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A Sociedade do Espetáculo

Profundamente alterada, em grande parte, pelo advento da Internet, a maneira com a qual os
seres humanos interagem entre si sofreu diversas mudanças ao longo do século XXI. Contudo,
com a ascensão das tecnologias e suas aplicações, também houve uma indiscutível onda de
disfuncionalidades emocionais e psíquicas de diversos tipos em seus usuários. Tendo como
exemplo as redes sociais, como o Instagram, é possível verificar que nelas se escancara a
busca desenfreada, e até patológica, de alguns indivíduos por reconhecimento, fama e curtidas.

Desse modo, na maior parte dos casos, as pessoas tendem a postar apenas momentos felizes,
belos e apaixonados, criando, assim, um palco particular, um verdadeiro espetáculo em torno de
suas vidas. Essa sociedade espetacularizada, portanto, é repleta de indivíduos que buscam a
manutenção de seus status no ciberespaço, produzindo uma existência totalmente idealizada.
Todavia, ao contrário desse mundo platônico, a realidade é caracterizada justamente pelo
sofrimento e pela frustração de não alcançar tais ideais, podendo causar consequências sérias,
como ansiedade ou depressão.

Além disso, dentro dessa lógica, a superexposição às mídias digitais, principalmente quando se
trata de crianças ou adolescentes, é bem perigosa, pois eles podem estar vulneráveis ao
cyberbullying, ou seja, ofensas ou ameaças virtuais, que afetam a saúde mental e a autoestima
dos jovens. Sobre essa temática, o videoclipe e a música “A Queda”, da artista Glória Groove
fomenta um importante debate sobre o ódio na sociedade da espetacularização e o sadismo
nas redes socias, por meio de uma letra impactante e visuais com elementos do teatro.

Mediante o exposto, sabe- se que a hiperconectividade e os “espetáculos” perderam o controle


em algumas esferas. Por isso, se faz necessário mais ações eficazes por parte das empresas
responsáveis por essas mídias digitais e pelo Estado no que diz respeito à fiscalização do que é
veiculado na Internet, além de incentivos à criação de conteúdos educativos e informativos para
a população em geral. Ademais, é papel dos pais e das escolas estimular o engajamento das
crianças e adolescentes em outras atividades que promovam saúde e bem-estar, fora do mundo
virtual.

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