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Copyright 2012 de Ozenir Correia

Revisão Ortográfica: Jamilly Correia Souza

Capa: Farley José de Souza

Editoração Eletrônica: Ozenir Correia

Editora: Filadélfia Training Editora e Serviços Ltda.


Av. Maruipe, 1510 - Sl 201 - Vitória/ES

Primeira Edição: Agosto de 2012


Segunda Edição: Maio de 2013
Terceira Edição: Maio 2014
Quarta Edição: Fevereiro 2018

É proibida a reprodução total ou parcial deste material que tem to-


dos direitos reservados à Editora Filadélfia Training Editora e Serviços
Ltda.

Pedidos:
Email: filadelfiatraining@gmail.com
www.filadelfiatraining.com.br

Fones: (27) 3227-3265 (27) 99921-7805

Número de ISBN: 978-85-64509-22-1

Título: Iniquidade

Tipo: Título Independente

Assunto: MORAL CRISTÃ E TEOLOGIA DEVOCIONAL


Sumário
Prefácio - 07
Introdução - 09

Parte um: Definindo a iniquidade - 11

Capítulo 1 - A Iniquidade - 13
Capítulo 2 - Compreendendo a iniquidade - 23
Capítulo 3 - A iniquidade reside dentro do coração - 31
Capítulo 4 - A iniquidade se estabelece nas gerações - 33
Capítulo 5 - Comportamentos que revelam a iniquidade - 53
Capítulo 6 - Jesus nos livrou da iniquidade - 67

Parte dois: Limpando o coração - 81

1º Dia: Apostasia - 83
2º Dia: Orgulho - 91
3º Dia: Egoísmo e vaidade - 101
4º Dia: Racismo ou acepção de pessoas - 107
5º Dia: Dúvida ou falta de fé - 113
6º Dia: Espírito de crítica - 121
7º Dia: Falta de perdão - 127
8º Dia: Materialismo e mundanismo - 135
9º Dia: Pensamentos impuros - 145
10º Dia: Pensamentos carnais - 153
11º Dia: Motivações erradas - 161
12º Dia: Justiça própria - 169
13º Dia: Inveja - 181
14º Dia: Desonra - 191
Dedicatória

Ao meu Deus. Sublime, Majestoso, Santo e Fiel. Que é a razão


do meu viver. Meu Pai, que eu amo sem incondicionalmente.

Ao Senhor Jesus Cristo que levou na cruz do Calvário toda a


nossa iniquidade e nos libertou de toda cadeia de maldição he-
reditária.

À Leila, minha esposa, amiga, companheira e parceira de todas


as horas. Obrigado por permanecer ao meu lado me encorajan-
do a cada dia desses 34 anos de vida conjugal.

À Jamilly, Ana Paula, Leilani e Jônathas. Meus legítimos fi-


lhos, meus discípulos e amados da minha alma. Que enchem a
minha vida de alegria com genros, nora e netos.

Ao Lourenço. Filho africano do meu coração que tem conquis-


tado seu espaço em nossas vidas.

Ao Apóstolo Roberto Pires Gonçalves, que é o meu mentor e


referencial de homem reto, íntegro e temente a Deus.
Prefácio
Ao longo de muitos anos tenho visto meu marido estudando
minuciosamente sobre a iniquidade. Confesso que este é um
assunto que tem mexido com a sua estrutura espiritual à me-
dida em que o Espírito Santo traz à tona as verdades até então
escondidas nas páginas da Bíblia Sagrada.

É como cavar a terra para buscar diamantes escondidos no


campo. Assim tem sido a exegese em cada versículo sobre a ini-
quidade. É um trabalho de garimpo e de muita alegria quando
a pedra de grande valor é revelada.

Creio que esse livro irá produzir, a princípio, um impacto no


campo teológico, isso porque ele veio para quebrar paradig-
mas. Não será fácil para muitos líderes que estudaram os qua-
tro anos de Bacharel em Teologia - usando os óculos dos se-
minários denominacionais, exergando apenas o conhecimento
doutrinário e teológico do ponto de vista de sua denominação
- tirar os óculos para ver novos conceitos que podem mudar
sua forma de interpretar determinados assuntos.

Por outro lado, creio que haverá um enriquecimento para a


igreja de Cristo compreender que a maior causa de separação
entre Deus e o homem foi solucionada pelo nosso Salvador,
através de Sua morte na cruz. Saber que através da cruz Jesus
venceu não apenas o pecado, mas a transgressão e a iniquida-
de, nos faz andar e viver como um exército vitorioso depois da
guerra. Além disso, nos fazer viver precavidos para não receber-
mos nenhum contra-ataque da guerrilha infernal.

Teremos a oportunidade de sondar o terreno do nosso coração


a fim de buscar as minas escondidas pelo inimigo e desativá-
las. Assim sendo, creio que esse livro é de suma importância
8 A raiz da Iniquidade

para aqueles que desejam ter um coração limpo para receber


o Noivo.

Que o Senhor o abençoe na leitura e compreensão deste ma-


terial. Que o Espírito Santo testifique o que é de Sua parte e
que você jogue fora o que não tenha vindo Dele. Seja como um
bereano!

Leila Gomes Correia


Bacharel em Educação Religiosa
Vice Presidente da IBF
Presidente da Rede Amor e Compaixão
Introdução

“que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a ini-


quidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o
culpado, e visita a iniquidade dos pais nos filhos e nos filhos dos
filhos, até à terceira e quarta geração!” Ex. 34: 7

Há mais de vinte anos que este texto me chama a atenção. O


que Deus queria dizer quando se referiu à iniquidade, à trans-
gressão e o pecado? Desde então venho questionando se estes
termos são sinônimos ou se têm significados diferentes. Agora,
depois de tanto tempo, creio que o Senhor deixou Sua luz en-
trar em meu coração e através do Espírito Santo me deu enten-
dimento sobre o assunto.

Exponho este material para a igreja de Jesus crendo que ele


será de grande valor para aqueles que desejam agradar ao Se-
nhor e viver longe da iniquidade, da transgressão e do pecado,
limpando seu coração e guardando os mandamentos da Sua
Palavra.

Estou terminando de editar este material debaixo dos céus de


Jerusalém, num período de vinte e um dias de oração e jejum.
Só Deus sabe a luta que tive para escrever este material. Fo-
ram anos de estudo e pesquisa, mas agora estou certo de que
o estudo desta série irá edificar a Igreja do Senhor Jesus Cristo
trazendo respostas para aqueles que lutam contra os pecados
sem ter conhecimento das iniquidades e transgressões que nos
impedem de crescer espiritualmente.

Sei que no meio evangélico pouco se tem falado sobre esse as-
10 A raiz da Iniquidade

sunto, porém creio que o Senhor está abrindo os olhos da Sua


igreja para compreender vários outros assuntos que até então
estavam escondidos em Sua Palavra, mas que agora o Espírito
Santo está trazendo à tona para preparar a noiva do Cordeiro.

É tempo de nos prepararmos para a volta de Jesus Cristo e para


isso é preciso estar puro, limpo e sem mancha ou ruga. Este
material tem como objetivo limpar o nosso coração e nos fazer
preparados para o grande dia. Meu desejo é que cada pastor
ou líder venha ensinar sua igreja sobre este assunto e faça-os
passar por um tempo diário de confissão e arrependimento das
iniquidades, transgressões e pecados que porventura venham
a existir na vida de suas ovelhas.

Para um maior proveito do assunto e para que não viesse a ficar


um livro muito grosso e difícil de ler, tomei a iniciativa de fazer
uma série de três volumes menores, sendo um para cada assun-
to: iniquidade, transgressão e pecado.

Que Deus possa lhe abençoar nesta leitura e que você venha
fazer todas as orações de confissão das iniquidades que por-
ventura vêm acompanhando suas gerações.

Ap. Ozenir Correia


Jerusalém – Israel
Outubro de 2009
Parte um:

Definindo a
iniquidade

Nesta primeira sessão estarei abordando a parte teoló-


gica quanto à questão das iniquidades. Você será leva-
do a entender, com base bíblica, sobre as cadeias que,
porventura, estejam prendendo sua vida e será levado
também a um nível de conhecimento que o capacitará a
lidar com muitas questões até então desconhecidas.

Minha oração é para que o Senhor abra seu entendimen-


to e lhe dê sabedoria para lidar com o ensino e a pôr em
prática a Palavra de Deus.
Capítulo 1

A Iniquidade
“Uma só testemunha não se levantará contra alguém por qual-
quer iniquidade ou por qualquer pecado, seja qual for que come-
ter; pelo depoimento de duas ou três testemunhas, se estabelece-
rá o fato”. Dt. 19: 15

Tenho um amigo norte americano que quando vem ao Brasil


sempre fala dos vários tipos de bananas que cultivamos aqui.
É bom lembrar que dos cem tipos de bananas cultivadas em
todo o mundo, os mais conhecidos no Brasil são: a nanica, da
terra, prata, maçã, ouro e a banana d’água.

Apesar de todas serem identificadas pelo nome científico Musa,


cada tipo tem características distintas e sabores diferentes.

É exatamente assim que vemos a questão da iniquidade, trans-


gressão e pecado. Nossos olhos identificam apenas a malda-
de no coração humano, mas cada atitude revela características
distintas de iniquidade, transgressão ou pecado.

Vou exemplificar melhor. Aqueles que colocaram de lado o re-


frigerante e preferem suco ou vitamina, aprenderam a usar o li-
quidificador. Para fazer uma boa vitamina colocamos várias fru-
tas no liquidificador e batemos tudo com leite e gelo. É mais ou
menos isso que estamos acostumados a fazer quando se trata
de oração, doutrina, princípios, valores, etc. Muitas pessoas têm
juntado várias verdades da Palavra de Deus e batido tudo no
seu processador interno. Colocamos juntos todos os tipos de
14 A raiz da Iniquidade

oração e nos esquecemos de que as regras para cada uma é di-


ferente. Assim como as regras de vôlei não se aplicam ao futsal,
as regras para a oração são distintas.

Estamos acostumados a juntar doutrina com costumes e faze-


mos uma verdadeira salada. Juntamos os valores da igreja com
a sua missão e acabamos não sabendo mais quem somos.

Iniquidade, transgressão e pecado, apesar da mesma natureza


maligna de desobediência e quebra dos princípios das leis de
Deus, são coisas diferentes.

O texto de Êxodo 34: 7 é muito claro, ele mostra os três proble-


mas do homem: iniquidade, transgressão e pecado, não como
sinônimos, mas como coisas diferentes. Dai a necessidade de
estudarmos cada uma dessas ações e atitudes separadamente.

“... que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniquidade,


e a transgressão, e o pecado; que ao culpado não tem por inocente;
que visita a iniquidade dos pais sobre os filhos até à terceira e quarta
geração”.

Definindo a Iniquidade

O Dicionário da Bíblia de Almeida, define iniquidade da seguin-


te maneira: “Pecado que consiste em não reconhecer igual-
mente o direito de cada um, em não ser correto, em ser per-
verso (Sl 25.11; 51.5; Is 13.11; Mt 7.23; Hb 1.9)”. 1

O autor acerta na mosca quando fala da iniquidade como per-


versidade. Essa é uma das definições do termo hebraico para
iniquidade.

1. Kaschel, W., Zimmer, R., & Sociedade Bíblica do Brasil. (1999; 2005).
A iniquidade 15

Iniquidade no Velho Testamento

Ainda que vejamos a iniquidade, transgressão e pecado no


nosso vernáculo como sinônimo, no texto hebraico as raízes
são diferentes e os significados também. Não se trata de sinô-
nimo e sim de conceitos diferentes; daí os escritores do Antigo
Testamento sempre usarem essas palavras de acordo com seu
significado dentro do seu contexto.

O termo hebraico para iniquidade no Velho Testamento é ‫ןוע‬


‘avon ou ‫‘ ןווע‬avown. Que significa: “cometer iniquidade, per-
versidade, depravação, injustiça, culpa ou punição por ini-
quidade“. 2

O vocábulo na língua hebraica deixa bem claro o conceito de


iniquidade. “AVON” que também é o nome de uma marca fa-
mosa de produtos de beleza, é o termo hebraico que tem, pelo
menos, três significados bem profundos do que seja iniquida-
de.

Inicialmente podemos definir a iniquidade manifestada sob


três formas diferentes:

1. Perversidade: Não o ato do pecado, mas a perversida-


de do coração. A iniquidade se manifesta pela perversi-
dade interior.

2. Depravação: A depravação vem do coração. Primeiro é


interna e depois ela se manifesta do lado de fora.

3. Injustiça ou justiça própria: Para Deus nossa justiça


é como trapo de imundícia (Is. 64: 6). A iniquidade se
manifesta também e principalmente pela injustiça, que
2.Strong, J., & SBB. (2002; 2005). Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de
Strong (H5771). Sociedade Bíblica do Brasil.
16 A raiz da Iniquidade

também provém de dentro do coração.

Trapo de imundícia era uma espécie de absorvente íntimo uti-


lizado pelas mulheres judias na época do profeta Isaías. Diante
de Deus a justiça dos homens é comparada a essa espécie de
absorvente, que se alguém tentar limpar alguma coisa com ele,
vai espalhar mais sujeira, tornando o objeto mais imundo do
que antes.

Em todas estas definições da iniquidade, percebemos que ela


parte de dentro do coração do homem. Assim podemos definir
que iniquidade é interna - é a maldade do coração - enquanto
o pecado é externo, é a manifestação visível das intenções do
coração; ele é visto.

Os vocábulos hebraicos ‘avon ou ‘avown são procedentes da


raiz ‫‘ הוע‬avah; que significa:

• “Dobrar, torcer, distorcer, curvar.

• Cometer iniquidade, agir erradamente, perverter.

“Na conjugação hebraica o verbo ficaria assim:

• Qal (presente) – agir mal, cometer iniquidade.

• Nifal. (Voz passiva e ação simples) - ser dobrado, estar


curvado, ser torcido, ser pervertido.

• Piel. (Voz ativa e ação intensiva. O sujeito faz a ação do


verbo) - torcer com intensidade, distorcer.

• Hifil. (Voz ativa e ação causativa) - proceder perversa-


mente”. 3

Agora já podemos compreender o real conceito hebraico de


3. Ib idem. H5753.
A iniquidade 17

iniquidade, quando:

• Torcemos a verdade e damos ênfase à mentira a fim de


sairmos de alguma situação de risco.

• Distorcemos uma situação para nos favorecer.

• Dobramos as pessoas para acatar nossos conceitos.

• Damos um jeitinho (brasileiro) às coisas para nos favo-


recer.

Todas essas ações e atitudes revelam a iniquidade dentro do


nosso coração.

Iniquidade no Novo Testamento

No Novo Testamento encontramos dois vocábulos para definir


a iniquidade:

• ανομια - Anomia, cujo significado é: “A condição daque-


le que não cumpre a lei, desprezo e violação da lei, ini-
quidade, maldade”.

• αδικια - Adikia “Injustiça de um juiz, injustiça de cora-


ção e vida, uma profunda violação da lei e da justiça,
ato de injustiça”.

Nesse estudo você verá quatorze áreas em que a iniquidade se


manifesta, porém a maior manifestação da iniquidade é a jus-
tiça própria. Nosso padrão de valores desassociado dos valores
de Deus. Vejamos:

“Quando eu disser ao justo que, certamente, viverá, e ele, confiando


18 A raiz da Iniquidade

na sua justiça, praticar iniquidade, não me virão à memória todas


as suas justiças, mas na sua iniquidade, que pratica, ele morrerá”. Ez.
33: 13

Através do profeta Ezequiel, Deus está falando de uma pessoa


considerada justa aos seus olhos, ou seja, justificada dos seus
pecados, que anda em integridade e foi aprovada por Ele, mas
que em algum momento de sua vida deixou que a perversi-
dade do seu interior e a depravação de seu coração viessem à
tona e determinassem suas atitudes.

O Senhor deixa claro que vindo essa pessoa morrer na iniquida-


de, Ele não a contará como justa, e sim como iníqua. Ela pratica-
va a iniquidade achando que estava debaixo do guarda-chuva
da justiça de Deus, mas era o guarda-chuva errado; era da justi-
ça própria. Portanto, creio que quem assim morre está perdido.

Nossa visão de justiça em relação a determinadas situações


muitas vezes é diferente da visão de Deus sobre aquele assun-
to; daí se mantivermos nossa visão pessoal em detrimento da
visão de Deus, estaremos abrigando a iniquidade no coração.

“Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto


que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que co-
munhão, da luz com as trevas?” 2 Co. 6: 14.

Bem que o Apóstolo Paulo poderia ter dito: “... entre a justiça e a
injustiça? ...”, mas ele preferiu falar sobre justiça versus iniquida-
de. O que será que ele estava dizendo?

Paulo nos deixa claro que a iniquidade é o contrário de justiça.


Ele diz que não pode haver uma associação entre iniquidade
e justiça. Sabemos que em toda a Escritura, Deus pede que se
pratique a justiça em todas as esferas de relacionamento. Logo,
a prática da injustiça é iniquidade.
A iniquidade 19

Tanto a justiça própria quanto a injustiça para Deus é iniquida-


de. Vamos nos aprofundar nesse assunto na segunda parte do
livro, no 12º dia de limpeza do coração, quando trataremos da
justiça própria

Definindo o Pecado

Antes de continuarmos nosso estudo da iniquidade, torna-se


necessário conceituarmos o que é pecado, a fim de estabele-
cermos a diferença entre pecado e iniquidade.

No grego o vocábulo pecado é “Hamartia”. Significa origi-


nalmente o que erra o alvo. Quando aplicado a algo moral, a
ideia é similar: desvio do verdadeiro fim da vida, por isso, usado
como um termo geral para pecado. Significa tanto o ato de pe-
car como o resultado, o pecado em si mesmo.

Exemplo: Qual é o alvo dos cônjuges para o seu casamento?


Certamente que diante do altar todo casal faz votos e pactos
de lealdade e fidelidade. Logo, o adultério é o errar do alvo do
casamento, que é a fidelidade. Então, o adultério é pecado!

Certamente que ninguém comete adultério instantaneamen-


te, de um momento para o outro. Esse pecado é algo que foi
planejado e isso nos mostra que a intenção veio do coração, de
uma raiz de iniquidade interna. Logo, o pecado e a iniquidade
andam de mãos dadas.

O terceiro volume desta série será dedicado ao estudo do peca-


do. Nele você encontrará, com detalhes, definições e uma lista
dos pecados por atos, palavras, pensamentos e ações.
20 A raiz da Iniquidade

Definindo a Trangressão

Podemos definir transgressão como a infração de uma norma,


desobediência de um mandamento, violação ou não cumpri-
mento de uma lei, ordem ou regulamento.

As leis podem ser:

• Leis espírituais. Referem-se a todos os mandamentos e


princípios divinos estabelecidos na Palavra de Deus.

• Leis do universo. São as leis que regem o universo.

• Leis institucionais. São leis modelos ou leis padrões que


estabelecem as diretrizes para o Estado.

Toda transgressão tem uma sanção, ou seja, existe uma pena


para a desobediência ou quebra de uma lei, seja ela de que or-
dem for. Exemplos:

• Se uma pessoa pula de um prédio de dez andares certa-


mente irá a óbito, isso porque quebrou a lei da gravidade.

• Existe uma lei espiritual que diz: só há perdão de pecados


onde houver derramamento de sangue. O sangue de Jesus
derramado na cruz é o único aceito no céu para perdão dos
pecados. As pessoas que estão indo para a perdição eter-
na são aquelas que estão desobedecendo essa lei. Elas não
aceitam sua condição de pecador e não receberam o san-
gue de Jesus sobre suas vidas.

• Se você ultrapassar o sinal vermelho, será multado por um


agente de trânsito. Isso porque você infringiu uma lei do
Estado.
A iniquidade 21

Podemos concluir dizendo que a transgressão é a quebra de


um mandamento ou uma lei e essa desobediência irá gerar
uma pena para o transgressor.
Capítulo 2

Compreendendo a
Iniquidade

Nosso conceito tradicional é que no jardim do Éden, Adão e Eva


pecaram e foram destituídos da glória de Deus. Porém, quando
lemos I Tim. 2: 14 ficamos sabendo que antes de se estabelecer
o pecado, houve transgressão por parte de Eva: “E Adão não foi
enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão”.

Eva quebrou os limites estabelecidos por Deus no Éden. Ela


desobedeceu e a isso Paulo chama de transgressão. O casal
recebeu a recompensa pela transgressão e foram expulsos do
jardim.

O que percebemos é que o homem foi criado por Deus sem


pecado, sem iniquidade e sem transgressão. Ele foi colocado no
jardim sendo imagem e semelhança de Deus, isto é, sem nada
que comprometesse sua trajetória de vida. Deus vinha pessoal-
mente e conversava com eles todos os dias.

Xeque-mate!

A transgressão deu origem ao pecado, mas até aí a maior das


perversões que é a iniquidade não estava na vida humana. A
24 A raiz da Iniquidade

iniquidade até então só fazia parte da vida de Satanás. Foi por


causa dela que ele foi expulso do céu: “Perfeito eras nos teus ca-
minhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqui-
dade em ti”. Ez. 28: 15

Lúcifer fora criado um ser livre e nesse aspecto ele tinha liber-
dade de expressão e de escolha. Ele usou da sua liberdade para
permitir que a iniquidade entrasse no seu coração e por isso foi
banido da presença de Deus.

Satanás trabalhou a fim de estabelecer a iniquidade na vida do


homem. Seu conceito era que assim como ele foi expulso da
presença de Deus, se viesse a implantar a iniquidade no cora-
ção do homem, toda a raça humana também seria lançada fora
da presença do Todo Poderoso e condenada ao inferno.

Isso se parece com um jogo de xadrez em que um jogador


ganha a partida levando seu adversário ao xeque-mate. Essa
é uma expressão persa que significa: o rei está morto, ou sim-
plesmente mate. É uma expressão usada no enxadrismo para
designar o ataque decisivo ao rei, peça mais importante do
jogo de xadrez, em que não há qualquer possibilidade de fuga
ou defesa, o que implica no término da partida com a conse-
quente derrota do jogador atacado.

O primeiro casal transgrediu. Eles quebraram o mandamento


que Deus havia estabelecido em que poderiam ter acesso a to-
dos os frutos de todas as árvores do jardim, menos da árvore do
bem e do mal que estava no centro do jardim.

Também pecaram ao errar o alvo de Deus para suas vidas que


era comer do fruto da árvore da vida e perpetuar a raça na pu-
reza, santidade e temor do Senhor.

Mesmo sendo expulsos do jardim, eles não tinham sobre suas


vidas as raízes de iniquidade, que até então faziam parte do
Compreendendo a iniquidade 25

DNA de Satanás e de seus anjos caídos (demônios).

É em Gênesis 6 que Satanás introduz a iniquidade no DNA do


homem. Sei que estou pisando em terreno minado e a maior
parte dos líderes tem receio de falar sobre o assunto, mas nun-
ca compreenderemos a entrada da iniquidade na raça humana
sem entendermos Gênesis 6. Graças a Deus que o Espírito San-
to deixou registrado aqueles acontecimentos, não para fabri-
carmos novas doutrinas, e sim aprendermos como a iniquida-
de veio para a raça humana e assim valorizarmos muito mais o
sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário perdoando nossos
pecados, transgressões e iniquidades e nos fazendo novas cria-
turas.

“Como se foram multiplicando os homens na terra, e lhes nasceram


filhas, vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram for-
mosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais lhes
agradaram. Então, disse o Senhor: O meu Espírito não agirá para
sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e
vinte anos. Ora, naquele tempo havia gigantes na terra; e também
depois, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens, as
quais lhes deram filhos; estes foram valentes, varões de renome, na
antiguidade.
Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na ter-
ra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração;
então, se arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra,
e isso lhe pesou no coração. Disse o Senhor: Farei desaparecer da
face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as
aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito”. Gn. 6: 1-7

1. Os filhos de Deus casam-se com as filhas dos homens.

Finis J. Dake em sua Bíblia de referência, expõe sobre o assunto:


26 A raiz da Iniquidade

“Sete não teve nenhum filho até 235 anos depois da criação, e seu
filho não teve nenhum filho até 325 anos depois da criação (Gên.
5:3,6,9). De onde esses filhos vieram então? Eles não poderiam ter
sido filhos de Sete, pois esses casamentos aconteceram quando o
homem começou a multiplicar-se bem no começo da raça, antes
que Sete tivesse filhos com a idade para casar. O termo filhos de
Deus prova então que eles foram feitos por Deus, não por Sete.
Eles eram os anjos caídos de I Pe 3: 19; 2 Pe 2: 4; Jd. 1: 6-7”.4

A expressão “filhos de Deus” é encontrada somente 5 vezes no


Antigo Testamento e todas as vezes ela é usada para anjos (Gn
6: 1-4; Jó 1: 6; 2: 1; 38: 7)

“Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o


Senhor, veio também Satanás entre eles”. Jó 1:6

Como entender os “filhos de Deus” se apresentando no céu


diante de Deus para prestar relatórios? Qual é o ser humano
considerado filho de Deus que um dia foi ao céu prestar rela-
tórios? Certamente que esse texto fala dos anjos, tanto os que
ficaram no céu quanto os anjos caídos.

Ficamos sabendo pela epístola de Judas que Deus prendeu no


inferno com cadeias eternas os anjos que não guardaram sua
natureza, mas cometeram prostituição como Sodoma e Go-
morra. De acordo com Gênesis 6, esse pecado sexual foi come-
tido com as “filhas dos homens”.

“e a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abando-


naram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em alge-
mas eternas, para o juízo do grande Dia; como Sodoma, e Gomorra, e
as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição
como aqueles seguindo após outra carne, são postas para exemplo
do fogo eterno, sofrendo punição”. Jd. 6-7

4. Dake, Finis Jennings. Bíblia de Estudos Dake, Editora Atos, p. 105


Compreendendo a iniquidade 27

Diante do exposto acima fica claro que os “filhos de Deus” que


se casaram com as “filhas dos homens” eram os anjos rebelados
e caídos. Até aqui parece que Satanás deu um xeque-mate em
Deus e este agora é obrigado a condenar ao inferno todo ser
humano infectado com a iniquidade em seu DNA.

Virando a mesa.

Se por um lado fica difícil compreender que um ser espiritual se


relacione com um ser humano e desse relacionamento venha
gerar outra vida, por outro lado, fica mais fácil o entendimento
quando estudamos sobre o nascimento de Jesus Cristo.

Assim que Satanás quebrou as regras espirituais e usou os an-


jos caídos (seres espirituais) para implantar o DNA da iniquida-
de na vida humana, Deus também utilizou do mesmo estrata-
gema e operou através do Espírito Santo para gerar em Maria
aquele que tiraria o pecado, a transgressão e a iniquidade da
vida humana: Jesus.

Deus virou a mesa, saiu do xeque-mate e abriu uma possibili-


dade de ganharmos o jogo. Hoje a vitória ou a derrota está em
nossas mãos.

2. Desses relacionamentos nascem os gigantes na terra.

No verso 4 encontramos a expressão “e também depois”. Qual


o significado dessa expressão? Ela se refere a depois do dilúvio.
Nesse caso fica claro que o casamento desses anjos caídos com
as filhas dos homens aconteceu antes do dilúvio (verso 2) e
também depois (verso 4).
28 A raiz da Iniquidade

A consequência desses relacionamentos foi o nascimento de


gigantes (homens de grande estatura) na terra. Aqui estava es-
tabelecida a iniquidade dos anjos caídos (DNA) na raça huma-
na, produzindo uma raça de gigantes.

Não temos outra explicação para o nascimento dos gigantes,


sendo que Adão e Eva, de onde se originou toda a raça huma-
na, não eram gigantes e não havia como gerarem filhos gigan-
tes de acordo com sua cadeia de DNA.

3. O Espírito Santo deixa de agir no homem.

“Então, disse o Senhor: O meu Espírito (Huach - sopro, fôlego da


vida) não agirá para sempre no homem, pois este é carnal”. O que
se entende é que por causa da iniquidade Deus reduziu o tem-
po de vida humana para 120 anos.

4. A maldade (iniquidade) tomou conta do coração huma-


no.

“Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na


terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração”.

Com a abertura do coração de Adão e Eva pela transgressão


e o pecado, Satanás agora executa seu plano diabólico de im-
plantar no coração humano a iniquidade, ou seja, a “natureza
pecaminosa” como muitos teólogos definem a inclinação para
o mal dentro do coração humano.
Compreendendo a iniquidade 29

5. O Senhor se arrependeu de haver feito o homem e deci-


de destruir a terra com o dilúvio.

Não encontramos nenhum registro de Deus haver se arrepen-


dido de ter feito o homem por ocasião da transgressão e do pe-
cado, mas quando a iniquidade é implantada na raça humana,
então Deus toma a decisão de destruir a humanidade contami-
nada separando apenas Noé e sua família.

A separação de Noé e a destruição de toda a carne através do


dilúvio era uma alternativa para conter a iniquidade na raça hu-
mana. O que vemos mais tarde nas atitudes de Cão com seu pai
Noé fica caracterizado que a iniquidade havia, de algum modo,
penetrado no seu coração.
Capítulo 3

A iniquidade reside
dentro do coração

“Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens,


mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniquidade”.
Mt. 23: 28.

Conversando com os fariseus, Jesus expõe o interior deles.


Quem os visse nas celebrações de sábado nas sinagogas, cer-
tamente diria estar diante de homens espirituais. Eles faziam
longas orações, mantinham as vestimentas cheias de adereços,
não cortavam a barba, usavam o kippar, etc. Todas essas coisas
eram externas. Mas Jesus traz para fora a iniquidade do cora-
ção.

Da mesma forma que os fariseus daquele tempo, hoje também


corremos o risco de nos tornarmos fariseus modernos, cheios
de justiça própria, obras e uma religiosidade apenas externa,
mas por dentro hipocrisia e iniquidade.

A iniquidade é o maior problema da igreja em nossos dias. Os


pastores pregam muitos sermões sobre como vencer o pecado,
sobre o perdão dos pecados pelo sangue de Jesus, etc, mas a
igreja continua enfrentando problemas na área de relaciona-
mentos dos seus membros, infidelidade de muitos, discrimi-
nações, divisões, afastamento por maledicência e fofoca, etc.
32 A raiz da Iniquidade

Resumindo, a iniquidade prevalece na vida dos irmãos.

Por fora um super crente, não falta a uma reunião, opina, gran-
de conhecedor da Palavra, cheio de dons, mas o interior cheio
de orgulho, egoísmo, vaidade, espírito crítico, maledicente, ma-
terialista, mundano, etc.

Consequências de se guardar a iniquidade no co-


ração.

Ruína. A iniquidade traz ruína em todos os aspectos da vida


de uma pessoa. O escritor sagrado afirma que a iniquidade é a
responsável pela ruína de muitos irmãos.

“O caminho do SENHOR é fortaleza para os íntegros, mas ruína aos


que praticam a iniquidade”. Pv. 10: 29.

Não importa quantas campanhas de prosperidade você tenha


participado ou quantas orações tenha recebido em favor de
sua vida financeira; se a iniquidade encontrou abrigo em seu
coração, então prepare-se para viver em ruína.

A primeira grande consequência de manter a iniquidade no co-


ração é a ruína em todos os aspectos da vida: falência financei-
ra, separação conjugal, problemas com a saúde, esgotamento
emocional, crises, etc.

Esfriamento do amor. Outra consequência de se abrigar a ini-


quidade é o esfriamento do amor no coração. Nosso coração
não pode abrigar amor e iniquidade ao mesmo tempo. Se abri-
garmos um expulsamos o outro.

“E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos”.


Mt. 24: 12.
A iniquidade reside dentro do coração 33

Algumas pessoas nos procuram para dizer que o amor pelo seu
cônjuge acabou. A Palavra diz que “Deus é Amor”. Assim sendo,
creio que o que acabou não foi o amor, mas o relacionamen-
to com Deus. Certamente que quando se chega a esse ponto
é porque cargas de iniquidades foram visitadas na vida desse
cônjuge e essa iniquidade faz esfriar, em primeiro lugar o amor
a Deus, depois à Sua obra, e por último o amor pela família, etc.

Parece-nos que o tempo em que vivemos hoje está sendo ca-


racterizado pelo esfriamento do amor no coração humano.
A cada dia em que abrimos os jornais, vemos pessoas sendo
mortas banalmente. Há casos de jovens morrendo por causa de
uma pipa, ou seja, R$ 0,60 (sessenta centavos). Aonde foi parar
o amor? Qual é a causa de tanta violência? A resposta é a multi-
plicação da iniquidade no coração humano.

A iniquidade é uma raiz.

Considerando a iniquidade, a transgressão e o pecado, obser-


vamos que a iniquidade implantada na raça humana tornou-se
uma raiz dentro do coração humano; é como uma árvore. A raiz
é a iniquidade, o caule a transgressão, as folhas o pecado e os
frutos a maldição que manifestamos.

A única coisa que observamos numa árvore são os seus frutos.


Não queremos saber até onde suas raízes penetraram na terra,
não damos nenhum valor ao caule, não nos preocupamos com
o tipo de folhagem apresentada, mas o que nos importa é o
seu fruto.

Assim também em nossa vida pessoal só procuramos a Deus


por causa da manifestação dos frutos de maldições que parali-
sam nossas vidas. Quando percebemos que alguma coisa está
errada e que algumas maldições estão se apresentando em vá-
34 A raiz da Iniquidade

rias gerações de nossa herança, então procuramos o Senhor.

O grande mal está na raiz. É por isso que a Palavra diz que o
machado já está posto à raiz da árvore.

“Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que
não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo”. Mat. 3: 10.

Este é o tempo para sondarmos o nosso coração e verificarmos


se existe alguma raiz de iniquidade lá dentro.

Alistei na segunda parte deste livro tudo o que me foi revelado


como sendo raízes de iniquidades para que você possa estudar,
confessar e arrancar da sua vida essas impurezas.
Capítulo 4

A iniquidade se
estabelece nas
gerações

“Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SE-


NHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais
nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me abor-
recem”. Êx. 20: 5

Há três verdades nesse texto que precisam ser bem compreen-


didas:

1. Deus não visita o pecado, mas a iniquidade.

Há de ficar bem claro aqui que a visitação nas gerações não é


do pecado e sim da iniquidade. A herança de maldição está no
DNA, é por isso que o médico sempre pergunta se alguém da
família teve aquele problema que o paciente está apresentan-
do.
36 A raiz da Iniquidade

2. Passamos para nossas gerações as iniquidades.

“O jeito de agir parece com o pai”; “Você puxou sua mãe!”. Es-
sas raízes iniquas do nosso coração são transferidas aos nossos
descendentes e é por isso que vemos nos filhos as característi-
cas ruins que há nos pais.

3. Já o pecado é individual.

“A alma que pecar essa morrerá ...”. Ez. 18: 20

Veremos mais à frente a distinção da herança da iniquidade e


da individualidade do pecado.

Entendendo as gerações.

O Senhor está falando neste texto que a iniquidade é visitada


até a quarta geração. Tomando por base que a iniquidade é
como a raiz de uma árvore, vemos claramente as consequên-
cias de maldições até a geração dos bisnetos.

Tomando por base que a iniquidade é visitada até a quarta ge-


ração, então receberemos a visitação das iniquidades de nos-
sos bisavôs.

4ª Geração. Nossos bisavós. A maior parte das pessoas não


chegaram a conhecer seus bisavós, mas todos nós carregamos
as estruturas de maldições e iniquidades deles. Fazendo uma
analogia com uma árvore, a quarta geração é comparada à raiz
da árvore.
A iniquidade se estabelece nas gerações 37

3ª Geração. Nossos avós. Recebemos a herança deles. Todo


tipo de herança: material, espiritual, doenças e maldições. Con-
siderando a árvore, a terceira geração representa o tronco. O
tronco é onde canaliza o que se extrai da raiz para as folhas e
frutos.

2ª Geração. Nossos pais. Deles vêm o vigor e a força. Eles são a


geração que nos geraram e se não destruírem as cadeias de ini-
quidade, passarão para seus filhos todas as consequências das
iniquidades estabelecidas nas gerações anteriores. Na visão da
árvore, a segunda geração pode ser comparada às folhas.

1ª Geração. Somos nós. Recebemos as cargas de iniquidade,


segundo a Palavra de Deus, de todas as três gerações que estão
sobre nós. Portanto, aquilo que nossos bisavós fizeram e as por-
tas que eles abriram para as legalidades malignas podem inter-
ferir em nossas vidas. Mas, graças a Deus que em Jesus Cristo há
solução para esse problema de iniquidade como veremos mais
à frente. Na analogia da árvore, a primeira geração representa
os frutos.

Quando vamos a um pomar nossa intenção é buscar os frutos


nas árvores, para nós pouco importa a forma do tronco, a es-
pessura ou a cor das folhas e muito menos a condição da raiz. O
que importa são os frutos.

É dessa mesma forma que acontece ao procurarmos por ajuda


diante de situações que se repetem em nossas vidas. Chega-
mos diante do pastor, psicólogo ou terapeuta, apresentando os
frutos da nossa vida. Só conseguimos ver os frutos. O que não
sabemos é que quem produz o fruto é a raiz. O DNA do fruto
está na semente plantada e que formou uma grande raiz por
baixo da terra.
38 A raiz da Iniquidade

Visitando a iniquidade dos pais.

“Aqueles que dentre vós ficarem serão consumidos pela sua iniquida-
de nas terras dos vossos inimigos e pela iniquidade de seus pais com
eles serão consumidos. Mas, se confessarem a sua iniquidade e a
iniquidade de seus pais, na infidelidade que cometeram contra mim,
como também confessarem que andaram contrariamente para co-
migo, pelo que também fui contrário a eles e os fiz entrar na terra dos
seus inimigos; se o seu coração incircunciso se humilhar, e tomarem
eles por bem o castigo da sua iniquidade, então, me lembrarei da mi-
nha aliança com Jacó, e também da minha aliança com Isaque, e
também da minha aliança com Abraão, e da terra me lembrarei”.
Lv. 26: 39-42.

Podemos tirar alguns ensinos desse texto, vejamos:

• Deus visita a iniquidade do nosso coração.

É tolice acreditar que podemos abrigar a iniquidade, agir de


acordo com as más intenções de nosso coração e que não
seremos apanhados por Deus. Sempre haverá o tempo da
visitação do Senhor e a iniquidade será exposta.

• Toda raiz de iniquidade produz fruto de maldição.

Deus deixa claro que os filhos morreriam por causa da ini-


quidade de seus corações e da iniquidade cometida pelos
seus pais, caso não houvesse confissão da mesma. Observe
que há uma senteça de morte para aqueles que permane-
cessem na iniquidade, e isso na terra dos inimigos.

• Quebrando as cadeias hereditárias.

Os filhos podem confessar as iniquidades dos seus pais e fi-


A iniquidade se estabelece nas gerações 39

car livres do castigo de Deus. Daniel fez isso e Neemias tam-


bém. Dn. 9:1-19; Ne. 1:4-11

• A iniquidade continua sendo o problema da igreja hoje.

A verdade é que nosso maior problema como cristãos não é


o pecado, o qual já aprendemos a identificar e contra o qual
já aprendemos a lutar, mas a iniquidade que está enterrada
no profundo do nosso coração, assim como a raiz de uma
árvore que você não vê.

• A solução é a confissão.

Devemos sondar nosso coração, isto é, cavar até encontrar-


mos a raiz da iniquidade que nos faz agir da maneira que
não gostaríamos de fazer. Em seguida o próximo passo é
confessar a Deus a iniquidade que acharmos inserida den-
tro do nosso coração.

A iniquidade da casa de Eli.

“Porque já lhe disse que julgarei a sua casa para sempre, pela iniqui-
dade que ele bem conhecia, porque seus filhos se fizeram execráveis,
e ele os não repreendeu. Portanto, jurei à casa de Eli que nunca lhe
será expiada a iniquidade, nem com sacrifício, nem com oferta de
manjares”. I Sm. 3: 13-14.

A iniquidade foi a causa da destruição da família sacerdotal em


Siló. Deus está dizendo que a iniquidade dos filhos de Eli nunca
seria expiada, ou seja, em cada geração seria visitada por Deus
a iniquidade daqueles homens.

Fica claro que Deus não passa a mão na cabeça de ninguém.


Pode ser o sumo sacerdote, pastor, reverendo, doutor, etc. Ele
40 A raiz da Iniquidade

irá sondar o coração e fazer cumprir Sua Palavra.

A iniquidade dos filhos de Eli consistia em desonra a Deus. 1


Sm. 2: 12-17

• Foram chamados de filhos de Belial. Isso significa que eles


escolheram servir ao Diabo. (v. 12).

• Eles não conheciam ao Senhor. Isso mostra que eles não ti-
nham nenhum relacionamento com Deus. Servir ao templo
do Senhor sem conhecê-lo é muita presunção. (v. 12).

• Transgrediram as leis cerimoniais quanto às ofertas que


eram levadas ao templo. Quebraram as normas acerca da
separação do que lhes era devido e a parte do Senhor, bem
como o modo de apresentá-la. (Lv. 7: 31-35).

• Cometeram adultério com as mulheres que se ajuntavam à


porta do Tabernáculo. (1 Sm. 2: 22)

O Senhor repreendeu Eli várias vezes e mostrou que por essas


iniquidades eles seriam mortos. Isso acabou acontecendo na
guerra contra os filisteus. Hofni e Finéias foram mortos, a arca
foi capturada e Eli, ao receber a notícia, caiu da cadeira de ba-
lanço e também morreu.

Assim Deus limpou a iniquidade do Tabernáculo e do sacerdó-


cio em Israel. O Senhor não aceita a iniquidade na vida de seus
ministros. Ele remove todos os sacerdotes que abrigam a ini-
quidade em seus corações.

A iniquidade em Ezequiel.
“A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do
pai, nem o pai, a iniquidade do filho; a justiça do justo ficará sobre
ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este”. Ez. 18: 20.
A iniquidade se estabelece nas gerações 41

Como podemos entender esse texto à luz de Êxodo 34: 7? Será


que existe contradição na Bíblia? O que Ezequiel estava real-
mente querendo dizer?

Sabemos que por causa desses dois textos temos duas corren-
tes teológicas em relação ao tema de maldições hereditárias.
Os evangélicos estão divididos quando o assunto envolve a he-
reditariedade. Grande parte do problema está em misturarmos
pecado com iniquidade. Na verdade, já aprendemos que peca-
do é individual, mas a iniquidade é hereditária. Mesmo assim
temos hoje dois grupos.

O primeiro grupo são aqueles que defendem a visitação da ini-


quidade em forma de maldições hereditárias até a quarta ge-
ração. Esse grupo está alicerçado em Êxodo 20: 5 e 34: 7 entre
outros.

O segundo grupo afirma que não existe hereditariedade de


maldições. Creem que ao aceitar Jesus todo o nosso passado
fica para trás e tudo se faz novo na vida do cristão. Eles se ba-
seiam em Ezequiel 18: 4, 20 e 2 Co. 5: 17

Na realidade, ao aceitar Jesus como Senhor e Salvador, tudo se


faz novo no espírito do homem, mas a alma e o corpo precisam
de uma transformação. Chamamos esse processo de “processo
de santificação”. Paulo escrevendo aos efésios exorta sobre esse
processo na vida daqueles irmãos. Ef. 4: 17 a 5: 21

O aprofundamento no texto de Ezequiel irá nos proporcionar


compreender que não há nenhuma incoerência ou contradi-
ção na Bíblia. Ezequiel não está fazendo nova doutrina e nem
quebrando as palavras do próprio Deus dadas a Moisés. Ele es-
tava ratificando um ensino mal interpretado.

“O povo de Judá acreditava que estava sendo castigado pelos pe-


cados de seus antepassados, não pelos seus. Pensava desse modo
42 A raiz da Iniquidade

porque entendia que este era o castigo para quem desobedecesse


aos Dez mandamentos. Ezequiel ensinou que a destruição de Je-
rusalém devia-se à decadência espiritual das gerações anteriores.
Mas esta fria convicção levou Israel ao fatalismo e à irresponsa-
bilidade”. 5

Ezequiel ensinou uma verdade, mas foi mal interpretado e ago-


ra ele foi usado por Deus para ensinar nada além do que estava
escrito na Torá sobre a responsabilidade pessoal mediante o
pecado cometido.

“Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos, em lu-
gar dos pais; cada qual será morto pelo seu pecado”. Dt. 24: 16

O que Ezequiel queria ensinar:

1. Que havia um provérbio em Israel no qual o povo culpava


seus pais pela situação em que se encontravam. Mas, que
cada um era responsável diante de Deus pelos seus peca-
dos.

2. Que há duas citações (verso 4 e 20) que diz: “a alma que


pecar essa morrerá”, destacando o pecado individual e a
morte como consequência. Entre esses dois versículos Eze-
quiel lista vários pecados que segundo a Torá deveriam ser
punidos com morte:

• Se ele gerar um filho Ladrão.

“O que raptar alguém e o vender, ou for achado na sua mão, será


morto”. Êx. 21:16

5. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, 2004, p.1050-1051


A iniquidade se estabelece nas gerações 43

• Derramador de sangue.

“Quem ferir a outro, de modo que este morra, também será morto”.
Êx. 21: 12

“Não aceitareis resgate pela vida do homicida que é culpado de mor-


te; antes, será ele morto”. Nm. 35:31

• Comer carne sacrificada sobre os montes em adoração


aos ídolos.

“Quem sacrificar aos deuses e não somente ao Senhor será destruí-


do”. Êx. 22:20

• Contaminar a mulher do seu próximo.

“Se um homem adulterar com a mulher do seu próximo, será morto o


adúltero e a adúltera”. Lv. 20:10

• Praticar roubo.

“Se se achar alguém que, tendo roubado um dentre os seus irmãos,


dos filhos de Israel, o trata como escravo ou o vende, esse ladrão mor-
rerá. Assim, eliminarás o mal do meio de ti”. Dt. 24:7
44 A raiz da Iniquidade

• Oprimir ao aflito e necessitado.

“Não afligirás o forasteiro, nem o oprimirás; pois forasteiros fostes na


terra do Egito. A nenhuma viúva nem órfão afligireis. Se de algum
modo os afligirdes, e eles clamarem a mim, eu lhes ouvirei o clamor;
a minha ira se acenderá, e vos matarei à espada; vossas mulheres
ficarão viúvas, e vossos filhos, órfãos”. Êx. 22: 21-24

• “levantar os olhos para os ídolos”.

“Não fareis para vós outros ídolos, nem vos levantareis imagem de
escultura nem coluna, nem poreis pedra com figuras na vossa terra,
para vos inclinardes a ela; porque eu sou o Senhor, vosso Deus”. Lv.
26: 1

• Cometer abominação.

“Não te chegarás à mulher, para lhe descobrir a nudez, durante a sua


menstruação. Nem te deitarás com a mulher de teu próximo, para
te contaminares com ela. E da tua descendência não darás nenhum
para dedicar-se a Moloque, nem profanarás o nome de teu Deus. Eu
sou o Senhor. Com homem não te deitarás, como se fosse mulher;
é abominação. Nem te deitarás com animal, para te contaminares
com ele, nem a mulher se porá perante um animal, para ajuntar-se
com ele; é confusão. Com nenhuma destas coisas vos contaminareis,
porque com todas estas coisas se contaminaram as nações que eu
lanço de diante de vós. E a terra se contaminou; e eu visitei nela a sua
iniquidade, e ela vomitou os seus moradores”. Lv. 18: 19-25
A iniquidade se estabelece nas gerações 45

• Emprestar com usura.

“Se emprestares dinheiro ao meu povo, ao pobre que está contigo,


não te haverás com ele como credor que impõe juros”. Êx. 22: 26

• Receber de mais.

“Não lhe darás teu dinheiro com juros, nem lhe darás o teu manti-
mento por causa de lucro”. Lv. 25: 38

3. Que nesse texto o profeta estabelece fatos separados em


relação a pais e filhos:

• O pai bom e fiel, cumpridor de toda a lei estaria respaldado


a viver sem problemas.

• O pai bom e fiel tendo um filho que cometeu um dos pe-


cados que deveria ser punido com a morte, teria seu filho
executado por causa do pecado cometido.

• O pai mal e infiel a Deus que praticasse um dos pecados


que deveria ser punido com a morte, seria executado por
causa desse pecado cometido, mas seu filho sendo íntegro
não levaria a iniquidade porque com a morte do pai o preço
do pecado foi pago.

Agora fica fácil entendermos que todos aqueles que cometiam


alguns desses pecados deveriam ser punidos com a morte, se-
gundo a Torá. Nesse caso o filho não levaria a culpa, ou seja, a
iniquidade do pai, e nem pai pagaria pela iniquidade do seu
filho.
46 A raiz da Iniquidade

Quando entendemos que alguns pecados deveriam ser puni-


dos com pena capital, então compreendemos que não há con-
tradição quando lemos Êxodo 20:5 e Ezequiel 18: 1-20. O pri-
meiro mostra uma herança de iniquidade e o segundo mostra
a responsabilidade pessoal pelos pecados cometidos que teria
como pena capital a morte, deixando seus descendentes livres
do peso da iniquidade.

A iniquidade na vida de Davi.

Na história do rei Davi fica claro que podemos estar isentos de


iniquidade em determinadas áreas do nosso coração, mas que
também podemos abrigar a maldade em outras áreas.

Isento da iniquidade na morte de Saul.

Davi teve muitas experiências boas e ruins no relacionamento


com seu sogro Saul. Mas, a que mais marcou Davi certamente
que foi a perseguição de Saul para matá-lo.

Davi viveu um bom tempo de sua vida percorrendo os desertos


da Judéia se escondendo do rei Saul, que o procurava como fu-
gitivo para matá-lo. Ele podia ter raiva de Saul, poderia ter ma-
tado o rei, haja visto ter tido duas oportunidades, mas confessa
não ter abrigado iniquidade em seu coração em relação a Saul.

Quando soube da morte do rei Saul, Davi lembra a Deus estar


isento de iniquidade.

“Falou Davi ao SENHOR as palavras deste cântico, no dia em que o


A iniquidade se estabelece nas gerações 47

SENHOR o livrou das mãos de todos os seus ini-migos e das mãos de


Saul... Também fui inculpável para com ele e me guardei da iniquida-
de. Daí, retribuir-me o SENHOR segundo a minha justiça, segundo a
minha pureza diante dos seus olhos. 2 Sm. 22: 1 e 24.

Davi declara a Deus que diante dos seus olhos ele não tinha ini-
quidades em relação a morte de Saul. Seu coração sempre foi
limpo em relação ao rei. Ele nunca quis o mal para Saul e muito
menos sua morte.

Comprometido no recenseamento do exército.

Agora como rei de Israel no lugar de Saul, Davi toma uma atitu-
de que trará consequências desastrosas para ele e para o povo.
Houve um determinado momento do seu governo em que ele
mandou Joabe, seu ministro da defesa, recensear o povo e sa-
ber de quantos soldados era composto seu exército.

Isso não foi aceito por Deus. Mas, o que um recenseamento


pode ter de tão ruim a ponto de ser reprovado por Deus? A
questão não era o recenseamento em si, mas a motivação do
coração de Davi. Deus sempre irá sondar as motivações de nos-
sos corações e mediante a elas seremos aprovados ou reprova-
dos.

“Sentiu Davi bater-lhe o coração, depois de haver recenseado o povo,


e disse ao SENHOR: Muito pequei no que fiz; porém, agora, ó SENHOR,
peço-te que perdoes a iniquidade do teu servo; porque procedi mui
loucamente”. 2 Sm. 24: 10

Davi reconheceu que essa atitude de enumerar o povo partiu


da iniquidade do seu coração. Ele havia se esquecido de que
todas as vitórias que havia tido eram dadas por Deus, mas de-
sejou saber o contingente de seu exército e a força de sua arti-
48 A raiz da Iniquidade

lharia a fim de creditar a eles suas conquistas.

Assim nós também podemos cair em laço de iniquidade a qual-


quer momento se não vigiarmos nosso coração. São as motiva-
ções de nosso coração que irão determinar nosso sucesso ou
fracasso.

Entendendo o pecado com Bate-Seba.

Fica difícil entender como Davi sendo um homem segundo o


coração de Deus cometeu um dos mais terríveis pecados, que
fez com que sua casa fosse abalada e sua família desmoronasse.

Estudando acerca da iniquidade, percebemos a raiz da iniqui-


dade que levou Davi àquela situação.

Raiz da iniquidade ou 4ª geração. Boaz e Rute foram os bisa-


vós de Davi. Boaz era israelita e Rute, moabita. Quando estu-
damos sobre os moabitas verificamos que eles vieram de um
incesto entre Ló e sua filha primogênita. A família de Ló estava
contaminada pelas iniquidades, transgressões e pecados de
Sodoma, onde habitaram.

“E assim as duas filhas de Ló conceberam do próprio pai. A primogê-


nita deu à luz um filho e lhe chamou Moabe: é o pai dos moabitas,
até ao dia de hoje. A mais nova também deu à luz um filho e lhe cha-
mou Ben-Ami: é o pai dos filhos de Amom, até ao dia de hoje”. Gên.
19: 36-38

Estes dois povos Moabitas e Amonitas, foram os que deram


maior trabalho ao povo de Israel. Rute, sendo moabita, carrega-
va as iniquidades de seus ancestrais. É assim que entendemos
por que Davi caiu em terrível iniquidade, transgressão e peca-
do.
A iniquidade se estabelece nas gerações 49

Quem era Boaz? Segundo o relato de Mateus 1: 5, Boaz era filho


de Salmom (da tribo de Judá) com Raabe a prostituta de Jericó.

A árvore genealógica de Davi não era muito boa. Seus bisavós


eram pessoas que carregavam um fardo muito pesado de ini-
quidades e maldições na área sexual.

3ª Geração. Obede foi o avô de Davi. A Bíblia não diz nada sobre
essas iniquidades na área sexual na terceira geração de Davi, ou
seja, seus avós. Porém, o que aprenderemos no próximo capí-
tulo é que os espíritos que agem na iniquidade são espíritos
em repouso. Isso significa que eles podem permanecer em al-
gumas gerações sem se manifestar e depois voltam a aparecer
numa geração à frente. Esse lapso de gerações acontece para
que essa operação da iniquidade não venha a ser identificada
como geracional.

2ª Geração. Jessé foi o pai de Davi. Representa a segunda ge-


ração de Rute e Boaz. Nessa geração a iniquidade visitou Jessé.

Tudo nos leva a crer que Davi era filho bastardo de Jessé. O
bastardo não sentava à mesa com os filhos legítimos, isso era
proibido. Naquela época um homem podia ter várias mulheres
e os filhos eram legítimos. Nesse caso parece que Jessé teve um
caso com uma prostituta. Davi não era filho de uma segunda ou
terceira mulher de Jessé, mas um filho gerado com uma mulher
com quem ele não tinha vínculos.

Jacó teve duas mulheres e mais duas concubinas e os doze fi-


lhos gerados com essas quatro mulheres eram filhos legítimos
de Jacó e se tornaram os doze patriarcas de Israel.

Eu também sou filho bastardo. A esposa do meu pai havia ido


embora e ele ficou sozinho, então começou a fazer suas refei-
ções num restaurante onde conheceu minha mãe, que havia
fugido da casa do meu avô porque ele não aceitava que suas
50 A raiz da Iniquidade

filhas se casassem. Os dois resolveram viver juntos e meu pai


nunca regularizou sua situação matrimonial. Ele viveu com mi-
nha mãe vinte seis anos e morreu, mas nunca se casou com ela.
Eu e minha irmã somos filhos bastardos.

Cabia ao filho bastardo o trabalho sujo, como o de cuidar de


ovelhas no curral. O bastardo era desprezado pelos seus irmãos
legítimos. Também não podia viver na mesma casa em que
viviam os filhos legítimos. Quando estudamos a vida de Davi
percebemos que há muitos versículos que traçam um perfil de
bastardo.

• Davi era ruivo. (1 Sm. 16: 11-12). Davi não era como seus ir-
mãos. Ele era ruivo e tinha a cor dos olhos diferente. Isso nos
mostra que ele devia ser filho de outra mulher e, portanto,
não era considerado filho legítimo de Jessé.

• Davi foi rejeitado pelos seus irmãos. (1 Sm 17: 28-29). Jessé


envia Davi até o acampamento do exército de Saul a fim
de ver como estavam seus irmãos e levar mantimento para
eles e para o comandante. Quando Davi chega ao arraial é
rejeitado pelo seu irmão mais velho. Parece que em Israel
os filhos bastardos eram rejeitados pelos irmãos legítimos,
como foi o caso de Jefté. Jz. 11: 1-2.

• Davi se considerava um bastardo. (Sl. 51: 5). Quando Davi


orava a Deus confessando seu pecado com Bate-Seba, ele
confessa a iniquidade e pecado dos seus ancestrais. Ele
fala do pecado da sua mãe ao concebê-lo. Isso mostra cla-
ramente que ele se considerava um filho bastardo, pois se
fosse legítimo, não teria sido concebido em pecado e não
teria nascido na iniquidade.

1ª Geração. Davi. Nele se manifestou as cargas de iniquidade


de suas gerações passadas.
A iniquidade se estabelece nas gerações 51

Em sua oração de confissão pelo ato sexual ilícito com Bate


Seba, Davi confessa o seu pecado, observe que ele usa a ex-
pressão “meu pecado”, dando a entender que o pecado é in-
dividual. Confessa a transgressão, ou seja, ter quebrado as leis
de Deus quanto ao adultério e confessa também a iniquidade
geracional dizendo que foi concebido em iniquidade.

“Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do


meu pecado. Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pe-
cado está sempre diante de mim. Pequei contra ti, contra ti somente,
e fiz o que é mau perante os teus olhos, de maneira que serás tido por
justo no teu falar e puro no teu julgar. Eu nasci na iniquidade, e em
pecado me concebeu minha mãe”. Sl. 51: 2 - 5

Orando com a motivação errada.

A motivação do coração é que determina nossa vida. Quando


abrigamos a iniquidade certamente iremos cair como aconte-
ceu com Davi. Se vigiarmos nosso coração e deixarmos a iniqui-
dade do lado de fora estaremos no caminho da vida.

Somos desafiados por Jesus a pedir em Seu nome na oração


e temos Nele a garantia das repostas do Pai: “Até agora nada
tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa
alegria seja completa”. João 16: 24.

Por que nem sempre nossas orações são respondidas apesar de


termos a garantia explícita por Jesus em Sua Palavra? A respos-
ta está na motivação do nosso coração.

“pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vos-


sos prazeres”. Tg. 4: 3. Muitas orações ficam sem resposta por
motivo de orgulho, egoísmo, acepção de pessoas, falta de fé,
justiça própria, etc.
Capítulo 5

Comportamentos que
revelam iniquidade.

No estudo das iniquidades fica fácil a identificação da raiz pela


manifestação de comportamentos que revelam o que temos
no interior do nosso coração.

Esses comportamentos nada mais são do que a manifestação


das maldições. Se você identifica os frutos, então saberá qual é
raiz da árvore. Fiz questão de identificar esses comportamentos
para que ficasse mais fácil sua percepção das raízes de iniquida-
des em sua vida.

Espírito Geracional.

Como a iniquidade é uma raiz maligna, é o DNA de Satanás em


nós; é a natureza da perversidade. Então fica fácil compreen-
dermos que assim que encontramos uma raiz de iniquidade
em nossas vidas, temos que identificar o espírito maligno que
opera essa raiz.

Sei que isso é muito pesado para seu entendimento, mas va-
mos estudar um caso de iniquidade exposto na Palavra por
Jesus Cristo e você compreenderá perfeitamente o que estou
tentando dizer.
54 A raiz da Iniquidade

“Quando eles se aproximaram dos discípulos, viram numerosa mul-


tidão ao redor e que os escribas discutiam com eles. E logo toda a
multidão, ao ver Jesus, tomada de surpresa, correu para ele e o sau-
dava. Então, ele interpelou os escribas: Que é que discutíeis com eles?
E um, dentre a multidão, respondeu: Mestre, trouxe-te o meu filho,
possesso de um espírito mudo; e este, onde quer que o apanha, lan-
ça-o por terra, e ele espuma, rilha os dentes e vai definhando. Roguei
a teus discípulos que o expelissem, e eles não puderam. Então, Jesus
lhes disse: Ó geração incrédula, até quando estarei convosco? Até
quando vos sofrerei? Trazei-mo. E trouxeram-lho; quando ele viu a
Jesus, o espírito imediatamente o agitou com violência, e, caindo ele
por terra, revolvia-se espumando. Perguntou Jesus ao pai do meni-
no: Há quanto tempo isto lhe sucede? Desde a infância, respondeu; e
muitas vezes o tem lançado no fogo e na água, para o matar; mas, se
tu podes alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos. Ao que
lhe respondeu Jesus: Se podes! Tudo é possível ao que crê. E imediata-
mente o pai do menino exclamou [com lágrimas]: Eu creio! Ajuda-me
na minha falta de fé! Vendo Jesus que a multidão concorria, repre-
endeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te
ordeno: Sai deste jovem e nunca mais tornes a ele. E ele, clamando e
agitando-o muito, saiu, deixando-o como se estivesse morto, a pon-
to de muitos dizerem: Morreu. Mas Jesus, tomando-o pela mão, o er-
gueu, e ele se levantou. Quando entrou em casa, os seus discípulos
lhe perguntaram em particular: Por que não pudemos nós expulsá-
-lo? Respondeu-lhes: Esta casta não pode sair senão por meio de ora-
ção e jejum”. Mc. 9: 14-29

Jesus estava descendo do monte da transfiguração com três


de seus discípulos: Pedro, Tiago e João. Os outros nove ficaram
embaixo e foram abordados por uma multidão que estava de-
sesperada por causa de um menino que estava endemoninha-
do.

O menino estava debaixo dos grilhões de um espírito surdo e


mudo. Os discípulos que haviam ficado embaixo não consegui-
ram expulsar o demônio e então o pai do menino pede ajuda a
Comportamentos que revelam iniquidade 55

Jesus, que passa a argumentar com o pai do menino.

É interessante observar que Jesus não expulsou imediatamen-


te o espírito maligno do menino. Antes, Ele declara onde estava
o problema: “Ó geração incrédula, até quando estarei convosco?
Até quando vos sofrerei?” A geração a quem Jesus se refere não
era a geração do dos que estavam presentes ali, nem a geração
dos discípulos, mas a geração do pai do menino.

Jesus identificou a iniquidade das gerações familiares como a


raiz do problema do endemoninhamento do menino. Em ou-
tras palavras, o demônio estava legalizado pela incredulidade
dos antecedentes do garoto.

Jesus pede ao pai para trazer o filho, mas não expulsa o demô-
nio. Ele continua conversando até que o pai quebre a cadeia de
incredulidade confessando que crê em Jesus.

A incredulidade era a marca registrada dos antecedentes do


menino. O próprio pai manifesta sua falta de fé: “...se tu podes
alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos”.

É interessante observar que o menino continuou endemoni-


nhado, e Jesus não fez nada até que o pai tomasse uma nova
posição. Então Jesus diz: “tudo é possível ao que crê”. É exata-
mente aqui que o pai do menino confessa com lágrimas sua
fé em Jesus. “Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!”. Após a
confissão é que Jesus expulsa o espírito maligno do menino.

Aprendemos algumas coisas importantes nesse acontecimen-


to relatado por Marcos. Vejamos:

• Para que uma pessoa seja liberta das cadeias de maldições


hereditárias é preciso buscar a libertação em Jesus Cristo.
Só Jesus é capaz de libertar uma pessoa. Ele já pagou o pre-
ço de nossa libertação na cruz do Calvário, portanto, só em
56 A raiz da Iniquidade

Jesus é que teremos as maldições apagadas. Gl. 3: 13

• Em todo processo de endemoninhamento em que a porta


aberta para o demônio tenha sido a sua iniquidade ou de
um de seus ancestrais, a libertação definitiva só acontece
quando houver confissão e arrependimento da pessoa ou
de alguém da sua família em posição de autoridade sobre o
endemoninhado, como no caso do menino.

Vamos agora fazer uma tomografia do fato para obtermos um


diagnóstico da situação do menino:

1. Iniquidade:

A raiz da iniquidade era a incredulidade nas gerações do


menino. Por isso houve necessidade da confissão do pai re-
latando sua falta de fé.

2. Espírito geracional.

Espírito imundo.

“Vendo Jesus que a multidão concorria, repreendeu o espírito imun-


do, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai deste jovem
e nunca mais tornes a ele”.

3. Maldições geracionais ou consequências apresentadas


na vida do filho.

• Mudez (v. 17, 25).


Comportamentos que revelam iniquidade 57

• Surdez (v. 25).

• Espuma pela boca - Epilepsia (v. 18, 20).

• Ataques (v. 18, 20, 26).

• Ranger os dentes (v. 18).

• Completa exaustão (v. 18, 26).

• Quedas (v. 20).

• Tendências suicidas (v. 22).

• Gritos (v. 26).

• Insanidade ou loucura (Mt. 17: 15).

4. Padrão geracional.

O padrão geracional mostra desde quando essa operação


foi estabelecida na vida da pessoa. No caso do menino esse
demônio estava lá desde a infância.

5. Porta de entrada.

Espírito Surdo. No grego: Kophos. A Surdez espiritual do pai


possibilitou a entrada do espírito imundo de surdez e mudez
no filho. O pai tinha que confessar a iniquidade antes do meni-
no ser liberto.

Um espírito geracional é uma entidade espiritual que afeta


58 A raiz da Iniquidade

uma linhagem familiar, e é transferido podendo permanecer


conectado aos membros da família por muitas gerações se a
libertação da iniquidade não for ministrada.

“Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos,


procurando repouso; e, não o achando, diz: Voltarei para minha
casa, donde saí. E, tendo voltado, a encontra varrida e ornamentada.
Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, en-
trando, habitam ali; e o último estado daquele homem se torna pior
do que o primeiro”. Lc. 11: 24-26

A palavra casa é no grego é oikos e significa linhagem familiar.


Um espírito que sai de uma pessoa pode voltar para qualquer
outra pessoa da família se a libertação da iniquidade não for
ministrada.

A Bíblia diz que ele “anda por lugares áridos”. Isso significa lugar
que não tem água; lugar onde não há Palavra de Deus. Toda
pessoa que passou por libertação deve estudar a Palavra de
Deus diariamente.

Considerando o texto, verificamos que a casa (linhagem fami-


liar), foi “varrida e adornada”. Significa que houve uma limpeza,
houve um processo de libertação. Mas não foi constante e ficou
somente na aparência (decorada) que quer dizer vida cristã so-
mente na aparência.

Nosso relacionamento com Deus e Sua Palavra não pode ser


superficial, agora mais do nunca, precisamos viver os princípios
do Reino e não sermos somente ouvintes da Palavra.

Espírito imundo. No grego é Pneuma akatharton. Busca re-


pouso, sua natureza é permanecer sem manifestar-se. Repousa
dentro das casas onde entra através de um membro da família.
De preferência pais ou irmãos mais velhos, ou alguém da famí-
lia com hierarquia ou responsabilidade familiar.
Comportamentos que revelam iniquidade 59

Sua característica é buscar repouso em uma geração e mani-


festar-se na seguinte geração depois de ter causado dano em
alguém em épocas anteriores. Esse foi o caso de Davi. O espírito
de imoralidade sexual estava na geração dos moabitas e não
temos relato de que tenha se manifestado em Obede - avô de
Davi, mas na vida de Davi e Salomão ele veio com força.

Observe o gráfico abaixo:

• O primeiro casal é composto de um homem que manifesta


em sua vida as consequências da iniquidade e uma mulher
que parece isenta de manifestações de iniquidade.

• Eles geram seis filhos dos quais duas moças e um rapaz ma-
nifestam as maldições da iniquidade da família. Os outros
dois rapazes e uma moça não apresentam maldições here-
ditárias de iniquidades.

• No centro do gráfico, vemos um rapaz que não foi afeta-


do por cargas de maldições hereditárias, casar-se com uma
60 A raiz da Iniquidade

moça, que também não carrega na bagagem, cargas de


maldições hereditárias de iniquidade. Esse novo casal gera
um menino que vai manifestar as maldições da família e
uma menina que não vai apresentar as cargas de maldições
hereditárias.

Muitas pessoas não sabem que estão debaixo de uma influên-


cia maligna operada pela iniquidade por não haver manifesta-
ção maligna violenta em suas vidas. Mas, os sintomas podem
indicar isso porque esses espíritos são responsáveis por oito
problemas:

1. Problemas econômicos. Ataques constantes à economia,


espírito de pobreza.

2. Divisões. Ataques à família com espíritos de contenda.

3. Divórcios. Separações ou abandonos. Ataque aos pais.

4. Rebelião. Ataques aos filhos.

5. Abusos psicológicos ou físicos. Patriarcado ou matriarcado


déspota, controle.

6. Enfermidades. Frequentes ou prolongadas, cíclicas e mor-


tais.

7. Mortes prematuras dos ancestrais. Por acidentes ou inexpli-


cáveis, etc.

8. Toda classe de espírito imundo; lascívia, mentira, temores,


etc.
Comportamentos que revelam iniquidade 61

O receptor do espírito akatharton.

Devemos reconhecer quem é o receptor desse espírito na fa-


mília ou na casa. A Bíblia diz que “entrando”, isso significa que
alguém foi a porta. Ele precisa de uma pessoa para poder entrar
numa casa.

As portas são os direitos que são dados para entrar. O mundo


espiritual só funciona com princípios e legalidades, alguém
deu uma legalidade.

A forma de combatê-lo é detectar qual é o membro da família


que abriu a porta e ministrar o arrependimento da iniquidade
que deve estar sendo continuada por esse membro da família.

A solução será sempre arrependimento, confissão e expulsão


da sua vida ou da sua família, identificando ou não o receptor

Oração de confissão das iniquidades geracionais.

• Pedindo perdão a Deus pelos pecados e iniquidades come-


tidos pelos antepassados até a 10ª geração.

• Rejeitando toda maldição vinda pelas iniquidades dos an-


tepasasdos.

Pai Celestial, em nome de Jesus Cristo, o nosso Salvador e Único


Senhor, coloco minha vida diante do seu trono. Recebo o san-
gue do Senhor Jesus em minha vida e declaro Sua cobertura
sobre os meus bens e os meus familiares.

Neste momento tomo cada peça da armadura de Deus, con-


forme está disponibilizada em Efésios 6: 13-18. Coloco sobre a
62 A raiz da Iniquidade

minha cabeça o capacete da salvação e declaro que Deus é a


minha Salvação.

Peço ao Senhor que através desta peça esteja protejendo a mi-


nha mente, livrando-me de toda seta maligna e da incerteza
da Salvação. Peco-te ainda que marque a minha vida com uma
profunda e genuína convicção de salvação.

Cubro-me com a verdade e declaro que estou firmado nos qua-


tro fundamentos de verdade:

• Jesus é a minha verdade;

• A Palavra de Deus é a verdade;

• O Espírito Santo é o Espírito da verdade;

• A igreja de Jesus é também a verdade.

Visto-me com a couraça da justiça. Jesus é a minha justiça. Des-


canso na Sua Justiça feita na cruz e me aproprio dela para que
o meu coração fique livre de toda acusação injusta do Diabo.

Embrazo também o escudo da fé. O Senhor é a minha fortaleza


e o meu escudo forte. Faço uso desta peça da armadura para
neutralizar todo dardo inflamado do maligno. Declaro que Je-
sus Cristo é o meu escudo.

Tomo ainda em minha boca a Sua Palavra. Jesus é a Palavra viva


de Deus. Pai, a Sua Palavra precisa ser a expressão da minha
vida. Que eu nunca canse de confessá-la com fé, persistência e
autoridade. Ela precisa ser viva e eficaz em minha boca quando
eu a confessar. Põe e ajusta Senhor, a espada do espírito em
meus lábios.

Calço os meus pés com a preparação do evangelho da paz. Je-


Comportamentos que revelam iniquidade 63

sus é a minha paz. Pai, peço ao Senhor que livre-me de toda


ansiedade, medo, terror e prepara-me dia a dia para permane-
cer fiel esperando o cumprimento de cada promessa, crendo
de todo coração. Pai, peço que o evangelho seja a base do meu
viver diário.

Agora que acabei de revestir-me da armadura do Senhor, entro


nas regiões celestiais, em Cristo Jesus, para fazer confissão dos
pecados, trangressões e iniquidades dos meus antepassados
que trouxeram um peso de maldição sobre a minha vida.

Senhor meu Deus, da mesma maneira que eu creio e confesso


que Jesus Cristo pagou o preço pelos meus pecados lá na cruz
e tomo posse da salvação, eu também creio e confesso que Ele
levou toda carga de maldição que era resultado das minhas
iniquidades e de meus antepassados, conforme diz em Gálatas
3:13 “Ele se fez maldição por mim”.

Declaro que Jesus Cristo levou na cruz do Calvário todas as


cargas de iniquidades e transgressões da minha família. Tenho
consciência de que legalmente estou e fui liberto das maldi-
ções hereditárias, mas agora quero experimentar esta maravi-
lhosa verdade, a libertação das maldições obtida na cruz. Por-
tanto, tomo posse da quebra das maldições hereditárias, do
perdão dos pecados, das iniquidades e das transgressões em
minha vida e coloco o sangue de Jesus, o poder da cruz e o
poder da ressurreição, entre mim e as maldições que vieram
sobre a minha vida em conseqüência das iniquidades dos meus
antepassados.

Eu rejeito em nome de Jesus todas as maldições que vieram pe-


las iniquidades dos meus antepassados. Especifico os antece-
dentes da lª, 2ª, 3ª, 4ª até a 10ª geração que praticaram pecados
que trouxeram maldições sobre minha vida.

Confesso ao Senhor os pecados e as raízes de iniquidades


64 A raiz da Iniquidade

das gerações dos meus ancestrais: idolatria, ocultismo, envol-


vimento com qualquer forma de espiritismo, desrespeito aos
pais, toda forma de opressão, antisemitismo, carnalidade, apos-
tasia, roubo de todos os tipos e roubo do dízimo, negligenciar
a Palavra Deus, legalismo, drogas, jogos de azar, incredulida-
de, toda forma de injustiça, mortes, homicídios, corrupção,
agressões, depreciar os pobres, zombaria, abandono dos pais,
cônjuge ou filhos, sexo desnatural, prostituição, adultério, mas-
turbação, sexo anal, lesbianismo, incesto, bestialidade, homos-
sexualismo, anarquia, falsas religiões, mentira, contrabando,
racismo, acepção de pessoas, envolvimento em guerras, co-
munismo, autoritarismo, colonialismo, militarismo, saques de
aldeias, detratação, difamação, calúnia, injúria, maledicência,
orgulho, cobiça, falta de misericórdia, avareza, herança exigida
tomada em vida, língua desenfreada, timidez, passividade, bri-
gas e contendas, assaltos, assassinatos, pirataria, espólio, tráfico
de escravos, roubo de terras, tortura de pessoas, seitas e sata-
nismo. Todos estes pecados que trouxeram conseqüências per-
niciosas no reino espiritual de maldições hereditárias sobre a
minha vida. Eu quebro, desfaço e desligo o poder destas iniqui-
dades e maldições vindas da lª, 2ª, 3ª, 4ª até a 10ª geração dos
meus antepassados sobre minha vida, no nome de Jesus. Como
fez Daniel, Senhor eu confesso e peço perdão pelas iniquidades
dos meus antepassados da lª, 2ª, 3ª, 4ª até a 10ª geração e que o
Sangue de Jesus purifique e lave-me destas iniquidades.

Em nome de Jesus eu também rejeito e expulso da minha vida


e das minhas gerações familiares da lª, 2ª, 3ª e 4ª geração, todos
os sintomas, sinais e acontecimentos malignos que tem acom-
panhado as minhas gerações e a minha vida. Sintomas como:
suicídios, mortes estranhas na família, repetidos abortos, doen-
ças repetidas como: câncer, bronquite, asma, diabetes, obesi-
dade, doenças de vasos linfáticos, doenças do sangue, tumores
de todos os tipos, doenças do coração e arteriosclerose.

Denuncio ainda os problemas emocionais e psíquicos nas mi-


Comportamentos que revelam iniquidade 65

nhas gerações: esgotamento mental e emocional, neurose, es-


quizofrenia, medo, nervosismo, inferioridade, Alzheimer, ira e
todos os tipos de depressão e ansiedade.

Rejeito ainda nas minhas gerações os problemas familiares: se-


paração conjugal, divórcios, prostituição, traições e infidelida-
de. Rejeito a transferência hereditária destes sintomas e os ex-
pulso da minha vida e das minhas gerações no nome de Jesus.

Quero amarrar também todos os espíritos familiares que tem


atuado e manipulado hereditariamente à minha vida e a vida
dos meus ascendentes. Eu os expulso da minha vida para nun-
ca mais voltarem. Ordeno que saiam e levem todos os sintomas
malignos que lançaram sobre a minha vida e sobre meus ante-
passados no nome de Jesus. Ordeno ainda que se apresentem
a Jesus Cristo e vão para o lugar que o Senhor Jesus determinar.

Pai, encerro esta oração agradecendo-te pela minha liberta-


ção. Eu coloco o sangue de Jesus, o poder da cruz e o poder da
ressurreição entre mim e os espíritos familiares. Agradeço com
sinceridade a Seu filho Jesus Cristo, pois foi a sua morte, a sua
ressurreição e a sua ascensão que me garantem esta libertação.
Eu tomo posse disto e lhe agradeço em nome de Jesus. Amém.
Capítulo 6

Jesus nos livrou da


iniquidade
“Perdoa, pois, a iniquidade deste povo, segundo a grandeza da
tua misericórdia e como também tem perdoado a este povo des-
de a terra do Egito até aqui”. Nm. 14:19.

A iniquidade precisa ser perdoada.

Assim como o pecado precisa ser perdoado, a iniquidade tam-


bém precisa ser perdoada. Moisés sabia disso e pediu ao Se-
nhor perdoasse a iniquidade do povo.

Creio que aqui está o nosso maior problema. Sempre vemos


o pecado em todas as suas dimensões, mas não conseguimos
enxergar a iniquidade, pois ela é interna, é produto do nosso
coração iníquo.

Deus em Seu pleno conhecimento e sabendo que nossos pro-


blemas não são só os pecados, mas também a iniquidade e a
transgressão, nos enviou Seu filho para morrer na cruz pagan-
do assim a dívida completa.
68 A raiz da Iniquidade

Jesus - sacrifício completo.

“o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqui-


dade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso
de boas obras”. Tt. 2:14

O Sacrifício de Jesus na cruz resolveu todos os problemas do


homem. Daí a necessidade de compreender todas as bênçãos
liberadas a partir da cruz de Cristo. O sacrifício na cruz foi com-
pleto conforme lemos em Isaías.

“Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas


dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus
e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões
e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz
estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós
andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo
caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós
todos”. Is. 53: 4-6.

A Palavra de Deus diz que sem sangue não há remissão de pe-


cados. Hb. 9: 22; Ef. 1: 7. Portanto, ao derramar todo o seu san-
gue na cruz do Calvário, Jesus nos ofereceu perdão para todos
os nossos pecados. I Jo. 1: 9; Rm. 5: 9.

Se nosso problema fosse tão somente o pecado, ao ter os pu-


nhos e os pés perfurados com pregos, Jesus teria dado todo
seu sangue e morreria em seguida. Sua obra estaria consuma-
da. Observe que quando alguém está tentando se suicidar é só
cortar o pulso que ela perde todo seu sangue e morre.

Isso nos leva a questionar: Por que Jesus foi chicoteado, rece-
beu uma coroa de espinhos e depois foi traspassado com uma
lança?
Jesus nos livrou da iniquidade 69

A resposta está no fato de que o problema do homem não era


somente o pecado, mas também iniquidade e transgressão. O
sacrifício na cruz precisava ser completo. Através do sangue
derramado Ele perdoou os nossos pecados, foi moído pelas
nossas iniquidades e traspassado pelas nossas transgressões.

Quando Jesus recebeu aqueles açoites e a coroa de espinhos


não tinha nada a ver com nossos pecados, mas foi por causa
das nossas iniquidades. Ele foi moído, triturado, massacrado
pelas nossas iniquidades.

Da mesma forma quando Ele foi traspassado por uma lan-


ça, não foi pelos nossos pecados, mas por causa das nossas
transgressões.

O bode emissário.

“ Depois, imolará o bode da oferta pelo pecado, que será para


o povo, e trará o seu sangue para dentro do véu; e fará com o seu
sangue como fez com o sangue do novilho; aspergi-lo-á no propicia-
tório e também diante dele. Assim, fará expiação pelo santuário
por causa das impurezas dos filhos de Israel, e das suas trans-
gressões, e de todos os seus pecados. Da mesma sorte, fará pela
tenda da congregação, que está com eles no meio das suas impure-
zas. Nenhum homem estará na tenda da congregação quando ele
entrar para fazer propiciação no santuário, até que ele saia depois
de feita a expiação por si mesmo, e pela sua casa, e por toda a con-
gregação de Israel. Então, sairá ao altar, que está perante o Senhor, e
fará expiação por ele. Tomará do sangue do novilho e do sangue do
bode e o porá sobre os chifres do altar, ao redor. Do sangue aspergirá,
com o dedo, sete vezes sobre o altar, e o purificará, e o santificará das
impurezas dos filhos de Israel.
Havendo, pois, acabado de fazer expiação pelo santuário, pela ten-
da da congregação e pelo altar, então, fará chegar o bode vivo. Arão
70 A raiz da Iniquidade

porá ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo e sobre ele con-
fessará todas as iniquidades dos filhos de Israel, todas as suas trans-
gressões e todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode
e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem à disposição para
isso. Assim, aquele bode levará sobre si todas as iniquidades de-
les para terra solitária; e o homem soltará o bode no deserto.
Lev. 16: 15-22

Observe que no Velho Testamento havia um tipo de sacrifício


para perdoar os pecados, transgressões e iniquidades do povo.
Dois bodes eram trazidos a Arão. Um era imolado pelo pecado
e pela transgressão e seu sangue apresentado a Deus no san-
tuário. E o outro era levado ao deserto com as iniquidades do
povo.

O bode emissário era levado para o deserto para morrer sozi-


nho. Arão colocava as suas mãos sobre sua cabeça e transferia
as iniquidades do povo.

Jesus assumiu o lugar dos bodes na cruz do Calvário. Ele foi o


bode imolado pelos nossos pecados e transgressões, mas tam-
bém o bode emissário, pois foi abandonado pelo próprio Pai ali
na cruz pelas nossas iniquidades. Ele gritou:

“Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli,
lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste? Mt. 27: 46

Naquele momento ele era o bode emissário que morreu sozi-


nho no deserto levando as nossas iniquidades.
Jesus nos livrou da iniquidade 71

A obra completa da cruz

Fomos ensinados a orar confessando a Jesus como nosso Se-


nhor e Salvador. Nessa oração de entrega, também fomos ensi-
nados a nos arrepender de nossos pecados e assim nosso nome
estaria escrito no livro da vida. Oh! Como isso é verdade! Porém
é uma parte da verdadeira obra da cruz. É aceitar somente o
sacrifício de Cristo para perdão dos nossos pecados. Todavia é
preciso tomar posse do sacrifício de Cristo na cruz de maneira
completa. Tomar posse tudo que na cruz Ele fez, isto é, viver li-
vre das amarras do Diabo, cheios da presença do Espírito Santo
e expressando a vida abundante.

Veja o que Jesus conquistou na cruz por nós e que precisamos


tomar posse:

1. Ele foi o cordeiro que nos substituiu. Rm.5:8; I Pd.2:24.

2. Ele perdoou nossos pecados. Jo. 1: 29.

3. Ele perdoou nossas transgressões e assim nos justificou.


Justificação é um termo judicial. Fala de quebra da Lei. I Jo.
3: 4. Justificação é o ato de transformação ou mudança de
estado do pecador, perante Deus, operada por Ele mesmo.
A justificação tem caráter exterior. Deus é o juiz, Cristo é o
advogado e o homem, o réu. A transgressão da Lei de Deus
é o delito cometido.

4. Ele perdoou nossas iniquidades. Iniquidade fala das maldi-


ções e Ele se fez maldição por nós na cruz. Gl. 3: 13.

5. Ele levou sobre si nossas dores e enfermidades. Is. 53: 4.

6. Ele resgatou a autoridade das mãos do diabo e nos entre-


gou. Mt. 28: 18.
72 A raiz da Iniquidade

7. Nos fez assentar com Ele nas regiões celestiais. Ef. 2:6

8. Ele nos regenerou. Regeneração é um termo relacionado à


família. Tem a ver com a nossa inclusão na família divina.
Fez-nos sermos filhos de Deus novamente. Rm. 8: 15-17.

Jesus veio nos dar vida e vida em abundância, mas infelizmente


temos visto a igreja cheia de pessoas que não conseguiram se
apropriar dessa vida em abundância e isso porque os que estão
nos púlpitos são como barraqueiros em dia de feira, onde cada
um vende só o seu produto, mas não tudo o que a terra produz.
Em algumas igrejas só se prega salvação; outras, só libertação;
outras batismo com Espírito Santo; outras prosperidade, etc.
Precisávamos ter a visão dos hipermercados onde se encontra
todo tipo de produtos. Os crentes precisam conhecer toda a Pa-
lavra e se apropriar de tudo o que nos foi oferecido na cruz do
Calvário.

O último Adão.

Considerando que a iniquidade está no DNA do ser humano,


como então resolver o problema? Sabemos que Deus provi-
denciou a solução para todos nossos problemas através de Je-
sus Cristo, mas como entender o processo e qual a nossa parte
nele?

No campo científico a genética tem feito muitos avanços no


estudo da cadeia de DNA, o que resultou mais recentemente
no Projeto Genoma Humano (PGH), que consistiu num esfor-
ço internacional para o mapeamento do genoma humano e
a identificação de todos os nucleótidos que o compõem. Esse
projeto foi fundado em 1990, com prazo de conclusão de 15
anos. James D. Watson, na época chefe dos Institutos Nacionais
de Saúde dos EUA, assumiu inicialmente a direção do projeto.
Jesus nos livrou da iniquidade 73

Em 1990, o PGH tinha o envolvimento de mais de 5000 cien-


tistas, de 250 diferentes laboratórios, que contavam com um
orçamento, segundo diferentes fontes, que variou de US$ 3 bi-
lhões a US$ 53 bilhões.

No dia 10 de julho de 1999 foi anunciado o primeiro rascunho


do genoma humano. Como a precisão do resultado necessitava
ser máxima, muita análise e revisão foram feitas de modo que
cada base no genoma fosse sequenciada num total de 10 a 12
vezes.

Em 14 de abril de 2003, um comunicado de imprensa conjunto


anunciou que o projeto fora concluído com sucesso, com se-
quenciamento de 99% do genoma humano com uma precisão
de 99,99%.

A hereditariedade na cadeia de DNA.

Um cromossomo é uma longa sequência de DNA, que contém


vários genes, e outras sequências de nucleótidos com funções
específicas nas células dos seres vivos.

Cada espécie em particular possui um número de cromosso-


mos característico: o porco 40, o macaco 48, o cavalo 64, o car-
neiro 54 e o homem 46. As espécies que se reproduzem sexu-
adamente têm células somáticas, que são diplóides [2n] - têm
dois conjuntos de cromossomos, um proveniente da mãe e ou-
tro do pai. No caso do ser humano 23 cromossomos da mãe e
mais 23 cromossomos do pai.

Considerando o estudo da genética humana chegamos a con-


clusão que jamais o ser humano poderia ter sido uma evolução
do macaco que tem 48 cromossomos na sua cadeia de DNA.
Também concluímos que todas as informações genéticas de
74 A raiz da Iniquidade

uma pessoa encontram-se nos cromossomos dos seus pais, daí


a conclusão lógica de que se a iniquidade foi plantada no ser
humano em Gênesis 6, considerando o par cromossômico dos
“filhos de Deus” com o par cromossômico das “filhas dos ho-
mens” resultando nos gigantes na terra, então temos em nossa
cadeia de DNA a semente maligna da iniquidade.

Isso levou o Criador a sentenciar com a morte toda a raça hu-


mana na época daqueles casamentos em Gênesis 6. Todavia,
hoje sabemos que jamais alcançaremos o Reino de Deus com
a iniquidade em nosso coração, daí o Pai tomar outra decisão
que envolva a morte de toda essa raça humana novamente.

Toda a descendência de Adão deveria morrer. Ela está comple-


tamente contaminada. Assim Deus pôs um fim à hereditarie-
dade de Adão fazendo morrer Jesus Cristo como o último da
genealogia de Adão. É por isso que encontramos em Lucas 3:
23-38 uma árvore genealógica de Adão até Jesus.

“Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vi-
vente. O último Adão, porém, é espírito vivificante. Mas não é pri-
meiro o espiritual, e sim o natural; depois, o espiritual. O primeiro
homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu”. I
Co. 15: 45-47

Aqui o Apóstolo Paulo faz a leitura correta e nos mostra duas


genealogias:

1. Primeira genealogia:

1º homem da terra = Adão.

Último Adão = Jesus.


Jesus nos livrou da iniquidade 75

2. Segunda genealogia:

2º homem do céu = Jesus.

Não tem último nessa genealogia, ela encontra-se aberta.

Jesus nasceu na genealogia de Adão porque para Deus ele se-


ria o último dessa hereditariedade e por isso Deus o crucificou.
Quando isso aconteceu Jesus foi morto derramando seu san-
gue como cordeiro pelos nossos pecados, moído pelas nossas
iniquidades e traspassado por nossas transgressões.

Quando Jesus ressuscitou, Ele deu início a uma nova genealo-


gia; agora ele era o segundo homem colocado na terra no lugar
de Adão para fazer uma nova hereditariedade.

Deus crucificou em Jesus toda a hereditariedade do primeiro


Adão. Ninguém da descendência de Adão irá entrar no Reino
do Céu. Todos da genealogia de Adão precisam morrer.

Nascendo de novo.

“ A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se al-


guém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-
lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode,
porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? Res-
pondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da
água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido
da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito”. Jo 3: 3-6

Esse novo nascimento que Jesus está falando a Nicodemos é


morrer na hereditariedade de Adão e nascer na genealogia de
Jesus Cristo – o segundo homem.
76 A raiz da Iniquidade

Só existe essa condição para entrar no Reino do céu. A iniqui-


dade deve ser sentenciada com a morte e um novo nascimento
se faz necessário.

Mas como entender esse processo? É o apóstolo Paulo quem


nos fornece a resposta para esse questionamento.

“Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a gra-


ça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no
pecado, nós os que para ele morremos? Ou, porventura, ignorais que
todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na
sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo;
para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória
do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida”. Rm. 6:1-4

Em todo parto sai água e sangue da mulher que está dando a


luz. Ali na cruz Jesus gerou a igreja e é por isso que do seu lado
saiu sangue e água.

Quando Jesus aborda a Nicodemos sobre o novo nascimento


Ele diz que esse processo seria da água e do Espírito. Só o Espí-
rito Santo pode nos conduzir nesse processo, mas a água seria
o batismo em Cristo.

Paulo diz que “Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos
batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos,
pois, sepultados com ele na morte pelo batismo”. O que é o ba-
tismo? É a imersão em água (fisicamente), mas para Deus é o
sepultamento dos descendentes de Adão, ou seja, a forma usa-
da por Deus para nos fazer morrer. Mas o batismo também traz
algo novo para o batizando. Assim como Cristo foi ressuscita-
do, ao sair das águas estamos nascendo para uma nova vida.
Nascemos no Reino do céu. É sobre isso que Jesus falava com
Nicodemos.
Jesus nos livrou da iniquidade 77

Sabendo...

“sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem,
para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado
como escravos”. Rm. 6: 7.

Crucificação fala de morte. Paulo diz que é preciso SABER que


na crucificação do último Adão, nós fomos crucificados com ele
e assim o corpo do pecado, iniquidade e transgressão foi des-
feito.

Isso costuma dar um nó na cabeça de muitas pessoas, pois se


no campo espiritual fomos mortos e sepultados, no campo ma-
terial ainda temos um corpo físico para carregar. Mais à frente
vamos ver o desabafo de Paulo em Romanos 7.

Considerando...

“Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vi-


vos para Deus, em Cristo Jesus”. Rm. 6:11.

Agora chegamos a um ponto onde precisamos colocar em prá-


tica a morte do nosso velho homem adâmico e a ressurreição
no novo homem da genealogia de Cristo. É preciso viver cada
dia considerando-se morto.

Quando nos consideramos mortos então nem a lei, nem o pe-


cado, nem iniquidade ou transgressão tem mais poder sobre
aquele que já morreu.
78 A raiz da Iniquidade

Corpo mortal ...

“Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira


que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros
do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas
oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos
membros, a Deus, como instrumentos de justiça”. Rm 6:12-13.

Paulo sabia que estava crucificado com Cristo, considerava-se


morto para o pecado e a iniquidade, mas ele afirma que não
podemos novamente expor nossos membros a serviço da ini-
quidade. Como entender isso?

Mesmo sabendo que Deus sentenciou e destruiu toda descen-


dência de Adão em Cristo Jesus na cruz do calvário, mesmo
considerando já mortos na descendência de Adão e ressurre-
tos para viver na genealogia do segundo homem - Jesus, ainda
assim carregamos um CORPO MORTAL. Mas, o que representa
esse corpo?

Na Roma antiga os imperadores costumavam realizar um desfi-


le militar após a vitória em determinadas guerras. Nesse desfile
alguns soldados era encarregados de desfilar carregando sobre
suas costas o corpo de um soldado inimigo morto.

Quando o apóstolo Paulo fala de “corpo mortal”, ele está fazen-


do uma analogia desse desfile com o corpo físico que ainda
carregamos depois de sermos mortos na genealogia de Adão e
estarmos vivendo agora na genealogia de Cristo Jesus.

Só existe uma maneira desse defunto que carregamos não res-


suscitar durante o dia a dia com as nossas atividades: irmos à
cruz diariamente e fazermos permanecer morta nossa carne!
Jesus nos livrou da iniquidade 79

Indo a cruz diariamente.

A obra da cruz está encerrada para Deus. Ele fez tudo quanto
devia ser feito para aniquilar a iniquidade, o pecado e a trans-
gressão. Glória a Deus! Mas, para nós ela precisa ser consumada
dia após dia.

“Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue,


dia a dia tome a sua cruz e siga-me”. Lc. 9: 24

Aqui Jesus está dizendo, entre outras coisas, que é preciso to-
mar a cruz e isso significa apanhar um instrumento de morte e
segui-lo, mas para onde? Para o Calvário onde Ele foi crucifica-
do. Isso deve ser feito todos os dias!

Por que temos que tomar a cruz diariamente e subir ao Calvá-


rio? Porque ainda estamos num CORPO MORTAL.

“Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois


não faço o que prefiro, e sim o que detesto... Então, ao querer fazer o
bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante
ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus
membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me
faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Miserá-
vel homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” Rm.
7: 15, 21-24

Paulo afirma que já havia sido crucificado com Cristo, ele vivia
uma nova vida na genealogia do segundo homem - Jesus. Mas,
carregava um defunto nas suas costas.

É por isso que precisamos diariamente tomar a cruz e crucificar


novamente esse defunto, caso contrário, ele vai nos contami-
nar e nos matar.
80 A raiz da Iniquidade

Como crucificamos a carne? Fazemos isso através da oração. To-


mamos posse de tudo quanto Jesus fez na cruz por nós através
da oração.

Agora é hora de sondar o coração, identificar as atitudes de ini-


quidade que ainda manifestam no CORPO MORTAL e levá-las
à cruz de Cristo, sabendo que Ele já se fez maldição em nosso
lugar. Gál. 3: 13.

Nos capítulos seguintes você será levado a identificar, arrepen-


der e confessar toda atitude de iniquidade da sua vida. Minha
sugestão é que você leia um capítulo por dia e vá a cruz confes-
sando toda raiz de iniquidade. Que o Senhor te abençoe nesse
processo.

Para lhe ajudar no processo de identificar, arrepender e confes-


sar as atitudes de iniquidades, transgressões e pecados foi que
preparei esta série de três volumes, sendo um para cada tema.

Que Deus o abençoe nesse processo!


Parte dois:

Limpando o coração

Agora que você adquiriu o conhecimento teórico acerca da ini-


quidade, chegou a hora de passar sua vida pelo filtro do Espírito
Santo, a fim de purificar sua alma e retirar a sujeira depositada
ao longo da sua geração pelos seus ancestrais.

Na próxima etapa, sugiro que você leia diariamente sobre uma


das raízes de iniquidade, buscando entender e orar sobre o as-
sunto, quebrando as cadeias de iniquidade e ordenando aos
espíritos malignos que saiam de sua vida.

Ao final de quatorze dias você terá passado sua vida por um


processo de limpeza de toda raiz de iniquidade e estará livre
para prosseguir sua jornada de sucesso com Deus.

Minha oração é que o Espírito Santo faça uma obra completa


em sua vida.
1º Dia

Raiz da Iniquidade:
Apostasia
“Mas o Espírito [Santo] expressamente diz que nos últimos
tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos
enganadores, e a doutrinas de demônios; Pela hipocrisia de
homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria
consciência; Proibindo o casamento, [ensinando] e ordenando a
abstinência [de certos tipos] dos alimentos que Deus criou para
os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles
com ações de graças; Porque toda a criatura de Deus é boa, e
não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças”.
1 Tm. 4: 1-4

A apostasia é o completo abandono da fé cristã. Apostatar é


abandonar a fé que professava, é renunciar os princípios que
acreditava. O dicionário Aulete assim define apostasia: “Re-
negação de uma religião ou renúncia à fé religiosa; desistência,
abandono de vínculo sacerdotal ou religioso. Renúncia a uma opi-
nião ou crença de qualquer natureza”.

Apostasia é rebelião contra Deus. Mas ela não se manifesta ins-


tantaneamente. Em algum momento em sua vida ou na vida
dos seus antepassados foi aberta uma porta para essa iniquida-
de. O texto de Timóteo diz que o apostata deu ouvidos a espíri-
tos enganadores e isso fala de uma pessoa que, possivelmente,
estava buscando conhecer a Deus e a Sua Palavra, mas buscou
84 A raiz da Iniquidade

em líderes mentirosos e que haviam cauterizado suas mentes


com falsas doutrinas.

Quando esse espírito enganador entra na vida da pessoa, ele


faz da apostasia uma raiz que vai crescer lentamente. Inicial-
mente essa raiz vai produzir um caule que nada mais é do que
o “ignorar a voz de Deus”. Esse espírito de engano geralmente
trabalha com a “decepção”. Ele leva suas vítimas a se decepcio-
nar com a demora pelo cumprimento das promessas de Deus,
com as falhas do seu líder, com a soberania de Deus no curso
da história, etc. Essa “decepção” vai levá-lo a distanciar de Deus
e de Sua Palavra. A essa altura o caule começa a produzir as fo-
lhas que são os pecados que manifestaram um completo aban-
dono dos princípios da fé em Deus e em sua Palavra.

A raiz iníqua da apostasia também pode produzir outro caule


paralelo que é “a dúvida de que a Bíblia é a Palavra de Deus”. O
liberalismo teológico é a ante-sala da apostasia. O crente que
duvida da confiabilidade da Palavra de Deus serra o galho de
árvore sobre o qual a sua fé está sentada.

Identificando a iniquidade pelo aparecimento do caule:

Só percebemos que uma raiz germinou quando na terra o cau-


le começa a crescer. Assim também no caso da raiz de iniquida-
de, só percebemos a apostasia quando começamos a “ignorar a
voz de Deus” ou a “duvidar dos ensinos da Sua Palavra”.

Padrão de comportamento pecaminoso que revela a iniqui-


dade.

Abaixo estão relacionadas as folhas que a árvore da apostasia


Raiz da iniquidade: Apostasia 85

produz.

1. Atitude morna;
2. Omissão na área devocional;
3. Omissão no testemunho;
4. Omissão nos dons espirituais;
5. Abandonar a igreja;
6. Negligenciar a Palavra de Deus;
7. Negligencia com a vida espiritual.

Sondando o coração:

Sonde o seu coração quanto a essa atitude de iniquidade. Veri-


fique se há em sua vida os padrões pecaminosos que revelam a
apostasia. Nos próximos dias estaremos fazendo um inventário
completo de cada um dos comportamentos que são manifes-
tados pela iniquidade da apostasia. A apostasia pode ter entra-
do em sua vida por uma porta aberta por você ou por alguns
de seus ancestrais.

Espírito geracional.

“Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não aconte-


cerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem
da iniquidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra
tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se
no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus”.
2 Ts. 2: 3-4

Um espírito geracional é uma entidade espiritual que afeta


uma linhagem familiar. É transferido através das gerações e
pode permanecer conectado aos membros da família por mui-
86 A raiz da Iniquidade

tas gerações se a iniquidade não for anulada.

No texto de 2 Tes. 2: 3-4, Paulo afirma que a apostasia está di-


retamente relacionada a iniquidade e quando o anticristo se
manifestar, ele fará oposição a Deus. Assim entendemos que a
apostasia é uma operação diabólica.

Se você identificou em sua vida comportamentos pecaminosos


de apostasia, você pode estar debaixo de uma operação dos
espíritos de engano.

“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, al-


guns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a
ensinos de demônios”. 1 Tm. 4: 1

Se o Espírito Santo mostra em sua vida esse comportamento


iníquo, identifique o receptor: Você, algum membro da sua fa-
mília ou seus antepassados.

Receptor:___________________________________

Espírito geracional: Espíritos enganadores.

Identificando as cadeias ou as prisões geracionais.

Toda raiz de iniquidade é operacionalizada por um espírito ma-


ligno que mantém sua vítima em cadeias nas regiões inferiores
das trevas. Daí a necessidade de buscar a orientação do Espírito
Santo para identificar essas cadeias. Geralmente as prisões têm
o nome das iniquidades manifestas. Nesse caso a cadeia aqui é
da apostasia.
Raiz da iniquidade: Apostasia 87

Consequências de não confessar.

“É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e


provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito
Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo
vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arre-
pendimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o
Filho de Deus e expondo-o à ignomínia”. Hb 6: 4-6

Como vimos a apostasia é uma raiz que produz uma árvore gi-
gante. Se usarmos o machado do Senhor que está posto a raiz
da árvore e cortarmos antes que cresça há esperança. Caso con-
trário, se deixarmos os pecados fluírem: Atitude morna, omis-
são na área devocional, omissão no testemunho, omissão nos
dons espirituais, ouvir e não praticar, abandonar a igreja, negli-
genciar a Palavra de Deus e negligenciar com a vida espiritual,
certamente que acontecerá o que está previsto em Hebreus 6:
4-6. Torna-se impossível renovar a mente para a salvação.

Estamos diante de um texto de difícil interpretação. O texto


expõe duas vezes a palavra “impossível”. Aqui o autor aborda
sobre uma pessoa que teve seus olhos iluminados por Deus,
provou das coisas celestiais, recebeu o Espírito Santo, conhe-
ceu a Palavra de Deus, recebeu revelações sobre o futuro e caiu.
A Bíblia diz que o justo pode cair até sete vezes e o Senhor o le-
vantará. Assim, esta pessoa não quis ser levantada. A apostasia
tomou conta do seu coração, que se fechou para Deus. Por isso
torna-se difícil o Espírito Santo convencê-lo do pecado

Atitude a ser tomada:

Você deve começar, a partir de hoje, a cortar a raiz da árvore da


apostasia em sua vida. Confesse cada área de pecado, pare de
88 A raiz da Iniquidade

duvidar da Palavra de Deus e aprenda a praticar a Palavra.

“Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de


mim, os que praticais a iniquidade. Todo aquele, pois, que ouve estas
minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente
que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram
os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa,
que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. E todo aquele que
ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um
homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; e caiu a chu-
va, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto
contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína”. Mt. 7:
23-27

Oração:

Se ao sondar seu coração o Espírito Santo lhe mostrou compor-


tamentos pecaminosos que revelam a apostasia, confesse a ini-
quidade. Peça ao Senhor para lhe dar novamente aquele amor
do tempo de sua conversão. Ore com fé que Deus lhe dará um
coração que arde com paixão por Ele. Tome a seguinte posição:

1. Confesse as portas de entrada do receptor pedindo perdão


a Deus;

2. Arrependa-se da raiz de apostasia manifesta em sua vida


através dos padrões de comportamentos pecaminosos;

3. Identifique o espírito geracional e mande-o embora da sua


vida, nesse caso: Espírito de engano;

4. Anule os decretos de maldição sobre sua vida e descenden-


tes;
Raiz da iniquidade: Apostasia 89

5. Peça ao Senhor para quebrar as cadeias e os grilhões da


apostasia a fim de que você fique livre;

6. Declare a vitória de Jesus na cruz sobre a iniquidade.


2º Dia

Raiz da Iniquidade:
Orgulho
“...porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes con-
cede a sua graça”. I Ped. 5: 5c.

“Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; cora-


ção compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus”. Sl. 51: 17

O orgulho é uma raiz interna que manifesta de várias maneiras:


a pessoa se acha muito espiritual, gosta de fazer julgamentos e
criticas as pessoas, se coloca acima dos outros, etc. O orgulho é
uma declaração de que somos muito bons e não precisamos de
ninguém e nem mesmo de Deus.

É preciso compreender que a soberba e o orgulho são resistidas


por Deus. Além de não aceitar essas atitudes de iniquidade, Ele
também as resiste. Mas o que significa resistir? É como se Deus
colocasse as Suas mãos sobre o peito de uma pessoa e essa não
pudesse mais dar um passo para frente. Há muitas pessoas que
se encontram paralisadas e não foi o diabo que as parou, mas
sim Deus, que as resistiu pela sua soberba e seu orgulho.

Encontramos na Bíblia alguns personagens que esboçaram es-


ses comportamentos de iniquidade e receberam o tratamento
92 A raiz da Iniquidade

duro de Deus:

1. Faraó - morto no Mar Vermelho. Êx. 14: 27-31.

2. Senaqueribe - rei da Assíria. O anjo do Senhor feriu 180.000


soldados do seu exército na guerra e ele foi morto pelos
seus próprios filhos. 2 Rs. 19: 35-37.

3. Jezabel - esposa do rei Acabe. Foi comida pelos cães. 2 Rs.


9: 30-37.

4. Herodes Agripa I - Rei dos Judeus designado pelos Roma-


nos. Teve uma morte horrível, foi literalmente devorado
vivo, de dentro para fora, por vermes. At. 12: 21-23.

5. Nabucodonozor - rei da Babilônia. Foi colocado por Deus


para morar no campo como um animal por sete anos. Dn.
4: 30-33.

O comportamento iníquo de orgulho do rei Nabucodonozor,


foi visitado nas suas gerações como vemos:

• Nabucodonozor - reinou 43 anos e morreu em 562 a.C.

• Evil-Merodaque, filho de Nabucodonozor - reinou 2 anos de


562 a 560 a.C.

• Neriglissar, cunhado de Evil-Merodque - reinou 4 anos de


560 a 556 a.C.

• Labasi-Marduque - reinou 2 meses.

• Labonido, filho de Nabucodonozor - reinou juntamente


com seu filho Belsazar 17 anos de 556 a 539 a.C.

A iniquidade dessas gerações também foram resistidas por


Raiz da iniquidade: Orgulho 93

Deus que tiveram seus reinados curtos. Dan. 5: 17-28.

Identificando a iniquidade.

Quase sempre julgamos as pessoas como soberbas e orgulho-


sas pelo que elas demonstram no relacionamento conosco ou
com alguém ao nosso redor. Porém a soberba não deve ser vi-
sualizada no modo de comportamento nas relações entre pes-
soas. A soberba refere-se às relações do homem com Deus.

É a negação da relação de dependência da criatura para com o


Criador. É uma ação maligna, que traz um sentimento de inde-
pendência de Deus e exclusiva confiança em si mesmo.

O soberbo e orgulhoso insiste que o mundo gire em sua volta e


para sua satisfação, tudo deve ser feito segundo a “sua vontade”
e não segundo a vontade de Deus.

Dai o fato de você entender que todos os outros pecados levam


o homem a fugir de Deus, porém a soberba se opõe a Deus, o
que leva a Bíblia dizer que Deus resiste aos soberbos.

Padrão de comportamento que revela a iniquidade

Já foi definido que a soberba é uma atitude de independência


do homem para com Deus. Porém sua manifestação não é iso-
lada, ela se apresenta como um conjunto formado por muitas
outras atitudes de iniquidade. Verifique se em sua vida há um
padrão de comportamento que vem sendo copiado das gera-
ções anteriores. Abaixo esta uma lista de atitudes da manifesta-
ção do orgulho e da soberba compilada pela Dra. Neuza Itioka:
94 A raiz da Iniquidade

1. Queixa-se contra Deus. Quando percebe que Deus o está


resistindo e as coisas não dão certo em sua vida, responsa-
biliza Deus por seus fracassos.

2. Falta geral de gratidão. O orgulhoso não sabe agradecer,


ele crer que toda realização se deve a ele, porém quando as
coisas não vão bem ele entra pelo caminho da queixa e da
murmuração.

3. Ira, acesso de raiva, retraimento, amuo, frustração – mau


humor, pensamento ou olhar assassino. Por não viver na
dependência do Espírito Santo, seu humor varia a todo o
momento e as atitudes de ira e raiva são constantes.

4. Vê a si mesmo melhor do que os outros. Sua visão de si


mesmo é algo extraordinário. Por se considerar melhor que
os outros, ele tem pouca tolerância para com as deficiências
dos outros.

5. Visão exagerada de sua importância e talentos. Ele não


consegue perceber que tudo que o homem tem vem de
Deus. Acredita que sem ele as coisas não funcionam.

6. Seu perfeccionismo é auto-promocional. Está sempre


buscando se promover e aparecer, daí transformar coisas
menos importante em mais importante.

7. Falar demais e com frequência. Manipula uma conversa


e suas ideias e pontos de vista devem ser acatados pelos
outros.

8. Falar muito de si mesmo. O ego está sempre vivo e ativo,


daí a necessidade de prevalecer em qualquer situação. Seus
feitos estarão sempre à mostra.

9. Busca independência e controle. Sua busca de indepen-


Raiz da iniquidade: Orgulho 95

dência para agir sozinho está direcionada a um controle in-


flexível das pessoas e das situações e isso para que tudo saia
do seu jeito.

10. Desgasta-se com o que os outros pensam. Ele não está


preocupado em agradar a Deus e sim com que as pessoas
pensam sobre sua pessoa.

11. Magoar-se ou irar-se com as críticas. Por ele trabalhar


para que o mundo gire em torno de si, quando acontecem
críticas, sua tendência é ficar magoado com as pessoas.

12. Não gostar de ser ensinado. Geralmente ele se orgulha


de ser autodidata, aprende tudo sozinho e não gosta de ser
ensinado.

13. Sarcástico. Ofende aos outros com facilidade, menospreza


as pessoas humildes, são rudes e gosta de fazer piadas so-
bre as fraquezas daqueles que estão ao seu redor.

14. Falta de espírito de serviço. Se for para ter reconhecimen-


to pode até fazer alguma coisa, caso contrário não põe a
mão para fazer nada.

15. Falta de misericórdia. Não está preocupado com as neces-


sidades dos outros.

16. Ser defensivo ou transferir culpa. Está sempre numa po-


sição de defesa quando é cobrado em alguma coisa. Alguns
usam o ataque para se defender.

17. Falta de admitir que esteja errado. Em se tratando de


erro, busca transferir a culpa para os outros. Outras vezes
apresenta suas desculpas para cobrir seu erro.

18. Falta de pedir perdão. Esta é mais uma característica do


96 A raiz da Iniquidade

orgulhoso: não saber pedir perdão. Ele não anda no cami-


nho da humildade.

19. Falta de oração bíblica. Tem uma vida de pouca oração,


pois orar é depender de Deus e isso não está no seu currícu-
lo. Quando ora o faz para si e não para Deus.

20. Resiste à autoridade. É insubmisso e costuma resistir à au-


toridade buscando sempre a independência.

21. Manipulador. Expressa suas preferências ou opiniões


quando não solicitada e sem consideração pelos outros.

22. Minimizar os próprios pecados. Procura esconder suas


fraquezas ou achar que seus pecados são menos importan-
tes e não tão graves como apresenta a Palavra de Deus.

23. Maximizar os pecados dos outros. São vigias em ativida-


de que estão sempre vendo o pecado e a fraqueza dos ou-
tros a fim de expor.

24. Ser impaciente. A paciência é fruto do Espírito Santo e por


ele não ter a manifestação do fruto do Espírito, falta paciên-
cia em sua vida.

25. Ser invejoso e ciumento. Não deseja a vitória alheia.

26. Usar as pessoas. O orgulhoso vê as pessoas como objeto


de uso para alcançar seus desejos.

27. Usar táticas de chamar atenção. Para ser visto usa roupas
que chamam atenção, comportamento rebelde ou fala de
si mesmo.

28. Não ter relacionamentos próximos. Por se achar auto-su-


ficiente, evita os relacionamentos e se aborrece facilmente
Raiz da iniquidade: Orgulho 97

com os poucos amigos.

Se você constatar em sua vida algumas dessas atitudes que


mostram um padrão de comportamento que é fruto do orgu-
lho e da soberba (iniquidade), saiba que é necessário cortar a
raiz da árvore.

Sondando o coração.

Sonde o seu coração e veja se existem atitudes de orgulho em


sua vida. Isso pode ser percebido pela forma que você vê a si
mesmo e os outros. Caso você se enxergue superior aos outros,
arrependa-se.

Espírito geracional.

Um espírito geracional é uma entidade espiritual que afeta


uma linhagem familiar. É transferido através das gerações e
pode permanecer conectado aos membros da família por mui-
tas gerações se a iniquidade não for anulada.

Deus tem trazido à tona as armadilhas de Leviatã, também co-


nhecido como serpente sinuosa ou dragão. Essa entidade se
alimenta do orgulho e é responsável pela destruição de muitas
pessoas e ministérios.

Se o Espírito Santo mostra em sua vida esse comportamento


iníquo, identifique o receptor: você, algum membro da sua fa-
mília ou seus antepassados.

Receptor: ___________________________________
98 A raiz da Iniquidade

Espírito geracional: Leviatã.

Identificando as cadeias ou as prisões geracionais.

Toda raiz de iniquidade é operacionalizada por um espírito ma-


ligno que mantém sua vítima em cadeias nas regiões inferiores
das trevas. Daí a necessidade de buscar a orientação do Espírito
Santo para identificar essas cadeias. Geralmente as prisões têm
o nome das iniquidades manifestas.

Nesse caso a prisão ou região de cativeiro aqui é chamada de


orgulho ou soberba.

Consequências de não confessar.

Essas são as consequências que geralmente se percebe na vida


daqueles que não se arrependem e confessam o orgulho em
sua vida ou em sua linhagem familiar: Problemas mentais, lou-
cura, altzheimer e demência senil.

Estudando os ataques de leviatã na vida de Jó, percebemos as


áreas que foram atingidas:

• Filhos. Matou a herança de Jó. Quer destruir sua herança;

• Esposa. A mulher fica contra o marido e o marido contra a


mulher. O casamento pode acabar;

• Saúde. Essa entidade ataca com vários problemas de saúde;

• Amigos. Relacionamentos são quebrados;


Raiz da iniquidade: Orgulho 99

• Finanças. “o orgulho precede a ruína”. Leva o orgulhoso a po-


breza.

Se você identifica alguns desses problemas em sua vida, isso


pode estar relacionado ao orgulho ou a árvore pode ter sido
plantada nas gerações passadas. Daí a necessidade de confis-
são, arrependimento e uma nova plantação das sementes da
humildade.

Atitude a ser tomada:

Se você identificou alguma atitude de orgulho e soberba em


sua vida, é hora de aprender a humildade. Saiba que no cami-
nho do sucesso você vai encontrar os humildes. A verdadeira
humildade não é uma atitude externa nas relações de convi-
vência humana. Ela é em primeiro lugar, sobretudo, uma atitu-
de do homem perante Deus.

Se por um lado a soberba é viver e agir independente de Deus.


A humildade é o contrário, é a adesão, o sim de assentimento a
esta condição originária e essencial de sujeição da criatura ao
Criador.

Em segundo lugar vemos a humildade manifestada nas rela-


ções do homem para com o homem. Isto envolve toda nossa
esfera de relacionamentos.

Desça do pedestal, que é o lugar de Deus, e busque ter um co-


ração quebrantado e contrito. Busque ter uma vida de depen-
dência do Senhor.

Aprenda a não se justificar quando for corrigido pelo seu líder


ou por qualquer pessoa em posição de autoridade. Humildade
é uma característica do caráter e deve ser aprendida quando
100 A raiz da Iniquidade

não se está presente em nosso cotidiano. Aliste os comporta-


mentos que devem ser modificado em sua vida e leve a Deus
em oração.

Oração:

Se ao sondar seu coração o Espírito Santo lhe mostrou cadeias


de orgulho, soberba, prepotência ou arrogância, ore agora to-
mando as seguintes atitudes:

1. Confesse as portas de entrada do receptor pedindo perdão


a Deus;

2. Arrependa-se da raiz de orgulho manifesta em sua vida atra-


vés dos padrões de comportamento orgulhoso e soberbo;

3. Identifique o espírito geracional e mande-o embora da sua


vida, nesse caso: Leviatã;

4. Anule os decretos de maldição sobre sua vida e seus des-


cendentes;

5. Peça ao Senhor para quebrar as cadeias e os grilhões do or-


gulho e soberba a fim de que você fique livre;

6. Declare a vitória de Jesus na cruz sobre a iniquidade;

7. Entregue essa área de sua vida nas mãos do Espírito Santo.


3º Dia

Raiz da Iniquidade:
Egoísmo e vaidade

“Sabe, porém, isto nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis,


pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogan-
tes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreveren-
tes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si,
cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais
amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de pie-
dade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes”.
2 Tm. 3: 1-5

A palavra grega para egoísta é PHILAUTOS que significa: “Que


ama a si mesmo, bem atento aos próprios interesses, egoísta”. En-
contramos na Bíblia Paulo exortando Timóteo a fugir dos ho-
mens egoístas, pois eles deveriam amar a Deus sobre todas as
coisas. Mas a prática diaria de vida do egoísta é o amor a si mes-
mo e os seus interesses. Um crente egoísta não trabalha para o
Senhor e sim para si mesmo.

Todo trabalho do egoísta é para mostrar que é capaz de fazê-


lo. Alguns chegam ao ponto de fazerem determinadas coisas
para se mostrarem melhores que outros. Neste caso Deus não
pode aceitar seu trabalho, pois procede de um coração egoísta,
soberbo e cheio de iniquidade. Devemos sempre lembrar que
102 A raiz da Iniquidade

atrás das nossas atitudes estão as nossas intenções, as quais


são sondadas pelo Senhor diariamente.

Se observarmos, perceberemos que os conflitos surgem dos


desejos egoístas do coração (iniquidade). As pessoas egoístas
são tão apegadas aos seus próprios interesses que estão dis-
postos a lutar por eles, para que a sua vontade seja feita.

Como se produz um egoísta? O egoísmo e o individualismo são


uma questão de identidade.

Identidade é quem nós somos de fato. Para formar essa iden-


tidade desde cedo recebemos em cada gesto, atitude e ação
para conosco, duas informações básicas:

Linguagem social: Direitos e deveres;

Linguagem familiar: Confirmação e limites.

Direitos e Confirmação: é o reconhecimento, elogio, afeto, es-


paço, apoio, compreensão, afirmação, autonomia, valor, voz e
amor.

Deveres e Limites: significa as normas, regras, códigos, disci-


plina, leis, frustração, restrições e os nãos.

A individualidade tem a ver com o amor-próprio. É uma noção


integrada e equilibrada de direitos/deveres e confirmação/limi-
tes, que vai produzir um senso de valor próprio e de autoestima
ou autoaceitação.

Quando esses binômios são esticados para um lado ou para


o outro, haverá problemas na identidade da pessoa. Haven-
do excesso de direitos ou confirmação a tendência é a criança
tornar-se individualista. O individualismo é uma forma egoísta
e distorcida de se vivenciar a individualidade. Nesse caso a pes-
Raiz da iniquidade: Egoísmo e Vaidade 103

soa busca viver isolada e solitariamente, separada de tudo e de


todos.

Exemplo: uma criança que tem todos seus direitos preservados


e acentuados com pouca cobrança de deveres, que recebe ape-
nas palavras de confirmação e cresce sem estabelecimento de
limites pelos pais, será uma pessoa que tenderá a se fixar em
seus direitos e, nunca, em seus deveres, sendo centrada em si
mesma e com pouca percepção dos outros. Dessa forma está se
produzindo mais um egoísta.

Identificando a iniquidade.

1. Quando você faz alguma atividade, seja na igreja, no traba-


lho ou mesmo em casa, sua intenção é chamar a atenção
para si mesmo?

2. Em virtude do seu conhecimento, sua posição na sociedade


ou na igreja, suas posses materiais e sua beleza física, você
se acha superior as outras pessoas? O sentimento de supe-
rioridade e a depreciação do próximo são atitudes pecami-
nosas que abrigamos em nosso coração.

3. Você vive competindo com as pessoas, embora elas não


estejam competindo com você? O desejo do seu coração
é sempre ganhar e ser o primeiro em qualquer situação?
Lembre-se: Em nenhum momento temos a necessidade de
sermos competitivos ou autopromovermos, isso porque
Deus nos fez único. Ninguém é igual a mim ou a você. Preci-
samos viver essa verdade e diante dela aceitar o que somos
em Deus.

4. Você coloca suas necessidades acima das necessidades das


outras pessoas? Numa festa ou num restaurante você gosta
104 A raiz da Iniquidade

de ser servido primeiro? Jesus disse que não veio para ser
servido, mas para servir!

5. Você cumprimenta as pessoas quando entra no elevador,


num consultório, na fila do banco ou na igreja? Devemos
ser amáveis e corteses.

Peça ao Espírito Santo para trazer à memória todas as atitudes


egoístas do seu coração. Faça uma lista das atitudes e ações
que foram identificadas em sua vida.

Padrão de comportamento que revela a iniquidade

“Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por


causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação
será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória
dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, a um só tem-
po, geme e suporta angústias até agora”. Rom. 8: 20-22.

Segundo o apóstolo Paulo toda a humanidade está sujeita a


vaidade e isso pelo diabo que a sujeitou através do cativeiro
da corrupção. Isso significa que temos em nossa genética um
padrão de comportamento vaidoso e egoísta.

Descubra quais são esses comportamentos e busque uma mu-


dança de atitudes diariamente.

Sondando o coração.

Busque no seu coração e tente achar atitudes que mostrem o


desejo de chamar a atenção para si mesmo, autopromoção, co-
locar seus interesses, desejos, necessidades em primeiro lugar
Raiz da iniquidade: Egoísmo e Vaidade 105

em detrimento (ou não) do ambiente e das demais pessoas


com que se relaciona.

Consequências de não confessar.

Essas são as consequências que geralmente se percebe na vida


daqueles que não se arrependem e confessam o egoísmo e a
vaidade em sua vida ou em sua linhagem familiar:

“Não confie, pois, na vaidade, enganando-se a si mesmo, porque a


vaidade será a sua recompensa. Esta se lhe consumará antes dos
seus dias, e o seu ramo não reverdecerá. Sacudirá as suas uvas verdes,
como a vide, e deixará cair a sua flor, como a oliveira”. Jó 15: 31-33

O egoísmo e a vaidade geralmente trazem quebras de amiza-


des, barreiras nos relacionamentos e solidão.

Atitude a ser tomada.

Comece hoje a descer do pedestal em que você mesmo se co-


locou. Passe a ver os outros superiores a você. Busque ter a hu-
mildade que cristo nos ensinou ao descer do céu e vir à terra, e
como homem se humilhou até ao ponto de morrer na cruz por
nós. Fp 2: 3-8.

Seja específico e escreva as mudanças que Deus quer que você


faça.
106 A raiz da Iniquidade

Oração.

Deus espera mudança de atitude e o começo disso é a confis-


são do pecado, da transgressão, da raiz da iniquidade e o pedi-
do de perdão a Deus. Busque também encontrar essas atitudes
egoístas de iniquidade nas suas gerações passadas, confesse-
-as, leve a cruz e deixe lá.

Siga os passos abaixo na sua oração:

1. Confesse as portas de entrada do receptor pedindo perdão


a Deus;

2. Arrependa-se do pecado do egocentrismo manifesto em


sua vida através dos padrões de comportamento egoísta e
de vaidade;

3. Identifique o espírito geracional e mande-o embora da sua


vida;

4. Anule os decretos de maldição sobre sua vida e descenden-


tes;

5. Peça ao Senhor para quebrar as cadeias e os grilhões do


egocentrismo e individualismo a fim de que você fique livre;

6. Declare a vitória de Jesus na cruz sobre o pecado, a trans-


gressão e toda raiz de iniquidade;

7. Entregue essa área de sua vida nas mãos do Espírito Santo.


4º Dia

Raiz da Iniquidade:
Racismo ou acepção
de pessoas
“Meus irmãos e minhas irmãs, vocês que crêem no nosso glorioso
Senhor Jesus Cristo, nunca tratem as pessoas de modo diferente
por causa da aparência delas. Por exemplo, entra na reunião de
vocês um homem com anéis de ouro e bem vestido, e entra tam-
bém outro, pobre e vestindo roupas velhas. Digamos que vocês
tratam melhor o que está bem vestido e dizem: “Este é o melhor
lugar; sente-se aqui”, mas dizem ao pobre: “Fique de pé” ou
“Sente-se aí no chão, perto dos meus pés.” Nesse caso vocês estão
fazendo diferença entre vocês mesmos e estão se baseando em
maus motivos para julgar o valor dos outros”. Tg. 2: 1-4

Creio que todos nós concordamos que um dos fundamentos da


igreja de nossos dias é considerar o racismo um pecado, e que
Deus não usa de favoritismo. Em Cristo somos irmãs e irmãos,
independentemente de onde nascemos, onde moramos, o que
somos ou o que temos.

Parece que na Igreja em Jerusalém estava havendo discrimina-


ção de pessoas e Tiago, um dos líderes da Igreja, escreve ago-
ra aos judeus dispersos na Ásia, fazendo menção do problema
108 A raiz da Iniquidade

que enfrentavam em Jerusalém. As pessoas estavam sendo


diferenciadas pelos seus trajes ou pelo uso de ricas jóias, Tiago
pensou que esse não era um procedimento digno dos ensina-
mentos de Jesus, que sempre pregou a igualdade das pessoas,
não permitindo que uma, pelos seus bens, ou pelos seus finos
trajes, fosse considerada maior do que as outras, pobres e hu-
mildemente trajadas.

Vemos na Bíblia a história de homens de Deus que num deter-


minado momento manifestaram discriminação e preconceitos
(iniquidade) profundamente enraizados em suas vidas, mas
que depois foram transformados por Deus, entre eles citamos
Jonas (Jn 4: 1-11) e Pedro (At 10: 9-35).

O êxtase de Pedro transformou sua mente e também seu cora-


ção. Ele se convenceu afinal que “Deus não faz acepção de pes-
soas”. Quando ele começou a pregar, o Espírito Santo veio so-
bre os gentios. Que outra coisa podia Pedro então fazer, senão
recomendar que esses gentios fossem batizados? A mesma
verdade - Que Deus ama todas as pessoas porque elas foram
criadas por Ele - também tinha raiado para Jonas. Os dois tex-
tos nos falam de momentos decisivos na vida de comunidades
que puseram termo ao exclusivismo racial; e ao mesmo tempo,
falam da vida individual dos personagens envolvidos, da nova
compreensão que eles adquiriram do relacionamento entre
judeus e gentios. Isso porque, aos olhos de Deus, ninguém é
comum ou imundo.

Identificando os padrões de comportamento iníquos:

A acepção de pessoas é iniquidade, é um erro gravíssimo pré-


julgar e desvalorizar as pessoas. O preconceito é algo muito su-
til que nasce e cresce dentro do coração humano e geralmente
se manifesta de mãos dadas com o orgulho, egoísmo e soberba.
Raiz da iniquidade: Racismo ou acepção de pessoas 109

1. Qual foi a última vez que você mudou sua maneira de pen-
sar sobre algum assunto? Por exemplo, sobre os conceitos
emitidos em relação a alguma pessoa, a aceitação ou não
de alguma ação, ou a veracidade de alguma crença?

2. O que foi que levou você a mudar de opinião? Pense nis-


so durante alguns minutos. Foi necessário a intervenção de
Deus na situação e determinando certos acontecimentos
para que Jonas e Pedro mudassem a maneira de pensar.
Com que partes desses acontecimentos você se identifica?

3. Jonas e Pedro manifestaram sentimentos iníquos profunda-


mente arraigados ao discriminar certos grupos de pessoas.
Esse comportamento derivava de sua fé religiosa. Os dois
estavam convencidos da certeza de suas posições. Você dis-
crimina algum tipo de pessoa?

4. O que é que essas pessoas têm de particular e que podem


ser a causa da discriminação? Por exemplo, sua origem ét-
nica, seu comportamento, suas ideias políticas ou crenças
religiosas?

5. Você está aberto a cumprimentar todas as pessoas da sua


Igreja ou há alguém com quem você não fala?

6. Em seu grupo de amizade há pessoas de todas as classes


sociais ou você dá preferência há certo tipo de pessoas?

7. Se você discrimina alguma pessoa ou grupo de pessoas ou


evita o contato com os pobres e tende a buscar um relacio-
namento mais de perto com os ricos, você, de fato, é culpa-
do de preconceito e parcialidade.

Se você identifica esses comportamentos de iniquidade, você


necessita seriamente de confissão e arrependimento. Aliste as
pessoas ou as classes de pessoas a quem você deve pedir per-
110 A raiz da Iniquidade

dão.

Sondando o coração:

É sinal de maturidade espiritual saber reconhecer que muitos


dos nossos sentimentos profundos sobre as outras pessoas sur-
gem da iniquidade do nosso coração. Sabemos, no plano men-
tal, ser absurdo que Deus dê preferência a algumas pessoas em
detrimento de outras, ou que considere alguns grupos étnicos
superiores a outros. Mas, não raro, a iniquidade do nosso cora-
ção faz brotar, sentimentos de discriminação e de repugnância
em relação a certas pessoas. É justamente nas profundezas do
nosso coração que Deus deseja penetrar para aí mostrar a ver-
dade, tal como fez com o esfomeado Pedro através do sonho
do lençol carregado de animais impuros aos seus olhos.

Sonde seu coração e verifique se você tem feito acepção de


pessoas. Procure ver se em seu círculo de amizades estão so-
mente pessoas semelhantes social e economicamente a você
ou está aberto para qualquer pessoa independente de classe
econômica ou social.

Identificando as cadeias ou as prisões geracionais.

Toda raiz de iniquidade é operacionalizada por um espírito ma-


ligno que mantém sua vítima em cadeias nas regiões inferiores
das trevas. Daí a necessidade de buscar a orientação do Espírito
Santo para identificar essas cadeias. Geralmente as prisões têm
o nome das iniquidades manifestas.

Nesse caso a cadeia aqui é do racismo e preconceito.


Raiz da iniquidade: Racismo ou acepção de pessoas 111

Consequências de não confessar.

Essas são as consequências que geralmente se percebe na vida


daqueles que não se arrependem e confessam o preconceito e
o racismo em sua vida ou em sua linhagem familiar:

• Segundo as leis de nosso país, prisão inafiançável.

• O preconceito traz quebras de amizades, barreiras nos rela-


cionamentos e solidão.

Atitude a ser tomada:

Aliste as pessoas que você não tem se relacionado na igreja e


procure quebrar a barreira. Também aliste as classes de pessoas
às quais você tem sido resistente, ore a Deus e procure quebrar
as resistências.

Oração.

Não deixe esses comportamentos de iniquidade continuar alo-


jados em seu coração, está na hora de levá-los à cruz de Cristo,
confessando e pedindo perdão a Deus. Siga os passos abaixo
na sua oração:

1. Confesse as portas de entrada do receptor pedindo perdão


a Deus;

2. Arrependa-se do preconceito manifesto em sua vida através


dos padrões de comportamento de acepção de pessoas;
112 A raiz da Iniquidade

3. Identifique o espírito geracional e mande-o embora da sua


vida;

4. Anule os decretos de maldição sobre sua vida e descenden-


tes;

5. Peça ao Senhor para quebrar as cadeias e os grilhões do


preconceito a fim de que você fique livre;

6. Declare a vitória de Jesus na cruz sobre a iniquidade;

7. Entregue essa área de sua vida nas mãos do Espírito Santo.


5º Dia

Raiz da Iniquidade:
Dúvida ou falta de
fé (humanismo).

“Sem fé ninguém pode agradar a Deus, porque quem vai a ele


precisa crer que ele existe e que recompensa os que procuram
conhecê-lo melhor”. Hb. 11: 6

Se você tiver uma Ferrari de R$ 500.000,00 (quinhentos mil re-


ais), mas não tiver combustível para fazê-la andar, vai ficar para-
do na garagem. Assim também acontece com muitos cristãos.
Eles frequentam à igreja dominicalmente, participam da ceia,
entregam seus dízimos, mas não acreditam que Deus pode rea-
lizar milagres ou curar um enfermo. Eles estão estacionados na
vida espiritual, parados!

O diabo é especialista em colocar a dúvida no coração do cren-


te. Ele a colocou em Eva e a fez pecar.

A dúvida ou a falta de fé são atitudes de iniquidade. Foi a dúvi-


da de que Deus pudesse estabelecer Israel na terra prometida,
até então ocupada pelos gigantes cananeus, que fez com que
os filhos de Israel morressem no deserto.
114 A raiz da Iniquidade

No grego: APISTIA, significa: infidelidade, incredulidade, falta


de fé, descrença, fraqueza de fé.

“Então, os discípulos, aproximando-se de Jesus, perguntaram em


particular: Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo? E ele lhes
respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos
digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este mon-
te: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível”.
Mt. 17: 19-20.

“E imediatamente o pai do menino exclamou [com lágrimas]: Eu


creio! Ajuda-me na minha falta de fé!”. Mc. 9: 24.

Tiago diz que o homem que duvida é como a onda do mar:

“Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é se-
melhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não supo-
nha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; homem de
ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos”. Tg 1: 6-8.

A dúvida ou a falta de fé é mortal como o vírus da AIDS que


quando contamina vai destruindo o sistema imunológico da
pessoa infectada chegando ao ponto em que ela pode morrer
por adquirir uma simples enfermidade. A falta de fé destrói a
crença ou a convicção de que Deus existe, é o criador e gover-
nador de todas as coisas e que é o provedor e o doador da sal-
vação eterna em Cristo.

Destrói ainda a convicção ou crença na pesosa de Jesus como


o Messias, através do qual nós obtemos a salvação eterna e nos
tornamos participantes do reino de Deus. Assim que entra a
dúvida e esses postulados são destruidos, o crente está senten-
ciado a morrer por qualquer motivo ainda que seja minimo. Ele
pode abandonar a igreja e a fé por um simples desentendimen-
to com seu líder ou outro irmão.
Raiz da iniquidade: Dúvida ou falta de fé (humanismo) 115

Identificando a iniquidade:

Ansiedade, falta de fé, dúvida, timidez, preocupação e insegu-


rança são sintomas do medo e conseqüentemente atitudes de
iniquidade, pois refletem falta de confiança em Deus, que pro-
mete perfeita paz e segurança àqueles que escolhem confiar
ao invés de temer. Você precisa confessar essas atitudes de ini-
quidade.

Padrão de comportamento que revela a iniquidade

Busque identificar em sua vida e na geração de seus ancestrais,


padrões de comportamento que revela esse comportamento
iníquo. Abaixo está uma lista de perguntas que facilitarão a
identificação:

1. Você está firmado nas promessas que o Senhor te deu ou


não tem certeza de que elas irão se cumprir em sua vida?
Lembre-se que Jesus disse: “Passará o céu e a terra, porém as
minhas palavras não passarão”. Mat. 24: 35. Tudo quanto Ele
prometeu, vai cumprir! Aleluia!

2. Você crê que Deus é o mesmo de ontem, hoje e será eter-


namente? Crê que tudo quanto o Espírito Santo realizou
no passado também pode realizar em sua vida hoje? Desa-
creditar do poder do Espírito Santo, dos dons espirituais e
das manifestações sobrenaturais é ser incrédulo de coração
(iniquidade). Jesus repreendeu Tomé e disse: “E logo disse a
Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a
mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente”.
João 20: 27.

3. Quando você ora, acredita que Deus está ouvindo suas ora-
116 A raiz da Iniquidade

ções e que elas serão respondidas? Muitas de nossas ora-


ções, por situações que julgamos humanamente impossí-
vel, são terminadas declarando que seja feita a “vontade de
Deus”, quando na realidade é para esconder nossa falta de
fé no milagre. Isso é iniquidade.

4. Você acredita que Deus faz milagres hoje? Acredita que Ele
pode realizar um milagre em sua vida? Se você não acre-
ditar em milagres e que Deus pode realizá-lo em sua vida,
você é apenas um religioso que não consegue viver pela fé,
está vivendo numa situação difícil por causa da iniquidade
dentro do seu coração. Confesse essa incredulidade ao Se-
nhor e faça como os discípulos que pediram a Jesus para
aumentar sua fé. Lc. 17: 5.

Apanhe um papel e liste todas as atitudes de incredulidade ou


falta de fé mencionadas acima e que foram detectadas em sua
vida.

Sondando o coração:

Abra o seu coração e pese os seus sentimentos utilizando uma


balança de dois pratos. De um lado coloque a fé em Deus e em
sua Palavra, a confiança em Cristo e a certeza da realização de
suas promessas. Do outro coloque suas dúvidas, queixas, ansie-
dade e preocupações. Se este último prato pesar mais é sinal
que você não confia em Deus plenamente e isso é iniquidade.

Espírito geracional.

Um espírito geracional é uma entidade espiritual que afeta


uma linhagem familiar. É transferido através das gerações e
Raiz da iniquidade: Dúvida ou falta de fé (humanismo) 117

pode permanecer conectado aos membros da família por mui-


tas gerações se a iniquidade não for anulada.

Se o Espírito Santo mostra em sua vida esse comportamento


iníquo, identifique o receptor: Você, algum membro da sua fa-
mília ou seus antepassados. No caso da dúvida ou falta de fé o
espírito geracional é da incredulidade.

Receptor: ___________________________________

Espírito geracional: Incredulidade.

Identificando as cadeias ou as prisões geracionais.

Toda raiz de iniquidade é operacionalizada por um espírito ma-


ligno que mantém sua vítima em cadeias nas regiões inferiores
das trevas. Daí a necessidade de buscar a orientação do Espírito
Santo para identificar essas cadeias. Geralmente as prisões têm
o nome das iniquidades manifestas.

Nesse caso a cadeia aqui é da Humanismo.

Consequências de não confessar.

Essas são as consequências que geralmente se percebe na vida


daqueles que não se arrependem e confessam a incredulidade
em sua vida ou em sua linhagem familiar:

• Levanta uma barreira para receber as promessas de Deus


em sua vida.

• Impede receber os milagres de Deus. Como aconteceu em


118 A raiz da Iniquidade

Nazaré. Mt. 13: 58.

• Leva a apostasia. Abandona a fé e torna-se mundano.

Atitude a ser tomada:

“Sem fé é impossível agradar a Deus...”. Aprenda que o Deus que


realizou maravilhas no passado é o mesmo que você serve hoje.
Creia no Seu poder!

Está na hora de uma entrega total ao Senhor. Experimente en-


tregar a Ele cem por cento de sua vida e a depender Dele dia-
riamente.

Oração.

Confesse a Ele a iniquidade da incredulidade até hoje e ore


entregando sua vida incondicionalmente ao Senhor. Deposite
nas mãos de Deus tudo que você é e possui. Torne-se hoje uma
pessoa dependente do Pai e creia que Ele pode realizar tudo na
sua vida.

1. Confesse as portas de entrada do receptor pedindo perdão


a Deus;

2. Arrependa-se da incredulidade manifesta em sua vida atra-


vés dos padrões de comportamento de dúvida ou falta de
fé em Deus;

3. Identifique o espírito geracional e mande-o embora da sua


vida. Nesse caso é o espírito de incredulidade.
Raiz da iniquidade: Dúvida ou falta de fé (humanismo) 119

4. Anule os decretos de maldição sobre sua vida e descenden-


tes;

5. Peça ao Senhor para quebrar as cadeias e os grilhões do hu-


manismo a fim de que você fique livre;

6. Declare a vitória de Jesus na cruz sobre a iniquidade;

7. Entregue essa área de sua vida nas mãos do Espírito Santo.


Lc. 17: 5.
6º Dia

Raiz da Iniquidade:
Espírito de crítica
“Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério
com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que
tiverdes medido, vos medirão também. Por que vês tu o argueiro
no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no
teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o ar-
gueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira
primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar
o argueiro do olho de teu irmão”. Mt. 7: 1-5

Senso Crítico é a busca da verdade pelo questionamento do


“eu” do “outro” e do “mundo”.

Espírito crítico é a atitude amadurecida do homem que busca


com seriedade a verdade, pondera razões, confronta motivos,
busca aplicar-se no conhecimento da verdade dissipando as
trevas da ignorância e promovendo o progresso da mente.

O Humanismo tem exaltado o espírito crítico na sociedade de


modo geral, mas principalmente no meio acadêmico. Nunca na
história da humanidade se deu tanta ênfase a busca do espíri-
to crítico como em nossa geração. Porém, se não observarmos
com cuidado, poderemos deixar o espírito crítico se tornar em
espírito de crítica.

Espírito de crítica é o espírito de contradição. É o indício de


122 A raiz da Iniquidade

uma desorganização mental, de uma superficialidade irrespon-


sável que conduz ao ceticismo; nasce de dentro do coração jun-
to com a inveja.

A pessoa que manifesta essa atitude de iniquidade geralmente


o faz baseado na inveja. A crítica é para tentar apagar ou ofus-
car o brilho de alguém que está se levantando em uma posição
que traz desconforto para o invejoso. O espírito de crítica sem-
pre vai procurar depreciar os feitos dos outros e jogar para bai-
xo as pessoas que, de certa forma, estão fazendo alguma coisa.

Vemos o espírito da crítica também em ação na vida daqueles


que manifestam essa atitude de iniquidade, quando um proje-
to ou algum feito é elogiado ou ganha repercussão. Essa pes-
soa tenta desvalorizar os méritos do projeto e das pessoas nele
envolvidas. Em suma, a pessoa que traz consigo o espírito de
critica vai sempre rebaixar as pessoas.

“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo


digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e
mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em
amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Es-
pírito no vínculo da paz;”. Ef. 4: 1-3

No grego o vocábulo “anechomai” significa: “levantar, manter-


se ereto e firme, sustentar, carregar, suportar”. Em nossa Bíblia
essa palavra foi traduzida por “suportando” sendo que o signifi-
cado do versículo perde todo seu sentido. Interpretamos assim:
“suportando uns aos outros em amor”, ou seja, ainda que você
não goste deve suportar as pessoas em amor.

O significado no grego é “dar suporte, levantar, sustentar”. En-


tão isso é totalmente contrário ao espírito de crítica. O que
Deus quer é que levantemos ainda mais as pessoas, que sus-
tentemos em amor aqueles que estão em evidências ou que as
carreguemos nos braços.
Raiz da iniquidade: Espírito de crítica 123

Identificando a iniquidade:

Quando estudamos o livro de Atos dos Apóstolos, vemos que


Saulo de Tarso foi tremendamente usado para se opor aos cris-
tãos da Igreja primitiva. Esse espírito de crítica e de julgamento
leva a pessoa a um estágio de oposição total a Deus.

No grego “antilego” significa: “falar contra, contradizer, opor-se a


alguém, recusar obedecer-lhe, declara-se contra ele, recusar man-
ter qualquer tipo de relacionamento com”.

Geralmente as pessoas que manifestam essa atitude de pecado


põem defeitos em todos e em seu conceito, só elas é que fazem
as coisas de maneira certa. Busque as atitudes pecaminosas de
críticas e julgamentos em sua vida, encontrando-as torna-se
necessário cortar a raiz da iniquidade do orgulho em sua vida.

Padrão de comportamento que revela o pecado.

Busque identificar em sua vida e na geração de seus ancestrais,


padrões de comportamento que revela esse comportamento
pecaminoso. Abaixo está uma lista de perguntas que facilitarão
a identificação:

1. Você enxerga mais os defeitos ou as virtudes nas pessoas?

2. Você se identifica como uma pessoa bem crítica em relação


às pessoas e seus feitos?

3. Você consegue elogiar as pessoas?

4. Você aplaude o sucesso das pessoas?


124 A raiz da Iniquidade

5. Você crê que sempre está certo e as pessoas erradas diante


dos impasses de relacionamentos?

6. Sua tendência é subir no palco ou trabalhar na montagem


do palco para os outros subirem?

7. Você gosta de levantar as pessoas enfraquecidas?

8. As pessoas gostam de receber seus conselhos ou nunca lhe


procuraram para se aconselhar com você?

Seja o máximo sincero com você mesmo e relacione as atitudes


de crítica e julgamentos de seu coração.

Sondando o coração:

Sonde seu coração quanto a essa atitude de pecado que é o


espírito de crítica. Veja se há em você a tendência de criticar as
pessoas e colocar defeitos naquilo que elas fazem.

Consequências de não confessar.

Essas são as consequências que geralmente se percebe na vida


daqueles que não se arrependem e confessam o espírito de crí-
tica e julgamento em sua vida ou em sua linhagem familiar:

• São críticos do pastor, das decisões em assembleias e de to-


das as iniciativas de outros líderes nas áreas de ministério.

• Dificuldades para conviver com as pessoas em grupos.

• A crítica leva a pessoa viver isoladamente.


Raiz da iniquidade: Espírito de crítica 125

Atitude a ser tomada.

Você só consegue vencer o espírito de crítica quando entender


que Deus dá a cada pessoa um dom e geralmente eles são di-
ferentes um dos outros. Assim sendo, o dom que você tem não
é o mesmo que as pessoas do seu lado possuem e vice versa.
Sendo assim, não há necessidade de comparações, inveja e crí-
ticas quanto ao desempenho das pessoas que nos cercam, mas
saber entender o seu potencial e de cada um ao nosso redor.

Será que existe alguém cuja personalidade ou cujos atos estão


lhe aborrecendo? Em vez de se deter nas suas fraquezas ou pro-
curar seus defeitos, ore por eles. Em seguida, vá mais adiante.
Passe algum tempo ao lado dessas pessoas procurando esten-
der-lhes a sua amizade. Tome a atitude de nunca mais abrir a
sua boca para criticar os outros, mas aceitar o dom e as habili-
dades de cada um.

Oração.

Pai, eu rejeito toda atitude iníqua de um espírito de crítica em


minha vida. Desejo ser santo e cheio do Teu Santo Espírito, para
tanto eu te peço: muda o meu coração e ajude-me a forjar o
meu caráter a fim de mostrar atitudes de humildade e paciên-
cia. Que eu seja um suporte para as pessoas e que com minha
oração, meus recursos e minha fé eu possa ajudá-las a se levan-
tarem ainda mais. Amém!

Continue orando agora...

1. Confessando as portas de entrada do receptor da iniquida-


de da crítica e pedindo perdão a Deus;

2. Arrependendo-se da iniquidade manifesta em sua vida


através dos padrões de comportamento de oposição, inve-
126 A raiz da Iniquidade

ja, crítica e julgamentos;

3. Identificando o espírito geracional e mandando-o embora


da sua vida;

4. Anulando os decretos de maldição sobre sua vida e descen-


dentes;

5. Pedindo ao Senhor para quebrar as cadeias e os grilhões da


oposição a fim de que você fique livre;

6. Declarando a vitória de Jesus na cruz sobre a iniquidade, a


transgressão e o pecado;

7. Entregando essa área de sua vida nas mãos do Espírito San-


to.
7º Dia

Raiz da Iniquidade:
Falta de perdão
“Perdoa-nos a nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos
nossos devedores... porque se perdoardes aos homens as suas
ofensas, também vosso pai celestial vos perdoará a vós. Se, po-
rém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso
Pai vos não perdoará as vossas ofensas ”. Mt. 6: 12, 14-15.

Cheques sem fundos.

Imagine que ao sair para o trabalho numa manhã de segunda


feira com seu carro do ano, você sofre um acidente sem feri-
mentos, porém o carro ficou bastante avariado. Logo, a pessoa
que causou o acidente diz que não tem seguro e você aceita
receber cinco cheques pré-datados para pagar o conserto do
carro.

Assim que o primeiro cheque vence, você deposita e ele volta


sem fundos. Você vai até o emitente do cheque e descobre que
ele não tem como pagar a dívida. Mesmo que você abra um
processo contra essa pessoa, ela acabou de perder seu único
bem, que era o seu carro. Portanto, não tem a mínima condição
de assumir a dívida. O que fazer?

Isso é exatamente o que também tem acontecido com muitas


128 A raiz da Iniquidade

pessoas. Ao longo de nossas vidas, vamos acumulando “che-


ques” que as pessoas têm assinado declarando que nos devem,
mas quando vamos ao banco sacar, percebemos que eles não
possuem fundos e quando procuramos o devedor descobri-
mos que ele não tem como nos pagar.

• Deveriam nos dar amor, mas nos agrediram.

• Deveriam nos dar carinho, mas nos abandonaram.

• Deveriam ser presentes, mas se ausentaram.

• Deveriam nos abençoar, mas nos amaldiçoaram.

Acumulando prejuízos.

As pessoas ao nosso redor ficam nos devendo por sua omissão


ou atitudes que nos ferem e ofendem: as competições, as inve-
jas, as mágoas, as alianças quebradas ou distorcidas, as malda-
des, a implicância, a greve branca, a rejeição, a discriminação,
etc.

Cada uma dessas atitudes representa uma dívida que é paga


com “cheques” que não possuem fundos e por isso é arquivado
no “arquivo de cobrança da memória”.

Fazemos das dívidas alheias uma “carteira de cobrança” que,


com o passar dos anos, torna-se um dos nossos principais te-
souros. Juntamos a tudo isso “juros e correção monetária”.

Para algumas pessoas fica muito difícil abrir mão desses “che-
ques” que passam ter um valor enorme para aquele que tomou
o prejuízo. São muitos “cheques” de mágoas, ressentimentos,
amarguras, ofensas, etc.
Raiz da iniquidade: Falta de perdão 129

Cheques que não têm como ser pagos.

Muitas pessoas tem em sua memória uma grande quantidade


de “cheques” que jamais serão resgatados pelos seus emiten-
tes, pois eles não têm como nos pagar. É o pai que foi embora
quando você era criança e nunca voltou e não vai mais voltar,
a mãe que lhe feriu com palavras e deixou de dar amor porque
também nunca foi amada por seu avô.

Só dá amor quem tem o coração cheio de amor. Se o coração


está vazio não se tem nada para dar.

Concluimos que os “cheques” que contabilizamos na memória


nada mais é que “moeda podre”, pois não tem como ser resga-
tados.

Solução para o problema.

Somos ensinados por Jesus a orar diariamente ao Pai (Mt. 6: 12-


15) e nessa oração temos a oportunidade de perdoar aqueles
que nos tem ofendido (rasgar os cheques que nunca poderão
ser pagos) e solicitar ao Senhor o seu perdão para os nossos
pecados. Muitos crentes oram diariamente, mas omite na sua
oração a liberação do perdão aos seus ofensores.

Jesus sabe que você não irá receber porque os que lhe ofende-
ram e lhe feriram não tem como pagar a dívida. Então, Ele nos
ordena rasgar esses cheques e ficar livres.

Em nenhum lugar na Bíblia Jesus nos pede para perdoar. Ele


nos MANDA!
130 A raiz da Iniquidade

Identificando a iniquidade:

Quando você persiste no caminho da falta de perdão, da co-


brança, da amargura e do ressentimento, é preciso saber que
este é o princípio da vingança, que nada mais é do iniquidade
do coração.

Esses sentimentos de vingança ficam disfarçados, embutido no


amor próprio ferido. É um tipo de agressividade e de ira conti-
da que certamente farão muito mal a você. Lá no fundo, é uma
escolha sua e você fica prisioneiro da expectativa de executar
o juízo ou que este juízo venha naturalmente. Enquanto aque-
la pessoa não pagar até a último “cheque”, enquanto ela não
sofrer tudo aquilo que lhe fez sofrer, você não descansa, não
entrega realmente o caso a Deus. Isso é iniquidade!

Com frequência o juízo não se executa imediatamente, os maus


frutos levam tempo para serem colhidos. Há casos que só serão
colhidos no Juízo Final. Enquanto ficamos nessa expectativa, o
nosso fardo só vai aumentando, aquela raiva escondida no res-
sentimento torna-se um ácido corrosivo dentro de nós e quem
acaba recebendo algum tipo de castigo somos nós mesmos,
como resultado daquela amargura no interior.

Nessa situação, você não está obedecendo a Deus, e nessas


condições muitas coisas não vão dar certo em sua vida, criando
assim um círculo vicioso de mágoa, ações inadequadas, resul-
tados ruins e mais mágoa ainda.

Padrão de comportamento que revela a iniquidade

Quando nós escolhemos não perdoar, nós tiramos Deus do


seu trono e nos assentamos ali declarando que o Senhor não é
Raiz da iniquidade: Falta de perdão 131

competente para julgar a nossa causa, e, portanto assumimos


a posição de Deus e declaramos juízos sobre nossos ofensores.

1. Você abriga sentimentos de ressentimentos e mágoas de


alguma pessoa?

2. Você ainda não conseguiu perdoar alguém que tenha lhe


ofendido?

3. No relacionamento familiar você guarda decepções de al-


guém?

4. Como você responde às ofensas? Com perdão ou ressenti-


mentos?

5. Você já saiu de alguma igreja sem liberar a vida de alguma


pessoa que tenha lhe ofendido?

6. Você carrega decepções de líderes, pais, cônjuge ou ami-


gos?

Se você identificou falta de perdão em sua vida, relacione os


sentimentos que o Espírito Santo lhe mostrou e busque a orien-
tação Dele sobre esse assunto.

Sondando o coração:

Geralmente as pessoas que mais nos ferem são as que mais


amamos, ou seja, os nossos familiares. Sonde seu coração e
busque pelas feridas de sua alma. Elas só serão curadas através
do bálsamo do perdão.

Mas, se você não usar o bálsamo do perdão certamente vai


continuar com o pus da iniquidade que mata como câncer.
132 A raiz da Iniquidade

Espírito geracional.

Um espírito geracional é uma entidade espiritual que afeta


uma linhagem familiar. É transferido através das gerações e
pode permanecer conectado aos membros da família por mui-
tas gerações se a iniquidade não for neutralizada.

Se o Espírito Santo mostra em sua vida esse comportamento


iníquo, identifique o receptor: você, algum membro da sua fa-
mília ou seus antepassados. Nesse caso o espírito geracional é
a amargura. Hb. 12: 15.

Receptor: ___________________________________

Espírito geracional: Espírito de amargura.

Identificando as cadeias ou as prisões geracionais.

Toda raiz de iniquidade é operacionalizada por um espírito ma-


ligno que mantém sua vítima em cadeias nas regiões inferiores
das trevas. Daí a necessidade de buscar a orientação do Espírito
Santo para identificar essas cadeias. Geralmente as prisões re-
cebem o nome das iniquidades manifestas.

Nesse caso a cadeia aqui é a falta de perdão.

Consequências de não confessar.

Essas são as consequências que geralmente se percebe na vida


daqueles que não se arrependem e confessam a falta de per-
dão em sua vida ou em sua linhagem familiar:
Raiz da iniquidade: Falta de perdão 133

• A falta de perdão geralmente causa doenças como ulceras,


gastrites, dores de cabeça constante, câncer, etc.

• A tristeza é constante e pode levar a depressão.

• O não perdoar leva a pessoa um estágio de oposição a Deus.


Isso a faz naufragar na fé.

Atitude a ser tomada:

Faça uma lista com os nomes de todas as pessoas que lhe de-
cepcionaram, ofenderam e magoaram seu coração. Busque
atualizar a dívida com cada uma delas, ou seja, encontre-as e
ponha para fora a sua dor. Foi o que fez José com seus irmãos.
Gn. 45: 1-5, 15

É preciso expressar os sentimentos de raiva, ira, indignação. Co-


locar para fora é falar o quanto doeu. Esse processo deve se dar
com o objetivo de liberar o perdão e não de fazer cobranças.
Enquanto não atualizamos a dívida, não perdoamos de fato.

Oração.

Ore liberando seu perdão a cada uma das pessoas alistada e


peça perdão ao Senhor por essa iniquidade ter sido abrigada
em seu coração. Peça ao Senhor para limpar completamente
seu interior.

1. Confesse as portas de entrada do receptor pedindo perdão


a Deus;

2. Arrependa-se da iniquidade manifesta em sua vida através


134 A raiz da Iniquidade

dos padrões de comportamento de falta de perdão;

3. Identifique o espírito geracional (amargura) e mande-o em-


bora da sua vida;

4. Anule os decretos de maldição sobre sua vida e descenden-


tes;

5. Peça ao Senhor para quebrar as cadeias e os grilhões da fal-


ta de perdão a fim de que você fique livre dos verdugos. Mt.
18: 34.

6. Declare a vitória de Jesus na cruz sobre a iniquidade;

7. Entregue essa área de sua vida nas mãos do Espírito Santo.


8º Dia

Raiz da Iniquidade:
Materialismo e
mundanismo
“Não amem o mundo, nem as coisas que há nele. Se vocês amam
o mundo, não amam a Deus, o Pai. Nada que é deste mundo
vem do Pai. Os maus desejos da natureza humana, a vontade de
ter o que agrada aos olhos e o orgulho pelas coisas da vida, tudo
isso não vem do Pai, mas do mundo”. I Jo 2: 15-16.

“De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamen-


to... Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes”. I
Tm. 6: 6 e 8.

“Algumas pessoas pensam que o mundanismo está limitado ao


comportamento exterior - as pessoas com quem nos associamos,
os lugares que frequentamos, as atividades que apreciamos. O
mundanismo é também interior, porque começa no coração, e é
caracterizado por três atitudes:

• A cobiça pelo prazer físico - preocupação com a satisfação


dos desejos físicos;
136 A raiz da Iniquidade

• A cobiça por tudo o que vemos - almejar e acumular coisas,


curvando-se ao deus do materialismo; e
• O orgulho por nossas posses - obsessão pela condição, posi-
ção ou por ser importante”. 6

Considerando a definição de mundanismo no comentário bí-


blico acima, há uma explanação do Rev. Jair de Almeida Jr. da
Igreja Presbiteriana de Itajai/RJ, que esclarece bem o assunto
em pauta:

“parece que quase todos os crentes têm alguma medida de mun-


danismo em seu comportamento. Talvez, possamos entender
melhor a amplitude e a significação deste termo quando o colo-
camos como sinônimo de secularismo. O que é mundano é aquilo
que é secular para nós, ou seja, toda prática ímpia de nossa épo-
ca. Ela é basicamente a mesma desde os primórdios da civilização
humana. Assim, a cobiça por tudo que possa conceder alguma
modalidade de prazer imediato ao ser humano ou alimentar o
seu ego esfomeado de glória compõe a história dos homens. Isso
não se resume a sexo. Todas as coisas que são exaltadas nas con-
venções de valores humanos são buscadas em exagero, estabe-
lecendo comparações de maiores ou menores posses. Portanto,
ser mundano em nossa época não é apenas aquele que se entre-
ga às imoralidades sexuais, mas, também, o que é materialista.
Crentes em uma sociedade de consumo que não têm limites para
suas paixões de ordem material. Seus corações se despertam de
tal forma para adquirir bens que tudo passa a ser gerido sob esta
prioridade”.

Em Tg. 4.4 o apóstolo Tiago diz que todo aquele que se torna
amigo do mundo se constitui inimigo de Deus.

Em Rm. 12.1,2 Paulo instrui a igreja cristã a não se conformar


com o mundo, antes a ser transformada pela renovação da
mente em Cristo.

6. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, 2004, p.1783


Raiz da iniquidade: Materialismo e mundanismo 137

Em I Jo. 2:15-17 o apóstolo João nos conclama a não amar o


mundo para não nos envolvermos com o mundanismo e suas
iscas satânicas. Precisamos, inicialmente, discernir, pela Palavra
e pelo Espírito, aquilo que, de fato, é mundanismo.

Padrão de comportamento que revela iniquidade

MANIFESTAÇÕES MUNDANAS NA SOCIEDADE

MUNDANISMO MANIFESTAÇÕES REFERÊNCIAS

Na Política Corrupção, Dn 3.10-12; 6.1-9;


Legalização de Leis Et 3-6.
Anticristãs

Na Religião Sincretismo, Jz 2.11-14;

Pluralismo Religioso, 1 Rs 11.6-9;

Angelolatria Cl 2.18

Na Mídia (TV) Ridicularização da 2 Tm 3.2-8;

Fé Cristã; Adultérios; 1 Tm 4.7-8;

Homossexualidade; 1 Pe 3.1-6;

A Estética acima do ser

Na Ciência Materialismo, 1 Tm 6.20;


138 A raiz da Iniquidade

Evolucionismo 2 Tm 3.8; Is 40.10

Na Filosofia Existencialismo, 2 Tm 4.3-4;

Humanismo, Cl 2.8

Pós-modernismo

Na Ética Relativismo, 1 Tm 3.4;

Pluralismo Sexual; Jz 21.25;

Hedonismo. Rm 1.26-32.

1. Corrupção: Ação ou resultado de corromper-se. Adultera-


ção das características originais de algo; desvirtuação; de-
turpação;

2. Legalização de leis anticristãs: Aprovação de leis contrá-


rias a Deus e aos Seus ensinos;

3. Sincretismo: Fusão de cultos religiosos ou de elementos


culturais diferentes com acomodação entre seus elemen-
tos;

4. Pluralismo religioso: Ideia ou conceito de que pode haver


uma existência harmônica na sociedade da várias religiões
com igualdade de direitos;

5. Angelolatria: Adoração, culto ou idolatria de anjos;

6. Ridicularização da fé cristã: Ação ou resultado de ridicula-


rizar, de expor ao ridículo a fé cristã;
Raiz da iniquidade: Materialismo e mundanismo 139

7. Adultérios: Transgressão, nos aspectos moral e legal, da


fidelidade conjugal. Ato de ter relações sexuais com outra
pessoa que não o seu próprio cônjuge. Infidelidade;

8. Homossexualidade: Que sente atração por e/ou tem rela-


ções sexuais com pessoas do mesmo sexo;

9. Estética acima do ser: Colocar os conceitos e as ações de


beleza acima das qualidades de caráter;

10. Materialismo: Modo de viver voltado para o gozo das coi-


sas materiais;

11. Evolucionismo: Crença na Teoria da Evolução natural das


espécies animais e vegetais e detrimento da concepção da
criação realizada por Deus;

12. Existencialismo: Corrente de pensamento que destaca a


importância filosófica da existência individual e segundo a
qual o homem é livre e responsável por seu destino. Coloca
Deus fora de tudo;

13. Pós-modernismo: Movimento literário, artístico e filosófi-


co surgido no último quarto do século XX que se caracteriza
pela ruptura com o ideal moderno de racionalidade;

14. Humanismo: Nome de diversas doutrinas que colocam o


homem e a condição humana em primeiro lugar, medindo
tudo o mais segundo as suas características, necessidades
e interesses;

15. Relativismo: Doutrina que afirma a relatividade de todo o


conhecimento e nega a existência de verdades absolutas;

16. Pluralismo sexual: Conceito no qual se defende a coexis-


tência harmônica na sociedade das várias opções sexuais,
140 A raiz da Iniquidade

com igualdade de direitos;

17. Hedonismo: Doutrina que considera a busca do prazer


como o bem supremo, o principal objetivo da vida moral.
Busca incessante do prazer como opção de vida;

Identificando a iniquidade:

A aceitação dos valores e a prática das ações expostas acima


mostram uma aceitação dos padrões filosóficos e comporta-
mentais do mundo materialista e sem Deus.

1. Quais são os valores mais importantes para você? Suas


ações refletem os valores de Deus ou valores do mundo?

2. Você costuma freqüentar lugares inconvenientes onde


sabe que o Espírito Santo não entraria?

3. Você dá ouvido a conversas podres, rir de piadas sujas?

4. Você se beneficia daquilo de errado feito por um ímpio?

5. Você coloca a busca pelo prazer em primeiro lugar em sua


vida?

6. Você defende a coexistência harmônica na sociedade das


várias opções sexuais?

7. Você defende que todas as religiões são boas e levam a


Deus?

8. Você deixa de participar do culto de celebração para assistir


um programa de TV ou uma partida de futebol?
Raiz da iniquidade: Materialismo e mundanismo 141

Qualquer cumplicidade “passiva” quanto às mais variadas situa-


ções, nas quais um suposto crente se confunde facilmente com
um não-regenerado, significa mundanismo.

Sondando o coração:

Sonde o seu coração e marque numa escala de 0 a 10 até onde


você está se deixando influenciar pelo mundo com seus ensi-
nos, valores, prazeres e divertimentos. Marque também na es-
cala de valores sobre sua vida financeira, as dívidas motivadas
indevidamente pela forma de viver gananciosa e sem controle.
Avalie todas as manifestações iníquas influenciadas pelos valo-
res do mundo em seu coração.

Espírito geracional.

Um espírito geracional é uma entidade espiritual que afeta


uma linhagem familiar. É transferido através das gerações e
pode permanecer conectado aos membros da família por mui-
tas gerações se a iniquidade não for neutralizada.

Se você detectou que o mundo com as suas paixões tem entra-


do em sua vida ou que sua vida financeira está sob o controle
do espírito da riqueza (Mamon), arrependa-se. Confesse as ati-
tudes de iniquidade do seu coração.

Se o Espírito Santo mostra em sua vida esse comportamento


iníquo, identifique o receptor: você, algum membro da sua fa-
mília ou seus antepassados.

Receptor: ___________________________________
142 A raiz da Iniquidade

Espírito geracional: Mamon

Identificando as cadeias ou as prisões geracionais.

Toda raiz de iniquidade é operacionalizada por um espírito ma-


ligno que mantém sua vítima em cadeias nas regiões inferiores
das trevas. Daí a necessidade de buscar a orientação do Espírito
Santo para identificar essas cadeias. Geralmente as prisões re-
cebem o nome das iniquidades manifestas.

Nesse caso a prisão aqui é do materialismo e da riqueza.

Consequências de não confessar.

Essas são as consequências que geralmente se percebe na vida


daqueles que não se arrependem e confessam o domínio de
Mamon em sua vida ou em sua linhagem familiar:

• Não conseguirão viver uma vida de santidade, estarão sem-


pre voltados para as coisas do mundo.

• Darão pouco valor às coisas espirituais.

• Serão fracos no Espírito e andarão, geralmente, fazendo as


coisas da carne.

Atitude a ser tomada:

Ninguém pode servir a Deus e às riquezas ao mesmo tempo,


como também não pode amar a Deus e ao mundo. Tome hoje a
Raiz da iniquidade: Materialismo e mundanismo 143

decisão de servir a Deus deixando em suas mãos o governo de


sua vida. Tenha a certeza de que Ele é poderoso para atender
suas necessidades.

Para resistir aos apelos do mundo você precisa:

1. Ter de uma vida santificada. Hb. 12: 14; 1 Pd. 1: 13-16;

2. Não amar o mundo, mas somente a Deus. 1 Jo. 2: 15-16; Mt.


22: 36-37; Mt. 6: 24;

3. Usar a armadura de Deus. Ef. 6: 10-18; 2 Co. 10: 3-5;

4. Buscar ter comunhão permanente com Deus. Mat. 26: 41; 1


Ts. 5: 17;

5. Não conformar com este mundo. Rm. 12: 1-2.

Escreva as atitudes que o Espírito Santo mostrou que precisam


ser tomada em sua vida.

Oração:

Se ao sondar seu coração o Espírito Santo lhe mostrou que há


atitudes mundanas e materialistas em sua vida, ore agora tome
as seguintes atitudes:

1. Confesse as portas de entrada do receptor pedindo perdão


a Deus;

2. Arrependa-se da raiz do materialismo manifesta em sua


vida através dos padrões de comportamento mundano;

3. Identifique o espírito geracional e mande-o embora da sua


144 A raiz da Iniquidade

vida, nesse caso: Mamon;

4. Anule os decretos de maldição sobre sua vida e descenden-


tes;

5. Peça ao Senhor para quebrar as cadeias e os grilhões do


mundanismo e do materialismo a fim de que você fique li-
vre;

6. Declare a vitória de Jesus na cruz sobre a iniquidade;

7. Entregue essa área de sua vida nas mãos do Espírito Santo.


9º Dia

Raiz da Iniquidade:
Pensamentos impuros
“Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com
intenção impura, no coração, já adulterou com ela”. Mt. 5: 28.

Alguém já disse:
“Semeai um pensamento, e colhereis um ato;
Semeai um ato, e colhereis um hábito;
Semeai um hábito e colhereis um caráter;
Semeai um caráter e colhereis uma vida.”

Você sabia que sua mente é o seu mais importante órgão se-
xual?!

Satanás sabe que a mente humana é estratégica. As batalhas


são ganhas ou perdidas na mente. Um caçador experiente faz
pontaria para a cabeça do animal, porque ele sabe que se acer-
tar a cabeça pega o corpo inteiro. Assim também o diabo lanças
seus dardos inflamados diariamente sobre nossa mente com
pensamentos impuros. É preciso estar equipado com o escudo
da fé para que possamos apagar esses dardos do diabo.

Nossa Alma é composta por três partes distintas: Mente, emo-


ções e livre-arbítrio. Assim sendo, nossa mente tem uma natu-
reza espiritual, pois ela faz parte da nossa alma. Nossos pen-
146 A raiz da Iniquidade

samentos não têm uma natureza física. Isso quer dizer que os
pensamentos não nos são impostos pela condição química do
cérebro, nem pelas sensações do corpo, mas são processados
de acordo com a concupiscência (no grego epithumia – cobiça,
desejo, anelo, anseio, desejo pelo que é proibido, luxúria) den-
tro de nós.

Jesus deixou isso bem claro quando disse:

“Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o


homem. Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios,
adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São
estas as coisas que contaminam o homem...”. Mt. 15: 18-20

Como diabo trabalha um pensamento impuro fazendo-nos le-


var a morte? Tiago responde dizendo que:

“... cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e
seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado;
e o pecado, uma vez consumado, gera a morte”. Tg 1: 14-15.

Aqui vemos quatro estágios que levam ao pecado e à morte


espiritual.

1º Tentação. As pessoas são tentadas pela “epitumia” (iniqui-


dade) do seu coração. Os pensamentos que norteiam a nossa
mente podem ser classificados como bom ou mal, puro ou im-
puro, certo ou errado. A tentação vem quando somos atacados
por pensamentos errados e impuros. Exemplo: O olhar para
uma mulher é normal, mas quando vem à mente pensamentos
de desejos sexuais ilícitos, por parte daquele que está olhando,
isso se torna numa tentação.

2º Conceber. O pecado sexual declarado (adultério, prostitui-


ção, fornicação, etc) é “concebido na mente”. Observe que Jesus
menciona não apenas o olhar normal, mas olhar para cobiçar,
Raiz da iniquidade: Pensamentos impuros 147

desejar. Isto implica um desejo ativo, imaginando uma união


ou contato sexual. É um desejo imoral que a pessoa procurará
realizar, caso surja a oportunidade. Esse desejo íntimo de prazer
sexual ilícito, trabalhado na imaginação e não resistido, é peca-
do. A lascívia denota, indica a ausência de princípios morais.

Nesse segundo estágio podemos rejeitar ou deixar “rolarem” os


pensamentos. Se não rejeitamos, Jesus diz que daremos luz ao
pecado.

3º Consumar. A batalha pela pureza sexual sempre começa na


mente. Aquilo em que pensamos constantemente acabamos
fazendo. O pecado sexual declarado gerado na mente é desen-
volvido em várias experiências pré-sexuais, e finalmente torna-
se realidade, quando a oportunidade aparece.

4º Morte. “Visto que já pequei em meu coração, posso também


pecar com o corpo”. Estes conceitos não são os mesmos! Uma
é a iniquidade na mente, outra é a prática do pecado com o
corpo. O simples desejo é iniquidade, porém quando se pratica
o desejo, a iniquidade dá luz a um ato pecaminoso. Na mente,
não há união física. Com o corpo, os dois chegam a se conhecer
um ao outro de maneira irreversível. Pecado consumado gera
morte.

Identificando a iniquidade:

Segundo os estudiosos passam pela nossa mente mais de dez


mil pensamentos por dia. Vamos imaginar que, em um dia, eu
tenha apenas dez pensamentos que desagrade a Deus. Você
que é mais santo que eu, tenha apenas três. Bem, nesse caso se-
ríamos verdadeiros anjos ambulantes. Imagine se não mais do
que três vezes por dia nós tivéssemos um mau pensamento, ou
perdêssemos o controle, ou deixássemos de cumprir alguma
148 A raiz da Iniquidade

obrigação para com Deus ou os homens – nós seríamos pes-


soas muito boas, não é verdade? Mas, mesmo sendo pessoas
tão boas, ainda assim teríamos mais de mil iniquidades por ano.
Multiplique isto pela sua idade e nós acharemos 20, 30, 40, 50
mil violações da lei de Deus em nosso livro de registro de peca-
dos, iniquidades e transgressões. Pense agora: o que acontece-
ria a um transgressor habitual da lei, que comparecesse diante
do tribunal do júri com 50.000 transgressões na sua história de
vida? Certamente prisão perpétua!

Escreva qualquer pensamento impuro que o Espírito Santo


trouxer à tona. Para cada um deles, peça o perdão de Deus e
confie N’Ele para renovar sua mente. Rom. 12: 2.

Padrão de comportamento que revela iniquidade.

Algumas atitudes marcam esse comportamento iníquo na vida


daqueles que estão debaixo do julgo desse espírito de lascívia.

1. Pensamentos libidinosos, impuros, ocupam sua mente fre-


quentemente?

2. Há uma atração por programas ou filmes eróticos?

3. Seus pais, cônjuge ou líderes ficariam chocados se você


contasse sobre seus pensamentos?

4. Quando passa por você uma pessoa do sexo oposto, faz


com que você se perca no olhar?

5. Diante da internet você abre sites pornográficos?

6. Procura ter prazer sozinho através da masturbação?


Raiz da iniquidade: Pensamentos impuros 149

7. Vê-se o tempo todo fazendo sexo com outras pessoas?

Sondando o coração:

Sonde o seu coração e faça uma varredura em sua mente quan-


to a todos os pensamentos libidinosos, impuros, lascivos, etc.
que tenham entrado e que não foram denunciados ou rejeita-
dos por você.

Espírito geracional.

Um espírito geracional é uma entidade espiritual que afeta


uma linhagem familiar. É transferido através das gerações e
pode permanecer conectado aos membros da família por mui-
tas gerações se a iniquidade não for neutralizada.

Se você detectou que sua mente tem sido solo fértil para pen-
samentos impuros ou lascivos, arrependa-se. Confesse as atitu-
des de iniquidade do seu coração.

Se o Espírito Santo mostra em sua vida esse comportamento


iníquo, identifique o receptor: Você, algum membro da sua fa-
mília ou seus antepassados.

Receptor: ___________________________________

Espírito geracional: Espírito de Idolatria, rainha do céu.


150 A raiz da Iniquidade

Identificando as cadeias ou as prisões geracionais.

Toda raiz de iniquidade é operacionalizada por um espírito ma-


ligno que mantém sua vítima em cadeias nas regiões inferiores
das trevas. Daí a necessidade de buscar a orientação do Espírito
Santo para identificar essas cadeias. Geralmente as prisões re-
cebem o nome das iniquidades manifestas.

Nesse caso a prisão aqui é da lascívia e da pornografia.

Consequências de não confessar.

Essas são as consequências que geralmente percebemos na


vida daqueles que não se arrependem e confessam o domínio
da lascívia em sua vida ou em sua linhagem familiar: Divórcios,
vários relacionamentos sexuais fora do padrão de Deus: Ca-
sados (adultério), solteiros (fornicação). Perversão sexual, fan-
tasias sexuais, frieza espiritual, etc. Em muitos casos a pessoa
coloca uma capa de “santidade” para esconder suas atitudes
iníquas nessa área.

Atitude a ser tomada:

Cada pensamento impuro é um dardo inflamado do maligno


contra sua mente. Paulo diz em Ef 6: 16-17 que Deus colocou a
nossa disposição o capacete da salvação e o escudo da fé para
neutralizar todo dardo do maligno.

Isso funciona como um antivírus em nosso HD mental, quando


um vírus (pensamento impuro) vier à mente, o antivírus (escu-
do da fé) deverá entrar em ação bloqueando e excluindo o pen-
Raiz da iniquidade: Pensamentos impuros 151

samento sujo, ou seja, você rejeita e deleta da sua mente.

Como nos encontramos em guerra todos os dias, você deve to-


mar a armadura de Deus para estar pronto para a batalha diaria-
mente, nunca se esquecendo de usar o capacete da salvação e
o escudo da fé. Esteja preparado para rejeitar todo pensamento
impuro a cada dia.

Há outras atitudes a serem tomadas, tais como: deixar de ver


filmes que expõe as ações sexuais ilícitas, rejeitar os sites de
pornografia na internet e refugiar-se na Palavra de Deus. Agora
escreva as atitudes que o Espírito Santo está lhe falando.

Oração.

Se ao sondar seu coração o Espírito Santo lhe mostrou que há


pensamentos impuros em sua vida, ore rejeitando todos esses
pensamentos. Peça ao Senhor para mudar sua mente, condi-
cionando-a a olhar para o sexo oposto com os olhos do Senhor
e rejeitar os ataques de Satanás com pensamentos impuros e
lascivos. Busque o revestimento da armadura de Deus. Ore ago-
ra tomando as seguintes atitudes:

1. Confesse as portas de entrada do receptor pedindo perdão


a Deus;

2. Arrependa-se da sensualidade, da luxuria e dos pensamen-


tos impuros manifestos em sua vida através dos padrões de
comportamento lascivos;

3. Identifique e mande embora da sua vida o espírito de idola-


tria, principalmente rainha do céu;

4. Anule os decretos de maldição sobre sua vida e descenden-


152 A raiz da Iniquidade

tes;

5. Peça ao Senhor para quebrar as cadeias e os grilhões da


pornografia, da lascívia e dos pensamentos impuros a fim
de que você fique livre;

6. Declare a vitória de Jesus na cruz sobre a iniquidade;

7. Entregue essa área de sua vida nas mãos do Espírito Santo.


10º Dia

Raiz da Iniquidade:
Pensamentos carnais
“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim pode-
rosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando todo sofismas
e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e
levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo”. 2 Cor.
10: 4-5.

Uma das armas de Satanás e provavelmente a mais perigosa


chama-se “fortalezas espirituais”. Através dessa arma o ini-
migo controla os crentes, levando-os a fazerem coisas que em
muito prejudicam a eles mesmos e os seus semelhantes.

Conforme o texto acima somos informados que as “fortalezas


espirituais” estão localizadas na nossa mente. O Dr. Ed Silvoso
em seu livro “Que nenhum pereça” define as “fortalezas espiritu-
ais” da seguinte forma:

“Uma fortaleza espiritual é uma atitude mental impregnada pela


desesperança, e que nos leva a aceitar, como imutáveis, situações
que sabemos serem contrárias à vontade de Deus”. 7

As maiores fortalezas de Satanás são edificadas na mente hu-


mana. São os pensamentos, que como dardos do maligno são
lançados em nossa mente. Estes pensamentos quando proces-
7. Silvoso, Ed., Que nenhum pereça, Editora Unilit, São Paulo, 1995, pág. 165
154 A raiz da Iniquidade

sado pelo cérebro são fixados como verdade em nós. Deste


modo Satanás tem encontrado um campo aberto e muito fácil
para semear seus pensamentos de medo, derrota, fracasso, in-
ferioridade, miséria, etc.

Quando um pensamento carnal ou diabólico é lançado sobre


nossa mente, torna-se necessário que seja denunciado e rejei-
tado imediatamente, caso contrário, eles se tornam tijolos na
construção de uma fortaleza para esconderijo de demônios
que mais tarde nos impulsionarão para coisas ruins.

Não podemos impedir todo pensamento impuro de entrar na


mente, porém somos realmente capazes de controlar os pensa-
mentos que permanecem e se desenvolvem. Existe um conhe-
cido ditado que diz que não podemos impedir que as andori-
nhas voem sobre nossas cabeças, mas podemos impedi-las de
fazerem seus ninhos sobre elas.

Identificando a iniquidade:

O Dr. Ed Silvoso nos dá cinco características para identificarmos


uma fortaleza espiritual:

1. As fortalezas espirituais localizam-se na mente da pes-


soa. Na Igreja de Laodicéia os irmãos estavam firmados em
uma fortaleza espiritual:

“pois dizes Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e


nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Acon-
selho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enri-
queceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja
manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a
fim de que vejas”. Ap. 3: 17-18.
Raiz da iniquidade: Pensamentos carnais 155

2. As fortalezas espirituais com freqüência se compõem


de bons pensamentos. Dificilmente suspeitamos de nos-
sos bons pensamentos. Pedro em Mat. 16: 21-23 dá um con-
selho a Jesus e é repreendido imediatamente pelo Mestre, e
isso porque estava fixando sua mente nos interesses huma-
nos e não nos interesses de Deus.

O inimigo do melhor nem sempre é o pior. O pior é sempre


fácil de ser reconhecido. Mas o “bom” e o “melhor” podem
ser facilmente confundidos um com o outro. Dai o inimigo
do melhor ser o bom!

Ed Silvoso, em seu livro “que nenhum pereça” diz:

“A mais perigosa peça de equipamento que um crente carrega


consigo mesmo é a sua mente, devido à capacidade da mente
gerar pensamentos. Não estou aqui ressaltando os maus pensa-
mentos que as nossas mentes possam produzir. Esses maus pen-
samentos podem ser detectados e identificados com maior facili-
dade. Os bons pensamentos que as nossas mentes são capazes de
produzir é que, por muitas vezes, nos levam à beira do desastre”. 8

3. As fortalezas espirituais com frequência desenvolvem-


se à sombra de nossos pontos fortes. Como um bom co-
nhecedor da arte da guerra, Satanás trabalha em nossos
pontos forte, da mesma forma que um estrategista militar
construiria uma fortaleza em algum ponto geográfico que
seja um ponto forte por si só.

As áreas de nossas vidas acerca das quais nos sentimos mais


confiantes são as que menos nos preocupam, contudo são
as que mais frágeis se tornam e nos fazem cair e isso por es-
ticarmos esses pontos fortes muito além do limite de nossa
capacidade. Pv. 3: 5

8. Ib idem. Pág. 171


156 A raiz da Iniquidade

4. As fortalezas espirituais por muitas vezes são ativadas


mediante traumas dolorosos. Muitas pessoas encontram-
se paralisadas em suas atividades devido a traumas que as
fizeram ficar tristes e decepcionadas. São através dos trau-
mas que Satanás instala suas fortalezas nas mentes das pes-
soas.

Tomando Pedro como exemplo, verificamos que ele nasceu


para ser líder. Após negar que conhecia a Jesus, ele rece-
beu a visita do próprio Senhor na beira do mar da Galiléia e
quando o Mestre o manda pastorear suas ovelhas, vemos a
ativação de uma fortaleza maligna na mente e ele só conse-
gue dizer que amava a Jesus, mas liderar, pastorear e cuidar
das ovelhas, que é o seu dom, ele nada diz, fica mudo.

Vemos aqui uma fortaleza ativada por um trauma.

5. As fortalezas criam uma dupla mentalidade, e daí resul-


ta a instabilidade emocional e espiritual. Em Tg 1: 8 lemos
“homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus cami-
nhos”. Aqui temos uma pessoa que apresenta uma fortaleza
espiritual na mente. Assim como um rádio que recebe in-
formações de acordo com frequencia em que o colocarem,
essa pessoa recebe a sabedoria de Deus e a sabedoria terre-
na. Ele vive uma mistura e isso torna-se prejudicial àqueles
que estejam debaixo de sua liderança.

Escreva todos os seus “bons” pensamentos e avalie à luz do en-


sino sobre fortalezas espirituais para ver se passa no teste da
Palavra de Deus. Para ser aprovado é preciso que cada pensa-
mento esteja de acordo com os padrões da Palavra de Deus.
Para cada pensamento terreno e carnal, peça o perdão de Deus
e confie Nele para renovar sua mente. Rm. 12: 2.
Raiz da iniquidade: Pensamentos carnais 157

Padrão de comportamento que revela iniquidade.

Algumas atitudes marcam esse comportamento iníquo na vida


daqueles que estão debaixo do forte esquema de uma fortale-
za espiritual.

1. Sua mente é um campo de batalha onde ora você tem pen-


samentos das coisas de Deus e ora pensamentos das coisas
do mundo?

2. Você tem dificuldade para entender a palavra de Deus?

3. Você se pega fazendo coisas que não gostaria de estar fa-


zendo por saber que são reprovadas pela Palavra de Deus?

4. Você tem um determinado pensamento sobre alguma


questão que sabe que está diferente do que Deus orienta?

5. Você anda pela sua agenda ou pela agenda de Deus?

Sondando o coração:

Reflita de maneira cuidadosa e honesta acerca dos pensamen-


tos que tem ocupado sua mente. Eles são a respeito das vitórias
em Cristo ou das derrotas e fracassos?

Espírito geracional.

“nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo


o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos
da desobediência; entre os quais também todos nós andamos ou-
158 A raiz da Iniquidade

trora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da


carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como
também os demais”. Ef 2: 2-3

Um espírito geracional é uma entidade espiritual que afeta


uma linhagem familiar. É transferido através das gerações e
pode permanecer conectado aos membros da família por mui-
tas gerações se a iniquidade não for neutralizada.

Se você detectou que sua mente tem sido solo fértil para pen-
samentos carnais, arrependa-se. Confesse as atitudes de iniqui-
dade do seu coração.

Se o Espírito Santo mostra em sua vida esse comportamento


iníquo, identifique o receptor: você, algum membro da sua fa-
mília ou seus antepassados.

Receptor: ___________________________________

Espírito geracional: Potestade do ar.

Identificando as cadeias ou as prisões geracionais.

Toda raiz de iniquidade é operacionalizada por um espírito


mligno que mantém sua vítima em cadeias nas regiões infe-
riores das trevas. Daí a necessidade de buscar a orientação do
Espírito Santo para identificar essas cadeias. Geralmente as pri-
sões recebem o nome das iniquidades manifestas.

Nesse caso a prisão aqui é da carnalidade.


Raiz da iniquidade: Pensamentos carnais 159

Consequências de não confessar.

Essas são as consequências que geralmente se percebe na vida


daqueles que não se arrependem e confessam a iniquidade em
sua vida ou em sua linhagem familiar:

• Não conseguem ser um adorador verdadeiro.

• Ensino misturado.

• Desobediência à Palavra de Deus.

Atitude a ser tomada:

Em Tg 4: 7-10 há quatro passos para a destruição das fortalezas


espirituais:

1. Sujeitai-vos a Deus. Sujeite todos seus pensamentos a


Cristo. Isso nos leva a um choque de verdades. Jesus Cristo
é a verdade e você deve viver segundo Seu padrão de ver-
dade e não aquilo que você acha que deve ser correto.

2. Resisti ao diabo. Só resistimos ao diabo quando morremos


para o nosso “eu”. Jesus venceu o diabo na cruz e vencere-
mos também quando nos deixamos ser crucificados com
Ele.

3. Chegai-vos a Deus. É preciso voltar a Deus, visto que te-


mos nos afastado para longe Dele através de nossas espe-
culações e pensamentos.
160 A raiz da Iniquidade

4. E Ele se chegará a vós outros. Ele nunca nos rejeita, sem-


pre está de mãos estendidas para cada um de nós, e segun-
do Is. 59 é a iniquidade que faz separação entre nós e Ele.
Ao confessarmos a iniquidade Ele se achega a nós! Aleluia!

Oração.

Se ao sondar seu coração o Espírito Santo lhe mostrou que há


pensamentos carnais ou pensamentos contrários a Palavra de
Deus em sua vida, ore rejeitando todos esses pensamentos.
Peça ao Senhor para mudar sua mente, e busque o revestimen-
to da armadura de Deus. Ore agora tomando as seguintes ati-
tudes:

1. Confesse as portas de entrada do receptor pedindo perdão


a Deus;

2. Arrependa-se da desobediência, dos pensamentos carnais


e contrários aos princípios de Deus manifestos em sua vida
através dos padrões de comportamento iníquos;

3. Identifique o espírito geracional e mande-o embora da sua


vida. Nesse caso a potestade do ar;

4. Anule os decretos de maldição sobre sua vida e descenden-


tes;

5. Peça ao Senhor para quebrar as cadeias e os grilhões da car-


nalidade a fim de que você fique livre;

6. Declare a vitória de Jesus na cruz sobre a iniquidade;

7. Entregue essa área de sua vida nas mãos do Espírito Santo.


11º Dia

Raiz da Iniquidade:
Motivações erradas
“pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em
vossos prazeres”. Tg. 4: 3.

“Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não pos-
sa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as
vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e
os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não
ouça”. Is. 59: 1-2.

Creio que todos os servos de Deus costumam orar. Uns mais


outros menos, mas todos fazem seus pedidos ao Pai. Nem sem-
pre Deus responde as nossas orações e entre os motivos quero
destacar aquelas petições feitas com motivações erradas em
nosso coração.

A motivação é aquilo que nos leva a orar de determinada ma-


neira.

Quando ouvimos uma pessoa orar, só percebemos a forma


como ela está orando, isto é a “embalagem da oração” e o pedi-
do que está sendo feito “conteúdo da oração”, mas a motivação
que constitui-se nas razões para esta oração só Deus pode sa-
162 A raiz da Iniquidade

ber.

Os motivos inadequados do nosso coração revelam a iniquida-


de.

Exemplo: A ênfase na prosperidade tem levado muitos a se co-


locarem na posição de senhor e Deus na posição de servo para
realizar todos seus desejos. Porém, a inversão de papéis e de
valores tem revelado a iniquidade do nosso coração e é essa
a razão de não obtermos muitas respostas de nossas orações.

Identificando a iniquidade:

Abaixo estão algumas atitudes que revelam motivos errados


tanto na obra de Deus como na área profissional, estudantil,
nos relacionamentos interpessoais e na consolidação dos pro-
jetos pessoais.

1. Fama e Popularidade. Esta é uma motivação errada que


muitas pessoas abrigam em seus corações. Algumas pesso-
as negociam até mesmo valores de caráter para obter fama
e popularidade. Quando nossas orações têm lá no fundo o
desejo de sermos visto e aplaudidos, elas estão carregadas
da motivação errada. Nesse caso a iniquidade faz separação
entre nós e Deus.

2. Dinheiro. Este tem sido a motivação de muitas pessoas


quando oram e quando se oferecem para fazer alguma coi-
sa que tem sido o seu dom.

Tomando como exemplo alguns músicos, vemos que há


aqueles que só cantam quando convidados numa igreja se
forem bem pagos. Nossa motivação na obra de Deus jamais
pode ser o que vamos RECEBER e sim o que podemos DAR!
Raiz da iniquidade: Motivações erradas 163

3. Reconhecimento. Muitas vezes nossas orações por um


emprego ou por uma vaga num concurso tem a ver com o
desejo de reconhecimento próprio. Esperamos receber elo-
gios e bons cumprimentos. Isso mostra a motivação errada
no coração. Não importa o que as pessoas falem de você,
procure saber o que Deus pensa sobre sua vida e se Ele está
lhe aprovando.

4. Mostrar que sabe. Muitas pessoas são motivadas dentro


de seus ambientes a mostrar que sabem fazer as coisas. Uns
mostram que sabem cantar, outros que sabem tocar, outros
ainda que sabem solucionar os problemas dentro de sua
área de trabalho, etc. Porém, tudo isso com a motivação de
mostrar seu talento, ganhar espaço e subir posições.

Sei que estamos vivendo no mundo da competitividade, po-


rém Deus tem a hora e a forma de nos colocar como “cabeça”, se
essa for a sua vontade. Caso contrário devemos subir sem pisar
nos outros com as motivações corretas, sabendo que Deus co-
nhece nossas intenções.

Padrão de comportamento que revela iniquidade.

O que verdadeiramente tem motivado a tua vida?

1. Qual tem sido sua motivação em ser líder na Casa de Deus?

2. Quando você tem uma oportunidade para falar, sua moti-


vação é a glória pessoal ou a glória para Deus?

3. Para glória de quem você deseja obter frutos no evangelis-


mo?

4. Quando você compartilha algo que Deus tenha te mostra-


164 A raiz da Iniquidade

do ou revelado na Palavra e mais tarde você vê essa pessoa


pregando “sua” mensagem ou esboçada num livro, quais os
sentimentos do seu coração? Deus pode realizar muitas coi-
sas se não importarmos com quem recebe os créditos!

5. Qual a sua motivação em fazer o curso que você escolheu?

6. Qual a motivação por trás da sua oração para que sua igreja
cresça?

7. Qual a motivação que leva a subir no púlpito para cantar ou


tocar: fama, dinheiro, reconhecimento, mostrar que sabe,
etc. ?

Sondando o coração:

Sonde o seu coração e identifique a motivação que está por


trás de cada oração, atitude, palavra e ação de sua parte.

Muitas vezes as orações são bem feitas, as atitudes louváveis, as


ações dignas de honra, mas as intenções do coração não condi-
zem com as mesmas. Isso é iniquidade!

Espírito geracional.

Em Luc. 9: 51-56, o Senhor Jesus estava de viagem a Jerusalém


e enviou seus discípulos Tiago e João adiante de si para procu-
rar pousada. Entrando eles numa aldeia de samaritanos, o povo
não os receberam, pois Judeus e samaritanos não se davam
bem. A reação deles foi imediata: “Vendo isto, os discípulos Tia-
go e João perguntaram ao Senhor queres que mandemos descer
fogo do céu para os consumir?”
Raiz da iniquidade: Motivações erradas 165

O Senhor Jesus conhecia a real motivação da fé que era mani-


festa naquela hora no coração de seus discípulos e repreendeu-
lhes e disse: “...Vós não sabeis de que espírito sois. Pois o Filho do
Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para
salvá-las...”.

A motivação errada do coração dos discípulos estava sendo


trabalhada por um espírito que nem eles mesmos tinham co-
nhecimento.

O profeta Jeremias nos dá uma referencia ao coração humano e


detecta o espírito que muitas vezes age levando a motivações
erradas.

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperada-


mente corrupto; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o co-
ração, eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo
o seu proceder, segundo o fruto das suas ações”. Jr. 17: 9-10

Se você detectou que muitas de suas orações têm sido feitas


com motivos errados, arrependa-se. Confesse as atitudes de
iniquidade do seu coração.

Se o Espírito Santo mostra em sua vida esse comportamento


iníquo, identifique o receptor: você, algum membro da sua fa-
mília ou seus antepassados.

Receptor: ___________________________________

Espírito geracional: Espírito do engano.

Identificando as cadeias ou as prisões geracionais.

Toda raiz de iniquidade é operacionalizada por um espírito ma-


166 A raiz da Iniquidade

ligno que mantém sua vítima em cadeias nas regiões inferiores


das trevas. Daí a necessidade de buscar a orientação do Espírito
Santo para identificar essas cadeias.

Nesse caso a prisão aqui é do orgulho, soberba e egoísmo.

Consequências de não confessar.

Essas são as consequências que geralmente se percebe na vida


daqueles que não se arrependem e confessam a iniquidade em
sua vida ou em sua linhagem familiar:

• Não obter respostas para suas orações.

• Viver enganado, achando estar servindo a Deus e na verda-


de estar servindo a si mesmo.

• Colher o fruto do engano. Exemplo: se através do meu ego-


ísmo oro para passar no concurso porque meu irmão se
inscreveu e não porque necessito do emprego, essa oração
não será atendida e o fruto do meu engano será vê-lo apro-
vado e eu reprovado.

Atitude a ser tomada:

Verifique seu coração e tome as decisões abaixo:

1. Diariamente precisamos renovar a nossa mente e as nossas


motivações.

2. A sua verdadeira motivação deve ser o Senhor e a sua Pala-


vra, pois Ele é Fiel para cumprir todas as promessas que te
Raiz da iniquidade: Motivações erradas 167

tem feito desde que a sua motivação e fé tenham um pro-


pósito para a glória do Seu nome.

3. Antes de ministrar uma palestra ore pedindo ao Senhor


para remover qualquer ilustração ou tópico que trará glória
para você e não para Deus. Faça isso também se você é mú-
sico, peça ao Senhor para remover toda glória pessoal e que
somente Jesus seja visto no palco.

Oração.

Se ao sondar seu coração o Espírito Santo lhe mostrou que há


motivações erradas em sua vida, ore rejeitando todas essas mo-
tivações. Peça ao Senhor para mudar seu coração. Ore agora
tomando as seguintes atitudes:

1. Confesse as portas de entrada do receptor pedindo perdão


a Deus;

2. Arrependa-se das orações erradas e das motivações carnais


manifestos em sua vida através dos padrões de comporta-
mento iníquos;

3. Identifique o espírito geracional e mande-o embora da sua


vida. Nesse caso o espírito do engano;

4. Anule os decretos de maldição sobre sua vida e descenden-


tes;

5. Peça ao Senhor para quebrar as cadeias e os grilhões do or-


gulho, da soberba e do egoísmo a fim de que você fique
livre;

6. Declare a vitória de Jesus na cruz sobre a iniquidade;


168 A raiz da Iniquidade

7. Entregue essa área de sua vida nas mãos do Espírito Santo.


12º Dia

Raiz da Iniquidade:
Justiça própria
“Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justi-
ças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a
folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam.
Já ninguém há que invoque o teu nome, que se desperte e te de-
tenha; porque escondes de nós o rosto e nos consomes por causa
das nossas iniquidades”. Is. 64: 6-7

A base do trono de Deus é justiça e juízo (Sal. 97: 2 e 89: 14). Daí
o Senhor determinar, em toda a bíblia, que se faça justiça. Seu
reino é um reino de justiça e Ele ama o juízo e a verdade. Seu
desejo é que a justiça seja feita nas cidades por aqueles que as
governam e nos relacionamentos interpessoais diante de ques-
tões de dificuldades do cotidiano.

Quanto à questão da justiça, vemos na Bíblia duas situações:

1. Há questões em que Deus orienta e respalda o homem a ser


o juiz e praticar a justiça diante de todas as causas.

“Não farás injustiça no juízo, nem favorecendo o pobre, nem compra-


zendo ao grande; com justiça julgarás o teu próximo”. Lv. 19: 15

“Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede


170 A raiz da Iniquidade

de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humilde-


mente com o teu Deus”. Mq. 6: 8

2. Há outras questões que não cabe ao homem ser juiz e so-


mente Deus pode julgar determinadas causas.

“A mim me pertence a vingança, a retribuição, a seu tempo, quando


resvalar o seu pé; porque o dia da sua calamidade está próximo, e o
seu destino se apressa em chegar. Porque o Senhor fará justiça ao
seu povo e se compadecerá dos seus servos, quando vir que
o seu poder se foi, e já não há nem escravo nem livre”. Dt. 32:
35-36

A deturpação da justiça.

Satanás, o inimigo de Deus, recebeu das mãos do homem a au-


toridade para governar a terra por ocasião da queda no Éden,
a partir daí ele estabeleceu seu reino das trevas introduzindo a
iniquidade na raça humana.

Ele usa de duas armas iníquas para distorcer a justiça de Deus:

• A injustiça. Sabendo que o homem recebeu governo e


domínio sobre toda a terra, isto é autoridade para decidir
segundo os padrões de justiça de Deus, ele implantou no
DNA humano a injustiça, a fim de que o homem julgasse as
questões de sua competência pelos padrões da iniquidade
nele implantada.

• Justiça Própria. Há situações em que o homem não tem


competência para julgar e somente Deus pode assim fazer.
Nesse caso, Satanás impulsiona o homem a tomar para si
essas causas e colocando-se no lugar de Deus ele as julga
de acordo com os padrões de iniquidade do seu coração.
Raiz da iniquidade: Justiça própria 171

Essa é a pior das iniquidades, porque além de tomar o lugar de


Deus que é iniquidade, ele julga segundo o padrão de injustiça
nele implantado pelo maligno.

Identificando a iniquidade:

Abaixo estão algumas atitudes que revelam justiça própria nas


relações do homem para com Deus (Babel), do homem para
com os seus semelhantes (Diná) e do homem para consigo
mesmo (Fariseu).

1. Babel.

“Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre


cujo topo chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome,
para que não sejamos espalhados por toda a terra”. Gn. 11: 4-7

Cultuar a Deus, sem observar os Seus princípios sobre o culto


é apenas uma reunião vazia, sem a unção e revelação. Buscar a
Deus sem andar nos caminhos que Ele ensinou é caminhar para
a perdição.

O desejo dos descendentes de Noé era formar uma cidade e


construir uma torre, ou seja, um portal para ter acesso a Deus.
Eles estavam ignorando o fato que para chegar a Deus depois
do pecado ter entrado no mundo, era necessário uma oferta de
sangue. Desde que Adão caiu, Deus instituiu uma forma para
perdão dos pecados e mostrou o caminho da restauração atra-
vés do sacrifício de um cordeiro. Quando os descendentes de
Noé tentam levantar uma torre para chegar a Deus, eles esta-
vam desprezando o caminho que Deus estabelecera quanto a
forma de cultuá-lo.
172 A raiz da Iniquidade

Com essa atitude eles desejam chegar a Deus por outro cami-
nho, ou seja, pelos seus esforços, o caminho das obras, dos seus
próprios feitos.

Eles decidiram, por si mesmos que poderiam se relacionar com


Deus sem resolver o problema do pecado. Hoje muitas pessoas
querem fazer o mesmo. Querem chegar diante de Deus, pedir
coisas a Deus, sem passar pela cruz de Jesus Cristo, sem aceitar
o sacrifício de Jesus que é o único caminho para a presença de
Deus. Isso é tentar chegar a Deus por sua própria justiça, isso é
iniquidade.

Babel representa o homem que sabe da existência de Deus,


mas segue uma religião segundo o que ele acha que deve ser
sem atentar para os princípios de Deus quanto a salvação. Quer
chegar ao céu por seus próprios métodos. Isso é “Humanismo”.

Declarar que podemos chegar a Deus por qualquer outro ca-


minho senão por Jesus Cristo é iniquidade e um insulto a Deus,
pois estaremos ignorando o sacrifício de Seu Filho - foi no der-
ramamento do sangue de Jesus Cristo, que Deus solucionou o
problema do pecado, de modo que Sua justiça e condenação
do pecado fossem satisfeitas. Não por capricho, mas porque Ele
é Santo e Justo não podia ser de outra forma.

2. Diná.

“Ora, Diná, filha que Lia dera à luz a Jacó, saiu para ver as filhas da
terra. Viu-a Siquém, filho do heveu Hamon, que era príncipe daquela
terra, e, tomando-a, a possuiu e assim a humilhou” Gn. 34:1-2.

Diná foi estuprada por Siquém, filho de Hamor rei dos Heveus
e isso causou ira e indignação por parte dos filhos de Jacó e o
sentimento de vingança brotou em seus corações (justiça pró-
Raiz da iniquidade: Justiça própria 173

pria). No entanto, após seu ato impensado e violento, Siquém


se apaixona por Diná e vai até Jacó e a pede em casamento.

Seus irmãos propõem que só aceitaria o casamento se todos


os homens da cidade fossem circuncidados. Eles aceitam a pro-
posta e no terceiro dia após a circuncisão Simeão e Levi entram
na cidade e executam a justiça com as próprias mãos.

“Ao terceiro dia, quando os homens sentiam mais forte a dor, dois
filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná, tomaram cada um a
sua espada, entraram inesperadamente na cidade e mataram os ho-
mens todos.
Sobrevieram os filhos de Jacó aos mortos e saquearam a cidade,
porque sua irmã fora violada. Levaram deles os rebanhos, os bois, os
jumentos e o que havia na cidade e no campo; todos os seus bens, e
todos os seus meninos, e as suas mulheres levaram cativos e pilha-
ram tudo o que havia nas casas”. Gn. 34: 25, 27-29

Por que essas coisas acontecem?

Primeiro. Por que a nossa “justiça própria” distingue pecado


e pecados. Aqueles cometidos contra nós são imperdoáveis e
aqueles que cometemos contra os outros passíveis de perdão.
Quando somos a vítima como no caso de Diná, traça-mos o li-
mite da honra, da mágoa, da auto-estima, etc. muito acima da
justiça de Deus. Com certeza que matar todos os homens de
uma cidade, atitudes de Simeão e Levi, foi maior a iniquidade
do que a afronta recebida.

Segundo. Porque nessas horas a última coisa que nos lembra-


mos é da graça de Deus com que fomos alcançados. Nos esque-
cemos das nossas iniquidades e só enxergamos as do outro.

Terceiro. Nossa tendência egoísta será sempre olharmos para


o nosso umbigo e que se dane os outros com sua dor, suas difi-
culdades e necessidades. Não medimos as consequências, pois
174 A raiz da Iniquidade

a nossa justiça própria sempre nos dá razão e assim castigamos


o erro dos outros, se preciso até a morte como Fez Simeão e
Levi.

3. O Fariseu.

“Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mes-


mos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: Dois ho-
mens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o
outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo,
desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais
homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este pu-
blicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto
ganho”. Lc. 18: 9-12

Quando consideramos o fariseu, vemos algumas atitudes de


iniquidade: orgulho, acepção de pessoas, egoísmo, motivação
errada e outras mais quando ele tenta se aproximar de Deus
através da oração no templo.

Sua oração não se baseava na misericórdia e na graça de Deus,


mas na justiça própria. Ele estava confiado em si mesmo. Ele ora
não para se quebrantar, mas para exaltar suas virtudes.

O fariseu não orou, ele fez um discurso eloqüente para sua au-
topromoção. Ele aplaudiu a si mesmo.

Os fariseus realmente tinham grande conhecimento, mas justa-


mente por isso se tornaram hipócritas e cheios de si, pois lhes
faltava o amor ao próximo. Não é de admirar que Paulo tenha
exclamado com firme convicção:

“Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de
Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da subli-
Raiz da iniquidade: Justiça própria 175

midade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do


qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a
Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei,
senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus,
baseada na fé”. Fp. 3: 7-9

Paulo estava disposto a desembaraçar-se de tudo o que havia


aprendido como fariseu para ganhar “a sublimidade do conhe-
cimento de Cristo Jesus.” Com essa atitude ele ficou isolado em
meio aos seus antigos companheiros de religião, pois a maioria
dos fariseus não alcançou este verdadeiro conhecimento.

Padrão de comportamento que revela iniquidade.

Verifique em seu coração se alguns desses comportamentos


estão presentes em sua vida ou se eles fazem parte das atitudes
de seus ascendentes.

1. Sua maneira de chegar a Deus é baseada na obra da cruz ou


através dos seus méritos perante Deus?

2. Quando você olha para dentro de si, é capaz de se enxergar


melhor que muitas outras pessoas?

3. Para ir a Deus você tem sua própria maneira e seu próprio


jeitinho no qual acredita não ser necessário passar pelo sa-
crifício de Jesus na cruz?

4. Você acredita que todos os caminhos levam a Deus ou so-


mente o evangelho de Jesus?

5. Você acredita que sua bondade e suas atitudes são suficien-


tes para alcançar o céu?

6. Você já matou no seu coração pessoas que amava pelo fato


176 A raiz da Iniquidade

delas tornarem-se indiferentes ao seu amor? A rejeição lhe


machucou de tal forma, ou a traição, que em nome da hon-
ra ou da sua autoestima (justiça própria) você foi tentado a
dar o troco e não se satisfez até ver a pessoa sofrer o mesmo
que você sofreu ou mais ainda?

7. Você acredita que, dependendo das circunstâncias, a justiça


pode e deve ser feita pelas nossas próprias mãos na forma
de vingança?

8. Qual a sua atitude quando um estuprador vai preso por ter


abusado de uma criança e é queimado vivo no presídio, por
detentos que, apesar de terem cometido atrocidades, e es-
tarem cometendo outra, se julgam melhores que o infeliz e
aptos por aplicar com as próprias mãos a “justiça”?

Sondando o coração:

Sonde o seu coração e identifique as atitudes de iniquidade de


justiça própria que estão por trás das ações e reações manifes-
tas em sua vida diariamente.

Espírito geracional.

“Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com


todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de
injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verda-
de para serem salvos”. 2 Ts. 2: 9-10

O texto acima estar a falar do anticristo, mas vemos que sua


chegada será com poder, sinais e prodígios da mentira. O espí-
rito que estará por detrás é o espírito do engano. Ele é o respon-
Raiz da iniquidade: Justiça própria 177

sável por operar injustiça e justiça própria.

Se o Espírito Santo mostrou em sua vida em sua vida algum


desses comportamentos de justiça própria, identifique o recep-
tor: você, algum membro da sua família ou seus antepassados.

Espírito geracional: Espírito do engano.

Identificando as cadeias ou as prisões geracionais.

Toda raiz de iniquidade é operacionalizada por um espírito ma-


ligno que mantém sua vítima em cadeias nas regiões inferiores
das trevas. Daí a necessidade de buscar a orientação do Espírito
Santo para identificar essas cadeias.

Nesse caso a prisão aqui é da injustiça e justiça própria.

Consequências de não confessar.

Essas são as consequências que geralmente se percebe na vida


daqueles que não se arrependem e confessam a iniquidade em
sua vida ou em sua linhagem familiar:

• Vivem enganados e condenados a perdição eterna, pois pe-


los nossos méritos jamais alcançaremos o céu.

• O sentimento de vingança pode em algum momento levá-


lo a situações difíceis com a justiça dos homens.
178 A raiz da Iniquidade

Atitude a ser tomada:

Verifique seu coração e tome as decisões abaixo:

1. Confie na justiça de Deus estabelecida na cruz do calvário


através de sacrifício de Jesus Cristo.

“Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabe-


lecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus. Porque o
fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê”. Rm. 10: 3-4

2. Desista de fazer justiça com suas próprias mãos.

3. Abandone a posição de juiz e coloque nas mãos de Deus


cada uma de suas perdas, toda vez que tenha sido injusti-
çado, etc.

Oração.

Se ao sondar seu coração o Espírito Santo lhe mostrou que há


injustiças ou justiça própria em sua vida, ore rejeitando todas
essas iniquidades. Peça ao Senhor para mudar seu coração. Ore
agora tomando as seguintes atitudes:

1. Confesse as portas de entrada do receptor pedindo perdão


a Deus;

2. Arrependa-se das injustiças praticadas até aqui e das atitu-


des de justiça própria manifestas em sua vida através dos
padrões de comportamento iníquos;

3. Identifique o espírito geracional e mande-o embora da sua


Raiz da iniquidade: Justiça própria 179

vida. Nesse caso o espírito do engano;

4. Anule os decretos de maldição sobre sua vida e descenden-


tes;

5. Peça ao Senhor para quebrar as cadeias e os grilhões da in-


justiça, da justiça própria, do orgulho, da soberba, do egoís-
mo e das motivações erradas a fim de que você fique livre;

6. Declare a vitória de Jesus na cruz sobre a iniquidade;

7. Entregue essa área de sua vida nas mãos do Espírito Santo.


13º dia

Raiz da Iniquidade:
Inveja
“Mas, se tendes amarga inveja e sentimento faccioso em vosso
coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa
não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e dia-
bólica. Porque, onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturba-
ção e toda obra perversa”. Tg 3: 14-16

O que é a inveja? Segundo o dicionário digital Aulete, a inveja


é “um misto de desgosto e ódio provocado pelo sucesso ou pelas
posses de outrem. É um desejo intenso de possuir os bens de al-
guém ou de usufruir sua felicidade”.9

É exatamente esse o sentimento que brotou no coração dos sa-


cerdotes e de Caifás, sumo sacerdote quando viram os milagres
que Jesus realizava..

A inveja dos sacerdotes.

“ Ora, por ocasião da festa, costumava o governador soltar ao povo


um dos presos, conforme eles quisessem. Naquela ocasião, tinham
eles um preso muito conhecido, chamado Barrabás. Estando, pois,
o povo reunido, perguntou-lhes Pilatos: A quem quereis que eu vos
solte, a Barrabás ou a Jesus, chamado Cristo? Porque sabia que, por
9. www.aulete.com.br, Dicionário Digital Caldas Aulete, Lexicon Editora Digital
182 A raiz da Iniquidade

inveja, o tinham entregado. E, estando ele no tribunal, sua mulher


mandou dizer-lhe: Não te envolvas com esse justo; porque hoje, em
sonho, muito sofri por seu respeito. Mas os principais sacerdotes e os
anciãos persuadiram o povo a que pedisse Barrabás e fizesse morrer
Jesus. De novo, perguntou-lhes o governador: Qual dos dois quereis
que eu vos solte? Responderam eles: Barrabás! Replicou-lhes Pilatos:
Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo? Seja crucificado! Respon-
deram todos”. Mt. 27: 15-22

Durante toda sua vida Caifás ocupou a posição de maior líder


religioso do seu país, mas agora ele estava vendo o povo indo
em direção a um outro líder que estava impactando a popu-
lação com seus milagres e seu simples modo de viver. Isso fez
com que ele abrisse seu coração para os sentimentos de inveja.

A inveja sempre traz consigo outros sentimentos malignos que


quando invadem o coração, levam para a destruição completa
do ser humano. Foi esse o caso do sumo sacerdote Caifás, que
se deixou alimentar por um outro sentimento chamado ciúmes.

Ele era a maior autoridade religiosa em Israel. Vivia e ensinava


a Lei, mas nunca foi um canal de bênçãos e de milagres na vida
de ninguém. Mas, quando se deparou com Jesus Cristo curan-
do as pessoas, libertando os oprimidos do diabo e ressuscitan-
do os mortos, isso o fez se encher de ciúmes, inveja e desejo de
matar a Jesus.

A inveja abre a porta para o ciúme, a competição e a morte. Ela


só nasce quando fazemos comparações.

“A inveja pode ser definida como uma vontade frustrada de pos-


suir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que
deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompe-
tência e limitação física, seja pela intelectual”. 10

10. www. wikipedia.org/wiki/inveja


Raiz da Iniquidade: Inveja 183

A inveja dos irmãos de José.

“Os patriarcas, invejosos de José, venderam-no para o Egito; mas


Deus estava com ele”. At. 7: 9

O amor especial de Jacó por José e seu tratamento diferencia-


do fizeram com que seus irmãos o odiassem e desejassem sua
morte.

No momento em que estavam longe do pai, eles planejaram


matar José. Com a interferência de Judá venderam-no para
uma caravana de ismaelitas que o levaram ao Egito. Gn. 37: 26.

A inveja e o ciúme foram o que motivaram seus irmãos a come-


terem um crime, que só não foi executado por causa da interfe-
rência de Judá. Podemos concluir que a inveja também produz
assassinos.

Diferença entre bem estar e inveja.

Contudo, é preciso saber diferenciar a inveja da busca pelo bem


estar. Não é errado trabalhar e lutar para se conquistar o objeto
de desejo, desde que isso seja feito com humildade e honesti-
dade.

A inveja está em desejar conquistar porque vemos que o outro


conquistou. Nesse caso, a motivação não é o bem estar, mas a
competição.

Identificando a iniquidade:

Vamos identificar alguns tipos de inveja:


184 A raiz da Iniquidade

• A inveja pelas posses do outro. Pode ser ele do seu grupo


de amizade ou não. Nesse caso a inveja se manifesta num
desejo de obter o bem móvel ou imóvel que a outra pessoa
a quem o invejoso se compara ou deseja ser. É um senti-
mento de ódio e fracasso ao mesmo tempo. Ódio pela outra
pessoa e fracasso por si mesmo.

• A inveja pela posição social ou financeira do outro. Aqui


está revelado um sentimento de inferioridade e incapacida-
de de chegar à posição que o outro alcançou.

• A inveja pelas qualidades de caráter do outro. Aqui o objeto


da inveja não são os bens do outro, mas as qualidades do
seu caráter que o invejoso deseja e não as possui.

Padrão de comportamento que revela iniquidade.

Verifique em seu coração se alguns desses comportamentos


estão presentes em sua vida ou se eles fazem parte das atitudes
de seus ascendentes.

1. Você costuma se comparar com outras pessoas?

2. Se uma pessoa se destaca em alguma atividade, por mais


tola que possa parecer no seu ambiente de trabalho, isso o
incomoda e faz você ter sentimentos de raiva, ira ou fracas-
so?

3. Quando alguém do seu convívio adquire um novo eletro-


doméstico, um tênis de marca, um carro zero ou um aces-
sório que combine com uma roupa comum, isso traz senti-
mentos de adquirir o mesmo?

4. Diante de algumas conquistas de seus amigos você se sente


Raiz da Iniquidade: Inveja 185

mais merecedor dessas conquistas do que o outro?

5. Você já se pegou boicotando, fazendo fofoca ou armando


uma armadilha a fim de destruir outra pessoa?

6. Você faz qualquer coisa para provar, ao menos para si mes-


mo, que ele é melhor que alguém que está subindo em al-
guma função no seu ambiente de trabalho?

7. Você fala excessivamente bem dos seus próprios feitos e


minimiza as realizações das outras pessoas ao seu redor
através de críticas?

8. Você dá espaços ou permite que as pessoas cresçam ao seu


lado?

9. Você se põe como uma plataforma de laçamento para que


as pessoas cresçam sobre você?

Sondando o coração:

Sonde o seu coração e identifique as atitudes e ações que mos-


tram que há inveja de alguém do seu convívio ou não. A inve-
ja revela iniquidade em seu coração e precisa ser confessada e
abandonada.

“E dizia O que sai do homem, isso é o que o contamina. Porque de


dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desíg-
nios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza,
as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a lou-
cura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem”.
Mc. 7: 20-23
186 A raiz da Iniquidade

A inveja é um sentimento que traz divisões, separações e bri-


gas.

“Porque, onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda


obra perversa”

Obras da carne.

“Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impu-


reza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras,
discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coi-
sas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já,
outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais
coisas praticam”. Gál. 5: 19-21

Inicialmente vemos que a inveja é uma das obras da carne. Isso


significa que a inveja é um sentimento do homem carnal que
não conhece a Deus ou que conhece a Deus, mas preferiu viver
sua vida na carne, longe do Espírito Santo.

A inveja se constitui numa porta aberta para a entrada de de-


mônios que trarão o ciúme, a discórdia e as competições.

Isso pode ser um espírito geracional que afeta uma linhagem


familiar. É transferido através das gerações e pode permanecer
conectado aos membros da família por muitas gerações, se a
iniquidade não for neutralizada.

Se você detectou em sua vida ou nos seus antepassados atitu-


des de inveja, isso significa uma operação maligna para destruir
você e seus descendentes. Arrependa-se, confesse as atitudes
de iniquidade do seu coração.

Se o Espírito Santo mostra em sua vida esse comportamento


Raiz da Iniquidade: Inveja 187

iníquo, identifique o receptor: você, algum membro da sua fa-


mília ou seus antepassados.

Receptor: ___________________________________

Identificando as cadeias ou as prisões geracionais.

Toda raiz de iniquidade é operacionalizada por um espírito ma-


ligno que mantém sua vítima em cadeias nas regiões inferiores
das trevas. Daí a necessidade de buscar a orientação do Espírito
Santo para identificar essas cadeias.

Nesse caso a prisão aqui é da inveja e ciúmes.

Consequências de não confessar.

Essas são as consequências que geralmente se percebe na vida


daqueles que não se arrependem e confessam a inveja em sua
vida ou em sua linhagem familiar:

• Ficarão fora do reino de Deus. Gl. 5: 21

• Atrairão enfermidades. “mas a inveja é a podridão dos ossos


“. Pv. 14: 30.

• Fracasso, falência e miséria. “Aquele que tem olhos invejosos


corre atrás das riquezas, mas não sabe que há de vir sobre ele
a penúria”. Pv. 28: 22.

Atitude a ser tomada:

Verifique seu coração e tome as decisões abaixo:


188 A raiz da Iniquidade

1. Busque a cura para suas emoções feridas.

2. Pare de se comparar com outras pessoas. Você é uma pes-


soa totalmente diferente de qualquer outra na face da Terra.
Sua impressão digital é única.

3. Abandone o território da rejeição e inferioridade e aceite-se


como Deus lhe fez e saiba que Ele o ama.

4. Descubra os dons que Deus lhe deu e valorize-os.

5. Trabalhe por suas conquistas, independente das conquistas


de seus amigos.

Oração.

Se ao sondar seu coração o Espírito Santo lhe mostrou que há


inveja e ciúmes em sua vida, ore rejeitando essas atitudes de
iniquidade. Peça ao Senhor para mudar seu coração. Ore agora
tomando as seguintes atitudes:

1. Confesse as portas de entrada do receptor pedindo perdão


a Deus;

2. Arrependa-se das atitudes de inveja e ciúmes praticadas até


aqui, manifestas em sua vida através dos padrões de com-
portamento iníquos;

3. Anule os decretos de maldição sobre sua vida e descenden-


tes;

4. Peça ao Senhor para quebrar as cadeias e os grilhões da in-


veja, do ciúme e das obras da carne a fim de que você fique
livre;
Raiz da Iniquidade: Inveja 189

5. Declare a vitória de Jesus na cruz sobre a iniquidade;

6. Entregue essa área de sua vida nas mãos do Espírito Santo.


14º Dia

Raiz da Iniquidade:
Desonra
“ Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque
não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades
que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que
se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resis-
tem trarão sobre si mesmos condenação.” Rm. 13: 1-2

“Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a


quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem hon-
ra, honra”. Rm. 13: 7

Aprendemos com o Apóstolo Paulo que em todas as esferas da


sociedade Deus estabeleceu níveis de autoridade. Em todos os
lugares onde formos encontraremos pessoas revestidas de au-
toridade: em casa, no trânsito, nas escolas, nas empresas, etc.

Se não houvesse as autoridades estabelecidas, nosso mundo


seria um caos. Imagine todas as pessoas fazendo o que bem
entendessem sem que não houvesse ninguém sobre elas para
estabelecer as leis e fazê-las cumprir.

Deus criou tudo com ordem e planejou as posições de autori-


dade, tanto nas regiões celestiais como na terra. Ele estabele-
192 A raiz da Iniquidade

ceu tudo com ordem.

“pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as
visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principa-
dos, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele”. Cl. 1:16

Um princípio que rege essa questão de autoridade é o princípio


da honra. Deus criou as posições de autoridade e espera que
elas recebam a honra devida. Quando assim fazemos, estamos
declarando que aceitamos o governo maior de Deus sobre nós,
mas quando rejeitamos uma autoridade, então declaramos
que estamos indo contra aquele que a estabeleceu - Deus.

Abaixo estão algumas instituições onde veremos que há uma


chamada ao princípio da honra sobre elas.

Família: honrar aos pais

“Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com


promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra”.
Ef. 6: 3

Esse é o quinto mandamento no Decálogo, mas o primeiro com


promessa. Considerando que os quatro primeiros se referem ao
relacionamento do homem para com Deus, ele também é o pri-
meiro dos seis que abordam o relacionamento do homem para
com o seu próximo.

O princípio da honra começa em casa, quando os filhos são en-


sinados pela Palavra a honrar seus pais. O verbo traz o seguinte
significado: respeitar, valorizar, ouvir, obedecer, ser fiel, dignifi-
car, enobrecer, etc.
Raiz da Iniquidade: Desonra 193

Igreja: honrar aos líderes

“Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de


duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na
doutrina”. 1 Tm. 5: 17

Se precisamos dar honra àqueles que estão em posição de au-


toridade, então a Palavra nos ensina que os presbíteros, pasto-
res, bispos, evangelistas, missionários ou qualquer outro líder
que trabalhe na minsitração da Palavra ensinando e discipulan-
do, deve receber “duplicada honra”.

A honra a ser concedida a essas pessoas na posição de lideran-


ça deve ser dobrada. Isso significa muito mais respeito, obedi-
ência, fidelidade, apreço e salário também.

A usura e mesquinhez com que alguns tratam o salário pastoral


revela a desonra e a iniquidade do coração.

Governo: honrar ao rei

“Tratai todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai o rei”.
1 Pd. 2: 17

Nos tempos bíblicos não existiam os sistemas de governo que


existem hoje: parlamentarismo e presidencialismo. A forma de
governo não era república e sim monarquia. Por isso Paulo nos
instrui a honrar o rei.

Considerando nossa forma de governo no terceiro milênio, en-


tão devemos honrar os que presidem sobre nós, independente
do sistema de governo em que estamos inseridos.
194 A raiz da Iniquidade

Falar mal das autoridades é desonra. Temos formas legais para


discordar sem desonrar. Isso é muito sério, pois a desonra às
autoridades se constitui em oposição a Deus e traz condenação
àqueles que assim fazem.

“De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação


de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação”.

Nosso Rei: honrar a Jesus

“a fim de que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai.
Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou”. Jo. 5: 23

Considerando que Jesus é o nosso Salvador, Senhor e Rei, deve-


mos honra-lo. Quando não o fazemos é porque não o conside-
ramos como autoridade real sobre nós.

A honra a Jesus é dada quando frequentamos um culto e O


adoramos. Também quando ofertamos e dizimamos.

“Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua


renda”. Pv. 3: 9

A honra ao Senhor se manifesta em obediência à Sua Palavra. A


desobediência se constitui em desonra.

Identificando a iniquidade:

Vamos identificar dois tipos de desonra:

1. A desonra se constitui iniquidade porque ela é uma atitude


desobediência, rejeição a pessoas em posição de autorida-
Raiz da Iniquidade: Desonra 195

de, desrespeito, desvalorização, etc. Essas atitudes partem


de dentro do coração humano e são um impedimento para
o crescimento espiritual e material daqueles que assim pro-
cedem.

2. É preciso compreender os níveis de autoridade que temos


e não passar por cima daqueles que estão em posição de
autoridade sobre nós.

Saul perdeu o reino por ter sacrificado quando Samuel havia


dito a ele para esperá-lo até que ele chegasse ao local onde o
exército estava reunido. Saul era rei, e não sacerdote. Não com-
petia a ele sacrificar, isso era função do sacerdote.

Nadabe e Abiú, filhos de Arão, morreram dentro do templo ao


oferecerem incenso ao Senhor (Lv. 10: 1-2). Isso porque foram
fazer o que não era de competência deles naquele momento.
Deus considera isso como desonra.

Quando passamos por cima das autoridades constituidas sobre


nossas vidas estamos desonrando. Deus não aceita desonra e
por isso vêm as consequências.

Padrão de comportamento que revela iniquidade.

Verifique em seu coração se alguns desses comportamentos


estão presentes em sua vida ou se eles fazem parte das atitudes
de seus ascendentes.

1. Você é obediente a seus pais? Você os respeita?

2. Você teria coragem de deixar seus pais no asilo quando ve-


lhos e doentes ou acolheria em casa e daria assistência até
o fim de suas vidas?
196 A raiz da Iniquidade

3. Você fala mal de seu pastor ou já fez isso em relação a ou-


tros líderes que estiveram sobre sua vida?

4. Você já votou contra o aumento salarial de seu pastor?

5. Você já participou de grupos que se levantaram para tirar o


pastor da igreja?

6. Como você se comporta em relação às autoridades políti-


cas em sua cidade, estado e nação? Você as respeita como
autoridade discordando apenas de suas opiniões ou de
seus projetos políticos?

7. Você fala mal, desrespeita ou usa a internet para criticar al-


guma pessoa investida numa função de autoridade seja ela
política, religiosa, jurídica ou outras funções de autoridade
sobre sua vida, como o policial do trânsito, o professor, o
diretor da escola, o gerente do seu setor, etc.?

8. Você vai ao culto semanalmente e adora ao Senhor? Você


honra ao Senhor com dízimos e ofertas?

9. Você é obediente aos princípios da Palavra de Deus?

Sondando o coração:

Sonde o seu coração e identifique as atitudes e ações que mos-


tram que houve desonra para alguém em posição de autorida-
de sobre sua vida. A desonra revela iniquidade em seu coração
e precisa ser confessada e abandonada.

A desonra é uma posição que atrai a condenação de Deus e


Seus juízos.
Raiz da Iniquidade: Desonra 197

Espírito geracional.

Espírito geracional é uma entidade espiritual que afeta uma


linhagem familiar. É transferido através das gerações e pode
permanecer conectado aos membros da família por muitas ge-
rações, se a iniquidade não for neutralizada.

Se você detectou em sua vida ou nos seus antepassados ati-


tudes de desonra, isso significa uma operação maligna para
destruir você e seus descendentes. Arrependa-se, confesse as
atitudes de iniquidade do seu coração.

Se o Espírito Santo mostra em sua vida esse comportamento


iníquo, identifique o receptor: você, algum membro da sua fa-
mília ou seus antepassados.

Receptor: ___________________________________

“nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segun-


do o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos
filhos da desobediência; entre os quais também todos nós anda-
mos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a von-
tade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da
ira, como também os demais”. Ef. 2: 2-3

Espírito geracional: Potestade do ar.

Identificando as cadeias ou as prisões geracionais.

Toda raiz de iniquidade é operacionalizada por um espírito ma-


ligno que mantém sua vítima em cadeias nas regiões inferiores
das trevas. Daí a necessidade de buscar a orientação do Espírito
Santo para identificar essas cadeias.
198 A raiz da Iniquidade

Nesse caso a prisão aqui é a da desonra.

Consequências de não confessar.

Essas são as consequências que geralmente se percebem na


vida daqueles que não se arrependem e confessam a iniquida-
de em sua vida ou em sua linhagem familiar:

• Atrai a condenação de Deus.

• Todo nível de desonra faz com que a pessoa tenha sua vida
financeira paralisada.

• Impede as bênçãos de Deus sobre sua vida e entra debaixo


das maldições pela desobediência.

Atitude a ser tomada:

Verifique seu coração e tome as decisões abaixo:

1. Comece a ter atitudes de honra e respeito pelos seus pais.

2. Seja obediente às pessoas que estão em posição de autori-


dade sobre sua vida no trabalho, na escola ou em qualquer
outro lugar.

3. Adore ao Senhor diariamente. Preste seu culto particular a


Deus e honre-O obedecendo Sua Palavra.

4. Seja um dizimista e ofertante fiel.

5. Aprenda a honrar as funções de autoridade e as pessoas


Raiz da Iniquidade: Desonra 199

que as exercem nos lugares estabelecidos por Deus.

6. Honre o líder espiritual que Deus estabeleceu sobre sua


vida. Vigie para que ele tenha condições financeiras para se
manter. Honre-o com salário digno.

Oração.

Se ao sondar seu coração o Espírito Santo lhe mostrou que há


desonra em sua vida, ore rejeitando essas atitudes de iniquida-
de. Peça ao Senhor para mudar seu coração. Ore agora toman-
do as seguintes atitudes:

1. Confesse as portas de entrada do receptor pedindo perdão


a Deus;

2. Arrependa-se das atitudes de desonra praticadas até aqui


manifestas em sua vida através dos padrões de comporta-
mento iníquos;

3. Identifique o espírito geracional e mande-o embora da sua


vida. Nesse caso o espírito da potestade do ar;

4. Anule os decretos de maldição sobre sua vida e descenden-


tes;

5. Peça ao Senhor para quebrar as cadeias e os grilhões da de-


sonra, da rebeldia e da desobediência, a fim de que você
fique livre;

6. Declare a vitória de Jesus na cruz sobre a iniquidade;

7. Entregue essa área de sua vida nas mãos do Espírito Santo.

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