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LIÇÕES BÍBLICAS PARA CUL

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REVISTA DA ESCOLA D O M IN IC A L
M A T R IZ C U R R IC U L A R C O M P L E T A
A cada ano estudamos um tema de cada área de estudo. ■Temas opcionais estarão disponíveis.

Primeii ú ano Segundo ano Terceiro ano


Áreas de Estudo

Kfolsh
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Prática Ministerial s

SOLUCIONANDO OS SEJA UM LÍDER COMO INTERPRETAR


PROBLEMAS DA VIDA INSPIRADOR ABÍBUA
V -" " V. ■

H erm en êu tica

Estudos Bíblicos
t

REINO, PODER E GLÓRIA ANTIGO DOUTRINAS BÍBUCAS


Descobrindo o Novo TESTAMENTO Fundamentos da
Testamento A Bíblia que Jesus Lia Verdade

o!
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Desenvolvimento l/Y

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Espiritual F

ESPÍRITO SANTO MATURIDADE ORAÇÃO


Pessoa, Batismo, E MORDOMIA Senhor, Ensina-nos
Dons e Fruto Crescendo e Servindo a Orar

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Evangeltsmo
3
e Missões P

MISSÕES CFTEGOU A SUA VEZ


IGREJA LEVADO A SÉRIO DE PREGAR
Missão e Crescimento Evangelização e DisapuLado Homilética Para Todos

Central de Atendimentos: (91) 3110-2400. www.educacaocristacontinuada.com.br

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ESCOLA DOMINICAL LIÇÕES BÍBLICAS PARA CULTO DOMÉSTICO, DEVOCIONAL E PEQUENOS GRUPOS

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Su m á rio
DATA
....../..__A... .... L1ÇÀO 1 VOCÊ É CHAMADO PARA PREGAR....................... 5

__ /___/...... ...... LIÇÀO 2 APROVEITE SUA OPORTUNIDADE DE PREGAR... 11

_ __ A-.. /........ LIÇÃO3 HOMILÉTICA, 0 QUE É ISSO?............................... 17

.. —f...— LIÇÃO 4 0 ESBOÇO DA PREGAÇÃO..................................... 23

.. .../__ /____ LIÇÃO 5 TIPOS DE SERMÃO...................................................29

- __A...../... .................... LIÇÃO ó A PREPARAÇÃO DO MENSAGEIRO.................... 35

----------------- /
------------------- /.... ............... LIÇÃO 7 UNÇÃO NA PREGAÇÃO E NO ENSINO...............41

•■ iU fc iiiu i /a a u a iin i / LIÇÀO 8 DESAFIOS MODERNOS À PREGAÇÃO......................4 7

----- LIÇÀO 9 A CONDUTA ADEQUADA EM PÚBLICO.............53

■ LIÇÃO 10 A IMPORTÂNCIA DO ENSINO............................... 59


......./■....—

/..... ... LIÇÃO 11 METODOLOGIA DE ENSINO DA PALAVRA......65

..... ^...-M........ LIÇÃO 12 CONSELHOS PRÁTICOS PARA 0 ENSINO.........71

_____________
LIÇÀO 13 0 PREGADOR PENTECOSTAL.............................. 77

Philipe Câmara ê Bacharel em Teologia e Ministério Pastoral e Bacharel em Administração, É Pastor da Assembleia de
Deus em São José dos Campos-SP; Presidente do ICI e Vice-Presidente da Convenção Estadual das Assembleias dc
Deus no Rio de Janeiro. Casado com Luana, tem dois filhos Sarah e Samuel Neto,

3
Expediente
Ed ito ria l Conselho Editorial
"Ide p or todo o mundo e pregai Firmino Gouveia, Samuel Câmara. Oton Alencar,
Jonatas Câmara, Rui Raid, Celso Brasil,
o evangelho a toda criatura ” Philipe Câmara, Benjamin de Souza.

(Mc 16.15) Editor


Samuel Câmara
Pregação è uma palavra que
Editor Assistente
deixa alguns com um frio na bar­ Benjamin de Souza
riga. Na maioria das vezes, a pre­ Equipe Editorial
gação é vista como algo exclusivo Andrey Quadros, Antonio de Pádua
Rodrigues, Gerson Araújo, João Pedro
para pastores e líderes, assim Gonçalves, Marcos Jorge Novaes, Marcos
José de Oliveira, Marcos Ribeiro Pires,
como grandes pregadores. Rodolfo Nascimento Silva, Tiago Sampaio
Espíndola, Valdez José de Souza Barbosa.
O Apóstolo Paulo, em uma de
Redator Assistente
suas cartas, descreve bem o que Elléri Bogo e Reginaldo Moura
seria o "ministério" na vida da Repertório Musical
Igreja e convoca todos os santos Rebekah Câmara

para se prepararem para a obra do Revisores


Jailson Melo e Auristela Brasileiro
ministério; portanto, a igreja toda,
e não só aqueles que hoje costu­ Supervisor
Ronaldo Barata
mamos chamar de "ministros" (Ef
Distribuição e Comercial
4.11-12). Todos nós somos cha­ Jadiei Gomes
mados a cumprir o propósito di­
Editoração e Projeto Gráfico
vino de pregação da Palavra e de Nei Neves e Tarik Ferreira

edificação do Corpo de Cristo. Conteúdo Digital e Imagens


Jeiel Lopes
Se você quer saber qual o seu
Produção Gráfica
chamamento ou melhor se pre­ Alexandre Barata
parar para cumprir seu chamado Esta revista faz parte do Programa de Edu­
como membro da Igreja de Cristo, cação Cristã Continuada e usa como base o
livro “Homilética: Ministrando a Palavra de
encorajo você a estudar esta série Deus”, de Ernest Pettry - Instituto Cristão In­
ternacional (ICI). Campinas (SP), 2007.
de lições sobre ilomilética, ao al­
cance de todos Versão bíblica: Almeida Revista e Atualizada,
salvo quando indicada outra versão.
Afinal, chej\o\la sua vez de pregar! ©2014. Direitos reservados É proibida a
reprodução parcial ou total desta obra, por
qualquer meio, sem autorização por escrito
da Assembleia de Deus em Belém do Pará e
do autor dos comentários e adaptações.

.Pr. Samuel« \ mara Programa de Educação Cristã Continuada.


Editor Avenida Governador José Malcher, 1571, Nazaré.
I J CEP: 66.060-230. Belém - Pará - Brasil. Fone: (91)
3110-2400. E-mail: comercial@adbelem.org.br.

4
Estudada e m ___ /___ /____

à \

LIÇÃO 1 DEVOCIONAL DIÁRIO


Segunda - Mc 16.15
Pregação, uma ordem divina
VOCE E Terça -Jo 15.16
Pregador, uma escolha divina
CHAMADO Quarta - 2Tm 1.9
Pregar, uma vocação divina
PARA PREGAR Quinta-Is 52.7
Pregando as boas novas
Sexta - ICo 2.4
T exto áureo Pregando com Poder
'Prego a palavra, insta, qu er Sábado - Rm 10-14
seja oportuno, qu er não, corrige, Pregar, uma necessidade
repreende, exorta com toda a
longanim idade e doutrina
2 Tm 4.2 LEITURA BÍBLICA
2Tim óteo 4 .2 -5
2 Prega a palavra, insta, quer
V e r d a d e P r a t ic a seja oportuno, quer não, corri­
A p reg a çã o revela a vontade de ge, repreende, exorta com toda
Deus aos homens. a longanimidade e doutrina.
3 Pois haverá tempo em que
não suportarão a sã doutrina;
pelo contrário, cercar-se-ão de
mestres segundo as suas pró­
prias cobiças, como que sentin­
do coceira nos ouvidos;
4 e se recusarão a dar ouvi­
dos à verdade, entregando-se às
fábulas.
5 Tu, porém, sê sóbrio em
todas as coisas, suporta as afli­
ções, faze o trabalho de um
evangelista, cumpre cabalmente
o teu ministério.

Hinos da Harpa: 9 3 - 1 1 5 - 1 6 7
v______________ ________________ J

5
Lição 1 - Você é Chamado para P regar

f ^ INTRODUÇÃO
VOCÊ É CHAMADO PARA
PREGAR Queremos, através destas li­
ções, mostrar que você, homem
ou mulher, pode e deve pregar o
INTRODUÇÃO Evangelho. Pregai’ a Palavra de
Deus, além de um privilégio, é uma
I. O PREGADOR ordem do maior pregador da His­
tória, Jesus Cristo: "Ide por todo o
1. Vocação Mc 16,15
mundo e pregai o Evangelho a toda
2. Preparo 2Tm2.i5 criatura" (Mc 16.15).
A pregação é o instrumento que
3. Pratica 2Tm2.2
Deus mais usou, continua usando e
sempre usará para trazer homens à
II. A PREGAÇÃO Salvação. Esta missão não é exclusi­
1. Loucura da pregação lCo L21 vidade de pastores e mestres. Todo
filho de Deus recebeu poder para
2. Chamado para pregar Mt28.20 esse intento, daí a Importância de
3. Mensagem inspirada lCo2A estudar a Homilética.

I. O PREGADOR
III. O DESTINATÁRIO
1. Necessidade Lc24A7 0 pregador precisa tomar a
verdade de Deus e torná-la parte
2. Propósito Rm 1.16
de sua experiência própria a fim
3. Eficácia At237Al de, quando falar, seja Deus quem
fale através dele.
APLICAÇÃO PESSOAL
1. Vocação. Pregar não é sim
plesmente uma escolha; é uma vo­
cação divina e, portanto, irrevogável
(lCo 9.16). Não é para trazer fama
ou ganhar dinheiro; é para trazer
vidas ao genuíno conhecimento das
verdades de Deus. Aquele que minis­
tra deve ter consciência que sua vida
nesta terra tem um propósito. Quan­
do essa chama arde em seu coração,
ele sabe que se não cumprir seu cha­
mado haverá um vazio em seu cora­
ção. É notório que quando alguém é

6
Lição 1 • Você é Cham ado p a ra Pregar

vocacionado, sua mente, suas emo­


ções, seus sonhos c seus desejos são
o de alcançar vidas para o reino de Nada deveria ser o
Deus. Oramos para que isto aconteça alvo do pregador a não
com você [Mc 16.15; Jo 15.16). ser a glória de Deus
através da pregação
2. Preparo. Deus vocaciona, do Evangelho da
porém cabe ao homem preparar- salvação",
-se. Paulo foi chamado por Jesus (C. H. Spurgeon)
para anunciar o Evangelho, po­
rém passou quatorze anos prepa­
rando-se para isso (G1 2.1}. Aque­ que vem a seguir? Chegou a hora dc
le que é chamado para anunciar a colocar em prática. A prática nada
Palavra deve ter consciência que mais é do que agir em base daquilo
milhares de pessoas precisam que foi aprendido, e transmitir aos
ouvir o que virá de seus lábios, ouvintes (2Tm 2.2). A pregação
portanto, não é de qualquer jeito. visa a atingir todas as pessoas. 0
Deve ter toda uma preparação fí­ pregador não é um mero trans­
sica, emocional e espiritual (ZTm missor de ideias, mas um exemplo
2.15). 0 chamado pode ser feito vivo do poder de Deus para a sal­
do dia para a noite, em um mo­ vação. Aquele que vai transmitir a
mento específico, porém a prepa­ mensagem deve saber que é o ca­
ração não; é algo constante, para nal que será usado por Deus para
ser feito no dia a dia. Sem uma trazer pessoas ao conhecimento
preparação adequada ninguém das verdades sagradas (Tg 1.22).
irá muito longe. A preparação é Sua boca falará do que o coração
muito mais que embasamento está cheio, e as experiências vivi­
teórico. Ela é prática, como um das serão realidades para quem as
dia declarou o grande cientista ouvir, tendo o anseio de cumprir o
Albert Einstein: "Minhas grandes que foi ministrado.
descobertas possuem um segre­
do: 10% são inspiração, e 90% II. A PREGAÇÃO
transpiração" Trabalho, e traba­
lho árduo, é a razão das grandes É um sublime privilégio sa­
conquistas. Deus faz o chamado e ber que Deus escolheu o homem
espera que o homem correspon­ para a maior responsabilidade
da a esse chamado, e assim pre­ do Universo: trazer a mensagem
pare-se para o mesmo. do próprio Deus para a humani­
dade: "Não fostes vós que me es­
3. Prática. Uma vez que Deus colhestes a mim; pelo contrário,
chama, e o homem se prepara, o eu vos escolhi a vós outros e vos

7
Lição 1 - Você é Chamado p a m P regar

designei para que vades e deis


fruto, e o vosso fruto permaneça"
(Jo 15.16). Quando você prega
a Palavra, Deus dá
1. Loucura da pregação. 0 os resultados. Ele os
viver cristão é prática indispen­ garante."
sável para a boa pregação. Nosso
Senhor Jesus Cristo, ao convocar
homens simples e humildes para (Lc 6.12-13). A maior vocação do
serem Seus discípulos, e instruí­ homem é ser chamado por Deus
dos através de ensinamentos prá­ para realizar a Sua obra; e a maior
ticos a como procederem como missão do homem de Deus é levar
pregadores do Evangelho, deu-nos a mensagem de salvação aos ou­
um exemplo da importância de se tros homens, coisa que anjos não
aliar a exposição da Palavra às puderam fazer (Mt 28.20). Inclusi­
práticas de uma vida cristã genuí­ ve quando Cornclio estava há vá­
na. O pregador do Evangelho é um rios dias orando e jejuando, apa­
arauto das boas novas. 0 Apóstolo receu um anjo e mandou chamar
Paulo, comentando acerca da im­ a Pedro para anunciar-lhe o Evan­
portância dessa proclamação, afir­ gelho (At 10). Os discípulos, após
ma: "aprouve a Deus salvar os que terem sido chamados por Cristo,
creem pela loucura da pregação” foram capacitados pelo Espírito
(ICo 1.21). E também recomenda Santo para anunciar com ousadia
que aquele que se dispõe a pregar a Palavra de Deus (At 4.31).
o Evangelho deve portar-se de for­
ma irrepreensível: "...que não tem 3. Mensagem inspirada. O
de que se envergonhar..." (2Tm que é mais admirável acerca do
2.15) . Assim, a Bíblia nos revela ministério é que Deus pode usar
que, desde os primórdios, o amor um pobre homem e lhe confiar o
de Deus sempre foi exposto por tesouro precioso da Sua mensa­
servos comprometidos com a ver­ gem (ICo 2.4). Quando Deus cha­
dade e com o testemunho cristão, mou os profetas do Antigo Testa­
correspondente. mento, os reis, sábios, pescadores,
doutores, puhlicanos, os capacitou
2. Chamado para pregar. 0 com Seu Espírito, concedendo a
mais elevado cie todos os cha­ eles a inspiração da Sua palavra:
mados é o chamado para pregar "porque nunca jamais qualquer
o Evangelho de Jesus Cristo (Mc profecia foi dada por vontade hu­
16.15) . A Bíblia diz que Jesus pas­ mana; entretanto, homens [san­
sou a noite em oração no monte, e tos] falaram da parte de Deus,
depois escolheu os Seus discípulos movidos pelo Espírito Santo." (2Pe

8
Lição 1 - Você é Chamado p ara P regar

1.21). Quando o Senhor se revelou sequentemente, esfriamento da fé


a Ananias para ir até à Rua chama­ (Mt 24.12). Todas as vezes em que
da Direita, perguntando na casa a Palavra de Deus é negligenciada,
de Judas por um homem chama­ a Igreja e o mundo sofrem con­
do Saulo de Tarso, ele não foi sem sequências danosas em todas as
uma mensagem. Deus deu a ele a áreas e, principalmente, no âmbito
mensagem (At 9.10-18). A Bíblia moral. Há uma natural aquiescên­
é a maior mensagem revelada cia do pecador ao desvio da Pala­
por Deus aos homens, mostran­ vra, pois ele sempre quer adiar o
do a fonte da verdade que o povo confronto inevitável com a retidão
de Deus precisa saber, conhecer e de Deus. Talvez isso explique a fa­
anunciar. cilidade e, até mesmo, o fascínio
que muitos têm por pregações
III. O DESTINATÁRIO superficiais e com um alto teor
apelativo emocional. Há uma ne­
jamais houve época na histó­ cessidade urgente da pregação da
ria que exigisse do pregador uma Palavra de Deus, pois só ela pode
mensagem mais viva e eficaz que trazer um avivamento genuíno e
a presente. Somente uma genuína verdadeiro à Igreja (Lc 24.47).
palavra vinda da parte dc Deus
pode mudar o curso da história 2. Propósito. Tudo foi criado
humana. A mensagem é como por Deus com um objetivo, um
uma flecha, que é lançada rumo a propósito, desde a menor célula
um alvo. O principal alvo da men­ ao maior ser do Universo. A men­
sagem é o coração daqueles que sagem que Deus deu ao homem
a receberão. Isto deve estar bem possui o propósito maior de reve­
definido na mente do pregador e lar a vontade de Deus ao homem
bem claro aos ouvintes no fim da (Ef 1.9-11). Toda a Bíblia possui
mensagem. Quando vidas são im­ uma só mensagem central: a sal­
pactadas pela mensagem minis­ vação do homem através de Jesus
trada podemos afirmar que alcan­ Cristo (Rin 1.16). A mensagem
çamos o que havia sido proposto, deve tocar os corações e as mentes
Uma das formas pela qual pode­ de quem a ouve. Uma mensagem
mos saber se alcançamos o alvo com propósito alcançado é aquela
é observando como aqueles que que muda as vidas.
ouviram a Palavra responderam
ao apelo final. 3. Eficácia. Uma mensagem
eficaz é aquela que alcança os seus
1. Necessidade, lnfelizmen- objetivos. Um belo sermão que re­
te, vivemos em tempos de afasta­ cebe aplausos e elogios, mas não
mento da Palavra Lie Deus e, con­ leva ao convencimento, não alcan-
Lição 1 - Você é Chamado p a m P regar

çou seu principal objetivo. Levar c : a


o ouvinte a unia decisão é tarefa APLICAÇAO PESSOAL
séria e cuidadosa, que deve ser
trabalhada durante toda a prega­ A nossa maior honra é anun­
ção (Js 24.15; Mt 11.28). Quando ciar a Palavra de Deus. Ao longo
o objetivo da mensagem é alcan­ dos séculos, milhares de pessoas
çado, vidas são transformadas. Pe­ têm sido transformadas por pre­
dro pregou uma mensagem sim­ gações inspiradas pelo Espírito
ples e objetiva e cerca de três mil Santo. 0 pregador é um canal que
pessoas entregaram suas vidas a Deus usa para mostrar o conselho
Jesus (At 2.38-41). da Sua vontade por meio da men­
sagem ministrada.
V___________ _______________J

( ' >1
RESPONDA
1) Qual é o instrum ento que Deus mais tem usado para trazer os hom ens à salvação?

2) Deus vocaciona o pregador, mas o que cabe ao homem fazer?

3} Q uais os três pontos que m ostram a im portância da m ensagem ?

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Estudada e m ___ J ___ /____

C " Ã
LIÇÃO 2 DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda - Êx 4.12
APROVEITE SUA Deus usa a boca do profeta
Terça - Jr 1.4-6
O PO RTU N ID A D E 0 poder se manifesta na fraqueza
Quarta - ]s 1.9
DE PREGAR Deus chama à coragem
Quinta - 2Tm 1.7
Poder, amor e moderação vêm de Deus
Sexta - Rm 10.14
0 Evangelho deve ser anunciado
T exto áureo Sábado - Lc 5.29
“Vai, pois, agora, e eu serei com a Aproveitando as oportunidades
tua b oca e te ensinarei o qu e hás
de fa la r " Êx 4.12
LEITURA BÍBLICA
Êxodo 4.10-13
10 Então, disse Moisés ao SE­
NHOR: Ah! Senhor! Eu nunca fui
eloquente, nem outrora, nem de­
pois que falaste a teu servo; pois
sou pesado de boca e pesado de
língua.
11 Respondeu-lhe o SENHOR:
Quem fez a boca do homem? Ou
quem faz o mudo, ou o surdo, ou
o que vê, ou o cego? Não sou eu,
o SENHOR?
12 Vai, pois, agora, e eu serei
com a tua boca e te ensinarei o
que hás de falar.
13 Ele, porém, respondeu: Ah!
Senhor! Envia aquele que hás de
enviar, menos a mim.

Hinos da Harpa: 46 -132 - 220


v _ _________ _____________J
ii
Lição 2 - Aproveite sua O portunidade de Pregai

INTRODUÇÃO
APROVEITE SUA
OPORTUNIDADE DE PREGAR Nesta lição, observaremos a
importância de obter ousadia da
parte do Senhor para anunciar­
INTRODUÇÃO mos o Evangelho, vencendo a timi­
dez que nos impede de concretizar
I. APROVEITANDO AS os propósitos de Deus em nossas
OPORTUNIDADES vidas e na de outros. Trataremos,
1. Saudação inicial mente, sobre a diferença
entre Testemunho, Saudação, Pa­
2. Testemunho
lavra, Mensagem ou Pregação, en­
3. Palavra sejando que cada uma representa
4. Mensagem uma oportunidade.

II. O VALOR DOS TÍMIDOS I. APROVEITANDO AS


1. Timidez e coragem Êx4.io OPORTUNIDADES
2. Exemplos da Bíblia Jr 1.4-6
Convém aproveitar as oportu­
nidades, principalmente quando
III. VENCENDO A TIMIDEZ
temos algo a dizer da parte de
1. Razões para vencer 2Tm 17 Deus.
2. Como vencer Êx 4.11-12
3. Cresci mento pessoal 2Pe 3.18 1. Saudação. A saudação é algo
extremamente comum na maioria
APLICAÇÃO PESSOAL das igrejas. Acontece quando você
é convidado a trazer uma sauda­
ção como ato de distinção e grati­
dão pela sua presença. Saudação
quer dizer cumprimentar com
cortesia (Km 16.22}. Normalmen­
te acontece na primeira metade do
culto, intercalado com hinos e até
outras saudações.
Recomenda-se que a saudação
dure até 3 minutos. Lembre-se
que, se lhe foi dada a oportunida­
de para saudação. Embora 3 minu­
tos pareça pouco tempo, quando
se limita ao escopo do que se deve
falar numa saudação, você vai des­

12
Lição 2 - Aproveite sua O portunidade de P regar

cobrir que 3 minutos é mais que palavra pode trazer, embora não
suficiente. Na saudação admite-se seja obrigatório, todos os elemen­
até a citação de um versículo bíbli­ tos de uma pregação ou mensa­
co, desde de que seja extremamen­ gem, como leitura bíblica, introdu­
te breve, se possível, memorizado, ção, desenvolvimento e conclusão,
de forma leve sucinta e direta. mas sem o apelo e oração ao final.
É como se fosse um intermediário
2. Testemunho. Testemunho entre a saudação e a mensagem.
é anunciar o que se viu, ouviu ou Recomenda-se que a palavra te­
lhe é conhecido por experiência nha até 5 minutos, em casos ex­
própria. Uma experiência de vida tremos podendo chegar até a 7
que Deus lhe proporcionou. O ato minutos.
de testemunhar pode ser uma das Devemos nos lembrar que Je­
melhores maneiras de compar­ sus, em muitas ocasiões, se utili­
tilhar, pelo exemplo, o poder de zou do expediente de pregar men­
Deus através da nossa história de sagens curtas, geralmente com
vida. parábolas curtas, a fim de conse­
0 objetivo é apresentar algo guir um melhor entendimento dos
genuíno e real, oferecendo ao ou­ seus ouvintes (Mc 4.33).
vinte a chance de se identificar
com a sua história e constatar em 4. Mensagem. Tudo que se faz
uma realidade próxima e pessoal num culto de louvor e adoração é
o que Deus também pode fazer extremamente importante, mas
por ele. Quando o testemunho é a mensagem principal é o que dá
dado como um dos elementos do sentido a um culto de celebração.
culto deve-se respeitar o limite Ela amarra e dá equilíbrio a todos
máximo de tempo de 5 minutos, os elementos do culto porque con­
sendo o ideal 3 minutos. E impor­ ta com o maior engajamento de
tante lembrar que o melhor am­ atenção dos presentes, pois todos
biente para se compartilhar seu focam sua atenção em um ponto, a
testemunho não é apenas o culto mensagem.
na igreja, e sim, pessoalmente com Agora, para que a mensagem
outras pessoas de seu círculo de seja transmitida de maneira re­
influência (ljo 1.3]. levante é importante lembrar de
alguns pontos. De tudo o que ouvi­
3. Palavra. A palavra pode ser mos em uma hora, guardamos no
comparada a uma "pequena pre­ máximo 15 minutos, e isso quando
gação". Trata-se de uma breve re­ se é atencioso e de boa memória.
flexão bíblica para a edificação dos Quem não acompanhar com aten­
presentes, se possível, seguindo a ção a mensagem irá lembrar-se
temática do culto cm questão. A apenas de pequenos trechos. Com

13
Lição 2 - Aproveite sua Oportunidade de Pregar

isto em mente, é aconselhável que longo dos anos. E uni processo in­
a mensagem dure em torno de 30 terminável, pois sempre há espaço
a 45 minutos. Em alguns casos, para aprimorar a forma de se co­
poderá se estender por mais tem­ municar com o próximo, até por­
po, mas estes casos são exceções. que os públicos, culturas, lugares e
O sermão pode ser classificado ideais variam de lugar para lugar.
de várias formas. Em lição futura,
olharemos com mais detalhes as 2. Exemplos da Bíblia. A pró­
classificações: temática, textual e pria Bíblia ilustra as histórias de
expositiva. grandes líderes que tiveram de
vencera inibição e a timidez:
II. O VALOR DOS TÍMIDOS a) Moisés (ftx 4.10).
b) Jerem ias (Jr 1.4-6).
Muitos se sentem intimidados c) Gideão (Jz 6.15).
em compartilharas boas novas do à)S au l tlS m 10.20-24).
Evangelho, ensinar na escola do­ e) Josué (js 1.9).
minical e evangelizar por várias Estes são apenas alguns exem­
razões: medo de falar em público; plos reais de homens que marca­
receio de não fazer da maneira ram seus nomes na história e na
certa e não alcançar seu objetivo; Bíblia e que tiveram de enfrentar
medo do que o próximo vai pen­ a sua própria timidez.
sar. Fique tranquilo, embora possa
parecer difícil, com alguns conse­ III. VENCENDO A TIMIDEZ
lhos práticos, a missão fica muito
mais simples. 1. Razões para vencer. Temos
as razões certas para vencer:
1. Timidez e coragem. Tími­ a) Deus nos garante um espírito
do é alguém assustado, medroso, de coragem. Em 2 Timóteo 1.7, o
receoso, sem coragem. A timidez Apóstolo Paulo nos ensina: "Pois
está enraizada no medo, neste Deus não nos deu um espírito de
caso se refletindo em receio de timidez, mas de fortaleza, de amor
falar em público. O tímido faz de e de sabedoria" Logo, a Bíblia nos
tudo para não ser percebido. garante um espírito de coragem
A maioria das pessoas tem para anunciara salvação.
medo de falar em público. E algo b) É necessário ouvir pura crer.
extremamente normal. Falar em Anunciar o Evangelho verbalmen­
público, é uma habilidade que se te, ainda continua sendo a forma
desenvolve ao longo da vida. As mais eficaz de compartilhar a nos­
pessoas que conseguem se expres­ sa fé. Em Marcos 16.15, Jesus dis­
sar hem em público, tiveram que se: "ide por todo o mundo e pre­
trabalhar, polir esta habilidade ao gai o Evangelho a toda criatura".

14
Lição 2 - Aproveite sua O poitunidade de Pregar

O Apóstolo Paulo corrobora com da opinião que Deus tem. Assim


este princípio quando nos ensina: aconteceu na vida de todos os per­
"Como, porém, invocarão aque­ sonagens bíblicos citados ao longo
le em quem não creram? E como desta lição. Fica nítido na vida de
crerão naquele de quem nada ou­ Moisés, quando se declara incapaz
viram? E como ouvirão, se não há de aceitar o desafio colocado pe­
quem pregue?” (Rm 10.14). Para rante ele, e Deus lhe responde em
ser salva basta crer em Jesus, mas Êxodo 4-11-12: "Vai, pois, agora, e
para que isto aconteça alguém tem eu serei com a tua boca e te ensi­
que lhe apresentar Jesus. narei o que hás de falar”.
c) Af é cristã é soeioi O Evange­ b) Evitar com parações. Quan­
lho é comunicado em nosso meio do alguém acredita que pode ser
social, entre nossos amigos e pa­ usado por Deus e percebe como
rentes, quando nos reunimos em é visto por Ele, então tudo muda.
comunidade. Jesus nunca abriu Você descobre e descansa no fato
mão do contato social, antes Ele de que cada pessoa é única, singu­
estava sempre cercado de pes­ lar, ' sui generis", e que veio à Terra
soas e buscando oportunidades para cumprir um chamado que é
de compartilhar Sua missão, como exclusivo, unicamente dele; que se
nestes exemplos: Deus quisesse escolher outra pes­
• Mulher Samaritana (Jo 4.7). soa Ele faria, mas se Ele está cha­
• Casamento em Caná da Gali- mando você, é porque sabe que,
leia [Jo 2.1-11). mesmo com suas particularida­
* Banquete na casa de Levi (Lc des, você será capaz de cumprir a
5.29). missão. Geralmente nos achamos
* Visita à casa de Simão [Mc incapazes, comparando-nos com
1.29-30). outras pessoas e esquecemos que
Jesus aproveitava qualquer Deus criou cada ser humano dife­
oportunidade possível para alcan­ rente e com aptidões específicas.
çar alguém. c) Olhe para Deus. A timidez
quase sempre é fruto de nosso
2. Como vencer a timidez. olhar fixo em nossas limitações,
Para vencer a inibição e a timidez fracassos e frustrações, apesar
de talar em público, seja no púlpi­ das garantias e provas incontestá­
to da igreja, ensinando a classe de veis do poder de Deus em nossas
Escola Dominical, e até no evange- vidas. Cada um pode testificar de
lismo pessoal, é imprescindível. momentos nos quais, pelo agir de
a) Perceber a visão que Deus Deus, foi capaz de realizar coisas
tem a respeito de nós. Em muitas muito além da sua capacidade,
ocasiões, nossa opinião a respeito pois Deus completou o que era
de nós mesrnus é mui Lo diferente necessário, e o resultado foi alcan­

15
Lição 2 -A pm veitesua Oportunidade de Pregar

çado. Mantenha o foco em Jesus e c : ^


avance! Jesus jamais nos daria a APLICAÇÃO PESSOAL
Grande Comissão se ela fosse im­
possível. Creia no propósito de Deus para
sua vida, fale de Jesus com ousadia
3, Crescimento pessoal. De­ e seja sábio quanto aos diferentes
vemos nos esforçar em crescer tipos de oportunidades e ao tempo
na graça e no conhecimento do a ser usado. Lembre que o Espírito
Senhor Jesus Cristo (2Pe 3.18]. Santo pode realizar através de você
E quanto mais crescimento espi­ o mesmo que fez com os exemplos
ritual o crente experimentar, tão bíblicos que estudamos.
mais conhecerá a segurança pes­
soal de que está servindo na cau­
sa certa, pregando a mensagem
certa, para as pessoas certas que o
Senhor coloca em seu caminho [Jo
6.44}. E então, seguindo a verdade
em amor, não somente vencerá a
timidez, mas também conhecerá
em sua própria vida a certeza de
que tudo pode naquele que o for­
talece (Fp 4.13).

f A
RESPONDA
1) Cite as quatro oportunidades no culto que devem os aproveitar.

2) Qual a principal causa da timidez?

3) Quai texto bíblico nos incentiva à coragem ?

16
Estudada e m ___ /___ / ____ _

k r " " a
LIÇÃO 3 DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda - Rm 10.9-13
HOMILÉTICA, Salvação para quem confessa
Terça - Rm 10.14-17
O QUE É ISSO? Só confessa quem conhece a Palavra
Quarta - 2Tm 3.14-17
Habilitado através da Palavra
Quinta -2Tm 4.1-5
Pregar em todo tempo
Sexta - IPe 3.13-17
T exto áureo Praticar o bem através da Palavra
aE, assim , a f é vem p ela p reg a çã o , Sábado - At 18.24-28
e a p reg ação, p ela p a la v ra d e Apoio, exemplo de pregador
Cristo" Rm 10.17

LEITURA BÍBLICA
VERDADE PRÁTICA
A U om ilética nos ajuda a Romanos 10.14-17
e la b o ra r e p reg ar serm ões. 14 Como, porém, invocarão
aquele em quem não creram? E
como crerão naquele de quem
nada ouviram? E como ouvirão, se
não há quem pregue?
15E como pregarão, se nao forem
enviados? Como está escrito: Quão
formosos são os pés dos que anun­
ciam coisas boas!
16 Mas nem todos obedeceram
ao Evangelho; pois Isaías diz: Senhor,
quem acreditou na nossa pregação?
17 E, assim, a fé vem pela pre­
gação, e a pregação, pela palavra
de Cristo.

Hinos da Harpa: 259 - 355 - 505


___________ ___ _________ J
17
Lição 3 - H o m ilé tic a 0 Que É Isso?

r INTRODUÇÃO
HOMILÉTICA, 0 QUE É ISSO?
Embora reconheçamos que
haja um chamamento especial de
INTRODUÇÃO Deus para determinadas pessoas
se tornarem pregadores, também
I. O QUE É HOMILÉTICA sabemos que esta tarefa não é
uma exclusividade de pastores e
1. Conceituação mestres. Todo filho de Deus rece­
2. A pregação beu o sagrado privilégio de minis­
trar a Palavra de Salvação aos pe­
cadores. E a Homilética, em ambos
II. IMPORTÂNCIA DA
os casos, pode ser uma ferra mente
HOMILÉTICA extrema mente útil para ajudar a
todos nesse mister.
1. Exemplo e Palavra Rm10.I 7

2.0 poder da Palavra Is55.1i I. O QUE É HOMILÉTICA


r

3. E a sua vez de falar Êx4 u Homilética é a ciência que es­


tabelece regras básicas para pre­
III. HOMILÉTICA PARA TODOS paração e exposição de sermões.

1. Exemplos atuais 1. Conceituação. Não se as­


2. Exemplos Bíblicos Êx4.10 suste com a palavra Homilética.
Ela vem do grego omilos que sig­
3. Jesus, o exemplo Mt4.16-W nifica multidão de povo; seu verbo
omileu é traduzido por conversar.
APLICAÇÃO PESSOAL Portanto, Homilia é a arte de con­
versar com a multidão. Em outras
palavras, é a arte constituída por
técnicas e instrumentos que faci­
litam a comunicação de um para
com muitos. No meio cristão é co­
nhecida como "A arte de pregar”.

2. A Pregação. A pregação,
principalmente no culto comuni­
tário, é o ápice da Revelação Espe­
cial. Não só por scr a exposição da
Bíblia, mas pelo momento em que
se consegue que a congregação fi-

18
Lição 3 - H om ilétíca , 0 Que È Isso?

que atenta para ouvir a Palavra de


Deus através do pregador. Não há
outro momento na vida eclesiás­
tica no qual se consiga tamanha Um sermão é uma ponte
atenção ao aprendizado da Bíblia. que ajuda a levar as
A Homilétíca vai preparar o pessoas de onde estão
mensageiro para este momento para onde precisam
especial, estar. Um plano bom e
matéria em suficiência
II. IMPORTÂNCIA DA ajudarão você a edificar
HOMILÉTÍCA aquela ponte."

1. Exemplo e Palavra. Nin­


guém se engane: o testemunho procederem como pregadores do
não substitui a Palavra. Muitos en­ Evangelho, deu-nos urn exemplo
tendem que basta ser uma pessoa da importância de se aliar a ex­
boa, honesta, com um bom com­ posição da Palavra as práticas de
portamento para pregar a Palavra uma vida cristã genuína.
de Deus. Francisco de Assis disse:
' Pregue sempre o Evangelho. Se 2. O poder da Palavra. Ora,
necessário, use palavras" Essa se insistiremos na ideia da pregação
transformou na desculpa univer­ e ensino da Palavra de Deus, pois
sal de muitas igrejas para fugir da há poder na Escritura proclamada.
responsabilidade de pregar a Pala­ No final das contas, a exposição bí­
vra de Deus oralmente. blica cumpre todos os seus objeti­
Fato é que "a fé vem pela pre­ vos espirituais, não por causa das
gação, e a pregação, pela palavra habilidades do pregador, mas por
de Cristo." (Rm 10.17). Não há causa do poder da Escritura pro­
como o homem ser apto para a clamada.
boa obra se não lhe for transmiti­ A Palavra proclamada primeiro
do o conteúdo das Escrituras. Nos­ persuade, pois ela é como fogo puri­
sas ações nunca serão suficientes ficador e martelo que esmiuça a pe­
para revelar a Salvação em Cristo nha (Jr 23.28-29); não volta vazia,
Jesus. Já a Palavra de Deus, a Bí­ cumprindo todos os propósitos di­
blia, tem esse poder. O viver cris­ vinos [ls 55.10-11); anula as segun­
tão é prática indispensável para a das intenções humanas, pois quer
boa pregação. Nosso Senhor Jesus por pretexto, quer por verdade, a
Cristo, ao convocar homens sim­ Palavra segue adiante (Fp 1.18).
ples e humildes para serem Seus
discípulos, e instruí-los através 3. É a sua vez de falar. De­
de ensinamentos práticos a como pois de já ter estudado o Antigo

19
Lição 3 - Hom ilética, 0 Que É Isso?

e o Movo Testamento em outras


lições, os princípios de interpre­ A Bíblia é a fonte
tação da hermenêutica, e as dou­ primária de material
trinas básicas da fé cristã, agora para a pregação e
chegou a vez de estudarmos como para o ensino”
apresentar todo este conteúdo
para outras pessoas (Êx 4.12).
O conhecimento que se adquire e Fé. Mas cresceu espiritualmente
através da observação e da inter­ e acabou abalando dois continen­
pretação é morto se não for aplica­ tes com sua pregação, e tornou-se
do na vida cristã pessoal e comu­ um dos mais conhecidos pregado­
nitária. O Evangelho não é para se res da história. Billy Graham, com
reter, mas para se proclamar. um sermão simples, conquistou
Paulo, em Gálatas 4.19, com­ milhares de almas, que no apelo fi­
para a formação de Cristo em uma nal entregavam suas vidas a Jesus.
pessoa a um parto. Realmente, o Foi considerado o maior ganhador
ensino da Palavra de Deus através de almas do século. Mas você dirá
da pregação, da aula e do discipu- que está distante do conhecimen­
lado é trabalhoso, mas o resulta­ to bíblico desses homens, fugindo
do, assim como o do parto, é ma­ assim da responsabilidade bíblica
ravilhoso (SI 126.6). de proclamar as boas novas.
*

E só acessar a Internet e obser­


III. HOMILÉTICA PARA var vários exemplos de crianças
TODOS que pregam a Palavra de Deus.
Não existem grandes pregadores,
Mas, não se engane. A Homi­ e sim, grandes mensagens, trans­
lética não é apenas para os pasto­ mitidas através de vasos de barro.
res e mestres, como já dito ante­
riormente. Todo momento é uma 2. Exem plos Bíblicos. Veja­
oportunidade para a pregação da mos os seguintes exemplos bí­
Palavra de Deus (2Tm 4.2). blicos,
a) Moisés dizendo para Deus
1. Exemplos atuais. A história que não poderia cumprir Seu cha­
da pregação está repleta de pes­ mado por não ser homem eloquen­
soas que enfrentaram grandes pro­ te, não saber falar bem e ser pesa­
blemas e limitações, mas, na força do de boca e de língua (Êx 4.10).
do Senhor, venceram. Um jovem b) Jerem ias argumentando
americano chamado D. L. Moody com Deus que não saberia o que
quase não foi aceito para ser ba­ falar, pois era apenas uma criança
tizado, por nao saber responder a (fr 1.4-6).
algumas perguntas sobre doutrina c) Gideão comentando que

20
Lição 3 - Hom ilética, O Que Ê Isso?

não poderia ser o libertador de 3. Jesus, o exemplo. Jesus é o


Israel por ser de uma tribo pe­ maior exemplo de pregador. Não
quena (Jz 6.15). perdia uma oportunidade para ex­
d) Saul, quando foi escolhido plicar e aplicar princípios bíblicos
por Deus, por intermédio do pro­ em Sua vida, e na vida das pessoas
feta Samuel, se esconde em razão à Sua volta (Mt 4.16-18).
de não se achar apto à tarefa (ISm Veremos nesta revista vários
10.20-24). recursos usados por Jesus, como
e) Josué recebe um comando ilustração, aplicação, parábolas,
direto de Deus à coragem: "Não to testemunhos, repreensão de de­
mandei eu? Sê forte e corajoso; não mônios, vida piedosa etc.
temas, nem te espantes, porque o Mas, perceba que Ele prega­
SENHOR, teu Deus, é contigo por va para multidões, como também
onde quer que andares" (Js 1.9). para poucos, como no Sermão
c) Apoio foi um jovem que in­ do Monte; e para urna pessoa só,
fluenciou sua geração através de como a mulher samaritana (Jo 4.1-
palavras poderosas, pregando em 30).
primeiro lugar o batismo de João, Pregue você também a Palavra
mas depois pregando a Jesus Cris­ em tempo e fora de tempo, quer
to. Em Atos 18.24 (e versos se­ seja oportuno, quer não. Pessoas
guintes) observamos este prega­ estão morrendo sem conhecer a
dor, não tão conhecido ou famoso, Cristo devido ao nosso silêncio,
mas que gerou seguidores dentro Não guarde o amor de Cristo só
da própria igreja de Corinto (ICo para você, mas compartilhe sobre.
1.10-17).
d) A escrava de Naamã. A ida­
de não impede a autoridade das ( : _ -\
Escrituras. Essa garota, escrava de APLICAÇAO PESSOAL
Naamã, teve a coragem de se ma­
nifestar diante da esposa do Gene­ Todo cristão pode estar pre­
ral, apontando-lhe o caminho para parado para falar a Palavra de
o profeta (2Rs 5.1-4). Deus. É isso que a Homilética vai
f) Pedro. Lembre-se que o nos auxiliar Lembrando que a Pa­
próprio Apóstolo Pedro não era lavra de Deus não volta vazia (ls
versado em letras, pelo contrário, 55.11). Coragem, a mensagem é
era um pescador, profissão que na de Deus, e é Ele que nos ajudar a
época estava distante do academi- pregá-la (Js 1.9).
cismo. Mas, em seu primeiro ser­
mão, em Atos, cerca de 3 mil foram
batizados (At 2.41).

21
Lição 3 - Hom ilética, 0 Que É Isso?

( ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- — --------------------------------------------------------- \
RESPONDA
1) Quem pode pregar a Palavra e com que autoridade o faz?

2) Posso proclam ar a Jesus apenas com m inhas ações? Como devo fazê-ío?

3) É m elhor se prepara para pregar e ensinar ou faze r de im proviso?

FERRAMENTAS A SUA
DISPOSIÇÃO
• Revistas d a Escola D o m in ic a l - A luno e Professor

• A p lic a tiv o d a Revista paraT ablets e Smartphones

• Livro d e C on sulta e leitura c o m p le m e n ta r - ICI

• V id e o o u la s e m DVD - Todas as lições c o m e n tc d a s e m video.

• P rog ram a d e TV - Rede Boas Novas, sáb ado , às 2lh 3 0

• Site c o m Sisle m a d e C ontrole d e Frequência, içrejcis. professores eduno s

• C e rtific a d o e D ip lo m a reconh ecido s po r instituições can ^en iada s

C e n t r a l d e A t e n d im e n t o : ( 9 1) 3 1 1 0 - 2 4 0 0
A ce sse : w w w .e d u c a c a o c r is tã c o n tin u a d a .c o m .b r

22
Estudada e m ___ / /

r a
LIÇÃO 4 DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda - 2Tm 2.15
Quem prega precisa conhecer a Palavra
O ES BOÇO I )A Terça - At 1.8
PREGAÇÃO Quem prega precisa ter unção
Quarta - Rm 1.16
Quem prega deve fàzê-lo com fé
Quinta - At 16.13
Quem prega precisa orar
Sexta - At 8.26
T exto Au reo Quem prega precisa obedecer
Sábado - At 8.38
"Chegou a Éfeso um ju deu ,
n atu ral d e Alexandria, ch am ad o Quem prega verá os frutos
Apoio|hom em eloqü en te e
p o d eroso nas Escrituras."
At 1 8 2 4 LEITURA BÍBLICA
Atos 18.24-26,28
24 Nesse meio tempo, chegou a
Éfeso um judeu, natural de Alexan­
dria, chamado Apoio, homem elo­
qüente e poderoso nas Escrituras.
25 Era ele instruído no caminho
do Senhor; e, sendo fervoroso de es­
pírito, falava e ensinava com precisão
a respeito de Jesus, conhecendo ape­
nas o batismo de João.
26 Ele, pois, começou a falar ou­
sadamente na sinagoga. Ouvindo-o,
porém, Priscila e Aqüila, tomaram-
-no consigo e, com mais exatidão, lhe
expuseram o caminho de Deus.
28 porque, com grande poder,
convencia publicamente os judeus,
provando, por meio das Escrituras,
que o Cristo é Jesus.

Hinos da Harpa: 56 - 65 -127


v __________ _ __________ J
23
Lição 4 - 0 Esboço da Pregação

INTRODUÇÃO
O ESBOÇO DA PREGAÇÃO
Todo sermão, quer seja temáti­
co, textual, ou expositivo (veremos
INTRODUÇÃO isso mais à frente), precisa ser
pregado de forma lógica e orga­
I. PARTES INTRODUTÓRIAS nizada. Este é o segredo para que
1. Tema os ouvintes entendam claramente
a pregação. Portanto, é imprescin­
2. Texto-base dível que o pregador tome muito
3. Introdução da Mensagem cuidado com a estrutura do seu
sermão. Sabemos que tudo pre­
II. CORPO E DESENVOLVIMENTO cisa ter início, meio e fim. Com o
sermão não é diferente.
1. Tópicos e sub-tópicos Independente do tipo de ser­
2. Fundamento bíblico mão, ele deve ser estruturado com
pelo menos três seções distintas:
3. Transições introdução, desenvolvimento e
conclusão.
1IL CONCLUSÃO Não se deve menosprezar a im­
1. Recapitulação portância de nenhuma destas três
partes. E o que veremos nesta lição.
2. Aplicação pessoal
3. Apelo I. PARTES
INTRODUTÓRIAS
APLICAÇÃO PESSOAL
1. Tema. E o assunto a ser tra­
tado. Deve ser interessante, claro e
breve, para auxiliar a congregação
a entender o que o pregador quer
dizer, evitando divagações.
Pode ser interrogativo (“De
onde virá a nossa salvação?), ou
ainda afirmativo (“Jesus é o único
que pode salvar!”).
Acima de tudo, o tema precisa
ser relevante aos nossos dias.
Fontes para o tema do sermão:
a) As Escrituras - Aproveite o
seu devocional pessoal e selecione
textos que possam servir de base

24
Lição 4 - 0 Esboço da Pregação

para futuras ministrações. 3. Introdução da Mensa­


b) Problemas humanos con­ gem, 0 ideal é que a introdução
cretos [medo, desemprego, de­ seja algo que prenda logo a aten­
pressão, entre outros]. ção dos ouvintes, despertando
c) Datas especiais, da denomi­ o interesse para o restante da
nação, do país [Dia das Mães, Pás­ mensagem.
coa, Natal etc.). Pode começar com uma ilus­
tração, um relato interessante,
2. Texto-base. Texto é a pas­ sempre ligado ao tema do sermão.
sagem bíblica que serve de base Um outro recurso muito bom
para o sermão. É uma parte es­ é começar com uma pergunta
pecífica das Escrituras que de­ para o auditório, cuja resposta
sejamos transmitir aos nossos será dada pelo pregador duran­
ouvintes. te a mensagem. Se for uma per­
0 texto bem escolhido é aquele gunta interessante, a atenção do
que apresenta a ideia central do povo está garantida até o final do
sermão cm uma sentença clara e sermão.
definida. Não é aconselhável ultrapassar
É o uso do texto bíblico que dá os cinco minutos.
autoridade ao pregador, deixando Assim como a decolagem é es­
claro que aquilo que se diz vem sencial para um voo bem sucedi­
das Escrituras Sagradas. do, da mesma forma toda a aten­
ção precisa ser dada à introdução
• Escolha do texto. de um sermão:
a) Escolha textos claros e que a) Características da boa intro­
você conheça bem. Cuidado com dução:
textos obscuros ou controverti­ • Desperta a atenção.
dos. Lembre-se, acima de tudo, a • Está ligada ao tema.
sua função é facilitar. • É dara e simples.
b) Fale aquilo que já foi minis­ • E breve e direta.
trado a você pelo Espírito Santo.
c) Delimite o texto de tal forma b) Cuidados a tomar na intro­
que contenha uma unidade com­ dução:
pleta de pensamento. • Não ficar se desculpando.
d) Lembre-se que todo texto • Não prometer uma grande
tem um contexto. Analisá-lo antes mensagem.
é imprescindível. • Não tentar impressionar
e) Estude o texto, se possível, com palavras difíceis.
em várias traduções em português. • Não sobrecarregar a intro­
É aconselhável, na hora da minis- dução com muitas informações.
tração utilizar, apenas uma.

25
Lição 4 - 0 Esboço da Pivgação

II. CORPO E c) Demonstram 2 elo e organi­


DESENVOLVIMENTO zação por parte do pregador.
À experiência mostra que ser­
É a mensagem a ser transmiti­ mões organizados e criteriosamen­
da. Aqui será interpretado o texto te divididos em tópicos e sub-tópi­
e abordado o tema da mensagem. cos são mais facilmente lembrados.
0 desenvolvimento do sermão Todos nós conhecemos aquela si­
exige uma atenção especial, pois tuação em que as pessoas que se
a introdução foi um preparo para dizem abençoadas pelo sermão,
este momento, e o que virá após quando perguntadas pelo teor da
fechará o assunto. mensagem já não se lembram, ou
se recordam apenas vagamente.
1. Tópicos e sub-tópicos. São Pode até ser falha de memória, no
as divisões, ou seções, do desenvol­ entanto, na maioria dos casos, foi
vimento de um sermão bem orde­ falta de didática do pregador.
nado. Quer sejam enunciadas du­
rante a ministração, quer não, um 2. Fundamento bíblico. Isso
sermão corretamente planejado significa "provar" seus argumen­
será dividido em partes distintas tos com versículos pertinentes ao
que contribuirão para sua unidade. assunto, porém sem exagero. Um
Os tópicos e sub-tópicos de­ bom sermão não é necessariamen­
vem ser claros e simples. Procu­ te aquele que usa muitos textos bí­
re seguir um padrão uniforme. blicos. Lembre-se, novamente, que
Exemplo: Se a primeira divisão foi o ohjetivo é sempre esclarecer.
apresentada em forma de pergun­ Jesus Cristo usou a Palavra de
ta, recomenda-sc que os demais Deus (a Bíblia de que dispunha, o
pontos sigam o mesmo padrão. Antigo Testamento) para combater
Não exagere na quantidade de a Satanás. Também a usava quando
tópicos e sub-tópicos. Essas divi­ pregava. A Palavra de Deus é a pri­
sões devem ser elaboradas har- meira fonte do pregador. Um pre­
monicamente. Em alguns casos, gador sem conhecimento da Bíblia
o próprio texto bíblico já tem sua não chegará a lugar algum.
própria divisão, que usaremos
para formar os tópicos. 3. Transições. As transições
Empregue o menor número são responsáveis por conectar to­
possível de divisões principais. dos os tópicos de um sermão, fa­
Vantagens das divisões: zendo com que o tema flua natural­
a) Ajudam a esclarecer os pon­ mente. Na transição de um tópico
tos cio sermão. para outro utilize perguntas sobre
b) Ajudam a recordar os prin­ o que foi falado, para o ouvinte re­
c ip a is aspectos do sermão. fletir sobre o tópico em sua vida

26
Liçao 4 - 0 Esboço da Pregação

pessoal e, em seguida à pergunta, bém deve ser direta e pessoal, ou


faça uma 'afirmação do tópico', por seja, pessoaliza-se o sermão aqui.
exemplo: 'Você tem fé?'; 'Creia, pois Cada ouvinte deve saber que está
tudo é possível ao que crê!' Certa­ se falando especialmente para ele.
mente você ouvirá muitos 'améns' É o momento de persuadir amoro­
após esta parte e estará pronto samente os ouvintes a praticarem
para o próximo tópico. o que se ouviu. Deve ser dirigida
Não demore muito em um tó­ a todos, com muito entusiasmo
pico pois seu tempo ficará com­ apelando à consciência e aos sen­
prometido nos tópicos seguintes. timentos de cada um.
A duração de um sermão deve
ser de trinta a quarenta e cinco mi­ 3. Apelo. Após a "amarração"
nutos, Já um estudo bíhlico, pode final, chega-se ao apelo. O assun­
durar uma hora, aproximadamen­ to está encerrado e pode-se fazer
te. É claro que o Espírito Santo o apelo. Todo pregador que deseja
pode quebrar esses limites, mas alcançar êxito em ganhar almas
precisamos ter certeza de que é Ele não o alcançará a menos que cada
mesmo quem está fazendo isso. vez que pregue, ao finalizar o as­
sunto, faça um fervoroso apelo.
III. CONCLUSÃO Exemplos bíblicos:
a) "Escolhei, hoje, a quem sir­
É um resumo do sermão, uma vais" (Js 24.15).
recapitulação e reafirmação dos b) "Quem é do SENHOR venha
argumentos apresentados. É uma até mim" (Êx 32.26).
espécie de sobremesa após o pra­ c) "Vinde a mim" (Mt 11.28).
to principal. Uma boa conclusão d) "Eis que estou à porta e
normalmente contém os seguintes bato" (Ap 3.20).
elementos: Recapitulação, Aplica­ É muito importante que o ape­
ção e Apelo. lo leve a uma manifestação públi­
ca, seja ela: levantar a mão; ficar
1. Recapitulação. É a reafirma­ em pé; vir à frente; ajoelhar-se
ção dos argumentos apresentados. para oração; preencher um cartão.
Aqui devemos ser extremamente Apele com confiança, e não
cuidadosos, pois é o momento de desista logo. Muitos demorarão a
dizer onde chegamos. tomar uma decisão, por isso você
Não se deve acrescentar matérias deve dar-lhes tempo.
ou ideias novas apenas resumida­ Acima de tudo, e principalmente,
mente mostrar por aonde se andou. lemhre-se de que é o Espírito Santo
quem convence o homem do pecado,
2. Aplicação pessoal. Uma da justiça e do juízo Qo 16.8).
boa conclusão, além de clara, tam­

27
Lição 4 - 0 Esboço da Pregação

EXEMPLO DE ESBOÇO ~ \
APL1CAÇAO PESSOAL
/ A Todo pregador precisa ter em
FAMÍLIA, ALIANÇA DE mente que um sermão bem es­
AMOR E VIDA (Ef 5.25-6.2) truturado, mas sem o poder do
Espírito, é apenas uma peça de
INTRODUÇÃO
oratória vazia, tal como um cor­
I. A FAMÍLIA NA BÍBLIA po sem vida. E a melhor ilustra­
1. Origem da família Gn 1.26-28 ção será sempre a mensagem de
2. Queda da família Gn 3.6 uma vida cheia de Deus.
3. Propósito imutável Gn 1,28

II. RESTAURAÇÃO DA FAMÍLIA


1. Corrupção da família Tg 1.15
2. Compromisso de Deus At 16.31
3. Salvação da família Gn 7,1

III. OS M EM BRO S DA FAMÍLIA


1. Esposo EÍ5.25
2. Esposa EÍ5.22
3. Pais Ef 6.4
4. Filhos Ef 6.1,2

C O N CLUSÃO
V_______________________________ J

( A
RESPONDA
1) Quais as três seções distintas de um sermão?

2) Cite um dos cuidados que se deve tomar na introdução de um sermão.

3) Quais elementos devem ser considerados na conclusão da mensagem?

J
28
Estudada e m ___ /___ /

r ' "\
LIÇÃO 5 DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda - 2Co 4.1-2
A misericórdia de Deus no ministro
TIPOS DE Terça - 2Tm 4.2
Pregar em todo tempo
SERMÃO Quarta - ICo 1.18-25
A mensagem da cruz é poder de Deus
Quinta - 2Co 5.11
Levar as pessoas à verdade
Sexta - 2Tm 3,16-17
TEXTO AUREO Habilitado através das Escrituras
"Porque não nos p reg am os a nós Sábado - Dt 6.6,7
m esm os, m as a Cristo Jesu s com o A Palavra de Deus arraigada no coração
S en hor e a nós m esm os com o
vossos servos, p o r a m o r d e Jesus."
2 Co 4.5

LEITURA BÍBLICA
2 Coríntios 4.3-5
3 Mas, se o nosso evangelho
ainda está encoberto, é para os
que se perdem que está enco­
berto,
4 nos quais o deus deste sé­
culo cegou o entendimento dos
incrédulos, para que lhes não
resplandeça a luz do evangelho
da glória de Cristo, o qual é a
imagem de Deus.
5 Porque não nos pregamos a
nós mesmos, mas a Cristo Jesus
como Senhor e a nós mesmos
como vossos servos, por amor
de jesus.

Hinos da Harpa: 16 6 -1 7 1 - 291


J

29
Lição 5 - Tipos de Sermão

C " -
INTRODUÇÃO
TIPO S DE SERMÃO
Há muitos tipos de sermão
e vários meios de classificá-
INTRODUÇÃO -los. Estudaremos, nesta lição,
os métodos mais utilizados. De
I. SERMÃO TEMÁTICO acordo com a Homilética, um
sermão é geralmente classifica­
1. Conceito
do como temático, textual ou ex-
2. Como Preparar positivo. Lembrando que a fonte
inspiradora, para a construção
3. Exemplo Mt6.9
de um sermão, sempre deve ser
as Sagradas Escrituras.
II. SERMÃO TEXTUAL
1. Conceito I. SERMÃO TEMÁTICO

2. Como Preparar 1 .Conceito. 0 sermão temá­


3. Exemplo }o 102728 tico é aquele cujo desenvolvi­
mento é baseado em um tema
central. Suas principais ideias
III. SERMÃO EXPOSITIVO
e divisões giram em torno do
1. Conceito mesmo, independente do tex­
to bíblico utilizado. Ele é fácil
2. Como Preparar
de ser preparado e não requer
3. Exemplo slil-6 muita exegese ou interpretação
do texto sagrado, além do fato
APLICAÇÃO PESSOAL de o ouvinte ter mais facilidade
de gravar e assimilar a mensa­
gem ouvida. Um dos grandes
sermões temáticos foi o de Jo-
nathan Edwards, sob o título:
P ecadores nas m ãos de um Deus
ira d o , pregado em 8 de Julho de
1741. Você talvez nunca tenha
lido ou ouvido este sermão, mas
é bem provável que já tenha ou­
vido falar de seu tema. Após es­
colher o tema de sua mensagem,
o pregador deve buscar textos
bíblicos que o apoiem no assun­
to escolhido.

30
Lição 5 - Tipos de Sermão

2. Como P rep arar. A fim de principal, e seguem o mesmo


compreendermos com maior princípio, derivando da ideia
clareza o conceito de um sermão central. Entretanto, é necessário
temático, veremos como se pre­ que os sub-tópicos estejam su­
para um. bordinadas ao tema principal.
a) Escolha do tem a. O pri­
meiro ponto deve ser a escolha 3. Exemplo.
de um tema, que pode ou não
requerer um versículo bíblico f A
como base. Isso não quer dizer CONHECENDO OS
que a mensagem não seja bíbli­ FILHOS DE DEUS (Mt 6.9)
ca. Embora o sermão temático introdução: Vamos descobrir, na Bíblia,
não se baseie diretamente em quem são os Verdadeiros filhos de Deus.
um versículo, o ponto de partida
do qual sua ideia central se de­ I. OS QUE O RECEBERAM J o 1 .1 2
senvolve geralmente é um versí­ II. OS QUE SÃO GUIADOS PELO
culo bíblico. SEU ESPÍRITO Rm 8.14
b) Em busca de versículos.
Após a escolha do tema, ire­ III. OS QUE SÃO DISCIPLINADOS
mos em busca de versículos que PELO SENHOR Hb 12.5-11
apoiem a ideia central do tema Conclusão: Você jã é filho de Deus? Você
escolhido. Neste ponto, a ajuda quer ter o direito de ser filho de Deus?
de uma Concordância Bíblica é __________ __ ___________J
de grande utilidade.
c) As divisões principais. As II. SERMÃO TEXTU A L
divisões são os tópicos que o pre­
gador usará para expor o tema 1. Conceito. 0 sermão textual
central do sermão. Elas devem é aquele baseado em um peque­
ser organizadas numa ordem ló­ no texto ou versículo bíblico. As
gica, ou cronológica, que demons­ divisões principais são derivadas
tre o desenvolvimento natural da do mesmo, podendo cada frase
temática, tendo como base um ou do texto constituir um ponto a ser
mais versículos bíblicos. O Ser­ pregado. No sermão textual o pre­
mão deve possuir divisões, pois gador traz seu ouvinte para dentro
permite um melhor aproveita­ do texto bíblico e usa o texto como
mento do tema, levando os ouvin­ linha de raciocínio para o sermão.
tes a compreender gradualmente A maioria dos pregadores em evi­
o assunto abordado. dência no cenário brasileiro prega
d) As subdivisões. As subdi­ ou sermões temáticos ou textuais,
visões têm a finalidade de desen­ e raramente se detém no sermão
volver a ideia contida na divisão expositivo.

31
Lição 5 - Tipos de Sermão

2. Como Preparar. O prega­ 3. Exemplo.


dor que se dedica ao estudo das
Escrituras não encontrará difi­
culdades em preparar um ser­ “AS OVELHAS DO
mão textual. BOM PASTOR” (Jo 10.27,28)
a) O Texto escolhido. Na Introdução: Quais são os privilégios
preparação do sermão textual, o
das ovelhas de Cristo?
primeiro ponto deve ser a esco­
lha de um texto como base, que I. OUVEM A VOZ DO PASTOR v27
pode ser constituído apenas por 1. "As Minhas ovelhas"
uma linha do versículo bíblico, 2. “Ouvem a minha voz"
um versículo todo ou mais ver­ II. SÃO CONHECIDAS PELO RASTOR v27
sículos.
1 . "Eu as conheço’1
b) O Tema. 0 sermão textual
2. Conhece tudo que se passa
inicia com um texto-base que nos
mostrará a ideia central da men­ III. SEGUEM OS PASSOS DO PASTOR
sagem. Diferentemente do ser­ 1. “Elas me seguem"
mão temático, no sermão textual 2. Segurança no caminho
o próprio texto escolhido oferece IV. RECEBEM VIDA ETERNA v28
o tema para o sermão.
1. “Eu lhes dou vida eterna"
c) As divisões principais.
2. “Não perecerão”
As divisões principais neste
3. “Ninguém as arrebatará de
tipo de sermão devem, obriga­
minhas mãos"
toriam ente, ser originadas de
verdades ou princípios oriun­ Conclusão: O privilégio de ser ovelha
dos do próprio texto escolhido. do bom Pastor é um presente, uma dá­

Para isto, devem ser embasadas diva segura, perm anente e eterna.

em versículos ou partes do tex­


to que expressem verdades re­
v________________ J
levantes. III. SERMÃO EXPOSmVO
d) As subdivisões. As sub­
divisões são o desenvolvimen­ 1. Conceito. O sermão expositi-
to das ideias contidas nas res­ vo é aquele cuja função é explicar o
pectivas divisões principais, e texto das Escrituras, interpretando e
podem ser retiradas do texto expondo detalhadamente o assunto
base, ou de outros textos, des­ abordado. Essa interpretação pode
de que tenham alguma relação basear-se em vários versículos de uma
com a ideia central contida no mesma passagem bíblica Pode ser
texto. um parágrafo, um capítulo, ou até um
livro inteiro da Bíblia. Essencialmente,
o que o distingue do sermão textual é

32
Lição 5 - Tipos de Sermão

a extensão do texto bíblico utilizado. 3. Exemplo.


0 semião expositivo não é apenas um
comentário bíblico, e sim uma análise r '
minuciosa, detalhada e lógica da Bí­ “O HOMEM BEM-AVENTURADO
blia, devendo fazer uma conexão entre E O ÍMPIO" {S11.1-6)
o texto e os ouvintes. 0 próprio Jesus Introdução: Vamos descobrir quem é
utilizava-se de sermões expositivos ao 0 hom em bem -aventurado.
contar e, em seguida, interpretar uma
1 O HO M EM B EM -AVENTURADO
parábola, aplicando-a ao cotidiano de
Seus seguidores, mostrando assim que NÃO FAZ v1

a pregação expositiva é um excelente 1. Ele não anda “segundo o

método de ensino das Escrituras. conselho dos ímpios”


2. Ele não perde seu tempo “no

2. Como Preparar. caminho dos pecadores”

a) Escolha da passagem bíblica. 3. Eíe não se satisfaz nos prazeres

0 primeiro passo é selecionar a passa­ “dos escamecedores”

gem bíblica que será a base do sermão, Jl O HOMEM BEM-AVENTURADO FAZ


pois no sermão expositivo o tema é 1.Ele tem prazer "na lei do Senhor” (v.2)
extraído de vários versículos. Deste 2.Eie se alimenta da Palavra “dia e noite”
modo, é necessário ler e reler o texto,
meditar com afinco, a fim de entender III O HOM EM B EM -AVENTURADO É

qual é a ênfase principal da Palavra de 1. Como uma árvore plantada

Deus nessa passagem escolhida. junto a ribeiros de águas

b] Divisões e subdivisões. No 2. Uma árvore que não deixa de

sermão expositivo, todas as divisões produzir fruto

principais, assim como as subdivi­ 3. Uma árvore que nunca envelhece: “as

sões, desenvolvem-se a partir do tex­ suas folhas não cairão”

to bíblico escolhido. Em suma, esse 4. “tudo que fizer prosperará” (v.3)

sermão consiste na exposição da IV HOM EM ÍM PIO


passagem bíblica. Assim, para uma 1. É o oposto do que o homem
melhor compreensão, é necessário bem-aventurado gosta e faz
pesquisar e entender questões como: 2. “como a moinha que o vento
a) O contexto histórico e geográ­ espalha” (v. 4)
fico da época 3. “Não prevalecerá no Juízo”vindouro (v.5)
b) 0 ambiente literário que o au­ 4. Nem pecadores na
tor bíblico viveu. congregação dos justos
c) pensamento religioso da época.
Isso servirá para compreender Conclusão: “O SENHOR conhece o
caminho dos justos, mas o caminho dos
e esclarecer o que a passagem quer
ímpios perecerá.” (v.6). Qual d e ste s do is
ensinar e como ela pode ser aplicada
. você deseja ser?
em nossa vida.

33
Lição 5 - Tipos de Sermão

Por fim, o mensageiro deve levar


em conta que, embora ele crie o ser­ APLICAÇÃO PESSOAL
mão e capriche na elaboração do es­
boço, a mensagem vem de Deus. Ele Um bom sermão, para tocar
proclama e explica a mensagem que profundamente o ouvinte, deve
recebeu; mas sua mensagem não é fluir de forma natural e inspirada.
original, ela lhe é dada (2Co 5.19). 0 primeiro a ser tocado pelo ser­
0 sermão que flui das páginas das mão é quem o está preparando.
Escrituras Sagradas, por mais bem Faça seu esboço, mas ore a Deus
elaborado que seja, não é a palavra pedindo a Ele graça para ministrar.
do pregador, é a Palavra de Deus.

A
RESPONDA
1) Quais cuidados devem ser tomados na preparação da mensagem?

2) Quais são os três tipos de sermão apresentados na lição?

3) Quais elementos deveím ser considerados na conclusão da mensagem?

V . . . . j

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HOMILETIC A
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34
Estudada em___/___/.

r \
LIÇÃO ó DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda - SI 1.1-3
A PREPARAÇÃO Bem sucedido através da Palavra
Terça - Js 1.6-9
DO MENSAGEIRO Palavra, padrão de conduta
Quarta - At 3.6
Autoridade para agir pela Palavra
Quinta-Pv 4.20-23
Pureza do coração pela Palavra
Sexta - 2Pe 3.18
tex to á u reo Crescimento em graça e conhecimento
"Procura apresentar-te a Deus Sábado - Lc 2.40
aprovado, como obreiro que Jesus é o nosso padrão em tudo
não tem de que se envergonhar,
que maneja bem a palavra da
verdade."2Tm 2.15 LEITURA BÍBLICA
- ip?*'
-!•.
v-

2 Timóteo 2.14-17
14 Recomenda estas coisas. Dá
V e r d a d e P r á t ic a testemunho solene a todos pe­
Dedicar-se ao conhecimento rante Deus, para que evitem con­
da Palavra de Deus torna o tendas de palavras que para nada
m ensageiro eficaz e confiável na aproveitam, exceto para a subver­
transmissão da Sua mensagem. são dos ouvintes.
15 Procura apresentar-te a
Deus aprovado, como obreiro
que não tem de que se envergo­
nhar, que maneja bem a palavra
da verdade.
16 Evita, igualmente, os falató­
rios inúteis e profanos, pois os que
deles usam passarão a impiedade
ainda maior.
17 Além disso, a linguagem de­
les corrói como câncer; entre os
quais se incluem Himeneu e Fileto.

Hinos da Harpa: 55 - 147 - 254


v _____________ ___ _____________J

35
Lição 6 - A Preparaçao do M ensageiro

INTRODUÇÃO
A PREPARAÇÃO DO
MENSAGEIRO É extremamente relevante
compreendermos a responsabili­
dade que envolve o exercício do
INTRODUÇÃO ministério da Palavra. Ninguém
pode se predispor ao cumpri­
I. MINISTÉRIO DA PALAVRA mento de tão importante missão
sem um preparo cuidadoso e res­
1. Ação dc Deus IC0 I2.6 ponsável. isto requer autodisci-
2. M inistério At6.3,4 plina e, acima de tudo, um com­
promisso absoluto com a Palavra
de Deus (SI 1.1-3).
II. DEVOÇÃO PESSOAL

1 . O ração Ef6,w I. MINISTÉRIO DA


PALAVRA
2. Jejum Ed82l

3. Leitura e meditação jo 5,39 0 ministério da Palavra é, em


última instância, o ministério de
todos os santos, como parte do
III. DESENVOLVIMENTO PESSOAL
sacerdócio universal dos eleitos
1. Intelectual 2Tm4.l3 em Cristo Jesus (IPe 2.5,9). Al­
guns foram chamados para exer­
2. Social Mt 5.13-16 cerem o santo ministério de edi­
3. Físico lC o lló ficação da Igreja (Ef 4.11). Outros
receberam dons especiais para
4 . E m ocion al M t26.50 pregar e ensinar, mesmo sem se­
rem ordenados (Rm 12.6-8). To­
APLICAÇÃOPESSOAL davia, todos os santos foram en­
viados para pregar o Evangelho a
toda criatura (Mc 16.15).

1. Ação de Deus. 0 ministério


da Palavra não é fruto dos méritos
individuais de quem o exerce, po­
rém decorre da ação de Deus, que
opera tudo em todos (ICo 12.6).
Deus age através de meios hu­
manos para comunicar verdades
espirituais eternas e irrefutáveis,
capazes de gerar na mente e no co­

36
Lição 6 - A Preparação do Mensageiro

ração de quem as ouve convicção presença de Deus, refletindo Sua


e decisão por uma mudança radi­ beleza, graça e caráter, para ser­
cal de vida. Enquanto pregamos, mos eficazes em nosso ministério
nós cooperamos com Deus; e Deus (At 3.6). Relacionamos, a seguir,
coopera conosco, confirmando a três importantes sugestões indis­
Sua Palavra (ICo 3.9; Mc 16,20). pensáveis para sua efetiva devo­
ção pessoal:
2. Ministério. Como regra ge­
ral, a palavra ministério na Bíblia 1. Oração. Alguns sabiamente
é apresentada com o significado têm dito que a oração é, antes de
de serviço. No Novo Testamento, tudo, um momento de audiência
a palavra grega diakonia denota a especial e particular com Deus, na
prestação de algum tipo de servi­ qual podemos não só interceder
ço ou trabalho no corpo de Cristo. cm favor de outros, mas também
Isto fica muito claro quando toma­ receber força e ser confortados
mos o texto de Atos 6.4. Os apósto­ por Deus (IPe 5.7). Portanto, é
los, nesta ocasião, definiram com importante, como servos de Deus,
precisão a qual tipo de serviço cultivarmos:
eles estariam se dedicando com a) A oração como um hábito da
maior prioridade, ou seja: oração vida espiritual, mesmo diante de
e ministração da Palavra. Pode­ ameaças ou preocupações extre­
mos definir o ministério da Pala­ mas (Ef 6.18; Dn 6.10; Lc 22.39-46).
vra, portanto, como capacidades e b) Um espírito de ações de
habilidades individuais dadas por graças e louvor a Deus (lR s
Deus àqueles que têm como res­ 17.19-21; jo 11.42).
ponsabilidade preparar e transmi­
tir com fidedignidade a mensagem 2. Jejum, jejum é caracteriza­
de Deus, em público ou em parti­ do pela abstinência de alimento e,
cular, objetivando a conquista dos embora seja uma prática presente
perdidos e a consolidação da fé no ritual de muitas religiões, para
dos salvos. o crente em Jesus esta prática
constitui um ato de grande signi­
II. DEVOÇÃO PESSOAL ficado espiritual, que não deve ser
dissociado do hábito da oração.
As atividades dcvocionais pes­ Se a oração nos traz o conforto da
soais são importantes para todos presença de Deus, o jejum é uma
os cristãos e, especialmente, quan­ demonstração de confiança pelo
do temos a responsabilidade de que Deus pode fazer através das
ministrar a outros. Através dessas nossas orações. Jejuar deve ser,
atividades, adquirimos paulatina­ antes de tudo, um ato de humilda­
mente unia maior consciência da de e despojamento pessoal.

37
Lição 6 - A Preparação cio Mensageiro

3. Leitura e meditação. Umsidade de agregar novos conheci­


plano sistemático e diário de lei­ mentos, sob pena de virmos a ser
tura e meditação da Palavra man­ julgados incapazes, pois em cada
terá a Bíblia na posição central de fase do desenvolvimento humano
suas devoções. A Bíblia é a Palavra é esperada a demonstração de co­
de Deus, é o grande e inesgotável nhecimentos compatíveis com o
reservatório da verdade de Cristo; seu nível de maturidade.
é também o único alimento ver­ Portanto, se o nosso conheci­
dadeiramente eficaz para a nossa mento das coisas espirituais nao
alma e espírito. Quando você esti­ se ampliar no decorrer dos anos,
ver lendo e meditando, deixe a Pa­ certamente isto causará preocu­
lavra falar com você. Não se apres­ pações naqueles que nos ouvem.
se; passe algum tempo com Deus. Devemos lembrar que a Pa­
Esta é uma oportunidade preciosa lavra de Deus é o alimento-mor
para ouvir as instruções fidedig­ para a alma e o espírito. Mas, se
nas do Espírito Santo sobre nossa não temos alimento para o nosso
vida espiritual. Tanto quanto pos­ estímulo intelectual, como vamos
sível, memorize alguns trechos bí­ alimentar os outros?
blicos que considerar importantes Desse modo, além de estudar
para sua vida. disciplinadamente a Bíblia, que é
a principal fonte de vida e inspira­
III.DESENVOLVIMENTO ção, aquele que é realmente com­
PESSOAL promissado com o seu chamado
para pregar a Palavra de Deus pro­
As coisas vivas crescem! De­ curará se aplicar na leitura e estu­
senvolvem-se e frutificam! Seu do de outras fontes que o auxiliem
relacionamento com Deus deve numa melhor compreensão do
ser também uma experiência de texto bíblico e o ajudem a cumprir
vida espiritual contínua e cres­ o seu sagrado encargo, a saber:
cente (ICo 15.58 e 2Pe 3.18). a) Homilética, pois assim
Isto é importante para combater aprenderá a preparar seus ser­
a tendência natural de acomoda­ mões de modo mais denso e pre­
ção. 0 Mestre nos deixou o Seu ciso.
exemplo [Lc 2.40; IPe 2.21). Con­ b) Teologia e apologética, pois
sideremos as seguintes áreas de assim aprenderá a apresentar me­
desenvolvimento: lhor os argumentos da razão de
sua esperança.
1. Intelectual. Todo conhe­ c) História da Igreja e biogra­
cimento que obtemos em deter­ fias, pois assim aprenderá com
minada fase de nossa vida tem os acertos do passado, para me­
aplicação limitada. Temos neces­ lhor construir a identidade do

38
Lição 6 -A Preparação do Mensageiro

povo de Deus; e com os erros, vém controlar suas atividades, e


para não repeti-los. não deixar que essas o controlem.
d] Livros de bons autores cris­
tãos, versões variadas da Bíblia, 3. Físico. As Escrituras ensi­
Concordâncias Bíblicas, Dicioná­ nam claramente que o corpo não
rios Bíblicos, pois esses recursos é superior à vida espiritual. No en­
o ajudarão a aprimorar sua forma­ tanto, a Bíblia é igualmente clara
ção e enriquecer o seu ministério. ao ensinar que o corpo é o templo
e) Jornais e revistas, pois assim do Espírito Santo (ICo 3.16). Não
entenderá melhor o mundo ao seu é possível nem aceitável que esse
redor, os movimentos sociais, a santuário seja tratado de qualquer
cultura e as transformações pelas forma. Ter bons hábitos de alimen­
quais passa a sociedade hodierna. tação, higiene pessoal, exercícios
Além dos benfazejos benefí­ físicos e descanso, contribuirão
cios de crescimento intelectual, para o desempenho de um minis­
o pregador poderá colher nessas tério cristão eficaz (lTs 5.23).
fontes um farto material para ilus­ Muitos que começaram bem
trar seus sermões. tiveram suas carreiras abrevia­
das porque descuidaram do seu
2. Social. Jesus era sociável, próprio corpo e tiveram a saúde
participava dc casamentos, janta­ comprometida.
res e outras reuniões sociais. Vi­
sitava os pescadores à beira-mar, 4. Emocional. Quando fala­
andava pelas cidades, pregava mos em questões emocionais, a
nas sinagogas e ensinava na praia. pergunta óbvia a todos é: Como
Sempre que possível, Jesus procu­ Jesus lidou com suas próprias
rava estar com as pessoas, relacio­ emoções, diante de situações de
nando-se com elas, enquanto as estresse ou pressão extrema? Sa­
servia e ministrava a Palavra da bemos que as emoções respon­
Sua graça. Isto deve dar-nos uma dem mais rapidamente às situa­
ideia da necessidade que temos de ções que a razão!
nos envolver na vida de nossas co­ Os registros contidos nos Evan­
munidades. Oportunidades para gelhos indicam as muitas situa­
ministrar estão em todos os luga­ ções de estresse enfrentadas por
res. Somos o sal da terra e a luz do Jesus. No entanto, diante de todas
mundo (Mt 5.13-1 6). elas, demonstrou um equilíbrio
O pregador precisa tomar cui­ emocional surpreendente. Veja­
dado para não cair no ativismo, mos algumas dessas situações:
ficando assim sem tempo para a) Desespero dos discípulos
dedicar-se às sagradas tarefas de diante da fúria da natureza [Lc
pregar e ajudar as pessoas. Con­ 8.22-25).

39
Lição 6 -A Preparação do Mensageiro

b) Conhecimento de tentativa
de assassinato (Lc 4.28-30]. APLICAÇÃO PESSOAL
c) Tratamento cordial com as
crianças sob pressão de adultos Aplicar-se no exercício do
(Mt 19,13-15) ministério da Palavra através de
d) Não se abateu com as pres­ um preparo cuidadoso e discipli­
sões do íegalismo religioso (Jo 8.1- nado e, acima de tudo, baseado
11). em um compromisso absoluto
e) Mostrou serenidade diante com a Palavra de Deus, resultará
do tribunal romano (Mc 15.2-5). num pregador realmente habili­
f) Tratamento dado a um tado para entregar a mensagem
discípulo inconstante em suas divina ao mundo.
convicções, que iria negá-lo (Mt
26.33-35).
g) Convivência cordial com
um discípulo traidor (Mt 26,20-
25,50).
Nada destrói mais a saúde
emocional de uma pessoa do que
preocupação e ansiedade. Juntas,
são um coquetel mortal.

o
RESPONDA
1) Explique por que as devoçoes pessoais são tão im portantes.

2) Quais os dois tipos de métodos para uma m elhor com preensão das Escrituras Sagradas?

3) Relacione as principais áreas de desenvolvimento possoal na vida de quem ministra a Palavra.

40
Estudada e m ___ /___ /

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda - G15.16
UNÇÃO NA 0 Espírito Santo dirige a nossa vida
Terça - Jo 16.13
PREGAÇÃO E Ele nos ensina a vontade de Deus
Quarta - lTs 5.19
NO ENSINO Não atrapalhe a ação do Espírito Santo
Quinta - Rm 5.5
0 Espírito nos enche de amor
Sexta-At 1.14
T exto áureo 0 Espírito derramado em meio a oração
íA m inha p alav ra e a m inha Sábado - At 1.8
p reg a çã o não consistiram Ele nos capacita para testemunhar
em linguagem persuasiva de
sab ed oria|m as em dem on stração
do Espírito e d e poder/' 1 Co 2 A LEITURA BÍBLICA
lC o rín tio s2.4-7
4 A minha palavra e a minha pre­
V e r d a d e P rái ic a gação não consistiram em linguagem
P regação sem o agir do Espírito persuasiva de sabedoria, mas em de­
Santo é ap en as barulho bem monstração do Espírito e de poder,
ensaiado. 5 para que a vossa fé não se
apoiasse em sabedoria humana, e
sim no poder de Deus.
6 Entretanto, expomos sabedoria
entre os experimentados; não, po­
rém, a sabedoria deste século, nem
a dos poderosos desta época, que se
reduzem a nada;
7 mas falamos a sabedoria de
Deus em mistério, outrora oculta, a
qual Deus preordenou desde a eter­
nidade para a nossa glória;

Hinos da Harpa: 358 - 387 - 491


_________________________________________________ )

41
Lição 7 - Unção na Pregaçao e no Ensino

f INTRODUÇÃO
UNÇÃO NA PREGAÇÃO
E NO ENSINO Nos tempos de Jeremias, levanta­
ram-se falsos profetas, ensinando fal­
sas doutrinas, de acordo com os seus
INTRODUÇÃO pensamentos, e Deus diz a Jeremias:
"Mas, se tivessem estado no meu
conselho, então, teriam feito ouvir as
I. AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO
minhas palavras ao meu povo..." (Jr
1. Não entristecer o Espírito E/430 23.22). Ou seja, se estivessem com
Deus, teriam ajudado o povo a ouvir
2. Não apagar o Espírito 1Ts5.19 a Deus e não atrapalhado, proclaman­
do ensinamentos humanos.

II. AÇÃO NA PREPARAÇÃO L AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO


1. Na preparação 2Tm2.i5
Devemos depender do Espírito,
nos esforçando sempre para não
2. Na escolha da mensagem lCo 3.2
cometer os seguintes erros fatais:

III. AÇÃO NA PREGAÇÃO 1. Nâo entristecer o Espírito.


Em Efésios 4.30, o apóstolo Paulo nos
1. Antes da mensagem a 1 10.30-33 exorta a não entristecer o Espírito San­
to. Mas o que significa isto? Significa
2. Durante a mensagem lCo 2.4 não conviver com ou rejeitar o pecado,
seja ele por pensamento ou ação. Se
3. Depois da mensagem jo 16.7-11 um pai diz a seu filho paia não fazer
algo, e este filho não lhe dá ouvidos, e
APLICAÇÃO PESSOAL faz de qualquer forma, isto entristece
o coração do pai. Da mesma forma, en­
tristecemos o Espírito Santo quando
pecamos. Quando o Espírito nos "in­
comoda" sobre determinado pecado,
precisamos pedir perdão e renunciar
ao pecado pelo poder de Deus que em
nós opera pela sua graça (Pv 28.13)
A pregação que cumpre a sua mis­
são é aquela que está equilibrada em
dois princípios: a mensagem é inspi­
rada, e a vida do pregador, também.
Como sabemos que a Bíblia é inspi­

42
Liçõo 7 - Unção na Pregação e no Ensino

rada por Deus, quando pregamos a


Bíblia, cumprimos parte da missão;
agora, resta avaliar a nossa paite e Quando você ministra,
analisar a vida pessoal, porque é im­ nem o talento, nem o
possível dissociar a mensagem prega­ treinamento, podem
da da vida de quem a prega. substituir o poder
O pregador que vai vencer o tes­ espiritual na sua vida."
te do tempo, que será consistente e
permanente em sua missão, que não
apenas pregará por empolgação, é do nos recusamos a falar do amor de
aquele que decide deixar o Espírito Jesus, apagamos o Espírito.
tomar conta de sua vida e tratar o
seu caráter Ele entende que sua vida II. AÇÃO NA PREPARAÇÃO
com o Espírito Santo não se resume
apenas ao púlpito. Identifica postu­ O Espírito Santo age na vida de
ras, atitudes e pensamentos que en­ quem prega e na mensagem com­
tristecem o Espírito Santo, os confes­ partilhada. Ele deseja ardente mente
sa e alcança o perdão (ljo 1.9). nos auxiliar na missão de comparti­
lhar o Evangelho. Em João 14, a pa­
2. Não apagar o Espírito. Não lavra Consolador também quer dizer:
devemos apagar a chama do Espíri­ auxiliador, ajudador.
to. 0 Apóstolo Paulo nos ensina em 1
Tessalonícenses 5.19 - "Não apagueis" 1. Na preparação. A prepa­
ou "não extingais o Espírito." Extinguir ração é uma constante na vida de
significa: Fazer que cesse de queimar e todo pregador bem sucedido. Muitos
brilhar, acalmar, exterminar, deixar de enforcam a preparação, justifican­
existir. Quando abafamos o que o Espí­ do que o próprio Espírito Santo vai
rito quer realizar, extinguimos e apaga­ de última hora revelar o que deve
mos a Sua presença. Quando dizemos ser falado. Usam este pretexto para
SIM ao pecado, entristecemos o Espí­ apresentar uma confiança e intimi­
rito; quando dizemos NÃO ao Espírito, dade com Deus. É verdade que Deus
apagamos sua presença ou operação. pode de última hora mudar a direção
Uma das maneiras que apagamos do que seria dito, todavia isto é a ex­
o Espírito é não compartilhando nos­ ceção. Geralmente Ele fala e revela a
sa fé através do evangelismo pessoal. Sua vontade na hora da preparação.
De acordo com pesquisas realizadas Para justificar esta falta de preparo,
em vários países, cerca de 90% dos alguns citam Marcos 13.11: "Quando,
evangélicos não evangelizam. Apenas pois, vos levarem e vos entregarem,
5% dos evangélicos estão discipulan- não vos preocupeis com o que haveis
do um novo convertido e acompa­ de dizer; mas o que vos for concedido
nhando seu crescimento na fé. Quan- naquela hora, isso falai; porque não

43
Lição 7 - Unção na Pregação e no Ensino

sois vós os que falais, mas o Espírito


Santo". A questão é que, neste texto, o
autor esta escrevendo a cristãos en­ Somente à medida que
frentando a morte iminente pela per­ você nutrir sua própria
seguição, e não a um grupo de prega­ vida espiritual é que
dores preguiçosos. Paulo nos exorta: você terá a capacidade
"Procura apresentar-te a Deus aprova­ de fortalecer as pessoas
do, como obreiro que não tem de que ao ministrar a elas.
se envergonhar, que maneja bem a pa­
lavra da verdade" (2Tm 2.15).
to: "Leite vos dei a beber, não vos dei
2. Na escolha da mensagem alimento sólido; porque ainda não
certa. Uma das principais habili­ podíeis suportá-lo. Nem ainda agora
dades que uma vida dependente e podeis, porque ainda sois carnais"
cheia do Espírito Santo nos confere é (lCo 3.2). Paulo era extremamente
a sensibilidade espiritual, principal- atento ao que aquela igreja estava
mente para discernir as pessoas que pronta para receber.
nos escutam. Sem a ação do Espírito Na prática, se uma igreja está
Santo não podemos conhecer o que a morna e prestes a ser vomitada da
igreja necessita ouvir. boca do Senhor, talvez pregar sobre
No livro de Apocalipse cartas são
/
prosperidade, embora bíblica, não
escritas às sete igrejas da Asia, indi­ seja o aconselhável (Ap 3.16).
cando que cada uma destas igrejas
tinha uma necessidade espiritual IO. AÇÃO NA PREGAÇÃO
específica, joão não escreveu para
Filadélfia aquilo que era necessida­ A ação do Espírito Santo vai além
de específica de Laodicéia. O Espíri­ da vida de quem transmite. Envolve
to continua falando hoje da mesma todo o processo, incluindo a mensagem
forma, e nós somos os mensageiros compartilhada e a vida de quem recebe.
que precisam ser sensíveis ao que Quando se entende que o Espírito Santo
Ele deseja comunicara igreja: a men­ ja está trabalhando antes da mensagem,
sagem certa, para a pessoa certa, na irá trabalhar durante a ministração e se­
hora certa. guira trabalhando depois no coração de
Em 2 Timóteo 4.2, Paulo doutri­ quem recebe, entendemos como a mi­
na o jovem Timóteo dizendo: "Pre­ nistração é vazia sem o Seu agir
ga a Palavra!". Mas que Palavra é
esta? Timóteo teria que ser sensível 1. Antes da mensagem. 0 Espí­
à condição espiritual da igreja que rito Santo já está trabalhando na vida
estava pastoreando, às pessoas que do ouvinte, muito antes de alguém
estavam lhe ouvindo. Por exemplo, compartilhar a Palavra [Jo 16.7-10).
Paulo também diz ao povo de Corin- Ele cumpre Sua missão de apontar

44
Lição 7 - Unção na Pregação e no Ensino

para Cristo e convencer o mundo do mais que Deus queira salvar a todos,
pecado. É como se fosse uma engre­ cada indivíduo tem de escolher por
nagem, na qual nós somos unia peça, si próprio. Não estão negando a você,
cujo papel é anunciar o melhor que mas a mensagem e ao propósito de
podemos; e o Espírito completa o Deus para suas próprias vidas.
trabalho que já vinha fazendo para
cumprir o Seu propósito. 3. Depois da mensagem. Quan­
Em Atos 10, Deus manda Pe­ do você acaba a mensagem, o Espí­
dro levar a Palavra de salvação rito continua falando. Jesus, quando
para a casa de Cornéliu em Jope. prometeu o Espírito Santo, disse que
Quando Pedro finalmente chega Ele nos faria lembra de tudo que Ele
e começa a falai; o Espírito Santo (Jesus) nos havia dito (|o 16.7-11). O
imediatamente desceu sobre to­ que chama a atenção no ministério
dos que lá estavam (At 10.44). de Jesus é que Ele não perdia nenhu­
ma oportunidade de compartilhar a
2. Durante a mensagem. salvação. Ao longo do Seu ministério,
Por melhor que seja o esboço e o milhares foram salvos, mas muitos
conteúdo da mensagem, quando também rejeitaram a Sua mensa­
de prega é o Espírito Santo quem gem. Mesmo assim, Ele pregava Fa­
individualiza a mensagem para zia isto porque esta semente podería
a necessidade específica de cada florescer mais tarde, e pregou para
coração. Ele amolecerá o coração, que o Espírito Santo pudesse lem­
tocará o espírito e a alma, desper­ brar os Seus discípulos e seguidores
tará o desejo de uma nova vida. de tudo o que dissera.
O interessante é que muitas ve­
zes a nossa mensagem é imperfeita c ; ;
e incompleta, mas o Espírito Santo APLICAÇAO PESSOAL
preenche as imperfeições para que o
Seu propósito se cumpra (ICo 2.4). Precisamos lembrar que somos
Mesmo que fosse completa, do ponto agentes de Deus e, portanto, não lu­
de vista da estrutura homilética, mes­ tamos sozinhos. Somos cooperado-
mo assim, seria incompleta sem o agir res de Deus; e Deus coopera conosco.
do Espírito. Lembre-se: "a letra mata, O Espírito Santo é o nosso Consola­
mas o espírito vivifica” (2Co 3.6). dor, nosso Ajudador e aliado na sa­
Por último, temos que entender grada missão de ministrar a Palavra
que o ouvinte pode resistir ao agir do de Deus com unção e poder do Alto.
Espírito (At 7.51). O Espírito Santo
não força ninguém a fazer nada. Mui­
tos se desencorajam quando com­
partilham a mensagem, e ninguém
se entrega a Cristo, entenda que por

45
Lição 7 - Unção na Pregação e no Ensino

RESPONDA
1) Quais os dois princípios que levam a m ensagem a cum prir a sua m issão?

2) Em que situação apagam os a presença do Espírito?

3) Em quais momentos da mensagem o Espírito está trabalhando?

PÓS-GRADUAÇÃO FBN
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46
Estudada e m ___ /___ /____

r : s
LIÇÃO 8 DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda - lTs 2.3-8
DESAFIOS Caráter e conduta do pregador
Terça - 2Tm 2.22-24
MODERNOS À Instruir com paciência
.*w Quarta - 2Co 6.3-4
PREGAÇAO 0 Senhor pode multiplicar
Quinta - Tt 2.7-8
Integridade e linguagem sadia
Sexta - 2Co 6.3-4
TE)CrO ÁUREO Não ser motivo de escândalo
"Fiz-me fr a c o p ara com os fracos, Sábado - ICo 9.19-23
com o fim de g a n h a r os fracos. Todos precisam ouvir
Fiz-m e tudo p a ra com todos, com
o fim de, p o r todos os m odos,
salvar alguns." 1 Co 9.22 LEITURA BÍBLICA
ICoríntios 9.19-22
19 Porque, sendo livre de todos,
VERDADE PRÁTICA fiz-me escravo de todos, a fim de ga­
A única a d a p ta çã o qu e o nhar o maior número possível.
Evangelho perm ite é a que nos 20 Procedi, para com os judeus,
leva a g a n h a r alm as p ara Jesu s. como judeu, a fim de ganhar os ju­
deus; para os que vivem sob o regi­
me da lei, como se eu mesmo assim
vivesse, para ganhar os que vivem
debaixo da lei, embora não esteja eu
debaixo da lei.
21 Aos sem lei, como se eu mesmo
o fosse, não estando sem lei para com
Deus, mas debaixo da lei de Cristo,
para ganhar os que vivem fora do re­
gime da lei.
22 Fiz-me fraco para com os fra­
cos, com o fim de ganhar os fracos. Fi­
z-me tudo para com todos, com o fim
de, por todos os modos, salvar alguns.
I Hinos da Harpa: 210 - 227 - Ü4Ü
v _______ ____________ >

47
Lição 8 - Desafios Modernas à Pregação

C INTRODUÇÃO
DESAFIOS MODERNOS
A PREGAÇÃO Imagine uma criança de quatro
anos perguntando; "Por que temos
de ficar de olho fechado durante a
INTRODUÇÃO oração?" A resposta pode ser sim­
ples como: "Para que as pessoas se
I. COSMOVISÃO DA concentrem unicamente em Deus".
ATUALIDADE O questionamento é: a crian­
ça entendeu a explicação? Prova­
1. A v e rd a d e é relativa Rm 1.21 velmente não, pois a resposta Toi
2. Não há au torid ad e Tt 3.1,2 muito objetiva e conceituai para
a idade. Mais fácil, para a criança,
3. A b u sca d o p razer Rm 1.26 seria se explicássemos com um
4. Desvalorização da Igreja Hb 1025 exemplo: "Se você fica de olho
aberto vai ficar olhando para o
amiguinho, para o desenho na pa­
II. MENSAGEM DE SALVAÇÃO
rede, para a roupa colorida da tia e
1. A m ais im p o rtan te jo3.l6 vai acabar se esquecendo que está
conversando com Deus".
2. Jesus Cristo é a solução jo 8.36
Este é um exemplo simples, mas
3. Reconciliação com Deus Rm5.1 que retrata uma realidade: uma ex­
plicação deve ser em uma lingua­
III. PALAVRA DE EDIFICAÇÃO gem acessível para quem a ouve.
Nesta lição, iremos aprender a
1. A v erd ad e não é relativa jo 14.6
observar as características do pú­
2. Há au torid ad e 2Tm 3.16,17 blico ouvinte para aplicar, de for­
ma relevante, as verdades bíblicas.
3. B usca pelo que é ce rto Fp 4.8,9
4 .1 m p o rtâ n cia d a Igreja i Tm3.15 I. COSMOVISÃO DA
ATUALIDADE
APLICAÇÃO PESSOAL
Cosmovisão é a visão que te­
J mos do cosmos (do grego, palavra
que designa o universo em sua to-
talidade). E a visão que temos de
todas as coisas, do mundo em que
vivemos.
A cosmovisão é construída
através da educação e de infor­
J mações que recebemos e ínter-
Lição 8 - Desafios M odernos à Pregação

pretamos desde a infância.


Há um provérbio judeu que
afirma: "Nós não vemos as coisas A bendita esperança
como elas são, e sim como nós da vinda do Senhor
somos". Portanto, para enten­ é um dos maiores
der como as pessoas enxergam motivos do crente
a vida, a fé, a religião etc., preci­ para viver uma vida
samos conhecer e compreender pura e produtiva/'
quem elas são.
Conhecendo as pessoas, tere­
mos condição de aplicar melhor 3. A busca do prazer. Ora, se
os princípios bíblicos na vida do não há valores absolutos, e se não
ouvinte. há a quem obedecer, a pessoa vai
Para alcançar esta geração escolher o que lhe dá mais prazer.
com uma mensagem relevante, Por que sofrer por algo que não se
pertinente e coerente, precisamos acredita? Isso é hedonismo (Rm
conhecer as principais caracterís­ 1.26].
ticas da cosmovisao da atualidade, Se a pessoa entende que a fa­
conforme listamos abaixo: mília não é um valor a ser pre­
servado, quando acontecer algum
1. A verdade é relativa. Cada problema, na cabeça dela, o me­
pessoa escolhe a sua própria ver­ lhor é se separar do que lutar pela
dade. As pessoas não têm mais manutenção do casamento.
uma fonte comum de valores. Cada
um acredita no que quer e no que 4. Desvalorização da Igreja. A
lhe convém [Rm 1.21). sociedade atual busca a espiritua­
Na Igreja não deve ser assim, lidade, o algo a mais, o sobrenatu­
pois temos a Bíblia como fonte co­ ral, mas não quer mais se envolver
mum, nossa regra de fé e prática. com a instituição igreja. Não quer
mais ficar presa a um grupo for­
2. Não há autoridade. Nin­ mal de fiéis. Prova disso é a grande
guém tem autoridade sobre nin­ rotatividade que vemos nas igre­
guém. A geração atual entende que jas, cujo número de assistentes,
a orientação dos pais, professores em muitos casos, tem se tornado
e pastores, assim como cia Bíblia, maior que sua própria membresia.
é mera opinião pessoal, que deve "Não gostei da música dessa
ser respeitada, mas não impos­ igreja", ou "Não gostei do sermão"
ta. Ninguém manda em ninguém. são motivos suficientes para a pes­
Cada um cuida da sua vida e deci­ soa mudar de igreja e deixar de se
de o que é aceitável para si próprio comprometer com a edificação do
(2Tm 3.1-5; Tt 3.1,2). Corpo de Cristo local (Hb 10.25].

49
Lição 8 - Desafios M odernosa Pregação

II. MENSAGEM DE a vida eterna versus a morte eter­


SALVAÇÃO na está em jogo quando a mensa­
gem da salvação é pregada.
A mensagem de salvação visa
a alcançar o coração de todos os 2. Jesus Cristo é a solução. O
pecadores, pois "todos pecaram e tema da salvação reside no fato
carecem da glória de Deus" (Rm de que somente Jesus Cristo é a
3.23). Ela não pode ficar retida solução para o problema do peca­
ao ambiente do púlpito, nem ex­ do (Jo 8.36). Visto que o pecado
clusiva aos pregadores profissio­ resulta na morte espiritual, uma
nais. Antes, ela deve ser pregada pessoa deve renascer espiritual­
por todos os salvos em Cristo, por mente. Lembre-se sempre que,
todos os meios e em Lodos os lu­ quando você prega a respeito do
gares possíveis. 0 pregador deve problema do pecado, sempre de­
entender os desafios e a cosmo- verá incluir a mensagem da es­
visão da atualidade para tornar a perança oferecida pelo Salvador.
mensagem o mais relevante pos­ Assim como as pessoas nascem
sível à vida dos ouvintes, de modo nas suas respectivas famílias, de­
que desejem seguir a jesus e sai­ vem nascer também na família de
bam que isto lhes trará vida feliz Deus. 0 nascimento espiritual re­
e eterna. quer que as pessoas se arrepen­
dam dos seus pecados e voltem-se
1. A mais importante. De to­ completamente contra eles (At
dos os temas da pregação bíblica, 2.37-39). Devem, além disto, con­
nenhum é mais importante do fiar em Jesus para o perdão dos
que comunicar as boas novas da pecados e confessar que Ele é o
salvação. É básico, porque sem Senhor da sua vida (At 16.30-31;
uma resposta à mensagem da Rm 10.9,10). Quando as pessoas
salvação, não haveria razão de aceitam as provisões da salvação,
ser para outras mensagens. Je­ nascem de novo pelo Espírito de
sus ordenou a Seus seguidores: Deus (2Co 5.17). Quando o Es­
"Ide, portanto, fazei discípulos de pírito toma o controle das suas
todas as nações”, proclamando a vidas, ficam espiritualmente vivi­
mensagem de salvação como tes­ ficadas e conscientes do seu rela­
temunho a toda a humanidade cionamento com Deus, como Seus
(Mt 28.19; 24.14). Além disso, filhos amados (Rm 8.10-16).
Jesus tornou clara a questão em
jogo: "Quem crer e for batizado 3. Reconciliação com Deus.
será salvo; quem, porém, não crer Outro aspecto da mensagem da
será condenado” (Mc 16.16; Jo salvação é o da reconciliação. Re­
3.15-21, 36). Nada menos do que conciliar é restaurar a comunhão

50
Lição 8 - Desafios M odernos à Pregação

ou fazer as pazes. As pessoas entre as características cia cosmovi-


as quais vivemos e trabalhamos são prevalente no mundo hoje,
são pecadoras e, portanto, inimi­ devemos contextualizar a nossa
gas de Deus (Rm 5.10,11). 0 rela­ mensagem para trazer relevância
cionamento rompido entre Deus e à vida dos fiéis e fortalecer a sua
as pessoas foi causado pelo peca­ esperança eterna.
do (Gn 3.8-10; Is 59.2). Mas Cristo
morreu para remover os pecados 1. A verdade não é relativa.
que causaram essa hostilidade e Sabemos que a verdade não é re­
essa separação. Ao restaurar a co­ lativa e sim absoluta; ela se apli­
munhão entre Deus e as pessoas, ca de forma universal, a todas as
Deus deu o primeiro passo para pessoas. A Bíblia não é apenas útil,
corrigir o problema: "pelo fato de mas inspirada pelo nosso Deus
ter Cristo morrido por nós, sendo para nos orientar (2Tm 3.16,17).
nós ainda pecadores" (Rm 5.8). Aliás, a própria Bíblia afirma que
Além disso: "Deus estava em Cris­ Jesus é a Verdade e que esta Ver­
to reconciliando consigo o mun­ dade nos liberta (Jo 8.32; 14.6).
do" (2Co 5.19). A mensagem da re­ Como dizer que a verdade é rela­
conciliação, portanto, diz respeito tiva? De forma alguma; para o cris­
ao ajustamento das diferenças en­ tão, a verdade é absoluta.
tre Deus e as pessoas. Retifica as
coisas. Mediante Jesus Cristo, as 2. Há autoridade. A autorida­
pessoas redimidas podem voltar a de emana das Escrituras. Alé uma
andar com Deus (RmS.l). criança terá autoridade, se usar a
A Igreja, portanto, tem uma Bíblia, para ensinar ou admoestar
mensagem e um ministério de re­ (Lc 18.17; 2Tm 3.16-17).
conciliação. Como crente, você já
fez as pazes com Deus. Agora, você 3. Busca pelo que é certo.
deve ministrar às pessoas cheias A geração moderna busca o pra­
de conflitos e sem esperança, pois zer pelo prazer; o cristão, não. O
recebeu um ministério de pacifi­ crente tem uma verdade absoluta
cação. Você deve agir em prol de e a autoridade que vem da Pala­
Deus para persuadi-las a se recon­ vra de Deus. A igreja tem valores
ciliarem com Ele (2Co 5.18-21). pelos quais sofre, persevera e
permanece (Fp 4.8,9).
III. PALAVRA DE
EDIFICAÇÃO 4. Importância da Igreja.
Existe a igreja invisível, mas exisle
A palavra de edificação visa a igreja visível, mi lurai, lima não
alcançar o coração do ouvinte vive sem a outra.
que já é crente. Tendo em mente A instituição igreja é necessá-

r>:
Lição 8 - Desafios M odernos à Pregaçao

ria para se tornar o Corpo de Cris­


í I h
to visível aqui na terra (lTm 3.15). APLICAÇAO PESSOAL
Nâo podemos ficar trocando de
igreja segundo a nossa vontade ou Ao apresentar a mensagem da
prazer. Deus quer nos usar como salvação, duas coisas devem ser
corpo de Cristo, como a igreja lo­ enfatizadas: primeiro, que todas as
cal, para alcançar outras pessoas pessoas são pecadoras e precisam
para Cristo( Hb 10.25). de salvação; segundo, que Cristo
morreu por nós, sendo o nosso único
e suficiente Salvador. Simples assim!
v _____________________________________________________ J
' " \
RES PON DA
1 ) O que é cosm ovisão?

2) C ite duas características da geração moderna.

3) O que a instituição Igreja representa no m undo de hoje?

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52
Estudada em ____/___ /____

( Á
LIÇÁO 9 DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda - Pv 9.9
A CONDUTA Sabedoria e prudência contínuas
Terça-Mt 13.12
ADEQUADA EM Confissão de pecados
Quarta - Ef 6:10-17
PÚBLICO Postura íntegra
Quinta - 2Tm 1.13-14
Esforçando-se para ser urn modelo
Sexta - Pv 15.4; 16.24
T exto áureo Palavras sensatas produzem vida
"Tem cuidado de ti mesmo e da Sábado-2Co 10.13-15
doutrina. Continua nestes deveres; Obedecer aos limites
porque, fazendo assim, salvarás
tanto a ti mesmo com o aos teus
ouvintes!' lTm 4.16
r-L-i''.’
C!'.ü ‘ v;*
LEITURA BÍBLICA
1 Timóteo 4.12-16
12 Ninguém despreze a tua mo­
cidade; pelo contrário, torna-te pa­
drão dos fiéis, na palavra, no proce­
dimento, no amor, na (ó, na pureza.
13 Até à minha chegada, aplica-te
à leitura, à exortação, ao ensino.
14 Não te faças negligente para
com o dom que há em ti, o qual te foi
concedido mediante profecia, com a
imposição das mãos do presbitério.
15 Medita estas coisas e nelas sê
diligente, para que o teu progresso
a todos seja manifesto.
16 Tem cuidado de ti mesmo e
da doutrina. Continua nestes devo
res; porque, fazendo assim, salva
rás tanto a ti mesmo como aos Inis
ouvintes.

Hinos da Harpa: 111 225 515


C ______________ J
Lição 9 - A Conduta Adequada em Piíbhco

INTRODUÇÃO
A CONDUTA ADEQUADA
EM PÚBLICO O pregador precisa considerar
como ponto de fundamental im­
INTRODUÇÃO portância a sua conduta adequada
em público, quer seja no púlpito,
I. APARÊNCIA PESSOAL na classe bíblica, ou em pequenos
1. Higiene P essoal ic o iió grupos. Por isso, precisará pensar
2. E x p re ssã o Facial Pvi5.i3 também em outras áreas do seu
preparo pessoal, tais como: apa­
3. Traje A d eq u ad o lTm2Bf9
rência pessoal, comportamento
ético, linguagem apropriada etc.
II. ÉTICA
(U m 4.16).
1. Vida e P reg ação lTm4.12

2. Amar os ouvintes jo2US-17 I. APARÊNCIA PESSOAL


3. Ser h o n esto Pv2i.8
O pregador deve ter atenção ao
4. R esp eitar a s p e sso a s íTm 5.12
modo com que se apresenta, mas
III. LINGUAGEM APROPRIADA resistir à vaidade de destacar-se
exageradamente pela aparência
1. Linguagem a ev itar 2Tm2.i6
física.
2. C o n sid erar a o casião Pv 321
3. P o rta-v o z do S en h o r lCo4.l 1. Higiene Pessoal. 0 cuidado
com a higiene pessoal é determi­
IV. OUTROS CUIDADOS nante para uma boa aparência. 0
1. G estos lTsS.22
nosso corpo, como templo do Es­
pírito, deve ser mantido limpo e
2. Uso do te m p o E f5.i& i7
bem apresentável (ICo 3.16). Isso
3. Humor iPe4.io tem a ver com a higiene corporal,
4. M otivação e rra d a Jo 3,30 o asseio diário, a escovação dos
dentes, o uso de desodorante etc.
APLICAÇÃO PESSOAL Pode ser extremamente desagra­
dável ter de ouvir uma mensagem
'V de alguém próximo com mau háli­
*<85,
<4 V •>, to ou malcheiroso.

J- ■' j V.
2. Expressão Facial. Ào anun­
'
- V
"T ■>
jr T,
r.
ciar as boas novas, a expressão fa­
4 cial tem de ser condizente com a
V ’ mensagem. Assim como o rosto ex­
J pressa o que se sente, a mensagem

54
Lição 9 -A Conduta Adequada em Público

deve ser ilustrada com o semblan­ de vida formam um binômio ético


te. Uma expressão triste não com­ inseparável (ITm 4.12], Quando o
bina com uma mensagem alegre, e pregador profere sua mensagem,
vice-versa. Um rosto irado ou mal os ouvintes atentam não somente
humorado não condiz com a men­ em suas palavras, mas principal-
sagem de salvação pela graça nem mente em como ele vive. Caso não
com a alegria de seguir a Cristo (Fp haja uma completa coerência entre
4.4; Pv 15.13]. o discurso e o seu modo de vida,
seu sermão cairá no descrédito ou
3. Traje Adequado. 0 modo ficará limitado no seu alcance, não
como nos vestimos é importante importa a eloquência do prega­
na medida em que funciona como dor ou a profundidade bíblica da
um cartão de apresentação de mensagem. Jesus censurou os in­
quem somos (ITm 2.8,9]. Uma pri­ térpretes da lei porque pregavam
meira impressão negativa do men­ ortodoxamente, mas viviam levia­
sageiro pode frustrar a recepção namente; ou seja, não praticavam
de sua mensagem. Não importa se seus próprios ensinamentos (Lc
os trajes sejam novos, mas que es­ 11.46]. 0 pregador é um vaso de
tejam limpos e bem apresentáveis. barro, portanto, não é perfeito. EJe
Do contrário, mostrará apenas des­ deve estar consciente de que carre­
leixo e falta de higiene, e isso não ga um tesouro precioso que proce­
recomenda bem. Uma boa aparên­ de de Deus (2Co 4.7]. Do contrário,
cia confere dignidade e credibilida­ poderá ser dito a seu respeito: "0
de iniciais a quem comunica uma que vives fala tão alto que não con­
mensagem importante, principal­ sigo ouvir o que pregas".
mente em se tratando da pregação
do Evangelho. 0 pregador deve 2. Amar os ouvintes. Se o pre­
ater-se ao traje que pede a ocasião, gador não ama os ouvintes, não po­
se formal ou informal, para não derá pregar o amor. A exigência bá­
destoar com o costume da comuni­ sica de jesus a Pedro, para que este
dade onde está a ministrar. se levantasse de modo relevante
na vida e se tornasse um autênti­
II. ÉTICA co "pescador de homens", foi que o
amor que este sentia pelo Senhor
O pregador precisa estar atento fosse expresso em cuidado amoro­
para não incorrer em falta de ética so pelas ovelhas (Jo 21.15-17). Ilá
quando falar em público. pregadores que adoram multidões,
mas detestam pessoas; adoram ser
1. Vida e Pregação. 0 pregador louvados pelas massas, mas não
deve viver o que prega e pregar o suportam gastar tempo em aju­
que vive, pois pregação e modo dar gente de carne e osso. Como

55
Lição 9 - A Conduta Adequada em Público

alguém poderia pregar sem amor a) Nem apedrejar os preteridos,


a mensagem do incomensurável nem lisonjear os preferidos; jamais
amor de Deus? Jesus nos mandou usando sua mensagem para pro­
amar até mesmo os nossos inimi­ mover alguns e abater outros.
gos, em fazendo o bem a eles, não a b) Nunca mencionar experiên­
gostar das coisas erradas que eles cias negativas, citando os nomes
praticam [Lc 6.27]. Portanto, uma dos protagonistas.
mensagem eticamente correta c) Jamais mencionar as limita­
precisa refletir o amor em atitudes ções físicas das pessoas sob quais­
e ações concretas de nossa parte quer pretextos espúrios, principal-
(Rm 5.5; ljo 4.20]. mente de gracejos ou preconceitos.
d) Evitar julgamentos sobre o
3. Ser honesto. Muitas coisas destino eterno de pessoas da co­
relativas à falta de honestidade po­ munidade que já morreram (quem
dem servir como pedras de trope­ foi para o céu ou para o inferno).
ço para os pregadores (Pv 21.8]: e) Não repreender os mais ve­
a] Não honrar suas dívidas. lhos, mas tratá-los com cortesia e
b] Plagiar sermão de outro pre­ bondade; nem deixar de tratar os
gador. do sexo oposto com toda a pureza
c] Usar ilustrações da experiên­ (lTm 5.1,2).
cia pessoal de outras pessoas como
se fossem suas. III. LINGUAGEM
d] Forjar dados estatísticos APROPRIADA
para embasar sua pregação.
e] Usar sua posição ou a men­ O pregador do Evangelho deve
sagem divina como pretexto para sempre manter uma linguagem
alcançar impiedusamente seus in­ adequada. Isto porque a mensa­
teresses pessoais. gem do Evangelho é divina, sendo
f] Apresentar um padrão de a mais preciosa e mensagem que o
vida no púlpito e outro no cotidiano, mundo jamais ouviu.
desafiando seus ouvintes a viverem
princípios que ele próprio não vive. 1- Linguagem a evitar. Dentre
a linguagem que deve ser evitada
4. Respeitar as pessoas. No pelo pregador (2Tm 2.16), desta­
trato com as pessoas, principal­ camos:
mente no púlpito, a prudência a) Gírias, jargões e expressões
ensina que devem ser evitados ex­ de sentido dúbio, ou palavreado
cessos ao se referir a alguém. Seja chulo (Cl 4.6).
respeitoso para com todos (Tt 3.2). b) Ilustrações vulgares ou de
É importante mostrar equilíbrio e autenticidade duvidosa.
fugir dos extremos, a saber: c) Palavras duras, críticas áci-

56
Lição 9 -A Conduta Adequada em P úbiia

das, ameaças, ser ferino em sua IV. OUTROS CUIDADOS


mensagem, principal mente se for
um visitante (2Tm 2.24]. 1. Gestos. 0 pregador deve
d) Usar a oportunidade para re- saber mesclar a comunicação da
vanchismo, dar indireta ou aplicar mensagem verbal com expres­
"corretivos" direcionados a algum sões gestuais. Mas precisa ter
desafeto. cuidado com gestos que deno­
e) Ilustrar sua mensagem com tem ofensas ou provocações (lTs
alguma confidência ouvida em se­ 5.22). Deve evitar também: es­
gredo no reservado do aconselha­ murrar o púlpito, apontar para as
mento. pessoas, tiques nervosos etc.
f) Tratar qualquer assunto de
modo preconceituoso ou desres­ 2. Uso do tempo. É necessário
peitosamente. considerar o fator tempo como im­
portante aos ouvintes e à boa or­
2. Considerar a ocasião. 0 dem do culto (Ef 5.15-17). Não são
pregador deve agir com sabedo­ poucos os exemplos de pregadores
ria e bom senso, considerarando que passam demasiadamente do
a ocasião e o motivo do culto, para horário e, como resultado, ficam a
que sua mensagem não destoe pregar para auditórios quase va­
nem cause constrangimentos des­ zios. Mesmo inspirado pelo Espí­
necessários (Pv 3.21). Deve evitar rito, deve levar em conta o tempo.
assuntos doutrinários, que cabem
ao pastor da igreja, exceto quando 3. Humor. Existe uma linha
autorizado por este. Em ocasiões tênue entre uma mensagem bem
onde se reúnem crentes de várias humorada e a falta de reverência,
denominações, evitar abordagem portanto é preciso bom senso ao
de pontos doutrinários divergen­ usar essa ferramenta. O objetivo
tes, antes tratar de pontos comuns do humor deve ser o de clarear o
da fé, do amor e do serviço. sentido da mensagem, tornando-
-a mais atraente, jamais o de fazer
3. Porta-voz do Senhor. Todo graça para divertir uma plateia. 0
pregador do Evangelho é um por­ humor jamais deve ser usado para
ta-voz do Senhor Jesus, pois seu preencher o vazio da falta de c o m
discurso é embasado na Palavra teúdo da mensagem, mas pau ain
de Deus. Portanto, uma vez que os pliar o alcance da mesma. IVvmu
ouvintes esperam receber uma ex­ -se evitar quaisquer brineadrii as
planação bíblica, o pregador deve baseadas em prrninrrilns taHais
sempre agir como arauto do Se­ ou religiosos, assim como as q u e
nhor, "como despenseiros dos mis­ apontam para defeitos lisicos ou
térios de Deus” (ICo 4.1). limitações das pessoas ( I Ee 4.10).

57
Lição 9 -A Conduta Adequada em Público

4. Motivação errada. Reconhe­ não contenham verdades suficien­


cido como o Príncipe dos Pregado­ tes para converter alguém.
res em seu tempo, Charles H. Spur- • Deixe a impressão de que se
geon indicou que as motivações Deus é tão bom com todos, não en­
erradas do pregador podem causar viará ninguém para o inferno.
grande insucesso na sua pregação. • Pregue sobre o amor de Deus,
Em seu texto Como pregar para não mas não fale nada a respeito da
convertera ninguém, eles listou: santidade do seu amor.
• Deixe que seu motivo predo­ • Evite dar ênfase na doutrina
minante seja assegurar sua própria da completa depravação moral do
popularidade. homem para não vir a ofender o
• Preocupe-se mais em agradar moralista (lTm 6.3,4).
do que converter aos seus ouvintes.
• Procure assegurar sua reputa­ c I “ "A
ção como sendo um pregador famo­ APLICAÇÃO PESSOAL
so e diferente dos outros - para que
todos o idolatrem e nâo prestem 0 pregador da excelente Pala­
atenção na mensagem (Jo3.30). vra de Deus deve ter igualmente
• Fale com um estilo florido, um comportamento excelente,
enfeitado e inteiramente fora do al­ devendo se apresentar "aprova­
cance da compreensão da maioria do, como obreiro que não tem de
das pessoas. que se envergonhar, que maneja
• Seja superficial nas suas con­ bem a palavra da verdade"
siderações para que seus sermões v ___________ __________________

RESPONDA
1) Q ual o ponto de fundam ental im portância em relação ao seu com portam ento público?

2) Higiene pessoal, expressão facial e traje adequado são quesitos de que área do preparo pessoal?

3) A quem com pete tratar sobre assuntos doutrinários na Igreja?

SB
Estudada em ____ /___ /_____

r _ t x
LIÇÃO 10 DEVOCIONAL DÍARIO
Segunda - Pv 22,6
IMPORTÂNCIA Ensino para uma vida correta
Terça - Mt 7.28
DO ENSINO Ensino que impacta outros
Quarta - At 13.12
Ensino que produz mudança de vida
Quinta - Jo 7.16
A fonte do ensino de Jesus
Sexta - Rm 12.7
Ensino com dedicação
T exto áureo Sábado - Ml 2.8-9
As consequências do ensino errôneo
"Ele respondeu: Como poderei
entender; se alguém não m e
explicar?" At 8.31
LEITURA BÍBLICA
Atos 8.31-35
31 Ele respondeu: Como poderei
V e r d a d e P r á t ic a entender, se alguém não me expli­
A m inistração da sã doutrina, car? E convidou Filipe a subir ca sen­
provoca m udança de atitude e tar se junto a ele.
co m porta m ento nos o u vin tes, 32 Ora, a passagem da Escritura
que estava lendo era esta: Foi levado
corno ovelha ao matadouro; e, como
um cordeiro mudo perante o seu ies­
quiador, assim ele não abriu a boca.
33 Na sua humilhação, lhe negaram
justiça; quem lhe poderá desci vvera ge­
ração? Porque da Lei n ia sua vúI,i é lirada
34 Então, o ei muro disse a Filipe:
Peço-te que me expliques a quem se
refere o proíéla. Fala de si mesmo ou
de algum outro?
35 Fiilão, Filipe explicou; e, come­
çando por esta passagem da Escritu­
ra, anunciou-lhe a Jesus.
Hinos da Harpa: 151 - 306 - 394
V .________________ ___________________ J
59
Lição 1 0 -A Im po rtân cia do Ensino

INTRODUÇÃO
A IMPORTÂNCIA DO
ENSINO A ssim c o m o e s t u d a d o s o b r e o
m in is té r io d a p r e g a ç ã o , 0 m i n i s t é ­
rio d o e n s in o t a m b é m é u m m e io
INTRODUÇÃO d e c o m u n ic a ç ã o d as v e rd a d e s e s ­
p ir it u a is , p o rém co m fo c o m a is
I. DEFINIÇÃO DE ENSINO a p r o f u n d a d o , p o is , a t r a v é s d e s t e
1. C on h ecim en to m in is té r io , b u s c a - s e f o r n e c e r u m a
o rie n ta ç ã o c o r r e ta p a ra u m a e d i­
2. C o m p reen são
f ic a ç ã o e s p i r itu a l s ó lid a d a fé d e
3. In te rp re ta çã o t o d o s a q u e le s q u e u m a v e z fo ra m
4. P rática a l c a n ç a d o s p e la g r a ç a d e n o s s o S e ­
n h o r J e s u s C ris to .

II. RAZÕES PARA O ENSINO


I. DEFINIÇÃO DE ENSINO
1. M an d am en to Mt28.i8-20

2 . D isdpulado At 1125,26 O e n s in o pode ser d e fin id o

3. Discípulo MC2673 co m o a a rte ou a ç ã o de tra n s m i­


tir c o n h e c i m e n t o s , n o s e n tid o d e

III. PROTEÇÃO AO REBANHO m o d if ic a r ou a s s e g u r a r 0 c o m p o r ­


ta m e n to c o r r e to d a p e ss o a em r e ­
1. Sã D outrina n 2 .1 -1 0
la ç ã o a d e te rm in a d a s re g ra s, p rin ­
2 . Falsas D outrinas 2Pe2.1 c íp io s , id e ia s o u p r e c e i t o s .

3 . C o rre çã o d e d esvios 2Tm 2.23-26 E s te p r o c e s s o im p lic a a i n t e ­


ra ç ã o d e tr ê s e le m e n to s : 1 ) Q uem

APLICAÇÃO PESSOAL e n s in a : pai, m ã e , p r o f e s s o r , m e s t r e


011 i n s t r u t o r ; 2 ) Q u e m a p r e n d e :
filh o, a lu n o , e s t u d a n t e , d is c íp u lo
e t c ; 3 ) C o n te ú d o d o E n s in o ; d o u ­
tr in a s , r e g r a s , p r e c e i t o s , e tc . N e s te
tó p ic o d a liç ã o , a b o r d a r e m o s q u a ­
tr o e s t á g io s d e s te p r o c e s s o .

1. Conhecimento. É im p o s s í­
vel in ic ia r q u a lq u e r p r o c e s s o d e
e n s in o se m a n te s tr a n s m itir m o s
os c o n h e c im e n to s b á sico s ou
ru d im e n ta re s so b re um a nova
d is c ip lin a , p r in c íp io s , r e g r a s de
c o n d u ta s s o c ia is ou re lig io s a s .

50
Lição 1 0 - A Im p o rtâ n cia cio Ensino

Vejamos como Deus se fez co­ to à compreensão do que estava


nhecido ao Seu povo Israel de sendo ensinado. Um dos métodos
forma que pudessem identificá- utilizados para certificar-se de
-lo e diferenciá-lo em relação aos que haviam entendido o conteúdo
deuses do Egito: do ensino era através da explica­
ção e questionamento quanto ao
a) Revelação da Identidade: sentido do que fora escrito na Lei
Primeiramente a Moisés, através e pelos Profetas: Padrão de cum­
da sarça ardente e, posteriormen- primento da Lei (Mt 5.17-20); Ira
te, ao povo no monte Sinai (Ex 3.1- (Mt 5.21); Perdão ou Reconcilia­
6; Ê xl9.9;16-19). ção (Mt 5.23-26); Vingança e o
Amor (Mt 5,38-48); Adultério e
b) Revelação do Poder: Ma­ Divórcio (Mt 5.27-31); Juramentos
ravilhas no Egito, capacidade de (Mt 5.33-37); Esmolas (Mt 6.2-4);
proteção, superação de desafios Modo de Orar (Mt 6.5-8); Quem
instransponíveis ou insolúveis: era o Próximo (Lc 10.29-37). Um
Mar Vermelho, falta de água e co­ ensino que maravilhava a todos
mida (Êx 7-17]. (Mt 7.28-29).

c) Revelação da Proteção 3. Interpretação. É a capa­


Contínua. Intempéries, riscos no­ cidade de estabelecer uma cor­
turnos, patrimônios individuais e relação entre os conhecimentos
coletivo, ação contra os inimigos. adquiridos e os significados reais
Este mesmo processo, foi ado­ para a vida, possibilitando a con­
tado por Jesus para se revelar ao frontação com novas ideias ou co­
Seu povo e, posteriormente, à Igre­ nhecimentos, levando a tomada de
ja (Jo 2.1; 11). decisão: aceitação ou rejeição em
Na compilação das Escrituras função de convicções pessoais. Em
Sagradas, de igual forma, Deus ins­ termos espirituais, significa uma
pirou homens santos para o regis­ compreensão clara dos ensinos
tro, de forma didática e progressi­ bíblicos que nos levam a livrar-nos
va, do conhecimento sobre quem de ideias errôneas sobre a Palavra
Ele é, o que Ele fez e faz, Seu Plano de Deus.
para a humanidade e povo quem Consideremos dois exemplos
Ele escolheu para consecução dos bíblicos:
Seus propósitos. a) Discípulos no caminho de
Emaús (Lc 24.13-34).
2. Compreensão. Jesus, em b) Filipe e o Etíope no deserto
Seu ministério terreno, procurou de Gaza (At 0 *6 -3 8 ).
não só transmitir conhecimentos* Todo erro doutrinário decorre
mas preocupava-se também quan­ da má interpretação das Sagradas

61
Lição 1 0 - A Im po rtân cia do Ensino

Escrituras, tendo como conse­


quência o surgimento de dissen­
sões, heresias e apostasias (Mt Ensinar é cau sar
22.29). mudanças, tanto das
ideias quanto das
4. Prática. Após conhecermos, atitudes."
compreendermos e a interpretar­
mos os fatos, é preciso pôr em prá­
tica o que aprendemos. Jesus, ao 1. Mandamento. Um man­
concluir o Sermão do Monte, aler­ damento é uma ordem escrita
tou claramente a todos os Seus se­ ou verbal dada a terceiros, por
guidores: Ouvir sem praticar é in­ alguém que tem autoridade e
sensatez (Mt 7.24-27). As críticas poder para exigir o seu cum­
mais deliberadas foram dirigidas primento, bem como punir pelo
aos escribas e fariseus, homens de descumprimento ou cumpri­
sólidos conhecimentos e aos intér­ mento da ordem sem os padrões
pretes da lei, que relígiosamente exigidos.
observavam o ritual e a tradição, Quando aplicamos este con­
mas negligenciavam a prática do ceito ao ministério do ensino, de­
espírito da Lei (pureza interior). veríamos considerar o risco que
assumimos quando nâo realiza­
II. RAZÕES PARA O ENSINO mos a contento ou descumprimos
o mandamento que nos foi dado.
Sem ensino, certamente não há A declaração de Jesus que prece­
perpetuação e garantia da origina­ de este mandamento é bastante
lidade da mensagem do Evangelho enfática: 'Toda a autoridade me
e de toda a Escritura Sagrada. Por foi dada no céu e na terra" (Mt
isso, tanto o Antigo Testamento 28.18-20].
quanto o Novo Testamento trazem
recomendações divinas expressas 2. Discipulado. No manda­
quanto à necessidade imperiosa mento dado por Jesus a todos os
do ensino contínuo da Palavra de cristãos, vemos que o esforço e
Deus. A responsabilidade desta objetivo primário da evangeliza­
missão recai sobre os pais (Dt 6.6- ção não é aumentar o número de
9); os líderes (Sacerdotes, Reis membros de uma igreja local; a
e Profetas]; Jesus (Is 61.1-2; Lc missão principal é: fazer discí­
4.18-19); Espírito Santo (Jo 16.13- pulos! Atribui-se a John Wesley
15); os Apóstolos (At 2.42) e sobre o seguinte comentário: "A igreja
todos aqueles que se tornam dis­ não m uda o mundo quando g era
cípulos de Cristo (2Tm 2.2]. É um convertidos, m as quando g era
mandamento! discípulos1

62
Liçõn 10-A Importância do Ensino

Discípulos não são conquis­ fiara. Muita coisa está envolvida


tados, são gerados (At 11.25,26). nesse ministério e a liderança pre­
Este resultado não se obtém num cisa ter uma consciência clara sobre
passe de mágica, é preciso esforço isto. Como líder, o ensinador deve
pessoal, dedicação, preparação, ser espiritualmente sensível, devo­
adequação do conteúdo, de lingua­ tado e habilitado na ministração do
gem, cultura, idiomas, estágios de ensino bíblico (Rm 12.7), Capacita­
conhecimento e entendimento de do para tomar decisões certas (2Tm
cada indivíduo ou mesmo povos, 4.1-2;5 e Tt 1.9) e de motivar o povo
e respeito à individualidade, além a prosseguir a caminhada cristã de
de materiais apropriados. Novos forma segura e condizente com a Sã
convertidos, em termos espiri­ Doutrina (Tt 2.7, 3).
tuais, precisam dos mesmos cui­
dados dispensados a uma criança 1. Sã Doutrina. A sã doutrina
recém-nascida. Os rudimentos da constitui o corpo doutrinário de
fé cristã devem ser ministrados na regras de fé e prática, contidas nas
dosagem certa. Sagradas Escrituras, que devem
guiar todas as nossas ações na vida
3. Discípulo. Ninguém se tor­ presente, de forma a alcançarmos
nará um discípulo fiel de Jesus se, o padrão de santificação requeri­
ao passar por um processo de dis- do por Deus e inspirar outros na
cipulado, não compreender ple­ mesma direção (Ai 2.42-43).
namente que a vida cristã não se Paulo, em sua carta pastoral
resume a ser um membro de uma a Tito, exorta-o a falar de acordo
igreja local, mas é uma decisão que com a sã doutrina, em especial, no
envolve mudança radical de vida que diz respeito ao ensino. Desta­
com renúncia pessoal, assumindo ca o que é esperado de todos os
todos os riscos e custos da missão membros da igreja: servos, jovens,
(Mt 16.24-25). Esta é a razão pela filhos, mulheres recém-casadas,
qual o apóstolo Paulo declarou o mulheres e homens idosos, assim
seu grande esforço espiritual pe­ como dele próprio (Tt 2.1-10).
los irmãos da Galácia (G1 4.19). O
discípulo é muito semelhante ao 2. Falsas Doutrinas. São mui­
Mestre (Mt 26.73). tos os riscos que podem afetar a
vida espiritual dos membros do
III. PROTEÇÃO AO corpo de Crislo. Estes riscos que
REBANHO estavam presentes na Igreja Pri­
mitiva, manliveram-se presen­
Paulo conclamou os presbíteros tes em toda a história da Igreja e,
em Éfeso a olharem para si próprios com maior sutileza, nos tempos
e pelo rebanho que Deus lhes con­ modernos, nos quais aparente­

63
Lição 10 -A Im po rtân cia do Ensino

mente o pecado não faz mais um Exortava a liderança a agir com


contraste tão marcante com o amor (2Tm 2.23-26), mas também
padrão de santidade requerido à com rigor, quando o fato assim o
Igreja. Parece que vivemos tem­ exigisse (ICo 5.1-5;11-12). Jesus
pos similares aos de Jeremias nunca fez concessões a qualquer
Or 6.13-14). erro doutrinário, mesmo quando
Sabemos que há uma ação envolvia importantes lideranças
maligna orquestrada, e com alvos religiosas (Mt 23.1-36) e, em es­
bem definidos, para a destruição pecial, o lugar de adoração (Mt
da confiança em Deus e da fé cris­ 21.12-13). Todo cuidado é pouco
tã. Sobre algumas dessas ações, (2Tm 3.1-5).
Moisés, os Profetas, Jesus e os
apóstolos, deixaram-nos adver­ r : a
tências contundentes: Sonhador APLICAÇÃO PESSOAL
de sonhos (Dt 13.1-4); Impostores
(Is 8.19-20); Falsos Profetas e Fal­ O ensino da Palavra de Deus,
sos Cristos (Mt 2 4 .4 -5 ;ll); Lobosrequer de cada cristão domínio e
vorazes (Mt 7.15; At 20.28-30); competência no manuseio da es­
Falsos Mestres (2Pe 2.1). pada do Espírito, para combater
os erros doutrinários que amea­
3. Correção de Desvios. Essa çam a fé cristã.
é uma área que exige determina­
ção e cuidado especial de qualquer
líder da Igreja de Cristo. O Apósto­
lo Paulo adotava a regra de "tole­
rância zero,J em relação a todo des­
vio de conduta na vida espiritual.

f A
RESPONDA
1) Indique duas razões sobre a importância do ministério de ensino para a Igreja de Cristo.

2) O que é Sa D outrina?

3) Com o podem os corrigir erros doutrinários ou desvios de conduta na vida espiritual?

64
Estudada e m ___ /___ /

r : A
LIÇÃO 11 DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda - Mc 1.22
METODOLOGIA Jesus ensinava com autoridade
Terça - Mt 4.23
DE ENSINO Jesus ensinava no templo
Quarta - Mc 9.31
Jesus ensinava os Seus discípulos
Quinta - Is 2,3
Deus ensina o Seu povo
Sexta - Pv 4.11
0 caminho do ensino gera justiça
T exto Au R!-:o Sábado - SI 143.10
|Prossigo p ara o alvo, p a ra o 0 ensino conduz à vontade de Deus
p rêm io d a sob eran a v ocação de
Deus em Cristo Jesu s " Fp 3.14
LEITURA BÍBLICA
Felipenses 3 ,1 2 -1 4
12 Não que eu o tenha já
V erdade Pratica recebido ou tenha já obtido a
Sem a m eto d o lo g ia co rreta perfeição; mas prossigo para
o p ro fe s s o r d ificilm en te ;■ conquistar aquilo para o que
a lc a n ç a r á o objetiv o. também fui conquistado por
Cristo Jesus.
13 Irmãos, quanto a mim,
não julgo havê-lo alcançado;
mas uma coisa faço: esquecen­
do-me das coisas que para Irás
ficam e avançando para as que
diante de mim estão,
14 prossigo para o alvo, para
o prêmio da soberana vocação
de Deus em Cristo Jesus.

Hinos da Harpa: 56 -111 - 242

65
Lição 11 - M etodologia de Ensino

INTRODUÇÃO
METODOLOGIA DE ENSINO
Falar em público exige uma
preparação adequada. Uma li­
INTRODUÇÃO ção bem preparada inclui não
somente o conhecimento da ma­
téria, mas também a "forma" de
I. O PROFESSOR TRABALHANDO ensinar. Supondo que o profes­
sor esteja bem preparado, bem
1. Técnica de dissertação N eãl-12 provido de dados e informações,
terá sempre de perguntar-se:
2. Técnica de narração Lc 10.30-37
"De que forma vou transmitir
essa matéria à classe? Só eu fa­
larei? Farei perguntas para moti­
II. O ALUNO TRABALHANDO vá-los? Pedirei que façam alguma
pesquisa?'. Em outras palavras:
"Que método usarei? Que técnica
1. Atribuição de tarefes Lcio .l
usarei?” Existem muitas formas
de ensinar. Classificaremos os
2. Exemplos Bíblicos 1Rs 1921 métodos de ensino da seguinte
forma: ( 1 ) métodos que jogam
a carga de trabalho sobre o pro­
IIL AMBOS TRABALHAM JUNTOS fessor; ( 2 ) métodos que põem a
maior parte da carga de trabalho
1. Perguntas e respostas Jo 4.1-15 sobre os alunos; (3] métodos em
que o professor e o aluno traba­
2. Perguntas e dissertação Mt 416-21 lham em cooperação.

I. O PROFESSOR
APLICAÇÃO PESSOAL TRABALHANDO

1. Técnica de dissertação
(Ne 8.1-12). Nesta técnica, o pro­
fessor apresenta a lição quase da
mesma maneira que o pregador
pronuncia o sermão:
*
ele fala e a
classe ouve. E uma técnica ade­
quada para classes grandes, em
que perguntas e discussões impe­
dem a apresentação completa da
lição. É eficaz ao apresentar no-

66
Lição 11 - M etodologia de Ensino

vas informações e abranger muita


matéria num período hreve. Mas
é deficiente, quando não estimu­
la o aluno a agir. Exige preparo Devemos edificar
diligente e muita perícia para le­ nossos ministérios de
cionar longamente e manter uma pregação e ensino na
situação de aprendizagem. Trata- Palavra de Deus, não
-se de uma classe passiva, cujos em conceitos humanos/'
alunos se limitarão a ouvir. Nesta
técnica o professor é o ator prin­
cipal, que simplesmente conta, ex­ as pessoas, ouvir suas conversas,
plica e aplica a lição. Moisés foi o compreender seus costumes, e de­
primeiro grande ensinador do Ve­ pois descrever vividamente o que
lho Testamento que aplicou essa viu e ouviu aos seus alunos. Quan­
técnica de instrução. Com grande to aos elementos doutrinários que
paciência e preparo, Moisés ensi­ dificilmente poderiam ser ensina­
nava a Israel os mandamentos de dos com esta técnica, o professor
Deus. Seus anos de ensino foram deve esclarecê-los mediante ilus­
galardoados, porque Israel serviu trações coerentes e histórias bem
a Deus fielmente por muitos anos narradas. Esta técnica á geral men­
após sua morte (Js 24.31). Para te aplicada às classes infantis, de
esta técnica, citaremos a aula ex- adolescentes nu jovens. Para esta
positiva, ou a aula em ambiente técnica, citaremos o contar estó­
virtual, assim como a exposição de rias (ou histórias) e/ou a leitura
um filme em que o professor co­ de um bom livro.
mentará depois.
II. O ALUNO
2. Técnica de narração (Lc TRABALHANDO
1 0 .3 0 -3 7 ). Esta técnica deve ser
usada quando a lição focaliza 1. Atribuição de tarefas (Lc
acontecimentos bíblicos, pois uma 10.1). Basicamente, esse mé­
história bem narrada é um meio todo tem a ver com a técnica da
seguro de despertar e reter a aten­ atribuição de tarefas, quando o
ção. Narração é a forma em que professor distribui tarefas para
as verdades espirituais podem os alunos, como por exemplo:
ser mais bem assimiladas melhor em pequenas classes, ou quando
mente das pessoas. Todo profes­ se divide uma grande classe em
sor deve cultivar a arte de narrar grupos de trabalho. Um vai res­
histórias, deve ser capaz de ima­ ponder certas perguntas, outro
ginar a vida nos tempos bíblicos, desenvolverá um tema, outro irá
rever as cenas, caminhar entre desenhar um mapa.

67
Lição í 1 - M etodologia de Ensino

a) Ensine ao aluno como se


preparar. Não basta apenas dizer
para o aluno estudar e deixá-lo Ensinar é causar
por si mesmo. Antes faça uma de­ mudanças".
monstração completa e explique,
enquanto a faz, as razões por que
se deve fazer cada atividade e a foi Barnabé quem lhe estendeu a
melhor maneira de executá-la. Se mão e o apoiou, certamente lhe
ele estudar e se preparar bem con­ conferindo as instruções que aju­
seguirá transmitir o conhecimen­ daram a nortear seu início de mi­
to de forma sólida. nistério (At 9.27].
No Antigo Testamento, temos
b) Desperte o interesse do o relacionamento de Elias e Eliseu,
aluno e dê-lhe um motivo para que, sendo seu discípulo, o substi­
estudar. Faça o aluno sentir que tuiu no sagrado encargo de profe­
vale a pena saber bem a lição que ta de Deus. Elias, como seu mestre,
será exposta por ele, que isso é im­ certamente o ensinou e o treinou,
portante para sua vida espiritual. preparando-o para sua missão
Isso se chama persuasão! (ÍR s 19.21).
Para esta técnica podemos ci­
c) Peça ao aluno que ap re­ tar vários exemplos: grupos de
sente a lição e devote atenção discussão (duplas, grupos para
total. Não permita jamais que o formular questões), debates, estu­
aluno pense assim: "Para que fazer do de caso, prática de campo, dra­
o trabalho e estudar, se o profes­ matização, tempestade de ideias,
sor nem mesmo presta atenção?". projetos, apresentação de seminá­
rios, atividades recreativas, conta­
2. Exemplos Bíblicos. Para gem de histórias pelos alunos.
exemplificar esta técnica, pode­
mos citar, no Novo Testamento, o III. AMBOS TRABALHAM
exemplo de relacionamento entre JUNTOS
Paulo e Timóteo. Paulo o encora­
jou a ensinar a Palavra, admoes­ 1. Perguntas e respostas (Jo
tou-o no sentido de se preparar 4 .1 -1 5 ). Há centenas de anos um
melhor e, assim, viver à altura das sábio disse: "Uma pergunta sagaz
coisas que ensinava, a fim de sal­ é a metade do conhecimento". Esta
var a si mesmo e a seus ouvintes afirmação ainda é verdadeira, pois
[lTm 4.16]. boas perguntas proporcionam um
No início da fé de Paulo, quan­ bom ensino, e quem sabe fazer
do ainda ninguém acreditava em boas perguntas geralmente é um
sua conversão a Jesus e o temiam, bom professor. Nesta técnica, o

68
Lição 12 - M etodologia de Ensino

professor estimula o pensamen­ tes, ou seja, o professor apresenta


to dos alunos usando perguntas pequenos tópicos a serem de­
inteligentes que os façam pensar. senvolvidos pelos seus alunos, e
Na realidade, o professor "educa" após, formula algumas perguntas.
o aluno, tirando da sua mente os Para isso, ele deve assinalar as ta­
fatos principais da lição. As per­ refas definidas a cada aluno; e en­
guntas que o professor faz são va­ tão desenvolver a aula mediante
liosas porque obrigam os alunos a uma discussão dirigida pelo pró­
pensar e expressar-se, assim com­ prio professor. Este pedirá a cada
pletando o processo de aprendiza­ aluno a tarefa que lhe foi definida,
gem. Esta é uma técnica mais inte­ e depois fará dissertações (expo­
ressante porque retém a atenção sições) com o que foi apresenta­
dos ouvintes e os mantêm ativos. do pelos alunos. Desde que a aula
Embora esta técnica seja conside­ não seja muito extensa, e que os
rada uma das melhores pela peda­ alunos tenham sido estimulados
gogia moderna, tem seus perigos: a estudar e se preparar, esta será
a) Não permita que os alunos a técnica mais eficaz para jovens
saiam do assunto; e adolescentes. Para adultos, o
b) Cuidado com respostas su­ método de perguntas e respostas
perficiais; é o mais interessante.
c) Não converta a aula numa
conversação inútil!
Não perca tempo precioso com
C ~
APUCAÇAO PESSOAL.
isso. Provoque o diálogo através
de perguntas inteligentes, evitan­ Experimente planejar suas
do que haja desvios do tema. aulas e aplicar os princípios ora
Jesus frequentemente usa­ apresentados, com a certeza de
va essa técnica. Ele perguntava: que seus alunos receberão um en­
"Quem dizeis que eu sou?"; "0 que sino de qualidade que os ajudará
quereis?”; " 0 que pensais?” - eram no seu crescimento espiritual.
algumas das perguntas que Ele
fazia. Suas perguntas, na maioria
das vezes, eram claras e específi­
cas. 0 Mestre dos mestres envol­
via Seus alunos com a Verdade
apresentada, desafiando-os a tirar
suas próprias conclusões.

2. Perguntas e dissertação
(Mt 1 4 .1 6 -2 1 ). Esta é uma com­
binação de duas técnicas diferen­

69
Lição J 1 - M etodologia de Ensino

RESPONDA
1) No m étodo em que a carga de trabalho recaí sobre o professor, quem é a figura central?

2) Em uma lição que enfoque acontecim entos bíblicos, qual a técnica a ser adotada?

3) Q ual a técnica em que o professor se assem elha ao pregador?

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70
Estudada e m ___ / ___ /

C ' Ã

LIÇÃO 12 DEVOCIONAL DIÁRIO


Segunda - SI 119.12
Deus ensina Seus decretos
CONSELHOS Terça-SI 34.11
Deus ensina sobre temor
PRÁTICOS PARA Quarta - Ex 4.12
Deus ensina intimamente
O ENSINO Quinta-Dt 4.10
Deus nos manda ensinar nossos filhos
Sexta - Dt 4.36
Deus ensina com poder
T exto á ureo Sábado - Jz 13.8
"P orque Deus é quem efetu a Deus usa Seus servos para ensinar
em vós tanto o q u erer com o
o r e a liz a r segundo a sua boa
vontade." Fp 2.13
LEITURA BÍBLICA
m Filipenses 2.12-15
1 2 Assim, pois, amados meus,
VERDADE PRÁTICA como sempre obedecestes, não só
Deus nos ajuda na tarefa de na minha presença, porém, muito
serm os bons en sin adores da mais agora, na minha ausência,
Sua P alavra desenvolvei a vossa salvação com
temor e tremor;
13 porque Deus é quem efetua
em vós tanto o querer como o rea­
lizar, segundo a sua boa vontade.
14 Fazei tudo sem murmura­
ções nem contendas,
15 para que vos torneis irre­
preensíveis e sinceros, filhos de
Deus inculpáveis no meio de uma
geração pervertida e corrupla, na
qual resplandecias como luzeiros
no mundo,

Hinos da Harpa: 73 - 241 - 259

71
Lição 12 - Conselhos Práticos p a ra o Ensino

INTRODUÇÃO
CONSELHOS PRÁTICOS
PARA O ENSINO Não importa quanto conheci­
mento o professor possua, falhará
se não possuir também domínio
INTRODUÇÃO da arte de ensinar. Nesta lição,
vamos estudar alguns conselhos
práticos que visam a despertar a
I. O DOMÍNIO DA MENSAGEM
atenção e estimular o interesse,
1. Prepare a aula em oração Efái 8 tanto do aluno, quanto do profes­
sor Nos três pontos a seguir, ire­
2. Prepare a si mesmo Rm 12.7 mos propor alguns princípios e
regras que vão ajudar bastante a
3. Seja claro e relevante Mt 10.25-28 tornar sua aula mais interessante
e motivadora.

II. O ALUNO ATENTO L O DOMÍNIO DA


MENSAGEM
1. Sua atenção Lc5.1-3
1. Prepare a aula em oração
2. Seu interesse Jo 4.7-15
(Ef 6.18). A Escola Bíblica não
3. Seu ponto de vista u 1036,37 é apenas de ordem intelectual,
mas também de ordem espiritual,
pois nela se edifica o caráter cris­
III. PROFESSOR MOTIVADO tão. A influência do professor em
suas aulas deve ser sempre diri­
1. Seu entusiasmo U2432 gida para Cristo! É necessário que
você ore em favor de seus alunos,
2. Sua vigilância mcó.24-28
apresentando sua aula ao Espírito
Santo, solicitando ao mesmo que
3. Seu amor lCo 13.1-2 tome a direção daquele momento.
Sendo o professor um guerreiro
APLICAÇÃO PESSOAL do Senhor, a espada do Espírito,
que á a Palavra de Deus, foi pos­
ta nas suas mãos e o Senhor lhe
pede que desfira golpes (suas au­
las] contra o inimigo do Reino de
Deus. Cada vez que você se reúne
com sua classe, trava-se uma bata­
lha espiritual, pois a Verdade, que
liberta, está sendo ensinada.

72
Lição 12 - Conselhos Práticos p a ra o Ensino

2. Prepare a si mesmo (Rm


12.7). 0 professor é mais impor­
tante que a própria aula, assim
como o trabalhador é mais impor­ As verdades bíblicas
tante que seu trabalho. Um grande podem ser faladas
pedagogo disse: "Deixe-me escolher com plena autoridade
o professor, e não importa quem es­ porque são a Palavra
colha a matéria". 0 professor deve de Deus."
pensar assim: "Sou um exemplo
da verdade que tento inculcar em
meus alunos? Procuro ensinar-lhes Jesus ensinava utilizando ilustra­
a orar? Eu oro?” A vida do professor ções que as pessoas podiam "ver":
é que dá força a seu ensino. 0 que um casamento, um semeador, uma
ele é influi com mais força sobre a criancinha etc.
classe do que o que ele diz. O que o Planeje sua aula de forma a
arco é para a flecha, o professor é utilizar recursos tais como: gráfi­
para seus alunos! cos, mapas, estatísticas, pôsteres
Comece a estudar logo no iní­ etc. Imagine a eficácia de uma aula
cio da semana. Se o professor quando o aluno pode ver, ouvir e
estiver bem preparado, então "o tocar objetos reais que ensinam
eixo estará bem lubrificado e o sobre a verdade ministrada.
rolamento de esferas girará bem". A linguagem de Jesus era clara
Estude mais material do que você e simples! A linguagem é a ponte
acha que vai precisar. Isso se cha­ entre seu conhecimento e a ne­
ma reserva de conhecimento, pois cessidade do aluno. Sendo assim,
só quem conhece a fundo a maté­ utilize uma linguagem fácil de ser
ria pode inspirar confiança. Por aprendida, use palavras simples!
exemplo, se a lição trata de um Reduza ideias difíceis a uma expli­
acontecimento na vida de Josias, cação simples. Comece com o que
estude todos os capítulos nos li­ é conhecido e familiar, e depois,
vros de Reis e de Crônicas que fa­ vá avançando para assuntos mais
lam de seu reinado. complexos.

3. Seja claro e relevante (Mt II. O ALUNO ATENTO


1 0 .25-28). Os cinco sentidos são
maneiras diferentes de transmitir 1. Sua atenção (Lc 5.1-3). A
informações para o aluno. É por atenção é o direcionamento cia ati­
meio deles que o professor apre­ vidade menlnl para um fato, uma
senta a matéria de mais de uma emoção, ou um objetivo determi­
maneira, visando a facilitar a com­ nado. Um aluno alento é aquele
preensão e assimilação da mesma. que localiza sua atenção de forma

73
liç ã o 12 - Conselhos Práticos patv o Ensino

integral ao que o professor diz ou


faz. Diz-se que "um aluno pode
olhar sem ver e escutar sem ou­ Algumas pessoas têm
vir". Ou seja: ele pode estar numa que dizer alguma
atitude de aparente atenção, en­ coisa; outras têm
quanto sua mente pode estar a alguma coisa para
mil quilômetros de distância. Há dizer."
dois tipos de atenção: a voluntá­
ria e a espontânea. A voluntária é
quando o aluno se obriga a prestar o aluno entender que a Bíblia é o
atenção à matéria; já na atenção livro mais maravilhoso do mundo,
espontânea, o mesmo se mantém e que a vida cristã é a vida mais
atento espontaneamente, sem elevada para o ser humano, então
esforço consciente de sua parte. atingiu seu o propósito.
Diante disso, chegamos à conclu­ 0 aluno está cheio de ideias,
são que a atenção espontânea é a desejos e impulsos, que se podem
melhor, por ser inspirada pelo in­ classificar corno interesses, e estes
teresse verdadeiro. podem estai- voltados para Deus ou
Se o professor não consegue para o mundo. A tarefa do profes­
que sua lição seja interessante, o sor é provocar um forte interesse
aluno irá se dispersar. A razão é pelas coisas de Deus. As aulas de­
simples: a mente não se concentra vem ífter vida", caso contrário, se
por muito tempo na monotonia! Di­ houver uma falação inanimada do
zer que a classe não está prestando Evangelho, o aluno terá a impres­
atenção é o mesmo que dizer que são que ser cristão é algo chato e
ela não está aprendendo nada e desmotivante. Por isso, o professor
que você está falando em vão. Para tem de fazer mais do que ganhar a
que isso não aconteça sâo essen­ atenção dos alunos, tem de interes­
ciais a variedade e a mudança. Per­ sá-los no que é certo e verdadeiro,
corra sua lição com graça, domínio ou seja, nos valores do Reino de
e autoridade, mostrando seus dife­ Deus. Para exemplificar, podemos
rentes aspectos a fim de despertar observar o caso da mulher sama-
a atenção dos seus alunos. ritana, em João 4.5-30. Vemos ali a
turma de alunos do Mestre e uma
2. Seu interesse (Jo 4.7-15). mulher que apareceu para retirar
Certo pedagogo disse uma vez que água. Naquele dia fazia calor, ela
o interesse não é um meio, mas o estava sedenta, (esus ofereceu a ela
objetivo da educação. O aluno tal­ a água que mataria a sua sede para
vez se esqueça de fatos que lhe fo­ a vida inteira, ou seja, Ele atendeu
ram ensinados, mas se o professor seu interesse pessoal e matou sua
lhe ensinou de modo tal que fez sede espiritual.

74
u 11 y u u v j v u i u u w i .1 i w i i i o o u u / u w v « i i . f j i i p : w i 1 1 luupo /u^i / u il.\ i o o u u . i i^ -i iw y t i lu ^ a o it iu i & v io ia i iv-/ i i i i i u i i i ^ i u i — i >_k i i j j

Lição 12 - Conselhos Práticos para o Ensino

3. Seu ponto de vista (Lc fervor, com sentimento, esponta­


10.36, 3 7 ). 0 ensino que interes­ neidade, animação e convicção.
sa é o que apela às próprias ideias Não uma eloquência de palavras
do aluno, é quando se dá a ele a suaves e bajuladoras, mas sim
oportunidade de expressar o que uma eloquência efusiva, sincera e
pensa a respeito daquele assunto. vinda do coração. As aulas devem
Os propósitos são simples: ser tiradas do íntimo do seu ser,
devem ser ossos dos seus ossos,
a) Sua realidade. Faça-os carne da sua carne, o produto do
compreender a verdade. Apresen­ seu trabalho mental, a potência
te a lição aos alunos em termos nascida de sua própria energia
que reflitam as experiências deles criativa. São aulas que vivem, se
mesmos. 0 professor deve "se pôr movem, que voam pela sala, con­
no lugar de seus alunos", levando vencendo, deleitando, impressio­
em consideração o modo de ve­ nando e louvando a Deus!
rem e sentirem as coisas. Tenha
em mente a seguinte pergunta: 2. Sua vigilância [Mt 6,24-28).
"Que conhecimento tem o aluno Certa vez, um grande professor
acerca do que explicarei hoje que estava ensinando sobre a lei de
o ajude a compreender seu signi­ Moisés. De uma hora para outra
ficado?" ele mudou o teor da aula. Passou
a fazer uma narração comovedora
b) Sua necessidade. Faça os e emotiva acerca da dificuldade do
seus alunos aceitarem a verdade, povo de Israel em cruzar o deser­
aplicando-a às necessidades deles. to. Ele falou da areia escaldante,
Preste atenção na seguinte refle­ do suor do rosto das crianças, da
xão: "A mente e o coração do aluno dificuldade dos idosos, da falta de
são o campo em que o semeador recursos, enfim, ele levou a classe
rega a semente plantada". 0 agri­ às lágrimas! Por que ele fez isso?
cultor que não conhece a quali­ Ora, sendo um mestre experiente,
dade da terra de sua propriedade ele observou que eslava perdendo
terá uma colheita escassa. a atenção de seus alunos.
Se você perceber que eslá per­
n t PROFESSOR MOTIVADO dendo a atenção da sua classe, se
perceber olhos contemplativos
1. Seu entusiasmo (Lc 24.32). e semblanles aborrecidos, faça
0 professor deve manter o contro­ algo depressa para recuperar a
le da classe. Se o professor for apá­ atenção dos alunos. Mude o teor
tico, eles ficam apáticos; se for re­ da mensagem, conte uma estória,
servado, eles ficam reservados. 0 faça uma ilustração, lance uma
professor deve dar uma aula com pergunta que provoque seu pen-

75
Lição 12 - Conselhos Práticos p a ra o Ensino

sarnento, seja comovente, mude a saber o nome de seus alunos, pois


metodologia da aula; enfim, se es­ quando o professor chama seu aluno
force para não perder o "brilho do pelo nome, ele concretiza, de forma
olhar" dc seus alunos! atenciosa, esse vínculo de amor.

3. Seu amor (ICo 13.1-2). De r : •s


todas as verdades, a mais sólida é APL1CAÇAO PESSOAL
a de amar ao próximo. Logo, o pro­
fessor deve levar e estimular esse O mais importante para uma
amor para dentro da sala de aula. boa aula é estar bem preparado
De todas as forças e influências que para conduzir os alunos com amor
ligam o professor ao aluno, a maior à verdade do Evangelho. Isto é pos­
de todas, a mais motivadora do ensi­ sível conhecendo bem a matéria e
no é o amor Os alunos reconhecem utilizando bons métodos de ensino.
e reagem bem diante do interesse
amoroso do professor. Os alunos são
rápidos para descobrir se uma pa­
lavra vem da mente ou do coração.
Sem o amor que liga coração a cora­
ção, o ensino é como o metal que soa,
ou como o sino que tine. 0 professor
deve orar pelos seus alunos, pedir a
Deus sabedoria e inteligência para
eles; e, sobretudo, o professor deve

r
RESPONDA
1) D u ra n te a sua au la, a in flu ê n c ia d o p ro fe s s o r d e v e s e r s e m p re d irig id a a q u e m ?

2) C om o se cham a o estudar muito mais material do que acha que vai precisar para ministrar a aula?

3) O q u e é o direcionam ento da atividade m ental para um fato, em oção, ou objetivo determ inado?

76
i / W -I7 i u u m j a u c o . y a i u v v i a u u i . 1 i t u i o o u u / u u v v 1 i .| j m | - < í u i 1 1 iu p o / u u r v / u iu / u il.\ i o o u u . w i u / u ^ .1 1 u y c i lu o a o ic iu /u i^ i u u u o /u ^ i 1 & v io ia t u u _ ^ u n w 1 iu m 11 u m iu ii 1 iiw itii 1 >_k i i j _/ v r

Estudada e m ___ /___ /____

LIÇÃO 13 DEVOCIONAL DIÁRIO


Segunda - At 16.31
O PREGADOR Pregando a salvação
Terça - Hc 3.2
PENTECOSTAL Pregando o avivamento
Quarta - Mc 1-8
Pregando o batismo com Espírito Santo
| Quinta - At 8.6
Pregando com manifestação de sinais
Sexta - At 2.38
T exto áureo Pregando o arrependimento
"Respondeu-lhes Pedro: Arrependei- Sábado - lTs 4.16
vos, e cada um de vós seja batizado em Pregando a volta de Cristo
nome de Jesus Cristo para remissão
dos vossos pecados, e recebereis o dom
do Espírito Santo”At 2.38 LEITURA BÍBLICA
Atos 2.38-42
38 Respondeu-lhes Pedro: Arre­
V e r d a d e Pr á t ic a pendei-vos, e cada um de vós seja
A P regação P entecostal é batizado em nome de Jesus Cristo
sim ples e poderosa. para remissão dos vossos pecados, e
recebereis o dom do Espírito Santo.
39 Pois para vós outros é a pro­
messa, para vossos filhos e para todos
os que ainda estão longe, isto é, para
quantos o Senhor, nosso Deus, chamar.
40 Com muitas outras palavras
deu testemunho e exortava-os, dizen­
do: Salvai-vos desta geração perversa.
41 Então, os que lhe aceitaram a
palavra foram batizados, havendo
um acréscimo naquele dia de quase
trcs mil pessoas.
42 E perseveravam na doutrina
dos apóstolos e na comunhão, no
partir do pão e nas orações.
Hinos da Harpa: 24 -100 - 155
L A V___________ ____ ______________

77
Lição 13 - 0 P regador Pentecostal

í > INTRODUÇÃO
O PREGADOR PENTECOSTAL
Abordar uma lição específica
sobre este tema não significa que
INTRODUÇÃO a pregação pentecostal seja mais
importante, ou um estilo à parte
L O PREGADOR PENTECOSTAL e superior, que segue sua própria
agenda. A pregação pentecostal
1. Seu perfil Ef5.18-21
segue todos os parâmetros da Ho-
2.0 exemplo de Pedro At238-41 milética, conforme estudamos ao
longo desta revista. Todavia, realça
3.0 Culto Pentecostal At 433
a confiança de que o Espírito Santo
agirá e se manifestará com resul­
IL A MENSAGEM PENTECOSTAL
tados visíveis e práticos durante a
1. Mensagem com sinais At 83-8 pregação. A pregação pentecostal
pode ser identificada por enfatizar
2. Mensagem evangelista A t2.38
o ministério e trabalho do Espírito
3. Mensagem missionária At8.4 Santo no meio da igreja, não apenas
na vida particular de cada pessoa.
III. O MOVIMENTO PENTECOSTAL
L O PREGADOR
1.0 nascimento da Igreja At2.44 PENTECOSTAL
2. Rua Azusa M 239
Os discípulos estavam sendo
3. Daniel Rerg e Gunnar perseguidos e taxados como im­
Vingren At 1.8 postores, por falar da ressurreição
de Jesus, porém no dia de Pente­
APLICAÇÃO PESSOAL costes, o Espírito Santo veio so­
bre eles, os encheu e mudou suas
histórias, de modo que aí nasceu a
mensagem pentecostal (At 2]
Após isso, vidas foram muda­
das, nações foram impactadas, ho­
mens simples sacudiram gerações
pelo poder do Espírito. O pregador
pentecostal tem uma mensagem
viva, uma palavra de autoridade e
uma existência de milagres.

í. Seu perfil. 0 pregador pen­


tecostal é alguém com um chama-

78
Lição 13 - 0 P regador Pentecostai

do especial, pois sua pregação não


consiste só em palavras, mas em de­
monstrações do poder de Deus em Quando você ministra,
forma de dons, sinais, maravilhas nem o talento, nem o
e milagres (ICo 2.4). Os resultados treinamento, podem
visíveis da ministração costumam substituir o poder
acontecer na hora da mensagem, espiritual na sua vida.”
como a salvação de vidas, que é o
maior milagre que pode ocorrer, se­
guido de outros movimentos espiri­ homem sanguíneo por natureza,
tuais, como por exemplo, batismos agia por impulsos (Lc 5.4-8). Foi re­
com Espírito Santo e avivamento preendido por Jesus (Mt 16.22-23).
(At 10. 44-45). Seu modo de prega­ Afundou por falta de fé (Mt 14.30-
ção ó diferenciado. Como acredita 31). Cortou a orelha de um homem
que as evidências dos dons espiri­ Jo 18.10-11). Negou Jesus por três
tuais são para hoje, suas ministra- vezes (Lc 22.54-62). Quando soube
ções são marcadas por uma autori­ que Jesus havia morrido, se tran­
dade incomum, sempre enfatizando cou com medo dos judeus o pren­
a necessidade de um mover de Deus derem também (Jo 20.19). E de­
durante e após suas mensagens. pois, voltou a pescar, coisa de que
O pregador pentecostai deve Jesus já o havia tirado há mais de
ter uma vida de oração constante três anos (Jo 21. 1-3). Ainda assim,
e de meditação na Palavra, sendo quando o Espírito Santo veio sobre
primordial ser cheio do Espírito Pedro, este mudou completamen­
Santo e depender completamen­ te; e tomado de uma autoridade
te da unção divina para transmitir sem igual, ministrou um sermão
mensagens poderosas (Ef 5.18-21). em meio a uma grande multidão de
Ele deve passar por uma profunda varias nações. E nesse dia, sem mi­
experiência com Deus, que gere mu­ crofone ou qualquer outro apoio,
dança em seu ser, pois suas palavrasministrou uma palavra simples e
irão demonstrar o que já experi­ objetiva, e mais de três mil pessoas
mentou: o poder do Espírito Santo entregaram suas vidas a |esus (Al
em sua vida! Não tem como ser um 2.38-41). Séjarn quais lurem os
pregador pentecostai, sem antes ter problemas que Pedro lenha en-
urna experiência com a pessoa do frentado como discípulo, depois
Espírito Santo. do Peiilerosles, tornou-se o pri­
meiro pregador pentecostai, e nos
2, 0 exemplo de Pedro. Pedro do/.e primeiros capílulos do livro
foi um dos discípulos que mais deu de Aios, ele e, indiscutivelmente,
trabalho para Jesus. Pescador, com o p e rso n a g e m principal tia Igreja.
um temperamento explosivo, um A bela história ocorrida na casa de
Liçào 13 ~O Pregador Pentecostal

Cornélio, ilustra muito bem a pre­


gação Pentecostal, assim descrita:" r
Ainda Pedro falava estas coisas Somente à medida que
quando caiu o Espírito Santo sobre você nutrir sua própria
todos os que ouviam a palavra. E os vida espiritual é que
fiéis que eram da circuncisão, que você terá a capacidade
vieram com Pedro, admiraram-se, de fortalecer as pessoas
porque também sobre os gentios ao ministrar a elas"
foi derramado o dom do Espírito
Santo; pois os ouviam falando em
línguas e engrandecendo a Deus do pregador (ljo 2.27). Não se
[At 10.44-46). deve acreditar que o movimento
gere o avivamento, mas sim que o
3. O Culto Pentecostal. Um avivamento gere o movimento.
culto pentecostal genuíno é uma
reunião diferente, cheia do Espí­ II. A MENSAGEM
rito Santo (At 4.33). Desde o lou­ PENTECOSTAL
vor inicial até a oração final, por
mais que a programação esteja A pregação pentecostal geral­
muito bem dividida e organizada, mente, não obrigatoriamente, esta
a liturgia bem elaborada, porém associada a um tom de voz com
tudo fica debaixo da direção final volume mais elevado, fala mais rá­
do Espírito de Deus. As pregações pida de quem ministra e, por par­
pentecostais são o que comumen- te dos ouvintes, um envolvimento
te chamamos de ministrações avi­ com resposta simultânea e acom­
vadas, são marcadas pelo mover panhamento com expressões au­
do Espírito Santo, comoção, lágri­ díveis de louvores. Tudo isto faz
mas, aplausos, louvores em voz parte, mas este não é o coração da
alta, palavras de exaltação a Deus, mensagem pentecostal. Esta men­
são muito comuns em um culto sagem não está voltada ao homem
pentecostal. 0 pregador pentecos­ ou à forma que ele entrega o ser­
tal não deve confundir autoridade mão, mas na dependência e ênfase
com grito, aumentar o tom de voz na ação do Espírito Santo enquan­
no meio de uma mensagem, algo to se ministra.
comum no meio pentecostal. Isto
pode servir para enfatizar uma 1. Mensagem com sinais. O
ideia, e não deve ser confundida pregador pentecostal deve pre­
como um modo para que o auditó­ gar aos ouvidos e aos olhos de
rio sinta a presença de Deus, que seus ouvintes, ele precisa de si­
é sentida pelo toque do Espirito nais. Deus fez grandes coisas por
Santo e peta unção que há na vida meio de Filipe ern Samaria. Filipe

00
Liçan 1 3 - 0 Pregador Pentecostal

pregou aos ouvidos e também aos III. O MOVIMENTO


olhos. O povo nâo apenas ouviu, PENTECOSTAL
mas também viu as maravilhas
que Deus realizara por intermédio A mensagem ministrada no dia
dele (At 8.5-8}. Esses sinais cha­ de Pentecostes foi uma semente
mavam a atenção do povo para a lançada em solo fértil e regada pe­
sua mensagem. las fontes do Espírito Santo, cujos
frutos permanecem até aos dias
2. Uma mensagem evangelís- de hoje.
tica. 0 alvo da pregação pentecos-
tal é diferente de qualquer outro 1 .0 Nascimento cia Igreja. Não
discurso público, pois essa men­ há duvidas de que o maior fruto da
sagem tem objetivos mais profun­ mensagem pentecostal foi o nas­
dos, e um deles é a evangelização. cimento da Igreja Primitiva. Após
Pedro, após ter esclarecido as ver­ a descida do Espírito Santo em Je­
dades bíblicas em sua pregação, rusalém, a Igreja formava uma es­
no dia de Pentecostes, concluiu pécie de comunidade estritamente
seu sermão, fazendo o convite unida, os cristãos repartiam seus
evangelístico, quando disse: Ar­ bens (At 2.44-45}. Muitos vendiam
rependei-vos (At 2.38}. Naquele suas propriedades r davam á Igre­
dia quase trôs mil homens foram ja o produto de sua venda, a qual
alcançados através de sua mensa­ distribuía esses recursos entre os
gem evangelística. irmãos (At 4.34-35). Partiam o pão
de casa em casa e tinham tudo em
3. Uma mensagem missio­ comum (At 2.47).
nária, A Igreja do capítulo 1- de
Atos, era uma congregação de 2. Rua Azusa. Em 1400, em
portas fechadas; lá só havia ora­ Los Angeles, na Kua Azusa, 312,
ção, comunhão, estudo da Palavra aconteceu um dos maiores movi
e adoração. No entanto, quando mentos pentecoslais já vistos. Um
o Espírito Santo desceu no dia de pastor chamado William Joseph
Pentecostes, as portas foram aber­ Seymour ministrava em um pe­
tas e ela saiu para evangelizar o queno prédio alugado e em mau
mundo. Mensagem missionária estado de conservação, uma men­
é aquela que nos exorta a sair do sagem sobre um poderoso aviva-
templo e ir ao encontro daqueles mento (Al 2.34). Este avivamento
que estão necessitando de salva­ continuou esseiuialmente vinte e
ção. A mensagem missionária é quatro horas por dia, sete dias por
aquela que inflama o nosso cora­ semana, com uma participação de,
ção com o desejo de testemunhar ás vezes, até mil pessoas. Pessoas
das maravilhas de Deus. do mundo lodo vieram para rece­

ai
Lição 13 - 0 Pregador Pentecostal

ber seu "Pentecostes", muitos sen­ foi aceso em Belém, no estado do


do tocados espirítualmente antes Pará, jamais se apagará, pois foi o
de chegarem ao prédio. próprio Deus quem o acendeu. "0
fogo arderá continuamente sobre
3. Daniel Berg e Gunnar o altar; não se apagará" (Lv 6,13).
Vingren. Daniel Berg e Gunnar
Vingren foram impactados com o
( ; a
Avivamento que varreu a América APLICAÇAO PESSOAL
e, por direção divina, em 1910 vie­
ram à cidade de Belém, no estado Você é fruto da Mensagem
do Pará, onde começou o maior Pentecostal. Este poder continua
movimento Pentecostal no Brasil, à disposição daqueles que bus­
em 1911, com a fundação da As­ cam a Deus. Só depende de sua
sembleia de Deus. Eles pregavam atitude de buscar a presença do
uma mensagem simples, podero­ Espírito Santo e fazer parte do
sa e completa: Jesus é bom, Jesus Avivamento Missionário.
salva, Jesus cura, Jesus batiza com
Espírito Santo e Jesus voltará. Esta
tornou-se a marca principal da
mensagem daqueles pioneiros.
Essa chama que foi acesa em 1911
continua inflamando corações e
impactando vidas em todo o Bra­
sil, e por muitos outros países (At
1.8). Esse fogo pentecostal que

RESPONDA
1) Qual o maior milagre que pode acontecer decorrente da m inistraçao da m ensagem pelo
pregador pentecostal?

2) A que ação nos leva a m ensagem missionária?

3) Quem sao os pioneiros do m aior M ovim ento Pentecostal no Brasil, iniciado em Belém do
Pará em 1911?

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