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Caso Clínico 15 A

a) Cite as artérias que realizam o suprimento arterial da região glútea e coxa. Quais são suas
origens, trajetos e áreas de distribuição?

Região da coxa: O trigo no femoral é um espaço subfascial clinicamente importante, no terço


superomedial da coxa. Como suprimento arterial este espaço contém a artéria femoral e seus
ramos. A artéria femoral é uma continuação da artéria ilíaca externa e fornece o principal
suprimento arterial para o membro inferior. Penetra no trígono femoral profundamente ao
ponto médio do ligamento inguinal e lateralmente à veia femoral.Situa-se atrás da fáscia
profunda. Apresenta a veia femoral na sua face medial e se encontra separada do nervo femoral
pelo septo ileopectíneo. A artéria femoral profunda é o maior ramo da artéria femoral sendo a
principal artéria da coxa. Origina-se da face lateral da artéria femoral no interior do trígono
femoral, abaixo do ligamento inguinal. Segue lateralmente à artéria femoral e depois passa atrás
dela e da veia femoral. A artéria femoral profunda deixa o trígono femoral entre os músculos
pectíneo e adutor longo e desce posteriormente ao último músculo emitindo artérias
perfurantes que suprem os músculos adutor magno e do jarrete (inclui os músculos
semitendíneo, semimembranáceo e bíceps da coxa - cabeça longa e curta). As artérias
circunflexas medial e lateral da coxa suprem os músculos da coxa e a extremidade proximal do
fêmur. Ela segue profundamente entre os músculos íliopsoas e pectíneo para atingir a parte
posterior da coxa. A artéria circunflexa lateral da coxa segue em sentido lateral, profundamente
aos músculos sartório e reto femoral e entre os ramos do nervo femoral. Aí se divide em ramos
que suprem os músculos na face lateral da coxa e cabeça do fêmur.
A continuação da artéria femoral, às vezes denominada de artéria femoral superficial desce na
face medial da coxa dentro do canal subsartorial (canal de Hunter), em companhia da veia de
mesmo nome, que a cruza posteriormente, e do nervo safeno. Após atravessar o hiato tendíneo,
fenda musculoaponeurótica, a artéria femoral passa a denominar-se artéria poplítea.

Região Glútea: as artérias que suprem diretamente a região glútea são ramos das artérias ilíacas
internas:
- Artéria glútea superior: maior ramo da artéria ilíaca interna. Deixa a pelve através do
forame isquiático maior, acima do músculo piriforme, dividindo-se imediatamente em
ramos superficial e profundo. O ramo superficial supre o músculo glúteo máximo e a pele
sobre a inserção do músculo. O ramo profundo supre os músculos glúteo médio, glúteo
mínimo e tensor da fáscia lata.
- Artéria glútea inferior: Deixa a pelve através do forame ísquio maior abaixo do músculo
piriforme. Supre os músculos glúteo máximo, obturador interno, quadrado da coxa e
partes superiores dos músculos do jarrete.
- Artéria pudenda interna: se situa à frente da artéria glútea inferior. Segue lateralmente ao
nervo pudendo e deixa a pelve através do forame ísquio maior, abaixo do músculo
piriforme. A seguir desce atrás da espinha isquiática, entra novamente na pelve através
do forame isquiático menor e penetra na região do períneo com o nervo pudendo,
situando-se na sua face lateral. Supre os órgãos genitais externos e os músculos nas
regiões pélvica e glútea.

b) Cite as artérias que realizam o suprimento arterial do pé. Quais são suas origens, trajetos e
áreas de distribuição?

 Suprimento arterial da perna: artéria tibial posterior: é o maior ramo da artéria poplítea,
começa na borda distal do músculo poplíteo. A artéria tibial posterior segue profundamente
à origem do músculo sóleo, e após emitir a artéria fibular, seu maior ramo, segue em sentido
inferomedial na superfície posterior do músculo tibial posterior. Durante sua descida é
acompanhado pelo nervo tibial e duas veias satélites, profundamente ao septo intermuscular
transverso da perna. No tornozelo, a artéria tibial posterior segue atrás do maléolo medial,
do qual está separada pelos tendões dos músculos tibial posterior e flexor longo do hálux. A
maioria dos ramos da artéria tibial posterior não tem nome específico mas a mais importante
é a fibular. Esta origina-se abaixo da borda distal do músculo poplíteo e o arco tendíneo do
músculo sóleo. Desce obliquamente em direção à fíbula e passa ao longo de sua face medial
no músculo flexor longo do hálux, ou entre este e o septo intermuscular e o músculo tibial
posterior. A artéria fibular emite ramos musculares para os músculos poplíteo e outros
compartimentos posterior e lateral da perna. Também envia uma artéria nutrícia para a
fíbula e um ramo comunicante que se une ao da artéria tibial posterior. A artéria fibular
geralmente perfura a membrana interóssea e segue até o dorso do pé, onde se anastomosa
com a artéria arqueada. A artéria circunflexa fibular, um ramo da artéria tibial posterior,
origina-se da artéria tibial posterior no joelho e segue lateralmente no colo da fíbula até as
anastomoses ao redor do joelho. Artéria nutrícia da tíbia é a maior artéria nutrícia do corpo,
origina-se da artéria tibial posterior próximo de sua origem. O forame nutrício através do
qual ela passa está situado imediatamente distal à linha do músculo sóleo, na face posterior
da tíbia. Outros ramos da artéria tibial posterior são as artérias calcâneas que suprem os
tecidos do calcanhar. Seguem medial e posteriormente ao tendão calcâneo e se anastomosam
com ramos da artéria fibular. Um ramo maleolar comunica-se com a rede vascular no
maléolo medial.

 Suprimento arterial do pé: São os ramos terminais das artérias tibiais anterior e posterior.
Artérias do dorso do pé: artéria dorsal do pé: é a continuação direta da artéria tibial anterior
distalmente à articulação do tornozelo. Origina-se a meio caminho entre os maléolos e segue
em sentido anteromedial, profundamente ao retináculo inferior dos músculos extensores, até
a extremidade posterior do primeiro espaço interósseo. Aqui divide-se em uma artéria
plantar profunda que segue até a região plantar e uma artéria arqueada. A artéria plantar
profunda segue profundamente através do primeiro espaço interósseo para se unir à artéria
plantar lateral e formar o arco plantar profundo. A artéria arqueada segue lateralmente
através das bases dos osso metatársicos, profundamente aos tendões dos músculos
extensores, onde emite a segunda, terceira e quarta artérias metatársicas dorsais. Estes vasos
acompanham as falanges, onde cada uma dividi-se em duas artérias digitais dorsais para as
faces laterais dos dedos adjacentes. Artérias da região plantar: são derivadas da artéria tibial
posterior. Dividem-se profundamente ao músculo abdutor do hálux para formar as artérias
plantares medial e lateral que correm paralelas a nervos homônimos. Artéria plantar medial:
é o menor dos dois ramos terminais da art´ria tibial posterior, origina-se profundamente ao
retináculo dos músculos flexores, a meio caminho entre o maléolo medial e a proeminência
do calcanhar. Segue em sentido distal sobre a face medial do pé entre os músculos abdutor
do hálux e flexor curto dos dedos. A artéria plantar medial envia ramos para a face medial do
hálux e emite ramos musculares, cutâneos e articulares em seu trajeto. Artéria plantar lateral:
é o maior dos dois ramos terminais da artéria tibial posterior. Origina-se profundamente ao
retináculo dos músculos flexores e corre obliquamente através da região plantar sobre a face
lateral do nervo plantar lateral, entre os músculos flexor curto dos dedos e quadrado plantar.
A artéria plantar lateral emite ramos calcâneos, cutâneos, musculares e articulares. Quando
atinge a base do quinto metatársico curva-se medialmente entre a terceira e quarta camadas
musculares. Termina no ponto onde se une ao ramo plantar profundo da artéria dorsal do pé
para formar o arco plantar. O arco plantar começa na base do quinto metatársico como a
continuação da artéria plantar lateral. É completo medialmente pela união com a artéria
plantar profunda, um ramo da artéria dorsal do pé. Quando cruza o pé emite quatro artérias
metatársicas plantares: três artérias perfurantes e ramos para as articulações do tarso e os
músculos na região plantar. Estas artérias unem-se aos ramos superficiais das artérias
plantares medial e lateral para formar as artérias digitais plantares.

c) Durante o exame físico, foi realizada a palpação dos pulsos femoral, poplíteo e pedioso, para
avaliação de suas amplitudes. Cite pontos de referência anatômicos para o encontro de cada um
destes pulsos.

 Pulso Femoral: trígono femoral;


 Pulso poplíteo: no centro da face posterior dos joelhos (fossa poplítea), colocados em ligeira
flexão;
 Pulso Pedioso: dorso do pé onde a artéria passa sobre os ossos navicular e cuneiforme
imediatamente lateral ao tendão do músculo extensor longo do hálux ou distalmente a este
tendão na extremidade proximal do primeiro espaço interósseo.

d) O desenvolvimento da circulação colateral é aconselhável para pacientes com insuficiência


arterial periférica. Descreva as circulações colaterais importantes do membro inferior, e
identifique qual delas ajudaria o paciente.

Anastomoses:
1.Ramo superior e inferior da Art. Glútea com a Art. Circunflexa femoral lateral e medial e com
o 1º ramo perfurante da Art. femoral profunda
2.Ramo Obturador da Art. Ilíaca interna com a Art. Circunflexa Femoral medial da Art. Femoral
Profunda
3.Art. Pudenda interna com a superficial e profunda externa da Art. Pudenda femoral
4.Ilíaca circunflexa pro. com circunflexa femoral lateral
5.Art. Tibial ant possui um ramo recorrente que faz conexão com a rede anastomótica de vasos
ao redor do joelho
6.Arts. Maleolares medial e lateral se conectam com vasos das art. Tibial post e fibular,
formando uma rede anastomótica ao redor do tornozelo

e) Explique o aumento do tamanho dos linfonodos inguinais no caso, através da descrição da


drenagem linfática do membro inferior.

O membro inferior possui vasos linfáticos superficiais e profundos. Os vasos linfáticos


superficiais acompanham as veia safena e suas tributárias. Os vasos linfáticos que acompanham
a veia safena magna terminam nos linfonodos inguinais superficiais. A maior parte da linfa
proveniente destes linfonodos destes linfonodos passa diretamente para os linfonodos ilíacos
externos, mas a linfa também pode passar para os linfonodos inguinais profundos. Os vasos que
acompanham a veia safena parva entram nos linfonodos poplíteos. Os vasos linfáticos
profundos acompanham as veias profundas e entram nos linfonodos poplíteos. A maior parte da
linfa proveniente destes linfonodos sobe através dos vasos linfáticos para os linfonodos
inguinais profundos. Estes linfonodos situam-se sob a fáscia na face medial da via femoral. A
linfa proveniente dos linfonodos profundos passa para os linfonodos ilíacos externos. A
linfoadenopatia relatada no caso é de etiologia infecciosa. Como os linfonodos inguinais tornam-
se aumentados, todo o seu campo de drenagem – do tronco inferior ao umbigo, incluindo o
períneo, bem como todo o membro inferior tem que ser examinado para determinar a causa de
seu aumento.

Caso Clínico 15 B

a) Defina os termos veia superficial, veia profunda e veia perfurante.

 Veias superficiais: encontram-se nos tecidos subcutâneos.


 Veias profundas: encontram-se abaixo da fáscia que acompanha todas as artérias
principais.
 Veias perfurantes: penetram na fáscia da perna próximo de sua origem das veias
superficiais e contêm válvulas que quando funcionam normalmente, apenas permitem
que o sangue flua das veias superficiais para as veias profundas.

b) Quais são as veias superficiais do membro inferior? Como são originadas, quais seus
trajetos e onde se esvaziam?

As duas veias superficiais principais no membro inferior são as veias safenas magna e parva.
 Veia safena magna: é formada pela união da veia dorsal do hálux e arco venoso dorsal do
pé. A veia safena magna sobe anterior ao maléolo medial, passa posterior ao côndilo
medial do fêmur, anastomosa-se livremente com a veia safena parva, atravessa o hiato
safeno na fáscia lata e por fim esvazia-se na veia femoral.
 Veia safena parva: origina-se do lado lateral do pé a partir da união da veia dorsal do
dedo mínimo com o arco venoso dorsal. A veia safena parva sobe posterior ao maléolo
lateral como uma continuação da veia marginal lateral, passa ao longo da margem lateral
do tendão do calcâneo, inclina-se até a linha mediana da fíbula e penetra na fáscia da
perna,sobe entre as cabeças do músculo gastrocnêmio e esvazia-se na veia poplítea
situada na fossa poplítea.

c) Como ocorre a drenagem venosa profunda do membro inferior, desde arco venoso plantar
até a veia femoral?

As veias digitais dorsais do pé recebem tributárias provenientes do arco venosos plantar e


unem-se para formar as veias digitais dorsais comuns que terminam no arco venoso dorsal.
As veias plantares medial e lateral passam próximo das artérias e, após comunicarem-se com
as veias safena magna e parva, formam as veias tibiais posteriores atrás do maléolo medial.
As veias profundas comunicam-se com as veias superficiais através das veias perfurantes,
que acompanham as artérias perfurantes a partir da artéria femoral profunda. As veias
perfurantes drenam sangue dos músculos da coxa e terminam na veia femoral profunda.

d)Através da análise da direção do fluxo sangüíneo venoso nas veias perfurantes, explique a
formação de varizes após o aparecimento de um trombo no sistema venoso profundo.

Estase venosa é uma causa importante da formação do trombo. Como resultado da trombose
venosa, uma inflamação pode se desenvolver em torno da veia.

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