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Soldagem

Fundamento do Processo
Soldagem com eletrodo revestido é a união de metais pelo aquecimento oriundo de um
arco elétrico entre um eletrodo revestido e o metal de base na junta a ser soldada.
O metal fundido do eletrodo é transferido através do arco elétrico até a poça de fusão
na junta a ser soldada, formando assim o cordão de solda.
Durante a soldagem é formada uma escória proveniente da queima do revestimento do
eletrodo e das impurezas do metal de base, flutuando para a base da superfície da
poça de fusão, protegendo o metal de solda da contaminação atmosférica, e também
controlando a taxa de resfriamento. O metal de adição vem da alma metálica do
eletrodo e do revestimento.

O calor necessário para a fusão do eletrodo e do metal de base é originado pela


passagem de corrente elétrica do eletrodo para a peça. O intenso calor gerado
concentra-se na ponta do eletrodo que é fundido com o metal de base, formando a
poça de fusão, que após resfriada forma a solda.
O revestimento do eletrodo é o responsável pela formação de gases de proteção e a
adição de elementos de liga, que refina o metal de solda, além de parte deste ainda
fundido flutuar sobre a poça, absorvendo impurezas e isolando o cordão da presença
da atmosfera e outros gases.
A soldagem com eletrodo revestido é o processo de soldagem mais usado entre todos
devido a simplicidade do equipamento, resistência e qualidade das soldas com baixo
custo. Este processo tem grande flexibilidade e solda a maioria dos metais, uma faixa
grande de espessuras. A soldagem com este processo, pode ser feita em quase todos
os lugares e em condições adversas. Este processo é usado extensivamente na
indústria, tais como: manutenção, fabricação de navios, automóveis, caminhões,
locomotivas, comportas de hidrelétricas e outros conjuntos soldados.

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Noções de corrente elétrica


aplicada na soldagem
Chamamos de corrente elétrica o movimento ordenado de elétrons através de um
corpo.

Tipos de Corrente Elétrica:


Existem dois tipos, corrente alternada e corrente contínua:

a) Corrente Alternada:

É aquela que não tem definição de polaridade (+) ou (-). Em um intervalo de um


segundo a polaridade muda 120 vezes (60 ciclos), isto é, em um segundo os elétrons
passam pelo positivo 60 vezes e 60 vezes pelo negativo.

b) Corrente Contínua:
É aquela que circula sempre no mesmo sentido, do negativo (-) para o positivo (+).
Tem a definição de polaridade.

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Onde Encontrar a Corrente Alternada e a Contínua:


a) Corrente Alternada:
Encontramos em nossas residências, nas indústrias e nos transformadores de
soldagem.

b) Corrente Contínua:
Encontramos nas pilhas, nas baterias dos carros, nos geradores e nos retificadores de
soldagem.

Tensão Elétrica (voltagem):


É a velocidade que faz com que a corrente circule por um condutor.

A voltagem de uma rede elétrica pode ter 110, 220, 380, 440 ou mais volts.

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Exemplo da Pilha:
Uma pilha tem 1,5 volts, essa voltagem oferece baixa pressão na corrente, essa
pressão não consegue vencer alguns obstáculos (ex. nosso corpo) mas se colocarmos
várias pilhas interligadas a voltagem será somada.

Quanto maior a tensão, maior é a pressão da corrente, facilitando a passagem desta,


conseqüentemente aumentando o perigo de choque elétrico.

Arco Elétrico:
A corrente elétrica seja ela alternada ou contínua pode ter sua tensão (v) medida. O
aparelho que mede a tensão é o voltímetro.

Efeito da Tensão (volts) na Soldagem:


A tensão faz com que a corrente elétrica prossiga circulando, mesmo depois que o
eletrodo é afastado da peça, porém não ultrapassando o limite que venha fechar o
circuito elétrico e conseqüentemente extinguir o arco elétrico.

O arco elétrico produz alta temperatura, fundindo o eletrodo à peça, formando a solda.

Intensidade da Corrente (ampéres):


É a quantidade de elétrons que passa em um instante por uma seção do condutor.

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A corrente elétrica, seja ela alternada ou contínua, pode ter sua intensidade medida. O
aparelho que mede a intensidade da corrente (A) é o amperímetro.

Sentido de Circulação da Corrente:


Sentido real de circulação da corrente elétrica é do polo negativo (-) para o positivo (+).

Polaridade:
Refere-se a ligação dos cabos positivo (+) e negativo (-) da máquina, influenciando na
penetração do cordão de solda. Dependendo do tipo de eletrodo, a ligação dos cabos
obra e porta eletrodo, é conectada pela Polaridade Direta ou pela Polaridade Inversa.

a) Polaridade Direta:
O cabo do porta eletrodo é conectado no terminal negativo (-) da máquina, e o cabo
obra no terminal (+) da máquina.

b) Polaridade Inversa:
O cabo do porta eletrodo é conectado no terminal positivo (+) da máquina, e o cabo
obra no terminal negativo (-) da máquina.

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Material Condutor:
São corpos que permitem a passagem da corrente elétrica com relativa facilidade.
Os mais conhecidos são: cobre, alumínio, bronze, aço inoxidável, aço carbono, etc.

Material Isolante:
São corpos que dentro de uma determinada faixa de tensão, não permitem a
passagem da corrente elétrica.
Os materiais isolantes mais usados são:
Porcelana, mica, celerom, baquelite, borracha, plástico, etc.

Resistência Elétrica:
É a dificuldade que um corpo oferece à passagem da corrente elétrica.
Este dificulta a passagem da corrente, gera calor, e em alguns casos é desejável e em
outros não.
Como exemplo de onde ela é desejável, podemos citar:
lâmpada;
ferro de passar;
tostadeira;
chuveiro;
arco de
soldagem.

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Onde não é desejável:


• Em mau contato numa conexão elétrica;
• Numa conexão inadequada do cabo obra;
• Em porta eletrodo gasto ou falta de aperto no cabo;
• Na ligação dos cabos e nos terminais soltos da máquina;
• Nos cabos de corrente elétrica em mau estado.

Formação do Arco Elétrico:


É a passagem da corrente elétrica de um polo (peça) para outro (eletrodo), desde que
seja mantido entre eles um afastamento conveniente. Esse afastamento é chamado de
comprimento do arco.

Esse afastamento deve corresponder aproximadamente ao diâmetro do eletrodo em


uso. (diâmetro da parte metálica, sem contar o revestimento)

Questões Sobre o Assunto:


01 - Corrente elétrica é:
( ) a) A dificuldade que um corpo oferece à passagem de corrente elétrica;
( ) b) Aquela que tem como sentido o positivo;
( ) c) O movimento ordenado de elétrons através de um corpo;
( ) d) Aquela que tem como sentido o negativo.

02 - Quais os dois tipos de corrente elétrica?


( ) a) Alternada e contínua;
( ) b) Alternada e positiva;
( ) c) Contínua e negativa;
( ) d) A corrente contínua.

03 - Qual o tipo de corrente que não tem definição de polaridade (-) ou (+):
( ) a) A corrente positiva;
( ) b) A corrente negativa;
( ) c) A corrente alternada;
( ) d) A corrente contínua.

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04 - No intervalo de um segundo na corrente alternada quantas vezes ela é positiva e


quantas é negativa?
( ) a) +30 -30;
( ) b) +80 -40;
( ) c) +60 -60;
( ) d) +100 -0.

05 - Cite três lugares onde podemos encontrar a corrente alternada:


( ) a) Residências, indústrias e transformadores;
( ) b) Pilha, bateria e lâmpada;
( ) c) Pilha, indústria e residência;
( ) d) Gerador, transformador e retificador.

06 - Cite três lugares onde podemos encontrar a corrente contínua:


( ) a) Gerador, transformador e retificador;
( ) b) Pilha, bateria e lâmpada;
( ) c) Residência, indústria e transformador;
( ) d) Pilha, bateria e gerador.

07 - O que é tensão elétrica (voltagem)?


( ) a) Velocidade que faz circular a corrente pelo condutor;
( ) b) Movimento ordenado dos elétrons;
( ) c) Corrente que circula no mesmo sentido;
( ) d) Corrente que não tem definição de polaridade.

08 - Cite três tensões de rede elétrica:


( ) a) 110, 220 e 340 V;
( ) b) 380, 440 e 580 V;
( ) c) 110, 380 e 420 V;
( ) d) 110, 220 e 380 V.

09 - Quantos volts tem uma pilha?


( ) a) 4 volts; ( ) b) 6 volts; ( ) c) 2 volts; ( ) d) 1,5 volts.

10 - Qual é a polaridade neste esquema?


( ) a) Direta;
( ) b) Inversa;
( ) c) Inversa e direta;
( ) d) Sem definição.

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Fontes de Energia Usada na


Soldagem
Fontes de Energia.

A soldagem a arco exige uma fonte de energia (máquina de soldagem)


especialmente projetada para esta aplicação e capaz de fornecer tensões e corrente,
em geral, na faixa de 10 a 40V e 10 a 1200A, respectivamente. Nas últimas duas
décadas, tem ocorrido um vigoroso desenvolvimento no projeto e construção de
fontes para soldagem associados com a introdução de sistemas de controle eletrônicos
nestes equipamentos. Atualmente, pode-se separar as fontes em duas classes
básicas: (a) máquinas convencionais, cuja tecnologia básica vem das décadas de
1950 e 60 (ou antes), e (b) máquinas "eletrônicas", ou avançadas, de
desenvolvimento mais recente (décadas de 1970, 80 e 90). No Brasil, a grande
maioria das fontes fabricadas são convencionais. Em países do primeiro mundo, a
situação é bastante diferente. No Japão por exemplo, fontes para os processos
GTAW e GMAW fabricadas atualmente são, na grande maioria, eletrônicas. Nos
Estados Unidos mais da metade das fontes comercializadas para o processo
GMAW são eletrônicas.

Fontes Convencionais para Soldagem

• Transformador: Fornece somente corrente alternada (CA), não definindo a


polaridade (+ /-).
• Retificador: Fornece somente corrente contínua (CC),
• Transformador/Retificador: Fornece corrente contínua (CC) e alternada (CA).
• Gerador: Fornece somente corrente contínua (CC).

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Transformador CA:
É uma máquina que modifica a tensão da rede elétrica de alimentação de alta para
baixa tensão. Converte, ao mesmo tempo, a baixa intensidade da corrente elétrica em
alta. Por isso dizemos que há uma transformação entre os valores de corrente e
tensão, daí o nome da máquina.
As principais partes de um transformador são:
• Bobina primária: confeccionada com um fio bastante fino e com elevado número
de voltas (espiras) em torno do núcleo;
• Núcleo magnético: é feito de chapas de silício (para evitar perdas) e que permite
que os defeitos obtidos pela passagem da corrente elétrica no primário sejam
“detectados” e transformados pelo secundário;
• Bobina secundária: feita de fios ou lâminas mais grossas do que o primário e
com poucas voltas (espiras).

O controle da regulagem da corrente elétrica no transformador, é feita através de:


-Tapes;
-Reator;
-Amplificador magnético;
-Variação do núcleo magnético.

Retificador CC:
É uma máquina constituída basicamente de um transformador e um conjunto de
elementos chamados de retificadores, que fazem com que a corrente alternada se
converta em corrente contínua. Os elementos retificadores mais conhecidos e
utilizados nos dias atuais são os diodos de silício.

Gerador CC:
São máquinas rotativas que possuem um motor elétrico ou a combustão, acoplado a
um gerador de corrente elétrica contínua.

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No gerador há um rotor com bobinas que giram no campo magnético. As bobinas


contidas no rotor produzem corrente elétrica que será retirada através de coletores,
resultando em uma corrente contínua
de saída, para alimentar o arco.
Para gerar sua própria energia deve
ser acoplado ao mesmo um dispositivo
girante, que pode ser um trator, roda
d’água, motor a combustão ou elétrico.

Questões Sobre o Assunto:

01 - Quais os três tipos de máquina de solda?


( ) a) Bambozzi, Hobart, Protelec;
( ) b) TIG, MIG, eletrodo revestido;
( ) c) Transformador, retificador e gerador;
( ) d) Pequena, média, grande.

02 - Qual é o tipo de corrente elétrica que fornece o transformador?


( ) a) Amperagem e voltagem;
( ) b) Positiva e negativa;
( ) c) Pulsativa;
( ) d) Corrente alternada.
03- Qual a finalidade do transformador de soldagem?
( ) a) Diminuir a tensão e aumentar a intensidade da corrente elétrica que recebe da
rede elétrica;
( ) b) Aumentar a voltagem e diminuir a amperagem que recebe da rede elétrica;
( ) c) Transformar a CA em CC;
( ) d) Todas estão erradas.

04- Quais as três principais partes de um transformador?


( ) a) Carcaça, motor e volante;
( ) b) Primário, núcleo e secundário;
( ) c) Fiação, tamanho e potência;
( ) d) Ter roda, base resistente e ligação monofásica.

05- Qual o tipo de corrente que fornece o retificador de soldagem?


( ) a) Corrente de ferro;
( ) b) Corrente contínua;
( ) c) Corrente alternada;

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( ) d) Corrente pulsativa.

06- Qual o tipo de corrente que fornece o gerador de soldagem?


( ) a) CC;
( ) b) CA;
( ) c) CA e CC;
( ) d) Corrente positiva e corrente negativa.

07- Qual a diferença entre o gerador e o transformador/retificador. Com relação à


energia elétrica?
( ) a) O gerador aproveita a energia da rede para a soldagem e o transformador/
retificador produz sua própria corrente;
( ) b) O gerador produz sua própria corrente para a soldagem e o transformador/
retificador usa a corrente da rede;
( ) c) O gerador e o transformador/retificador são iguais com relação a energia;
( ) d) O gerador é uma máquina estática e o transformador/retificador é rotativa.

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Acessórios da Máquina
Cabo do Alicate Porta Eletrodo:

A grande quantidade de fios de cobre permite ao cabo uma maior flexibilidade nos
movimentos executados nas operações de soldagem.
O diâmetro do cabo depende da intensidade da corrente (amperagem) a ser utilizada e
da distância entre a máquina e o posto de trabalho.
Conhecendo-se a distância entre a máquina e o posto de trabalho, e a amperagem a
ser utilizada, recorre-se à tabela abaixo para encontrar o diâmetro conveniente do
cabo, evitando-se com isso, perda de corrente, aquecimento ou super
dimensionamento do cabo.

Cabo Obra:

É um acessório de conexão do cabo obra à peça, construído de cobre, liga de cobre ou


alumínio.

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Ferramentas do Soldador
Porta Eletrodo:
É um acessório que serve para prender o eletrodo entre suas ranhuras. É construído
de cobre (ou liga deste) com suas partes externas totalmente isoladas.
Seu tamanho e isolação variam de acordo com a intensidade de corrente a ser
utilizada.

Picadeira ou Martelo Picador:


Ferramenta usada para remover a escória e os respingos do cordão de solda.

Martelo Pneumático:
Em grandes empresas, para remover escória é usado um martelete pneumático.

Esse martelete é usado com ar comprimido, tem em uma de suas extremidades uma
ponta em forma de talhadeira. Seu peso é relativamente baixo (250 a 280g), não
provocando fadiga ao soldador.

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Escova de Fios de Aço:


Ferramenta usada para remover as impurezas do local a ser soldado e também para
fazer uma melhor limpeza nos cordões de solda.

Tenaz:
Ferramenta semelhante a um alicate, porém com cabos mais longos. Serve para
segurar peças quentes.

Calibre de Solda:
Serve para conferir as medidas do cordão de solda, de acordo com o desenho ou a
simbologia de soldagem por exemplo: perna, garganta, reforço do cordão, etc.

1- Verificação do reforço do cordão de solda. (altura da solda)


2- Verificação da perna do cordão de solda (medida da solda conforme AWS)
3- Verificação da garganta da solda (medida da solda conforme “DIN”)

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Questões Sobre o Assunto:

01 - Escreva “V” para verdadeira ou “F” para falsa:


a) ( ) O cabo do porta eletrodo é construído de fios de aço recoberto de borracha.
b) ( ) Os cabos do porta eletrodo e do cabo obra servem para fazer a ligação
destes à fonte de energia.
c) ( ) O diâmetro do cabo depende da intensidade (amperagem) da corrente a
ser utilizada e da distância entre a máquina e o posto de soldagem.
d) ( ) O diâmetro do cabo depende da espessura da peça que vai ser soldada.

02 - Complete as frases:
a) O porta eletrodo é um acessório que serve para prender o.....................................
.................................... entre suas ranhuras.
b) O porta eletrodo é construído de .........................................................................ou
........................................................com suas partes totalmente isoladas.
c) A ferramenta do soldador usada para remover a escória e os respingos de
soldagem é denominada...................................................................................................
d) Ferramenta que pode substituir a picadeira ou o martelo picador é:
................................................................................................................................
e) A escova com fios de aço serve para remover..................................................... e
também para fazer melhor limpeza nos ...........................................................................
f) A tenaz serve para segurar peças ..........................................................................
g) O instrumento usado para verificação de solda é o ................................................

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Material Consumível
São todos os materiais empregados na deposição ou proteção da solda, tais como:
eletrodo, varetas, anéis consumíveis, gases e fluxos.
No nosso caso falaremos somente do eletrodo revestido.

Eletrodo Revestido:
É um consumível metálico condutor de corrente elétrica, constituído de alma metálica e
revestimento de compostos orgânicos e minerais.

Componentes do Eletrodo Revestido:

a) Material do Núcleo (Alma Metálica):


Pode ser ferroso ou não ferroso e sua escolha é feita de acordo com o material da
peça a ser soldada.
b) Revestimento:
O revestimento é feito por extrusão, podendo ser fino, médio ou grosso. Os compostos
do revestimento vem sob forma de pó, unidos por um aglomerante “cola”, normalmente
silicato de potássio ou de sódio.

Funções do Revestimento:
As funções do revestimento são muitas. Vamos a seguir, descrever as mais
importantes e dividi-las em três grupos:
a) Função Elétrica: Tornar o ar entre o eletrodo e a peça melhor condutor,
facilitando a passagem da corrente elétrica. O que permite estabelecer e manter o arco
elétrico estável (ionização).
b) Função Metalúrgica: Formar uma cortina gasosa que envolve o arco elétrico e o
metal de fusão, impedindo a ação prejudicial do ar atmosférico e também adicionar
elementos de liga e desoxidantes, para diminuir as impurezas.

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c) Função Física: Guiar as gotas de metal em direção a poça de fusão, facilitando


a soldagem nas diversas posições e retardar o resfriamento do cordão através da
formação da escória, proporcionando melhores propriedades mecânicas a solda.

Tipos de Revestimento de Eletrodo:


Os mais comuns são: rutílico, básico (baixo hidrogênio) e celulósico.
Os outros tipos como o ácido e o oxidante são menos usados.

a) Revestimento Rutílico: (similar “AWS”, EXXX2, EXXX3 e o EXXX4)


O principal elemento químico neste tipo é o rutilo. É usado com vantagem em trabalhos
onde não irá sofrer grande esforço como: soldagem de pequenas peças, serralheria,
chaparia fina e média e em enchimento de peças.

1 - Eletrodo EXXX2: O arco é de penetração média. Com baixa intensidade de


corrente (amperagem) a penetração deste eletrodo é pequena a ponto de possibilitar a
soldagem de juntas de preparação deficientes. Os depósitos são mais resistentes e
menos dúcteis que os outros tipos.
2 - Eletrodo EXXX3: Este eletrodo pode ser usado com qualquer tipo de corrente
elétrica (CA ou CC). A escória é de fácil remoção, proporcionando boa compacidade,
mesmo nas soldas em vários passes.
3 - Eletrodo EXXX4: Neste tipo é acrescentado a adição de pó de ferro, que possibilita
a obtenção de um rendimento superior a 100% (peso do metal de solda / peso da
alma).
Observação:
A escória desses eletrodos é auto destacável quando utilizado adequadamente.

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b) Revestimento Básico (Baixo Hidrogênio): (similar EXXX5, EXXX6 e EXXX8)


A principal propriedade do revestimento desses eletrodos é o baixo hidrogênio
dissolvido no metal de solda.
Estes eletrodos proporcionam as seguintes vantagens:
1- Evitam a fissuração (trinca) sob o cordão nas soldas dos aços temperáveis, desde
que durante o seu manuseio, o revestimento não absorva umidade;
2 - Produzem soldas de elevada tenacidade ao entalhe, mesmo sem tratamento
térmico;
3 - Permitem a soldagem dos aços com teor de enxofre elevado graças a ação
dessulfurisante da escória básica.
4 - É usado para soldar aços comuns, aços baixa liga e até alguns ferros fundidos,
desde que estes não necessitem de usinagem posterior;
5 - A maioria das soldas efetuadas com estes eletrodos são a prova de radiografia.

Observação:
Devido a composição do seu revestimento esse eletrodo absorve facilmente a umidade
do ar (são higroscópicos), por isso, é importante armazená-los em estufa apropriada
após abrir a lata.

c) Revestimento Celulósico: (similar EXXX0 e o EXXX)


O revestimento desse eletrodo contém materiais orgânicos combustíveis celulósicos
(pó de madeira).
O alto teor de celulose proporciona um arco penetrante com transferência de metal por
salpicos, opera em todas as posições e a camada de escória é fina e relativamente de
difícil remoção. Dada as características de grande penetração e elevada soldabilidade
operatória, é o revestimento preferido para a soldagem de oleodutos e gasodutos.

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1 - Eletrodo EXXX0: Esta classe de eletrodo trabalha somente com corrente contínua
(CC) e a sua polaridade é a positiva (+).
2 - Eletrodo EXXX1: Este além da celulose, contém silicato de potássio, aumentando
a capacidade termo iônica do arco elétrico, permitindo o seu uso em corrente alternada
(CA).
d) Tabela Resumo dos Tipos de Revestimento de Eletrodo:

Questões Sobre o Assunto:

01 - O eletrodo revestido para a soldagem é constituído de um__________________


e um __________________________ de compostos orgânicos e minerais.

02 - O material do núcleo do eletrodo pode ser ferroso ou não ferroso e sua escolha
deve ser feita de acordo com:
( ) a) A vontade do soldador;
( ) b) A posição de soldagem;
( ) c) O material do eletrodo;
( ) d) O material da peça a ser soldada.

03 - Guiar as gotas de metal em direção a poça de fusão e retardar o resfriamento do


cordão é função:
( ) a) Elétrica;
( ) b) Física;
( ) c) Metalúrgica;
( ) d) Humana.

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04 - Cite três tipos de revestimento de eletrodo:...........................................................


.......................................................................................
05 - Tornar o ar entre o eletrodo e a peça melhor condutor, facilitando a passagem da
corrente elétrica, o que permite estabelecer e manter o arco estável (ionização) é
função:
( ) a) Elétrica;
( ) b) Física;
( ) c) Metalúrgica;
( ) d) Humana.

06 - Formar uma cortina gasosa que envolve o arco e o metal em fusão impedindo a
ação prejudicial do ar atmosférico e também adicionar elementos de liga e
desoxidantes, para diminuir as impurezas é função:
( ) a) Elétrica;
( ) b) Física;
( ) c) Metalúrgica;
( ) d) Humana.

07 - Dos tipos de revestimento, qual é usado onde o fator resistência não é o mais
importante?
( ) a) Básico;
( ) b) Rutílico;
( ) c) Celulósico;
( ) d) Ácido.

08 - Dos tipos de revestimento, qual é usado onde precisa resistência mecânica ?


( ) a) Básico;
( ) b) Rutílico;
( ) c) Celulósico;
( ) d) Ácido.

09 - Dos tipos de revestimento, qual oferece maior penetração da solda e é muito


usado em oleodutos e gasodutos?
( ) a) Básico;
( ) b) Rutílico;
( ) c) Celulósico;
( ) d) Ácido.

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Soldabilidade dos Materiais

Aço:

Em geral, o aço é uma liga de ferro e carbono com alguns outros elementos. Os
diferentes tipos de aço contêm entre 0,04% e 2,25% de carbono.
Para se obter o aço é preciso primeiro transformar o minério de ferro em ferro-gusa (ou
simplesmente gusa) que em geral tem elevado teor de carbono e muitas impurezas.
Na etapa seguinte, o refino, as impurezas são eliminadas por um processo de
oxidação (queima).
O aço é vendido em grandes variedades de formas e tamanhos, como: vergalhões,
chapas, tubos e perfilados. Essas formas são obtidas nas usinas siderúrgicas
laminando-se os lingotes quentes ou moldando-os de algum modo. O acabamento
dado ao aço também melhora sua qualidade, ao refinar sua estrutura cristalina e
aumentar sua resistência.

Tipos de Aço:

a) Aço Carbono: Existindo milhares de nomes comerciais de aços com ou sem ligas,
não é possível citar todos aqui, mas forneceremos alguns dados resumidos a respeito.
O aço baixo carbono designado para estruturas em geral mais usado é o ASTMA-36
(1020).
O ASTM A-7 é designado para estruturas comuns (1010 a 1020).

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Questões Sobre o Assunto:

01 - O que é o aço?
( ) a) É um ferro;
( ) b) É uma liga de ferro e carbono;
( ) c) É uma liga de alumínio;
( ) d) É uma liga de cobre.

02 - Cite 3 formas de como são vendidos os aços no comércio:


( ) a) Chapas, tubos e perfilados;
( ) b) Lingotes, rolos;
( ) c) Forma líquida e cristalizado;
( ) d) Barras, em minério bruto.

03 - Coloque em ordem de acordo com a classificação do aço carbono:


Porcentagem de carbono:
(A) Alto carbono ( ) 0,05 a 0,30
(B) Médio carbono ( ) 0,60 a 1,70
(C) Baixo carbono ( ) 0,30 a 0,60

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Posições de Soldagem

Posições Básicas de Soldagem conforme norma ASME = Sociedade Americana de


Engenharia Mecânica.
G = groove Weld (Solda em Chanfro, aplicado em junta de topo)
F = fillet Weld (Solda de filete aplicado em juntas de ângulo)
Ex.: 1F = Solda de filete em junta de ângulo na posição plana
1G = Solda em chanfro na junta de topo, posição plana

As posições básicas de soldagem referem-se exclusivamente ao posicionamento do


eixo de soldagem nos diferentes planos de referência.
Basicamente, existem quatro posições de soldagem e todas exigem um perfeito
conhecimento do soldador para execução da junta a soldar, pois elas possuem
características próprias e graus de dificuldades diferentes.
No trabalho a ser executado por soldagem nem sempre as peças podem ser colocadas
numa posição cômoda ou adequada à realização desta.
Segundo o plano de referência foram estabelecidas as quatro posições básicas, a
saber:

a) Posição Plana (1G e 1F)


É aquela em que a junta a soldar está posicionada em nível, pronta para receber o
material de adição que vem de cima (a favor da gravidade).

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b) Posição Horizontal (2G e 2F)


É aquela em que o eixo da solda está na posição horizontal, as chapas ou uma das
chapas que formam o ângulo estão na vertical. O eletrodo é colocado
aproximadamente em posição horizontal e perpendicular ao eixo de soldagem.
Essa posição exige muito mais habilidade do soldador, pois o material e a condução do
eletrodo sofrem ação da força da gravidade, que atua para baixo sobre o material em
fusão que está sendo depositado (tende a escorrer).

c) Posição Vertical (3G e 3F)


É aquela em que o eixo da solda está na posição vertical, o eletrodo (material de
adição) é colocado na posição vertical, essa posição exige um bom controle da poça
de fusão, pois o material tende a escorrer, em função do sentido de soldagem,
ascendente ou descendente.

d) Posição Sobre Cabeça (4G e 4F)


É aquela em que a junta recebe o material de adição pela parte inferior (por baixo),
este vencendo a força da gravidade. Esta posição é inversa a plana ou de nível.

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Soldagem

Questões sobre o assunto:

01 - Quais as quatro posições básicas de soldagem?


( ) a) Vertical, plana, quina e horizontal;
( ) b) Plana, topo, vertical e sobre cabeça;
( ) c) Plana, horizontal, vertical e sobre cabeça;
( ) d) Quina, topo, plana e ângulo.

02 - Das quatro posições básicas de soldagem, qual a que favorece na deposição de


material por estar a favor da gravidade?
( ) a) Sobre cabeça;
( ) b) Quina;
( ) c) Topo;
( ) d) Plana.

03 - Das quatro posições de soldagem, qual a mais fácil de executar?


( ) a) Horizontal;
( ) b) Vertical;
( ) c) Plana;
( ) d) Sobre cabeça.

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Soldagem

Preparação da junta para


Soldagem
Junta:
É a região onde duas ou mais peças serão unidas por um processo de soldagem.

As juntas podem ser sem chanfro ou com chanfro, dependendo da espessura e


exigência da soldagem.

Tipos de Junta:

a) Junta de Topo:
É o tipo em que os dois componentes estão no mesmo plano.

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Soldagem

b) Junta Sobreposta:
É aquela em que um dos componentes se sobrepõe ao outro ou aos outros.

c) Junta em Ângulo (ou “T”):


É o tipo de junta em que os dois componentes formam ângulo entre si, tendo a seção
transversal o formato de um “T”.

d) Junta de Quina:
Nesse tipo de junta os dois componentes unem-se através da borda da chapa,
formando ângulo.

Chanfro:
Abertura na superfície de uma peça ou entre os componentes, que determina o espaço
para conter a solda.

O chanfro é feito através de processos mecânicos, oxi-corte, ou eletrodo para chanfro.


Normalmente as peças são chanfradas, quando a exigência é de penetração total, em
chapas onde a espessura é igual ou superior a 6mm.

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Soldagem

Parâmetros de Soldagem
Ajuste da Corrente:
O ajuste da corrente (parâmetros de soldagem), varia de acordo com o diâmetro do
eletrodo, posição de soldagem e espessura da chapa (peça) a ser soldada.
Para ajustar a corrente o primeiro passo do soldador é identificar a peça que será
soldada, observando-se:
• A espessura da chapa na região onde será realizada a soldagem e a posição da
junta;
• Tipo de material base;
• A quantidade de solda que a peça irá receber, para evitar um possível
empenamento do conjunto soldado;
• Tipo e diâmetro do eletrodo.
Após ter escolhido o diâmetro do eletrodo, usa-se a regra básica acrescentando até
15% para mais ou para menos, dependendo da espessura da peça.

Regra Básica para Ajuste de Corrente:

Existem duas:
Quando o diâmetro do eletrodo é lido em polegada;
Quando o diâmetro do eletrodo é lido em milímetros.

a) Verificação do Diâmetro do Eletrodo em Polegadas:

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Soldagem

Exemplo:
Qual é a corrente base para se soldar com eletrodo de 1/8” de diâmetro?

Solução:

Para transformar polegada fracionária em milésimo de polegada, divide-se o


numerador da fração pelo seu denominador, ou seja:

0,125 = milésimo = 125 ampéres

Após adquirir esses conhecimentos, calcule você mesmo a corrente básica para esses
eletrodos:
Observação:
O resultado deve ser sempre com três casas após a virgula (milésimo), caso o
resultado zerar antes, complete com “0”.

(3/32”) 3 00 32
0,0

(1/8”) 1

(5/32”) 5

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Soldagem

b) Verificação do Diâmetro do Eletrodo em Milímetros:

Exemplo: para um eletrodo cujo diâmetro é 3,2mm.

3,2
x 40
128,0
Resposta:
A corrente base para um eletrodo cujo diâmetro é 3,2mm é 128 ampéres.
Após adquirir esses conhecimentos, calcule você mesmo a amperagem base para
esses eletrodos.

Observação:
Elimine as casas após a vírgula.

Abertura do arco:
Visto que o ar não é um condutor, o arco deve ser inicialmente aberto através de um
curto-circuito, fazendo com que ao levantar-se o eletrodo, a corrente flua neste instante
com elevada amperagem.

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Soldagem

A elevada corrente elétrica (intensidade) no instante do curto-circuito provoca um


intenso aquecimento, tendo-se portanto, uma elevada temperatura.
Esta temperatura faz com que ocorra a fusão, no local de contato da peça e do
eletrodo, cujas partículas fundidas passam a se transferir para a peça formando uma
poça de fusão, que após o resfriamento forma o cordão de solda.

O arco elétrico pode ser aberto de duas maneiras, pelo toque e pelo resvalo, o ângulo
do eletrodo deve estar aproximadamente a 70º em relação a superfície da peça.
• Pelo toque: toque e levante o seu diâmetro aproximadamente.
• Pelo resvalo: risque como um fósforo, após aberto o arco elétrico direcionar o
eletrodo à peça.

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Soldagem

Classificação “AWS”
Classificação do consumível Eletrodo Revestido (Finalidade)
A classificação de eletrodos tem como finalidade padronizar os tipos de eletrodos
dentro de um conceito:
• As propriedades mecânicas do metal de solda depositado.
• As posições de soldagem que o eletrodo trabalha satisfatoriamente.
• Tipo de revestimento e a corrente elétrica do eletrodo.

Apesar de ter varias normas no mundo, a mais usada e reconhecida nos dias de hoje é
a americana “AWS” (Associação Americana de Soldagem). Vamos explicar o principio
da norma americana.
Na especificação AWS os eletrodos para aço ao carbono vem indicado por uma letra e
cinco ou quatro algarismos.

Exemplo: X XXXX ou X XXXXX

A letra “E” significa Eletrodo para soldagem a arco elétrico

Os dígitos:
E- XX X X ou E - XXX X X

O 1º e 2º algarismo em número de dois ou três indicam o limite de resistência à tração


mínima do metal de solda, em Ksi (um Ksi = 1000 psi ou 1000 Lb/pol²).

Ksi = Kilo Square Inch


psi = Pound Square Inch

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Soldagem

Exemplo:
Eletrodo E 70XX E 60XX E 80XX E 110XX

O 3º número em uma seqüência de quatro dígitos indica as posições em que o


eletrodo pode ser empregado com resultados satisfatórios.
Sendo:
E XX1X todas
E XX2X horizontal e plana
E XX3X somente plana
E XX4X menos vertical ascendente

Exemplo:
E- XX X X

O 4º algarismo em conjunto com o 3º, indica o tipo de revestimento, a penetração da


solda, o tipo de corrente e a polaridade.

Exemplo:
E- XX XX
3º e 4º algarismo

Observação: O 4º algarismo pode variar de “0” a “8”.

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Soldagem

Tabela:

Questões Sobre o Assunto:

01- Dê as características destes eletrodos de acordo com a norma AWS:

a) E 6013:

b) E 6011:

c) E 7018:

d) E 7020:

e) E 8018:

f) E 12018:

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Soldagem

Terminologia da Soldagem
Nomenclatura da Solda:

a) Cordão de Solda:
Depósito resultante de um ou mais passe ou filete de solda.

b) Passe ou Filete de Solda:


Depósito de material obtido pela progressão sucessiva de uma poça de fusão.

c) Camada de Solda:
Conjunto de passes depositados e situados aproximadamente num mesmo plano.

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Soldagem

Nomenclatura da Solda em Junta de Ângulo:

1 - Garganta Teórica:
Dimensão de uma solda em ângulo que determina a distancia entre a face da solda
sem o reforço e a raiz da junta sem a penetração:

A raiz da junta e a hipotenusa do maior triângulo retângulo inscrito na seção


transversal do cordão

2 - Garganta Real: (tudo, incluindo penetração e reforço)


Dimensão de uma solda em ângulo que determina a distância entre a raiz da solda até
a face desta, inclusive o reforço

3 - Garganta Efetiva: (inclui a penetração menos o reforço)


Dimensão de uma solda em ângulo que determina a distância entre a raiz da junta até
a face da solda sem o reforço.

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Soldagem

4 - Perna ou dimensão:
Distancia da raiz da junta à margem da solda em angulo.

5 - Reforço da solda:
Metal de solda em excesso, além do necessário para preencher a junta; excesso de
material depositado nos últimos passes (ultima camada), podendo ser na face da solda
e/ou na raiz da solda.

Principais termos técnicos usados em soldagem

Alicate porta eletrodo (electrode holder):


Dispositivo usado para prender mecanicamente o eletrodo enquanto conduz corrente
através dele na soldagem.

Ângulo de trabalho (work angle) Ângulo que o eletrodo ou tocha forma com relação
à superfície do metal de base num plano perpendicular ao eixo da solda.

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Soldagem

Atmosfera protetora (protective atmosphere):


Envoltório de gás que circunda a parte a ser soldada, sendo o gás de composição
controlado com relação à sua composição química, pressão, vazão, etc.

Atmosfera redutora (reducing atmosphere):


Atmosfera protetora quimicamente ativa que, a temperaturas elevadas, reduz óxidos
de metais ao seu estado metálico.

Calibre de solda (weld gage):


Dispositivo para verificar a forma e a dimensão de soldas (medidor de solda).

Camada (layer):
Conjunto de passes depositados e situados aproximadamente num mesmo plano.

Chapa de teste (test plate):


Chapa soldada, com finalidade de executar ensaios mecânicos, químicos ou
metalográficos.
Chapa ou tubo de teste (test cooupon):
Peça soldada para qualificação de procedimento de soldagem ou de soldadores ou
operadores de soldagem.

Cobre - junta (backing):


Material colocado na raiz da junta com a finalidade de suportar o metal fundido durante
a execução de soldagem.

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Soldagem

Consumível (consumption):
Material empregado na deposição ou proteção da solda, tais como: eletrodo, vareta,
arame, anel consumível, gás e fluxo.

Face da solda (face of weld):


Superfície exposta da solda, pelo lado por onde a solda foi executada.

Inspetor de soldagem (welding inspector):


Profissional qualificado, empregado pela executante dos serviços, para exercer as
atividades de controle de qualidade relativas à soldagem.

Junta de ângulo (corner joint):


Junta em que numa seção transversal, os
componentes a soldar apresentam-se sob forma de
um ângulo.

Junta sobreposta (lap joint):


Junta formada por dois componentes a soldar, de tal forma que suas superfícies
sobrepõem-se.

Junta de topo (butt joint):


Junta entre dois membros alinhados aproximadamente no mesmo plano.

Margem da solda (toe of weld):


Junção entre a face da solda e o metal de base.

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Soldagem

Metal de adição (filler metal):


Metal a ser adicionado na soldagem de uma junta.

Metal base (base metal):


Metal a ser soldado ou cortado (peça).

Perna da solda (leg of a fillet weld):


Distância da raiz da junta à margem da solda de ângulo.

Poça de fusão (molten weld pool):


Porção líquida de uma solda antes de solidificar-se.

Polaridade direta (straight polarity):


Tipo de ligação dos cabos para solda em com corrente contínua, quando o porta
eletrodo ou tocha é ligado no borne negativo da máquina, onde os elétrons deslocam-
se do eletrodo para a peça.

Polaridade inversa (inverse polarity):


Tipo de ligação dos cabos para soldagem com corrente contínua, quando o porta
eletrodo ou tocha é ligado no borne positivo da máquina, onde os elétrons deslocam-se
da peça para o eletrodo.

Procedimento de soldagem (welding procedure):


Documento emitido pela executante dos serviços, descrevendo todos os parâmetros e
as condições da operação de soldagem.

Qualificação de procedimento (procedure qualification):


Demonstração pela qual soldas executadas por um procedimento específico podem
atingir os requisitos pré estabelecidos.

Qualificação de soldador (welder performance qualification):


Demonstração da habilidade de um soldador em executar soldagens que atendam
padrões pré estabelecidos.

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Soldagem

Reforço de solda (reinforcement of weld):


Metal de solda em excesso, além do necessário para preencher a junta; excesso de
metal depositado nos últimos passes ou última camada.

Soldador (welder):
Profissional capacitado a executar soldagem manual e/ou semi-automática.

Soldagem manual (manual welding):


Processo de soldagem no qual toda a operação é executada e controlada
manualmente.

Taxa de deposição (deposition rate):


Peso do material depositado por unidade de tempo.

Técnica de soldagem (welding technique):


Detalhes de um procedimento de soldagem que são controlados pelo soldador ou
operador de soldagem.

Zona de fusão (fusion zone):


Área do metal de base fundida, determinada na seção transversal da solda.

Zona fundida
Região da junta soldada que esteve momentaneamente no estado líquido e cuja
solidificação resultou da cessação ou afastamento da fonte de calor. Pode ser obtida
em um ou vários passes.

Zona de ligação:
Região da junta soldada que envolve a zona fundida. É a região que durante a
soldagem foi aquecida entre as linhas líquida e sólida. Para os metais puros se reduz a
uma superfície.

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Soldagem

Segurança na Soldagem
Medidas Gerais Contra Incêndio ou Explosão são:

Ter ao alcance fácil, material para extinção do incêndio;


Verificar se foram removidos da vizinhança os materiais inflamáveis, como por
exemplo, tinta, gasolina, óleo, serragem, estopa, papel, etc.;
A distancia mínima recomendável é de 10 metros. Caso não houver possibilidade de
manter essa distancia, convém colocar separadores (biombo) ou chapa metálica;
Em caso de trabalho no assoalho de madeira ou perto de paredes de madeira, estes
devem ser protegidos com compensado naval ou chapas metálicas;
Os reservatórios que contiverem combustível ou lubrificantes e precisarem ser
soldados ou cortados à chama, devem ser muito bem lavados e enchidos com água;
Os reservatórios (tanque) de combustível dos veículos ou máquinas a serem soldados
devem ser removidos e lavados com água quente, após essa lavagem, soldar com o
tanque se possível cheio de água, para formar o menor espaço possível de alojamento
de gases;
A roupa pessoal deve ser livre de graxa. Não devem ser usados camisas, meias, etc.,
de material sintético;
Após terminar a soldagem ou corte, examinar a área de serviço antes de afastar-se,
pois pode ter deixado algum vestígio de fogo.

Choque elétrico:

Para prevenir dos choques elétricos, o soldador não deve formar um condutor entre os
pólos de eletricidade, como exemplo: pisar sobre uma ponte rolante ao soldar uma viga
do telhado ou pisar na terra ao soldar uma plataforma de laminação. Aqui, existe
sempre uma possibilidade de uma passagem de grandes descargas elétricas.
Pelas mesmas razões, o soldador nunca deve trabalhar numa poça d’água ou num
chão excessivamente úmido, trocar eletrodo com a mão sem luvas, deslocar uma
máquina de soldagem ligada, etc. O cabo obra da instalação deve ser ligado na
carcaça da maquina.
Na saída da corrente da máquina, segundo norma, a máxima voltagem que atinge nos
terminais é de 80 volts, dependendo do estado do corpo, pode ser perigosa. Na troca
de polaridade (cabos) desligue a máquina antes.

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Soldagem

Queimaduras:

As queimaduras são prevenidas com o uso de uma roupa adequada, recomendando-


se luvas com manga ¾ de raspa de couro com espessura de 1,5mm, sem reforços nos
dedos, um avental sem costura, de raspa de couro de 2mm e perneira (polaina).
As calças não devem ter dobras (bainhas) e nunca enfiadas em botas. O macacão
deve ser abotoado até o pescoço. Não deve haver bolsos. Para soldagem com pré-
aquecimento (dar calor antes da soldagem) é usado roupa especial protetora.

Causas da Radiação:

O arco elétrico resultante de uma soldagem, é uma fonte de elevadas temperaturas,


com produção de luz viva.
Dois são os tipos de raios nocivos emitidos pelo arco elétrico:

Raios Ultravioletas e Raios Infravermelhos

Ambos produzem grandes danos à vista e a pele, se esta não for devidamente
protegida.

a) Raios ultravioletas:
São quimicamente ativos e podem ocasionar acidentes oculares, podem produzir
cegueira momentânea, e principalmente conjuntivite.

b) Raios infravermelhos:
Secam completamente certas células líquidas do globo ocular, causando complicações
no cristalino, levando a longo prazo a uma catarata profissional.
Na pele, o efeito causado é idêntico ao ocasionado pelos raios solares.
Geralmente, uma exposição, mesmo sendo rápida a estes raios, pode provocar uma
conjuntivite, que se manifesta algumas horas após a exposição.
Partes da pele diretamente exposta a tais radiações queimam-se rapidamente, o que
exige maiores preocupações.
Estas radiações tem a capacidade de decompor solventes, liberando gases
tóxicos, portanto, em ambientes confinados, deve-se ter cuidado para que não haja
solventes nas imediações.

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Soldagem

Danos nos olhos:


Lentes protetoras, cinza ou verde, de várias tonalidades, são usadas para prevenir
danos aos olhos (ver tabela).

Equipamento de proteção individual (EPI):


Os equipamentos de proteção individual, são projetados com a finalidade de proteger
os soldadores de danos e lesões que possam ocorrer devido às condições inerentes
de operação de corte e soldagem.

Máscara do soldador:
As máscaras são utilizadas para cobrir toda a face, e podem ser do tipo capacete,
fixadas à cabeça (deixa as duas mãos do soldador livre) e do tipo escudo, provido de
cabo, para serem seguradas com a mão. Elas servem para proteger o rosto e parte do
pescoço das queimaduras devido à radiação ou respingos de metal líquido proveniente
da soldagem.

a) Área Protegida pela Máscara:


As máscaras com filtro de luz, protegem a face, testa, pescoço e olhos contra as
radiações de energia emitidas diretamente pelo arco e contra respingos provenientes
da soldagem.

b) Tipos de Máscaras:

A grande vantagem da máscara tipo capacete é a de deixar o soldador com as mãos


livres.

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Soldagem

c) Janela para o Filtro de Luz e Lente Protetora dos Respingos:


Na altura dos olhos do soldador, as máscaras têm uma abertura ou janela, através da
qual o soldador observa o arco. Essas janelas são adequadas para a fixação dos filtros
de luz e lentes protetoras dos respingos, lançadas durante a soldagem, são projetados
de modo a ser fácil a remoção e substituição desses elementos.
d) Montagem dos Vidros na Máscara:

e) Material Utilizado na Fabricação das Máscaras:


As máscaras são fabricadas com materiais resistentes, leves, isolantes térmico e
elétrico, não combustíveis e opacos.
Exemplo: fibra de vidro, fibra prensada, celerom, etc.

f) Filtros de Luz:
Os vidros filtros têm a função de absorver os raios infravermelhos e ultravioletas,
protegendo os olhos de lesões que poderiam ser ocasionadas por estes raios. A
redução da ação nociva das radiações, também diminui a intensidade da luz, o que faz
com que o soldador não canse demasiadamente os seus olhos durante o trabalho.

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Soldagem

Os vidros filtros são marcados pelo fabricante, por meio de números, observando o
grau de absorção dos raios.
Para soldagem e corte pelo processo oxiacetilênico as numerações são: 3, 4, 5 e 6,
sendo que os números 3 e 4 para soldagem leve, 5 e 6 para soldagem média e 7 e 8
para soldagem pesada.
Para soldagem a arco elétrico as numerações são: 8, 10, 11, 12, 13 e 14, a sua
seleção se faz de acordo com o processo de soldagem e a intensidade da corrente em
uso. (ver tabela)

Tabela de filtros para soldagem pelo processo a arco elétrico

Óculos de Proteção:
Os óculos são também indispensáveis ao equipamento do soldador (salvo quando ele
faz parte integrante da máscara, tipo visor articulado).
Durante a soldagem, são poucos os acidentes que ocorrem por causa dos respingos,
mas após a soldagem, durante a limpeza das zonas soldadas, fragmentos de escória
podem atingir os olhos, inflamando-os.
Todos aqueles que trabalham próximos aos locais em que se esteja realizando os
serviços, como aprendizes, montadores, mecânicos, mestres, inspetores, devem se
proteger a fim de proporcionar segurança contra os danos causados pelas radiações e
por objetos projetados por operações de corte ou soldagem.

Ventilação (nas Máscaras e Óculos):


A parte de trás das máscaras é aberta, isso provoca uma ventilação suficiente. Já os
óculos devem ter condições de assegurar uma ventilação perfeita, a fim de se evitar o
embaçamento dos filtros de luz, mas de modo também a não permitir a passagem
lateral de raios de luz ou projeções contra os olhos.

Higiene e Preservação das Máscaras e Óculos:


Devem ter uma boa manutenção e não devem ser transferidos de um soldador para
outro, sem que antes seja efetuada a devida desinfecção destes equipamentos.

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Soldagem

Proteção para a Pele;


Se a soldagem for efetuada com protetores imperfeitos ou vestimenta inadequada, os
respingos e as radiações do arco, poderão causar queimaduras.

Luvas Protetoras:
Todos os soldadores devem usar luvas em bom estado nas duas mãos. As luvas
protegem as mãos contra queimaduras, principalmente aquelas resultantes de
radiações emitidas pelo arco elétrico, e também evitam choques elétricos na troca de
eletrodo ou quando em contatos eventuais com uma peça quente.
São feitas de couro ou raspa de couro, com 1,5mm de espessura e manga ¾.

Tipos de luvas de proteção:

1º Palma e costa da mão: Couro Para soldagem arco


Punho: Raspa de couro em geral,
ER, MIG/MAG
2º Palma e costa da mão: Raspa de couro Para soldagem/corte
Punho: Raspa de couro a gás
Especial Palma e costa da mão: Pelica, Couro Para soldagem pelo
Punho: ou raspa de couro processo TIG

Observação:
Quando a transpiração for intensa, o uso de luvas de algodão por baixo das de couro é
bastante eficaz na prevenção de choques elétricos.

Mangas ou Mangote:
São feitas de raspa de couro para proteger o braço do soldador.

Aventais e Perneiras (Polaina)


O avental serve para proteger o corpo do soldador desde a região peitoral até o fêmur,
e é desejável que ele seja de raspa de couro de 2mm de espessura, assim como as
perneiras.
Se as perneiras não forem usadas, os pés ficam sem proteção aos respingos, que
podem penetrar pela parte superior dos sapatos e queimar os pés.

Observação:
Existe aventais conjugados com o mangote (tipo barbeiro) que além de ser mais
confortável, protege também o ombro e parte da costa do soldador.

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Soldagem

Proteção para a Cabeça (touca ):


Durante as operações de soldagem ou corte, os respingos e radiações podem atingir a
cabeça do soldador, esta deve ser protegida por uma touca confeccionada de material
de difícil combustão.

Sapatos de Segurança:
Estes devem ser usados em todas as situações, não apenas para prevenir
queimaduras, mas também evitar o perigo de quedas de ferramentas e acidentes
causados por choques elétricos.

Posicionamento dos Equipamentos:


Todas as máquinas de soldagem, cabos e outros equipamentos, devem ser
posicionados de tal forma que os caminhos, corredores e escadas fiquem livres e
desimpedido, a fim de permitir o livre acesso em caso de emergência.

Anteparos (Biombos):
Com o intuito de proteger os demais trabalhadores que executam serviço numa
mesma área, em locais próximos aos da operação de soldagem ou corte, deve-se
isolar esses locais com a disposição de anteparos de madeira ou lonas, em forma de
biombos (cabines).
As paredes dos anteparos devem ser pintadas com tinta fosca, a fim de não refletir os
raios provenientes de soldagem.

Quanto ao Local de Soldagem:


Devem ser tomados medidas de precaução nas operações e também na preparação
de locais de soldagem e corte, afim de proporcionar segurança em todo o processo,
tanto para soldadores como para pessoas que trabalhem ao seu redor, evitando-se
acidentes pessoais e não comprometendo os trabalhos.
Existem maneiras adequadas de preparação para cada tipo de local de trabalho. É
evidente que em áreas confinadas, como vasos e tanque, ou em áreas maiores como
Centro Móvel de Formação Profissional 55
Soldagem

fábricas e estaleiros, os cuidados a serem tomados na preparação são maiores do que


em locais ao ar livre, como por exemplo oleodutos e gasodutos.
Devem ser sempre levados em considerações os tipos de materiais a serem soldados
e os processos de soldagem utilizados.

Soldagem em Lugares Elevados:


Quando a soldagem é executada em lugares elevados, uma queda acidental pode
resultar em morte ou em graves danos físicos, de forma que estas precauções devem
ser estritamente observadas pelo trabalhador:

• Usar sempre o cinto de segurança;


• Usar capacete de produção, ao menos para proteger a cabeça por ocasião da
queda de alguma peça ou fragmento estranho;
• Confirmar a segurança de escadas e andaimes;
• Amarrar objetos e ferramentas ou colocá-los em local que dificulte a queda;
• Não exceder a capacidade de carga dos andaimes.

Primeiros Socorros:
Os primeiros socorros devem ser prestados por pessoal treinado. O acidentado deve
ser encaminhado a um médico, o mais depressa possível, depois dos socorros de
emergência, como indicado a seguir:

Socorros de Emergência:
Em caso de queimadura, não se deve tocar no lugar queimado nem furar as bolhas,
mas para evitar contaminação, proteger os ferimentos com materiais esterilizados;
Em caso de intoxicação, deve-se assegurar uma boa ventilação e, eventualmente,
respiração artificial;
Em caso de conjuntivite, sensação de areia ou dor nos olhos, pode ser aplicado um
colírio, por exemplo, a base de água de rosas;
Em caso de penetração de um corpo estranho no olho, cobri-lo com gaze, sem
pressão e encaminhar o acidentado ao oftalmologista;
Em caso de choque, pode ser aplicada a respiração artificial.

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Soldagem

Questões Sobre Segurança na Soldagem:

01 - O que visam as medidas de segurança na soldagem?


( ) a) A obrigatoriedade de usar uniforme contra fogo;
( ) b) Prevenir danos pessoais ao soldador e às pessoas na vizinhança;
( ) c) Ter ao alcance água para apagar o fogo;
( ) d) Nenhuma das anteriores.

02 - Qual é o procedimento que se deve adotar na soldagem de reservatórios que


contiveram combustível ou lubrificante?
( ) a) Não é possível executar a solda;
( ) b) Só soldar com a presença do bombeiro;
( ) c) Eles devem ser bem lavados e se possível enchê-los d’água;
( ) d) Só soldar com a permissão do chefe.

03 - O que o soldador deve fazer após o término de uma soldagem, antes de afastar-
se do local de trabalho?
( ) a) Despedir-se dos amigos;
( ) b) Controlar o horário de saída;
( ) c) Guardar todos os equipamentos usados para fazer tal soldagem;
( ) d) Examinar a área de serviço, descartando qualquer vestígio de fogo.

04 - Quais são os raios nocivos emitidos pelo arco elétrico?


( ) a) Raio X e raio gama;
( ) b) Ultravioleta e raio x;
( ) c) Infravermelho e raio gama;
( ) d) Ultravioleta e infravermelho.

05 - Quais as cores mais recomendadas para os vidros filtros de luz?


( ) a) Cinza e verde;
( ) b) Azul e preto;
( ) c) Marrom e azul;
( ) d) Violeta e verde.

06 - Qual o número do vidro filtro recomendado para soldar com 150 ampéres?
( ) a) 8;
( ) b) 10;
( ) c) 12;
( ) d) 14.

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Soldagem

07 - Qual a atitude a ser tomada quando se empresta máscara ou óculos de uma


outra pessoa em relação à higiene?
( ) a) Devolver o mais rápido possível;
( ) b) Desinfetar antes de usar;
( ) c) Não se deve pedir emprestado equipamento de segurança;
( ) d) Usar e depois lavar.

08 - De que material são feitas as luvas de proteção do soldador?


( ) a) Algodão com náilon;
( ) b) Tecido na parte interna e externa de borracha;
( ) c) Couro ou raspa de couro;
( ) d) Borracha sintética.

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Soldagem

Referências

FBTS (Fundação Brasileira de Tecnologia de Soldagem) Departamento de cursos


para inspetor de soldagem;

ASME Edição 1998 série IX;

Coleção tecnologia SENAI Soldagem.

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