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A relação das redes sociais com a estética e

a autoestima

Um estudo divulgado no final do ano passado sobre o uso da internet, promovido pela empresa
de marketing We Are Social,  revelou que os brasileiros gastam, em média, três horas por dia
navegando nas redes sociais.
E com o crescimento do uso de aplicativos como o Facebook  e o Instagram, milhares de
pessoas em todo o mundo estão ganhando muito dinheiro fazendo publicidade para marcas,
ditando padrão de beleza e acirrando o clima de competição em relação à aparência e à estética,
o que tem gerado uma forte pressão nos usuários.
Inclusive, tal pressão levou o Instagram  a ocultar o número de curtidas nas publicações da
plataforma, como uma tentativa de diminuir o clima de competição entre os usuários para que
eles se sintam mais livres para postarem seus conteúdos.

Mas até que ponto essa pressão nas redes sociais pode afetar
a vida e a autoestima das pessoas?

No Brasil, essa pressão por um corpo perfeito tem conduzido muitos brasileiros a desenvolveram
transtornos comportamentais, como baixa autoestima, ansiedade e até mesmo depressão.
A ONG inglesa Girlguiding  fez uma pesquisa com mais de mil garotas e jovens, entre 11 e 21
anos, e comprovou que a relação delas com o mundo virtual pode não ser tão amistosa quanto
aparenta.
Uma em cada três jovens relatou que sua maior preocupação on-line era comparar a sua vida
com a de outras pessoas por meio das redes sociais, e alegaram que se preocupam pela forma
como isso está afetando seu bem-estar. 
A psicóloga e psicanalista Sheyna Vasconcellos, professora da faculdade Unijorge, em Salvador,
esclarece que a nossa necessidade de aprovação e aceitação é muito antiga, e anterior às redes
sociais. Assim, a decisão do Instagram em ocultar as curtidas, disfarça um pouco essa rivalidade
e, até certo ponto, é libertadora, mas não é esse o problema.
Ela explica que a geração atual tende a usar o corpo como cenário de exibição em busca de
aprovação e curtidas, levando a ficarem cada vez mais tempo visíveis on-line, já que a internet
funciona 24 horas por dia, comprometendo ainda mais essa relação com o espaço virtual.
E esse espaço sem fronteiras cria dispersão e fragmentação, o que pode ser bem perigoso para
quem já está vulnerável psiquicamente. “Para muitos, a vida editada nas redes sociais não
corresponde à vida real, cheia de frustrações. E isso faz com que o indivíduo sinta uma forte
solidão em sua angústia”.
E como as famílias lidam com isso?
Outro dado relevante levantado pelo estudo da ONG inglesa é a opinião das jovens sobre a
percepção que os pais têm da pressão que elas sofrem no mundo digital.
Cerca de 50% das entrevistadas relataram que os pais têm consciência desse tipo de pressão,
porém, apenas 12% afirmaram que seus pais têm alguma preocupação real com esse problema
enfrentado por elas.
A psicóloga alerta que a vida midiática faz parte da nossa cultura e das novas formas de
sofrimento psíquico, e o papel da família nesse contexto é muito importante.

Aceitação, autoconfiança e autoestima

De uma maneira geral, tudo é amplificado no mundo virtual: as pressões pelo enquadramento aos
padrões são maiores e problemas são aumentados ou simplesmente criados, mas por outro lado,
o mundo virtual pode abrir as portas para a obtenção de soluções adequadas para os problemas
que existem na vida real. As redes sociais permitem o contato com grande número de pessoas
com os mesmos problemas, contribuindo para uma maior aceitação, bem como para a solução
necessária que, de outra forma, permaneceriam como uma determinação do destino da qual não
se pode escapar

Aluno: Vinícius Luciano de Freitas Lima

Turma: 3o “A” Data: 03/04/2023

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