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4º Trimestre de 2023

TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo


os laços da fraternidade cristã

PORTAL ESCOLA DOMINICAL


4º Trimestre de 2023 – Editora Betel
TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo
os laços da fraternidade cristã
Comentários da revista da Editora Betel:
Comentário: Pr. Osmar Emídio de Sousa
Assembleia de Deus – Ministério Madureira – Samambaia Sul/DF

O VERDADEIRO DISCÍPULO ANDA NA VERDADE


Lição 01 – 01 de Outubro de 2023

TEXTO ÁUREO

“Porque muito me alegrei quando os irmãos vieram, e testificaram da tua verdade, como tu andas na verdade" (3 João
3).

VERDADE APLICADA
Nossa conduta, em todas as áreas, deve refletir o comprometimento pessoal com a Palavra da verdade que recebemos.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
► MOSTRAR que quem anda na verdade anda em santidade;
► RESSALTAR a importância de falar e andar na verdade;
► REVELAR o padrão de Deus recomendado a seus discípulos.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

João 17.15 - Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
João 17.17 - Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.
João 17.18 - Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
João 17.19 - E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.
João 17.20 - E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim;
João 17.21 - Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós,
para que o mundo creia que tu me enviaste.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO
A palavra chave desta lição é a verdade. É a verdade que fundamenta a nossa autoridade ministerial e espiritual. Andar
na verdade é um dos elementos básicos que deve estar presente e que identifica o verdadeiro discípulo de Cristo. "Se
vós permanecerdes na Minha Palavra. Sois verdadeiramente Meus discípulos" (Jo 8.31). O verdadeiro discípulos, a
exemplo de João, Gaio e Demétrio (3 Jo 3), carrega impresso em seu caráter e virtudes um modelo de imagem
semelhante ao de seu mestre. O próprio apóstolo João vai dizer: “Aquele que diz que permanece nele, esse deve andar
assim como Ele andou” (1 Jo 2.6).

1. JOÃO, GAIO, DEMÉTRIO E DIÓTREFES

A Terceira Epístola de João é o menor livro do Novo Testamento, mas é um importante testemunho de como era a
igreja cristã do primeiro século. Os personagens desta carta escrita por João, são Gaio, Demétrio e Diótrefes (v. 1, 9,
12). João apresenta um contraste entre Gaio, um discípulo cristão para quem efetivamente o apóstolo escreve fazendo
recomendações, e Diótrefes, um líder ímpio e arrogante a quem João tenazmente denuncia. Enquanto Gaio tinha uma
liderança centrada na Bíblia, Diótrefes mantinha uma liderança autocrática. Na igreja há salvos e perdidos. Há os que
amam a Deus e buscam a sua glória e aqueles que amam a si mesmos e estão interessados apenas na sua própria
glória. Esta carta foi escrita com o propósito de motivar a Gaio, um verdadeiro discípulo, a quem João elogiou por ter
demonstrado devoção altruísta à causa de Cristo(3 João 1.5–8). Seu principal objetivo é encorajar Gaio a perseverar
no seu serviço, mesmo enfrentando a resistência de Diótrefes, influente líder, que além de não o apoiar, ainda
procurava impedir o trabalho dos fiéis.

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TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo
os laços da fraternidade cristã

1.1. Quem foi João

João foi um dos primeiros discípulos que Jesus chamou para segui-lo. Posteriormente, se tornou um líder proeminente
na igreja cristã primitiva. Seu pai se chamava Zebedeu e sua mãe Salomé. Se tornou discípulo junto com seu irmão
Tiago(Mt 4.21-22). Ele se tornou conhecido como o discípulo a quem Jesus amava. Foi destacado por Jesus entre os
discípulos, assim como seu irmão Tiago e Pedro (Lc 9.28; Mc 5.37; 14.32-33) João é o autor do Evangelho que leva
seu nome. Também escreveu três epístolas (Jo 1,2 e 3) e o livro do Apocalipse. Era o mais jovem de todos os apóstolos.
Foi o único apóstolo que acompanhou Cristo até a sua crucificação. Depois da ascensão de Jesus e de receberem o
Espírito Santo, João e Pedro pregaram com muita autoridade e foram peças fundamentais na formação da igreja. A
pregação de João e Pedro perante o conselho judaico resultou na conversão de cinco mil homens (At 4.1-4). Após a
destruição de Jerusalém, João começou a ministrar em Éfeso. Foi capturado, levado a Roma e por ordens do Imperador
Domiciano foi enviado para a Ilha de Patmos. Foi durante o exílio de nesta pequena ilhota do leste do mar Egeu que
João recebeu a revelação do Apocalipse (Ap 1.1-2). A Bíblia não relata sobre a morte de João. Segundo uma tradição
antiga, após a morte de Domiciano, João retornou a Éfeso onde permaneceu até falecer de morte natural no ano 103
d.C., quando tinha 94 anos. Foi o único dos apóstolos a morrer de morte natural. Todos os demais foram martirizados
por sua fé.

1.2. Quem foram Gaio e Demétrio

O apóstolo João o chama de “amado” por três vezes (vs. 1, 2, 5). É pouco provável que esse fosse um tratamento
formal. Ele era um homem especial. Gaio era o tipo de cristão que atraía as pessoas por sua bondade, generosidade
e amabilidade. Gaio era reconhecido como um discípulo que obedecia a Palavra de Deus e andava na verdade. As
pessoas que iam visitar João davam bom testemunho do exemplo de Gaio. Será que as pessoas que nos conhecem
podem dar bom testemunho a nosso respeito? O que levou Gaio a dar um bom testemunho? Gaio andava na verdade
e isso trouxe grande alegria a João (v. 4). Gaio era um cooperador da verdade – Ou seja, ele ajudava as pessoas a
fazer a obra de Deus. É possível que a influência negativa de Diótrefes estivesse contaminando a Gaio, mas João o
exorta a que não imite o mau exemplo daquele, mas sim seguir o exemplo positivo de Demétrio: “Todos dão testemunho
de Demétrio, até própria verdade. Nós também damos testemunho dele, e sabemos que o nosso testemunho é
verdadeiro” (3 Jo 12). Que gloriosa recomendação de João! Todos os membros da igreja conheciam Demétrio, amavam
Demétrio e agradeciam a Deus pela sua consistente vida e ministério. Sua vida servia de exemplo para os membros
da igreja. Os de fora da igreja também lhe davam bom testemunho. A verdade que ele professa estava encarnada nele.
Isso não significa que era perfeito, mas sim que levava uma vida coerente, procurando honrar ao Senhor. O apóstolo
João sabia por experiência própria e não se envergonhava de confessar que tanto Gaio como Demétrio eram homens
de Deus. Será que as pessoas podem falar da mesma forma de nós?

1.3. Quem foi Diótrefes

Diótrefes é o avesso de um bom discipulo, ele é egoísta, manipulador e dominador. Empunhava sua liderança pela
força e pela intimidação. Sua vontade era lei. Ninguém podia ocupar o seu espaço. Cada pessoa que chegava na igreja
era uma ameaça à sua liderança. Por isso, ele não dava acolhida e ainda impedia que os membros de sua igreja
também dessem, chegando a expulsá-los da igreja, por assim procederem (v.9-10). Esse tipo de disciplina aplicada
era visivelmente abusiva. As pessoas estavam sendo disciplinadas não porque haviam desobedecido a Palavra de
Deus, mas porque discordavam dele (v.10). Portanto, os motivos que governavam a sua conduta não eram teológicas
ou eclesiásticas, mas morais. Ele estava ávido por posição e poder. Ele trabalhava não pela glória de Deus, mas pela
projeção do seu próprio nome. Além do mais, a fim de manter sua posição de liderança, estava disposto a atentar
contra a honra daqueles que eram ameaça ao seu orgulho e à sua posição de liderança, fazendo falsas acusações,
principalmente ao apóstolo João (v.10). Esse tipo de conduta fazia com que ele desprezasse a liderança apostólica de
João, e rejeitar uma autoridade apostólica, era rejeitar o conjunto de orientações, ensinamentos e correções que dava
base doutrinária ao Evangelho (Cl 1.18). Há muitas igrejas que têm líderes que insistem em ser “donos”, e fazer tudo
a seu modo. Esquecem que a palavra ministro significa “servo”. Na igreja de Cristo não há espaços para
"mandachuvas", para "chefes" ou "caciques espirituais", todos estamos nivelados no mesmo patamar: somos todos
igualmente servos. O mais triste é que esses “ditadores” são cristãos que acreditam, de fato, estar servindo a Deus e
exaltando o nome de Jesus. Mas, cristãos como Diótrefes não podem ser chamados de discípulos, muito menos de
ministro de Deus.

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2. O QUE É A VERDADE

"Que é a verdade?" (Jo 18.38). O conceito da "verdade" vem desafiando a humanidade por milhares de anos. Hoje, a
mesma pergunta surge continuamente em várias situações. Onde está a resposta? Na ciência ou na religião? Será
que ela é real e absoluta, ou relativa e ilusória? De uma forma comum, podemos conceituar a verdade como sendo
uma afirmação que está conforme a realidade ou fatos (Pv 12.17; Ef 4.25). Ela não depende dos nossos sentimentos
ou preferências. Pois, gosto, opinião ou perspectiva não muda a realidade sobre as coisas. A verdade continua sendo
verdade, mesmo quando não acreditamos que ela seja a verdade. O fato de um daltônico, por exemplo, enxergar um
objeto numa cor diferente, não muda a verdade sobre a cor original daquele objeto. A verdade é absoluta, imutável,
transcultural, completa e exclusiva. Se alguma coisa é verdadeira, ela é verdadeira para todas as pessoas, em todos
os momentos, em todos os lugares. Biblicamente falando, a verdade é a fidelidade de Deus que se cumpriu plenamente
em Cristo Jesus. Deus revelou a verdade ao mundo através de Jesus e do evangelho(2 Co 4.1-2; Rm 16.25-27; Cl
1.25-26). Na experiência cristã, mais do que uma simples concepção teórica, a verdade é uma concepção existencial
e corresponde a um desejo prático de conhecimento para a vida.

2.1. Andar na verdade

Não há bênção maior do que andar na verdade. João diz que estava alegre porque Gaio andava na verdade (3 Jo 3-
4). Mas o que significa andar na verdade? Em primeiro lugar, é importante destacar que a fé em Cristo e no seu
evangelho é imprescindível para conhecer e andar na verdade (Rm 14.7-8). Assim, andar na verdade é andar em Cristo
(I Jo 2.6; Cl 2.6). É andar de modo digno de nosso chamado. O apóstolo Paulo disse: “Rogo-vos, pois, eu, o preso do
Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com
longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da
paz" (Ef 4.1-3). Andamos na verdade quando não somos influenciados pelos valores deturpados do mundo à nossa
volta, mas quando vivemos de forma obediente a Deus e à sua Palavra, independente da situação que estivermos
enfrentando. Da mesma forma, andar na verdade significa que vivemos aquilo que pregamos, ou seja, nossas palavras
e nossas atitudes são um testemunho do agir de Deus em nossas vidas. A partir do momento em que andamos na
verdade, oferecemos a nossa vida, com tudo o que somos, em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Quando não
nos moldamos ao padrão deste mundo em que vivemos, mas buscamos a transformação da nossa mente pelo poder
do Espírito Santo estamos também andando na verdade (Rm 12.1-2). A proposta de Deus para cada um de nós é que
estejamos em constante desenvolvimento e contínua transformação na imagem de Cristo. Andemos, pois, na verdade.

2.2. Defender a verdade

Já dizia São Tomás de Aquino: "Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é negá-la". Vivemos numa
época em que estamos cercados por modernas correntes de ensinos, descomprometidas com a verdade, que querem
induzir-nos a caminhos que podem levar-nos à destruição. É preciso firmeza para evitar esses tenebrosos caminhos.
Será que temos coragem e determinação para defender firmemente nossa fé, nossos valores e princípios? Como
cristãos, necessitamos nos posicionar com firmeza para que possamos defender e sobrepujar essas falsas verdades.
As armas para defender a verdade não devem ser carnais, nem forjadas no calor da ira, e nem à base da valentia, mas
na verdade: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das
fortalezas; destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo
entendimento à obediência de Cristo, e estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida a vossa
obediência.” (2 Co 10.4-6). O evangelho não exige a performance do ego. Por isto, sem conversão, sem renúncia, sem
experiência com Deus, sem fé, sem o Espírito Santo e sem as armaduras espirituais, ninguém está apropriado para
defender a verdade do Evangelho.

2.3. Amar a verdade

O amor à verdade é algo que a maioria de nós prontamente professamos ter. Mas, quão profundo é realmente nosso
amor à verdade? Será que estamos disposto a investir recursos e tempo no estudo bíblico para se aprender a verdade?
De forma poética, clara, e em poucas palavras, Salomão, nos aconselha: "Compre a verdade e não abra mão dela,
nem tampouco da sabedoria, da disciplina e do discernimento." (Pv 23.23). Combinadas entre si, essas quatro coisas
nos levam e nos aproximam de Deus, por Jesus, e, ainda, nos tornam pessoas melhores a cada instante vivido. A

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Verdade é o ponto culminante da coisa toda, o ponto de partida, visto que sem Ela as virtudes que a acompanha são
anuladas, especialmente a sabedoria e o entendimento. É claro que dinheiro nenhum pode pagar pela verdade, cujo
valor é infinito e ela só pode nos ser dada graciosamente por Deus. Mas devemos ter esse sentimento de que seu
preço é alto e não querermos abrir mão dela por nada deste mundo. Vender a verdade significa desprezá-la e passar
a achar que outras coisas desta vida têm mais valor. É por isto, que depois de adquirido, ele continua o conselho
dizendo para não vendê-las a ninguém. Muitos lhe farão ofertas para adquiri-la. Como? Oferecendo-lhe prazeres ou
distrações em troca da verdade. Mas, se você ama a verdade não abri mão dela, mas guarde-a, seja qual for a oferta!
(Pv 3.18; 14.13).

3. O PODER DE UM DISCÍPULO DE CRISTO

Jesus dedicou boa parte de seu ministério à formação de discípulos. Mas o que significa ser um discípulo? Nos dias
atuais, o termo discípulo pode ser descrito como um mero seguidor. Porém, o Novo Testamento distingue discípulos
daqueles indivíduos que seguiam Jesus por causa dos milagres que realizava (Mt 12.15; 14.13-14; 20.30-34; Jo 6.2,26).
Um discípulo se esforça para tornar-se como Ele é, guardando Seus mandamentos, assim como um aprendiz procura
tornar-se como seu mestre. Os discípulos vivem de modo que as características de Cristo estejam entrelaçadas nas
entranhas do seu ser. O mero seguidor não tem o nível de comprometimento que tem o discipulo. Os discípulos tinham
um acesso privilegiado a Jesus, porque tinham um compromisso sério com ele, ao contrário do resto da multidão que
apenas o seguiam. Em seu ministério, Jesus estendeu dois convites principais para as pessoas se tornarem Seus
discípulos: A uns Ele os convidou dizendo: “segue-me” (Mc 2.14; Mt 16.24; 19.21; Lc 18.22; Jo 1.43; 12.26); a outros
os convidou dizendo: “vinde a mim” (Mt 11.28–30). Cada um desses convites tem ênfases diferentes. Os discípulos
certamente eram seguidores de Jesus, mas nem todos os seguidores eram discípulos. "Jesus reuniu os Doze e lhes
deu poder e autoridade para expulsar todos os demônios e curar enfermidades. Depois, enviou-os para anunciar o
reino de Deus e curar os enfermos" (Lc 9.1-2). Tornar-se um discipulo é mais do que ser apenas um seguidor. Você é
um discipulo de Jesus, ou apenas um seguidor?

3.1. O poder para ensinar

O verdadeiro discípulo não é apenas aquele que tem a verdade, mas é aquele que a ama e proclama com os lábio e
com a vida a Palavra de Deus! Jesus determinou aos seus discípulos que fossem por todo mundo e que ensinassem
a cada um guardar todas as coisas que ele tinha ordenado: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho
ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.19-20). O discipulado que nos
faz crescer de verdade só é possível se sua base for a Palavra de Deus. Por isso, o discipulador deve ensinar o
discípulo a amar a Palavra, adquirir o hábito de ler, respeitar e seguir as Escrituras. É isso que vai gerar discípulos
maduros e um discipulado profundo. Outro ponto importante é que os conselhos do discipulador precisam estar
alinhados ao que a Palavra de Deus nos instrui e não em suas próprias experiências pessoais. Não podemos esquecer
que a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm 10:17).

3.2. O poder para liderar

Gaio como Demétrio são reconhecidos pelo apóstolo João por serem verdadeiros discípulos e de uma liderança
exemplar (3 Jo 3, 12). Eles se destacavam por suas condutas e submissão. Diferente de Diótrefes que se achava
autossuficiente e insubmisso. No Novo Testamento a relação entre discípulo e mestre era de profundo
comprometimento e lealdade, tanto do mestre quanto do discípulo, cujo objetivo era que um dia o último pudesse se
tornar um mestre e líder. O verdadeiro discipulo foi chamado para fazer as coisas que Jesus fez: ensinar, proclamar
liberdade, restaurar os doente e contritos, etc: “E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. Curai os enfermos,
limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai" (Mt 10.7–8).
Quando Jesus confere aos discípulos poder sobre os espíritos imundos, faz deles colaboradores de Sua missão e
participantes de Sua autoridade. Tal poder dá credibilidade à Palavra que haverão de anunciar (Mc 6.12). Naquele
momento, a missão dos discípulos restringia-se à região da Galileia, porém, o evangelho por eles anunciado devia
chegar ao mundo inteiro (Mc 13.10).

3.3. O poder para servir

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O serviço está ligado a uma atitude prática da vida cristã. Gaio era um discípulo que servia aos irmãos com sua
hospitalidade, mesmo sem conhecê-los, marca do poder de um servo fiel ao seu chamado. Deus nos chamou para
fazermos a diferença! Assim, antes de pensarmos em serviço ou ministério, precisamos pensar se somos ou não
servos. Servo não é um título que se ganha, mas sim um estilo de vida de entrega total como Jesus ensinou. Temos
que sentir em nosso coração uma urgência em relação ao mundo sobre a salvação que há em Cristo Jesus, para então
levarmos as Boas Novas àqueles que ainda não O conhecem. O próprio Jesus deixou-nos o maior exemplo de serviço
voluntário. Ele disse dele mesmo: “Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar
a sua vida em resgate de muitos.” (Mt 20.28). Nossa oração deve ser: “Senhor, usa-nos para a Tua glória e para ajudar
as pessoas que necessitam de nós”. Esse desejo deve nos consumir todos os dias e deve ser o clamor do nosso
coração!

CONCLUSÃO
Deus não se agrada daqueles que andam na soberba, como ocorreu com Diótrefes. Sigamos os exemplos de Gaio e
Demétrio que andavam em amor, obediência e submissão. Embora enfrentemos desafios e obstáculo não devemos
deixar de estender as mãos a todos que necessitam. Desse modo, apesar das dificuldades, vamos continuar andando
na verdade.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS

REVISTA BETEL DOMINICAL: Jovens e Adultos. TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO – Instituindo o discipulado baseado
na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade cristã. Rio de Janeiro: Editora Betel – 4º Trimestre de
2023. Ano 33 n° 129. Lição 01 – O verdadeiro discipulo anda na verdade.

BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Matthew Henry. Almeida Revista e Corrigida. Rio de Janeiro. Editora Central
Gospel. 1ª Edição, 2014.

https://prandrelda.wordpress.com/a-identidade-de-um-verdadeiro-discipulo-de-cristo/. Consultado em 18.09.2023.


https://www.respostas.com.br/quem-foi-joao-evangelista/.
Consultado em 18.09.2023.

https://www.filhosdeezequiel.com/epistola-de-joao/. Consultado em 18.09.2023.

https://www.jorgealbertacci.com.br/em-defesa-do-evangelho-de-cristo.html. Consultado em 20.09.2023.

https://www.thechurchnews.com/pt/fe-viva/2022/12/29/23528627/ser-discipulo-mais-do-que-ser-apenas-seguidor.
Consultado em 22.09.2023.

Fonte: http://www.ebd316.com.br/2023/09/licao-01-o-verdadeiro-discipulo-anda-na.html Acesso em 26 set.


2023.

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