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01

AFECÇÕES DO SISTEMA
LOCOMOTOR DE GRANDES
ANIMAIS (EQUINOS)
DOCENTE: MV. DR. FELLIPE MARENGO
MÉDICO VETERINÁRIO CRMV-SC 13029/VP
ESP. EM MEDICINA EQUINA
ESP. (EM ANDAMENTO) EM GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA
REVISÃO ANATÔMICA 02
ANATOMIA DISTAL DO MEMBRO EQUINO

TFDS

Tendões musculares
TFDP Ligamentos
Articulações
LIG. INTEROSSEO

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MAIORIA DAS AFECÇÕES QUE ACOMETEM OS
LIG. SUSP. DO BOLETO EQUINOS!
Podologia Equina
Sistema locomotor

Fonte: Thomassian, 2005


NOMENCLATURA EXTERIOR 03
ANATOMIA DISTAL DO MEMBRO EQUINO
Fonte: arquivo pessoal

ANTEBRAÇO PERNA

JOELHO JARRETE
CANELA
CARPO TARSO

BOLETO

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QUARTELA
CANELA

COROA

PAREDE
METATARSOFALANGEANA
METACARPOFALANGEANA
BOLETO

CA
QUARTELA
SOLA

SC
O
CASCO Fonte: arquivo pessoal
NOMENCLATURA EXTERIOR 04
ANATOMIA DISTAL DO MEMBRO EQUINO

SULCO CUNEAL
PINÇA
TALÃO CENTRAL
ENCONTRO ENCONTRO
RAMO DA CORPO DA
RANILHA RANILHA

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SULCO
PARACUNEAL ÁPICE DA
RANILHA QUARTO
SOLA QUARTO

LINHA
ALBA
TALÃO TALÃO
Fonte: arquivo pessoal Fonte: arquivo pessoal
OSTEOLOGIA 05
ANATOMIA DISTAL DO MEMBRO EQUINO

1. Falange proximal
2. Falange média
3. Falange distal
4. Osso sesamóide proximal
5. Osso sesamóide distal (navicular)

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5 Nos equídeos, apenas o III dedo é desenvolvido!

Fonte: arquivo pessoal


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OSTEOLOGIA 1
12 06
ANATOMIA DISTAL DO MEMBRO EQUINO 6 13
7
1. Osso metacarpiano
2. Falange proximal
3. Falange média
4. Falange distal 2
5. Osso sesamóide distal

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6. Tendão do m. extensor digital comum
7. Bolsa subtendínea do m. extensor digital comum 3
11. M. interósseo médio 5
12.Tendão do m. flexor digital comum 4
13. Tendão do m. flexor digital superficial
Fonte: Popesko, 1998
ARTICULAÇÕES 07
ANATOMIA DISTAL DO MEMBRO EQUINO

Art. metacarpofalangeana

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Art. interfalangeana proximal

Art. interfalangeana distal


IMPORTANTE!
ARTRITES, INFUSÕES, RX, US...
Fonte: Popesko, 1998
MIOLOGIA 08
ANATOMIA DISTAL DO MEMBRO EQUINO

Músculos extensores e flexores idênticos no MT e MP

Fonte: Köning & Liebech


Extensores (cranial) e flexores (caudal)
3
1 4
1. M. extensor digital comum
2. M. extensor digital lateral

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98
19
3. M. flexor digital superficial

o,
sk
4. M. flexor digital profundo

pe
2

Po
e:
5. M. interósseo médio

nt
Fo
5
CASCO 09
ANATOMIA DISTAL DO MEMBRO EQUINO

Coroa
Períoplo Bulbo do talão
Camada média da
parede
Pulvino ungular
Camada interna da

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parede

l
oa
ss
pe
iv o
qu
ar
e:
nt
Fo
Linha alba Ranilha
Sola
DEFORMIDADES ANGULARES 10

Desalinhamento da porção distal do membro em


relação ao eixo central do mesmo
Considerada uma doença ortopédica do
desenvolvimento!
POTROS

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Sobrecarga no membro contralateral
Congênita ou adquirida
Uni ou bilateral

Fonte: AxialJR
TIPOS DE DEFORMIDADES ANGULARES 11

Valgus - mais comum, desvio lateral da


porção distal do membro → para fora

Varus - desvio medial da porção distal

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do membro → para dentro

Fonte: AxialJR
ETIOPATOGENIA 12

Desvios congênitos - ↑ relacionados a articulação do carpo


→ Mau posicionamento intrauterino, gestação gemelar,
hipotireoidismo e ossificação incompleta dos ossos cuboides de
carpo e tarso
Desvios adquiridos - depois do nascimento até seis meses de

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vida
→ Lesão da placa fisária, claudicação contralateral,
interferência na dieta do potro, crescimento rápido, exercício
precoces e casqueamento inadequado
Fonte: arquivo pessoal
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Fonte: arquivo pessoal
DIAGNÓSTICO 14
O diagnóstico é realizado através de inspeção do animal em movimento e em
estação e uso de exames de imagem, como a Radiografia
→ Radiografia - nas projeções antero - posterior (carpo) e latero - medial/dorso -
plantar (tarso)
Traçadas duas linhas entre o rádio e o metacarpo - estimativa para o grau de desvio -
menor importância

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→ A aparência do desvio, a idade do animal são levadas em consideração
→ GRAU DE ELEVAÇÃO DO PERIÓSTEO

0-2º 2-4º 4-8º >8 º


INSIGNIFICANTE LEVE INTERMEDIÁRIO GRAVE
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+ DEFORMIDADE FLEXUAL

Fonte: arquivo pessoal


TRATAMENTO 16
A IDADE DO POTRO É UM FATOR IMPORTANTE
GABU NDO!
ESTABELECER CONDUTA CLÍNICA! A CO R D A , V A
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Fechamento da placa epifisária - DECISIVO


APÓS FECHAMENTO DA PLACA - não há mais nada a se fazer e não
haverá reversão do quadro do desvio angular
Correção cirúrgica é válida?

A CONDUTA É TENTAR UMA ESTAGNAÇÃO DO CRESCIMENTO ENTRE 1, 6


MESES NÃO HÁ NADA A SER MAIS FEITO!
TEMPO ESTIMADO DE FECHAMENTO DAS PLACAS DE 17
CRESCIMENTO EM MESES
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Fonte: modificado de Ross & Dyson, 2003 e Stashak, 1994


DESVIO COMPENSATÓRIO 18

Relação de apoios entre


CARPO e TARSO
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Desvio do mesmo eixo - só desvio na parte


de carpo e tarso
Eixo do boleto não acompanha o desvio
(varus, compensa valgus).

Fonte: Azevedo Silva, 2008


TRATAMENTO 19
CONSERVATIVO
Repouso - animais com ossificação incompleta exigem
repouso
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Exercício moderado - 10 a 20 minutos

CIRÚRGICO
Estímulo ou retardo do crescimento
Momento certo

Fonte: arquivo pessoal


TRATAMENTO CONSERVATIVO 20

USO DE TALA OU BANDAGEM


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Uso de talas ou bandagens, bem forradas e livres de


umidade - 12 à 24 horas → retira-se 3 à 12 horas e
depois mais 12 à 24 horas com tala.
As talas podem ser feitas de cano de PVC forrado, a
fim de evitar o contato do cano com a pele do animal

ÚLCERAS DE PRESSÃO!
Fonte: arquivo pessoal
TRATAMENTO CONSERVATIVO 21
ANALGESIA
Controle de dor moderada
Pequenas doses - geralmente em fluidoterapia
XILAZINA, DETOMIDINA
CASQUEAMENTO
CLÍNICA CIRÚRGICA DE GRANDES ANIMAIS

Casqueamento corretivo - desvio do boleto - reduz apoio → lateral tira a pinça


paralateral e medial tira a pinça para dentro
Prolongamento - uso de ferraduras - lateral

BANDAGEM FUNCIONAL
Uso de bandagem funcional - Kinesio tape + sustentação

Fonte: arquivo pessoal


TRATAMENTO CONSERVATIVO 22

A
Varus carpico e metacarpico
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no primeiro dia em
comparação com o segundo
dia após casqueamento
corretivo

B
Valgus - Bandagem de
suporte, casqueamento
corretivo e prolongamento de
casco
A B
Fonte: Arquivo pessoal
TRATAMENTO CIRÚRGICO
ACELERAR OU RETARDAR O CRESCIMENTO
Rápida intervenção devido ao fechamento fisário - tratamento CIRÚRGICO!
CLÍNICA CIRÚRGICA DE GRANDES ANIMAIS

Acelerar o crescimento - elevação de periósteo (lado convexo "Valgus"):


Hemitransecção do periósteo, que é feito do lado da placa que está sendo
comprimida, diminuindo assim a tensão sobre a placa fisária, técnica que
apresenta como vantagem o não excesso de correção

Retarda o crescimento - uso de órteses e próteses (lado côncavo "Varus"):


Ponte transfiseal, que é utilizada no lado convexo do membro, onde o objetivo é
reduzir o crescimento
TRATAMENTO CIRÚRGICO 24

Utilização de parafusos, parafusos com cerclagem,


parafuso e placa e grampos ortopédicos
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Acompanhamento radiográfico
remoção do implante após correção - pois pode ocorrer
excesso de correção ou inversão de deformidade

A - RX Dorsoproximal varo
metacarpico
B - parafuso transfisário
único de 4,5 mm foi inserido
A B
em uma direção próximo-
distal oblíqua através da fise. Fonte: Arquivo pessoal
TRANSECÇÃO DE PERIÓSTEO 25
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Fonte: arquivo pessoal

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