íos espelhostem de se respeitaralgumâsconvençõesde sinaisisto é. que
sinâlâtribuiràsdistânciasd umavezqueobjectose imâgenspodemestârde ladosopos-
tos da lenteou do mesmolado. No casodas lentesÌemosoue a imasemreal se forma
paraalém da lente,assim:
r d" é positivose o objecloestáà esquerdada Ìente(objectoÍeal)i
. d" é negativose o objectoestáà direitâda lente (objectoviÍtual);
r di é positivo se a imagem(Íeal) de um objectorcâl se foímâ à diíeita da lenÈ:
i ór|ÌcÀ cEoMÉTRIcA

d, é ncgalivose a inìagcnr(virtu|l) de urn objscloreal estr'r


à esqucrdudl| leÌre;
. f é posìtìvopaü lentescon\,crgcnrcsl
. l é negâLìvoparalentesdi\c[entesl
M é positìvopaÍa rs ìnìagensdiìcitaseìÌ relaçâoao objccú':
M ó ncgâli!o pafaâs irìrâgcnsiÌì\'eúidâseìì rclüçãoao objecro.
Dclinc sc polônciade urnâÌl-ntcconìoo iDVeÍsod.ì distânciafocat.EÌn (ìrrica fisio,
Ìógicâ.ìunidadeé a dìoptria.rcpresenra-\e
pelaÌcrraD e é o inìeÍsodc lnetfo.No SÌ

I (ou D)
P= m

A potêociadas lentesdereíÌin.ì \ âtrâvésda mcdiçãoda distânciâÍocat.


Prüâ.rsìentcsconverSeote\ usr se aindâo proccsÍìde Bessetcm quc se utilizâm
duasposiçõcrda lenÌcpârâoblcrduasìììagensníidas.s é a dìÍânciaentreas duas
posiçõesdr lentee d I dìstinciaobjecto-im.ìgcm.ManrendoserÌìprc Íìx.rrl di\tânciâ
obJeclo.irngcm otrtêìì-se
4d
( F € l

P râ nìcdir a distâncìafocal de lentesdìvcrgcnresusâ-sea âsÍrcìaçàodestascorÌì


lentescorìvcfgenres lòÍmandoseunì sisrenìaclepotênciap....Os
de potôncìacoìrhecidLr.
dois proccssos mris corÍcnlc\ são o das Ìcnrcscoìadasem q e p,>pd, dondep.
= P,.. P.. c o d s lentesâÍììÍadu! enì que

. I (P.dr l)
' (d, d(P.d:t)
d,
SeDdo d a distância entreâsdrâslcntes.dj a dìsrância do objecloà Ìcnrcdì!ergenle.
dr rì distânciâd,ì lenteconvergentc
À iÍnrlgemfinâl e P. â potênciâda lentcconveìlentc.
ApósestesÍudimentossobreasìeisda óptìc.Ìgeomórricâ c do compoÍanìcnroóptico
de espelhose Ìentcs.podemosestudaÍcoìÌo fìrcionâm aìguììsiÌstrumentosóplicose
cDtreesteso olho humrÌno,o inÍÍumcnro fundamenraÌque nos perÌnirc\,cr o mundo

Sistemasópticos
lì5
Olhú humâno
O ollìo hurÌìanopodc ser descrito.dc um ìÌodo muiro siÍnpÌes.conro umâ clupì,ììen1c
convergeolcou positivaque forma uma inragernrcrÌ nuìÌ.r supeúícìescnsíveìà tuz.
E conslituídopor diversaspÂÍes.que passamos a dcscrever.
O gÌobo ocuìaré aproxirÌìadamcnre esféricocom ceìaâde 25 nìÌn dc djânretroe no
seuinterìoÍ sucedeììì-se
uÌna sériede DìeioslransprÍcnlescom um dercnÌinâdoíndice
A luz entÍa Ío olho d€pois
d€ passaÍuma membranatrans-
parente a cómea(n. = l-376).
Esta limìta uma zonâ Ìíquidâ
o humor aquoso- (nh"= 1.33),
atrás do quâl se situa um diâ-
fragma com cor (de naturczâ
muscular) de abe(ura vaÌiável
a íris que conúolaa luz que
atravessauma lente o cnsta
Ìino (n = 1.40)-Seguese uma
grande zona cheia novamente
de um líquido o humor vítr€o
(n = 1.34) e por fim o ̀cep-
td transdutorde luz - a retina.

Quandoestimuladapela luz estaenviasinâiselécrricosao cérebroaravésdo nervo


óplico. A imâgeminicialmenteinveÍida é convertidapelo céÍebronuma imagemdi
relta.

Os transdutores elécúcos da retina,isto é, os elementosque Íânsformamum sinaÌ


luminosonum sinal eléctrico.sãoestrutumsdesignadas por conese bâstonetes.
A luz
que atingea retinadependeda abertuÍada íris, tambémcoÍlecida por pupila,cujo diâ-
metlo varia entre 2 e 7 mm conforme existe mujta ou poucâ luz.

A característica do cristaÌiÍo é a sua possibilidade de variar a curvatura devido à


acçãodo músculociliâr

Para uma visão nítida, a Ìuz deve refractar se de modo a formaÌ umâ imagem na
Íetina. A Íefracção mais importante,da ordem de 'ÌO%t ê a qve ocorÌe entre o ar
(n = 1.000)e a córnea(n" = 1.3?6),pois que todos os meiosapósestatêm índicesde
refracção ÍÍruito semelhantes,o cristalino por si conúbu€ só com 20 a 257o na forma-
ção dâ imagem. Como â distância cristâÌino-retina é sempre a mesma, a propriedade
mais important€destâlenteé a possibiÌidade de alteraçãoda suacurvatuÍaconsoante a
distâÍciâdo objectode modo que a imagemdestese situe na rerina.EstapropÍiedade
216 do cri\ralinoé decignada po. ACOMODAçÃO.

O estadode saúdede um olho é avaliadoquerpeladistânciamínima a que secon-


seguemver distintamentedois objectos ponto de visão mínima ou ponto póximo
- quer com a distânciamáxima de visão que corresponderáao mínimo de acomo-
daçãoe em que o olho recebedo objectoessencialmente raios paralelos.Estadistân-
cia para um olho são é infinira e a de visão mínima é de -7 cm numa
praticamente
crìançâ,-12 cm num adolescente,25 a 30 cm aosvinte anose de 40 a 50 cm aosquâ-
óculos
Miopia lentesdivergentesou negatjvas
A dificuldâde de ver ao longe oìì miopiâ deve-se ao facto de a imâgem se formaÌ
antesda retina.Estedefejtodo cristalinopode ser conigido com a associação de uma
lentedìvergenteque.abrjndoo feix€ de Ìuz,pÍovocaráa formaçãorla imagemna retina.

Otho on miopia

Í ì - ---_
- - - - - _ . -{ \ -
obi4'od,ia,k '{j, -ï5r*"-
,mgcm r()@da

knte diveÍgcniE

Hiperm€tropiâ lenresconvergentesoupositivas
EstâdeficiênciaconsisteexactaÍnente
no opostoda miopia.A hipermetropia,ram
bém conhecidapor presbitia,presbiopiaou (vista cansada>,provoia a formaçãorta
ÌmagempaÌaaÌém da Íetina imp€dìndouma vìsãocorÍectados objectosao perto.
CorÍige se esra deficiência,
devìda ao endurecimentodo cris othoconhip.@nopia

$,ïïïï,i:ïï::.ì".?;.';",.:::
õH-=tr\_
mo se podever na frsurr. pìõ'-ì;; '\,-/ ._.
'iã:i$ìi:"

Astigmatismo lentesânâmórficas

Um sistemaópticooìr o oìhohumanodiz-seastigmáticoquandonãoconseguem fa_


zer conespondera um ponto objectoum só ponto imagem,provocandoumâ perdade
nitidezna imagem.Esradeficiênciaprovémdo facroda lenteou do cdstalinonão Ìer a
mesmâdistância focal paÍatodasassecçõesprincipais.Conige-secomum sistemaóptj-
co que tenhadiferentesvaloresde ampliaçãotÍânsversalo que se conseguecom lentes
plano-cilíndricas,
esfeÍocilír ricasou tóricâ.. 211

Ampliação angular
Todosos instrumentosópricosque iremosâboÍdarpermjtemuma âmpliaçãoangular.
Define-seâmpliaçãoangulaÌMÁ de um inshumentovisualcomo a razãoenrreâ djmen_
são da imagem na Íetina quandoo objectoé visualizâdoatravésdo instrumentoe a
dimensãoda mesmaimagemquandovista pelo olho desaÌmadoà distâncianormaldo
obseÍvadorToma se paraestaa disrânciâmínimâ N (- 25 cm).
Com bâsenos esquemâsseguintesdetermÌnamos
a equaçãoque nos permitecal-
culaÍ estagrandeza.

A razãoentreos ângulos0'e 0 definidospelosraios principaisque passampelo


exÌremodo objectopermitecalcularMÁ

" , _ 0

NaaproxirÌraçáo
pffa\idlrgo =e = -f, " pon-,o
L
^, tt,N ,. d,N
'
d " L ' t l L
em quef é a distânciafocaìda lentejntÍoduzida.
Conform€ os valoresdadisr.ância
da
lenteaoolho,I, e dadistância
daimagem aoolho,L, temosexpressões
paÍticulares
pâÍa
a ampliaçãoangulaÌ

t r u " t , = . \= La " l 1J 1+ l l

iM^t.=_=ï

Lupâ
A lupâ ou lentede aumentoé uma lenteconveÍgentede pequenadistâncìafocal.
218
De unì objcctocolocâdopróxìmodí
uma imâgcmvirtuaìdireitae maiorquc o
objectocomo sc pode ver na figüra.

O cstudodâ ampliaçãoangularfbi feito com basc nuÌn siíemâ óptico i d ê n t i c oà


tupa.Dondetudo o qüc sc rcÍtriu ser válido paraa lup.r.

Oculâr€s
LJÌnaocuìaré essenciahnenlc uma ìupa que amplìaâ i.nagcmnão do objeclo inìciâI,
Ìnasdc umasuaiìÌagem ìnteÍnródiafòrììada por üm oulro sistemade lenresque ê pre,
ccdc. O oìho olha âtrâvésda ocular e esta atravósdc uìì sisteìrìaóprico slja ele rÌm
rìicÍoscópio.relescópioou binócuìo.O objecrivodo Ìrsode ocularesé mcÌhorara ill]a-
gcÍn. libeÍando-ade abcÍrúções. Ern gerala ocuì,ìré um conjunrode pclo lÌeros duas
lcÍtcs. pojs corn ümâ só ó difícil Ìnelhoraruma jìÌagem. Os.rorrJ sio ocular€sdìo-
ptrosâsiëricosdc torôncÌavariável.

Xláquinâ {btográficâ
.À nìáquìnüfotográficâtìnciona coìÌo o olho humâno.A diferençaresideno faclo da
Íclina cstârrepresentada por um fÌlìÌe e a âcomodiÌçào
do crislâlinopeìapossibììidade
dc ajustara distâncìada Ìcítc ao filme. O esqucnarepreseìrla unìa míqujna simples.
A qurLntidade dc Ìuz que atingeo filmc
a conlrohdrì por ìrm dialìâgÌÌìacìrculiÌr c
pelotempoqlrccíc ostí abeÍo. Nas nìóqui
nâs lbtográiìcaso diâ1ìagmaé conlroÌrdo
em geraÌÍodandoumaespéciede roscâjun
to à lcnlc,conìumacscalagrâduadaem 2.8,
,1.5.6.lJ.clc.Estemecanismo fcrmitc!âri.ìr
o \,aÌordo Íaio de âbeÍufa do diÂlìagnìapor
ÍormÀa vafinr a qÌranlidâdedc Ìuz âdmitida
scgundo porêìrcias de 2. Na rcaìidade. quan- 219
do sc passtìde 2.8 parâ4 o Íaio uìteroude
0.7 ou scjadc 1t CorÌìoa quanÌidadcde iuz
dcpcnde dr supedície e. no caso du cìrcunferêncìa. eía dcpende do raìo ao quadÍado,
o auìÌeDto de luz é de (\1-,r = 2.
Os nrinìeros qre reguÌam a rìbertufado diatìagnru designam-sepor tìclorc! f.
O t c n ì p od c e r p o s ì ç ã oó s c ì e c c i o n á v eO
l . v a Ì o . i 2 5 l i g ì r i 1 ì c aq Ì ì eo d i a Í ì a g n r ad e i x a
I
f ì L r \ ( . ìrru / u u t u n r e \.
I25
A designâçãode câmarade 35 mm refere_se às dimensõ€sdâ porçãode filme onde
\e formaâ imagem.ne\te(ajo num recrângulo de 15 r 24 mm.
No\ drasde hoie a Íìaiorid das maqüinasintegramum .en.or de luz e
um micropro
ces\adorque execuraâuromâticamente rodís as operaçoe5neces\iirias
d uma Íoroeràna.

Associaçào
de lenÍesna construçãode aparelhosópticos
A a\socjaçàode lentese e<pelhospermile oDlerrmrgenscom uma
amDjjfi(acàooue
uma sd lenk nào poderiadar. poçsibilirandoao olho humano_re -
r obiec,.. Ìniri,. o"_
queno'(microscdpior.ou muirolongtnquosele\cdpioe binoculo).q nu,r."ru. u.'lì_
prraçao
dd rmagemlrnalnumsi.temamuki_lenle podemsercalcutadas
â parlirda eou.r_
ção das lentesdelgadasaplicadaa câda lente funcionandoa irrragern'Oat.nte iuìs
próximado objectocomo objectoparaâ lenreseAumÉ.

Microscópio
Quandoé nec€ssárioum aumentoparâ além das possibilidadesde uma simplesìupa
de dÌrâ\ tenks con\ergenre\conformeo esquema.e renrepr.;_
lïe,l11.a.sociaçào
ìrm€.do obJectodesigna-\e
por objeclivae aquelâarÌave\da qudi ..rnor. u o.utr,.
U objectodeve\ercolocadomuitoprórimo do focoda objeftivâparagar:ìnrir
umaÊÍande
amplificaçáoe d imâgemdadapetaobjecriradeuee.rar paraaf..ï.
f".. ã" ã."t_

220

(.-#l
':í"""

Estetipo de montagemé conhecidopelo nome de microscópiocomposto.


O valoÍ da ampliaçãototal do sistemaMÂ é dadopelo produtoda ampliâçãoÌinear
ou transversalda objectivaMr, e da ampliaçãoangularda oculaÌ MÀ"
Me = Mr, M*
que Mr = -
Recordando e como na maior pane dos microscópiosa distância
f
(correspondente a xi) entreo foco imagemda objecrivaf" e o foco imagemda oculaÍf.
é 160ÍÌrn, estadistânciacorespondeao vaÌoÍ de L e no microscópioé denominadâ por
comprimento de lubo.Assim.'e a imãgemfinal .e enconrrapraricamenre no inÍrniro
e o ponropÍd\imo a cercade 25.4cm reremos M^ - tL 0]!
t t0 isa r.
l í' l" i
A r m â g e m t r n de ti n v e f l i dpâo Í q u eM { < 0 .
Umaobjectivacom umadistânciâ focalf" de 0.032m remumaânpliaçãode 5x. euando
com umaoculd de f. - 0.0254m, porlantode ampliaçAo
combinada lox, dá um microscópio
comumaampÌiação de 50x.
Um parâmetroimportântenum microscópioé o seupoderde resoluçãoque nos dá
a separaçãomínima necessáriaentre dois objectos pontuais de modo a serem discemí
veìs pelo sistemaóptico.

Telescópio
Ao conÍifuio do que sucedecom o microscópio,que sefle pâraobseÍvarobjectospequenos
e colocadosna vizirÌhançada objectiva, os telescópiosservempâm ampliar a inâgem dos
objectosÌongínquos.Sãoigualment€constituídospoÍ duaslenresjuÍÌa objectiva,lente con-
vergentede grandedistânciafocal, e uma ocularquepodeserumaÌenteconvergeÍteou uma
divergentede pequenadistânciâfocal. A formâçãoda imagem é como se vê no esquemâ
--T-<
À
Ìl

drsbte H
!t
Na prática a posiçãoda imagem intermédiaé fixa e a focagemdo ins[um€nto
taz-sepoÍ deslocamenro da ocular A imagemfinal é invertida.para os objectoslon-
ginquos a luz incidenteé um feìxe de raios paralelose â imagemforma_seno plano
focal. A oculaÍ esrámonÌadade modo a que o seu foco objeclo f" coincidâ com o
foco imagem da objectiva f". Os rajos que diveÍgem a pa(ir da imagem jntermédia
emergemna ocular paÌaleìosentÍe si. Um olho normal pode ver a imagem semaco,
modação.
A âmpÌificaçãoangulaÌde um telescópioé dâdap

0' h,/f.

Como sedevecaptara luz vjnda de objedosmuìto distantesé necessárioque a ob-


.
Jectivaterüa grandediâmetrotransvelsaj.A pânir de çeÍos valoresé difícil fabricar
tais lentese toma-seprefeaívelconstruirtelescópios
que usamcomo primeiroelemento
óptico um espeÌhocôncavocomo se vê na figura. São designados poÍ relescópiosde
reflexão.

Telescópio
Newtoniano

TeÌescópio
222 CassegÍainiano
óPncÀ GEoÀ{É'rRtcÀ

Binóculos
Os binóculosou telescópiosterfesúessão
idôìrlicosao! astronóìÌicoscom a diferençâ
do sistena de lentesestârâìojadode 'nodo
ììais compactoe por forììra:ì pernìitiruma
iììageìn direilâ.facto não muito impoÍ:ìnte
quando se observaum pÌiÌDelarnas âboÍ
recidosenìpreque setenrde ver m eÌcÍìntc
e esleâpârecede pâtâspârâo aÍ. A iìÌâgcÌn
direitâconseguc'se jüntandouma lcrcciÍâ
Ìenteou usandounì sistcmade prismas,
como se vô na iìgura.Nos sistenasmais
simplcs, comopoÍ cxeìnpìo os binóculosde
ópcÍa,ó usâdaumâ ìentedivergentecomo
ocularparasc conseguiruma iìnageÌndirei-
ta. O priìÌeirolelescópio conÍruídopor Câlileu

Aberrâçõesnâs lentes
A âberaçãoconsisteìro facto de váriosraiosquepartcmdo mcsnroponlo objeco atin
girem pontosdiferentesdâ imâgem,isto é, perdcsc a coÍespondênciiìponto por ponto
objeclo-ìmageÌn. Os doìs ripos m.riscomunsdc âbcrÍâçio\ao a esléricae a cronìática.
A aberrâçioesléÍìcânÌpÌìcâ quc ÍrÌiosincidenlespâraìelamente
ao eìxoda lentenão
convergemno foco. os mâi\ periféÍicosconvergclÌmaispertoda lentee os maisinter,
nospar.ìalóm do foco. Um modo dc diminuìr â abcÍâçio ó cohcar em frenteda lente
Ìrnì dirliâgnìa dc modo a dclìmit,rrÌ tcruÌmenteo lèixe.

A aberâçãocromáticâprovémdo facb do índicede relìâcçãoda Ìentescr depen


denÌedo compimenÌode ondada radi.Ìção. Comor lü7brancâé umâmiÍuÍadc compri
lnentosde onda. apósa pâssage'npelâ lenlc cxislc olÌt ceÍta dispcrsão.convergindo 223
prinreiroa parte!ioleta-azuldo espectro-EstâiìbeÍÍrçãopodc scÍ corÍigidaassociando
à lenteconvergente umâ dìvergentede iguâÌ dìstânciâtìrcaÌ.
LEITURA8

CélulasFotovoltaicas
efine-seuma céluÌafolovoltaicacomo um conveÍsordirectoda luz soÌâÍem ener-
gia eléctrica.A corÍenteeléctrìcafornecidaé contínua,podendos€rtÌânsformada
em âlternaou aÍmâzenada. Podedizer-sequeé umapilha solaÌqueusacomocombustí-
vel a luz: não se podemconsiderâÌpoluentese o único inconveniente que âpresenram
é impedir o teÍrenoonde s€ encontramcolocâdasde Íeceberluz solat o que pode ser
um problemase a centralfot como €m geül sucede,muito extensâ.

A primeirâ célula solaÌ industriaÌ foì desenvoÌvidapelo Laborâtóúo Bell nos Estados
Unidos em 1954.Devido à expânsãodo programaespaciâì.estâscélulâsforam Ìargâ-
menteestudadas e a crjse do petÍóleono início da decadados anos70 implementouo
uso do Sol como fonte de energìâ,

Como os sistemasfotovoltaicos são modularcs podem usar-seem pequenonúmero


e de dimensõesrcduzidasparaâlimenÍsrsistemasqueexijam baixapotênciacomoreló-
gios, cqlculadoüsou em sistemasmaiores,no âquecimenfode casa,estufase mesmo
em unidadesindustriaispequenas.

O materialmaisusadona constnrçãodascélulasfotovoÌtaicasé o semicondutoÍnâ


foÍmâ de junçõesp-n. O parágüfo seguinteexplicao que é um semicondutoÍe como
uma junção pode funcionar como fonte de coÍente eléctrica.

Semicondutores

Uma maneirade pensarna formaçãode um sólìdoé considerarque isso coÍresponde


â um processode aprcximaçãodos átomosconstituintesdesdedis!ânciasmuito gran-
des até à distânciâinteratómicâque se obseÍvano materialsólido final. Num átomo,
os estadospermitidospara os electrões(orbitâis) correspond€mâ níveis de energia
bem definidos, cuja separaçãovaria desdeâlguns eV para os níveis mais exÌeÍnos
até algunskev para os níveis majs interÍos. Quandose aproxìmamvários áromos,
as orbitais idênticasnos átomos jndividÌraìssobrepõem-seno espaço.Surge assim
uma inteÍacçãoentre os eÌectÍõesde átomos diferenresque impÌicâ vâriaçõesde
energiados níveis iniciais os estadoselecrÌónicosvaÌiam. Como a energiade uma
mesmaorbital nos átomosindividuais é iguâl e o pÌincípio de excÌusãode PÂulinão
peÍmite que mais do que dois electrõesocupemâ mesmaorbital (rendo estadosde
spin opostos),estasnão vão corresponderno sólido â N orbitais idênticascom a
mesmaenergia,mas desdobram-se em diferentesníveis de energia,muito próximos,
LEITI'&A.E .

que se diz constiluírcnlu n ì ab â n d , rA. r s i m . n u n s ó l i d o , ìd c s c r i ç à o d o s n í v c i s


de energianão se 1ìz em lerìnosde níleis discfetosmas cm l e f m o s d e b a n d t ì sd c
energia.

r,r- ./

E2---P

El- .-
Áto^o Sólido
isolado

As tÍansiçõesentre níveis electrónicosda mesmabandârequeremümâ energiâ


muìto pequenâ(infèrior a mev), Ìogoa conduçãoeÌéctricaocoÍrefãciÌmcntcsc a bandr
se cncontrarsemi-precnchidâ.Podcdevcr-seâ contribuiçõesdos eÌcctrõcsdc dilcÍcn
lcs bandasdesdequc cxista maìs do que uma bandanão lotalìÌrsnleprcenchida,No
casoem que uma bandasc cncontÍaquâsccompìclâmcntl}prccnchjda.o movinìcnlo
dos eìeclrõessob acçãode um sampo eìéclricoó mâis lìciìmenk descdto como a
rusèn(iuJe ele(rroe.,burJ(,J.,Inu\erxio se em ,eniiJoopono t puì. L,,rrentelJlJr
-se em portadoresde carga negativa(electrões)e portadoresde carga positiva

A úlÌima bandacoìÌpletaììentepreenchidadesigna-se
por bandade vaìênciâ.
Considerem-seâs duasbandascuio esqueÌnâse indicana 1ìsura

o
Bandade vaÌência Banda de valência

Se se lorneccrcncÍgìaa um clcctÍãoda bandadc valôncìa.sulìcicnlcpaÍaprovocar


226 a suatmnsiçãopârâuna bandâde energìasupeÍiordeìxândouìn buracona bandade
vâlêncià.esseefeitoé visto como a criâçãode um par eÌec!úo buraco.
O efeito fotovohaicobaseiâse nestefenómenode cfiaçãode pareselectrãoburaco
num ììaterial, sendoa energiânecessáriâobiida por âbsorçãode fotões.
Paraqueâ criaçãode pareselecÌrão-buraco que
tenhaalgumautilidade,é necessário
a vida médiadesses porÌadoresde cargâno materiâlsejasüficientemenÌelongaparaque
o seuefeìio sejasentidonas pÍopriedades eléclricas.Os semìcondutores sãomâterìaìs
se verifìcâm:é possíveÌcriaÍ pâreselecúão'buÍacoquc tôm
onde esÌascaracterísticâs
um efèito imDortanteno comDoÍâmentodo mâteÍâ1.
O esquemadas bandasmais extemasde um semicondutoÍ
semimpuÍezasencontrase repÍesentâdo
na figurâ.
t
{

Em primeira aproximaçãoele é idêntico ao de um isolânte, mas existe uma diferen


çâ fundamental: a sepaüção de eÍeÍgias entre a banda de valência e a banda seguinte,
dita de condução,é muito pequena(da ordemde I eV ou inferior),o qu€ toma fácil a
excitâçãode um elecÍÍãoda bandade vaÌênciaparaa bandade condução.IntÍodüzindo
jmpurezasadequadâs. com um electrãoa maisou a menosdo queos átomosconsÌituin-
tes do semicondutor é possívelter à temperaturâambienteporÌadoreslivres, respectivâ,
mentenegativosou positivos,nestemâterial.A concentração de portâdoresexistentes
(eÌectrões ou buracos) é aproximadamenteproporcionaÌ à concentraçãode impurezas
que lhe dão oÍigem. A importância fundamental dos semicondutoÍesestá em ser possí-
vel controlarcom precisãoo valor da condutividade eléctrica.controlandoa concentra-
cão de imDurezasintroduzidas.
É fácii compreendero pâpeÌ das impuÍezas considerandoa alteração da distribui-
ção electrónicana suavizinhançalocal. Se um átomotem no mâterialtodasas orbitais
de ligação completamentepreenchidas,o que acontecenos materiais semicondutores,a
iotÍodução de um átomo diferente (com um electrão a mais ou â menosque o átomo do
semicondutor qu€substioi) alt€Íaesseequilíbrio.Por exemplo,se no Si se substituium
átomode Si por um átomode P, com maisum electrão,a distribuiçãodoselectrõesnâs
ligaçõespassâde

onde se utiÌiza umâ projecçãoplanadasligaçõestetrâédricâs,


para
'r-3ÌnnÀ 8

Se o númerode á|omosdc ÍósÍbroìntroduzidosé suficientemenle pcqucúo.a gco


metriado mâterialiniciâl nâo ó dcs[ruídâe câda?ítomo de fósforc adopta,ìconÍiguÍÂ
çãoelectrónicaexÌemado Si que lubstjtui,lìcândoum electrâoexcedentenasÌigações.
Esteelectrãoocupauìn nível de eDergiamais elevâdo,muito poucolisâdo ao ião ió!
lbÍo de.origeme podeliberÌar-sefâcilmeDtedelc.O clcclÍãoexcedentelibeÍo da tìcção
do fõsforoé um electrãona bândade conduçãodo mâlcÍiâÌ.
Se em vc7 do P se iniroduzirB, por exeìnplo.o ìÌateriaìlica
^ z--\ c,r---ì ç,
Àt!_rÀ!'-/À!rÀ!--,À
t.ì 1..ì 1..ì.- 1..ì í..ì
v.-,--v.-----v.--.--v.--.--v !-/À
Àr!_/À\--!,-,Ã!,-/À\
..1 l..l h.l h.l hn
\ / \ / \ / \ / \ /
í.-:-ìíOÉOsrOí
exiíindo âgoraum burâcojuntodo boro.quepodelìcìÌmcntc serocupadopor uÌn eÌec-
lrio, movcndo-se o buracoparâoutroião.Nestemovimentoo buÍacolibeÍa-seda acção
do iào boro. passandoa ser ìrm buÌacoda b.ìndade vaÌónciado Si.
Se o scmicondutoÍtem impurezasque lhe
dãoeleclÍõesexccdentes. poÍladoresnegativos, @ O o O O
diz-sedo tipo n. e setem impurezasquelhe dão
^ o o O O
buracos,portâdoresposilivos.diz'sedo tipo p. o o ^ o
Uma junção p-n é umajunção obtidacom @ A o o O
estesdois Ìipos de materiâis.
Porqueos Ììateriaiscons[ituinlesdajunçãotêm confìgurações electrónicas
dileÍcn
tes, estâtem um comportamento não ìincar no que diz respeitoà conduÌividâdeeìéc
trica. Ajünção é boaconduÌoraparaum senlìdodc polaÍizaçãoque sedesignarápor dì
rl)cto,e má conduÌorapaÌa â polarizaçãoinversa.EstecompoÍâmentodesignâ-se por
rectilìcadoÍe é diÍectamenteutilizadonum díodo.Podc entender-se de formâ siÌnples
se se pcnsarcm lermosde concentrações de poriâdoresÌivres.

Quandoseâplicâumaddp negativaentreo a
o
+ t O O
lado p e o lado n. os portadoreslivrcs sãoex' @ tìpo p O O
rrfldo.do Iüdüemquee\i.l(m de lbrm.r'mnoÊ
o O Tipo n
tântee a conduçãopodeter lugar. ^ o
228 O O

No casoinverso.os electrõesdo Ìâdon sãoa1àstâdos


da zonada.iunção.assimcomo
os burâcosdo lado p. Cria se en1ãoumazonaondenãoexìstemcargaslivresquese de
signapor zonade deplexãode cargâ.Porqueo nìalcÍìaÌcÍa neulroiniciaÌrìente.os iões
quc sc mântêmfixos (áÌomosque perderamos electÍõcsou buracosassociâdos) criatì
um câmpoeléctrico,com o sinal indicadona figurü. quc sc opõc ao cânìpo eÌécúico
apìicadoc coÍrespondea umâ baÌTeirade potenciâlque os poÍt,rdorcsÌivres têm que
vcnccr parr conlrìbuiÍenìparaâ condução.
cÉLULAs
FoToYoLïÁIcÁs

No casode nãoexislirdilcÍençade po@ncialextemaapticada, existeaindaumazona


de deplexãode cârga.Estaresultade seÍemdifcrcnlcsas concentrações de poÍadores
dor dois ìados,D e p. dâjunção.Então.quandoseetèctuâajunção.os dois tiposdc por
tadoresdifundem-scpârâo ìadoondc !ão mìnoriláriosalé que o caìrìpoeléctricoâsso
ciado a estedeslocamento de caLeasejasìrficienlepâÍa sc opoí ao movimen|ode dìfu-
são.Assim,dcslocamse electrõespam o lado p e bufâcospârao lado n. Em cadaum
destesladoseÍes portadoresrecombinamsc com os portadoresaí existentesdeixândo
najuìrçàoulìa regiãoselì poÍadoreslivres,â quecorresponde unrcanpo eìéclricoconr
i me,mi d re.çin c.cnlidô Jo indj(JJo J fiËuru-cimJ.
Senìcidir luz na zonâde deplexão,levandoà cÍiaçãodc pareselectrão-buraco, eÍes
sãoimcdiâlamcnlcleparadospelo caìnpoelécúico,estandolheassociada uma correnie
eléctricâ.Quantomaior foÍ o númcrodc lb!õesincidentesmaior é â coffenteeléctrica
gerada.O apareciììrento destacorrenteeléctricâ,rcsuÌtanledü iluminaçãodâ iunção
desìgnase e1ìito lolovollâico.Se o circuito esÌiverabeÍo. o que se deteciaé o apâÍc
cimentode uma diferençade potenciâlentrcos dois ladosda junção.
Uma cóìulaiblovoltaicâé essencialmente üma assocìação dc junçõesp n em série.
Parâcadauma destas junções. a coÍÌcnlcó umâ funçãoexponencialda ddp V, entreos
ìadosp e n. que se poderepresentar e escreverdo seguinÌcÌÌodo

em queké a constante de Boltzmânn (1.38xl0 :rJK r).T é â temperatura absoìuta em


kclvin (0'C = 273K) e q é â cargado elecúão(-l.6x l0 r'C).
A expressãoanterioÍtraduzo eÍèito rectificadorda junção,correspondendo a cor
renteselevadasparaV>0 e a I = l" pârâ V<0. O vêlor de I,, dependeforlementeda
lcìÌpcraluradrjunção e da concenÌraçãode transpoÍâdores intínsecos.I, é gÍandcpara
os nìateriaiscom umapequenâdiÍcrcnçade energiaentreâ bandade valênciae de con- 229
duçt!) lgap etrcrg)).
A correnteÍornecidâr)cÌacéìuìaé âÌterudâpela iìuìÌinaçãodajunçãocom râdiação
de fìequênciaadequadapara

I = l"(e\q/fr-l )-Ì'

ondo I,râunrcDta
com o ìÌúììero de fotõesinciderÍesrâ céluÌâ.
O apaÌecimentode IÍ conespondea uma regiãode valores(YI) em que â junção
foúec€ potênciapara o exterioÍ.como figurado abaixo nâ curva caÌacteísticaI (V).

fueecidÂ

Uma céÌulafoÌovoltaicapode ser descritapor um modelo.o quâl representa


umâ

:"1:::,'ïï:1fl:::"tr"ïi;.:ï:"':;ï;:i:,ïï,
outraem sériecomo representddo
-r---é=.
no esquema. I t | |
"OIFV lI
t T t
l l Ì I

EÍiciência das célulâs fotovoltaicas

A corÍente numa célula fotovoltaica é função do número de pareselectrão-buracocria-


dos por abso4ãode luz e da eficiênciade Íecolhadestestransportâdores, isÌo é, exis-
tem perdasrcsistivas devido às rcsistênciasdo modelo anterior.
O diagramaou curvacaracteústicâ I(V) representadoanteriormente dá os parâme-
tros operacionais da célula: entÍe eles â corrente em curto ciÍcuito I.. e a ddp em cir-
230 cuito abeÍo V"" e â corÍentee ddp coÌ-respondentes à poÌênciamáÌima, Íespeclivamente

A potência ideaÌ máxima é dâda pelo produto V., L, mas vários factores afectam o
valor da potência.os quâissãoconÌabilizadospelo FâcÌorde SatuÍaçãoFS

' ' - Lrv r


'"
t"v-
sendoo produtoI,r V",ea potênciamáximâque se podeexFâir dâscélulas.O factorFS
pode ser determinâdoteoricamentea partir de parâmetrosda célula.
' cÉLrrLAsForovoLTAIcAs

Nâs céìulascoìÌc.ciaiso Íìctor FS situase enlìc 0.70 c 0.85. PaÌarm só módulo


tenr-secoÌnovaloÍcs!ípicosV.,-0.58 V fluxo dc caÍga(concntepor unidâdede úea)
J."-35 mA/cnì:c FS-0.8.AssinÌumacélulade l00cm: produr 1.6w
Como ,ì ìì,rio.iâ dâsapÌicaçõespúticas exigeìÌaioí potênciâé necessírioâs$crar
váriosììróduloscm sóne pârâ obter mrior ddp ou om p.ìr.rìchpâr.ìrnâiorescorÌenles.
A âssociação dc nóduÌos permiteatingir vâloresdâ o.dcìì do Mw
A quaììdade dc unracóluÌr dependeaiDdade uìn ouho parâDìctro dcsignadopor fac-
tof de conversâo, quc ó drdo pelaràzãoì entrea potêìrciada cóÌuh c â poiêncinrecebid.t

"".n= uï]'. *, q* P.=Ai F(À)


+ d).. A ó â írcâ da célulâ,F().)o'núÌnero

dc lìtões pof cm:, por serruDdoc poÍ unidade de compfimento de ondll À.

Bia de cadâlblào. h a constânlede Plâncke c a vcìocidudodr Ìur. Enì gcrul a cficiôn-


cia leóricaó da oìdcff dc l0%
Como se vê da exprcssãoânterìoros Ìnaleri.rissemicondutotcs lio scnsí\,eisà coÍ
da luz do Sol. iío ó âo compriÌnentode ord.ì da Ìtìdiação.Par,ìuìn dadoconìpÍìrÌìcnro
de ondaexislemmatcririsquc âhsoÍvcmrììelhorâ luz queoutìus.Malcriris colrloo âÍsc
nietode gálioe o siìícionnìoÍlosãoÌneÌhores queo silíciocrisl.rìjno.Canradas 1ìn.Ìsdo
prinìeiroproduzeìì,ì ìÌcsma potênciaque câììrdâs espessas de tilício cÍìsürìino.Par.Ì
â mesmaespessur:ì quejoga na escoih.tdo
Ìeììos Íìcorcs dc 50{):Ì. Outracafâcterísticâ
nìaleriâlé o vâlor do saltoeìÌ eÍcrgia lgdl7z'rs.gì)entre a b:ìnd.rde conduçàoc tÌ dc
valêncìa.Como s.ìbemoso Sol cmitc ÍadiâçâocoÌn unì especìrocontúÌuoc a ìadia
çãode eneryiapróximada do !aìto ú rbsorvidâconì mâiorelìciéncia.Se a energiaiDci
dcntc ior Draio.provocasobretudot|git,rçãotóflÌììcn.e a energi.ìdo Sol é desperdiçâdâ.
Tome'secomo exenìto o silício,ìmoÍlb cuja energìainterband.ìs é Ll2 cV dondesó
\c aproleitâr a paÍe do especlìocoìÌ compri cnto dc onda enlre 0.4 e Ll pììr. cuja
. h ' ^,
enerEi!-*u.rJdr.0.)ì. L. < ì leV Apru!(ir'- J. lr'q iìcir.

do visí\rcÌ e ainda parte do uìtravioìe( c inlÌalcrmclho.

O Sol como fonte de enersia

A cncÍgiasolarquerecebeÌnos pìovéìÌ do Iaclodc o Sol serum reactorde fusãoìruclear


siluadoa cercâde 150Ìnilhõesde cìuila)mctÍos d! TcÍm. O Sol é cssencialmentcconsti
tuídopoÍ hidrogénioe a iìsão nuclellrdc\lcs núcÌcosó rm processoâltrLmenÌeexoenel 23

É a;licit estaleteceros ualoìesnódìos dx cncrgiâsoÌ.ì|que âlinge.ì Terra.dependc


do nrúÌlipk)sfactorescomo lalitude.estudodc hunìdâdc do âr, períododo aìro.etc...
Conrcurúclcrindìcativopodedizer'-se quea cncrgiâsolâÍ(ÌÌìáxima"dispouívelao meio
dia soìâr.cnr dia ìínpido é da ordemde I kW m r. pâÍâunìr superfícieexposladirecta-
menloao SoÌ.
Na Ì!ì a!ÌÌoslèraestevalor é ììraior.perdendosc quase4Í)0 w/nÌr ro ahâvessartì
tmoslèra.Os prnrcipâìs1ìctoresfesponsíveispcla diìÌinuiçãodâ inlensid.ìdeda rudia-
r - È r n nse ' '. "
.t

çãoque atingeo solo são:a dilìsão pcÌrs noìécuÌasdos gasesque consritÌema ârmos
iera ou peÌaspâÍtícul.ìsem suspensão. a ÍeiÌexãodilìsa pelasgorasde águâdtìsnuvcns.
e a absorçãopoÍ gasesatìnosférìcos. csscìrcialììentepelo oxigénioe azotonos pcquc
noscomprimenlosde onda.e pelo vâpofde águae anidrìdocaÍbónisonosgrândescoÌì
primentosde onda.
A radiâçãogìobalcìueincideà supcÍlícietem porranroduasconponenres.unìadi
rectae oulrâ difusade menorimpo(ância.
Paramaxiúìzar o rendimentode unÌ paiììeìÍ-otovoìlaico. estedeveesraÍorìcnrâdo
de lormâ r recebero máximo dc Íadiaçãoincidente.Alendendoà alturado Soì e aos
râlores da Íâdiaçãogìobal mcdidoseìn Lisboa, um esÌudorrevelouque pnÍa painéis
orientadosa Sul. a jnclinâçãoideal vâria entre0,,em Junhoe 60. em Dezcmbro.No
entanlo,unr pâinelcom inclinaçãofixa â 45. permjrea recolhade 90el.dâ Íadiaçãoem
reìaçãoà iìÌcliÌÌaçãoideâI.Assinr,eìn Lisboa,paraum pâinelincÌinadoa 45,'a energia
disponívelmédiaé de 5.Ì2 kvr'h/di.r/m:.
O rendimentoglobaÌ de um sistemade conversãofotovoltaicodependeaindade
oulrosfactofescomo scjam:
! temperâturâ
da região;
{ potênciadebilâda:
4 factorde compactação ou 1râcçãode áreâdo painelquede fâctoé ocupadacoìÌ
célulasfotovoltaicâs.Podeassumirvaloresúr ordemdos 807..
Tudo isto faz com que o rendimentodo sistemase afaÍc brÍante do rendimcnto
máximo,estìmadoa paÍif do materialdâ célula.
PaÍaler um! ordcmde grandeza dâ encrgiâqüeé possível obtcrcorÌ eíe ripodc convcf
são,consideÍemos uìnsistc'Ìâdepalnéis solares comdime.sões de l0 x t0 km.A radjação inci
derteconsiderada é a globalmédiaeslimadâ pan LisboacompaiÍéninclìnados a 45,,.O Íendi
menloglobaÌeíimadoincÌuindoos diveÍsoslìcto.esé de E7..Ao iìn de uDrano,a cncrgir
eìéctrica pÍoduzida po. um taì sisrema seÍiade L50: l0r! kwh.
A títDìode conparaçÍo. podemos caìcülarâ encrgiapote.cialaÍmazcnada nurÌarÌbufcira
n . , a l epl r p ( J i JoJc p r nu ,Í l i . l J dll0 0 T c n c , r p . r d n . .."r rg ,.||.'-
I
mos ì .36x 10r kwb. IsÌosignificaqueparaproduzìra mcsnâc.erSiase leriaquces,âziara
albultÌa 1000vezescomun rendiDcnto de 100.ánaconversão cm erergiaetécl.icd.

232

Rtlidçã. sbtun út entr.n atrdí.ì.,\ oriotdat d Sul,L Â N,torìeC.v MülÌcs. R.\t\h do


I N M C , I 9 I ]L ,
APÊNDICEI

O Osciloscópio
osciloscópioé um aparcÌhoque permiteobseNarnuìÌ ecrãumâ diferençade po
tencial(ddp) em funçãodo lempo ou em funçãode umâ outrâ ddp. O clemento
sensoré um feixe de electÍõesque.devidoao baixovalorda suamassae por serempar-
tículas cârregâdas,podem ser facilmenteaceleradose â suâ úÂ.jectóÍiaaìterâdapela
acçãode um campoelécÍico.
A ddp lé se  pâÍir d.r posiçãode uma manchalumjnosaou rpot num ecrãr'ectan-
gìrlarde dimensões aproximâdas10 x 8 cÌn.A nìanchaé provocadapelo impactode uÌn
feixe de electrõ€snum ecrãrevestìdode marerialflüorescente.Umâ sériede divisões
marcadasno ecrã(âs maioresde I cm e as menoresde 2 mm) auxiliamna leituradas
cooÌdcnadasdo ponto luminoso-O rigor que se obtém é nonÌâììÌenre da ordem de
I mm. mas a precisãoda medida dependedas escâìasescolhidaspara os eixos XX
(lempoou ddp) e YY (ddp).
Como quasetodasas grandezas físicassãomcdidasatravésdc um sinâleléctricoo
osciloscópjoó utilizadoem qualquer tipo de lâborâtórioc em situâçõestão diversas
como o diagnósticonìédico,mecânicade automóveis,prospccçãomineira.etc. Sendo,
em geraÌ.um âparelhode conÌroloe observação, umacscolhajustâdâsescalaspermite
medidascom uma precisíode 2 a sEo.
O osciìoscópio,que passâremos a designârabreviadamcntc por OSC. é essencial-
meDteconstituídopor duaspartes:
& Tubo de raioscâtódicoscom ecÍã lluofescente;
! Circuitoselectrónicos.

Funcionamentodo osciloscóDio

Tübo d€ raios câtódicos€ circuito de entradâ


O Ìubode raioscâtódicos,em vidro e ondeexistevácuo,encenaum emissorou crnhão
de electrões,üm conjuntode gÍeìhase eléclrodos,dois paresde placasínetílicaspara
lelas (um de placashorizontaise outro de verticais)e um ecrã de sulfuretode zinco,
tudo dispoÍo como se pode ver nâ figura da págìnaseguinte.
No canhãode electrõesproduzse e conÌrola-seo feixe de eÌectrões.Usamse eìec
lrõesporque,paÍaaÌómde seÍemde fácil obtenção,a suapequenamassa(9.llxl0 rr kg) 235
e o factode seÍemcaÌrcgâdos ( 1.6xl0rqC)fâzem-nosmuiÌosensíveisâpequenasddp.
Um filamenÌoF de tungstónioé aquecidoprovocando,por efèito termoiónico,a emìs
sãode electrõesde um maleriaìâlcalino(cátodoC). PaÌaformar e contÌolâÍa intensi
dade do feixc (bÍilho) e aceleraros eìectrõesexisÌerespectivâmenteuma grelhaW a
potenciaÌnegaíìvo.e um ânodoA:, eléctrodoa poÌencialeléctricopositivo.A ddp exis
tenteentre€steânodoe o cárodocomunicaaoselectrõesumâ velocidadchorizontalv,.
Um sislemade eléctÍodosG e Ar coìocadosentÍea grelhae o ânodoAr permitea focâ,
lizâçãodo tèixe.
As pÌâcasXrX, e YrY, poÍ ondeo feixe posteriormente passapermiÌemfazera sua
deflexão. Quando apìicâdauÍrìa difeÍença de potenciaÌ â esÌasplacas é criado um campo
eÌéctrico que actua sobre o feixe de electrõesnuma direcção perpendiculaÌ à das placas,
deslocando-oconformea amplitudeda tensãoaplicada-A reÌaçãoentre os desloca-
menlos horizontaÌ e veÍtical e as ddp aplicadas é Ìinear

X= K,V, e Y= KtVy

K" e Ky são constantesde proporcionalidade que dependemda dimensãodasplâcas,


da suadistânciaao ecrãe da velocidadedos eÌecúões.Se o OSC é usadoparaobser-
var a variação de uma ddp em função do tempo, esta tensãoé aplicada às placas hori-
zontaisYrYr, prcvocandoo deslocâmento verticaldo feixe, O deslocâmento verticalé
proporcionâlà ddp Vy aplicada.Às phcas verticaisX1X, aplica-seuma ddp V,, foF
necidapor um circuito electrónicodesignadopor BASE DE TEMPO. A ddp aplicada
pelo circuito da base de tempo actuará sobre o feixe deslocando-o na horizonral, da
esqueÍdapara a direìta,com uma velocidadeconstanted€signadapor velocidâdede
vâÍìmento. No ecrãter-seá a ìmâgemda funçãoY(X)=Vy(t). O OSC esráa funcio
nar em MODO Y-T.
236 O esquemade blocos electÍónicosda figura na página seguintesintetizao fun-
cionâmentodo OSC desdea €ntradâdo sinal âté ao aparecimentodo ponto luminoso
no ecú. Nos parágrafosque se seguemexplica se cada uma das operaçõesrepre-
senÌaoas.
Para aÌém do modo Y-T, o OSC também permite observaÌ uma ddp vr em função
de outra ddp vr. Pam se ver vr(vr) deve-seaplicar vr ao paÍ de placasdeflectoÍashorizon-
tais (placas Y) € v, ao outro paÍ (placas X): o OSC funciona em MODO X-Y
O OSC é um apârelhoque mede diferençasde potencial devendoportantoter
uma resistênciaintema eÌevadâ,tâl como é exigido a quaÌquervoltímerro.Na maio
riâ dos OSC essaresistênciaé de I MO, podendoser aumentâdapaü l0 MC) com
o auxílio de uma ponta de pÍova apÍopriadâ,que descÍevemosno fim deste apên-
dice,

Os osciloscópiossimplespermitemobservaÌsinais até frequênciasde 20 MHz.


Os sinais à entradaYr ou Y, são sujeitos a um ou váÌios andaresde ampÌificação antes
de actuaremsobreâs placesdeflectons.A sensibilidade máximaque se obtémno OSC
é de I cn/5 mV EsteassuntoseráretoÍnadocom majoÍ detalhenum dos pÍóximospará'
grafos,

VâÌrim€nto € trlgger

Quandoseleccìonamos o modo Y-T, designa-se por vaúmento o passeiohorizontâÌdo


ponto luminosoâ velocidadeconstante.O desÌocamento começano lâdo esquerdodo
ecrãe terminaà direita.Mas quando e como se inicia?
Devido à frequência dos sinais que queremosem geüÌ observar,o vaÌrimenÌo deve
ser âutomáticoe rápido.Devido à persistência dasimagensna Íetina,não se consegu€
ver a manchaa deslocar-se, mas apenasum trâço contínuo,Se o varrimentose repete
sem interÍupção, só por mero acâso é que as frequências de vârrimento e do sinaÌ se
ajustam,e por isso os ciclos consecutivosde varrimenÌonão se sobrcpõemcoerente-
mente,provocandono ecrãuma imagemdesordenada. Estasituaçãoencontra-seexem_
pÌificadana Íigura seguinte.
Paíaque asimagensconsecutivas sesobreponham, permitiodoumavisualização cú
moda,é necessárìo um circuitode sincronismoque inicie o vârrimentodo sinal sempre
a paíir do me'mo ponto.O sincronj.moe desjgnadopor dispflroou r/rgp", . o ,e"pi._
tivo circuito estáincluídonâ zonada BASE de TEMPO.
O sincronismoé obtido a partir da
comparaçãodâ tensãoa medir Vy com
umatensãode referênciaV,, reglrÌávele
constante,designada por nívelde tìgger
ou ./rag€r lewl. No insranteem que Vy
nprr"a.l r.""_.1
é igual a V, o circuito envia à basede
tempoum impulsoe o varrimeútoinicia-
* - * * t - ' t t l | |
._-______=--_
-se pela acçãode uma tensãoem râmpa
V, de decliveconstanie,comoa da figu-
râ, aplicâdaàs placasveÍticâis.O circuitode sincronismofàz aindaa distincãoentreâs
fa'es sscendente r+i ou descendenre í , do .inâ1.produ,,rndo
o disparoparaàpena,uma
das situações.
A acçãoda tensãode vanimontoV, cessaquandoo feixe de electrõesarinseo lado
dircito. \esçe insmnteo feixe e de<!iadorapidamenteparaa eguerda e pari fora do
ecrã.O tÍaço de rerornonão é observadoporqueduranteesselapsode tempoa grelha
é sujeitaâ uma tensãomais negativâ,impedindoos electrõesde atingiro aÌvo.O ponto
lÌfminosovoltâ ao ecrãqudndoa basede temporecebeum novo impulsode tiggir- As
figurâsseguintesilustramesraexpÌicaçãopâradiferentessiruações.

238

Na primeirafiguÍa o sinal é mostrâdoa paÍiÍ de 0 V e a crescerem tensão.Na fi


gura seguinteo sinal é visível a partir de uma ddp superiora 0 V mas aindâcom deri_
vadapositivâem ordem ao tempo.Finalmentena última figura o dispsÌoé â 0 V mas
o varrimentoé mais lerÌtopermitindover um poucomais do sinal.
Nos exemplosseguinteso sinal é mais complexoe por jsso na primeira figura a
de|tÍtição de trigger Ìevel não é suficiente para se obter uma imagem correcta do sinal-
A melhorimagemresultâde umaescolhamaisconvenienleparao nível de trigqerelot)
tempode varrimento.como se ilustÍâ nasoutÍasduasfiguras,

o tipo de sincronismousado,assimdizemosqueesÌamosem modoZRlc-


Consoante
GER AUTO ou NORMAL.
. IRIGGER AUTO: o vaÌrimentopÍocessa-se peÍmanent€mente em intervalosre-
gulaÍes,mesmoquandonãoexistasinalna entrada.Com uma selecçãode vârri-
mento lento (s/cm ou alguns mvcm) é possível ver o ponto luminoso a deslocar-
-se horizootaÌmente atÍavésdo ecÍã,ParavaÌÍimentosmais rápidos,em vez de
um pontoobserva-se umaÌìnhahorizontaì,devidoà persistência dasimagensna
retina.Nos modelosmais simplesde osciÌoscópios estetipo d€ tnfger obtém-
-se usândo o controlo do trigger na posição AT.
r ?RIGG,'R NORMAL: o varrimentoinicia-sedesdeque existaum sinal de en-
trada compatíveÌ com o nível de trlg8er seleccionado.Neste lipo de rrigSel não
s€ vê nenhum sinal no ecrã se não houver sìnâl nâ entrada e exige que se regule
frequentemente o nível de trlS8arquandose obseÍvamddp diversas.

Conformea origemdo sinalde tensãoqueé usadopaÌarealizaro sincÍonismo, assim 235


dizemos que se tem o IRIGGER eír, ínodo EXTERNALoü INTERNAL.
. TRIGGER INTERNAI,: O sincronismo do írígger íeste modo é feito a partir
da(s)ddp(s) aplicadasà entradado OSC. Nos osciloscópiosde dois canais,o
sincrcnismoobtém-sea paÍiÍ da tensãoapìicadaao canâl I ou 2, consoântea
posiçãodo interíuptorTR1Gestáem I ou Iì. NestesOSC,é possíveÌestaravisuâ-
Ìizar um sinal num canal,enquantoque o varrimentoé sincrcnizadopelo sinal
aplicado ao outro canal. Parâ obter esteefeito bastater os selectoresem MOìy'O
e TRIG IL
. TRIGGER EXTERNAT: Neste modo só existe vaÌrimento quândo na entÍâdâ de
trigger externose aplicâum siÍal. E usadoqüandoo sinal de entradâestámis-
turâdocom ruído que se quer eliminare se dispõede um outlo bom sinal com
frequência iguaì ao de entrada.
A maioria dos modelosde OSC permitem a €scolhade outrasfontes paÌa o sinaì de
sincÍonismo,nomeadâmenlery e Zü{8. No modo LINE o t igaÉr é conÌândadopela fre-
quênciade alimentaçãoda rede.No modo TV o sinâl de sincronismointemo (l ou tr) é fil-
trado com um Íiltro passa-baixo(- 500 Hz) por foÌma a facilitar a visuatizaçãodo sinal de
refevisào.Algunsmodelosmajscomplexosde OSC rèmum çelecroradicionalTRIC SLL
que permite seÌeccionaÌos modosAC, DC, LF e HF que fìltram do sinal de sincroÍÌismo
respectivamentea componenteaÌtemâ,contínua,de baixa fiequênciaou de alta ftequência.

Osciloscópio de tÌsço simpl€s € duplo

Conforme se pode visualizff, em simultâneo, uma ou duâs ddp assim o OSC é de traço
sìmplesou dupÌo (DUAL TMCE). A maioriados oscìloscópios é pelo menosdr{ale
actualmenteeÍcontram-se facilmente âparelhoscom qua[o canais.
Usa-seo OSC em traço simplesou MONO, quandose pretendeobservaÍum sinâl
únicoque se aplicaà entradaYl ou Y2, iúdependentemente do sinalaplicadoà entÍada

PâÌâ se obseÍvaremsìmuÌtaneamentedois ou Ìnais sinais, na maioria dos OSC existe


um sisÌemade paÍtilha do feixe de eÌectrões,de modo que com um único tubo de râios
catódicossepossafazera visualização de váriossinais.No casode seremdois,designa-
-se por trâço duplo e deve seÌeccionar-seDUÁt. PaÌa analisar dois sÌnais de ddp vyr e
Vyr, aplicadas às entradas I e 2, o OSC possui um circuito de comutaçãoelectónica
que envìa aÌtemadíÌÍnente\r e \, às placas horizontais. Esta comutação tem de seÌ
muito úpida paü que existapenistênciadasduasimagens.
No modo DUÁ, existemdois tipo de comutação:
: Modo Alierno (ALI) a comutaçãofaz-se após cada vaÌrimento, registando
aÌtemadamenteno ecÍã Vyr e Vyr. Para que a altemância não seja perceptível o
vâÌrìmento deve ter um período inferior a metadeda pe$istência retiniana, i.e.,
a sua frequência deve ser supeÌior a 50 Hz.
. Modo Repartido (CHOP) - a comutaçãofaz-se a eÌevadâfrequência (100 kHz).
O traço de cada ddp Vy é desconúnuo,aparecendoa tracejadono ecÍã. Seo vaÌri-
240
mento se fâz lentâmente, com fÍequência ìnferior a I kHz, o comprimento do
tracejadoe a distância entre tÍaços coosecutivosé inferior ao diâmeho do ponto
luminoso, o que provoca uma sequênciade pequenostsaçospeÍcebida como uma
linha coníÍÌua.

Quando se faz a composição de sinais, paÍtindo do modo Y-T DUAL paÍa o modo
X-Y. a base de tempo é substituída pelo sinaÌ do canal 2. Dâqui rcsulta a composição
da ddp Vr com ela mesma,o que produzno ecrãumâ semirectainclinadaâ 45ô.Esta
Dode ser suDrimidaÍetomando ao modo MONO.
Regulaçõese opções

I o I I
oo

-Kffi-ï
õ trEl

As entradai e os diferentes botões de controlo estão resumidos na Íìgura ânterior que


repÍesentâa parte frontaÌ de um modelo de osciloscópio económico e bâstantedifundi-
do nos laboratórios de iniciação à Física ExpeÍimental.
Quandose usao osciloscópioa primeiraoperaçãoé ligáìo:
. POWER ON píovoca o aquecimentodo filamento e a consequenteemissãode
electrõesdo cátodo. Mas atenção,é necessárioque o apaÌ€lho estqa aümenrado
com 220 V e uma boa ligaçãoà massa.A ligaçãoà massatem por e{eitoevitar
que se desenvolvamno tubo catódicoe ecÍã tensõeselectrosúticaselevadas,
Uma luz sinalizadom assinalaquando o apâreÌhose encontra ligado.

Regulâção do ponto Ìuminoco

O esqueÌÌÌado canhão de elecüões ilus-


tra quaisos comandosoossíveis:
I INTENSITYTA grelha w' a po-
G ^
tenciaÌ negativo, repele os elec-
trões obrigândo-os a concentra-
.em-se num feixe. Regulando o 241
potencial da gelha contÍola-se o
fluxo d€ eleciões, isto é, a inten-
sidadedo feixe e portanto a Ìumi-
nosidade ou brilho do ponto Ìu-
minoso. Estas operaçõessão
efectuadascom o botão (Íegula-
doÍ de um potenciómetro)1&-
TENSITY;
. FOCUSì Os ânodosAl, À2 e 43, a potencialposjtivorelativâmente ao cátodo,
permitem acelerare conc€ntraro feixe actuandocomo lentes.A suatensãoé con-
troladapelo botão(reguiadorde um potenciómetÍo)FOCUS.O ânodoA, deter-
mina a intensidadedo campoeléctricoa que o feixe de electrõesfica sujeito,lo-
go a velocidâdefinâl com que s€ deslocam;
. TR (TracêRotatiotr)potenciómetro que regulaa horizontâlidadedo vanimento
dos eÌectrões,
AITNçÃO: seo pontoluminosofor muito brilhantequerdÌzerquç seexcitammui-
tos álomos do ecrã e qrìe se pode destrui. ness€ponto â câmadade substânciafluores-

Entradas
As entradassão as Y e a de TRIGGER EXT. As entÍadasY têm três Ìipos de acoplâmen-
to ao ciÍcuito de amplificação,ilustradasno esquema:
r DC (acoplamentocontínuo): a
ddp à entradaé aplicâda diÍecta-
mente ao circuito de amplifica-
ção;
. AC (acoplamentofÌltrado): só â
componenteda ddp variável no
tempo é aplicadaao ampÌifica-
dot a componentecontínua é fil-
tÍada pelo condensadoÍC;
r GD: a tensão de entrada não é aplicada ao amplificador, sendo â entrâdadeste
colocadaà Ínassa.Estaposiçãodo comutadoré usadasempÍeque se querajus
tar o nível de tensãozero,tambémdesignadopor linha de base.
As figuÍas seguintesilustÍamo efeitode cadaum dos tipos de acoplamento.

242

Junto de cada entradaestáo regulador de gaúo do amplificador veÍticaÌ com uma


escaÌagraduadaem V/cm, desde5 mv/cm â 20 V/cm. O ganho deve ser seÌeccionado
de acoÍdocom a amplitudedo sinalem observação. Com a alturado ecrãde 8 cm, estas
escalaspermitem â obseÍvaçãode ddp até um máximo de 160 V pico a pico.
Na escâlâde 5 mv/cm a ddp é aplicada directamenteà entradade um amplificador
de ganho 1400.Em todasas outrasescalaso sinalpassaantespor um ou váÌiosatenua-
doÍes de modo que à entradado ampìificadora amplitudedo sinal sejano máximo 5
mv/cm, Os aÌenuadoresusadossão divisoÍes de tensãoresistivos.Nas escalas50
mv/cm, 0.5 V/cm e 5 V/cm â ligaçãoé efectuadaatravésdos arenuadores AÌ. A, e Ar.
Uma atenuaçãosuplementar de um factor 2 ou 4 pode ser obtidapela inserçãoadicio-
naÌ dos atenuadoresBr e Br. A aplicaçãosimultâneâde A e B permiteâtenuâções que
vão de l/2 a l/4000. No total Dodemoster 12 escalasentre5 mv/cm e 20 V/cm.

jomv J@!
- I
1r0(llAl
-l
E--J
-l-

I
roKlla2
I
5v -]4-
- l
al
r K ll a 3
I

ParamediÍ uma ddp multiplica-seo númerode cenrímerros que o sìnalabrangena


escalaveÍtical pelo vâlor do ganhoem V/divisãoou V/cm seleccionado. Em qualquer
escalaocircuitode eDtrâda tem umaresistência
equivalenre
da ordemde I Mí). O selec-
toí de escaìâtem aindaumaposiçãoCAL ou CALIB (calibrado)que gaÍanÌeo valor do
ganhoseleccionâdo. Fora dessaposiçãoa amplitudeé menoÍdo que a real.
Ao lado dasentradâsYr e Y, exìsteuma ligaçãode terÍa.

Modo Y-T
: BASE de TEMPO, X-POS e Y-POS No modo Y-T os borõesX-POS (HORI-
ZONTAL ou ê) e Y-POS(ou1) permitemo enquadramenro no ecrãda linha
de base.O cìÍcuito da basede tempofomece,como referimos,uma tensãoV,
do tipo dentede serra.A seÌecçãodo períodoT do varimento, ou sejado perí- 243
odo da ddp em denrede sena, faz-secom o borão BASE de TEMPO (ZMt
AÁSt). Parâmedir um intervalode tempomultiplica-seo oúmerode centíme-
tÍos queo sinalabrangena escalâhorizontalpelovalordaescalaem tempo/divi
sãoou tempo/cmseleccionado. O tempoé dado em unidadesde s, ms ou ps.
QuandoV* atingeo valor V.- um sinal desviâo ponto luminosoparaíora do
ecrã.O valor mínimo da escalahorizontalpode ser alteradousandoo selector
x MAGN. O númeroque acompanhaeste seÌectorindica o factoÍ por que se
DodemuÌtiDlicarestaescala.
NIVEL de TTGCER (ZEVEL\ e DECLIVE (SLOPE) o primeìro regulador
varia o nível de tensãoa paÍir do quaÌo sinaÌé visualizâdoe o DECLM per-
mite seleccionar se a âmostragemdo sinal é no sentido dâ âmplitude crescenÌe
(slop€ +) ou decrescente(rlop€ -);
MODO de m/GGER (ou disparo):O trigger podefuncionardedoismodosdife-
rentes:NORMAL ou AUTO, já rcferidosanteriormente. No modoNORMAL o
t/€gel ocorredesdequea tensãodo atyE sejaatingida.enquântoqueno modo
AUTO o lngg€r ocorÍeautomaticamente. A frequênciado varrimentodepende
da foote de tngger escoÌhìda:INT, TV LINE ou EXTERNAL. /

Modo X-Y
Comojá referimos,estemodo é usadoparaestudaruma ddp em funçãode outÍa. Aplicâm-
-se os sinais às enÍadas Yr e Y: e seieccionase o modo no bot?ioX-Y ou HOR. EXT.
Nestaforma de funcionamentoo OSC desligao ciícuitobasede tempodâsplâcasver-
ticaise aplicaa estasa seguodaddp. Nos modelosantigosde osciloscópios exìsteuma
entradaespecialparaa segundaddp assinalada com X,

Grandezasque se podemmedir directâmentecom o osciloscópio

Ïensões contínuas
EmboravocacionadopaÌa a mediçãode ddp variáveisno tempo,o OSC tambémpode
s€r usado para medir uma ddp contínua, Não havendo necessidadede sincronismo, o
tr8ger d€ve estaÍ semprcno modo AI-ITO. A tensãode referência,o nível zero ou ÌinÌìa
de base,deve ser ajustadocom a entradado canalligadâà massâ(selectorem cND).
Com a basede tempodeslìgada,o nível de referênciaresume-sea um ponto brilhante.
Por isso é mais cómodo escolheÍ uma velocidade de vaÌrimento que produza um traço
contínoono ecú,
Ao aplicar a ddp desconhecidaà entrada do OSC, agora em modo DC. a linha de
bâse realizâ um salto proporcional à ddp. Com um erro de leituÍa de I mm, a melhor
precisãoque se podeobternum ecrãde 8 cm é de -17Ò.Paraa conseguiré no entanto
necessário que a Ìinha de referênciacoiocidacom uma dasdivisõesextremasmaÍcadas
no ecrã e que o ganìo do amplificador verticaÌ seja o máximo permitido pela amplitude
do sinal.
244 Esta é uma caÌacteísticacomum â todasas mediçõesde comprimentosfeitasno
ecÍã do OSC: paÌa maximizar â precisãode leituÍa, o OSC deve ser ajustadopor forma
a que a distâncialidâ sejâa maior possível.

T€nsõesalt€rnas periódicas

Para caracteÍizaÌ urna ddp aÌtema é necessáriomedir a sua amplitude máxima V" e
período T. PaÍa conÌìecera verdadein grandezâdâ ddp deve-seajustaÍ a Ìinha de zero,
tâl como foi descrito paÌa â medição de ddp contínuas,e seleccionara entradado OSC
em rnodo DC. Com tensõessinusoidâiso mâis cómodoé medir a tensãopico a pico
Vpp=2V". Mais uma vez o ganhodo amplificadoÍdeve ser o máximo permitidopelo
nível do sinal.
No casode sepretendervisualizaremedirum sinalde pequenâvaÌiaçãomistürâdo
com umacomporentecontínuâmuito superioÍ,a entradâdo osc devesercolocadaem
AC. Um exempÌotípico é a observação da osciÌaçãoresidualdumaddp rectificadacom
uma ponte de díodos,situaçãodescritana kituÍa 4.
ParamediÌ o períodoT de um sinalperiódico,deve-seajustaÌa basede tempoe o
r/rgger por forma a visualizarno ecrãuma figuÍa estávelcom uÍn pequenonúr4erode
ciclos compÌetos,Paraminimizaro erÍo de leitura,deve-semedir no ecrão tempocor-
Íespondente a todosos peíodos repíesentados. Com um ecrãde 10 cm de largurae um
erro de l€ituÍa de I mm, a precisãomáximaque se pod€ obter é d€ 1%, ou seja,três
algarismossignificativos.
Quandoa tensãode entradaé aperiódica,como por exemplono registoda voz hu-
manaobtido por iútermédiode um micÍofoúe,o OSC permitea suavisuâÌizâção masa
instabiÌidade da imagem não permite â realização de qualquer medida.

Int€nsidâde de corrente

tmbora funcioneessencialmenrecomovolümeúo.o OSCpodèmedirinrençidade. de


conente em funçãodo tempo (ou uma ddp), atravésda medidada ddp aos terminais
de umâ resistênciâconhecidaR, Nestascircunsúnciâs,os valoresde ddp lidos na
escalado OSC devem seÍ conveÍtidosem correntepela aplicaçãosimplesda lei de
Ohm.

Diferençâ de fas€ entre dois sinais de igual frequência

CoÍrsìderemos dois sinaissinusoidais,vr(t) e vr(t). erÌtreos quâisexisteumâ diferença


de faseíddfl de ò.

r ,ír) = rcoçí(or- O) e y.í,ì - .]cosco em que (l)- 2Tl

A ddf ó pode vaÍiar entre 180" e +180". Quandoa ddl é negativadiz-seque vl


€stáatrasadaem relaçãoa v, e quandoa ddf é positiva,que vì estáadiânladâem rela- 245
ção a v,.
PaÍa medir a ddf pode-seobseÍvar no OSC, em modo X-Í a composiçãodos
dois sinais.Com vr aplicadaà entradado canal I (Y) e v, na entradado canal 2 (X),
o ponto luminoso descreveno ecrã uma figura cujascooÍdenadasx(t) e y(t) sãoda-
das por

L !
Paradefinir a equaçãodâ trajectóriâdescritapelo ponto, eliminamosa variávelr
entreas duasequâções, obtendo-se

- ++ -=l cosó=sen:ó

que é a equaçãode um elipsóide


com os eixos principaisrcdados.
Destaexpressão podemosconcluir
que a figura é idênticapaÌa uma
ddf de 1$. Os dois casosdistin-
guem-se apeoíìspelo sentido com
que o ponto descíeveo e[psóide:
no sentidodirecto seY estiver atra-
sadoem relaçãoa X, ou no sentido
retÍ5güdo em caso contrário, Esta
situaçãosó se pode observarno OSC em modo X-Y paÌa fÍequênciasmuiro baixas.
A figum ao lado ilustracomo se processaa composiçãode sinaise consúuçãoda
elipseparaüma ddf de +45".
As figuras seguintesmostram o resultado dâ composição de duas sinusoidais para
diferentesddf, incluindo os casospaÍiculaÍes: ó=0., em fase; ò= j90., em quadra-
tuü; 0=1800, em oposiçãode fâse.

PaÌa sinais em quadratura,se â = b a elipse tÍansforma-se num círculo.


Paramedirumaddf + aÌbitÍária,deve-sefazer
a mediçãodasamplitudesYj e Y: comoindicado
naÍigura.As prop.iedadespâÍicularesdessespon-
permitemescreveÍ
tos da tÍajectória paraa elipse Ì
a cheioque I
lôl= sen r(Y,/Yl)

osc PaÍaa eÌipsea tÍacejado,aloúgâdaentreo 2.'


246 e 4.' quadrantes,
a ddf é dadapor
l0l= 180.-sen1| (Y,/Y1)
À difeÍença de fase pode ser iguâlmente me-
dida com o OSC em modo Y-T, se bem que neste
modo a leiturâsejamenoscómoda.Conhecendo o
peúodoT comumàs duasddp, mede-seo tempoa
de que v, se encontraadiarÌtadaem relaçãoa vr.
Vementàoô=160"+
Medição dâ râzão de frequências de dois sinâis - figuras d€ Lissajous

Quandose realizano OSC em modo X-Y a composiçãode dois sinaissinusoidaisde


frequênciâsdiferentes,

.r =Ácos(ro.+ô0.) com f,= or,/2T= 1/T,


J = Bcos(oi+d0,) com í= (n,l2T = l/7,
como a frequênciados sìnaìsnão é a mesma,a trajectóriada manchados electrõesno
ecrã não é uma figurâ estável,a não ser que a Íazão entre as frequênciasseja um número
inteiro ou uma frâcçãoracional.Nestascondiçõesobtêm-seas conhecidasFIGURAS
DE LISSAJOUScuja forma característica dependeda Íâzãoentreas frequências dossi
nais e do vaÌor dâ diferençade fasejnjcial, Aôo = ótu -Òo|
Nas figurasseguintesilustram-seúlgunsexemplosde figurasde Lissajousforma-
dâs DdradiferentesÍazõesde freouências.
fr :L

Z rì ><E
qz

L_./ N
fx

2:3

a
l:l

mE
õ

1:2 7-l
f-=.-l D F
mn
txl
1:3
tr tr
Seconhecermos
paftir da expressão
F<
H
uma dasfrequências,
g b<>4
podemosmedir a frequênciado oütrosinal a

í _ n." de aÍcostângentesao eixo horizontal


/; n." de arcos tangentesao eixo venical
No lâboratório é muitas vezesdifícil obter
uma figuÍa de Lissajousperfeitamenteestá-
tica. Isto deve-seao factodasfrequências oão
obedeceremexactamenteà râzão teórica pelo 247
que a ddf inicial nãoé constante,variandono
tempo. Este efeito dá a sensaçãode se ter no
ecÍã uma figura cilíndrica a rodar A figura
ilustraestasituâção,
A formaçãodasfigurasde Lissajousnão
é om prìvilégiodos sinaissinusoidaiselécú-
cos de ddp, formam-sesempÍe que se tem
umacomposìçãode movimentososcilatórios.
Pontade prova
A ligaçãoentreo ponto do circuito onde se quer medir uma ddp e o OSC é, em geÍal.
feita atÍavés de uma PONTA DE PROVA. Estâ é constituída por um cabo coaxial em
que uma dâs exkemidades aprcsentaum contâcÌo em foÍma de gaÍrchoou crocodiÌo e
a outÍâ uma ficha compatívelcom a entrâdado osciloscópio.Um cabo coaxiâltem a
constituição aFesentada no esquema.
Na ponta de prov4 o potencial de re-
ferência, a massa,encontra-seligada di-
rcctamenteà massado osciloscópio. Por
isso,nosOSC com maisde umaentrada,
os terminais de refeÉncia sãocomuns. Esta caÌacterísúicadeve ser tida em conta quando
se pretendemobservÍÌí simuÌtaneamentesinâis provenientesde vários pontos do mesmo
circuito.
A impedânciade entradado OSC vista pelo ciÍcuito sob teste deve seÍ gÍânde,
para não retirar qualqueÌ corÍente a este e poÍtanto não perturbara medida. Ora a
resistênciade entÍada de I MO associadaem paÍalelo com uma capacidadeda
ordem de 20 pF é poÍ vezesinsuficientepam garantir a fidelidade da medição.Para
evitar este probÌema inseÍe-s€uma rcsistênciade 9 MC) em série com a ponta de
prova,

'i

A estaresistênciaé associadauma capacidadeajustadaao valoÍ do paralelo da câpa


cidade de entÍadâ com a capacidadedo cabo coaxial por foma a obter um ciÍcuito divi-
sor de tensãopoÍ 10 paÌa todas as frequências.A impedância de entÍada do osciloscó-
pio atÍavés da ponta de prova seú 10 Mç! em pamlelo com alguns pF.
Em ceÍtas pontas de prova existe um comutador assinalâdopor lX ou lOX que per-
mite a inserçãoou não da resistênciade 9 MO. Quaúdo se usa uma pontâ de prova com
248 atenuaçãode 10, todas as leitums de ddp feitas com o OSC devem ser multiplicadãs por
10, e a sensibilidademáxìmâ deste passaa ser de I cÍn para 50 mV
APÊNDICE2

Multímetros
s instÍumentosde medidahabitualmente usadosna mediçãodasgrândezas eléctri-
cas- intensidade de corÍente,diferençâdepotenciale ÍesistêÍciaeléctrica,d€sig
nam-se Íespectrvamentepor ampefmetÍos, voÌtímeúos e ohmímetros. Um multímetro
é um aparelhoque reúne num mesmocorpo estastrês funções.Em relação ao osciÌoscó-
pio, que é um outro instrumento de m€dida de gmndezaseÌéctricas (ver Apêndice 1), o
muÌtímetro tem a vanÌagemde ser de menorcsdimensõese fácil transporte.Aléú disso,
a suautilizaçãoé bastantemais simplese é mais pÍecisonas mediçõ€srealizadas. No
entanto, um multímetro apenâsmede o valor de grandezasconstantes,ou o vaÌor eficaz
de grandezascom vaÌìaçãoperiódica,pelo que não permiteacompaúaÍ a evoÌuçãode
grandezasao longo do tempo, como faz o oscìÌoscópio.
Os multímetrossãode dois tipos:
r ANALÔGICOS sensíveisà correntequeos atravessâ. Indicamo vaÌoÍ da me-
dida mediante a posição de um ponteiÌo que se pode deslocaÍ contiouamenteso-
bre uma escala:
: DIGIrAIS - s€nsíveis à tensão aos seus terminais. Fomecem directamente o
vâlor numéricodo rcsuÌtadoda medida.
Começamospor analisar o comportamentodos multímetros analógicos,se bem que
actuâlmentese usem quaseexcÌusivamenteos digìtais, cujo funcionamentose baseia€m
circuitos integrados.Os multímetÍos digitais possuemmelhorescaÌacteústicâsque os ana-
lógicos e o processode leituia é mais fácil e preciso,poÍque se lê um númem em vez da
posiçãode urna aguÌhaem face de uma escala.Contudoexistem medidasmuito sensíveis,
sobretudode corrente elécúca que exìgem ainda o recurso aos muÌtímefos anatógicos.

Multímetro analógico
GalvanómetÌo d'Arsonvâl
Os medidoresanalógicosfundamentam
se em gerâl nâ medida de corrente (tipi
camente com um valor máximo de
37.5 p.A ou 50 pA) realizadacom uÌn

(tr
galvanómeÌro de quadro móveì do tipo 249

Neste gaivanómetro, a coÍÌ€nte cuja


intensidadese quer medir é obÍigadaa
âtravessaÌo enrolamento de espiras co-
lV-'
locadas no interior do campo mâgnético
produzido pelo imã. A acção do campo
magnético sobÍe a corrente nas espiÍas
traduzsepor um bináÌioque leva àrctâ-
ção do quadromóvel. Estebinário.que é propoÍcionalao vâloÍ dâ intensidade da cor-
reÍÌte,é equilibradopor outÍo binfuio simétricoproduzjdopela deformaçãoangularde
uma mola enroladaem espiral.Destaforma, o deslocamento final sofridopela agulhâ
na escalafica, pelo equilíbriodasinteracções envolvidas,p.oporcionaÌao valor da cor

Vejamos em teímos físicos, observando


o esqüemado gal!anómeLro. como çe pro
ces\aa medidae como \e garânrea propor
c i o n a l i d a d e e n larceo r Í e n t e e od e c l o c a m e n -
to angulai.
O binário €lectromagnético, Íesultânteda
interacçãoentre o campo B do ìmã e â corÌente
i queâo_ave\\a a5e\piras/com a di\po,içáoda fi-
güÍa\ é dadoVn M = nilN2.r. = niBd em que / e
I sãoas dimensõesda espira,lÌ é a suaáreâe n
é o númerode espiÍas.
O bináriomecânicode restituiçãoda mola é proporcionalao deslocamenlo
angular
sofrido0 e vem dadopor M= 10, em que /í ó a conÍante mecânicada mola.
No equilíbÍioos dois bináÌiosisualam se
^ nBtl

O deslocamentoanguÌar da agulha 0 é proporcional à intensidadeda correntei, peÍ-


mitindo a suamedida.
As vaÌiáveisque influenciâma sensibìlidadedestetipo de instrumentosão:
r o campomagnético,limitadopeÌasdimensõesdo imã permanente;
. â áÌeadasespirâs.limitadapelo espaçodisponíveÌ;
I o númerode espjÍas,limitadopelâexigênciada Íesistênciado apa-
relho ser o mais baixapossíveÌi T
. a constanteda mola,limitadapelapropriedâdes thk"
I
dosnÌateriaisutjli-
zâveis.
Tipicamenteestes galvanómetrostêm uma resistênciainterna de
Rc=26704 e para uma correntede 37.5 pA a agulba sofre deflexão
Y
máxima.O símbolode um galvanómetroreal estárepres€ntadono esque,
250 ma, em que(tÍepresenta um galvanómeÌroideal de resistênciaintema
nula.

Amperím€tro analógico
Paraa mediçãode corÍentesusa-seo galvanómetro quepâssaa seÍ designadopor ampe-
ímetlo, Associando ao gâlvanómetro resistênciasem paralelo, teremos um amperíme-
tro com a possìbiÌidade
d€ mediÍ correntessuperioresa 37.5 !.A e construirum ampe-
rímetro com diversasescalas.O esquemailustra a constituìçãointernade um
amperímetrocom cinco escalas.
A selecçãoda escâlaé feita mecanjca-
mentecom o auxílio de um comutadorque
introduzem paÌalelocom Rc asresistêncjas
apropriadas.
Quândose quer medir a intensidad€de
umâ corÍenteeléctricaestadeve passarno
interior do ampeímerro,dondeeste dever
ser colocadoem série no ramo em que se
efecÌua a medição. PaÍa não alterar o vâÌor
dâ m€didaâ resistênciâ intemado
ampeúmetÍoideal deve ser nulâ.
Estas condiçõessão igualmente
válidaspaÍâ os âmperímetros digitais.
O esquemarepresentao símbolode um amperímetrocom a resoectiva
rc'isrênciainrema.O .rmboto@ repreçentao amperímelroideal.

Voltímetro analógico

A deflexãoda agulhanum galvanómetroé devidaà passagem de correntenasespiÍas.


Como o galvanómetrotem uma cena resistência,
a estâpâssagem de correnteestáas,
sociadauma ddp, Vc = IcRc. CaÌi-
brandoo deslocamentoanguÌârda agu
Ìha do gâlvanómetroenì volt passâmos
â ter um VOLTÍMETRO. Um volríme,
tÍo com uma escala de I V obtém-se
âssociandoem série com um galvanó-
metro de 50 pA uma resistênciade
20 kQ, vìsto que 20kox50pA = lV i
Para se l€rem várias escâlasassociam
-se ao gaÌvanómetrováriasÍesistências

No esqu€mailustra-seâ constiÌuiçãointemade um voltímetrocom váÌiasescalas


construídoa paÌtir de um galvanómeúode 50 pA com resistênciaintemade 2.2 kO.
Como a corr€ntede fim de escaiaé semprea mesm4 a resislênciaintema tem neste
casoo vâÌor de 20 kO por volt da escala.
A medição de uma ddp entre dois ponros de um circuito faz-se colocando o voltí-
metÍo em paralelocom o ciÍcuito.Um voltímeúoé bom quândonão coÍsomequalquer
coÍente do circuitosobmedidâ,isto é, quandotem umaresistência in-
tema infinjta (voÌtímetroideaÌ).Assim,sempÍeque seusaum voltíme-
tro dìgìtal ou analógicodeve controlâÌ-secom um ohmímetroa resis
tência internada escaÌaescolhida.Um voltímetrorepresenÌa-se
esquematicamente como se indica na figura, em que O é o símbolo
do voltímetroideaÌ.
Ohmímetro anâlógico
Um voltímetro pode ser utilizado como ohmírnetro. Associândo uma pilha ao I
circuirode uma resi5réncia conhecidaem senecom a re.isrènciadeçconhecida. A
podemos medirâ ddp nestedirisorde tensàoe assimmediro vatorde.sare- Y
çisténcia.O\ ohnúmeúospermiremmedir resisrèncias de zeroa dezenasde me-
gaohm.O seusímboloé como se indlcana figura.
No esquemade ohmímetro que se segue,a resistênciavadável R, ajustável exter-
namente,permiteo ajustedo zero(tensãode fim de escalaou VÍ"), tendoem atençãoo
valor da ddp da piÌha oiilizada. Este ajuste é feito antes de cada mediáa ou sempreque
se muda de escala,colocando as pontâs de prova do ohmímetÍo em cufto-circuito.

Feito o ajustede fim de escala,e considerandoo voÌtímetro como ideal (R, + R > R)
entãoa ddp aosterminaisde Rr, eÌn que R = Rì ou Rr, vale

v - v .. R , R
- Rr
O valor da resistênciaRi determìnaa escalacom que se mede R,, No esquematêm-
-seduasescalascontÍolâdaspor Rr e Rr, Em qualquerdoscasos,â ddp medidaaosteÍ-
minais de Rr vâria entle 0 e Ví". Quândo R, = @ toda a tensãoda pilha é âplicada a R",
a ddp em Rr é nula e a agulhanão se deflecte,ângulode 0'. QuandoR, = 0 Ìodaa ddp
ficâ âplicâda em Rr e então a agulha sofre a deflexão máxima, por exemplo de 120',
qu€ é designadapoÍ fim de escala.Paravaloresintermédiosde R" têm-sevaloresde
ddp em Ri, dados pela expressãoaÌltenot que não corÍespondem a uma escala linear
nem logaÌítmica. A escala do ohmímetro analógico, Íepresentadana figura, deve ser
constuída com base numa tabela do tipo seguinte
252

0 I 120'
RJ v2 60'
2R, 1t3
]R, v4 30'
l0Rj 1^l 10.9"
t00 Ri vlol |.2"
Multímetros

Em geral as tÍês funçõesde amperímetro,voltímetrc e ohmímetroencontram-seins-


tâladâssobreum mesmogalvanómeÌroe selectoresmecânicospermitemescolhero
tipo de lunção e a escala.Estesâparelhosdesignam-sepor multímetrosanalógicos
e a medidaoblém-secom bacena deflexãode umâagulhaem frentede umâescala
convenientemente graduadaem volt, ampereou ohm. PaÍaeliminar os errosde parâ-
Ìâxena leitura da posiçãoda âgulha,estesinstrumentosdispõemde um espeÌhpauxi-
liar. QuandorcaÌizadacom cuidado.o eÍo de leituÍa vale metadeda menor divisão
que se pode estimar na escala.Os valorcs
numencosnas e.car$ rnarcamo arcance
máxìmoda mesma.SEMPREque se laz umr
m e d i ç à od e v e r e i e c c i o n asÍ e p r i m e i r oL
e\cah de maioralcancee 50 d seguiÍcomu.
tar parae.cala.de aìcanceinferiorde modo
à ìeitura se fâzer com â agulhano meio do
mo'lrador.Quandose sujei!âumaescalaâ un.
valoÍ excessivode corrente,em geÍal o fusí
veÌ do multímetro<queima)ou pode danifi-
caÍ se a aguÌha.
Como para medir resistências é necessá-
rio uma lonre de tensàoeçle. aparelhostèm
umâ pilha. Por isso, quando não uÌilizados
devemsersempredesÌìgados. Os muÌtímeFos
analógicostêm igualmenteum ajustede zerc
que deve serreguladoantesde uma medição.
A figura iìustrao aspectofísico de urn mul-
tímetro,

Multímetro disital

253
Os multímetrosdigitais reúnemigualmentenum só apaÍelhoa possibilidadede medir
peÌo menosddp, coÍentes, alternasou contínuâs,e resìsÌências. O resultadoda medi-
ção é um númerc. São em geral muito mais prccisosque os anâlógicose permitem medi-
dasrnaisrápidâse cómodas.Não possuindopaÍtesmecânicas o aparclhorcsistemelhor
quandosujeitoa corcntes elevadasou de polâÌidadeinveÍtida,situações que provocam
nos analógicosmovimentosbruscosda mola, por vezesfâtaisparaesta.Os digitaisdão
o Íesultadoafectadode sinal quandonãoestãoÌigâdosde âcordocom â polaridadedo
O funcionamento destesmultímetrosbaseia-se
em circuitosinÌegrados,
nãoexistin'
do qualquerpartemecânica,paÌaalémdo selectordefunção.A figuÍa apresentaconjun
tamenteo aspectofísico de um multímetroe o diagramade blocosde um ciÍcuito de
entradae medida de ddp.

A<1, os gânhosvaÌiamem geral


A ddp V^ a mediré âmplìficâda,A>1. ou atenuada,
por factoresde 10.A sâídado âmplificadortem-seum rectificadorque actuaconsoante
a naturezâdo sinal e do modo selecionado.AC ou DC.

Modo DC:
r V, é contínuae positivao rcctificadornão actua;
. V* é contínuamas negativao ÍectiÍìcadorÌimita se a inveíer o sinale simulta-
neamentegeÉ o sinal no visor.
Modo ACi
r V, é alterna,carácterassinaladocom selector,o rectìfìcadoÍproduz uma ddp
contínuade valor idênticoao RMS do sinalde enrada.O inteÍvaÌode frequên-
cias em que o rectiicador actuade modo linearsituâ-seem geraÌenÌre- l0 Hz
e -5 kHz.

254 EstasúÌtimas consideÍâções tambémsão válidas para os multímetrosanalógicos


funcionando em modo altemo ou AC,
A saída positiva do Íectificâdor é aplicada a um conversor analógico digitaÌ
ADC. Este pode ser de vários tipos, funcionandodo seguintemodo: Um circuito de
controÌo gera um sinaì de ddp u(t), em Íampa, decrescenteno tempo; este sinal é
continuãmentecompâmdo com V, e quando são de igual ampÌitÌrdeo cìrcuito de
controlo dispara um geradorde ftequênciafixa que emite impulsos até ao instante
em que u(t) se anula. O númerode sinais produzidosé por isso proporcionalà am-
pliÌude de V, e é este númeÍo que ó contado e afixado no visor. Nestecaso o erro
de leitura é a menor unidâde que se pode leÍ no visor Para minimizar este erÍo
deve selecionâr-sea escalaque proporcionao maior númerode âlgarismossignifi-

Como vimos, o processode mediçãonum mÌrÌtímetronão é instantâneoe por


isso se observa por vezes uma flutüação descontínuade valores quando a gran-
deza é variável. Os multímetrosdigitais permitemmedìr em geral ddp no intervalo
l0r a l0r V e parâ um intervalo de frequênciasde 50 Hz a algumas centenas
de Hz.
O ciícuito descritoé faciÌmenteadaptadoà leiturâde intensidades de corente, bas-
tandopâÌâissofazerpassara coÍÍenteâ medirâkavésde umaÍesistênciainteÍnaconhe-
cidâ e âpÌicâr a ddp gerada à entrada do amplificador Tipicamente estes multímeEos
medemcorrentesentÍe l0r e I A,
Se bem que o aparelhoideal devess€ter resistênciaintema infinita no caso do
voltímetro € nula para o amperímetro,mesmo os multímetÍos digitais apresentam
vâloÍes que não são os ideais, esp€cialmenteos de baixo custo. Antes de usar um
muÌtímetÍodeve semprccontrolar-secom um outro o valoÍ dasresistênciâsinternas
de cadâ escalae anotaÍ os seusvalores,para eventuaiscorrecçõesàs mediçõesrea-
lizadas.
O erIo que se cometenuma medição,devidoâ não consideraÌa Íesistênciaintemâ
da escalaseÌeccionada, é do tipo sistemáticoe pode seÍ eliÍìtinadose medido.
Paramedirresistências os muÌtímetrospossuemum g€radoÌde corÍente.Quandose
queÍ medir umâ resistêncialiga-seas extremidades da rcsistênciâà enúadaassinalada
com ç) e, mais umavez,o que semedeé a ddp criadapelapassagem da corÍenteconhe-
cìda na resistênciaâ medir Existemescâlasde 0.1 O â 20 MO. Quândoa bateriaestá
descarÍegadaaparcceno visor a ìndicação de 14, BaÍ1ery,
Quando se usa o multímetro na função de ohmímerro, o botão DC/AC, respectiva
mente assinaladopeìo símbolo HIV e LOV, Ealanteque a ddp apÌicadaé inferioÍ a 3 \,
na posiçãoOUT ou inferioÍ a 600 mV na posiçãoIN. Estâopçãoé importantequando
se lê a resistência
de componentes sensíveisà ddp,como paraa geneÍalìdade dos semi-
condutores,Nestecaso,usandoo selectorem IN (LOy), gaÍante-se que a tensãoapli-
câdaé inferiorâ 0.6 V e por issoinferiorà ddp de polaÍizaçãoda generalidade dossemi-

".-
Quando s€faz uma mediçãode ddp ou correntedeve seleccionaÌ-sesempreprimeiro
a escalade maìoÍ alcanceparade seguidacomutaÌparaa escalaque nos permiteter o
maior númerode algarismossignifìcativos.
Dois fusíveis,um paracoffentesbaixas(<2 A) e outÍo paracorreÍtesmais eleva- 255
das(> 2 A), protegemestesapaÌeÌhosde coÍrentesexcessivas.
APÊNDICE3

Fontesde Tensãoe de Corrente Eléctrica

Fonte de tensão

ma fonte de tensãoé um disposìtivoque estabelece uma diferençade Dotencial


\J âosseusteminais, independentedâ resistênciado circuito que alimentâ,ou s€ja,in,
dependenteda coÍrente debitada.Por isso uma fonte de tenúo ideal não tem resistência
intema, As fontes reais apr€sen-
tam sempreuma resistênciain-
temâ ainda que possaser muito
pequena (algumas vezes de ape,
nas I mO). Os gráficos apre-
sentamas cuÍvas caÉcterísticas
de uma fonte ideal e de uma fonte
reaÌ com indicaçãodâ forma de
calcuìara suaresistênciaintema.
Uma fonte de tensãopode ser altemaou contíÍua, consoanÌea tensãofome

n
I cidâ varia ou não com o tempo. Urna fonte de tensãoreal é reDÍesentada
mcìdelodo esquemaao lado em que os símbolos --{D-
DeÌo
ou --!(-v)...-
Íepresenrâm Ìrmafonte ideai.A) fonte\ que fomecem-ddpvari;ivelndÍmoo
I l&- sáo iguâlmenre de\rgnadaspor geradoresde sinais.
ï
q, Na apÍesentâçãode uma fonte de tensão, quando não se men_
cionâo valor da suarcsistênciaintema,entãoela deveserconside-
I radacomo ideal.
Ì

l.
São exempÌos dos dois tipos de fonte de tensão:
CONTÍNUA - as pilhas (símbolo represenradoao lado), as fonres
<electrónicas>em que a ddp é obtida a paÍir da rectificação e alisa_
mentode uma ddp altema.
r AITERNA - os dínamos,a rensãofomecida pela EDp (rede de disúbuição de
electricidade), gerâdores.
Existem muitos tipos de fonre de teúsãocontínuâ que podem ser usadosno labora-
tório. Um modelo adequadod€ve ter as ddp de mais fÍequente utilização como sejam 25' 7
duastensõesde t 5 V e duasddp de saídâsimétricase reguláveisVp. isro é, quando
uma é +V! a outraé -Ve. O ajustesendofeito com o mesmopolenciómetroDermitea
\ âriaçáoenre 0 v e I t2 ou r t5 V. diferençasde porenciajnices<áriu"pu- àtirn.nr-
transistorese amp op. As saídasda fonte devem situar-se na paÍe ânterior, assinalada
a vermeÌhoa positiva,a azul a negativae os terminaislìgadosà massa(0 V de refe-
rêúcia)a preto.
A estâsfontes pode estar associadaÌlmâ basede contactosque Dermitemontar
prordripos de circuiÌoseléctricos.Neçrabasepodemrer-seiguaìmente disponíveis
as ddp referidas.Os contactoseléctricosdestasplacassãoem geral como os definj_
dos na fjguÍâ, teÍdo sido feita uma escolhaaÍbitÍáía paraas lìnhasde âlimentação.

ii l
I üreó6 6ic8s condadd
il r.MãBneá@s
rd-o Ei iil
Ìr-o rt ii

qs
t._;......1
6,!til Ex.npl6 d. rlsuú ligqò.r hoÌizooÉn.
càô sDpo d. 4 oDkd êú ut do
iítlrìeDG, 'B or gaDG sft Eoet

Existem iguâlmente muitos tipos de fonte de tensão variável no temPo (gemdores


de sinais).Daaos o exemplode uma fonte coostruídano Departamentode Físicadâ

rddïsú
sdúúM

viE]/
/ Íaquhis @ ch! . ú! hq
,/nfu'n.qúE[dE

(úeóstl'(e)
-A-
à v \ Lta: I l
L:I

25u

Faculdade de Ciênciâs de Lisboar que pode fomecer duas ddp sinusoidais (principal e
secundária),uma ddp trianguÌâr e duas ddp quadmdas,todas com frequência ajusiável

I cêrador de Funções,y,S. Oliveirãe J. soúsa Lopes,Güe1a de Fisicâ8 n.'4 (1985),p l36-139


entre5 Hz e 50 kHz. A amplitudedasfunçõesÌriângulâÌes e sinusojdais
é ajustávelentre
0 e l0 V A faseda ondasiDusoidalsecundáÌia, parauma frequônciavizinhade I kÌlz.
pode variar entre0 e 180. relativamenteàs restantesondas.Umâ das funçõesquadra-
dast€m uma amplitudefixa de 15 V e a outÍa regulávelentre0.1 e 4.5 V Um nível de
tensãocontínuopode ser adicio-
nado à ddp sinusoidalprincipal.
O contÍoÌoextemoda frequência
permite obteÍ um gerador de
vârrimento.A figura da página
aúteriorexpÌicitaas saídasbem
como os potenciómetrosde con-
trolo e o selectorde frequência.
À figura ao lâdo ilustra um
gerâdorde sjnâiscomercial.

Fontede corrente
Uma fonte de correnteideal forneceuma coneniecujo valor não dependeda ddp aos
seusteminâis, porquetêm uma resistênciaintemainfinita. As fontesde coÍrentercais
não mantêma ddp constanteporqueapesarde teremuma .esislênciaelevada,estânão
é infinita. Os gráficos apresentamas
curvas caracterísÌicasde uma fonte
ideal e de uma fonte real,com indica-
ção da forma de calculaÌ a suâ resis-
Ìênciainterna.

coÍÌente pooem

continua ou cle
corÍenaevâriável
no tempo, uma
pelo modeloda figuÍa em que
Ionte de coüenterealrepresenta-se
o símbolo -_Q- representauma fonte de coÍÌente ideâI,
SãoexempÌosde fontesde correntea célulafotovohaica,fotodíodose o tÍansístor 259
O gerador de sinais descrito anteriormente inclui umâ fonÌe de conente que pode
ser constanteou variável no tempo. A coÍente é propoÍcional à tensãoaplicada ao ter-
minal de controloVr do esquemado referidogerador.O coefici€ntede pÍoporcionali-
dadeé I mA./V= I mO 1-A correntefomecidaestáem fasecom a ddp aplicadae pode
variâÌ no inÌeÍvalo[-10 mA, l0 mA].
As fontesde coÍÌentemais vulgaresque existemcomercìâÌmente são capâzesde
fomeceruma correntemáximade 0.5 A, ExistemoutÍâsfontesque fomecemcorrentes
de 3 ou 6 A denlÍode curlo5aindarazoá\eir
APÊNDICE 4

Medidoresde Comprimento

Nónio

am se obter na medição de comprimentos com uÍÌú régua graduâdauma precisão


superior a m€ia divisão da escala priocipaÌ âssocia-sea esta uma seguodârégua
deslizante, o nónio.No nónioestãoÍrìarcadas r?divisõescujo comprimentoé equivalen-
te ao de ,r -l divisõesda escalaprincipal.Destafoma, cadadivisãodo nónioÌ é menor
que o comprimentode uma unidadea dâ escalaprincipal,e o seuvalor é dado poÍ

n), = (n -1)a n-l


ou ) =

A marcazero do nónio designa-se por LINHA DE FÉ do nónio.


Quando se mede um comprimento que não coincide exactameÍte com uma divisão
da régua, o valor da grandezâ será um númem inteiro de divisões da escala DrìnciDal
maisuma fracçãode divisãoâ delermrnaÍ.A figuraampliddade umae\catamiiimeLrica
exemplifica esta situaçâo.

, r l r r J r l rl
-fr
i-;y----: 10

Se a úgua tiver associadoum nónio, x pode ser esrimadocom maior precisãoobser-


vando o ponto em que uma divìsão do nónio coincide com uma divisão da escalâ.Su-
ponhamosque isso ocorre pam a divisão I do nónio. Nesseponto tem-se uma igualdade
de dois comprimentos (indicados na figura), um que é dado poÍ la na escaÌaprincipal, e
o outlo que é Ì+/), no nónio. Assim, âtendendoao valor das divisões do rónio, tem-se
261
L

Tudo se passacomo se o nóoio amplificassea escalaprincipal,dividindo a unidâde


d em n subdivisões,mas evitândoo incómododa leirurade um tão grandenúmeÍode
traços numa escala(alguns sistemasde medida possuempor exemplo uma lupa). Deve-
-se no entanto salientarque o nónio não permite obter uma pÍecìsãosuperior àqueÌÂcom
que os própíos úaços das escaÌassão marcados.PoÍ isso os nónios mais vulgâres têm
l0 ou 20 divisões,encootrândo-se aindanóniosde 50 divisões.
No exemplo da figura temos um comprimentoL com um vâloÍ entre 5l mm e
52 ÌÌ]m. Sem o auxílio do nónio ele seriamedidocomo l, = 52 mm. Com o auxílio do
nónio,o resultadoda mediçãopassaa ser a = 5l.7 mm. Êstevalor ó obtido pela somâ
do númeroexactode divisõesna réguâ(51 mm) com a leituÍado nónio de I = 0.7 mm.
O valor obtido é pÍecisoà decimade milímero.
A razão lr e clesignadâ por NATURTZA DO NóN|O e e o menorcompdmenlo
que se pode medir exactamentecom o nónio adaptadoà Íégua.A situâçãomais vulgar
é teÍ /?= lmm e os nóniosseÍemde décimas(n = l0) ou de vigésirnas,(n
= 20). O erro
de leituracom um nónio é metadeda divisãoda escalâprincipaldividido peÌonúmero
de divisõ€sdo nónio, ^l = * . No exemploda figura a unidadeda escalapdncipalé
o milímetroe o nónio é de décimas,pelo que o erro vale ÀZ = 0.05 mm- A expressão
coffectadasÌeiÌurasefectuadascom e sem nónio sãorespectivamente
t=51.7010.05mm e L=52.010.5mm
Com o nónio a precisàoé dez veze. .uperior.

CÌaveira

A crâveirâé usadâparamedir diâmetrosexternos,diâmetrosintemose profundidades.


PaÌa esseefeito, a cÍaveiÍa dispõe de três antepaÌosABC rigidamente ligados à escâla
principale que servemde referência.Os antepaÍosmóveisA B'C'devem coincidirper,
feitâmentecom os fixos, na leiturado zeroda escala,PaÍaque estesbordosnãose des-

rÍrrrrrr
riirrrrrr
frrrrr "
rrírrrrrrrrìiirrrrrriiiurrrìfrrr
rrriiurrrrìi
262

gâstem com o tempo, o materìal da craveira deve ser um metal duro. Parâ mediÍ diâ-
metros extemos (a) usa-sea pâúe inferioÍ dos anteparcsAA e paÍâ os intemos (b) a
parte superioÍ BB'. Paü medir profundìdades(c) faz-se deslìzar o espigãoC'. ParauÍna
craveiÍa(como a da figum) com a escâÌaprincìpalem milímetrose com um nónio de
vigésimasassociado, a precisãodâ medidaé de 0.025 mm.
Micrômetro ot oalmer

Um micrómetro ou palner é um instrumento mecânico que peÍmite medidas precisas


de pequenoscomprimentosou espessuras.Como sevê na figura a escalaprincipal gÌava-
da num cilindÍo tem associada uma mangacom 50 divisões,que sedeslocaao longoda
€scalaprincipal por rotação. Este sistemade escaÌasestá solidário com duas esperas(A
e B na figura). Uma rotação completâ da mangaconespondea uma aberturadas espe-
Ías de 0.5 mm, e poÍanto cadadivisãodestetamborvale 0.01 mm. ô comprimentoa
medir é colocado entre as esperâse à leitúÍa da €scala principal deve adicionâr-se o
número de divisões da rmnga que passemò zero. Neste tipo de instrumento devemos
ter em atençãose o zerc do tambor coinçiile com o zero da escala principal quando as
esperasestãoem contacto. No câso de islo não
sucederlemos um erÍo sisremáricona medidd,
conhecidopor ERRO DO ZERO. No entanto
este eÍo nào afectarâo resultadolioal desd(
que ele \eja medido e depoissubtraídoou
somadoconforme o zerc da mangâ está adìan-
tado ou atrasadoem relação à escâlaprincipal.
Os compÍimentos medidos com este apârelho
possuemgrandeprecisào,Õ eno de leiturano
câsodo palr?Érexempìificadoé de 0.005 mn
Com uma Íégua normaÌ graduadâem milímetros o erÍo de leitura é 0.5 mm, donde com
o Dalmer a Ííedida seÍ 100 vezes mais Drecisa.
263
APÊNDICE 5

DetectorGeiger-Muller
detector de Geiger-MuÌÌer baseia-sena propriedâde ionizânte das radiaçõespam
as detectaÌ. Em geral é um tubo cilíndrico metálico que encera no seu interior
um gás,por exemplo argon, e um eléctrodo positivo, o ânodo, que está ligado â um ciÍ-
cuito eÌéctrico exterior O invólucro metálico serve de elécfodo a potenciaÌ zero (cá-
todo). Numa das basesdo cilindro o metal é substituído por um materiâl menos absoÍ-
vente (micâ ou graÍite) e estabasedesigna-sepm janela do detectorque deve estaÌ viÍada
paÌa a fonte Íadioactiva,
As radiâções detectadaspor este tipo de detector são as partículas caÍregadasalfa
€ betâ e mesmo a Íadiação X e gama de baixa eneryia. Estas partículas, ao inteüc-
tuaÍem com a mâtéria,provocama ionizaçãodos átomos,ì,e,, arÌancâmum eÌectrão
(carganegativa)ao átomo,transformando-onuma cargapositiva (ião +). O electrão
é então atraído para o ânodo, positivo, não se Íecombinando com o ião que se des-
locaÍá paú o eléctÍodo a potencial zerc (cátodo), embor mÂis ìentamente por ser
mâis pesadoque o electÍão.A ionizaçãoprimiáriaé sucedidade outrasionizaçõesem
maior ou menor númeÍo consoanteo campoeléctricoque existeem tomo do ânodo.
Cda-se assim,um sinal eléctricoporque os electrõesao atingiremo eléctrodoposi-
tivo pÍovocâmum âbaixamentodo potencialdeste.O sinâl desaparece quandoo ião
atinge o cátodo, uma vez que a ddp original é Íestabelecida. O tempo típico de for-
maçãodo sinal é de 2xl0_a s. Este sinâl eléctÍico permite assim a detecçãoda m-
diação que atravessao detector O vaÌor dâ ddp define o tipo de delector. Só se obtém
um detectorGeigeÍ quandoa amplitudedo sinal é independentedâ ddp apÌicadâao
ânodo.
Um sistema completo de detecçãoGeiger-Muller é constituído pelo detectot uma
fonte de alta tensãopara polarìzar o ânodo a um potencial convenientee um sistemade

t \ t
''s"'R- Í, v-
@
o ì 0
-n -O--

265

contagem. Na figuÍa apÍesenta-seo esquemade um sistema de detecção com a des-


crição dos efeitos da passâgemdâ râdiaçâo através do detector e o processo de for-
mação do sinal eléctrico resultante. A capâcidadeC tem poÍ função filtraÌ do sinal de
saídaa tensãocontínuaaplicadaao ânodo.O sinal obtido, de centenasde milivolt,
pode serobseÍvadoao osciloscópioou contadonum contadordigital. PoÍ vezesa pre-
sençâda radiaçãoé mânifestâdaatravésde um sinal sonoro.Como os contador€sem
gerâl aceitamapenassìnaispositivos,e o sinal geÌadoé negativo,existeum inversor
de sinal eútre o detectore o contador.O detectorde Geiger-Mullerlimita-sea reve-
lar se existeou não uma radiação,sendoincapazde medir a suaenergiaou qualquer
outm caracteristica.

266
APÊNDICE6

Segurançano Laboratório
^ ç regrasde segurânçaque vamosenumerardevemverilìcar-e no IaboratoÍioou em
11 qualquerouno localondeexisrâminstalaçòes elêctricos.produtosqui-
e aparelho5
micos perigosos,substâncias
râdioactivas,
equipamentos
mecâìicos especiaìsou radia-
çõesnão ìonizanÌes.

Normas para equipamento eléctrico

Os equipâmentos eléctricosdev€mteÍ sempreligaçãoà terra (massaou ground).Està


ligação garante-senas tomadascom üês pemos. Se os aparelhosnão tiverem este tipo
de tomadâ deve impmvisaÍ-se uma massaligando um fio de cobre do âparelho a uma
tomadade terra.Não se deveusaÍ a ligâçáoa canosde águapois hoje em dia as cana-
lizaçõessãode materiaÌpÌástico.
Na realidâde, quando um aparelhonão possui ligação à terÍa, se por qualquer Íazão
se quebraou sepõe em contactocom â câixado apaÍelhoum pontodo circuito,a caixa
carrega-seeÌectricamentee ao tocârmos nela teremos a conhecida sensaçãode choque
eléctrico.O ÍÌossocorpo, sendocondutot fecha o circuito e pemite a descargado
aparelho parâ a terra. Com umâ Ìigação feitâ à terra, a descargaprocessa-seatravés
dola e não há perigo de choque.Ambas as situaçõesestãoexemplificadasnas fìgurâs

í1
w
261

A sensaçãode choque, ou em caso extremo a morte, é devida ao facto do nosso


corpo apresentaruma resistênciaeléctrica que pode variar entre l0O e 106C) conforme
as situações.A Íesistênciaeléctnca é mínima no casode termos a pele húmida e máxima
quando caÌçamosténis ou sapatosde sola de borracha espessa-o que provoca o dano
nos tecdos e no comção é â intensidâdeda corrente elécúica que passa,donde o vâÌor
da ddp não ser determinanteno acidentemas sim o estâdode conductibiÌidadedo corpo.
Vejamos quais os efeìtos físicos consoantea intensidadeda corrente

I<t Ligeim formigueiro


Ì<I<10
l0<I<20 EspasmosmuscuÌaresiÌnpedindo o indivíduo de se âfâste do

I=2OO Podeseí Íaralconfome existâ trbritaçãodo comçãoou parâ-


gem cardíaca. No sêgundo caso, se for râpidameníe inreÍrom-
pida â coEente ou Íêeimadâ a pessoa.o coração pode r€romaÌ

r>200 Faiâl na maioriâ dos casos

Resumo das principais rcgrâs de segurançareÌativamentea circútos eléctricos:


: Tomadascom ligação de terrâ;
I Saparosde ténis ou com soÌa de borracha. As solas de boÌracha sâo aconselhá_
veis no labomtório, pois pam além de isolantes eléctricos evitam esconegar;
I Sinalizadorcs de fontes de alta tensãoe correntesfoÍtes;
r Não manusearo equipamentoeléctrico com as mãos molhadas,
268
Normas paÍâ equipamento me{ânico
No laboÍatóÍio deve ter-se um cuidado especial quando se utilizam €quipamentoscor_
tanlesou se deslocamgÌandespeçasrecorÍendoa gruaou guindasre.Èsú üllirnasirua_
ção não ocone num lâbomúrio univeNitário didático, mas pcìdeoconer semprc que se
ftequenta â oficina ou labontórios de investigação.parâ minimizar o efeito ie um aci_
dente devem usar-seÌuvas espessasquandose manuseiamobjectosconantesou de
supeúcie rugosa e usâr capaceteno câso de deslocamentode obiectos Desados.
Normaspara produtosquímicos

Todosos produtosquímicosqu€,por umaou outrarazão,sejam


peÍigososnãodevemciÍcuÌarlivremenieno laboratório.Devem
estar coÌocadosnum armário com etiquetascorrespondentes G^v-
?s
à sua peÍigosidade:tóxico. venenoso,explosivo, corÍosivo.
inflamável.etc.
Outlos produtos,como os gasesliquefeitosa tempemturas
müito bâixâs,nãodevemserpostosem contactocomnada,a não
ser com os recipìentesque lhe são destinados,Se bem que o I OX1CO
contactoinstantâneode algunsdelescom a pele (âÍ ou azotolí-
quido) nâo sejaperigoso,deveser evitado.
Os gasescompÍimidosexigem cuidadosespeciâisno que
respeitaa âbeÍturâde válvulas, que devem ser sempreaber-
tas lentameÍte e sob controlo de manómetros,O desloca-
mento dos tubos, que devem estar ligados à pâÍedeou a um
suporte,deve ser reduzido ao mínimo porque em geral são
mullo pesâoos.
Inflamável

Normas para produtos radioactiyos e radiações ionizantes

Os efeitos prejudiciais da radioactividade são devidos à capacidadeionizante das paíí-


cuÌâs (protões, electrões,alfa" etc.), radiaçãoX e gâma. Assim ao atravessar€mos teci
dos ionizam em especiala águade que somos feitos, provocandoâ formação d€ radicais
livres p€rigosos e/ou concenrando energia podem provocar a queimadurados tecidos.

Radiâção ionizânte

^.*u"ãí"-.,*o-\"^".r.
?Io ono ejaoH,o
Radiação
+ tl2or tt2o*-
/\
Râdi!ção+ ri2o- H++ orr
/ \
c +H2o.H + orr
/ \ 269
J \ OxidaçãodoDNA
do DN^
\ _.,- \
| \.- \
I Restãúo
_-- -:.-. . u i n'\ú Ì i o quúni6
lErGDfofogrG //
iNS..ca"e*rtt- \ /.
. FrtÊrllldrd.
DNA stauÉdo
O efeito dasrâdiaçõesdependedo ripo de íâdiação,da suaenergiae do tipo de orgão
âfectado.Os quadÌosque seguemresumemestasacções.

RaiosX (E = 20Okev)
RadiêçaogaÍna
Electões 0.005
l0 p.03
Partículasâlfa 1 0a 2 0
3 Mãos,braços,
pés 0.075
NeuuõesÍápidos l0 Ouros 0.015

O significadodâsunidadesÍeferidâsnosquadÍospode serconsultadona secçãodasTabelas.

As fontes radioactivas que existam num laboratório didác-


tico devem ser de baixa actividade, encapsüladasem materiais
ígidos e não porosos(aÌumínioou pÌáitico).Devemestd sem-
pre assinâladascom o símbolo de radioâctividade e quardo em
uso deve existiÍ uma protecção de chumbo entre eÌas e o utili-
zador. As fontes devem ser arrumadâs em cofÍes de chumbo
fechados. No lâborâtóÌio deve haver um monitor de Íadiações
do tipo GeigeÍ
No ambienteexiste uma radioactividadede que não nos Materiais
podemoslibeÍtaÌ, desdea radiaçãocósmicaessencialÌnenÍecons-
tituída por muões (pâÍtículas como os electrõessó que ceÍca de
radioacúvos
300 vezes mais pesados),ao 6K, isótopo radioactivo do poússio vulgar que faz parte
do cimento (aÍeia) usado nâ constxuçãoe que é igualmente constituinte dos ossos, A
tabela dá um Íesumo de como cada fonte mdìoactiva naturaÌ conúibui Daraa râdioacti-
vidadeambiente.

NatumÌ

Radioactividâdê te.restre
2' 70
400
Râdioâúiüdade intemâ
t80
TecrÌoÌógicâ
DiâgÍósúco médico l&

40
quefaz a fronteira€ntreÍadiaçõeselectromagnética
A radiaçãoultrâvioÌeta. ionizân-
te e nâoionizante,é muito perigosapârâos olhos.Quândose trabalhacom estetipo de
radiaçãoe obÍigalórioo u.o de ócuìosespeciri\

Normaspara emissoresde radiaçãonão ionizante

LâseÌ
Num laboÍatóriocom laseÍ,estedeve estaÍ sempreassina-
Ìado.O símboloque indicaâ plesençâde um laseré o indi.
cadona figura. Seestefor de bâixapotência,ìsto é, com 0.5
ou I mW o seu funcionamento não impede â presençade
pessoasna sala, mas NUNCA se deve olhar dircctâmente
pam o ponto emissorde luz. Se o laserfor de alta potênciâ,
quandoem funcionamentonão se pode estarna sala,a não
serque o feixe de Ìuz estejacompletamenteisoladodo meio
Radiação
laser
Micro-ondâs
A águaé um bom absorvedoÍde micro-ondâse a energiaque recebedestasprovocaa
süaebulição.Est€é um facto muiio conhecidodesdequeos fomosde micro-ondasche-
garama quasetodasas cozinhas.Mas como tâmbémsomosfeitosde 75% de águaé de
evitar a exposiçãodos nossostecidosa estâsÍadiaçõesparaque não sejamoso nosso
própÍio âÌmoço.

Regras gerais em relação a todos os perigos

. Conheceros possíveisperigos.
. Não estaÌ sozinho num laboratório.
r Não trâbalharem estadode cansaço.
I ExigiÍ a existênciano laboratório de um caixa de primeiros socorrosdevidamente
assinalada.
r Estarateíto e cumpÍir todasas sjnalizações. 2' 7
ExpressõesMatemáticas
porÈNCTAS
DEDEZe ruomçÀocretrírrt'e
Em físicaexistemgrandezas de dimensões muitopequenas,
comoa dimensão de um
núcleoâtóìnico (10 i5m), e muito grandescomoa distânciamédìada Tenaâo Sol
( I 0 +LÌ m).Paranãosermosobrigados a escrcver
números commuiÌosalgaÌismos
recorTe-
se à representação em termosde potências por notação
de dez,designada cìentífica.

10,= I 000000000
l0r = 1000
1 0 ,= t 0 0

l0,=0.1
t0 r = 0.001
10 ' = 0.000000001
RaiodâTerra= 6 378000m = 6.378x106m
= 0.0000000000529m = 5.29xl0 ìì m
Raiodo Átomode Hidrogénio

POTÊNCIASE LoGARITMos

l=v",

Logâritmodecimal 2' 75

y=10' ou x=locy
logxz=logx+logz

loq ! =ìocx-ìoCz

Ìogx,=alogx
Logaritmo nalural ou n€p€riano
y=eì ou lny=x

Relação entÍeos doìstiposde logaritmos:


D = ln l0 xlog y - 2.3026log
ln y = ln (10bc y

Logâritmo na baseâ
, lnv
v = rnã
rog"

ÁREASE VOLUMES
PEÚMETROS,
PerJmetro
da circunfeÍênciade Íaio Í P = 2ttÍ
Triãngulodebaseb e âìrurah A= hh
;
,Àreado círculo de raio r
Cubod€ arestaI A=6P V=ll
PaÌalelipípedo de arestasa,b,c V = abc
4
E\lera de raro r A - 4lr l . v=_1t1.

Cilindro de Ìaio r e alturah V=Ír,h

FTJNçÕESTRJGONOMÉTRICASBÁSICAS Do ÂNGULO €
lado oposto de 0 * y
hipot€nusa

lado adjacentede 0
hipotenusa

'' "
Ìado ooostode e v
Iadoadjacentede 0 x

sec0= _ coseco= I
I
- â= |
cots
tgo
276
RELAçÕES TRÌGONOMÉTRÌCAS

cosx+ cosy=2 lcos "o. f* + rll


]t*-vl ]
cosx-cosy = 2 lsen *'] f,.* rll
]t'-vl
senx + seny = 2 [cos] 1x y.lsen (x + v)ì
]
l l
senx-'eny=2l\en í\-y)co. íx- yìl
2 ;
costx + y) = cosx cosy -sen x seny

cos(x yl =cos xcos y + senx seny

sen(x+y) = senx cosy +cos x seny

senlx - y, = senx cosy - cosx seny

2senx cosy = sen(x+y) + sen(x-y)

2cosx cosy = cos(x+y) + cos(x-y)

2senx seny = cos(x y) cos(x+y)

cos2x = coszx sen2y

sen2x=2senxcosx

- t _
cos.x= (t+COStxì

- t _ .
s e nx. = 2 ( r - c o sr x '

DESENVOLVIMENTO
EM SERìE

(l:tx)'=Iinx+n(n1)x' tTr:.,;;rr---+...sen<0paÍax2<tex=l
sen >0 parax real
(r x) " = r nx +!Ol!)4 n(n+lxn+2)xr
+ .. sex, < l

e-=r + x+{ +jf +f +... na,a*."at

"*-=-- S-ã-++ paÌaxrear 277

co.\=l-;, +;,-;, +... p a r xa r e â l

r o g í r + x ) = x+- $
f ;- f r + . . . x 1 < 1xe= t

r o g { r - x ) = - l x + f ; + S -. # I x , < 1 e x = r
DERIYADAS
Nas fórmulasu e v sãofunçõesde x, a e n sãoconstânÌes
íeais,
o a ^

d x ,

d(au) du

d(uv) clv du
dx

d / I ì_ | du
d* l;l-- ,r d*
d /u\ 1 du u dv
dx \vl v dx v, dx
du" _n,,"I du
d x - d x

d(loe. u) 1 l d u
dx lna " d *
d(ln u) _ 1 du
d x u d x

d(senu) =
cosu 3!L
dx

d(cosu) =
senu -9!L
dx

dítq') =."", u iq
278 dr dx

INTEGRAIS
Nas fórmuÌas u e v são funções de x, a e n são constantesreais.

Jaf(x) dx = 3 Jqxl6*
Í(u+v)dx=Íudx+.fvdx
Judv=uv-Jvdu
Jx"dx=- excepp
t oa r an = Ì
dx =lnx
J

Ilnxdx=xlnx-x

NÚMERosCoMPLExoS
z = a + bj é um númerocomplexo,â e b sãoreaise j = \f I é a unidâdeimaginária.
O prìmeiÍotermo(a) é designadopoÌ paÍe real e o segundo(bj) por parteimagináÌia.
A pÍopriedade fundamental
da unidad€ imaginária é a seguinte:
j xj =j' =-r
Todasasoperações podemserefectuadas
algébricas comnúmeÍos
complexos
(a+ bj) t (c + dj) = (a1c) + (bÌ d)j
(a+ bj) (c + dj) = {âc-bd)+ (bc+ âd)j
a+ b|a + b i )r c d i r ( a c + b d rr b c - a d r j
c+dj (c+dj)(c dj) c,+d:
O complexoconjugadode z = a + bj representa-s€
por z* e é igual a
z* = a_bj
O módulode um númerccomplexo,z = â+bj,é o produÌodelepelo seuconjugado,
I z | = | â +bj | = (a+ bj) (a_bt =\ã,+b:

PodeÍepresentâr-segraficamenteum número
compÌexo a + bj. PâÍâ tal, tÍaça-seum sistemade
eìxospÍependicuìaÍes em que o venical é o eixo
imaginário e o horizontal o real. No gráfico junto
estãorepresentados três númerosimaginâios e

279
Nos cálculoscom númercscomplexos,é poÍ o=J7*o'
vezes cómodo interpretálos em termos de vec-
ioÍes definidos pela origem dos eixos e pelo
ponto (a,b)- Na figura Íepresentase o complexo
a + bj e o vector corÍespondente,Existem toda-
via diferenças essenciaisentre vectores e núme-
ros complexos.Aqui os vectoressãoapenasumâ
representaçãogeométÍica.
O poúto de coordenadas(a,b) fica igualmente definido a partir do comprimento p
do vectore do ânguÌo0 que estefaz com um dos eixos,como s€ podever na segunda
figura; a paÉir dela tambémse podeestabelecerp e 0 em funçãode a e b

p=rftr+b,e o=tg, b

Esta formulação designa se por representaçãotrigonornétrica dos números imagi-


niírios, os númercs imaginários podem ser expressosdo seguinte modo:
z = a + b j = p ( c o s e + j s e n0 )

Existe um teoÍ€ma que permite escrever um númeÍo complexo sob a forma expo-

ejo= cos0 +j sen€

de modoquez= a+bj = | z I ejs= pcos 0 + jp sen0

Separandoo número compìexo em paÍe Ìeal e imaginária tem-se:Re (peio) = p cos 0


e /n (pejo)= p sen6.

NoçÃo DEÂNcul-osóLDo

O espaçoincluído na superfície
cónica que projecta uma superfí-
cie S a partir de um ponto exterior
O, deÍine o ângulo sólido dâ su
peíície. O ângulo sóÌido mede-se
pela supeíície Cl que resultada
intersecçãodo cone de raios pro-
jectantes com a sup€rfÏcie de uma
esferade raio unitário, como so
ilustra na figura. PaÌa um elemen-
to de área dS à distância R de O
280 e com a normal fr a fazer um ân-
gulo 0 com a direcção projectante
OP, o elemento de ângulo vem
.ìS' ^^e A /ìq
dado por drt = =
Ì{r Ë

A esferâ de raio unitráriotem uma árca de 4r! pelo que todo o espaçoocupa um ân-
sulo sólidode 4r esterradiano.
SistemaInternacionalde Unidades(SI)

yotâ l0! Y 10| d


z.èÍa l0rl z cenÌi t0 l
l0,3 E mili 1 0r
pen l0,5 P 1 06 p
l0,, T 1 0,
l0q G pico t0,2 p
mega l0ú M 10,5 f
kìlo t0: k 10,3
hecto 10, h zepÌo t0 n
l0l da yocÌo lo ! v

Em geral USA
106 Ínilhão milhão
Ì0, mil milhões
10,,

GRANDEZA DÌMENSÃO UNÌDADE

L
M ke (kilograma)
tempo T s (sesundo)
I 281
o+ K (kelvìn)
quantidadede matéria N + moì (mole)
intensidadeluminosa J* cd (cardela)

'?estanotaçãopâÌâ a dimensãonão deve serconfundidacom as designâções


mais coÍ
renlesde e pam ângììlo,N paÌa a unidadede força newtone J paraa unidadede trabâ
Ìhojoule.
Cirandczade Base Unidadede Basc Dìmensãode Ba\c Defìnição
NoÌrc (SíÌìbolo) Nome (Símboìo) (dâtâde adopção)
L Inì =corÌpnÍ1enro dohr
jccro dâ luz Íìo !a/n) no
l c r Ì p o d e1 / 2 9 9 7 9 2 , 1 5 i 1 s
(lellL
quiÌograma
(kg) M I kga m.((r do proÌ'
l Ì p o i n l c n ì r c n n uqì u ì k !
g r n n i !( l 9 0 l l
l.]ì]rp, (t) sel'ündo(t T ìs = dur,ìção dc
9 1 9 2 6 1 1 7 7 0p e r í o d o s
da rrdirçao d! lÍai\iç:lo
e n t r co s d o i s . í v e i s h i
peÍlìnosdo cstadolìn,
d a n ì c n t adl o á Ì o n ì od e
$Cs (19ó7)
intensidâdcde am?.Ìc.(,4) i^=intcrsid,ìdede

(l) que nranljdrcnr 2 cÒi-


dutorcsparâlelos.rccri
Ìúreos,de conrprjncnlo
inlìnito. sccçãocircuÌ!r
dcspreTávelc ì disLrn
c r r d e I n n o Y M i op r o
duz unÌâlorçr de 2x Ì0 r
N/ÌÌ (19.11ìl
lenìpcrntura(T) kcìvin(K) o l K = l / 2 7 3 . 1 6t e m p c f u
l u r a t c n Ì o d i n â ú i c ad o
P o n t ol f i p Ì o d a i e u r
(te6l)
quâìrlidàdede moic.(ÌÌÌol) N a moleé a quanlidad.de
matéfiâ(n) Í ì a r é r ì ad c u Ì Ì s i s r c n r a
conÌcndoÌanksenlidddes
e l e n c n l a r c sq u â n Ì oo s
rtoDos que exrstemcD
0 0 1 2k s d c C r : ( 1 9 ? ì )
intensidãdelìndeÌãlaã- l I cd = inlcnsidade iumi-
lunrinosa(1,) I)()lanumadrdadìfecçãÒ
282
de lonrequccmìterâdia-
ção nìoÍocÍorÌritica de
Íìquencia5,l0xì0LrHze
c u j â i n t e n s i d a dnc c s s r
d i r c c ç ã oé l / ó E 3 W s i
|919)

r EÍe quadrc foi chborrdo com base no livro .tiri.,,a ,r.úturúnut .t. Unntut.\ tJc çorlhcÍmc dc
^lÌìeida r.lendo nx bihllogrlrìi
Crandezìde Brse DiÌnensão
de Base Dclinição
Nonìe(Sínìbolo) (drta de adopção)

ân8uloplano(ü. p. râdiâno(râd) .Ìdimensional I rad = ilnSulo pÌrno


1.e) . o m p r o c n d Ì d oc n t r c ?
f a r o ! q u e ,n ! c Ì r c u n l c
É n c i . d e u i ì c í Í c u ì oi.r l
Ì e r s e c L a Ìuì Ì r a l c o d c
c o n ì p í n ì e n l ( 'Ì ë u a l a o
m i od e s s e . í r c u (l oÌ 9 ó 0 )
ânsulosólido (O.('l) esterr.ìdiâno
(sr) I Í = l n g u Ì os ó Ì i d oq u e
tcndo o vórtice no cen-
lro dc unraeslera.lrter-
scctrna supeúiciedeÍr
unraircr rgurì ì de url
quadrddotcndopor Ìâdo
o ftìo d! cúirâ i 1960l

Dimensão de uma Grandeza Física


É possível exprcssar quaìqucr grânclezâfísicâ Y em lìnção clas grâììdezâsde base
d o S . l . , M .l . l . l . . , ( ( , r . r r ( p r e . e r , , r ç r o . l e , r f Í r * c | ^ Í t - A
Qçl 4 O D I N 4 t\ S t O \ c L .
D I M Y = [ Y I = A " B l JC Ì D d .
A, B. C c D reprcseìrlaìì grandezâsde brse e 11,Ê, ïc ò são os expoentesdiÌncnsio
nâi\ que iìrdicanr o núÌnero de vezes que a grrndcza dc balc inteNéÌr. A dimensão dc
uma grandezil física deriv:ìda represenu \c cntrc parêìrtesesrectos.
Quündo exislem várirs relaçôes matenìálicâsparâ a ìnesnìâ grandezâ. deve vcrilì
c a r s e a H O M O G E N E I D A D E D I M E N S I O N A I - d a s c q u ç õ e sf í s i c a s ,ì s t o é . q u â n d o! c
igualaìÌ as durs equaçòesdeve haver iguâÌdadc diìnensionâl entre o tcrmo d csqucrd,r
c o da difeita da eqÌração.Estrì homogcncidadc pode ajudaÌ na:ìtrìbuìção dc dincnsio
às consttìntese a idcntitic rclâçõcs nì.ìlcnìíÌlicr! cntrc diversas gr.ìndezas.
Ercrnpl()l: ^ rccler!çãodx grvLdâdc3 tcnr ]Dr dine.\ào I-T I Quundoobridr . ptu1irdo
n Í N i n r c n l od o p ô n . l u ksJi , Ì t l e sl e n F s eq u c! é d r d r . p d r l ! . d cT = 2 7 Ì 1 i 1 . N.v..u.u qr"n,
igualüeDlc,como sc cspcrrvâ,r dim.nsro dc Ì-T I porquc2n ú urÌ! conúntc rdinrcrsìonrÌ 283
ExenpÌo 2: tina pa.rículadc ma$r /, c crr8a eÌécÌricd4 é sui.ih a um c.mN eÌécürcoE
rdqnirirdo unraacelernçãod.
A torçr.rÌecânicn" eiì Íìódulo scrtiI = rrr c r loÌça eìóclrìcr.rr hóÒrcnr nnlduÌoI:=íE
As drxs 1orça\sãodnìeD\ioülncnrc identica\.Pof unr ìâdo
lFl=MLT

l F l =t Q t E l =r r L rlvl=lTrL
coìú \c queÍir lnr!fu
ExeÌnpÌo 3: Ao fazer umâ experiênciasobre a velocidade de pÍopâsação r de ondaslransveÍ-
sais numa coÍda verificou-sê qu€ êstâ é dep€ndentedê rensáo ? a que a corda está sujeirâ e dâ
nassa n da coÍda por unidade de comprimento. A paíir da homogeneidadedimensionaÌ é pos-
sívei estabeìEer como a velocidâde dependeda tensão€ da massa.
AssiÌn, r é pÌoporcionaÌ a I" nb, v = kT" nb eú qte k é uma constânte âdimênsionaÌ.
Como âs diÌnensõesde uma velocidadesão [r] = LT-r e a tensão1é umâ forçaloso a sua
diÍn€nsãoserá: [I] = MLTì e a massapoÍ ünidade de comprimento teÌn por dimensão
In) =ML I.
Devidoà homogeneidâd€
trl = trÌd t,nlÈi.e.LT | = (MLTr)c (MLì)o
Obtendo-se pm M 0=cr+p
L l=a_p
T l= Zs
âssrm,(Í= epo'tarrov=k T
2,p=- 2
Exemplo4: A lei dâ aüacçãouniversalestâbeleceque a força entreduasmassasd e n'a
menosda con\ranrec vdia na ra7ãoinverq do quadradodr drsúncia.ie.. F = C uT . A pann
.ta homogeneidadedim€nsionaÌ estabelece,sea dimensAode G, que é:
'=
Í F t =M L r t G l M . L. donde tcl = L M ,T
A conslanteunivenâl da gravitaçãotêm como valor e unidades:C = 6 6?xl0 ,, mr kg i s :

Unidâde
SI Dimensão Equação
NoÍìe (Símboìo) Nome(SíÌnbolo) de Bale de Definição
áEa (A) rnetroquadmdo
(m,) U l'.Ìz
L3 l,.l,.lr
peíodo (T) sesundo
G) T inteÍvalo de tempo no
quâl uÌn fênóm€nope-
riódico efectua um ciclo
fiequênciâ (f. ,) heÍz (Hzou s r) Tj
fÍequência angulâr (ú)) T l
(nd s')
fase(ó) .adiaÌÌoGad) I
comprimento de onda L
(À)
LTI
284 (m s';
LT{ a = dv/dr

qulogÍêmapor neÌro MLI


ou densidade(p) cúbico(ks mr)
força ou peso (F ou P) MLT '
momentode uma foÍça (M) ML'TI

2 A esÚna a cmgado assìnalao cdader vectonal d6 grandezas.


UnidâdêSÌ Dimensão F4uâção
Nome (Símbolo) NoÌne(síÍnbolo) de Base de Definição
qurbgÌamametropoÍ MLT I
quantidade movimento sesundo(ksmsr)
(p.r
momento (L)
ângulâÍ MLIT J
quadradopor segundo
(ks m, s:')
momento de inércia (I) ML' I = tn,r,r
quadrâdo(ks m,)
tÍabalho (w) joule(J) ML'T '
enersiâ (E) joule(J)
potência (P) ML'TJ P = dÊ/dr
tempentura ceisius (t) srâucêlsiuseC) t = T 2 7 3 . 1K5
carsaelé€tÍica(Q.q) coulomb(c) TI Q=It
cmpo eléctrico (D) volt por metro(V ni) MLT TI I E=F/Q
volt (V) ML'T ]I J
diferença de potenciâl

câpacidâdeeléctÍicâ (C) fârad(F) M 'L 'TI' c=Q/v


resistência(R) ohln (o) ML'T 3I '
resistiYidade(p) ohÍn Ìnetrô(O m) ML}TII ' P = RS/L
impedância(Z) obm (o) ML'T ]I '
potência eÌéctrica (P) ML'TI P=VI
cdpo nagnético(H) LJI

induçãomagnética(B) ledâ (T) MTJI I F=IÁlxB


fluxo ro8néúco (O) MLITiI I F=B.S
Ítdutância (L) henry(H) ML?T 'T ' L=Õ/I
distância focal (0 L
potênciade lenre(1/f) Li
becquerel(Bq) Tì
por sesundoG r) T Ì
d€sintê8Éção (À)
sesundo
G) T
(rn)
LZT ' 285
sray(Gy) D=Um
âbsorvidâ(D)
sieveÍ(Sv) L?T 2
(H)
equivâlente
J FISICÀS E MÂIEMÂTICAS
QUANTIDADE siMuoLaJ V A L O R LlNll)Ar)U PPNtr
c.rea clcnìcnl[ do p(Íio l . ó 0 2t 7 7t l IO'C 0.01
núÌnc() de ^vogrdrc ó.022l167 0.59
2.99792.158
h 6.ó26 0t5 l0'rJs 060
.onsÌânrc dc Boltznì!nn t.lrJo65ri l 0 , ' JK lJ.5
pcrÌitividâde eÌéciricn do razio u . l J 51. 81 78 1 7 .
pcrÌcúilidâde rìâgnélicu do !rzio t.?566:17 061. l(lr ll nr
9.t093897 l0 ìikg 0.59
0.5ì0 9990ó 0.10
r ó7.1918 ó t0 :' k!
0:t0
1672ó21ì t0 ,r k! 0.59
9:ì11.27: II 0.:10
loÌunìc moÌd do gás ideaì (PTN) l.l4l,1l0
constânrc unìvc.sâì dc gÍ!!iÌrçìô G ó ó7159 l:lJ
R E . 3 l .5t 1 0 J n ì o ìl K 8.1
3.t-lI 592651
1.7ìElÌ8rì18

DE UNIDA'ES PAAA SI
CRANDEZA SIMBOLO VALORNO Sì
0 {)15.1

0.:10,18
ú
- 0 ll0 Dì'
;

t0.N
Ì0'J
Ì ô(llxl0 r'rJ
I l8lxli) ,i kg
Goucs 1 0r T
1 K
Ci l.7xi0 I'Bq
l / 2 . 9 9 79 2 . 15 8 1 1 ( lC
i.0ll25xl0J\nrl
286 7ó0 mm dc mcrcúrn) nn Hg | 0ll25xl0'\m :
l.0ll l5xl0r\nr

l . { ì E : 1 r 1 0nr iì
. + . t 8 6 lJi
grl C!l

' Hrrnh.tl ol Ch.,tint\' únl t'lÌ\tt \ ^ rtl\ t ' l t 4 , n , | | h ú r ' r i r r1 ! \ r ' \ t n , t . n R


Liilc 7l . cd ( R( lÌess gt)l 1991.
r ì n c e r c / ar c l . r i \ r . D ì
Èíe po' fr lhao.
SírnbolosGráÍicospâra Circuitos Eléctricos
usadosnesteMânual

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Pilh.
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I L'sação
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4 .: Rsisr,àch R6iíércü vúiávël

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PoiencióõetlD Cond@sador CondeNadü lrdürd
vüiávèl
l l t l
(L ( ? _ _ âilÉ
?ilL
r t t l
Galvmónetro Volímao Ampeím€tro OhÍím.r.o Thrstmdor
| /l
-t- -->r --t\-
t\ïy
-+--..-
iosiloeópio Díôdo LED (díodo DlódôZrM

ì- J*"-*
.nj$q d. tuz)

-)F -írF {
Díodo ì TÌNBror Amptificâdor
vmcâp Fotodíodo I NPN op4eional Mp{p
OUTROSSTMBOLOS
COMUNSUSADOSNOSCIRCUITOSEúC"IruCOS
---,w\- --7- lrì
ìl--1F_
RshÉncia R6istência CondÕsdd poleizado
vúiÁvel

287
Código de Leitura de Resistências
I Resistências (P<2w)
debaixadissipação
Códigode cores:4 riscascoÌoridasno colpo da própriaresistência

0 100
I 10ì lEô
2 10,
l 103
4 101
5 105 o.5%
l0ó
7 107
8 103
9 l0e
l0j 5%
10j n%
20Eo

EXEMPLO

a) (10)

R = 4 ? x 1 0 o + 5 %o u R = 4 7 M Í l

2 Resistênciasde Média e Elevada Dissipação (P>2w)


288
São em geral Íesistênciasbobinadas,com suporte cerâmico sobre o qual se enÌola
um filo metálico. O conjunto é montadodentro de uma estrutuÍacerâmicade forma para-
lelipipédicasobrea qual seescÍeveo valoÍ da Íesistênciae a toleÍância.Na escdtaa le-
tra R tem a função de víqula e nas Íesistênciasde valor elevado usa-seo pr€fixo SI es-
crito em maiúsculano lugar da vírguÌa.

EXEMPLOS
R47= 0.47O, lRO= 1.0Q, 470R= 470O, lK8 = 1.8kO, l8K = 18kO, lM8 = 1.8MO
Código de Leitura de Capacidades
Nem semFe é fácil ler o vaÌoÍ de uma capâcidadeescrito p€lo fabdcânte, depon-
dendo muito das dimensõ€sfísicas do condensador.Contudo a sinalizaçãodo vâloÍ não
obedeceem geral a nenhumanorma como no caso das resistências.deDendendomesmo
do fabricanre.
CONDENSADORES ELECTROLITICOS são em gelat de dimensão suficiente e
o vaÌoÍ da capacidadevem escdto nomaÌmente,
Por exemplo: +500MF em que o sinâl+ significa polaridade (a ÍespeitâÍ) e MF sig-
niÍica microfarad.

EnMPLOS de alsumas Íegrâs seguidaspoÍ v€zes nos co.densador€s d€ reduzidâs dimensõÉs


Tipo Tântâlo: cilíndricos e pmteâdos.Uma norâçãodo tipo +4R7p significa 4.7 pF ou +4?SK é
o mesmoque 4?x105pF Í10% de rolerâncja.
Como os vêloÍês das capacidadessão pequenos,em seral refeÍenciâdosêm relação ao UF,
quando aparecemdezenâsou cenüenasem geÌal são pF.
Tipo Mylar: cilíndricos e amarelos, uma notaçãodo ripo o.IMFD pode representar0.01 ÉF

Tipo Cerâmico: foÍÌnaro de bolachâ


Disco ZsU 75U dpo
.02M 560 .02pF e56OpF M - 20%de toleÍânciâ
lkv lkv tensão
máximaquesupoÍam
Cubo CKO5
l0lK 100pF K- l0% de tolerância
200V tensãoÍúxima quesuportâm.

Aceleraçãoda Gravidadeem Vários Locais da Terra


(ao nível do mar)

Equador 0.00. 9.7803l


Lisboa 38.71" 9.80054
Greenwich 51.44" 9.81170
S. Pittesbourg s9.95" 9.81930
Pólo Norte 90.00" 9.83232 289
g = (9.806l2 - 0.025865cos2ô + 0.000058cosr2ó - 0.00000308h)m s'
ô - latitudegeográIica,h altitude
Espectro de Frequência
das Ondas Electromagnéticas
CompÍmmtodêondÂ(m)

conpriúdro de olda (n)

ro8 to6 ."2


to4 rot roto ro0 rd't rotó

_Ììrt--1016
l0' lo3 lor0 lor) ro'r to, ro, toà

U$ mdítino e donáuti@

l0' 105 l0ó 107 lo3 10r0 l0rr


(Hz)
FR4uêtrciâ

FM (ErequenqModuLltion) 88 108MHz
sw (,-ho Vave) a 22 MHz
Mw (Medíun Vírve) 525 1625Wlz
Lw @w Vave) 150 a 350 kHz

290

cor vioÌeta azlrl verde amaÍelo Ìaranja vemelho


c.d.o (nm) <435 435-490 490-570 570-595 595-605 >605
\--1!
PÍobíbilidade P í0 < a rl6ç um \ator se situdÍ
\ o l
entre a média e r desvios padÍão

0.00 0_0r 0.02 0 03 0.04 0.05 0.0ó 0.07 0.08 0.09


0.0 0.0010 0.0040 0.0080 0.0120 0.0160 0 . 0 1 9 9 0.0239 o.0219 0.0319 0.0359
0.1 0.0398 0.0438 0.0478 0.05t? 0.055? 0.0596 0.0636 0.06?5 0.0714 0.0?51
0.2 0.0793 0.0832 0.0871 0.0910 0.0948 0.0987 0.1026 0.1064 0 . 1 1 0 3 0 . 1 1 4 Ì
0.3 o , | 1 9 0 . 1 2 1 1 0 . 1 2 5 5 0 . 1 2 9 3 0 . 1 3 3 1 0 . 1 3 6 8 0.1406 0.1443 0 . 1 4 8 0 0 . 1 5 1 7
0 . 1 5 5 4 0 . 1 5 9 t 0 . 1 ó 2 8 0 . 1 6 ó 4 0 , 1 7 0 0 0 . 1 7 3 ó 0 . 1 7 1 2 0.1808 0 . 1 8 4 4 0.t 8?9
0.5 0.19t5 0.1950 0.1985 0.2019 0,2054 0.2088 0.2t23 o.2151 0.2190 0.2224
0.6 0.2251 0.2291 0.2324 0.2357 0_2389 o.1422 0.2454 o.2486 0.25t1 0.2549
0.1 0.2580 0.26tI 0.2642 0.2673 0.21A4 o.27J4 0.2764 o.2794 o.2423 0.2852
0.8 0.2881 0.29Ì0 0.2939 Q.2961 0.2995 0.3023 0.3051 0.10?8 0 . 3 1 0 6 0 . 3 Ì 3 3
0,9 0.3159 0.3t86 0.32t2 0.3238 03264 0.3289 0 . 3 3 1 5 0.3340 0.3365 0.3389
1,0 0.3413 0.3438 0.3461 0.1485 0.3508 0.3531 0.3554 0.3571 0.3599 0.1621
l . l 0.3ó43 0.36ó5 0.3ó86 0.3708 0.3?29 0.3149 0.3710 0.3790 0 . 3 8 1 0 0.3830
\ . 2 0.3849 0.3869 0.3888 0.1907 0.3925 0.3944 0.3962 0.3980 4.3991 0.4015
t . 3 4.4032 0.4!'49 0.4066 0.4082 0.4099 0 . 4 1 1 5 0 . 4 3t 1 0.4147 o.4162 0 . 4 \ 1 J
0.4192 012ü 0.4222 Q.4236 0.4251 0.4265 o.4279 0.4292 0.4306 0 . 4 3 r 9
1 . 5 0_4332 Q.4345 0.4357 0.4370 0.4382 0.4394 0.4418 0.4429 0.4441
0.4452 0.4463 0.4414 Q,4484 0.4495 0.4505 0.4515 0.4525 0.4535 0.4545
| . 1 0.4554 0.4564 0.4573 04582 0.4591 0.4599 0.,1ó08 0 . 4 6 1 ó 0.4ó25 0.4633
0.464t 0.4ó49 0.4656 0.446,4 0.4611 0.4{?8 0.4ó8ó 0.4ó93 0.4699 0.4?06
ì . 9 0.41t3 0.47t9 4.4126 0.4732 0_4138 0.4?50 0.4756 o.4161 0.4167
2 A 0.4172 0.4118 0.4783 0.4?88 0.4793 0.4?98 0.4803 0.4808 o - 4 a 1 2 0 . 4 8 1 7
2 . t 0.4421 0.4826 0.4830 0.4834 0.4838 Q.1842 0.,1846 0.4850 0.4854 0.4857
2 , 2 0.4861 0.48ó4 0.4868 0.4871 0.4875 0.48?8 0.4881 0.4884 0.488? 0.4890
2.3 0.4893 0.489ó 0.4898 0.4901 0.4904 0.4906 0.4909 0 . 4 9 1 1 0 . 4 9 1 3 0.4916
2_4 0.4918 0.4920 0.4922 0.4925 0.4921 0.4929 0.493 t o.4932 0.493,1 0.1936
2.5 0.4938 0.49411 0.,1941 0.4943 0.4945 o.4946 0.4948 0.4949 o.4951 0.4952
2 . 6 0.4953 0.4955 0.4956 0.4951 0.4959 0.4960 0.4961 0.4962 0.4963 0.4964
2.7 0.4965 0.49ó6 0.4967 0.4968 0.49ó9 0.497Q 0.4911 0.4972 0.4973 o.4914
2 8 0.1914 4.4975 0.4916 0.4917 0.4971 0.4978 0.4919 0.4979 0.4980 0.4981
2.9 0.4981 0.4982 0.4982 0.4983 0.4984 0.4984 0.4985 0.4985 0.4986 0.4986
3 . 0 0.4987 0.498? 0.498? 0.4988 0.4988 0.4989 0.4989 0.4989 0.4990 0.4940
3 . 1 0.4990 0.4991 0.499t 0.499t 0_4992 o.4992 0.4992 0.4992 0.4993 0.4993
3 . 2 4.4993 Q.4993 0_4994 0.4994 0.4994 0.4994 0.4994 0.4995 0.4995 0.4995 291
3 . 3 0.4995 0.4995 0.4995 0.4996 0.4996 0.4996 o_4996 0.4996 0.4996 o.4997
3.4 0.4997 0.4991 0.4991 A.4991 0.4991 0.4991 o_4997 4.4991 0.4991 0.4998
3.5 0.4998 0.4998 0.4998 0.4998 0.4998 0.4998 0.4998 0.4998 0.4998 0.4998
3 . 6 0.498 0.4998 0.4999 0.4999 0.4999 r,.4999 0.4999 0.4999 0.4999 0.4999
3 . 1 0.4999 0.4999 4.4999 0.4999 0_4999 o.4999 0.4999 0.4999 o_4999 0.4999
3 . 8 0.4999 0.4999 0.4999 0.4999 0.4999 0.4999 4.4999 0.4999 0.4999 0.4999
3 . 9 0.5000 0.5000 0.5000 0.5000 0.5000 0.5000 0.5000 0.5000 0.5000 0.5000
4.0 0.5000 0.5000 0.5000 0,5000 0.5000 0.5000 0 5000 0.5000 0.5000 0.5000
A colunaverticaldá o vaÌor até às décimase a horizonÌaÌâs centésimas.
ValoÍescríticosde t paÌa váriosgrausde confiânçae númerode grausde Ìiberdade

I 0.325 0.121 1.3?ó :1.078 6,1Ì4 t5.895 3 1 8 2 0


2 0.289 L061 t.886 2920 4 849 ó 9 ó 5
l 0.217 0.584 0.9?8 1.638 2351 1..182
o.211 0.569 0.9,11 Ì.533 2.t32 2.999 1.141
5 o.261 0.559 0 920 1.416 2.015 3.3ó5
'1 o.265 0 5 5 3 0 906 L4,10 1.943 2.612 3 1 , 1 3
0 263 0.549 0.89ó L4t5 1.895 2 5 1 1 2.998
0 . 2 0.5,1ó 0.889 1.39t 1.860 2 449 2.896
9 0.26Ì 0.543 0.883 I :18:l r.8:13 2398 2.821
t0 0.264 0.542 0.879 | 112 t.8t2 2.359
0.2ó0 0.5,10 0.8?6 t.16l |.196 2.324 2 . 1 1 8
l2 0.259 0 5 3 9 0.8?l r.15ó |.182 2.301 2 ó 8 1
Ìl 0259 0 5 3 8 0.8?0 t.350 1,111 2.282 2 650
1.1 0.25E 0 5 3 ? 0.868 L3.15 t.t6l 2.261 1624
l5 0.258 0.51ó 0.8ó6 ì 34t t?53 2.249 2.602
t6 0.258 0.535 0.865 Ì.337 2.235 2.583
11 0.25? 0.534 0.863 1.331 1 . 1 4 Q 2.224 2.561
t8 0 251 0.51,1 0.8ó2 1.330 i . 1 J 4 2.214 2 552
t9 0.251 0.5:13 0.86t 1,328 | . 1 2 9 2 205 2.5:t9
20 0.257 0 . 5 3 3 0.860 1.125 1 . 1 2 5 2 . t 9 1 2.528
21 0.251 0.532 0.859 I 123 1.721 2 Ì89 2.518
22 0.256 0.512 0 8 5 8 t.321 ] . ] 1 1 2 . 1 8 3 2.508
23 0.25ó 0 5 3 2 0.858 1.319 ) . 1 1 1 2 . 1 1 1 2.500
24 0 25ó 0 . 5 3 1 0.857 t.3t8 l . ?1 ì 2 . 1 1 2 2 492
25 0.256 0 . 5 3 ì 0.85ó I.3Ió I ?08 2.167 2.485
26 0.25ó 0 . 5 3 1 0.856 Ì 315 I ?06 2.t62 2.479
21 0.256 0 . 5 3 1 0.855 1.314 l . ? 0 3 2 . 1 5 8 2.111
2A 0.256 0.530 0.855 1.313 l . ? 0 t 2 , 1 5 4 2.461
29 o256 0.530 0.854 t . 3 lI 1.699 2 . 1 5 0 2 1 6 2
30 0.256 0.5t0 0.85,1 1 , 3Ì 0 t.691 2 t41 2.151
tl 0.256 0.530 0.853 I :109 1.696 2 . t 4 4 2.453
32 0.255 0.510 0.853 I 309 t.694 2 . 1 4 1 2.449
l3 0.255 0.530 0.853 ì.308 |.692 2 . 1 3 8 2.415
0255 0.529 0.852 1.30? 2 . 1 3 6 2 441
35 0.255 0.529 0.852 t.306 1.690 2 . r 3 3 2 4 3 8
36 0.255 0.529 0 . 8 5 2 1.306 L688 2 .Ì : l l 2.434
31 0.255 0.529 0 . 8 5 1 Ì.305 l.6ri7 2.129 2 4tl
38 0.255 0.529 0 . 8 5 1 Ì.304 r.686 2 . 1 2 7 2.129
39 0.255 0.529 0 8 5 1 Ì.304 l.ó85 2.125 2.426
0255 0.529 0 8 5 ì 1.303 1.68,1 2.123 2 423
0.255 0.529 0.850 1.303 1 . 6 8 3 2 . t 2 1 2.121
0.255 0.528 0.850 1.102 r . ó 8 2 2.t20 2 . 4 1 4
292 ,13 0.255 0.528 0.850 1.302 1 . 6 8 1 2 . 1t 8 2 . 4 t 6
0.255 0.528 0.850 L30t t.ó80 2.116
0.255 0.528 0.850 I l0l 1.619 2 . t 5 2412
0.255 0 5 2 8 0.850 I ]00 1.619 2 Ì t 4 2 4 1 0
0.255 0 5 2 8 0.849 ì.300 l . ó 7 8 2 . 1 1 2 2.108
48 0.255 0 5 2 8 0.849 1.299 ) . 6 1 1 2 . 11t 2 401
0 255 0.528 0.8,19 |.299 2 . 1 ì 0 2.105
50 0.255 0 5 2 8 0.849 t.299 2 1 0 9 2.403
a 252 0.52,1 0,8,12 L282 I 645 2.055 2 326

Y Núnero de grausde libe.dadc.


Ì 0,f55 0?08 1.474 1.642 2.106 3.841 5.412 6.635Ì0.828
2 1 . 1 8 6 1 . 8 3 32 4 0 8 3 . 2 Ì 9 4 . 6 0 5 5 . 9 9 t ? . 8 2 4 9 2 1 0 1 3 . 8 1 6
3 2.365 2.945 3.6óó .1.6,146253 7.815 9.8351134216.2ó9
4 3 3 5 6 4 . 0 4 4 ' 1 . 8 ? 85 9 9 0 ? . 7 8 1 9 4 8 8 l Ì . 6 ó 11 3 . 2 7 6 18.468
5 4 : 1 5 ì 5 . 1 3 2 6 . 0 6 4 1 . 2 a 9 9 . 2 3 7l l 0 7 l 1 3 . 1 8 1 8 5 . 0 8260 5 ì 6
ó
'1 5 1 4 8 6 . 2 t 1 7 . 2 : l l 8 . 5 5 81 0 . ó 4 5 12.592 1 5 . 0 3 1 6 . 8 l ]2 2 . 4 5 8
6.346 1.21138.181 9.80312.01t14.Q61 \6.622ta.41524122
8 t 3 4 4 8 . 3 5 0 9 . 5 2 , l1l . 0 l 0 l 3 . 1 6 l 1 5 . 5 0 ì78 . ì 6 82 0 . 0 9 0 26.125
9 8.:14:l9.414ì0.65612.242l4ó8,1 16.91919.ó7921.6ó62t.878
l 0 9 . 3 4 21 0 . 4 7 1 Ì 1 . ? 8 11 3 4 4 2ì 5 9 8 ? 1 8 . 3 027l . l ó 1 2 3 . 2 1 0 29.589
l l 1 0 . 3 , 1111 . 5 3 10 2 . 8 9 l9, l . 6 l l 1 1 2 ? 51 9 6 7 52 2 . 6 1 2 84 . ? 2 531.2ó5
l 2 l r 3 4 1 ìl 2 . 5 8 4l , 1 . 0 l l1 5 . 8 1 21 8 . 5 4291 . 0 2 26 4 . A 5216 ? ) 1 3 2 . 9 1 1
lt 12.140 D . 6 3 6l 5 Ì 1 9 t ó . 9 8 51 9 . 8 t 22 2 . 3 6 2 5 . 4 ? 2 17 . 6 8 834531
l , l 1 3 . 3 3194 . ó 81 56 . 2 2 2 1 8 , 1 52ì ì . 0 6 42 3 . ó 8 5
2 6 . 8 ?2 39 . 1 4 1 6 . 1 2 , 1
l5 14.339t5.?33t1.3221931122.1Q1 2,1.996 28.25930.5?837.ó98
l 6 ì 5 . 3 3 8Ì 6 7 8 0 ì 8 . 4 1 82 0 , 1 ó 5 2 3 . 5 4 2 6 2 9 62 9 . 6 3 3 2 0 0 03 9 . 2 5 3
l7 l6.ll38 l?.82,119.5Ìl 21.61524.7692758? 30.995l:1.40940.790
lli I7.33818.8ó820.60122.?6025.98928.8ó932.3463,1.805 42.111
ì9 r8.338t9.91021.ó8921.90027.204:10.ì4433.6873ó.19143820
20 Ì9.:ll7 20.95122115 25.Q38 2a.4123l.,ll0 15.020l?.566451t5
2 1 2 0 . 3 12 11 . 9 9 12 1 8 5 82 6 . l t 12 9 . 6 1 5 3 2 . 6 731ó . 1 4 3 8 . 9 3 2 , 1 6 . ? 9 ?
22 21.33123.03t24939 2?.301:10.813 3392437.65940.28948.2ó8
23 2213721.06926.0t828.4293200? 35.1?238.96841.63849.728
21 23.33125146 21.@629.55333.t9636.41540.27042.9805ì Ì79
25 U.331 26143 28.1?2:10.6?5 34.18231.65241.566141t1 52.62A
26 25.33621.11929.2,1ó 31.79535.563:18.885 ,12.85ó 45.6,12 54.052
21 26.11628.2143031932.91236.74140.113,14.140 46.96355.,1?ó
2A 21136 29.24911.391J4.02131.916,11.33? 45.419 ,18.2t8 56.892
?9 28.33630.28332.46135.t3939.08742.5574ó.ó9349.58858.301
30 29336 3t.31ó33.5303ó.25040.25643.1734196250.89259.703
31 30.33632.34931.59831.3594).42244.98549.22652.1916t.098
32 31336 33.181:15665 38.46642.58546.19450.48?53.48662.48?
33 32.33634.4t336.13t39.51243.14541.40A 5).Ì43 54.11663.870
34 3333ó 35.4.14 37.?9540.67644.90148.6025299556.06165.247
35 34.31616.4?538.8594t.7784ó.05949.A025424457.\1266.6t9
36 35.33ó17505 39.92242.41941.21250.99855.,189 58.ó196?.985
3? 3ó.33ó3853540.98443.978,18.:161 52.19256.73059.892ó9.347
l8 3?.31539.56442.0.15 ,15.076 49.51351.1845?.96961,ì6270.703
39 ]8.31540.59343.1054ó.17350.66054.57259.204ó2.42872055
.1039.33541.6224-4.165 4t.2695t.80555.?58ó0.43ó63.ó9t73.402
4Ì 4033542.65145.224,18.:16:1 52.949569,1261.ó6564.950?4.7,15
42 11.135136194ó.28249.,156 54.0905812462,892ó6.20ó7ó.084
43 42.:135 4-4.70ó 47,33950.5:18 55.23059.3M61.11661.45917.419
44 41.33545.73448.:t9651.ó395ó.369ó0.48Ì65.33?68.709?8.t50 293
45 44.33546.76149452 52.72957.505óì.6566ó.555ó9.95780.07?
,ló 45.:ll5 47.r8t 50.50753.81858ó41 62.81067.t717ì 20i 8ì 400
4? 46.3]548.81451.56254906 59774 ó4.0016898572.44182.?20
,r8 47.31549.84052.61655.99160.90?65.1?r70.t9773.ó8384.03?
49 48.33550.8ó653.6?057.07962.03866.339?1.40674.9Ì985.351
50 49.1351.892 5 4 1 2 35 8 . 1 ó 4 ó 3 . 1 óó 77 . 5 0 5
7 2 . ó l :?l 6 . 1 5 4
86.661

I En que I d é o nirel de signil'jcânci!.


! Númerode gftus de lìberdade
BIBLIOGRAFIA
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ft.n.s, ed. Univenity ScienceBooks. 1982.

I A bibÌiocrafia não ênglobâ a rcferìda no rexb, pón onde cnada foi conlenienlcnente dÒcuóentada em
notasde rcdâpé.A bibllogÈfia dsinãladacon + é faculialìla.
BIBLIOCRAFIA

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FÍrtcas. Plátâno Editora. 1988.
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294
PROBLEMASRESOLVIDOS
PROBLEMAS RESOL}TDOS

Expe.iência 0
0.1 A ligâ meú.licâtÍâtâ-sede uma mistuÍade elementos.DestâfoÍmâ o volume lotal é iguâl
somãdos voluÌnesde cadaum dos €lementosv = v, + v,.
Tomândo o inveno da densidadetem se
I u vr -
= =--lL+
P|B

= u' gr+ t -9t


mÌ+m: mr mr+m: m2

l Ì

Exp€riência I
L3 A anomalia sravjmétricâ é provocâdap€la diferença entre ã nassa do ju iso nrj e â massâ
médiada crostam", e por issodep€ndeâpenâsdo contrastede densidãdes Àp = pj p". A mâssa
anómalavale m.=4r R3 (pj - p.) = 5.328x101like.A atracçãoda nassa dónal4 considerâda
pontual à profundidade h. provocâ um aumento no vaÌor da Bravidaded€

Ag=Gli=t42/tu^ntst

Experiênciâ 2
2.5 D€ âcordo corn a lei do d€clÍneo radioactivo o número N de núcleos exislentes numa amos-
r.a radiorcula em cadalnstanree dado poÍ N r, onder d " v'da medrae N, o nú-
N" expr-
|
mero de átomosexislentesinicialmente.O númerode desinlegraçõespoÍ unidadede tempo é
entãoigual a

A= !+ - -IL .^or- I ,=A"exp( ì r.

Tomúdo o togaritmoem âmboso. membro.da expre\";o obrém-.e: ln A In A. -


| 301
que e a equaçáode uma rera de decli\e m e ordenadána odgem b=ln 4". Podemo\en-
tão fâzer um ajuste linear aos pontos expeÌinentais, se tomârmos o logariho de cada medida
efectuada.Em relação aos erÍos devenos contudo ter âlgumâ precâução.Os eÍros associadosa
cadâ número de contasensA é isual ã {À mas parâ âchânÌos o eno âssociadoa In A devemos
ulilizaÍ â fóÍnula de propagaçãodos eros- Assin tem-se
, à l n  :
o , ' rAn ,= " i Ã
Ì I
A=A ,
f JoiAr=;,
PROBLEMAS
RESOLVIDOS

Usandoa fómula püa o âjustede umâ recraa um conjunlode pontos


experimenraúobÌ€

-=a = - 6 . 6 9 3 9 9 9 o (Ín) = 0.C01


b = ln A, = 4.721 o(b)=0064

A vida médiaé poÍanro


Í=ll1.1t0.ls
O I, desteâjusteé isual a 15.6sendo8 o númerode
srausde Ìib€rdadelOIr reduzidoé
poÍeto igxal a 15.6/8= 1.96, valor esteque é un pouco êho.
Conrudo s€ calculam;s a probabi
ridad€
P(r, >r5)= 0.05.veÌjficâmos
que;ainda
razoÁva.
u-,"r". a" r,.r","a" oJJ,úìiri-
cd que ã foÍma escolhidapda a curuade ajustenão é â nelhor, podend;
contudo; acei;v;i.
2.6 Pamcêdauma dâs disrribuições
caiculamoso vator médiop e desviopadJãoõ atravésdas

*=>R'' "= lDõrt-''F-= e N = Irrr,

onde orsão as frequênciasem cadainte.vâlo,e xr o valor do ponto


médio de cadainlervâlo_
ano 90/91 p= 11.3 r=4.1O Númerororâlde alunosN = 126
^ n o9 2 / 9 3 p=11.8 o=3.39 N ú m e mt o t a l d ea l u n o sN = 2 2 3

Asora pâra câdâinúervalovamos câlcuÌar o vaÌor da írequênciâ esperada


de âcordo com urnâ
djstribujção normal de média p e desüo padrão o.
Noternos que a probabitidade de se obter a oora x compren.tida entre
x, e x, pode ser cal_
cuÌada a partir da disrribuição norÌnat reduzida (i.e. p = 0 e o = r qr:e
) se encontrãìauelada_De

P,\.<(<xr,=p(r,a<\-r!<\:.r.,- pí(:B.l L *r-!


< ì
\ o o o J
Por exemplo parâ o ano de 90/9t e paÍâ o prinÌeúo inrenalo

P L o < r < ) ) -P í o l l 3 < x . 2 - l l J \ 27o<x< 227)=00087


\ +.r 4r ,=P(
ObÉm-se pda os Íírios intervalos

ano90/91 àto 9U93


302 P(0<x<2) = 0.008? P(0<x<2) = 0-0016
P(2<x<4) = O.O259 P(2<x<4) = 0.0088
P(4<x<6) =0.0óÌ0 P(4<x<6) =0.0329
P(6<x<8) =0.1134 P(ó<x<8) = 0.0878
P(8<x<10) = 0]626 P(8<x<10) =0.1667
P(10<x<12) =0.1930 P(10<x<12) = 0.2258
P (12< x < 14) =O t779 P(12<x<14) =0.2Ì83
P(14<x<16) =01295 P(14<x<i6) =0.1471
P(16<x<18) =00735 P(16<x<18) =00?39
P(18<x<20) = 0.0346 P(18<x<20) =0-0328
PROBLEMAS
RESOLVÌDOS

As frequênciâs
ftesperâdasteoÍicâínertede acordocoma dislribuiçãonormalobtêm-s€mul-
tiplicândoasprobabilidâdesP poÍ N. o númerorotalde alunosem cadâano
fr=P(0<x<2)xN etc...

O I' obtém-sea paÍtir da expressão


- íf ür)r
t

I' = 46.9 ano90l9l


X' = 55.8 ain92/93
PaÌâ l0 - 3 = ? gmus de liberdâde o valor crítico tj para um níveÌ de significância de 0.05
é igual a Ì4.0 e pâra Ìrn nível de significância de 0.001 é iguâl â 24.3 . Poíanto a hiútese das
distribuiçõesdas notâsseguir€muÍra distribuição normal é rejeitâdâ pêrâambosos nÍveis de signi-
ficância.

Experiênciâ 3
3.1 Iniciâlment€ os eÌectrõ€ssão aceleradospeÌa ddp V, e adquirem uma velocidade v antesde
entrarem na r€giao das placas deflectons. Dado que o tÉbalho ÍeaÌizado pelo campo eléclrico
aplicado aos electrõesé igual à variação da sua energia cinética tem-se

w = qv! = Ec = j- mcvr

onde q = 1.6x10ì, C é a caÍsa elútrica do elecrão e m" = 9.tèg: !s â sâ mâssâ.como o


eìeckàoe acelemdosegundoo eixo dos yy fica-secolÌÌ ", = ,j = I l. l0 rv..
ï.'
Quando um eletÌão entÌa na Esião das placâs horizontâis fica sujeito â uína foÍçâ €léc-
trica F. E,q q. onde v, é d ddp aplicadaàs pláca\ denecroms.O elsúào "ofF uma
i
'
' a,m=
aceleração . . Apos rer atmres\adoa regiáoda\ placa\ horizonld. a componenrev,
dâ velocidadeé dâdâpoÍ

u . = u . , =f " o ,
0m.

onde t é o tempo que o electrão levâ a atrâvessara região das placas. t = !I


Supondo que o electrão efectua sempreuma tajectória rcctilínea desdeo ponto O, o úâj4to 303
percoÍrido nâs cooÍdenadasx e y seÍão dadaspor

^y=L,+L,=vyt e m q u eL , = 2 0 c m é â d i s t â n c iean t . ea sp l a c a se

a * ' = J 1 ; -*, s , 1 =] & 1 , , t , * t , ,


vr I Vld

se âdnilirÍnosqu€ â ddp aplicadaà placasé da ordemde 12 v obtemos^x'= 1.2 cm.


PROBLEMAS RESOLVIDOS

Pâra fazeÌmos o cálculo exaclo dividimos â trâjectóriâ do eleclrão em duâs panes: uma tÍa-
jectóriâ pâÍâbóÌicâ no interior das ptâcâs,e umâ trâjectória rectilínea fora d€ssazona. Enre âs
placâso detvio ^x I sofridopelo eleclrãoé dâdopor
. I I V^ I Li' V"
a\,= a,rr=.2 =
2 ..iq ç 4 vÍL,'
e fora dâs placas â distância peÍconida vale
1 V .
ax,= L,=7 LrL,
\ vJ
e podanro o desvio totaÌ sofrìdô pelo ele.trao é

Âx=Âr +Ár:= L'r-, '7 L ' obrendo.se


À^= r.r cm
7 V.i; !ã
O eno rclativocolnetidoa fâzeÍ-sea âproxirnação
dâ ÌÍâjectónârêcÌilínêâé iSualâ
L,'
" ^ x ^ r 2 =''
Lt
Àx L L4+-

3.2 A atenuaçãoé dada pela ruão entre a ddp d€ saídaV, e a ddp de enúada V"
v" _ R,
^^-_ -
ú R.+R
A resislênciâde sâída(do âtenuadoÍ)R, é constituídapelo pâraÌ€loentrea resistênciâde
ÌMO de entrâdâdo âmplifi€âdordo OSCe â resistênciâque se en€ontÍâà mâssâern câdauÌn
A resistênciâde entmdado OSCé pois iguâl â R* = R" + R.. ToÍrândocoÌno
dosâtenuâdores.
ex€mploo âtenuâdoíAl tem-se
fio^lníYì
A r e n u a d o r A r : R . = ; ; ; ; m o = c o KR .= c 0 0 Kl o s o

99 =0.1 R".=900+99=999K=lM
90O+ 99
pâraos outÍosatenuâdores obtém-s€
A 2 :A = 0 . 0 1 A 3 : A = 0 . 0 0 1 B l : A = 0 . 5 82. ^ = 0.25
tendose em todosos casosR"{ = lM.
3.3

304

E6c.la horüontrl 0.5 ndcn Esoh horizonral5 ndcn


PROBLEMASRESOLVIDOS

3.5

tr
Bcda horibord
Bcala horibotd 2 n
nr/m
/m Vb aplicado.ó €Drl X
Esc.h hdizonÌat 2 V/cn

Expedênciâ4

4.2â) A equação ë v = v.
decârsado condensado, .,, ( ,".""0"
Ir ^c )] n.r" c".
v" = 3v, v" =5v, R = Rr = 3.3Ke C = l00pF vêm
, ì ,
t= lntr
s lRc=0.10s
b) A iniensidadede correníenesseinsrantepodê seÍ facilmente câlcutadânoiando que, a queda
d e F n , ã oe m R , é i g u â ì â V , = v o - v . = 5 J = 2 V e p e l at e i d e O h l n r . . , = ]- O.oOO*e.
c) No inslâÌìte em que se ligâ o intenupior I, â ddp V, na resistênciaR, vâle 5V. Logo pelâ
".^
lei de Obm remae i: --a = . . - = 4.55 nA
d) Na situação de equilíbrio a intensidade de corÍente que sai do condensadoré nula p€lo
que a intensidâd€dê corente que âtÌave$a Rr é igual à que arravessâR? peto que se teml

i = o f t , . v , = r r ,peloque v,=v"
ït;
=1.25v

4.4

305
PROBLEMAS RESOLVIDOS

4.7 a) A imp€dânciâ equivâlenrê vista entÌe os pontos A e B oblém-se subÍituindo a fonle de


rensàopelasuaresis!éncia inremâ.que vmo\ \upoÍ \er nulâ Nese cdsoveriÍrcmo\ que Z fica
em paÌaÌelocom Z, e que Zr fica em paralelocom Zr, ou s€jâ

/ ,/. 7.2"
Z a = z . Iz , + z , t z a t " E Z - ,
;,'.?,'iiï
O vâloÍ da ddp dada pelâ fonte de tensâo equivaÌenle de Thevenin é isuaÌ à ddp enrre os
pontos A e B qumdo não passâcoÍrenre enrre estesdois ponros.
7, ,/"
AssiÍna quedade rersàoem z' e ieu"t a v! e em z, é isuala e ddp
7;2, 7",iv".
entÌê A e B é e.tão dada por

v q = v À - v E = l ; : + -+ - + l v ,

b) SêV^ Vs=0enrãov€m:
z3 ZI

é a condiçãode equilíbrioda pontede Wheât!íone.


- ^ - ^ -
i - -i R = c.
4; - ó ^ 0 e, o r m q
a u es €n c am m rei&
@-êL4= Rl c
çãoqueé indepeídênteda Íi€quênciaú) do sinal usâdo.

Experiôncia5

5.2 â) O díodo@tificâ o sinaÌ,deixandopâssdapenasas altemânciâspositivas.

l0
3
6

306 b) Conecemos por admiú que o condênsâdo.se carÍega até ao valor Íúximo da ddp dada
pelo geÌâdor. De facto, se a inüensidad€de corÌente que atÍavessao díodo é p€quenaâ queda de
üensãoé tambéa pequena(ver curva caÍâcterísticâ do díodo) e pode ser desprezadâfâce à ddp
dâdâ pelo gerador- Pelo conüÌíÍio, se nâs altemânciâs en que conduz a in0ensidâdede coFenre
qu€ atravessao díodo é apreciáveÌ(âlguns Ìniliânp€re) enrãotemos que teÍ em contâ a quedade

i) A paÍir do vaÌoÍ máximo dâ alüemânciapositiva o condensadorvâi-se descaÌresd atÌa,


vés de R. A queda de tensão nâ resistência (e também no condensador)em cadâ insrânre será
dadapela equaçãode descâr8ado condenladoÍv = V, e Rc . Tomandoo rempororálem que
PROBLEMAS
RESOLVIDOS

o condensadoÌs€ descüesa como pndo aproximadmente isual a um peíodo T (esta aproxi-


mação é válida sempreque a vüiação da ddp no condensadoré p€quenaface a V") a mplitude
total da veiação da ddp em R vem dadapor

a v = v " v r r r = v " { L" - " " ' l


que no casoem que I < Rc se reduza av = % -L
RC

ii) No instante em que o condensadorse começa a descarregaÍa intensidade de corÍenle i


que atravessaR é igual â . Ad-itinao qu" ," .ântém âproxiÍìâdâmente consiânt€ durmte
É
o tempo de descdga (que tomdemos tmbém como sendo iguaÌ a um peíodo) veml

av=^Íiat=^J*a=u#

s u b { i r u i n d o \ v a l o r e .n u m é r i c oR
( I00m. C I 0 0 n F .v , = l O V e T = f a = O . O O, I o l

o Dâ equâçãode d€sca,sado conden\adorremos:r = v" (r ;r3') Enràoo inlranrede


""'
rempor pm o qual \e rem v = 0.01v ë dadopor 0.01V.=V ll-e J.rcsolvendo
em ordem
a t e substiÍuindo-se os vâlores nuÌnéricos obtém-s€: l = 4ó Ins.

5.J aì A ddp na bob'nde dadapor: v, = L pelo qre rommdo os vâloresdo gftifico vem
;;

irr) e V r= Ì . 5 x < . ì 0 1 = Ì I t0ìV


tlììr-5\l0rt

b) A potência nédia dissipada pelo i.dutoÌ num peíodo de tenpo T é dada por

p= + j (r)v(t)dt= + J z.sx to' x s x to' r at= 1.875


x l0rxT
' 0

Assim tomândo T = I x l0 6 s vem P = I 8.75 W. Ponanto a bobina iú queiÍúr-sel

c) O díodo limita a quedade tensÃonê bobina a um valor máxino de apÍoximadamenüe0.6V.


Assim a potência dissipada pelâ bobina é nuiro menori A iniensidêde de correnle que peÍcorÍe 3O.l
a b o b i n âp a s s aâ s e rd â d ap o ' : v r = L o u s u b ( t i t u i n dvo, = 0 6 V e L=1.50H rem
dr
06=1.5; d o n d ei = 0 . 4 | e p a r a r = l F \ r e m 5 e i = 0 . 4 a 4 . A p o r ê n c im
a é d i âd i s r i p a d a

será i g u aaÌ r P = -
r T
assim l 0 . 6 x 0 . 4 t d t = 0 . l 2 x T = 0 . l 2 p Wp ê r aT - l p s

de comnrenàovdiâ enráo:.l' = o " v' = v' = O.


dr S€â InrÊn.idade
PROBLEMÁSRESOLVIDOS

R3
5.5 â) Gúbo do ampÌificador A, = 6.7
RI

b)v, = A, v. =Ajvr =-6.7 v, = 13.3v


Rr -3.3 e A,V1= 3 . 3x I = - 3 . 3 V
R,

v"= A'Vr+A'v, = 16.6


v
d) o ciÍcuito faz â coÌnbinação linear das duas ddp.

Experiênch 6

6.4 O circuito da figum apresentâuma solu


ção possível do problema. A resistênciâR é
o lrânsduror de comprimento. A medida dos
compnmentos fâz-se entre os pontos A (ce,
ro' dâ escâÌâ)e B kfim, da escâìa).A resn-
tência R I limitâ a iníensidadede correnüeque
cìrculâ en R a um valor da ordem dos ÍÁ.
A ddp entr€ os pontos A e B é dadâ por
Í r s
v-=U =12 = 0 . 0 6 0v
R;R t.õhj
ond€ se lomou o vãlor de R entre A e B.
S€ pretendemoster à saída umâ ddp de
- 100mV qoandoo cursorseencontrânâ po-
sição B então o sanho c do amplificador dê
v n l
v es e rr a ì q u ce =
V.= õ.ooo=-t0t
e portantoRr deve ser ajustadaâ 1.67Kjá

o. u e cR= -I l , e R , =r r .

Se o cursor sê encontraÍ nâ posição A à


saídâ do ânpìificâdor obtemos 0 V se â úen-
são no ponto C for igual a Va. A iensão no
308

va=12 =0003v
roõ;;

Poftantoâ resistênciaRadevesêrâjusradade forma a termos0-003V no ponroC.


Aproximadamente temos
Ìo
vc = 0.001=12 LoEo R1=40kn
Ì;
PROBLEMASRESOLVIDOS

Experiência 7

7.1 A impedânciado circuitoLC paraleloé dadapo.

Ì Ì
7;=;C;t.'cl "" "'=lÏ

A !âzão eÍtre a tensãode saída e de entrada é igual a

. tv""at tzLcl
lV'tul {R,+lZL.l,

CalculeÌnos os valores dê fr€quência o para o qual a ãtenuaçãoA é icual a


ì;
I t7.^1
A . ^,'-,, donde R:=lZ,,l:

As duassoluçôespossíveissão

t l
., R= ou b, R=--
I - - cDL'
ú,)c
,,ú õ

No casoa) obtém-sea equaçâo


ú ì , R L C+ o L R=0

_LI.E,+4LCR,
_
2RLC

Dado que a frequência o apresentasemprevalores posiúvos escolhemosâ solução

r-+ir-,++I-cn'
-'
2 R tC

No casob) oblém-seâ equâção

-úJ,RLC+oL+R=0
309

Lr.,[,+4LCR.
-
2RI,C

Escolhendo a soluçÃopositiva ficamos com

LÌ\.[,+4LcR,
',
2RI,C
,___ *1_*___r-.!q

PROBLEMASRESOLVIDOS

A laÌgum ^(o dâ curva é pois igual ê ^(D= o, - ú)Ì = Por definição têÌn-seque o fac-
ÌL.
o"
lor de qualrdad€Q = pelo que se tem Q = o"Rc.
^;

Exp€Ìtênda 8

8.6 A paÍir da lei de SneI tem-se

q
sene'
n*= d o n d es u t s b l u j n d no Í = l . 0 r = 6 1 . ê 0 ) = 3 6 ' v e m n , , t u= | 5
".o e,
O erÍo que afectâ ntu é calculado a paÌtiÌ de
-.----_ -;
o r : I L ì q o ( o r )+l l ã e , o r u ' ) l

ou câlculandoâsderivadase diüdindo âmbosos sen0'

-
" " _ i Í . - , 0 , - , o J , . [ s q ! . "í0)l
, t senU, I t ..n c'

ondeos eÌÍos o(er) e o(ot devemser expÍessosem mdiano.AssirÌLsubsüruindo


os valores

310
ÍNorcn ANALÍTrco
A audiof@quênciã 74, 195 Ch!Ìvenet, critério l0?
Avogadto (ver núneÍo de circuito
abeÍação Avogadrc) conpüâdor 61, 177
cromárica223 diiercnciador51, 15?
È enc"22.1 êlê"r.n sl
R
"
J b e r ' . r , m J q u i ì l ô r o s n i f i ,2dl q i n t e g r d d 1n 7 6
dceleração 284 baíóhâ2ll inlcgrador51, 54, 15?
acomodação 216 banda LC 55, 7l-3, 163
actividade.ndioâcliva 143+ de condüção226-7 RC 157
actilo, compone.te174 dc valêocia22ó ? RL 55, 16l
a j u s t c , l i n e dl l 3 , l l 9 , 1 3 0 b a n a d ee n o 1 2 2 RCL71, ló2
algúismossignilìcativos109-12 banil 286 ressonanie 5ì. 55, 163_4
alfa.púlicula 139,2?0 base som 180_l
alisaneótoól.l?ì de tempo236 cÍrculo,corfusãoníniúâ 223
amp op (ver ampìificadôr mnííor 174 codigo
operaciooal) bâdnenlos48 resisléncia 288
ânpere 145.282 becquerel143,285 capacidade 289
aúperímcÍo 250,255 Bessel,prccesso?9,215 c@ficienle
anpliação209 bicôncava(veÍ lentet conelação116, 129
anCtl^t7a.21'1,222 biconvexa(ver lenles) renpeÍalura65, 189
longitudinrl214 bilaleml(terproblbilidade) colector,lransísto.l?4
lÍmsvesrl 7?, 214, 221 bilião 281 comPrìmenlode onda 194.284,
âmplificaçio 175 binoúìal (ver distribüição) 290
amplificador62. 175, l?9-80 bobina73 4 côncavo(ve. espelho,lenÌe)
operacional59. 176 Bolthann. conÍúle de 169,286 condensador 5I
rnplnude bottom (veÍ qüarkt cdga ê desúg! do 54, 155-ó
náxina 45-7, l5l bin@ülos22:l condütor189
pico a pico 45-7, l5l bosõ.s l.!0 cônfiança.inlenãlo 116-?.129
amoíra 96 bumcos22ó consenação(ver enerS'â)
anaÌóCico249 conslanÈ
aneírôm 286 a' d.sinlegÉção285
anculd (!er freqüência) Planck202, 286
ângulo cabocoaxial248 tenpo do.ircuilo RC 155
fítico 20ó calor 184 u.ilesal ô 75
desvio2lO caloria28ó constaótes fundmentais 286
ìncidênciâ204 campo conlexo (ver espelho,lente)
plâno283 eléctricoì91, 285 córnoa216
rcflexão204 magnético191,285 corelaçãÕI 13
rclÌacção 204 câos 74
sólido280, 283 câpacidade 5.1,i53 âlteúa 146
ano luz 286 cap&ínet o 154 elécrìca 145
ânodo41, 16?,23ó, 265 carga saulação 169
âólena73-4 de um coódensador 155 coulomb 145.285 313
6Íct28.276.2a4 eléclrica145.285 cravcira28,262
aneniero.de gálio 170. 173 candelâ281 2 crhlalino 2ló 7
associação cátodo167,235. 265 cu.ie 286
paralelo148. ì54, 161, 166 celsius
série I48. 154. ì61, 166 escaladel8ó cdlibÍâçâo67
astigúrtismo2l? gnu (vef gnu) 59. 61 1ó8
caracteríslica
drnosle@286 célula.folovoìtaica81 2, 225 dist.ìbuição94_5
átono 139
aio 281 cuNaturr 207 centro20?_8.212
lriro. pênduloÌ35 de mâ$a 29 raio 207-8.212
ÌNDÌCE ANÂLITICO

D
difercnça45-7,53, 245
deca281
deci281 feedback(rer rcLlireítação)

ddlírio râdioâctivo142
delínio râdioactivo (vs lei) fib.ilação268
descdgâdoo.densador54, 155 cquìvâlêntehassa-ondgia 141
desedvolvinento(ver séns) espelhoseúéncos 77, 208 cL 7t-73
lentesdeìgãd6 77,217 p$a-aLt?RC 5t,54, I58
propâgaçãodas ondd 192 3 passa-baixa
RC 51.54,158
dédio 27, 98
padfiio40,97, 128
dereto.CÊies-Mullq41,8ó,265
diafnq@ 219.223
imagem 207-8,212
dife.e.çãde lDlencial45-?,51.
objato 207-8,212
1451 , 51,285 cãIihmção27.912 rc l201,212
diferençade fase(!êr fa*) estatisti.o 27, 92'3, 129 virtuál208,212
leirúa 27,9\-2
digitais249 limit€ süperio! 27, Ì08, 129
rensão 257-8
eqüação283 propagação27, lC?, 129 fo.ça 284
diodo59,61,167
sislenírico 27,91 2 lúâo t39,202
sinar6l, Ì72
fotovoltaico(ver célüìa
\úic^p 74,173,197
âbsoluta de temp€Éllo 185
dioplria 77, 215,285 CehiDs186 anguld13?,146
disrância,focal 79. 2m, 285
distânciavisãoÍúÍinâ 78, 220
deoscilaçãodo pôndulo132
de ressonância
do circuito 51,
distribuiçãode prcbâbilidâdes *feÍo-cilínddcd (ver ledtet '713,163,
t91
39,99
tlnções,Ìrigonométrics276
binomial100,i03, 128
FWHM 102
Gaussou noml41, l0l,
to3. t28,291
Poissn40-1,100,103,143 G
t de Stu<lenÌ
42, 104,I 28,292 specko electromgnéti.o 290
X1tO6,\29,293
Eal286
galvúómerÍo,d A$oÍval 249
gaóho59-60,175-7
esu286 Gau$ (ver dislribuiçáo)
exé 28Ì
314 Geiser,dêlector(ver detecrot
E
efi ciência folovoltaica 230 giga281
F gluão139,142

voh 286 f 2t9 celsiu, 186,285-6


de qualidãde
Q 72-3,ló4
kelviÍ 2812
farád 153
INDICE ÀNALITICO

J M
acelerãção
da 33,3ó, 136,
289 joule285-6
junçãon-p 167.228 náquidâfÒtÒg.áiicã
219

H K
kohií 2812 nédià 21, 4Q.96-7, 128
Knchhoftleisde51,147
Henenbe€ (rer princípjo)
henry 160.285 reàl97
L
hetercdino(ver reccptor)

wD 173
homoseneidãde
dinensioial 2834 aceleração
da sravidade36
decli.io radioactivo142
Kirchboff (ver lei das mãlhas

Hüyscns.princÍpiode 203
difercÍçasdepotenciâI47
8
Ohn 51, 145 difercnçasde fase48
I ohÕ generdlizada
166

rcal 206-9,213,216-'1
viíüal206-9,2Ì3
ncrcúrio (!er temóúetro)
método dosnínimosquâdúdos
1 1 4 , 1 2 7t 2. 9

incerteza(ver princípio) delgâdãs77-8.212-3


indiccdc efracção202 nicÍóneÍro (\eÍ patneò
indüçãoclmtromagréüca I60, I64 esferc-cilíndricas
2l?
indúancia160,285 menisco-cóncavas 2ì2 mili28l
mcnisco-convexas 212 milha286
plãno-cilí.dricas217 milhão281

clcckomagnérica
142
forte139,142

linite centrul(ver Teorcna)

linúização ll3, 123-4 315


lìnha,de ié 261
corente51, 145,245.282 Lissêjous,lisurâs4ó, 48, 247
x-Í 236.244
'{-'l 236.243
confiançâ
99, I16-7.129 natuml ou nepeÍiâóo 276

ìóveBoramplificadorl?9 lupa218 9
íris 216

!isível 20Ì 2
INDICEANALITICO

monolatcral(ver probâbiìidade)
movinento pcriódico135ó
sobreFsiçãode 193

dlgitâl 253 p.eshiopiaou pÈsbitia 217


ondllaçãó.esìdüal59, l7ì 2 pnmrino.do túnsfomâdor
operacioóal(veÍ amplificadoo
óptìcâgeonél.ica201-3
N os'Ìoscópio4? 8, 53-5, 61, 235 inceaezade Heisenberg88
osciladorharmónlco132, l9:l da sobreposiçio51, 149
natural(veÍ losúirno)
dâruÉza.do nónio 2ó2 P
neperiano(!er lósârilmo)

paralolo(ver associação)
protagação,velocidade102,
pmec 286 194

o
periodo45'7, 132 2, I94, qlanlidadede naténa 282
284-5
NTC 68, 188

pefreabilidademagnélicado quilo 281


vazio201, 286
pemitividâdeelécirica
v a z i o2 0 1 , 2 8 6
R

cleckomBnétical9l, 201,
pi (r) 286 190
o p'.Ò 281

objecriva
219.220-1

ocular219,220 I radiofrequênciâ
74, I 95, 290

o h mr 4 5 . 2 2 8

316
compimeÍto201.290 pontade provâ48.248

receptor.helerodinoI 99

elóclrica150, t 5ó. ìó1.230,


285
i\DÌct- a\^ì iTtLo

reduzido prob.disr r de srude 292 V


distdbuiçãonomrl 102, 128 prob.disr.,(, ll7,293
Xrll9 Í á b u ad, e c a l ì b ú ç ã o8 ó v a l o re n c @ 4 57 , l 5 l 2
Éllexão telescóÍ'io221 !alo.
rotal ?8. 206 Cassegreiniano 222 numénco89
lcfracção Newtoniano222 médioquadrático45, Ì51
indicede ?8 Eflexão 222 vàriâncid
rejeição,de obse.lqões lO7 Íeftàcç'.o'19,222 esdmada96 ?, 128
.egÍessão, Iiner 113 remónero I87 rcal 97
relações.L.ìCononér.ìcas 2?ó 7 lunçãoseniconduÌoraì89 vric P74.113, 197
relàrórìo,de unâ experìência22 3 mercúno187 vmimcnto 23?
residual(verlcDsão) tcmpc.atura velocidade284
rcsiíencia dinâmica169 absoìuta183,282 angultu30
rcsisrência elécr.icã145,285 Celsius285,6 de fase 192,203
resisrividade14ó, l8?. 285 lenpo de da luz 201. 286
ressonâncir(!eÍ tiequêncir) Élaxação34, 13ó de prcpagaçãoì92
ressondme, circuìro?l 3 Ésposla87 translação30
reÌind216 lensão(!er nnbéú diferença vida média 142
rigor 88 dc potcncial)
h le 111 de poladação ló?, 170 fco 208,212
ruído 152 rcsidual171 inàgeú 20ó 9,213
lista caósadâ217
do lìnire cenml 10,1 'olume 28, 276. 284
c
obÍeposìção 53, 149 lolt ì45, 285
saruraçâo, coreóre Ló9 tera281 loltimeÌro 47_8.151,254_5
secundlrio,do trdslomador 165 ternÍs1o!65-6, 68, I 85
segundo282 tesla285
scrÌicondutores 225 teíe do i(r ll?-20, 129 W
sensibilidade 87 Tlìévenin,€quivaledre150
séne(ver â$ociação) rop (verqüdks) wãÍ 150,28s
deseÍrolliÕenro27? râbâlho 184,285 Weber285
silicio 227 8 transdubres67. 187
nmbolo. 260 /., 28/ tr"nstormador.G
si.al cléctrìco15Ì lransístor6?, 173 Y
degrau152 tngger 41-8,237
denrede sena 152 auto 239 ymto 281
quadrado152 intemo 239 yota 281
rânpâ 152 normâ1239
si.usoidal l5l extefto 240
tria.sular l5l trigononérflcas X
sintonização 74. 19? funções276
ShtcmaIúernacional281-3 .elâções27ó-? raiosX 192,265, 270
Snell,lei de 205 dlião 281
3n
sohreposição (ver teorenâ) tubo de nios catódicos235
s p i ó1 4 2 Z
s u b m u k i o l o2s8 1
"
,"p,o.:ot
,.nid"de\
T
de bà,e do SÌ 281 ' "b\olulo 185
labeh denlrdN 284 5 cro dc 263
prcb. disl. nod.l reduzida iraginária 51, 279 zeta281
291 up (verquarks) Zene\díodo64,61.112
ERRATA

Onde se lê Deve-se ler

pag. 31, li. 24 concerto conserto

pag. 37, prob. 1.3  g=1.42×10 m / s


−5 2
 g=1.19×10−6 m/s 2

2 2
pag. 43, li. 31  =0.465  =1.77

li. 32 7.78>0.465 7.78>1.77

pag. 62, li. 13 Pd=67.7 mW Pd=15.6 mW

pag. 62 problema 5.3 Está mal formulado

pag. 69, li. 1 220 V 220 V eficazes

li. 4 R: T=1177o C R: T=2556o C

pag. 71 Na figura de fim de página falta uma


resistência em série com a fonte de tensão

pag. 77, li. 8 e/ou e

pag. 111, li. 16 10-12 10-11

pag. 115, li. 18  K=


∑ xi   y  2
 K=
1 2
  y i  onde
∑ x 2i i ∑x 2
i

2 1 2
 y i =
N−1
∑  y i−Kx i 

pag. 123, li. 14 yo=3 yo=5

pag. 130, li. 8  f =∣cos x∣ y  f =∣cos x∣ x

∑ x 2i ∑ yi −∑ x i ∑ x i yi ∑ x 2i ∑ yi −∑ x i ∑ x i y i
li. 12 A= i i i i
A= i i i i

n 

li. 18  K=
∑ x i  y  2
 K=
1 2
 y i  onde
∑ x 2i i ∑x 2
i
1
 2 y i =
N−1
∑ y i −Kxi 2

pag. 132, li. 11 g=l 


2
g=l  20
pag. 243, pen. li. ×MAGN ×5 MAGN

pag. 301, prob. 1.3 m a =4  R 3  j−c =5.328×1010 kg m a =4 /3 R 3  j−c =1.776×10 10 kg

prob. 1.3 1.42×10−5 m/s 2 1.19×10−6 m/s 2

−T / RC −T / RC
pag. 307, prob. 5.2 c) V=V0 1−e  V=V0 e

0.01V=V 0 1−e−T /RC  0.01V=V 0 e−T /RC

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