A Organização Mundial da Saúde (OMS) acaba de anunciar o fim da emergência
de saúde pública global relacionada à covid-19.
Durante uma coletiva de imprensa, o biólogo etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da entidade, anunciou que resolveu acatar as orientações de um comitê criado para analisar a situação da doença causada pelo coronavírus. "Há 1.221 dias, a OMS ficou sabendo de um aumento de casos de pneumonia em Wuhan, na China. No dia 30 de janeiro de 2020, [...] eu declarei que estávamos numa emergência de saúde pública de importância internacional, o mais alto nível de alarme", contextualizou ele. "Em três anos, a covid-19 virou nosso mundo de cabeça para baixo. Quase 7 milhões de mortes foram registradas, mas nós sabemos que esse número é bem maior e chega pelo menos a 20 milhões de óbitos." Na sequência, Ghebreyesus explicou que, nos últimos 12 meses, a pandemia entrou numa "tendência de queda", graças "ao aumento da imunidade populacional por meio da vacinação e das infecções". Ainda segundo o diretor-geral da OMS, essas estatísticas são analisadas de perto por um comitê de emergência da entidade. O órgão decidiu, então, "que era hora de diminuir o nível de alerta". Mas que dados são esses? E o que eles indicam sobre as tendências recentes da covid-19? Todas as semanas, a OMS divulga um relatório sobre a doença, com os números de casos, hospitalizações e mortes por região do global. O mais recente desses documentos foi publicado na quinta-feira (4/5). O primeiro gráfico mostra que os registros de casos e mortes por covid-19 têm se mantido relativamente estáveis desde abril de 2022. A única exceção na série aparece em dezembro do ano passado, devido à grande onda que acometeu a China e alguns outros países asiáticos — representada na coluna rosa em 12 de dezembro no gráfico a seguir.