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CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR

Relatório Final

NOTA DE APRESENTAÇÃO

A rede de equipamentos colectivos constitui uma componente fundamental na promoção do


desenvolvimento sustentável e integrado nas suas diversas dimensões, sendo simultaneamente
instrumento de qualificação e valorização de centros urbanos e instrumento de fomento da
equidade e qualidade de vida das populações.

De entre os equipamentos colectivos, os equipamentos de ensino constituem um conjunto


fundamental, dada a sua importância na prossecução de um objectivo essencial no processo de
desenvolvimento regional (acesso da população ao ensino) e na qualificação dos recursos
humanos, factor de sucesso importante na competitividade de cidades e regiões.

Neste contexto, o reordenamento da rede de equipamentos de ensino constitui um factor


fundamental na estratégia de desenvolvimento de um município, pelo que a realização da Carta
Educativa para os municípios da Lezíria do Tejo, em geral, e para o município de Rio Maior, em
particular, surge como uma oportunidade única para adequar a rede de infra-estruturas de
ensino à procura previsível nos próximos anos.

O Decreto-Lei n.º 7 de 2003, ao criar o Conselho Municipal de Educação e o conceito e


objectivos da Carta Educativa, introduz um conjunto de oportunidades e desafios que importa
potenciar, numa lógica de concertação e partenariado de base territorial.

O facto de o concelho de Rio Maior não possuir uma Carta Educativa, introduz dificuldades
acrescidas face ao processo de programação de equipamentos educativos, tendo em
consideração as novas exigências do sistema educativo e face às novas dinâmicas territoriais
existentes e emergentes. Por conseguinte, considera-se essencial a elaboração da Carta
Educativa do município de Rio Maior, dando cumprimento ao DL n.º 7/2003.

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Relatório Final

O documento que agora se apresenta corresponde ao Relatório Final da Carta Educativa do


concelho de Rio Maior. Este relatório integra as três partes que constituem a Carta Educativa:
Partes I (Enquadramento Regional), II (Diagnóstico Estratégico da Rede Educativa) e III
(Propostas de Intervenção na Rede Educativa).

Para a elaboração deste documento (que decorreu simultaneamente para os restantes dez
municípios da Lezíria do Tejo), a Equipa efectuou diversas reuniões com a autarquia, com a
Direcção Regional de Educação de Lisboa e com os agrupamentos e os estabelecimentos de
ensino do concelho. Estas mesmas entidades foram, de resto, imprescindíveis no fornecimento
de informação diversa sobre a oferta e procura de ensino no concelho.

Para além das opiniões e informações que nos foram apresentadas no decurso das reuniões
anteriormente referidas, a elaboração do presente relatório fundamentou-se simultaneamente em
diversos documentos e fontes publicadas.

O presente documento constitui uma ferramenta, de cariz prospectivo, capaz de ajudar a tomar
decisões no presente e de conduzir com eficácia as mudanças de fundo e circunstanciais, de
forma a consolidar-se uma rede eficaz de edifícios e equipamentos educativos.

A Carta Educativa do município de Rio Maior é, por princípio, um exercício de cariz voluntarista
que tenta através da participação alargada obter consensos quanto ao planeamento e
ordenamento da rede de equipamentos educativos do concelho.

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Relatório Final

Equipa

José Luís Avelino (Coordenação Geral)


Luís Carvalho (Coordenador-Adjunto)
Gentil Duarte
Inês Andrade
Sónia Vieira
Carla Figueiredo
José Manuel Simões (Consultor)
Sérgio Barroso (Consultor)

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Relatório Final

ÍNDICE GERAL
PARTE I – ENQUADRAMENTO TERRITORIAL
1. INSERÇÃO REGIONAL..................................................................................... 9
2. DEMOGRAFIA ................................................................................................. 14
3. POVOAMENTO E REDE URBANA ................................................................. 22
4. BASE ECONÓMICA E SOCIAL....................................................................... 27

PARTE II – DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DA REDE EDUCATIVA


1. A OFERTA DE ENSINO PÚBLICO.................................................................. 35
1.1 – Considerações Gerais................................................................................................36
1.2 – Educação Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico...................................................40
1.3 – 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário ...............................................55
2. A PROCURA DE ENSINO PÚBLICO .............................................................. 59
2.1 – Ensino Pré-Escolar, Básico e Secundário Público .....................................................60
2.2 – Ensino Recorrente......................................................................................................79
2.3 – Ensino Superior..........................................................................................................80
3. A OFERTA E PROCURA DE ENSINO PRIVADO/PARTICULAR ................... 81
3.1 – Educação Pré-Escolar Particular................................................................................82
3.2 – Ensino Profissional.....................................................................................................83
4. ACÇÃO SOCIAL ESCOLAR E TRANSPORTES............................................. 86
4.1 – Acção Social Escolar..................................................................................................87
4.2 – Transportes e Movimentos Casa-Escola....................................................................90
5. PROJECÇÕES DA POPULAÇÃO ESCOLAR................................................. 93
5.1 – Nota Introdutória.........................................................................................................94
5.2 - Metodologia Adoptada: Modelo Cohort -Survival........................................................95
5.3 – População Estudantil Projectada..............................................................................100

PARTE III – PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO NA REDE EDUCATIVA


1. PRINCÍPIOS ORIENTADORES ..................................................................... 103
2. QUADRO LEGISLATIVO............................................................................... 108
3. RECONFIGURAÇÃO E REORGANIZAÇÃO DA REDE EDUCATIVA .......... 117
3.1 – Educação Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico.................................................118
3.2 – 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário .............................................132
3.3 – Ensino e Formação Profissional...............................................................................134
4. PROGRAMA DE INTERVENÇÃO.................................................................. 135
4.1 – Projectos Estruturantes ............................................................................................136
4.2 – Projectos Complementares ......................................................................................143
4.3 – Síntese das Propostas .............................................................................................149
5. MONITORIZAÇÃO DO PROCESSO.............................................................. 154
5.1 – Considerações Gerais..............................................................................................155
5.2 – Faseamento do Processo de Monitorização ............................................................156
5.3 – Organização do Processo de Monitorização............................................................157
ANEXOS

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Relatório Final

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 – Indicadores de Contextualização do Concelho de Rio Maior.................................... 11


Quadro 2 – Evolução da População no Concelho de Rio Maior e Densidade Populacional........ 16
Quadro 3 – Componentes do Crescimento Demográfico (1991-2001) ........................................ 17
Quadro 4 – Evolução da Estrutura da População Residente (%) ................................................ 18
Quadro 5 – Evolução dos Índices Demográficos (%)................................................................... 19
Quadro 6 –Evolução dos Níveis de Instrução da População Residente (%)................................ 21
Quadro 7 – Evolução da População Residente Segundo a Dimensão dos Lugares (%)............. 23
Quadro 8 – Evolução das Taxas de Actividade e Desemprego (%) ............................................ 28
Quadro 9 – Evolução da População Desempregada (%) ............................................................ 29
Quadro 10 – Estrutura da População Activa no Concelho de Rio Maior (1991 e 2001) .............. 30
Quadro 11 –Estrutura da População Activa, por Sectores, em 2001........................................... 31
Quadro 12 – Tipologia dos Estabelecimentos do Ensino Público no Concelho de Rio Maior...... 37
Quadro 13 – Distribuição dos Estabelecimentos do Ensino Público, por Agrupamento, no
Concelho de Rio Maior............................................................................................. 38
Quadro 14 – Recursos Humanos na Educação Pré-Escolar na Freguesia de Rio Maior ............ 41
Quadro 15 – Caracterização dos Estabelecimentos da Educação Pré-Escolar Pública na
Freguesia de Rio Maior ............................................................................................ 42
Quadro 16 – Recursos Humanos na Educação Pré-Escolar nas Freguesias Rurais de Rio Maior
(2003/04).................................................................................................................. 44
Quadro 17 – Caracterização dos Estabelecimentos da Educação Pré-Escolar Pública nas
Freguesia Rurais do Concelho de Rio Maior............................................................ 45
Quadro 18 – Recursos Humanos no 1º Ciclo do Ensino Básico na Freguesia de Rio Maior
(2003/04).................................................................................................................. 47
Quadro 19 – Caracterização dos Estabelecimentos do 1ºCiclo na Freguesia de Rio Maior........ 48
Quadro 20 – Recursos Humanos no 1º Ciclo do Ensino Básico nas Freguesia Rurais de Rio
Maior (2003/04)........................................................................................................ 52
Quadro 21 – Caracterização dos Estabelecimentos do 1º Ciclo do Ensino Básico das Freguesias
Rurais de Rio Maior.................................................................................................. 53
Quadro 22 – Recursos Humanos nos 2º Ciclo 3º Ciclos do Ensino Básico e no Ensino
Secundário no Concelho de Rio Maior (2003/04)..................................................... 57
Quadro 23 – Caracterização dos Estabelecimentos com 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico e do
Ensino Secundário do Concelho de Rio Maior......................................................... 58
Quadro 24 – Evolução do Número de Alunos por Ciclo no Concelho de Rio Maior (Ensino
Público) .................................................................................................................... 60
Quadro 25 – Taxa Bruta de Escolarização por Ciclo e Nível de Ensino no Concelho de Rio Maior
(2003-04).................................................................................................................. 62
Quadro 26 – Evolução do Número de Alunos na Educação Pré-Escolar Pública e no 1º Ciclo do
Ensino Básico na Freguesia de Rio Maior................................................................ 62
Quadro 27 – Evolução do Número de Crianças da Educação Pré-Escolar nos Estabelecimentos
Públicos na freguesia de Rio Maior.......................................................................... 63
Quadro 28 – Taxa de Ocupação da Educação Pré-Escolar nos Estabelecimentos Públicos da
Freguesia de Rio Maior (2003-04)............................................................................ 63

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Relatório Final

Quadro 29 – Número de Crianças com Necessidades Educativas Especiais na Educação Pré-


Escolar Pública do Ensino Básico na Freguesia de Rio Maior................................. 64
Quadro 30 – Evolução do Número de Alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico nos Estabelecimentos
Públicos da freguesia de Rio Maior.......................................................................... 65
Quadro 31 – Taxa de Ocupação do 1º Ciclo do Ensino Básico nos Estabelecimentos Públicos da
Freguesia de Rio Maior (2003-04)............................................................................ 66
Quadro 32 – Número de Alunos com Necessidades Educativas Especiais no 1º ciclo do Ensino
Básico na Freguesia de Rio Maior ........................................................................... 66
Quadro 33 – Evolução do Número de Crianças por Freguesia na Educação Pré-Escolar Pública
e no 1º Ciclo do Ensino Básico nas Freguesias Rurais do Concelho de Rio Maior.. 67
Quadro 34 – Evolução do Número de Crianças na Educação Pré-Escolar Pública nas Freguesias
Rurais do Concelho de Rio Maior............................................................................. 68
Quadro 35 – Taxas de Ocupação na Educação Pré-Escolar Pública nas Freguesias Rurais do
Concelho de Rio Maior (2003/2004)......................................................................... 68
Quadro 36 – Evolução do Número de Alunos no 1º Ciclo do Ensino Básico nas Freguesias
Rurais do Concelho de Rio Maior............................................................................. 69
Quadro 37 – Taxa de Ocupação no 1º Ciclo do Ensino Básico nas Freguesias Rurais do
Concelho de Rio Maior............................................................................................. 70
Quadro 38 – Evolução do Número de Crianças da Educação Pré-Escolar Público por
Agrupamento de Escolas ......................................................................................... 71
Quadro 39 – Taxa de Ocupação da Educação Pré-Escolar Pública por Agrupamento do
Concelho de Rio Maior (2003-04) ............................................................................ 72
Quadro 40 – Evolução do Número de Alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico Público por
Agrupamento do Concelho de Rio Maior.................................................................. 72
Quadro 41 – Número de Estabelecimentos do 1º Ciclo Segundo a Dimensão (Número de Alunos)
por Agrupamento do Concelho de Rio Maior (2003/04) ........................................... 73
Quadro 42 – Taxa de Ocupação do 1º Ciclo do Ensino Básico Público por Agrupamento do
Concelho de Rio Maior (2003-04) ............................................................................ 73
Quadro 43 – Número de Crianças com Necessidades Educativas Especiais na Educação Pré-
Escolar Público e no 1º Ciclo do Ensino Básico nas Freguesias Rurais de Rio Maior
................................................................................................................................. 74
Quadro 44 – Evolução do Número de Alunos por Estabelecimento nos 2º e 3º Ciclos do Ensino
Básico e do Ensino Secundário Público no Concelho de Rio Maior......................... 75
Quadro 45 – Evolução do Número de Alunos por Curso no Ensino Secundário no Concelho de
Rio Maior.................................................................................................................. 76
Quadro 46 – Taxa de Ocupação dos Estabelecimentos do 2º, 3º Ciclo do Ensino Básico e Ensino
Secundário no Concelho de Rio Maior (2003-04) .................................................... 77
Quadro 47 – Número de Alunos com Necessidades Educativas Especiais nos 2º e 3º Ciclos do
Ensino Básico e no Ensino Secundário no Concelho de Rio Maior ......................... 77
Quadro 48 – Taxas de Repetência no Concelho de Rio Maior (%) ............................................. 78
Quadro 49 – Taxas de Abandono no Concelho de Rio Maior (%) ............................................... 78
Quadro 50 – Evolução do Número de Alunos no Ensino Recorrente no Concelho de Rio Maior 79
Quadro 51 – Número de Crianças na Educação Pré-Escolar Particular no Concelho de Rio Maior
................................................................................................................................. 82
Quadro 52 – Acção Social no Pré-Escolar na Freguesia de Rio Maior (2003/04) ....................... 87

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Relatório Final

Quadro 53 – Acção Social no Pré-Escolar nas Freguesias Rurais do Concelho de Rio Maior
(2003/04).................................................................................................................. 87
Quadro 54 – Acção Social no 1º Ciclo do Ensino Básico na Freguesia de Rio Maior (2003/04) . 88
Quadro 55 – Acção Social no 1º Ciclo do Ensino Básico nas Freguesias Rurais de Rio Maior
(2003/04).................................................................................................................. 88
Quadro 56 – Local de Estudo dos Residentes com 15 ou mais anos do Concelho de Rio Maior
(%)............................................................................................................................ 90
Quadro 57 – Meios de Transporte Utilizados nos Movimentos Casa/Escola, no Concelho de Rio
Maior (%).................................................................................................................. 91
Quadro 58 – População Residente, segundo Dois Cenários (Tendencial e Alternativo), em 2011
................................................................................................................................. 99
Quadro 59 – População em Idade Escolar Projectada (Cenário Tendencial)............................ 100
Quadro 60 – População em Idade Escolar Projectada (Cenário Alternativo - Expansionista) ... 101
Quadro 61 – População Projectada em Idade Escolar .............................................................. 101
Quadro 62 – Matriz-Síntese de Propostas para o Agrupamento Vertical de Marinhas do Sal – 128
Quadro 63 – Matriz-Síntese de Propostas para o Agrupamento Vertical Fernando Casimiro
Pereira da Silva - Cenário A (a)............................................................................. 130
Quadro 64 – Matriz-Síntese de Propostas para o Agrupamento Horizontal de Alcobertas........ 124
Quadro 65 – Matriz-Síntese de Propostas para o Agrupamento Vertical de Marinhas do Sal -. 120
Quadro 66 – Matriz-Síntese de Propostas para o Agrupamento Vertical Fernando Casimiro
Pereira da Silva - Cenário B.................................................................................. 122
Quadro 67 – Matriz-Síntese de Propostas para os 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e para o
Ensino Secundário no Concelho de Rio Maior....................................................... 133

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Enquadramento do Concelho de Rio Maior................................................................. 10


Figura 2 - Integração de Rio Maior no Sistema de Acessibilidades ............................................. 12
Figura 3 - Evolução da População no Concelho de Rio Maior e na Lezíria do Tejo .................... 15
Figura 4 - Variação da População, por Freguesia, no Concelho de Rio Maior (1991-2001)........ 16
Figura 5 – Pirâmide Etária do Concelho de Rio Maior, 2001 ....................................................... 19
Figura 6 – Distribuição do Índice de Envelhecimento no Concelho de Rio Maior (2001)............. 20
Figura 7 - População em Lugares com mais de 300 Habitantes no Concelho de Rio Maior e
Variação 1991-2001 .................................................................................................... 24
Figura 8 - Sub-Sistema Urbano da Lezíria do Tejo...................................................................... 26
Figura 9 - População Residente Empregada, por Sector de Actividade, no Concelho de Rio Maior
.................................................................................................................................... 29
Figura 10 - Distribuição dos Sectores de Actividade, por Freguesia, em 1991 e 2001................ 32
Figura 11 - População por Ramos de Actividade em Rio Maior, CAE 1 digt, (2001) ................... 33
Figura 12 - Localização dos Estabelecimentos de Ensino, por Freguesia, do Concelho de Rio
Maior (2003/04) ........................................................................................................... 39
Figura 13 – Evolução do Número de Alunos por Ciclo de Ensino Público no Concelho de Rio
Maior ........................................................................................................................... 61
Figura 14 – Síntese das Propostas para o Município de Rio Maior (Rede Pública) – Cenário A152
Figura 15 – Síntese das Propostas para o Município de Rio Maior (Rede Pública) – Cenário B153

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Relatório Final

PARTE I –
ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

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Relatório Final

1. INSERÇÃO REGIONAL

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Relatório Final

Integrado numa zona apelidada de "Estremadura Ribatejana", o concelho de Rio Maior situa-se
numa área de transição onde as influências do Ribatejo e do Litoral se mesclam, dando lugar a
um espaço cheio de originalidade. O concelho de Rio Maior constitui, por isso, um território de
charneira e intermediação entre dois sub-sistemas territoriais e urbanos diferenciados, mas
crescentemente interdependentes – o Oeste e a Lezíria do Tejo.

Estando inserido nesta última NUTE III, Rio Maior tem tido a capacidade de se articular com o
Oeste, integrando-se em parcerias com esta região (na área dos resíduos e do turismo, por
exemplo) e ao nível das interrelações económicas, sobretudo com Caldas da Rainha, e com a
freguesia da Benedita, do concelho de Alcobaça; mas simultaneamente com Santarém (ao nível
do ensino superior, por exemplo) e Cartaxo, na Lezíria do Tejo. A recente opção pela
Comunidade Urbana da Lezíria indicia a vontade de Rio Maior de continuar a ter um papel
fundamental no reforço destas articulações.

Figura 1 - Enquadramento do Concelho de Rio Maior

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Relatório Final

Apresentando desde há muito uma elevada centralidade no espaço nacional, o concelho


reforçou com a construção do IP6/A15 essa característica, como importante interface onde se
cruzam dois eixos fundamentais de ligação rodoviária do país: a ligação litoral/interior, através
daquela via, e uma das principais vias de ligação Norte/Sul como é o IC2. O concelho viu assim
dado suporte infraestrutural a essa potencialidade como território de articulações entre espaços
diferenciados.

O concelho, com 271 Km2, tem uma dimensão intermédia ao nível nacional e é constituído por 14
freguesias com a dimensão média de 19 Km2 (a mais reduzida da região). Em termos
populacionais faz parte de um numeroso grupo intermédio de concelhos existente na Lezíria
(mais de metade do total) com população entre os 20.000 e 25.000 habitantes. O concelho
apresentou na última década dinamismo demográfico com um crescimento de 5%, superior ao
da própria região.

Quadro 1 – Indicadores de Contextualização do Concelho de Rio Maior


Indicadores Ano Rio Maior Lezíria Tejo Continente

Superfície (Km2.) 2001 271,1 4.272 89.045

População (nº hab.) 2001 21.110 240.832 9.869.343

Densidade (hab/Km2.) 2001 77,9 56,4 111,2

Variação da População (1991/2001) 4,9 3,4 5,3

Taxa de Natalidade 2001 10,6 10,0 10,8

Taxa de Mortalidade 2001 12,1 12,4 10,2

Nº de Freguesias 2001 14 91 4047

Índ. Poder de Compra per capita 2002 79,4 75,0 101,3

Ind. Desenvolvimento Social (IDS) 2003 0,87 0,86 0,91

Taxa de analfabetismo (%) 2001 10,6 12,7 8,9

Sociedades Sediadas 2001 734 7.020 297.476

Sociedades do Sector Primário (%) 2001 11,7 12,2 2,8

Sociedades do Sector Secundário (%) 2001 24,7 23,4 26,8

Sociedades do Sector Terciário (%) 2001 63,6 64,4 70,4


Fonte: INE (Recenseamentos da População, 1991 e 2001; Poder de Compra Concelhio, 2002; A.N.M.P. - IDS,
2003)

CEDRU 11
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Relatório Final

A população agrupa-se em praticamente uma centena de lugares o que indicia uma considerável
dispersão do povoamento. A densidade populacional não sendo das mais elevadas é claramente
superior à que se verifica na Lezíria do Tejo.

As várias linhas de água que percorrem o seu território constituem uma densa rede hidrográfica
da qual se destaca o Rio Maior que deu nome à localidade. O Norte do concelho é delimitado
pela Serra dos Candeeiros, com as suas grutas e algares naturais, onde orograficamente se
intercalam áreas elevadas, mas pouco povoadas, com depressões argilosas muito férteis, onde
se instalaram as povoações. Para Sul são mais evidentes as áreas planas e inundáveis das
margens do Rio Maior.

A restante área concelhia é constituída por uma sucessão de planaltos baixos e pequenas
colinas, ambas intensamente humanizadas e com diversos aglomerados populacionais ao longo
das vias de comunicação.

Figura 2 - Integração de Rio Maior no Sistema de Acessibilidades

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Relatório Final

Em termos de acessibilidade no contexto nacional o concelho de Rio maior apresenta uma


situação relativamente privilegiada. Desde há alguns anos assistiu-se à construção de um
conjunto de infra-estruturas rodoviárias nacionais e regionais que permitiram ganhos de
acessibilidade muito fortes do município relativamente a outras áreas do país.

O concelho de Rio Maior é servido pelo EN1/IC2 que liga o Sul (sobretudo a região de Lisboa) ao
Centro (fundamentalmente à região de Alcobaça/Leiria) e ao Norte do país. A ligação ao Litoral
(Peniche/Caldas da Rainha e A8) e ao Interior é feita pelo IP6/A15 que depois de Santarém e
Torres Novas dá acesso aos concelhos do Médio Tejo, Beira Interior e Espanha. Em Rio Maior, a
A15 comunica com o IC2.

Para além destas ligações, existe o sistema de acessibilidades intra-concelhio e inter-regional,


fundamentalmente constituído por outras duas vias: a EN114 (paralela à A15) que estrutura as
acessibilidades rodoviárias à parte leste do concelho e a EN361 (Rio Maior/Alcanena), que
estrutura as ligações a nordeste do concelho, ao norte do Maciço Calcário e ao Médio Tejo.

CEDRU 13
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Relatório Final

2. DEMOGRAFIA

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Relatório Final

Ao longo da segunda metade do século XX o concelho de Rio Maior viu os seus quantitativos
populacionais aumentarem progressivamente, passando a sua população dos 18.902 habitantes
em 1950 para os 21.110 habitantes em 2001. Por conseguinte, o seu peso demográfico na sub-
região da Lezíria do Tejo aumentou ligeiramente de 8,5% para 8,8% no mesmo período de
tempo.

Se até ao início dos anos 70 não se registaram grandes oscilações nos valores demográficos do
município de Rio Maior, a partir daí desenvolveram-se dois períodos de considerável
crescimento demográfico, apenas interrompido pela década de oitenta onde o acréscimo foi
menos significativo.

Figura 3 - Evolução da População no Concelho de Rio Maior e na Lezíria do Tejo

300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000 18.902 19.356 18.894 19.894 20.119 21.110
0
1950 1960 1970 1981 1991 2001

Lezíria do Tejo Rio Maior

Esta evolução demográfica não foi uniforme, uma vez que enquanto a freguesia da sede de
concelho apresentou um forte dinamismo demográfico (taxa de variação de 10,6% entre 1991 e
2001), o resto do concelho, no seu todo, apresentou um ligeiro decréscimo populacional.

Deste modo, verifica-se que o concelho de Rio Maior demonstrou ao longo da última década
uma forte tendência de concentração intra-concelhia, consequência do reforço da importância da
cidade no contexto do concelho. Pelo contrário, as restantes freguesias não têm conseguido
estancar as quebras populacionais resultantes das saídas para espaços urbanos
(designadamente para a sua sede de concelho) e do acentuado envelhecimento demográfico.

CEDRU 15
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Relatório Final

Quadro 2 – Evolução da População no Concelho de Rio Maior e Densidade Populacional


Variação Densidade
População População Área Km2
Unidade Territorial 1991-2001 Populacional
(1991) (2001) (2001)
(%) (2001)
Freguesia de Rio Maior 10.424 11.532 10,6 90,0 128,2

Restantes Freguesias 9.695 9.578 -1,2 181,1 52,9

Concelho Rio Maior 20.119 21.110 4.9 271,1 77,9

Lezíria do Tejo 232.969 240.832 3,4 4.272 56,4

Continente 9.371.319 9.869.343 5,3 89.045 111,2


Fonte: INE (Recenseamentos da População, 1991 e 2001)

A variação da população por freguesia no concelho de Rio Maior, entre 1991 e 2001, permite
reforçar estas conclusões. Com efeito, além da freguesia de Rio Maior, apenas mais quatro
freguesias (num total de catorze) registaram acréscimos populacionais: Ribeira de São João,
Marmeleira, Arruda dos Pisões e Outeiro da Cortiçada (embora em qualquer destes casos, os
valores absolutos sejam relativamente modestos, uma vez que nenhuma freguesia possui mais
de mil habitantes). Pelo contrário, existem freguesias (caso de Malaqueijo e Fráguas) que
apresentam quebras populacionais consideráveis.

Figura 4 - Variação da População, por Freguesia, no Concelho de Rio Maior (1991-2001)

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Relatório Final

Outro indicador pertinente para a análise da evolução da população no concelho de Rio Maior
prende-se com a densidade populacional. Deste modo, verifica-se que os níveis de densidade
populacional do concelho (cerca de 78 habitantes por km2) situam-se entre a média regional e a
média nacional. Contudo, estes valores escondem inúmeras disparidades inter-freguesias,
destacando-se, mais uma vez, as diferenças entre a sede de freguesia e as restantes.

Os factores que têm estado subjacentes à dinâmica populacional do território nacional têm vindo
a sofrer alterações consideráveis. De facto, se nos anos 60 e 70 a evolução demográfica era, em
grande medida, determinada pelas migrações internas e externas, já em períodos mais recentes
são as componentes do saldo fisiológico e a entrada de imigrantes as principais responsáveis
pelas alterações populacionais das regiões portuguesas.

Na última década, as diferenças entre o saldo fisiológico e o saldo migratório acentuaram-se


ainda mais no município de Rio Maior por duas ordens de razão. Em primeiro lugar, manteve-se
a tendência para a quebra acentuada dos níveis de fecundidade, gerando saldos fisiológicos
negativos. Concomitantemente, ocorreu uma alteração no sentido dos fluxos migratórios em
Portugal, passando o nosso país a ser o destino de muitos emigrantes. Os acréscimos de
população urbana no concelho de Rio Maior (onde existe uma maior oferta de emprego) têm
facilitado a entrada de população proveniente de países do leste da Europa.

Quadro 3 – Componentes do Crescimento Demográfico (1991-2001)


Saldo Natural Saldo Migratório
Unidade Territorial
Valor Absoluto Valor Absoluto
% %
(milhares) (milhares)
Rio Maior -0,5 -2,3 1,6 7,9

Lezíria do Tejo -7,4 -3,2 14,8 6,3

Portugal 89,8 0,9 361,2 3,7


Fonte: INE (Recenseamentos da População, Resultados Preliminares)

Um dos fenómenos demográficos mais marcantes da sociedade portuguesa - a quebra dos


índices de fecundidade - afectou também o concelho de Rio Maior, gerando alterações
significativas na sua estrutura etária.

CEDRU 17
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Quadro 4 – Evolução da Estrutura da População Residente (%)


1991 2001
Unidade Territorial
0-14 15-64 +65 0-14 15-64 +65

Freguesia de Rio Maior 20,5 66,8 12,7 16,1 67,6 16,2

Restantes Freguesias 17,2 64,1 18,8 14,6 64,6 20,8

Concelho de Rio Maior 18,9 65,5 15,6 15,4 66,3 18,3

Lezíria do Tejo 17,6 65,8 16,7 14,1 66,1 19,8

Continente 19,7 66,6 13,7 15,8 67,7 16,5


Fonte: INE (Recenseamentos da População, 1991 e 2001)

Com efeito, reforçou-se a tendência, já anteriormente esboçada, para o envelhecimento da


população. Constata-se, pois, que a percentagem de jovens com menos de 15 anos diminuiu no
concelho de Rio Maior de 18,9% em 1991 para 15,4% em 2001, enquanto o peso dos idosos
com mais de 65 anos aumentou de 15,6% para 18,3% no mesmo período de tempo.

Em consequência deste aumento do peso da população idosa em relação à jovem vai assistir-se
a um progressivo incremento do índice de envelhecimento que, no concelho de Rio Maior,
passou de 83% em 1991 para 119% em 2001, valor acima da média nacional, mas inferior à
média regional. Contudo, mais uma vez se constata que a freguesia de Rio Maior apresenta
valores distintos do resto do concelho, destacando-se pelo menor índice de envelhecimento.

O rápido envelhecimento populacional levou a que o índice de dependência dos idosos


relativamente aos activos aumentasse consideravelmente de 1991 para 2001; mais uma vez,
este aumento foi maior no concelho de Rio Maior do que no Continente, embora a freguesia
sede de concelho apresente valores idênticos a este último (24%). Em relação à ligeira descida
do índice de dependência total, esta deve-se unicamente ao envelhecimento pela base das
respectivas populações; no entanto, o não rejuvenescimento demográfico nos próximos anos
levará inevitavelmente a uma subida deste índice.

CEDRU 18
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Quadro 5 – Evolução dos Índices Demográficos (%)


1991 2001
Unidade Territorial
I.E. I.D.T I.D.J. I.D.I. I.E. I.D.T I.D.J. I.D.I.

Freguesia Rio Maior 62,2 49,7 30,7 19,1 100,5 47,9 23,9 24,0

Restantes Freguesias 109,4 56,0 26,8 29,3 142,8 54,8 22,6 32,2

Concelho Rio Maior 82,9 52,7 28,8 23,9 118,6 50,9 23,3 27,6

Lezíria do Tejo 94,7 52,1 26,7 25,3 139,8 51,3 21,4 29,9

Continente 69,5 50,1 29,6 20,6 104,5 47,7 23,3 24,4


I.E. – Índice de Envelhecimento I.D.T. – Índice de Dependência Total
I.D.J. – Índice de Dependência de Jovens I.D.I. – Índice de Dependência de Idosos
Fonte: INE (Recenseamentos da População, 1991 e 2001)

O envelhecimento demográfico é particularmente evidente quando se observa a Pirâmide Etária


do concelho de Rio Maior no ano de 2001. Com efeito, é notório o duplo fenómeno de
envelhecimento, quer na base (devido à quebra da taxa de natalidade) quer no topo da pirâmide
(devido ao aumento da proporção de idosos reflexo, em parte, do aumento da esperança média
de vida).

Figura 5 – Pirâmide Etária do Concelho de Rio Maior, 2001

CEDRU 19
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

As diferenciações espaciais na estrutura populacional do concelho de Rio Maior são


particularmente evidentes na cartografia, por freguesia, do índice de envelhecimento em 2001.
De facto, apenas Rio Maior e Alcobertas (localizada a norte da cidade) possuem valores
ligeiramente inferiores à média nacional, ao passo que algumas freguesias localizadas a sul da
cidade e mais distantes da sede de concelho (casos de Arrouquelas, Arruda dos Pisões e
Malaqueijo) possuem valores muito elevados – superiores a 200%. Estas discrepâncias
comprovam a importância das cidades na fixação das populações e das camadas mais jovens,
indispensáveis à dinamização de iniciativas e à introdução de inovações no tecido económico e
social.

Figura 6 – Distribuição do Índice de Envelhecimento no Concelho de Rio Maior (2001)

Uma outra componente relevante para a caracterização dos recursos demográficos (humanos)
no concelho de Rio Maior prende-se com os seus níveis de qualificação. Apesar do concelho em
análise apresentar carências consideráveis neste domínio, têm ocorrido algumas transformações
positivas. No concelho de Rio Maior, a percentagem de população com o ensino médio e

CEDRU 20
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

superior aumentou, contrariamente à população sem qualquer nível de ensino. Não obstante,
permanece muito elevada a percentagem de população com baixos níveis de instrução (cerca de
55% da população possui como nível de instrução máximo o 1º ciclo do ensino básico).

Quadro 6 –Evolução dos Níveis de Instrução da População Residente (%)


Rio Maior Lezíria do Tejo Continente
Níveis de Ensino
1991 2001 1991 2001 1991 2001

Taxa de Analfabetismo 14,2 10,6 16,4 13,0 10,9 8,9

Sem Nível de Ensino 18,6 13,4 20,5 15,8 16,1 12,4

Frequentar Pré-Escolar 0,0 2,2 0,0 1,6 1,6 1,8

Completo 27,3 24,8 27,5 24,3 26,9 23,0


1º Ciclo
Ensino Básico Incompleto 14,2 10,1 12,2 8,3 10,3 7,2

Frequenta 6,3 4,5 6,0 4,2 6,6 4,8

Completo 7,1 7,9 6,2 6,8 7,0 7,7


2º Ciclo
Ensino Básico Incompleto 1,9 2,2 2,0 2,3 2,1 2,1

Frequenta 3,4 2,7 3,2 2,3 3,6 2,6

Completo 2,7 4,0 2,9 4,5 3,1 4,8


3º ciclo
Ensino Básico Incompleto 3,1 3,1 3,2 2,9 3,2 2,7

Frequenta 4,2 3,5 4,3 3,1 4,5 3,3

Completo 2,3 5,7 3,0 6,4 3,6 6,9


Ensino
Secundário Incompleto 1,7 4,9 1,9 5,4 2,0 5,2

Frequenta 2,6 3,6 3,0 3,4 3,0 3,7

Ensino
Completo 0,6 0,3 0,8 0,5 1,0 0,7
Médio
Incompleto 0,2 0,06 0,3 0,1 0,4 0,1

Completo 1,0 3,3 1,6 4,3 2,8 6,1


Ensino
Superior Incompleto 0,1 0,6 0,3 0,7 0,5 1,0

Frequenta 1,1 3,0 1,2 3,0 1,7 3,8


Fonte: INE (Recenseamentos da População, 1991 e 2001)

CEDRU 21
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Relatório Final

3. POVOAMENTO E REDE URBANA

CEDRU 22
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Relatório Final

As transformações económicas, sociais e culturais ocorridas nos últimos anos em Portugal


introduziram, também, modificações relevantes na forma como as populações se distribuem pelo
território. As linhas gerais do povoamento apontam para a concentração da população nos
aglomerados de maior dimensão, em desfavor das áreas rurais de menor expressão
demográfica.

Analisando a evolução do peso da população residente segundo a dimensão dos lugares,


constata-se que, no concelho de Rio Maior, não ocorreram alterações significativas na estrutura
de povoamento, ainda que se detecte um fenómeno de concentração intra-concelhia, expresso
no aumento do peso da sede de concelho (único núcleo com mais de 5 mil habitantes) em
detrimento dos pequenos lugares com menos de 2 mil habitantes. Ainda assim, permanece
muito elevada a percentagem de população a residir em pequenos aglomerados populacionais, o
que introduz dificuldades acrescidas no processo de infra-estruturação e equipamentação do
território.

Quadro 7 – Evolução da População Residente Segundo a Dimensão dos Lugares (%)


Unidade
Ano Isolados <1.999 2.000-4.999 5.000-9.999 >10.000
Territorial

Rio Maior 1,7 65,0 0,0 33,2 0,0

1991 Lezíria Tejo 4,0 47,9 19,2 14,4 14,5

Continente 3,4 48,1 8,8 6,3 33,4

Rio Maior 1,6 63,2 0,0 35,2 0,0

2001 Lezíria Tejo 3,4 42,0 17,6 20,6 16,3

Continente 2,8 41,9 9,2 7,8 38,2


Fonte: INE (Recenseamentos da População, 1991 e 2001)

Com base na análise da variação demográfica dos lugares com mais de 300 habitantes no
concelho de Rio Maior pode concluir-se que a cidade reforçou a sua importância na estrutura de
povoamento concelhia, arrastando no seu crescimento outros lugares da freguesia. Das
restantes freguesias, deve destacar-se o maior crescimento de Ribeira de São João, uma vez
que a maioria dos restantes lugares registaram decréscimos populacionais.

CEDRU 23
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Figura 7 - População em Lugares com mais de 300 Habitantes no Concelho de Rio Maior e
Variação 1991-2001

Sendo um processo importante e com tendência para se acentuar, o reforço da centralidade é,


ainda, relativamente exíguo quando comparado com outros países europeus. A título
exemplificativo constata-se que no concelho de Rio Maior o número de aglomerados com mais
de 300 habitantes é de apenas catorze, o que representa um valor insignificante face à quase
centena de aglomerados existentes.

CEDRU 24
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Conclui-se, pois, que a estrutura de povoamento no concelho é bastante dispersa, existindo um


número elevado de aglomerados de pequena dimensão (sobretudo nas freguesias de Rio Maior,
Alcobertas, Fráguas e Outeiro da Cortiçada), sendo também considerável o peso relativo do
grupo dos isolados.

Em termos de hierarquia, pode estruturar-se a rede urbana do concelho de Rio Maior do


seguinte modo:
• Pólo Urbano Principal – A cidade de Rio Maior constitui o principal núcleo urbano do
concelho, incluindo algumas funções urbanas de nível superior que lhe permitem
também desempenhar um papel com alguma relevância no contexto sub-regional, com
particular ênfase para os equipamentos desportivos e do ensino superior;
• Pólos Complementares de 1º Nível – A elevada dispersão do povoamento no
concelho, assim como a ausência de sedes de freguesia com uma dimensão
demográfica intermédia dificultam o destaque de alguns lugares; ainda assim, o eixo
S. João Ribeira/ Ribeira de S. João, Malaqueijo, Marmeleira e Alcobertas parecem
possuir um papel relevante pela sua localização estratégica;
• Pólos Complementares de 2º Nível – Engloba as restantes sedes de freguesia, na
maioria dos casos de muito pequena dimensão, dependentes da actividade agrícola e,
por conseguinte, com grande dificuldade em polarizar outros aglomerados.

CEDRU 25
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Figura 8 - Sub-Sistema Urbano da Lezíria do Tejo

Fonte: PDILT

No contexto da Lezíria do Tejo, a cidade de Rio Maior constitui um centro urbano supra-local,
com capacidade de polarizar algumas freguesias de concelhos vizinhos e com um importante
papel de articulação entre dois sub-sistemas territoriais e urbanos – a Lezíria do Tejo (com
Santarém como principal pólo urbano) e o Oeste (com Caldas da Rainha como principal pólo
urbano).

Durante os anos mais recentes, Rio Maior tem vindo a consolidar o seu posicionamento no
sistema urbano regional, através da oferta de equipamentos desportivos de grande fôlego e largo
espectro territorial, ao qual se associou a Escola Superior de Desporto. A futura construção do
Aeroporto da Ota irá ter também importantes impactes neste concelho.

CEDRU 26
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

4. BASE ECONÓMICA E SOCIAL

CEDRU 27
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Durante a década de 90 registou-se no país uma evolução globalmente positiva do mercado de


trabalho que se manifestou num acréscimo na criação de emprego. Consequentemente,
verificou-se no concelho de Rio Maior um crescimento significativo da população activa, que
aumentou de cerca de 8.000 para mais de 9.300 activos, valores estes próximos do crescimento
regional e da média nacional.

Quadro 8 – Evolução das Taxas de Actividade e Desemprego (%)


Taxa de Actividade Taxa de Desemprego
Unidade Territorial
1991 2001 1991 2001

Rio Maior 41,0 47,1 4,1 6,4

Lezíria do Tejo 44,3 48,1 7,1 8,1

Portugal 44,9 48,4 6,1 6,9


Fonte: INE (Recenseamentos da População, 1991 e 2001)

Concomitantemente, desenvolveram-se processos de reestruturação empresarial e a alteração


no mercado de trabalho que implicaram uma forte subida dos indicadores da população activa
concelhia, desde níveis muito baixos em 1991 para valores muito próximos (47,1%) da média
regional e nacional.

Todavia, registou-se igualmente um crescimento da taxa de desemprego. O concelho de Rio


Maior regista ainda valores inferiores à média da Lezíria e à média nacional, mas o sentido
crescente da taxa de desemprego tem sido evidente. Efectivamente, apesar da evolução global
positiva do emprego registada na década de 90 no território nacional e em Rio Maior, verifica-se
que o crescimento absoluto do número de desempregados quase duplicou nesses dez anos.

Em 2001, seja em Rio Maior, na Lezíria ou no país, a maior parte dos desempregados, eram
anteriormente activos e constituíam cerca de quatro quintos dos desempregados. Oriundos de
um sector agrícola em perda e dos processos de reestruturação industrial, são geralmente
activos mais velhos e globalmente pouco qualificados e instruídos.

CEDRU 28
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Relatório Final

Quadro 9 – Evolução da População Desempregada (%)


População Desempregada

Procura do 1º Procura de Novo


Unidade Territorial Total
Emprego (%) Emprego (%)

1991 2001 1991 2001 1991 2001

Rio Maior 338 640 20,4 15,9 79,6 84,1

Lezíria Tejo 7.356 9.418 17,2 15,7 82,8 84,3

Continente 257.220 327.404 25,9 21,0 74,1 79,0


Fonte: INE (Recenseamentos da População, 1991 e 2001)

Ao contrário daquilo que se possa pensar, o número de indivíduos desempregados à procura do


primeiro emprego reduziu-se significativamente, ao nível regional e local, o que poderá indiciar
absorção de emprego jovem por parte da estrutura produtiva concelhia e regional.

Figura 9 - População Residente Empregada, por Sector de Actividade, no Concelho de Rio Maior

20%
39% 1991

41%

Primário

Secundário

9% Terciário

54% 37%

2001

Nos últimos anos alterou-se profundamente a estrutura do emprego nacional, regional e local.
Efectivamente, acelerou-se o processo de terciarização, tendo o concelho de Rio Maior
acentuado a sua vocação como concelho de serviços, mas ainda com valores inferiores à média
regional e nacional como já manifestava em 1991.

CEDRU 29
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Quadro 10 – Estrutura da População Activa no Concelho de Rio Maior (1991 e 2001)


1991 2001
Unidade Territorial
Sector Sector Sector Sector Sector Sector
Primário Secundário Terciário Primário Secundário Terciário
Rio Maior 20,1 40,8 39,1 8,9 36,8 54,3

Lezíria do Tejo 21,8 32,7 45,4 10,0 31,8 58,2

Continente 10,5 38,5 51,1 4,8 35,5 59,7


Fonte: INE (Recenseamentos da População, 1991 e 2001)

O ritmo de crescimento foi efectuado à custa da redução dos activos do ramo agrícola, pois os
activos industriais até cresceram um pouco em termos absolutos. O emprego industrial, embora
tenha perdido peso relativo no conjunto, continua a ter um papel mais importante na estrutura da
população activa de Rio Maior do que aquele que se verifica no contexto regional e até nacional.

É importante ainda salientar que este processo de terciarização parece estar associado à
afirmação da capital concelhia como centro de serviços autárquicos e da administração privada,
mas fundamentalmente à implantação de um conjunto diversificado de actividades ligadas à
afirmação do desporto como aposta estratégica de desenvolvimento e ao ensino, como é o caso
do ensino profissional e superior.

Consequentemente, num contexto de crescimento dos valores absolutos da população activa


assistiu-se a uma redução percentual dos activos no terciário de natureza económica enquanto
se verificou uma expansão do terciário de natureza social. Estes, contudo, continuam a ser
apenas 35% do total dos activos do terciário em 2001.

Contudo, uma análise mais fina permite concluir que nem todas as freguesias do concelho se
comportam da mesma maneira. O peso dos serviços (mais de três quintos dos activos) é maior,
como seria de prever, na freguesia urbana, onde os activos agrícolas apresentam valores quase
residuais. Nas restantes freguesias o peso dos activos na indústria supera a médias concelhia,
regional e até a nacional e a actividade agrícola apresenta mesmo uma percentagem de activos
maior que a registada na globalidade da Lezíria do Tejo.

CEDRU 30
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Quadro 11 –Estrutura da População Activa, por Sectores, em 2001


Sectores de Actividade
Unidade Territorial
Primário Secundário Terciário

Freguesia de Rio Maior 5,0 33,4 61,5


Restantes Freguesias 14,3 41,3 44,4

Concelho de Rio Maior 8,9 36,8 54,3

Lezíria do Tejo 10,0 31,8 58,2

Continente 4,8 35,5 59,7


Fonte: INE (Recenseamentos da População, 1991 e 2001)

A distribuição dos sectores de actividade por freguesia revela que Rio Maior regista uma
significativa diversidade produtiva, evidenciando três perfis funcionais.

O primeiro perfil corresponde à realidade das freguesias com um maior peso do emprego
terciário e menor percentagem de activos agrícolas. Em 1991 este conjunto incluía
essencialmente a freguesia urbana da sede concelhia e era visível alguma aproximação por
parte das freguesias da Marmeleira e da Asseiceira. Em 2001 este perfil confirmou-se e
expandiu-se para as freguesias atrás referidas e ainda para Arruda dos Pisões, passando a
englobar quatro freguesias.

O segundo perfil funcional inclui as freguesias de maior dinâmica industrial. De 1991 para 2001
verificou-se uma redução das freguesias incluídas neste perfil. As freguesias de maior peso da
actividade industrial são, em 2001, Arrouquelas e Fráguas. Esta última, juntamente com São
Sebastião e Outeiro da Cortiçada, reflectem a influência da actividade extractiva concelhia e
extra-concelhia no emprego local.

O terceiro tipo de perfil inclui as freguesias da área central do concelho onde o decréscimo da
actividade agrícola se tem vindo a fazer sentir mais acentuadamente mas onde a actividade
ainda domina. Efectivamente, estas freguesias, que tinham uma estrutura equilibrada no início
dos anos 90, aproximam-se progressivamente do padrão de terciarização observado na
freguesia urbana. Esta tendência resultará do abandono da actividade agrícola dos mais velhos
conjugada com a capacidade de atracção dos empregos terciários citadinos sobre os activos
residentes nestas freguesias. A criação de empregos ligados à rede de apoio social (à velhice
sobretudo) terá contribuído para o acentuar desta tendência.
CEDRU 31
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Figura 10 - Distribuição dos Sectores de Actividade, por Freguesia, em 1991 e 2001

CEDRU 32
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Em 2001, os ramos de actividade económica que mais se evidenciavam no concelho de Rio


Maior quando comparados com o contexto nacional eram essencialmente o agrícola, o do
comércio e reparações e o da indústria extractiva. O peso deste último ramo (bastante elevado
quando comparado com os valores nacionais) está associado à significativa importância que a
extracção de alguns recursos naturais (essencialmente minerais não metálicos como areias,
argilas e calcário) tem na economia concelhia. A extracção de rochas ornamentais e de
construção muito centradas na região do Maciço Calcário, e de areias e argilas, junto à cidade,
apresenta uma grande dinâmica, contribuindo para a valorização da indústria extractiva
concelhia no contexto regional e nacional. O papel de articulação regional evidenciado por Rio
Maior, e referido inicialmente, contribuirá para o peso mais acentuado da actividade comercial
quando comparada com o Continente.

Figura 11 - População por Ramos de Actividade em Rio Maior, CAE 1 digt, (2001)
Or ganismos
Inter naci onaise

Famíli as com
Empr egados

Outr as
Acti vidades e

Saúde e Acção
Social

Educação

Administr ação,
Def esa e

Acti vi dades
Imobi li ár i as,

Acti vidades
Financei r as

Tr anspor tes,
Ar mazenageme

Alojamento e
Restaur ação

Comér ci o por
Gr osso e a

Constr ução

Pr odução e
Distr i bui ção de

Indústr i as
Tr ansf or mador as

Indústr i as
Extr acti vas

Pesca

Agr icultur a,
Pr odução Animal,

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0

CEDRU 33
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

PARTE II –
DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO
DA REDE EDUCATIVA

CEDRU 34
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

1. A OFERTA DE ENSINO PÚBLICO

CEDRU 35
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

1.1 – Considerações Gerais

A generalidade dos equipamentos colectivos de âmbito social e cultural e, particularmente, os


equipamentos de ensino, devem ser considerados quer numa óptica de equidade e de qualidade
de vida das populações quer como instrumentos de qualificação e valorização de centros
urbanos e, consequentemente, como factores de atracção e retenção populacional.

Os equipamentos de ensino têm vindo a registar os efeitos de um processo de reestruturação e


de reforma do sistema educativo. A crescente difusão da rede de educação pré-escolar, a
expansão do ensino obrigatório para 9 anos de escolaridade em meados dos anos 80
(previsivelmente para 12 anos com a nova Lei de Bases da Educação) e a implementação do
ensino superior politécnico constituem as três alavancas deste processo no concelho de Rio
Maior.

A oferta de estabelecimentos de ensino públicos no concelho de Rio Maior compreende todos os


níveis de ensino (Pré-escolar, Ensino Básico, Ensino Secundário, Ensino Profissional e Ensino
Superior).

A educação pré-escolar direcciona-se para as crianças de idade igual ou superior a 3 anos e


visa preparar as crianças para o ingresso no ensino básico. Apesar da frequência deste nível de
ensino ser opcional, está presente em todas as freguesias do concelho, à excepção de Arruda
dos Pisões, num total de vinte e dois estabelecimentos da rede pública.

Os quatro anos de escolaridade, a que corresponde o 1º Ciclo do Ensino Básico são


assegurados por trinta e três estabelecimentos da rede pública, disseminados por todas as
freguesias do concelho.

No concelho de Rio Maior não existem estabelecimentos de ensino a leccionar exclusivamente o


2º ou o 3º ciclos do Ensino Básico. Esse papel cabe às duas Escolas Básicas Integradas
existentes, que leccionam o 1º, 2º e 3º ciclos do Ensino Básico, ambas localizadas na freguesia
sede de concelho: Rio Maior. Actualmente, o 3º ciclo é também leccionado na Escola Secundária
Dr. Augusto César da Silva Ferreira.

CEDRU 36
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Por sua vez, o Ensino Secundário (10º, 11º e 12º anos de escolaridade) é leccionado numa
única escola secundária oficial, Dr. Augusto César da Silva Ferreira, através de uma oferta
diversificada de Cursos Gerais e de Cursos Tecnológicos. Este nível de ensino contempla ainda
o ensino profissional, representado no concelho pela Escola Profissional de Rio Maior.

O Ensino Superior está presente através da Escola Superior de Desporto, do Instituto Politécnico
de Santarém.

Quadro 12 – Tipologia dos Estabelecimentos do Ensino Público no Concelho de Rio Maior


Freguesia J.I. EB 1 EB 1,2,3 ES EP E. Super.

Alcobertas 3 6 - - - -

Arrouquelas 1 1 - - - -

Arruda dos Pisões - 1 - - - -

Asseiceira 1 1 - - - -

Assentiz 1 1 - - - -

Azambujeira 1 2 - - - -

Fráguas 1 3 - - - -

Malaqueijo 1 1 - - - -

Marmeleira 1 1 - - - -

Outeiro da Cortiçada 2 2 - - - -

Ribeira de S. João 1 1 - - - -

Rio Maior 8 10 2 1 1 1

São João da Ribeira 1 2 - - - -

São Sebastião 1 1 - - - -

Total 23 33 2 1 1 1
Fonte: Câmara Municipal de Rio Maior

Os estabelecimentos públicos do pré-escolar e ensino básico estão organizados em três


Agrupamentos:
• Marinhas do Sal (Agrupamento Vertical);
• Fernando Casimiro Pereira da Silva (Agrupamento Vertical);
• Alcobertas (Agrupamento Horizontal).

CEDRU 37
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Quadro 13 – Distribuição dos Estabelecimentos do Ensino Público, por Agrupamento, no


Concelho de Rio Maior
Agrupamentos
Marinhas do Sal Fernando C. P. Silva Alcobertas
J. I. Correias J. I. Arrouquelas J. I. Alcobertas
J. I. Abuxanas J. I. Assentiz J. I. Casais Monizes
J. I. Arco da Memória J. I. Rio Maior nº2 J. I. Teira
J. I. Asseiceira J. I. Azambujeira EB 1.º Ciclo de Casais Monizes
J. I. Azinheira J. I. Boiças EB 1.º Ciclo de Sourões
J. I. Fonte da Bica J. I. Fráguas EB 1.º Ciclo nº1 de Alcobertas
J. I. Vale de Óbidos J. I. Malaqueijo EB 1.º Ciclo nº 2 de Alcobertas – Chãos
J. I. Outeiro da Cortiçada J. I. Marmeleira EB 1.º Ciclo nº1 de Teira
J. I. Rio Maior n.º 1 J. I. Ribeira de S. João EB 1.º Ciclo nº2 de Teira – Fonte Longa
EB 1.º Ciclo de Abuxanas J. I. S. João da Ribeira
EB 1.º Ciclo de Arco da Memória J. I. S. Sebastião
EB 1.º Ciclo de Arruda dos Pisões EB 1.º Ciclo de Alfouvés
EB do 1.º Ciclo de Asseiceira EB 1.º Ciclo de Arrouquelas
EB do 1.º Ciclo de Azinheira EB 1.º Ciclo de Assentiz
EB 1.º Ciclo de Cidral EB 1.º Ciclo de Azambujeira
EB 1.º Ciclo de Correias EB 1.º Ciclo de Boiças
EB 1.º Ciclo de Fonte da Bica EB 1.º Ciclo de S. Sebastião
EB 1.º Ciclo de Mata de Baixo EB 1.º Ciclo de Carvalhais
EB 1.º Ciclo de Outeiro da Cortiçada EB 1.º Ciclo de Malaqueijo
EB 1.º Ciclo de Pé da Serra EB 1.º Ciclo de Marmeleira
EB 1.º Ciclo de Rio Maior (Freiria) EB 1.º Ciclo de São João da Ribeira
EB 1.º Ciclo de Vale de Óbidos EB 1.º Ciclo n.º 1 de Fráguas
EBI Marinhas do Sal EB 1.º Ciclo n.º 2 de Fráguas - Póvoas
EB 1.º Ciclo n.º 1 da Ribeira de São João
EB 1.º Ciclo n.º 2 de Ribeira de São João – Vale Barco
EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva

O ensino particular tem uma importância significativa no concelho. Os quatro estabelecimentos


existentes concentram-se na freguesia de Rio Maior e abrangem o nível da educação pré-
escolar (Creche-Jardim de Infância “O Ninho”, da responsabilidade da Santa Casa da
Misericórdia de Rio Maior, e o Colégio Luís de Camões – que integra também o 1º ciclo),
profissional (Escola Profissional de Rio Maior) e especial (Centro de Educação Especial "O
Ninho”)1.

A distribuição territorial dos estabelecimentos de ensino no município de Rio Maior faz realçar a
importância da sede de concelho, uma vez que é aí que são ministrados todos os níveis de
ensino, desde o pré-escolar ao superior, passando pelos três níveis do ensino básico e pelo

1Desenvolve a sua actividade no apoio e ensino da pessoa deficiente, contribuindo para a integração na sociedade.
O Centro realiza regularmente acções de formação, destacando-se a secção de desporto especial, que tem
possibilitado a Rio Maior atingir alguns títulos ao nível nacional e internacional
CEDRU 38
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

ensino secundário/profissional. Por sua vez, a freguesia de Alcobertas, a segunda maior


freguesia do concelho, apresenta uma importância relevante no que se refere à quantidade de
estabelecimentos instalados.

Figura 12 - Localização dos Estabelecimentos de Ensino, por Freguesia, do Concelho de


Rio Maior (2003/04)

CEDRU 39
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

1.2 – Educação Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico

Educação Pré-Escolar

Apesar da frequência da educação pré-escolar ser facultativa, a sua importância é crescente nos
nossos dias, fundamentalmente por duas razões:
• contribui para o desenvolvimento das capacidades nas crianças em todas as suas
potencialidades;
• constitui uma resposta importante às necessidades dos contextos familiares das
sociedades contemporâneas, marcados pela crescente integração da mulher no
mercado de trabalho.

No concelho de Rio Maior, a rede de educação pré-escolar é constituída por vinte e três
estabelecimentos da rede pública e apenas dois da rede particular, um dos quais de uma
Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS). Apenas uma freguesia, Arruda dos Pisões,
não possui esta valência.

Uma vez que a oferta e os problemas da educação pré-escolar são bastantes diferenciados
entre a freguesia urbana, Rio Maior, e as restantes far-se-á o diagnóstico em separado.

Freguesia de Rio Maior


Na freguesia da sede de concelho existem oito estabelecimentos de educação pré-escolar
oficial, num total de treze salas ocupadas por crianças com idades compreendidas entre os três
e cinco anos.

Nenhum dos Jardins-de-infância possui refeitório e o serviço de almoço não é disponibilizado em


três deles. O estado de conservação dos edifícios é de um modo geral razoável, existindo
apenas dois estabelecimento com sala polivalente e nenhum possui recreios cobertos. Apenas
três estabelecimentos da freguesia possuem prolongamento de horário. Na cidade de Rio Maior
verifica-se uma insuficiência de espaços para o prolongamento horário. Constata-se, assim, que
a oferta da rede pública de educação pré-escolar não responde às necessidades da cidade.

CEDRU 40
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

No que diz respeito a recursos humanos e tendo em consideração a informação disponibilizada


pelos Agrupamentos de Escolas e Câmara Municipal, no pré-escolar existiam no ano lectivo de
2003-04, 13 educadores e 13 auxiliares, o que perfaz um rácio de 17 crianças por educador.

Quadro 14 – Recursos Humanos na Educação Pré-Escolar na Freguesia de Rio Maior


Crianças/ Crianças/
Estabelecimentos de Ensino Educadores Auxiliares Outros Crianças
Educador Auxiliar
Jardim-de-infância Boiças 1 1 0 10 10 10

Jardim-de-infância de Abuxanas 1 1 0 6 6 6

Jardim-de-infância Arco da Memória 1 1 0 13 13 13

Jardim-de-infância de Azinheira 1 1 0 17 17 17

Jardim-de-infância de Fonte da Bica 1 1 1 20 20 20

Jardim-de-infância de Vale de Óbidos 1 1 0 19 19 19

Jardim-de-infância n.º 1 de Rio Maior 6 6 3 110 18 18

Jardim-de-infância n.º 2 de Rio Maior 1 1 2 25 10 10

Total 13 13 6 220 17 17

Fonte: Câmara Municipal de Rio Maior/ Agrupamentos de Escolas de Rio Maior.

CEDRU 41
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Quadro 15 – Caracterização dos Estabelecimentos da Educação Pré-Escolar Pública na Freguesia de Rio Maior
Estado de N.º de Serviço Espaços de Apoio
Ano de Data de Construção N.º de Prolongamento
Agrupamento Estabelecimentos Localidade Conservação Salas de
Construção Abertura de Raiz Salas de Horário Sala Recreio Recreio
Geral Ocupadas Almoço Refeitório Sanitários
Polivalent Coberto Descobert
e o
Fernando Jardim-de-infância Boiças Boiças 1989 1989 S R 1 1 N S N N N R R
Casimiro P.
Silva Jardim-de-infância n.º 2 de Rio Maior Rio Maior 1955 2003 N B 1 1 S S N B N B B

Jardim-de-infância de Abuxanas Abuxanas SI 1985 N R 1 1 N N N N N R R

Jardim-de-infância Arco da Memória Rio Maior SI 1998 S R 1 1 N S N N N R B

Marinhas do Jardim-de-infância de Azinheira Azinheira 1993 1993 S R 1 1 N S N N N R B


Sal
Jardim-de-infância de Fonte da Bica Rio Maior 1984 1985 S R 1 1 S N N N R R R

Jardim-de-infância de Vale de Óbidos Vale de Óbidos 1991 1991 S R 1 1 N N N N N R B

Jardim-de-infância n.º 1 de Rio Maior Rio Maior SI 1986 N R 6 6 S S N R S R R

Estado de Conservação: Existência:


B – Bom S - Sim
R - Razoável N – Não
D – Deficiente SI – Sem Informação

Fonte: Câmara Municipal de Rio Maior/ Agrupamentos de Escolas de Rio Maior.

CEDRU 42
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Os dois estabelecimentos particulares de educação pré-escolar existentes na cidade, e no


concelho de Rio Maior, que surgiram como tentativa de resposta à insuficiência da rede pública,
revelam-se, apesar de tudo, escassos para suprir as carências neste nível de ensino. Um dos
estabelecimentos é uma IPSS, que disponibiliza, simultaneamente, a valência de Creche,
possuindo 8 salas, refeitório e disponibilizando prolongamento de horário para as suas crianças,
enquanto o outro, Colégio Luís de Camões, ministra também, para alem da valência JI, as
valências Creche, 1º Ciclo e Ensino Recorrente.

Concluindo, a oferta pública neste nível de ensino na freguesia de Rio Maior revela-se
insuficiente, existindo listas de espera bastante significativas, nomeadamente na valência
creche, e tem dificuldades em responder às necessidades de prolongamento de horário
(sobretudo no caso da cidade). Este facto leva a que algumas famílias recorram a Amas, quer
particulares quer da Segurança Social.

Freguesias Rurais
Os quinze estabelecimentos de educação pré-escolar das freguesias não urbanas do concelho
de Rio Maior distribuem-se por todas as freguesias, com excepção de Arruda dos Pisões (que
utiliza o estabelecimento público existente na vizinha freguesia do Outeiro – existe um protocolo
entre as duas freguesias, sendo as crianças transportadas pelas carrinhas da Junta de
Freguesia do Outeiro). Estes estabelecimentos distribuem-se pelos dois Agrupamentos Verticais
do concelho e pelo Agrupamento Horizontal de Alcobertas. Em termos de distribuição territorial
destaca-se a freguesia de Alcobertas com três Jardins-de-infância públicos.

As 15 salas existentes nestes estabelecimentos estão ocupadas. Os Jardins-de-infância destas


freguesias não possuem refeitório, embora a maioria (11) disponibilize o serviço de almoço
através do recurso a diversos tipos de soluções (p. e. no caso de Alcobertas o serviço de
transporte e almoço é assegurado pela junta de freguesia). Somente um terço dos
estabelecimentos disponibiliza o prolongamento do horário às crianças. A maioria dos
estabelecimentos apresenta um razoável estado de conservação, não existindo situações
preocupantes. Todos os Jardins-de-infância possuem apenas recreio não coberto.

CEDRU 43
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Quanto aos recursos humanos, com base na informação disponibilizada pelos agrupamentos de
ensino e Câmara Municipal, no pré-escolar existiam no ano lectivo de 2003-04, 17 educadores e
15 auxiliares, traduzindo um rácio de 14 crianças por educador.

Quadro 16 – Recursos Humanos na Educação Pré-Escolar nas Freguesias Rurais de Rio Maior
(2003/04)
Agrupamento Educadores Auxiliares Outros Crianças Crianças/ Educador Crianças/ Auxiliar

Horizontal de Alcobertas 4 3 0 51 13 17

Vertical Fernando C. P. Silva 10 9 4 142 14 16

Vertical Marinhas do Sal 3 3 0 47 16 16

Total 17 15 4 240 14 16

Fonte: Câmara Municipal de Rio Maior/ Agrupamentos de Escolas de Rio Maior.

CEDRU 44
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Quadro 17 – Caracterização dos Estabelecimentos da Educação Pré-Escolar Pública nas Freguesia Rurais do Concelho de Rio Maior
Estado de N.º de Prolong. Serviço Espaços de Apoio
Ano de Construção N.º de
Agrupamentos Estabelecimentos Localidade Conservação Salas de de
Construção de Raiz Salas Sala Recreio Recreio
Geral Ocupadas Horário Almoço Refeitório Sanitários
Polivalente Coberto Descoberto

Jardim-de-infância Alcobertas Alcobertas 1990 S SI 1 1 N S N N N D R


Alcobertas Jardim-de-infância de Casais Monizes Alcobertas 1997 S SI 1 1 N N N N N R R
Jardim-de-infância de Teira Alcobertas 1994 S SI 1 1 N S N N N R R

Jardim-de-infância Arrouquelas Arrouquelas 1987 S R 1 1 N N N N N R B

Jardim-de-infância Assentiz Assentiz 1989 S R 1 1 N N N N N R R

Jardim-de-infância Azambujeira Azambujeira 1990 S R 1 1 S S N N N R R

Jardim-de-infância de Fráguas Fráguas 1985 S R 1 1 N S N N N R R


Fernando
Casimiro P. Jardim-de-infância de Malaqueijo Malaqueijo 1986 N R 1 1 N S N N N R R
Silva
Jardim-de-infância de Marmeleira Marmeleira 1987 S R 1 1 S S N R N R R

Jardim-de-infância de Ribeira de S. João Ribeira de S. João 1987 S R 1 1 S S N N N R R

Jardim-de-infância de S. João da Ribeira S. João da Ribeira 1987 S R 1 1 S S N N R R R

Jardim-de-infância de S. Sebastião S. Sebastião 1994 S R 1 1 S S N N N R R

Jardim-de-infância de Asseiceira Asseiceira 1987 S R 1 1 N S N N N R B


Marinhas do Sal Jardim-de-infância Correias Outeiro da Cortiçada 1989 S R 1 1 N N N N SI R B

Jardim-de-infância Outeiro da Cortiçada Outeiro da Cortiçada 1988 S R 1 1 N S N N N R B


Estado de Conservação: Existência:
B – Bom S - Sim
R - Razoável N – Não
SI – Sem Informação
Fonte: Câmara Municipal de Rio Maior/ Agrupamentos de Escolas de Rio Maior.

CEDRU 45
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

1º Ciclo do Ensino Básico

O 1º ciclo do ensino básico abrange os quatro primeiros anos de escolaridade obrigatória, das
crianças com idade a partir dos 6 anos, procurando assegurar a formação integral de todas as
crianças nas suas diversas dimensões.

No concelho de Rio Maior, a rede de estabelecimentos do 1º ciclo do ensino básico é constituída


por trinta e três escolas, pertencentes à rede pública (este nível de ensino é igualmente
ministrado nas duas EBI sedeadas na sede de concelho e no Colégio Luís de Camões). O
número substancial de estabelecimentos e as problemáticas diferenciadas entre a cidade e o
restante território concelhio obriga a um diagnóstico separado, semelhante ao que foi elaborado
para a educação pré-escolar: freguesia urbana vs. freguesias rurais.

Freguesia de Rio Maior


Na freguesia de Rio Maior existem dez EB1 do ensino público, que possuem 14 salas, das quais
11 estão ocupadas por turmas do 1º ao 4º ano de escolaridade. A estas juntam-se 18 salas de
aula afectas ao 1º ciclo nas duas Escolas Básicas Integradas localizadas na cidade.

O período de edificação de cada uma das escolas e a tipologia dos edifícios apresenta
diferenciações significativas. Efectivamente, cinco destas EB1 foram edificadas durante as
décadas de quarenta e cinquenta do século passado, o período do Estado Novo (Mata de Baixo,
Vale de Óbidos, Boiças, Abuxanas, Arco da Memória), uma em 1975 (Freiria), duas na década
de oitenta (Azinheira e Fonte da Bica), e duas, mais recentes, na década de noventa (Cidral e Pé
da Serra).

De acordo com a informação disponibilizada pela autarquia, a maioria dos estabelecimentos


encontra-se num estado de conservação razoável. Pela positiva destaca-se o bom estado de
conservação da EB1 de Pé da Serra.

Os estabelecimentos do 1º ciclo da freguesia de Rio Maior apresentam uma dimensão média


reduzida, com um máximo de 3 salas por estabelecimento (e apenas num estabelecimento –
Vale de Óbidos). Das duas escolas com duas salas disponíveis (Azinheira e Freiria), nenhuma
faz uso da totalidade das mesmas, denotando a reduzida procura nestas localidades.

CEDRU 46
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

No que diz respeito a recursos humanos e tendo em consideração a informação disponibilizada


pelos agrupamentos de ensino e Câmara Municipal, relativamente ao primeiro ciclo do ensino
básico, existiam no ano lectivo 2003-2004, 31 professores, destacando-se as duas escolas-sede
de agrupamento com a esmagadora maioria destes recursos humanos; neste ciclo o rácio
alunos/ professor é de 16,5.

Quadro 18 – Recursos Humanos no 1º Ciclo do Ensino Básico na Freguesia de Rio Maior (2003/04)
Alunos/ Alunos/
Estabelecimentos de Ensino Professores Auxiliares Outros Alunos
Professor Auxiliar
EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva 11 2 SI 205 18,6 102,5

EBI de Marinhas do Sal 8 SI SI 196 24,5 -

EB do 1.º Ciclo de Abuxanas 1 0 SI 5 5 -

EB do 1.º Ciclo de Arco da Memória 2 0 SI 22 11 -

EB do 1.º Ciclo de Azinheira 1 0 SI 13 13 -

EB do 1.º Ciclo de Boiças 1 0 1 4 4 -

EB do 1.º Ciclo de Cidral 1 0 SI 7 7 -

EB do 1.º Ciclo de Fonte da Bica 1 0 SI 13 13 -

EB do 1.º Ciclo de Mata de Baixo 1 0 SI 8 8 -

EB do 1.º Ciclo de Pé da Serra 1 0 SI 10 10 -

EB do 1.º Ciclo de Rio Maior (Freiria) 1 0 SI 5 5 -

EB do 1.º Ciclo de Vale de Óbidos 2 0 SI 23 12 -

Total 31 - - 511 16,5 -


SI – Sem Informação
Fonte: Câmara Municipal de Rio Maior/ Agrupamentos de Escolas de Rio Maior.

CEDRU 47
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Quadro 19 – Caracterização dos Estabelecimentos do 1ºCiclo na Freguesia de Rio Maior


Estado de Salas Actividades
Ano de Construção N.º de
Estabelecimento Localidade Conservação Regime
Construção de Raiz Edifícios Educação Estado de Serviço Educação
Geral Total Ocupadas Informática
Física Conservação de ATL Física
Natação Música Inglês

EB do 1.º Ciclo de Abuxanas Abuxanas 1956 S 1 R Normal 1 1 N N R N N S N N


EB do 1.º Ciclo de Arco da Memória Rio Maior 1958 S 1 R Duplo 1 1 N N D N N S N N
EB do 1.º Ciclo de Azinheira Azinheira 1989 S 1 R Normal 2 1 N N R N N S N N
EB do 1.º Ciclo de Boiças Boiças 1954 S 1 R Normal 1 1 N N R N N S N N
EB do 1.º Ciclo de Cidral Cidral 1992 S 1 R Normal 1 1 N N R N N S N N
EB do 1.º Ciclo de Fonte da Bica Rio Maior 1984 S 1 R Normal 1 1 N N R N N S N N
EB do 1.º Ciclo de Mata de Baixo Mata de Baixo 1942 S 1 R Normal 1 1 N N R N N S N N
EB do 1.º Ciclo de Pé da Serra Pé da Serra 1991 S 1 B Normal 1 1 N N B N N S N N
EB do 1.º Ciclo de Rio Maior (Freiria) Rio Maior 1975 S 1 R Normal 2 1 N N R N N S N N
EB do 1.º Ciclo de Vale de Óbidos Vale de Óbidos 1955 S 1 R Normal 3 2 N N R N N S N N

Espaços de Apoio
Serviço de
Estabelecimentos
Almoço Centro de Recreio Recreio Campo de
Refeitório Sala Polivalente Mediateca Sanitários Balneários
Recursos Coberto Descoberto Jogos
EB do 1.º Ciclo de Abuxanas N SI N SI SI R R R SI S
EB do 1.º Ciclo de Arco da Memória N SI N SI SI R R R SI R
EB do 1.º Ciclo de Azinheira N SI N SI SI SI R R SI SI
EB do 1.º Ciclo de Boiças N N N N N R R R N S
EB do 1.º Ciclo de Cidral N SI N SI SI SI R R SI N
EB do 1.º Ciclo de Fonte da Bica N SI N SI SI R R R SI R
EB do 1.º Ciclo de Mata de Baixo N SI N SI SI R R R SI N
EB do 1.º Ciclo de Pé da Serra N SI N SI SI R R R SI N
EB do 1.º Ciclo de Rio Maior (Freiria) N SI N SI SI R R R SI N
EB do 1.º Ciclo de Vale de Óbidos N SI N SI SI R R B SI N
Estado de Conservação:
B – Bom Existência:
R - Razoável S - Sim
D – Deficiente N – Não
Fonte: Câmara Municipal de Rio Maior/ Agrupamentos de Escolas de Rio Maior. SI – Sem Informação

CEDRU 48
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Estes estabelecimentos apresentam, igualmente, problemáticas diferenciadas de acordo com a


sua localização geográfica. Com excepção da escola de Arco da Memória, que recorre a um
regime de funcionamento duplo, todas as outras escolas têm um regime de funcionamento
normal, talvez porque apresentam uma menor procura (nestes casos o problema do
dimensionamento não se coloca devido ao fraco número de crianças, em idade de frequentarem
este nível de ensino).

Como referido, a dimensão destes estabelecimentos não ultrapassa as três salas, embora o seu
nível de ocupação seja distinto. As escolas mais afastadas do centro da cidade apresentam uma
menor procura, uma vez que se localizam, na maioria dos casos, em áreas de recessão
populacional.

Dos dez estabelecimentos do 1º ciclo do ensino básico localizados na freguesia, nenhum possui
refeitório, nem mesmo disponibilizam o serviço de almoço. Tratam-se de carências sérias na
oferta do 1º ciclo do ensino básico na freguesia, uma vez que uma elevada percentagem de
activos exerce a sua actividade no sector terciário, com horários de trabalho pouco flexíveis.
Registe-se, contudo, que no caso da cidade os alunos transportados pela autarquia repartem-se
pelas EBI.

As crianças dos estabelecimentos de ensino têm acesso a diversas actividades de âmbito


desportivo, como a natação, leccionada nas piscinas municipais e as modalidades de andebol,
futebol e atletismo. Decorrem ainda, periodicamente, actividades dentro das temáticas da ciência
e tecnologia e educação ambiental, bem como as tradicionais festas de Carnaval escolar e dia
mundial da criança.

Freguesias Rurais
Ao nível das freguesias rurais, os vinte e três estabelecimentos do 1º ciclo do ensino básico
(todos pertencentes à rede pública) distribuem-se pelas restantes treze freguesias do concelho
de Rio Maior e pelos seguintes três Agrupamentos: Marinhas do Sal (4), Fernando. C. P. Silva
(13) e Alcobertas (6).

Em termos de distribuição territorial, a freguesia de Alcobertas tem 6 EB1, existindo também


freguesias com mais de um estabelecimento, donde emergem as Fráguas (3 estabelecimentos),

CEDRU 49
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Azambujeira (2 estabelecimentos), Outeiro da Cortiçada (2 estabelecimentos) e S. João da


Ribeira (2 estabelecimentos).

As treze freguesias rurais do concelho de Rio Maior disponibilizam cerca de quatro dezenas de
salas de aula para o 1º ciclo do ensino básico, sendo a maioria dos estabelecimentos de
pequena dimensão, com uma ou duas salas (apenas em Fráguas e S. João da Ribeira existem 3
e 4 salas de aula, respectivamente, que não são integralmente utilizadas).

Estas correspondem, na sua grande maioria a escolas edificadas durante o período do Estado
Novo - edificações do Plano Centenário Rural (edifícios de piso térreo com uma ou duas salas),
sendo o seu estado de conservação, maioritariamente, razoável. Apenas três estabelecimentos
fogem a esta classificação (EB1 de Marmeleira e EB1 n.º 2 de Fráguas em bom estado de
conservação, e EB1 de S. João da Ribeira, comparativamente, em pior estado).

A totalidade das EB1 das freguesias rurais do concelho de Rio Maior não possuem refeitório
(23), embora 10 disponibilizem o serviço de almoço. Nenhum estabelecimento disponibiliza o
serviço de ATL às crianças. Com excepção da EB1 de Assentiz, todos os estabelecimentos das
freguesias rurais funcionam em regime normal.

Dado que a maioria dos estabelecimentos de ensino do 1º ciclo das freguesias rurais do
concelho de Rio Maior são relativamente antigos, as suas condições em termos de infra-
estruturas e de equipamentos, muitas das vezes, não estão ajustadas às necessidades actuais,
dificultando a prossecução de um ensino pedagogicamente enriquecedor. Não existem
bibliotecas, salas de informática, ginásios, salas polivalentes e em apenas duas existe campo de
jogos inseridos no perímetro do Complexo Escolar (em alguns casos existem campos nas
proximidades que são utilizados pelos alunos).

No que diz respeito às actividades de complemento curricular oferecidas às crianças destes


estabelecimentos, constata-se a exclusividade da natação (consequência da forte aposta da
autarquia na actividade desportiva), sendo de realçar a ausência de actividades como a Música e
o Inglês (as temáticas periódicas desenvolvidas na freguesia de Rio Maior são extensíveis às
restantes escolas do concelho).

CEDRU 50
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Destaque-se como principais necessidades, no caso do Agrupamento Horizontal de Alcobertas,


ao nível da escola-sede e mencionadas pelo Agrupamento:
• a construção de um refeitório (o serviço de almoço apenas é assegurado pela Junta
de Freguesia para o pré-escolar) e duas salas (para prolongamento de horário e ATL);
• a construção de uma sala para centro de recursos;
e ao nível das restantes escolas do Agrupamento:
• a melhoria das condições das casas de banho;
• a resolução dos problemas de infiltrações na EB1 de Casais Monizes;
• a resolução dos problemas de insuficiência ou ausência de aquecimento;
• a supressão de carências derivadas de mobiliário desadaptado e em mau estado;
• a necessidade de solucionar problemas resultantes da inexistência de espaços
cobertos (apenas existem na escola-sede e em Teira);
• a necessidade de solucionar problemas resultantes da ausência de salas/espaços
polivalentes para a prática desportiva e actividades diversas.

No caso do Agrupamento Vertical Fernando Casimiro Pereira da Silva, os principais problemas


apontados pela Gestão passam, na escola sede, por:
• Falta de espaço para leccionar o 1º ciclo (em 1997 com o início de funcionamento
deste nível, a escola teve que ser adaptada e colocaram estas crianças no 1º piso –
quando preferencialmente deveriam estar no piso térreo);
• Insuficiente número de salas específicas;
• Insuficiente número de espaços de lazer (cobertos e descobertos);
• Falta de uma sala de reuniões para os professores;
• Existência de salas muito frias e muito mal iluminadas;
• Ausência de um espaço desportivo no perímetro da escola, o que inviabiliza a
utilização em períodos não lectivos;
• Necessidade de pinturas gerais e reparação do telhado (infiltrações);
• Parqueamento reduzido para os professores;
e nas restantes escolas por:
• Inexistência de espaços para o preenchimento dos tempos livres;
• Necessidade de substituição das caixas de areia por outro material, menos perigoso,
nos parques infantis;
• Necessidade de substituir algumas vedações e muros destruídos.
CEDRU 51
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Como principais necessidades apontadas pela Gestão, no caso do Agrupamento Vertical de


Marinhas do Sal, ao nível da escola-sede destacam-se:
• Desadequação dos horários dos transportes escolares aos horários lectivos praticados
(apenas no caso do 2º e 3º Ciclo);
• Ausência de espaços cobertos (não possuem sala de convívio);
• Degradação da canalização, com consequências negativas na qualidade da água;
• Portaria da Escola, não garante o controlo dos acessos e cria problemas de
congestionamento de tráfego;
• Ausência de qualquer tipo de climatização;
• Grande permeabilidade da vedação;
e nas restantes escolas:
• Genericamente os problemas centram-se no mobiliário (secretárias e móveis velhos e
degradados);
• Espaços físicos degradados.

Quanto aos recursos humanos e com base na informação disponibilizada pelos agrupamentos
de ensino e Câmara Municipal, relativamente ao primeiro ciclo do ensino básico, existiam no ano
lectivo 2003-2004, nas freguesias rurais de Rio Maior, 38 professores, destacando-se o
agrupamento vertical Fernando Casimiro Pereira da Silva com a esmagadora maioria destes
recursos humanos; neste ciclo o rácio alunos/ professor é de 9.

Quadro 20 – Recursos Humanos no 1º Ciclo do Ensino Básico nas Freguesia Rurais de Rio Maior
(2003/04)
Alunos/ Alunos/
Agrupamento Professores Auxiliares Outros Alunos
Professor Auxiliar
Horizontal de Alcobertas 13 2 6 98 8 49

Vertical Fernando C. P. Silva 20 SI 11 193 10 -

Vertical Marinhas do Sal 5 SI SI 63 13 -

Total 38 - - 354 9 -

Fonte: Câmara Municipal de Rio Maior/ Agrupamentos de Escolas de Rio Maior.

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Relatório Final

Quadro 21 – Caracterização dos Estabelecimentos do 1º Ciclo do Ensino Básico das Freguesias Rurais de Rio Maior
Estado de
Salas Actividades
Ano de Construção N.º de
Agrupamento Estabelecimentos Freguesia Localidade Conservação Regime Expr.
Construção de Raiz Edifícios Geral Total Ocupadas Informática Ginásio
Estado de Serviço
Físico- Natação Música Inglês
Conservação de ATL
motora
EB1 de Casais Monizes Alcobertas Casais Monizes 1952 S 1 SI Normal 1 1 N N SI N N S N N
EB1 de Sourões Alcobertas Sourões 1948 N 1 SI Normal 1 1 N N SI N N S N N
EB1 n.º 1 de Alcobertas Alcobertas Alcobertas 1960 S 1 SI Normal 2 2 N N SI N N S N N
Alcobertas
EB1 n.º 1 de Teira Alcobertas Teira 1959 S 1 SI Normal 1 1 N N SI N N S N N
EB1 n.º 2 de Alcobertas - Chãos Alcobertas Alcobertas 1996 S 1 SI Normal 1 1 N N SI N N S N N
EB1 n.º 2 de Teira – Fonte Longa Alcobertas Teira 1984 S 1 SI Normal 1 1 N N SI N N S N N
EB1 de Arrouquelas Arrouquelas Arrouquelas 1958 S 1 R Normal 2 1 N N R N N S N N
EB1 de Assentiz Assentiz Assentiz 1986 S 1 R Duplo 1 1 N N R N N S N N
EB1 de Aflouvés Azambujeira Aflouvés 1993 S 1 R Normal 1 1 N N R N N S N N
EB1 de Azambujeira Azambujeira Azambujeira 1985 S 1 R Normal 2 1 N N R N N S N N
EB1 de Carvalhais Fráguas Carvalhais 1966 S 1 R Normal 1 1 N N R N N S N N

Fernando EB1 n.º 1 de Fráguas Fráguas Fráguas 1963 S 1 R Normal 3 2 N N R N N S N N


Casimiro P. EB1 n.º 2 de Fráguas - Póvoas Fráguas Fráguas 1975 S 1 B Normal 1 1 N N B N N S N N
Silva
EB1 de Malaqueijo Malaqueijo Malaqueijo 1960 S 1 R Normal 2 1 N N R N N S N N
EB1 de Marmeleira Marmeleira Marmeleira 1954 S 1 B Normal 2 1 N N B N N S N N
EB1 n.º 1 de Ribeira de S. João Ribeira de S. João Ribeira de S. João 1982 S 1 R Normal 2 2 N N R N N S N N
EB1 n.º 2 de Ribeira de S. João Ribeira de S. João S. João da Ribeira 1984 S 1 R Normal 1 1 N N R N N S N N
EB1 de São João da Ribeira São João da Ribeira São João da Ribeira 1982 S 1 M Normal 4 2 N N M N N S N N
EB1 de S. Sebastião São Sebastião São Sebastião 1969 S 1 R Normal 2 1 N N R N N S N N
EB1 de Arruda dos Pisões Arruda dos Pisões Arruda dos Pisões 1960 S 1 R Normal 2 1 N N R N N S N N
EB1 de Asseiceira Asseiceira Asseiceira 1958 S 1 R Normal 2 2 N N R N N S N N
Marinhas do Sal
EB1 de Correias Outeiro da Cortiçada Correias 1949 S 1 R Normal 1 1 N N R N N S N N
EB1 de Outeiro da Cortiçada Outeiro da Cortiçada Outeiro da Cortiçada 1991 S 1 R Normal 1 1 N N R N N S N N

CEDRU 53
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Relatório Final

Caracterização dos Estabelecimentos do 1º Ciclo do Ensino Básico das Freguesias Rurais de Rio Maior (continuação)
Espaços de Apoio
Serviço
Agrupamento Estabelecimentos de
Sala Centro de Recursos/ Recreio Campo de
Almoço Refeitório Recreio Coberto Sanitários Balneários
Polivalente Mediateca Descoberto Jogos

EB1 de Casais Monizes N N N N N R R N N


EB1 de Sourões N N N N N N D N N
EB1 n.º 1 de Alcobertas S N N S S D D N N
Alcobertas
EB1 n.º 1 de Teira N N N N S D D N N
EB1 n.º 2 de Alcobertas - Chãos N N N N N D S N N
EB1 n.º 2 de Teira – Fonte Longa N N N N N D S N N
EB1 de Arrouquelas N N N N N R R N S
EB1 de Assentiz N N N N N R R N N
EB1 de Aflouvés N N N N N R R N N
EB1 de Azambujeira S N N N N R R N N
EB1 de Carvalhais N N N N R R R N N
EB1 n.º 1 de Fráguas S R N N R R R N S
Fernando
Casimiro P. Silva EB1 n.º 2 de Fráguas - Póvoas N N N N N R R N N
EB1 de Malaqueijo S N N N N R R N N
EB1 de Marmeleira S N N N N R R N N
EB1 n.º 1 de Ribeira de S. João S N N N R R R N N
EB1 n.º 2 de Ribeira de S. João N N N N R R R N N
EB1 de São João da Ribeira S N N N R R R N N
EB1 de S. Sebastião S N N N R R R N N
EB1 de Arruda dos Pisões N N N N R R R N N
EB1 de Asseiceira S N N N N R R N S
Marinhas do Sal
EB1 de Correias N N N N R R R N N
EB1 de Outeiro da Cortiçada S N N N N R R N N

Estado de Conservação: Existência:


B – Bom S - Sim
R - Razoável N – Não
D – Deficiente SI – Sem Informação
Fonte: Câmara Municipal de Rio Maior/ Agrupamento de Escolas de Rio Maior.

CEDRU 54
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Relatório Final

1.3 – 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário

Os 2º e 3º ciclos do ensino básico proporcionam a obtenção e o desenvolvimento das


competências e conhecimentos de base, criando as condições para o prosseguimento de
estudos no ensino secundário ou noutra modalidade de ensino e de formação profissional.

Dado constituírem uma oferta de ensino de nível “superior”, os 2º e 3º ciclos do ensino básico
estão somente presentes na sede de concelho e dizem respeito à oferta pública.

Na cidade de Rio Maior localizam-se dois estabelecimentos de tipologia EB 1,2,3: a Escola


Básica Integrada Fernando Casimiro Pereira da Silva e a Escola Básica Integrada Marinhas do
Sal. A taxa de ocupação destes estabelecimentos é muito elevada, existindo claramente
situações de sobrelotação em ambos os casos.

As duas EBI da cidade possuem refeitório, laboratórios, oficinas, salas de desenho, informática,
mas apenas uma delas possui sala de convívio (Fernando Casimiro Pereira da Silva) e campo
de jogos/balneários(Marinhas do Sal - o que face à proximidade dos campos envolventes não
constitui propriamente uma limitação). Já no que se refere à disponibilização de pavilhão
polidesportivo constata-se que a EBI Fernando C. P. da Silva não possui este equipamento,
recorrendo ao Pavilhão Municipal. No caso da EBI Marinhas do Sal existe uma sala de
desporto/ginástica; ainda assim, os alunos deste estabelecimento utilizam durante certos
períodos escolares as piscinas e o pavilhão municipal.

A EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva é a que apresenta maior dimensão (Tipologia C+S
30), enquanto a Marinhas do Sal tem uma tipologia T24, sendo o estado de conservação
razoável, em ambos os casos.

No que se refere ao apetrechamento em termos de recursos técnico-didácticos a situação é


relativamente favorável, na medida em que os dois estabelecimentos possuem Biblioteca.

O ensino secundário constitui actualmente um nível de ensino facultativo, contemplando três


anos lectivos (do 10º ao 12º ano de escolaridade) que visam dar sequência e aprofundamento

CEDRU 55
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

aos objectivos do ensino básico, de forma a preparar os alunos para o ensino superior e/ou para
a inserção no mercado de trabalho.

No concelho de Rio Maior, o ensino secundário público é apenas ministrado na Escola


Secundária Dr. Augusto César da Silva Ferreira, cuja oferta de formação oferece Cursos Gerais,
com o intuito de preparar a continuação dos estudos para o ensino superior, (Agrupamentos de
Humanidades, Económico-Social, Científico-Natural) e Tecnológicos, com o intuito de preparar o
ingresso no mundo do trabalho após o 12º ano de escolaridade, mantendo-se a possibilidade de
ingresso no ensino superior (Administração, Informática e Desporto).

Este estabelecimento, construído em meados da década de oitenta, encontra-se em bom estado


de conservação. Possui refeitório, sala de convívio, salas de informática (4), diversos
laboratórios (5) e oficinas (5). Por não possuir pavilhão, a autarquia coloca à disposição da
Escola os seus equipamentos, que se localizam na sua proximidade (incluindo as piscinas).

Nos últimos anos, face ao decréscimo significativo de alunos a frequentar este nível lectivo, a
Escola Secundária, passou a estar com algum défice de ocupação, pelo que, no ano de 2004-05,
alberga também 4 turmas de 7º ano, de forma a diminuir os problemas de sobre-ocupação das
duas EBI da cidade. Esta escola secundária disponibiliza, igualmente, o ensino nocturno
recorrente.

Como principais necessidades/problemas apontadas pelo Conselho Executivo da Escola


destacam-se:
• Cobertura de alguns blocos (telhas estão muito deterioradas);
• Resolução de alguns problemas de escoamento fluvial;
• Degradação progressiva da corticite dos tectos nas salas de aula;
• Degradação do pavimento de algumas salas;
• Problemas nas pinturas internas;
• Criar um espaço coberto entre o bar e um bloco;
• Canalizações interiores a necessitarem de algumas melhorias;
• Proximidade do depósito de gás do parque automóvel da escola;
• Esgotos entopem com muita facilidade.

CEDRU 56
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Relatório Final

Os estabelecimentos dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário do concelho de


Rio Maior possuíam no ano lectivo de 2003/04, 254 docentes, 96 auxiliares de acção educativa e
29 administrativos, destacando-se a Escola Secundária com a maioria destes recursos humanos;
em termos globais o rácio alunos/ professor é de 7,6 e o rácio alunos/ auxiliar, cifra-se nos 20
estudantes.

Quadro 22 – Recursos Humanos nos 2º Ciclo 3º Ciclos do Ensino Básico e no Ensino Secundário
no Concelho de Rio Maior (2003/04)
Professores Auxiliares Administr. Outros Alunos Alunos/ Alunos/
Estabelecimentos de Ensino
(Total) (Total) (Total) Professor Auxiliar
Quadro Outros Quadro Outros

Escola Básica Integrada Fernando


70 19 8 23 13 4 622 8 20
Casimiro Pereira da Silva
Escola Básica Integrada de
49 13 11 16 5 5 571 9 21
Marinhas do Sal
Escola Secundária Dr. Augusto
77 26 32 6 11 2 727 7 19
César da Silva Ferreira
Total 196 58 51 45 29 11 1.920 7,6 20
Fonte: Estabelecimentos de Ensino de Rio Maior.

CEDRU 57
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Relatório Final

Quadro 23 – Caracterização dos Estabelecimentos com 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário do Concelho de Rio Maior
N.º de Salas de Educação
N.º de Estado de Salas Normais Salas de Informática Laboratórios Oficinas
Ano de Construção Edifícios Visual e Tecnológica
Estabelecimento Freguesia Tipologia Edifícios Conservação
Construção de Raiz Pré-
de Raiz Geral Estado de Estado de Estado de Estado de Estado de
Fabricados N.º
Conservação
N.º
Conservação
N.º
Conservação
N.º
Conservação
N.º
Conservação
Escola Básica Integrada Fernando 1
Rio Maior 1993 C+S30 S 0 R 24 SI 3 SI 3 SI 2 SI 3 SI
Casimiro Pereira da Silva
Escola Básica Integrada de Marinhas
Rio Maior 1994 T24 S 1 0 R 24 R 2 R 3 R 3 R 1 R
do Sal
Escola Secundária Dr. Augusto César 4
Rio Maior 1982 T42 S 0 R 22 SI 4 SI 2 SI 5 SI 5 SI
da Silva Ferreira

Caracterização dos Estabelecimentos com 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário do Concelho de Rio Maior (Continuação)
Centro de
Sala
Estabelecimentos Refeitório Sala de Convívio Recreio Recursos / Mediateca Ginásio Campo de Jogos Balneários Sanitários
Polivalente
Biblioteca
Escola Básica Integrada Fernando
B S N R R N N N N R
Casimiro Pereira da Silva
Escola Básica Integrada de Marinhas
B N N D B B D R R B
do Sal
Escola Secundária Dr. Augusto César
R B B R B B SI SI SI R
da Silva Ferreira

Estado de Conservação: Existência:


B – Bom S - Sim
R - Razoável N – Não
D – Deficiente SI – Sem Informação

Fonte: Câmara Municipal de Rio Maior/ Estabelecimentos de Ensino de Rio Maior.

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Relatório Final

2. A PROCURA DE ENSINO PÚBLICO

CEDRU 59
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Relatório Final

2.1 – Ensino Pré-Escolar, Básico e Secundário Público

Neste ponto do documento irá efectuar-se uma análise da evolução da procura de ensino nos
estabelecimentos públicos do concelho de Rio Maior, desde o pré-escolar ao ensino secundário,
passando pelos três ciclos do ensino básico. Considera-se apenas a oferta pública, na medida
em que a educação pré-escolar e o ensino básico particular e cooperativo serão contemplados
numa fase posterior deste trabalho.

O número de crianças/alunos nos diferentes estabelecimentos de ensino pré-escolar, básico (do


1º ao 3º ciclo) e secundário, no concelho de Rio Maior, durante os últimos seis anos lectivos tem
vindo a diminuir progressivamente, passando de 3.494 no ano lectivo de 1998/99 para 3.259 no
ano lectivo de 2003/2004, o que corresponde a um decréscimo global de 6,7%.

Contudo, estes valores escondem diferenciações consideráveis entre os diversos níveis e ciclos
de ensino:
• na educação pré-escolar público o número de crianças inscritas aumentou (cerca de
13%);
• no 1º ciclo do ensino básico registou-se um decréscimo no número de alunos inscritos
(9,8%);
• nos 2º e 3º ciclos do ensino básico o número de alunos inscritos diminuiu de um modo
considerável ao longo dos últimos seis anos lectivos;
• no ensino secundário ocorreu um decréscimo significativo no número de alunos
inscritos (entre 1998/99 e 2003/04 ocorreu um decréscimo de praticamente 5 dezenas
de alunos), apesar da forte recuperação patenteada no último ano lectivo.

Quadro 24 – Evolução do Número de Crianças/ Alunos por Ciclo no Concelho de Rio Maior (Ensino
Público)
Variação (%)
Níveis de Ensino 1998-1999 1999-2000 2000-2001 2001-2002 2002-2003 2003-2004 1998-1999 /
2003-2004
Pré-Escolar Público 406 432 433 440 433 460 13,3
1º Ciclo 949 883 843 841 869 856 -9,8
2º Ciclo 605 593 576 530 541 520 -14,0
3º Ciclo 846 893 885 829 763 786 -7,1
Sub-total do Ensino Básico 2.400 2.369 2.304 2.200 2.173 2.162 -9,9
Secundário 688 650 573 636 519 637 -7,4
Total 3.494 3.451 3.310 3.276 3.125 3.259 -6,7
Fonte: Direcção Regional de Educação de Lisboa e Câmara Municipal de Rio Maior

CEDRU 60
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Relatório Final

Figura 13 – Evolução do Número de Crianças/Alunos por Ciclo de Ensino Público no Concelho de


Rio Maior

1.000

900

800
700

600

500

400

300

200

100

0
Pré-Escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário

1998-1999 2003-2004

Um indicador relevante a nível concelhio é a taxa bruta de escolarização, que reflecte a relação
entre o número de alunos matriculados num determinado ano/ciclo de escolaridade e a
população residente com a idade própria para a frequência desse ano/ciclo de escolaridade.

Assim constata-se que na maioria dos níveis de ensino a taxa de escolarização é superior a
100%, traduzindo, em larga medida, por um lado as “elevadas” taxas de repetência e, por outro
lado, o facto do concelho conseguir atrair alguma população escolar de alguns concelhos
vizinhos. No que se refere à educação pré-escolar o “elevado” número de crianças inscritas nos
estabelecimentos da rede particular permite atingir níveis de escolarização elevados se
considerarmos também esta oferta (o valor superior a 100% poderá ter como explicação o facto
de incluir crianças que ainda não completaram 3 anos de idade e de outras já possuírem 6
anos). Já no caso do secundário, o diferencial existente deve-se às “fortes” taxas de abandono e
ao facto de muitos alunos, quando terminam o 9º ano, procurarem os diversos cursos de ensino
profissional existentes no concelho.

CEDRU 61
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Quadro 25 – Taxa Bruta de Escolarização por Ciclo e Nível de Ensino no Concelho de Rio Maior
(2003-04)
Taxa Bruta
Nível de Ensino Grupo Etário * Alunos
de Escolariz. (%)
Pré-Escolar Público 639 460 72,0

Pré-Escolar (Público + IPSS) 639 688 107,6

1º Ciclo do E. Básico 795 856 107,7

2º Ciclo do E. Básico 451 520 115,3

3º Ciclo do E. Básico 676 786 116,3

Sub-Total E. Básico 1.922 2.162 112,5

Ensino Secundário 706 637 90,2


* Pré-Escolar (3/5 anos) 1º ciclo (6/9 anos); 2º ciclo (10/11 anos);
3º ciclo (12/14 anos); secundário (15/17 anos) - Estimativas para 2003
Fonte: Direcção Regional de Educação de Lisboa e INE (tratamento próprio)

2.1.1. – Educação Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico

Análise da Freguesia Urbana

O número de crianças inscritos na educação pré-escolar público tem vindo a aumentar


progressivamente na freguesia urbana (Rio Maior), consequência do esforço registado pela
autarquia que abriu novas salas neste período de tempo, nomeadamente o JI nº 2 de Rio Maior.

Quadro 26 – Evolução do Número de Alunos na Educação Pré-Escolar Pública e no 1º Ciclo do


Ensino Básico na Freguesia de Rio Maior
Pré-Escolar 1º Ciclo
1998-1999 2003-2004 Variação (%) 1998-1999 2003-2004 Variação (%)
184 220 19,6 526 502 -4,6
Fonte: Direcção Regional de Educação de Lisboa e Câmara Municipal de Rio Maior

Deste modo, a freguesia de Rio Maior possui 220 crianças inscritas nos Jardins-de-infância
públicos, o que corresponde a um acréscimo de 36 crianças relativamente ao ano lectivo de
1998/99.

Os Jardins-de-infância n.º 1 e 2 de Rio Maior são os que apresentam um maior número de


crianças inscritas, procurando dar resposta, ainda que de um modo insuficiente, ao número
elevado de crianças residentes nos locais de maior densidade populacional da cidade.

CEDRU 62
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Relatório Final

Quadro 27 – Evolução do Número de Crianças da Educação Pré-Escolar nos Estabelecimentos


Públicos na freguesia de Rio Maior
Variação Nº de Rácio
Estabelecimento Freguesia 1998/1999 2003/2004
(%) salas crianças /salas

J.I. de Rio Maior n.º 1 110 110 0,0 6 18,3


J.I. de Rio Maior n.º 2 - 25 - 1 25,0
J.I. de Abuxanas 9 6 -33,3 1 6,0
J.I. de Arco da Memória 12 13 8,3 1 13,0
Rio Maior
J.I. de Azinheira 11 17 54,5 1 17,0
J.I. Fonte da Bica 14 20 42,9 1 20,0
J. I. de Boiças 10 10 0,0 1 10,0
J.I. de Vale de Óbidos 18 19 5,6 1 19,0
Total 184 220 19,6 13 16,9
Fonte: Direcção Regional de Educação de Lisboa e Câmara Municipal de Rio Maior.

O número elevado de crianças por sala na maioria dos oito Jardins-de-infância públicos da
freguesia de Rio Maior reflecte, pois, a elevada procura que existe para este subsistema de
ensino. Este facto é confirmado pela elevada taxa de ocupação que a maioria destes
estabelecimentos apresenta, nomeadamente na cidade. Este indicador, de grande relevância,
reflecte a relação entre a capacidade de um edifício escolar em regime normal de funcionamento
e o número de crianças que o frequentam em período diurno.

Quadro 28 – Taxa de Ocupação da Educação Pré-Escolar nos Estabelecimentos Públicos da


Freguesia de Rio Maior (2003-04)

Estabelecimento Freguesia Capacidade das Salas População Escolar Taxa Ocupação (%)

J.I. de Rio Maior n.º 1 130 110 84,6


J.I. de Rio Maior n.º 2 25 25 100,0
J.I. de Abuxanas 20 6 30,0
J.I. de Arco da Memória 25 13 52,0
Rio Maior
J.I. de Azinheira 25 17 68,0
J.I. Fonte da Bica 25 20 80,0
J.I. de Boiças 25 10 40,0
J.I. de Vale de Óbidos 25 19 76,0
Total 300 220 73,3
Fonte: Direcção Regional de Educação de Lisboa e Câmara Municipal de Rio Maior.

No que diz respeito à frequência de crianças com necessidades educativas especiais constata-
se que o número tem sido relativamente baixo na educação pré-escolar.

CEDRU 63
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Relatório Final

Quadro 29 – Número de Crianças com Necessidades Educativas Especiais na Educação Pré-


Escolar Pública do Ensino Básico na Freguesia de Rio Maior
Pré-Escolar
Estabelecimentos de Ensino
2001-02 2002-03 2003-04 Média
Jardim-de-infância Boiças SI SI SI -

Jardim-de-infância de Abuxanas 0 0 0 0,0

Jardim-de-infância Arco da Memória 0 0 0 0,0

Jardim-de-infância de Azinheira 0 0 0 0,0

Jardim-de-infância de Fonte da Bica 0 2 2 1,4

Jardim-de-infância de Vale de Óbidos 0 0 0 0,0

Jardim-de-infância n.º 1 de Rio Maior 3 3 3 3,0

Jardim-de-infância n.º 2 de Rio Maior SI SI SI -

Total - - - -

Fonte: Agrupamento de Escolas de Rio Maior.

Já no que se refere ao 1º ciclo do ensino, verifica-se que na freguesia urbana o número de


crianças diminuiu ligeiramente entre 1998/99 e 2003/04, embora nos anos mais recentes tenha
vindo a verificar-se um tendência para um ligeiro acréscimo no número de alunos.

Ainda assim, a diminuição nos níveis de fecundidade da população levou a que entre 1998/99 e
2003/04 se registasse um decréscimo de aproximadamente duas dezenas e meia de alunos,
sendo de 502 o número de crianças inscritas nos doze estabelecimentos públicos existentes na
freguesia de Rio Maior.

A esmagadora maioria dos doze estabelecimentos registaram uma diminuição do número de


alunos, sendo esses decréscimos mais acentuados na EB1 de Boiças, na EB1 Fonte da Bica n.º
1 e, sobretudo, na EB1 de Rio Maior (Freiria), o que em parte se pode justificar com a ida dos
alunos para as EBI.

De qualquer modo, o 1º ciclo do ensino básico na freguesia de Rio Maior continua a caracterizar-
se pela existência de um desajustamento entre a oferta e a procura, traduzido, por exemplo, no
rácio médio de aproximadamente 17,3 alunos por sala de aula. Seis estabelecimentos possuem
mesmo um rácio de alunos por sala de aula inferior a 10.

CEDRU 64
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Relatório Final

Quadro 30 – Evolução do Número de Alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico nos Estabelecimentos


Públicos da freguesia de Rio Maior
1998- 2003- Variação Nº de Racio
Estabelecimento Freguesia
1999 2004 (%) salas alunos / sala

EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva 96 205 113,5 9 22,8


EBI de Marinhas do Sal 242 196 -19,0 9 21,8
EB do 1º ciclo de Abuxanas 14 5 -64,3 1 5,0
EB do 1º ciclo de Arco da Memória 25 22 -12,0 1 22,0
EB do 1º ciclo de Azinheira 21 13 -38,1 1 13,0
EB do 1º ciclo de Boiças 15 4 -73,3 1 4,0
Rio Maior
EB do 1º ciclo de Cidral 14 7 -50,0 1 7,0
EB do 1º ciclo de Fonte da Bica n.º 1 13 4 -69,2 1 4,0
EB do 1º ciclo de Mata de Baixo 13 8 -38,5 1 8,0
EB do 1º ciclo de Pé da Serra 10 10 0,0 1 10,0
EB do 1º ciclo de Rio Maior (Freiria) 23 5 -78,3 1 5,0
EB do 1º ciclo de Vale de Óbidos 25 23 -8,0 2 11,5
Total 511* 502 -1,8 29 17,3
* Em 1998/1999, existiam mais duas escolas na freguesia, que não foram contabilizadas por entretanto terem encerrado: EB1 das Quintas e
EB1 da Fonte das Bicas nº 2, que em conjunto possuíam 15 alunos.
Fonte: Direcção Regional de Educação de Lisboa e Câmara Municipal de Rio Maior.

A análise das taxas de ocupação nos diferentes estabelecimentos do 1º ciclo do ensino básico
permite reforçar algumas das conclusões anteriores. Com efeito, a taxa de ocupação global é
relativamente elevada (69,2%), para o que muito contribuem 3 estabelecimentos com taxas
bastante elevadas (as duas Escolas Básicas Integradas e a Escola de Arco da Memória). Quatro
estabelecimentos possuem taxas de ocupação inferiores a 20%, traduzindo o seu número
reduzido de crianças (Boiças, Fonte da Bica, Freiria e Abuxanas).

CEDRU 65
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Quadro 31 – Taxa de Ocupação do 1º Ciclo do Ensino Básico nos Estabelecimentos Públicos da


Freguesia de Rio Maior (2003-04)
Estabelecimento Freguesia Capacidade Salas População Escolar Taxa Ocupação (%)

EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva 225 205 91,1


EBI de Marinhas do Sal 225 196 87,1
EB do 1º ciclo de Abuxanas 25 5 20,0
EB do 1º ciclo de Arco da Memória 25 22 88,0
EB do 1º ciclo de Azinheira 25 13 52,0
EB do 1º ciclo de Boiças 25 4 16,0
Rio Maior
EB do 1º ciclo de Cidral 25 7 28,0
EB do 1º ciclo de Fonte da Bica n.º 1 25 4 16,0
EB do 1º ciclo de Mata de Baixo 25 8 32,0
EB do 1º ciclo de Pé da Serra 25 10 40,0
EB do 1º ciclo de Rio Maior (Freiria) 25 5 20,0
EB do 1º ciclo de Vale de Óbidos 50 23 46,0
Total 725 502 69,2
Fonte: Direcção Regional de Educação de Lisboa e Câmara Municipal de Rio Maior.

No que diz respeito à frequência de alunos com necessidades educativas especiais constata-se
que o número tem sido relativamente baixo no 1º ciclo do ensino básico, uma vez que tendo em
consideração, por exemplo, o ano de 2003/2004 existiam apenas 10 alunos a frequentar
estabelecimentos de ensino na freguesia sede de concelho.

Quadro 32 – Número de Alunos com Necessidades Educativas Especiais no 1º ciclo do Ensino


Básico na Freguesia de Rio Maior
1.º Ciclo
Estabelecimentos de Ensino
2001-02 2002-03 2003-04 Média

EB do 1.º Ciclo de Abuxanas 6 0 0 2,0

EB do 1.º Ciclo de Arco da Memória 3 2 4 3,0

EB do 1.º Ciclo de Azinheira 1 1 1 1,0

EB do 1.º Ciclo de Boiças 1 0 0 0,4

EB do 1.º Ciclo de Cidral 0 1 1 0,7

EB do 1.º Ciclo de Fonte da Bica 1 0 1 0,7

EB do 1.º Ciclo de Mata de Baixo 1 0 1 0,7

EB do 1.º Ciclo de Pé da Serra 1 2 1 1,4

EB do 1.º Ciclo de Rio Maior (Freiria) 3 0 0 1,0

EB do 1.º Ciclo de Vale de Óbidos 2 2 1 1,7

Total 19 8 10 12,3
Fonte: Agrupamentos de Escolas de Rio Maior.

CEDRU 66
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Análise das Freguesias Rurais

No que diz respeito às freguesias não urbanas do concelho de Rio Maior constata-se que os
padrões de variação são semelhantes aos registados na freguesia urbana. De facto, o número
de crianças inscritas na educação pré-escolar aumentou em mais de uma dezena e meia ao
longo dos últimos seis anos lectivos (era de 240 crianças em 2003/04), enquanto no 1º ciclo do
ensino básico a diminuição foi de sete dezenas de alunos (passou a ter 354 alunos). Detectam-
se algumas diferenciações, quer no número de alunos inscritos quer no ritmo de variação, entre
as treze freguesias rurais do concelho de Rio Maior.

Quadro 33 – Evolução do Número de Crianças/Alunos por Freguesia na Educação Pré-Escolar


Pública e no 1º Ciclo do Ensino Básico nas Freguesias Rurais do Concelho de Rio Maior
Pré escolar 1º ciclo
Freguesias
1998-1999 2003-2004 Variação 1998-1999 2003-2004 Variação
Alcobertas 50 51 2,0 108 98 -9,3
Arrouquelas 13 11 -15,4 24 9 -62,5
Arruda dos Pisões 0 0 0,0 14 10 -28,6
Asseiceira 19 20 5,3 33 30 -9,1
Assentiz 15 12 -20,0 14 19 35,7
Azambujeira 10 17 70,0 21 14 -33,3
Fráguas 20 15 -25,0 52 52 0,0
Malaqueijo 10 16 60,0 21 15 -28,6
Marmeleira 12 16 33,3 15 17 13,3
Outeiro da Cortiçada 30 27 -10,0 26 23 -11,5
Ribeira de S. João 14 19 35,7 39 25 -35,9
São João da Ribeira 18 17 -5,6 33 25 -24,2
São Sebastião 11 19 72,7 23 17 -26,1
Total - Freguesias Rurais 222 240 8,1 423 354 -16,3
Fonte: Direcção Regional de Educação de Lisboa e Câmara Municipal de Rio Maior.

Deste modo, as freguesias rurais de Rio Maior possuíam 240 crianças inscritas nos Jardins-de-
infância públicos, o que corresponde a um acréscimo de 18 crianças relativamente ao ano lectivo
de 1998/99.

O Jardim-de-infância de Alcobertas é o que apresenta um maior número de crianças inscritas.


De um modo geral, o rácio crianças/sala é relativamente satisfatório (em média 16 crianças por
sala).

A taxa de ocupação que a maioria destes estabelecimentos apresenta, é relativamente


satisfatória, apesar de haver um conjunto de estabelecimentos de ensino com taxas de
ocupação inferiores a 50%.
CEDRU 67
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Quadro 34 – Evolução do Número de Crianças na Educação Pré-Escolar Pública nas Freguesias


Rurais do Concelho de Rio Maior
Rácio
Estabelecimento de Ensino Freguesia 1998/1999 2003/2004 Variação (%) Nº de Salas
crianças/sala
Jardim-de-infância de Alcobertas 21 23 9,5 1 23,0
Jardim-de-infância de Casais Monizes 16 17 6,3 1 17,0
Alcobertas
Jardim-de-infância de Teira 13 11 -15,4 1 11,0
Jardim-de-infância de Arrouquelas 13 11 -15,4 1 11,0
Jardim-de-infância de Assentiz Assentiz 15 12 -20,0 1 12,0
Jardim-de-infância de Azambujeira Azambujeira 10 17 70,0 1 17,0
Jardim-de-infância de Fráguas Fráguas 20 15 -25,0 1 15,0
Jardim-de-infância de Malaqueijo Malaqueijo 10 16 60,0 1 16,0
Jardim-de-infância de Marmeleira Marmeleira 12 16 33,3 1 16,0
Jardim-de-infância de Ribeira de S.
João
Ribeira de S. João 14 19 35,7 1 19,0
Jardim-de-infância de S. João da
Ribeira
São João da Ribeira 18 17 -5,6 1 17,0

Jardim-de-infância de S. Sebastião São Sebastião 11 19 72,7 1 19,0


Jardim-de-infância de Asseiceira Asseiceira 19 20 5,3 1 20,0
Jardim-de-infância de Correias 16 7 -56,3 1 7,0
Outeiro da Cortiçada
Jardim-de-infância de Outeiro da
Cortiçada
14 20 42,9 1 20,0

Total - Freguesias Rurais 222 240 8,1 15 16,0

Quadro 35 – Taxas de Ocupação na Educação Pré-Escolar Pública nas Freguesias Rurais do


Concelho de Rio Maior (2003/2004)
Capacidade População Taxa de
Estabelecimentos Freguesia
das Salas Escolar Ocupação

Jardim-de-infância de Alcobertas 25 23 92
Jardim-de-infância de Casais Monizes Alcobertas 25 17 68
Jardim-de-infância de Teira 25 11 44
Jardim-de-infância de Arrouquelas Arrouquelas 25 11 44
Jardim-de-infância de Assentiz Assentiz 25 12 48
Jardim-de-infância de Azambujeira Azambujeira 25 17 68
Jardim-de-infância de Fráguas Fráguas 25 15 60
Jardim-de-infância de Malaqueijo Malaqueijo 25 16 64
Jardim-de-infância de Marmeleira Marmeleira 25 16 64
Jardim-de-infância de Ribeira de S. João Ribeira de S. João 25 19 76
Jardim-de-infância de S. João da Ribeira São João da Ribeira 25 17 68
Jardim-de-infância de S. Sebastião São Sebastião 25 19 76
Jardim-de-infância de Asseiceira Asseiceira 25 20 80
Jardim-de-infância de Correias 25 7 28
Outeiro da Cortiçada
Jardim-de-infância de Outeiro da Cortiçada 25 20 80
Total 375 240 64,0
Fonte: Direcção Regional de Educação e Câmara Municipal de Rio Maior.

CEDRU 68
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Quadro 36 – Evolução do Número de Alunos no 1º Ciclo do Ensino Básico nas Freguesias Rurais
do Concelho de Rio Maior
Variação Rácio
Estabelecimento de Ensino Freguesia 1998/1999 2003/2004 Nº de Salas
(%) alunos/Sala
EB do 1º Ciclo de Casais Monizes 18 16 -11,1 1 16,0
EB do 1º Ciclo de Sourões 10 6 -40,0 1 6,0
EB do 1º Ciclo nº1 de Alcobertas 40 46 15,0 2 23,0
EB do 1º Ciclo nº1 de Teira Alcobertas 15 8 -46,7 1 8,0
EB do 1º Ciclo nº2 de Alcobertas -
9 6 -33,3 1 6,0
Chãos
EB do 1º Ciclo nº2 de Teira – Fonte
16 16 0,0 1 16,0
Longa
EB do 1º Ciclo de Arrouquelas Arrouquelas 24 9 -62,5 2 4,5
EB do 1º Ciclo de Assentiz Assentiz 14 19 35,7 1 19,0
EB do 1º Ciclo de Alfouvés 9 7 -22,2 1 7,0
Azambujeira
EB do 1º Ciclo de Azambujeira 12 7 -41,7 2 3,5
EB do 1º Ciclo de Carvalhais 5 9 80,0 1 9,0
EB do 1º Ciclo nº1 de Fráguas Fráguas 39 34 -12,8 3 11,3
EB do 1º Ciclo nº2 de Fráguas -
8 9 12,5 1 9,0
Póvoas
EB do 1º Ciclo de Malaqueijo Malaqueijo 21 15 -28,6 2 7,5
EB do 1º Ciclo de Marmeleira Marmeleira 15 17 13,3 2 8,5
EB do 1º Ciclo nº1 de Ribeira de São
Ribeira de S. João 28 19 -32,1 2 9,5
João
EB do 1º Ciclo nº2 de Ribeira de São
11 6 -45,5 1 6,0
João – Vale de Barco
S. João da Ribeira
EB do 1º Ciclo de São João da
33 25 -24,2 4 6,3
Ribeira
EB do 1º Ciclo de S. Sebastião S. Sebastião 23 17 -26,1 2 8,5
EB do 1º Ciclo de Arruda dos Pisões Arruda dos Pisões 14 10 -28,6 2 5,0
EB do 1º Ciclo de Asseiceira Asseiceira 33 30 -9,1 2 15,0
EB do 1º Ciclo de Correias 13 8 -38,5 1 8,0
Outeiro da
EB do 1º Ciclo de Outeiro da Cortiçada
13 15 15,4 1 15,0
Cortiçada

Total – Freguesias Rurais 423 354 -16,3 37 9,6

Fonte: Direcção Regional de Educação e Câmara Municipal de Rio Maior.

As freguesias rurais de Rio Maior possuíam 354 alunos no 1º ciclo do ensino básico, o que
corresponde a um decréscimo de 69 alunos relativamente ao ano lectivo de 1998/99.

Apenas a EB1 n.º 1 de Alcobertas e a EB1 n.º 1 das Fráguas apresentam mais de 30 alunos. De
um modo geral, o rácio alunos/sala é relativamente baixo (em média 9,6 alunos por sala),
existindo bastantes estabelecimentos com menos de 10 alunos (dez estabelecimentos).

A taxa de ocupação que a maioria destes estabelecimentos apresenta é bastante baixa,


existindo um conjunto bastante alargado de estabelecimentos de ensino com taxas de ocupação
CEDRU 69
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

inferiores a 50%. Conforme se referiu anteriormente, este indicador reflecte a relação entre a
capacidade de um edifício escolar em regime normal de funcionamento e o número de alunos
que o frequentam.

Quadro 37 – Taxa de Ocupação no 1º Ciclo do Ensino Básico nas Freguesias Rurais do Concelho
de Rio Maior
Taxa de
Estabelecimento Freguesia Capacidade das Salas População Escolar
Ocupação (%)
EB do 1º Ciclo de Casais Monizes 25 16 64,0

EB do 1º Ciclo de Sourões 25 6 24,0

EB do 1º Ciclo nº1 de Alcobertas 50 46 92,0

EB do 1º Ciclo nº1 de Teira Alcobertas 25 8 32,0


EB do 1º Ciclo nº2 de Alcobertas -
25 6 24,0
Chãos
EB do 1º Ciclo nº2 de Teira – Fonte
25 16 64,0
Longa
EB do 1º Ciclo de Arrouquelas Arrouquelas 50 9 18,0

EB do 1º Ciclo de Assentiz Assentiz 25 19 76,0

EB do 1º Ciclo de Alfouvés 25 7 28,0


Azambujeira
EB do 1º Ciclo de Azambujeira 50 7 14,0

EB do 1º Ciclo de Carvalhais 25 9 36,0

EB do 1º Ciclo nº1 de Fráguas Fráguas 75 34 45,3


EB do 1º Ciclo nº2 de Fráguas -
25 9 36,0
Póvoas
EB do 1º Ciclo de Malaqueijo Malaqueijo 50 15 30,0

EB do 1º Ciclo de Marmeleira Marmeleira 50 17 34,0


EB do 1º Ciclo nº1 de Ribeira de São
Ribeira de S. João 50 19 38,0
João
EB do 1º Ciclo nº2 de Ribeira de São
25 6 24,0
João – Vale do Barco S. João da Ribeira
EB do 1º Ciclo de São João da Ribeira 100 25 25,0

EB do 1º Ciclo de Sebastião S. Sebastião 50 17 34,0

EB do 1º Ciclo de Arruda dos Pisões Arruda dos Pisões 50 10 20,0

EB do 1º Ciclo de Asseiceira Asseiceira 50 30 60,0

EB do 1º Ciclo de Correias 25 8 32,0


Outeiro da Cortiçada
EB do 1º Ciclo de Outeiro da
25 15 60,0
Cortiçada

Total - Freguesias Rurais 925 354 38,3

Fonte: Direcção Regional de Educação e Câmara Municipal de Rio Maior.

CEDRU 70
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Análise por Agrupamento de Escolas

O Agrupamento Vertical Marinhas do Sal apresenta um maior número de crianças inscritas na


educação pré-escolar, reflexo deste Agrupamento agregar o maior dos estabelecimentos deste
nível de ensino – o JI de Rio Maior n.º 1. Embora com um número inferior, importa também
destacar o elevado número de crianças inscritas na educação pré-escolar nos estabelecimentos
integrados no Agrupamento de escolas do sul do concelho – Fernando Casimiro Pereira da
Silva.

Registe-se o facto de todos os Agrupamentos terem registado acréscimos no número de


crianças inscritas na educação pré-escolar, em grande medida consequência do esforço levado
a cabo pela autarquia na expansão da oferta da rede de educação pré-escolar para as diversas
freguesias do município de Rio Maior.

O número elevado de crianças por sala na maioria dos Jardins-de-infância públicos reflecte, pois,
a elevada procura que existe para este subsistema de ensino. Este facto é confirmado pela
elevada taxa de ocupação que a maioria destes estabelecimentos apresenta.

Quadro 38 – Evolução do Número de Crianças da Educação Pré-Escolar Público por Agrupamento


de Escolas
Variação N.º de Racio
Agrupamentos de Escolas 1998/1999 2003/2004
(%) salas crianças /salas

Horizontal de Alcobertas 50 51 2,0 3 17,0

Vertical Fernando Casimiro Pereira da Silva 133 177 33,1 11 16,1

Vertical de Marinhas do Sal 223 232 4,0 14 16,6

Total 406 460 13,3 28 16,4


Fonte: Direcção Regional de Educação de Lisboa e Câmara Municipal de Rio Maior.

No que diz respeito às taxas de ocupação dos estabelecimentos de educação pré-escolar


público por Agrupamento, verificam-se pequenas diferenciações, na medida em que as taxas de
ocupação são ligeiramente inferiores no Agrupamento Vertical Fernando Casimiro Pereira da
Silva. Simultaneamente, o número de crianças por sala (16,1) é também inferior ao registado nos
restantes Agrupamentos.

CEDRU 71
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Quadro 39 – Taxa de Ocupação da Educação Pré-Escolar Pública por Agrupamento do Concelho


de Rio Maior (2003-04)

Agrupamentos de Escolas Capacidade das Salas População Escolar Taxa Ocupação (%)

Horizontal de Alcobertas 75 51 68,0


Vertical Fernando Casimiro Pereira da Silva 275 177 64,4
Vertical de Marinhas do Sal 350 232 66,3
Total 700 460 65,7
Fonte: Direcção Regional de Educação de Lisboa e Câmara Municipal de Rio Maior.

No 1º ciclo do ensino básico os estabelecimentos pertencentes ao Agrupamento de Escolas


Fernando Casimiro Pereira da Silva são aqueles que apresentam um maior número de alunos
inscritos (402), sendo também de realçar o número elevado de crianças inscritas no
Agrupamento de Marinhas do Sal.

Detectam-se ritmos de variação no número de alunos inscritos no 1º ciclo do ensino básico


distintos de acordo com o Agrupamento de escolas. Com efeito, se no Agrupamento de Escolas
Fernando Casimiro Pereira da Silva a população escolar aumentou consideravelmente, nos
restantes ocorreram decréscimos acentuados, que em alguns estabelecimentos são já bastante
significativos (o que resultou da transferência de turmas da EBI de Marinhas do Sal para a EBI
Fernando Casimiro Pereira da Silva). Por conseguinte, o rácio de alunos por sala no 1º ciclo do
ensino básico é relativamente baixo (12,6), não se observando variações significativas ao nível
dos diferentes Agrupamentos.

Quadro 40 – Evolução do Número de Alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico Público por


Agrupamento do Concelho de Rio Maior
Racio
Agrupamentos de Escolas 1998-1999 2003-2004 Variação (%) N.º de salas
alunos /sala

Vertical Fernando C. P. Silva 353 402 13,9 34 11,8

Vertical Marinhas do Sal 488 356 -27,0 27 13,2

Horizontal de Alcobertas 108 98 -9,3 7 14,0

Total 949 856 -9,8 68 12,6


Fonte: Direcção Regional de Educação de Lisboa e Câmara Municipal de Rio Maior.

Com efeito, no ano lectivo de 2003/04 existiam nas freguesias do concelho de Rio Maior 27
escolas com menos de 20 alunos (das quais 16 não atingem sequer a dezena de alunos). Deste

CEDRU 72
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

facto surgem situações pedagogicamente pouco sustentáveis devido à integração de


crianças/alunos de diferentes anos de escolaridade em apenas um espaço e à dificuldade em
complementar a oferta educativa com outras actividades. Apenas três estabelecimentos
possuíam mais de quatro dezenas de alunos, dos quais dois constituem as sedes dos
Agrupamentos Verticais (EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva e EBI de Marinhas do Sal).

Quadro 41 – Número de Estabelecimentos do 1º Ciclo Segundo a Dimensão (Número de Alunos)


por Agrupamento do Concelho de Rio Maior (2003/04)

Agrupamentos de Escolas 1- 9 10 - 19 20 – 39 40 - 59 60 - 89 Mais de 90 Total

Vertical Fernando C. P. Silva 7 5 2 0 0 1 15

Vertical Marinhas do Sal 6 4 3 0 0 1 14

Horizontal de Alcobertas 3 2 0 1 0 0 6

Total 16 11 5 1 0 2 35
Fonte: Direcção Regional de Educação de Lisboa e Câmara Municipal de Rio Maior.

Os estabelecimentos do 1º ciclo do ensino básico do concelho de Rio Maior apresentam taxas


de ocupação bastante reduzidas, sendo mesmo inferiores a 50% no Agrupamento Horizontal
Fernando Casimiro Pereira da Silva.

Quadro 42 – Taxa de Ocupação do 1º Ciclo do Ensino Básico Público por Agrupamento do


Concelho de Rio Maior (2003-04)
Agrupamentos de Escolas Capacidade das Salas População Escolar Taxa Ocupação (%)

Vertical Fernando C. P. Silva 850 402 47,3

Vertical Marinhas do Sal 675 356 52,7

Horizontal de Alcobertas 175 98 56,0

Total 1.700 856 50,4


Fonte: Direcção Regional de Educação de Lisboa e Câmara Municipal de Rio Maior.

No que diz respeito à frequência de crianças com necessidades educativas especiais constata-
se que o número tem sido relativamente baixo na educação pré-escolar (média de 8,9 crianças
por ano lectivo). Já no 1º ciclo do ensino básico esses valores são bastante mais elevados, uma
vez que tendo em consideração, por exemplo, o ano de 2003/2004 existiam cerca de 90 alunos
com necessidades educativas especiais a frequentar estabelecimentos de ensino no concelho
(das quais quase metade frequentavam o Agrupamento Vertical Fernando Casimiro Pereira da
Silva).

CEDRU 73
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Quadro 43 – Número de Crianças com Necessidades Educativas Especiais na Educação Pré-


Escolar Público e no 1º Ciclo do Ensino Básico nas Freguesias Rurais de Rio Maior
Pré-Escolar 1º Ciclo
Agrupamentos
2001-02 2002-03 2003-04 Média 2001-02 2002-03 2003-04 Média

Horizontal de Alcobertas 6 6 3 5,0 23 26 25 24,7

Vertical Fernando C. P. Silva 2 3 5 3,4 32 41 55 42,7

Vertical Marinhas do Sal 0 0 0 0,0 9 8 9 8,7

Total 8 9 8 8,4 64 75 89 76,0


Fonte: Agrupamentos de Escolas de Rio Maior.

2.1.2. – 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário

O número de alunos inscritos nos 2º e 3º ciclos do ensino básico e no ensino secundário têm
vindo a registar um decréscimo progressivo que, no seu todo, diminuiu cerca de 150 alunos entre
1998/99 e 2003/04 (7,3%).

Dos 3 estabelecimentos que leccionam estes níveis de ensino apenas a EBI Marinhas do Sal
registou um acréscimo no número de alunos naquele período de tempo. Dos restantes
estabelecimentos, realce para a EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva, dado o decréscimo
muito acentuado de alunos registado (aproximadamente 15,5% entre 1998/99 e 2003/04).

No que diz respeito ao 2º ciclo do ensino básico, na cidade de Rio Maior cada um dos
estabelecimentos possui actualmente mais de duas centenas de alunos, tendo-se registado uma
diminuição dos alunos matriculados na EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva em detrimento
do estabelecimento de Marinhas do Sal.

Relativamente ao 3º ciclo do ensino básico o decréscimo do número de alunos foi ainda


ligeiramente mais acentuado no concelho, apesar de se verificar a mesma situação ao nível dos
estabelecimentos – ligeiro aumento na EBI Marinhas do Sal e decréscimo na EBI Fernando
Casimiro Pereira da Silva. Registe-se que também a Escola Secundária, viu o número de alunos
inscritos no 3º ciclo do ensino básico diminuir ligeiramente.

CEDRU 74
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Contudo, a principal transformação ocorrida na escola secundária da cidade de Rio Maior diz
respeito à diminuição do número de alunos no ensino secundário entre 1998/99 e 2003/04 (cerca
de meia centena de alunos). Por conseguinte, em 2003/04, o número de alunos inscritos no
ensino secundário passou a ser de 637.

Quadro 44 – Evolução do Número de Alunos por Estabelecimento nos 2º e 3º Ciclos do Ensino


Básico e do Ensino Secundário Público no Concelho de Rio Maior
Ensino
2º Ciclo 3º Ciclo Total
Secundário N.º Rácio
Estabelecimento
salas alunos/salas
1998/ 2003/ 1998/ 2003/ 1998/ 2003/ 1998/ 2003/ Variação
1999 2004 1999 2004 1999 2004 1999 2004 (%)
EBI Fernando Casimiro
266 218 470 404 0 0 736 622 -15,5 21* 29,6
Pereira da Silva

EBI de Marinhas do Sal 271 279 282 292 0 0 553 571 3,3 15* 38,0

Escola Secundária Dr.


Augusto César da Silva 0 0 94 90 688 637 782 727 -7,0 42 17,3
Ferreira

Total Concelhio 537 497 846 786 688 637 2.071 1.920 -7,3 78 24,6

* Salas exclusivamente afectas ao 2º e 3º ciclo


Fonte: Direcção Regional de Educação de Lisboa.

No ano lectivo de 2003/04, os alunos do ensino secundário distribuíam-se por três Cursos Gerais
(também designados por de Prosseguimento de Estudos), sendo de realçar o Agrupamento
Científico-Natural, pelo maior número de alunos inscritos (cerca de 56% do total), apesar da
diminuição, em termos absolutos, registada nos últimos anos. Se o Curso Geral de Humanidades
tem vindo a perder progressivamente importância, situação inversa regista-se com o Curso
Económico-Social que tem vindo a ganhar progressivamente importância. O número de alunos
inscritos nos cursos tecnológicos tem vindo a diminuir ainda de um modo mais significativo.
Contudo, saliente-se o peso significativo que a procura de cursos tecnológicos tem no total da
procura do ensino secundário na cidade de Rio Maior (29%).

CEDRU 75
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Quadro 45 – Evolução do Número de Alunos por Curso no Ensino Secundário no Concelho de Rio
Maior
Escola Secundária com 3º Ciclo Dr. Augusto César da Silva
Cursos Ferreira
1998-1999 2003-2004 Variação (%)

Cientifíco Natural 270 256 -5,2


Gerais

Económico-Social 61 84 37,7
Humanidades 126 114 -9,5
Sub-Total 457 454 -0,7
Informática 74 41 -44,6
Tecnológicos

Administração 157 142 -9,6

Sub-Total 231 183 -20,8

Total 688 637 -7,4


Fonte: Direcção Regional de Educação de Lisboa.

A análise das taxas de ocupação dos estabelecimentos com 2º e 3º ciclos do ensino básico e
com ensino secundário existentes no concelho de Rio Maior permite também retirar algumas
conclusões relevantes2.

Relativamente aos dois estabelecimentos de tipologia EBI existentes no concelho constata-se


que a taxa de ocupação é globalmente elevada, dado que nestes estabelecimentos quer o
número de alunos, quer o número de turmas existentes ultrapassam largamente os valores
inicialmente programados, o que tem obrigado os estabelecimentos a funcionarem em regime de
desdobramento de turmas com horários base de manhã e de tarde.

No que se refere ao estabelecimento de ensino secundário, retiram-se duas conclusões distintas


mediante a fonte de informação e análise efectuada. Por um lado, de acordo com a informação
veiculada pela DREL, a Escola Dr. Augusto César da Silva Ferreira encontra-se sub-ocupada
uma vez que foi projectada como uma T42 e apenas possui 29 turmas, por outro lado, segundo o
Conselho Executivo está próxima da sua máxima lotação uma vez que apenas possui cerca de
três dezenas de salas de aula, das quais 22 salas de aula normais. Esta discrepância de valores
pode traduzir o facto de muitas das salas estarem ocupadas com outras actividades (centro de
recursos, salas de professores, …) e portanto não serem utilizadas para leccionar.

2 A partir da capacidade de cada estabelecimento definida pela tipologia do projecto aplicou-se o valor de 25 alunos
por turma para se identificar a capacidade da escola em número de alunos. Contudo a existência de alguma
discrepância de valores em termos de capacidade da escola levou a equipa a apresentar a capacidade e a
respectiva taxa de ocupação de acordo com o número de salas totais actuais.
CEDRU 76
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Quadro 46 – Taxa de Ocupação dos Estabelecimentos do 2º, 3º Ciclo do Ensino Básico e Ensino
Secundário no Concelho de Rio Maior (2003-04)
Capacidade Capacidade População Taxa Ocupação Taxa Ocupação
Inicial * Actual ** Escolar Inicial (%) Actual (%)
Estabelecimento
Turmas Alunos• Turmas Alunos• Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos

Escola Básica Integrada


Fernando Casimiro Pereira da 30 750 31 775 38 827 126,7 110,3 122,6 106,7
Silva
Escola Básica Integrada de
24 600 28 700 32 767 133,3 127,8 114,3 109,6
Marinhas do Sal
Escola Secundária Dr. Augusto
42 1050 33 825 29 637 69,0 60,7 87,9 77,2
César da Silva Ferreira
Total 96 2400 92 2300 99 2231 103,1 93,0 107,6 97,0
* Com base na tipologia da escola
** Com base no número de salas actualmente existente na escola
Fonte: Direcção Regional de Educação de Lisboa (tratamento próprio).

No que diz respeito ao número de alunos com necessidades educativas especiais nos 2º e 3º
ciclos do ensino básico constata-se que tem existido um número apreciável de alunos,
nomeadamente no 2º ciclo, o que leva ao funcionamento de diversas turmas com um número
mais reduzido de alunos (geralmente próximo dos vinte alunos).

No ensino secundário, o número de alunos que beneficiam de medidas educativas especiais é


particularmente inferior, o que em parte reflecte a dificuldade que o sistema tem no
acompanhamento educativo de jovens que já estão fora da escolaridade obrigatória.

Quadro 47 – Número de Alunos com Necessidades Educativas Especiais nos 2º e 3º Ciclos do


Ensino Básico e no Ensino Secundário no Concelho de Rio Maior
Ciclo de Ensino 2001-02 2002-03 2003-04 Média

2.º Ciclo do Ensino Básico 51 42 48 31,2

3.º Ciclo do Ensino Básico 32 13 18 11,4

Ensino Secundário 3 3 4 3,3


1 – Este valor corresponde apenas à EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva, uma vez que para a EBI de Marinhas do Sal não
foram disponibilizados os valores.
2 - Este valor corresponde apenas à EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva e à Escola Secundária Dr. Augusto César da Silva
Ferreira, uma vez que para a EBI de Marinhas do Sal não foram disponibilizados os valores.
Fonte: Estabelecimentos de Ensino de Rio Maior.

Um outro dado importante na procura de ensino do concelho de Rio Maior está relacionado com
a taxa de repetência e de abandono que, reconhecidamente, apresenta valores no nosso país
superior à média dos restantes países da União Europeia.

CEDRU 77
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Considerando os últimos três anos lectivos, tendo como referência todos os níveis de ensino
desde o 1º ciclo ao ensino secundário, constata-se que a taxa de repetência é particularmente
elevada no 3º ciclo do ensino básico (18,9%). No ensino secundário, a taxa média de repetência
é de 10,7%, sendo os valores particularmente elevados no 10º ano de escolaridade.

Quadro 48 – Taxas de Repetência no Concelho de Rio Maior (%)


2001-2002 2002-2003 2003-2004 Taxa Média de Repetência
Níveis de
Ensino N.º Médio Taxa Média
N.º de N.º de Taxa de N.º de N.º de Taxa de N.º de N.º de Taxa de N.º Médio
de de
Repetentes Alunos Repetência Repetentes Alunos Repetência Repetentes Alunos Repetência de Alunos
Repetentes Repetência

1.º Ciclo 29 1 841 - 38 1 869 - 30 1 856 - - 855 -

2.º Ciclo 63 530 11,9 66 541 12,2 49 520 9,4 59 530 11,1

3.º Ciclo 159 829 19,2 137 763 10,2 154 786 19,6 150 793 18,9
Ensino
31 636 4,9 51 519 9,8 111 637 17,4 64 597 10,7
Secundário
1 - Este valor corresponde apenas ao Agrupamento Horizontal de Alcobertas e ao Agrupamento de Marinhas do Sal, uma vez que para o
Agrupamento Fernando Casimiro Pereira da Silva não foram disponibilizados os valores.
Fonte: Agrupamentos e Estabelecimentos de Ensino de Rio Maior.

No que diz respeito à taxa de abandono verifica-se que a mesma é bastante mais elevada no
ensino secundário, sendo praticamente residual nos restantes níveis do ensino básico, o que em
grande medida é justificado pelo facto de o ensino obrigatório se prolongar até ao 9º ano de
escolaridade e até à idade de 15 anos. Registe-se que, apesar disso, o número de abandonos
no ensino secundário demonstra uma ligeira quebra nos últimos anos.

Quadro 49 – Taxas de Abandono no Concelho de Rio Maior (%)


2001-2002 2002-2003- 2003-2004 Taxa Média de Abandonos
Níveis de
Ensino Taxa Média
N. de N.º de Taxa de N. de N.º de Taxa de N. de N.º de Taxa de N.º Médio de N.º Médio
de
Abandonos Alunos Abandono Abandonos Alunos Abandono Abandonos Alunos Abandono Abandonos de Alunos
Abandono

1.º Ciclo 01 841 - 01 869 - 01 856 - - 855 -

2.º Ciclo 7 530 1,3 14 541 2,6 12 520 2,3 11 530 2,1

3.º Ciclo 38 829 4,6 21 763 2,8 27 786 3,4 29 793 3,7
Ensino
67 636 10,5 54 519 10,4 52 637 8,2 58 597 9,7
Secundário
1
- Este valor corresponde apenas ao Agrupamento Horizontal de Alcobertas e ao Agrupamento de Marinhas do Sal, uma vez que para o
Agrupamento Fernando Casimiro Pereira da Silva não foram disponibilizados os valores.
Fonte: Agrupamentos e Estabelecimentos de Ensino de Rio Maior.

CEDRU 78
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

2.2 – Ensino Recorrente

A evolução da procura no ensino recorrente no concelho de Rio Maior tem vindo a sofrer
diversas alterações, em consequência das próprias modificações na rede de oferta destes
cursos. Com efeito, a política de concentração desta oferta educativa levou a que a oferta do
ensino recorrente no concelho de Rio Maior se restrinja actualmente a um único estabelecimento
de ensino (Escola Secundária Dr. Augusto César da Silva Ferreira).

Durante os últimos seis anos lectivos registou-se uma diminuição da procura deste sistema de
ensino, consequência da quebra muito acentuada no ensino básico, nomeadamente no 2º ciclo
que deixou de ser leccionado. Já no que diz respeito ao ensino secundário recorrente verificou-
se um forte acréscimo no número de alunos inscritos.

Este sistema de ensino tem vindo a caracterizar-se globalmente por uma considerável taxa de
insucesso e de abandono.

Quadro 50 – Evolução do Número de Alunos no Ensino Recorrente no Concelho de Rio Maior


Ensino
2º Ciclo 3º Ciclo Total
Secundário
Estabelecimento
1998- 2003- 1998- 2003- 1998- 2003- 1998- 2003- Variação
1999 2004 1999 2004 1999 2004 1999 2004 (%)
EBI Fernando Casimiro Pereira
91 0 0 0 - - 91 0 -
da Silva
Escola Secundária Dr. Augusto
0 0 239 140 130 240 369 380 3,0
César da Silva Ferreira
Total 91 0 239 140 130 240 460 380 -17,4
Fonte: Direcção Regional de Educação de Lisboa.

Registe-se ainda a existência, no ano lectivo 2003-2004, de ensino recorrente, de iniciativa da


OLEFA, a decorrer em Fráguas.

CEDRU 79
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

2.3 – Ensino Superior

O ensino superior concentra-se integralmente na cidade de Rio Maior através de um


estabelecimento do Instituto Politécnico de Santarém (IPS) - a Escola Superior de Desporto. Na
Escola Superior de Desporto são leccionados quatro cursos, para um total de aproximadamente
550 alunos.

A Escola Superior de Desporto foi criada pelo decreto-lei n.º 352/97, de 5 de Dezembro, com o
objectivo de formar técnicos superiores com intervenção na área sócio-profissional relacionada
com o sistema desportivo. Nela são ministrados 4 variantes do curso de Desporto:
• Animação Desportiva, Recreação e Lazer (bacharelato/licenciatura);
• Condição Física (bacharelato/licenciatura);
• Psicologia do Desporto e Exercício (licenciatura);
• Treino Desportivo de Alto Rendimento (bacharelato/licenciatura).

O projecto de expansão deste equipamento contempla uma área de 4,5 ha, podendo vir a
“acolher” 900/1.000 alunos. Para além de uma residência para estudantes (2.500 m2 de área e
110 utentes), o projecto prevê a criação de uma cantina (900 m2) e de um edifício com várias
valências/equipamentos, nomeadamente um ginásio de aeróbica, oficina desportiva e 4
laboratórios (condição física, biologia do esforço, psicologia do desporto e técnica de natação
desportiva).

CEDRU 80
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

3. A OFERTA E PROCURA DE ENSINO


PRIVADO/PARTICULAR

CEDRU 81
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

3.1 – Educação Pré-Escolar Particular

A procura da educação pré-escolar particular assume especial relevância no concelho de Rio


Maior, na medida em que o estabelecimento da rede de instituições particulares de solidariedade
social – O “Ninho” – e o estabelecimento particular – Colégio Luís de Camões - que oferecem as
valências creche e jardim de infância estavam a ser frequentado por mais de duas centenas de
crianças durante o ano lectivo 2003/04 (cerca de metade da oferta registada nos
estabelecimentos da rede pública). Isto é, o número de crianças inscritas, ao nível dos Jardins-
de-Infância, em estabelecimentos particulares (191) representa cerca de metade das inscrições
da rede pública (460).

Sendo a capacidade máxima destes 2 estabelecimentos de 191 crianças, conclui-se que a taxa
de ocupação é máxima, encontrando-se, pois, o concelho com algumas carências neste
domínio. Estas insuficiências são particularmente gravosas ao nível na valência Creche.

O “Ninho” disponibiliza às suas crianças a valência ATL. Contudo, o número de crianças que
usufrui de actividades de tempos livres (57) excede largamente a capacidade desejável (42).

Quadro 51 – Número de Crianças na Educação Pré-Escolar Particular no Concelho de Rio Maior


Instituição Capacidade N.º de crianças
Valências
Estabelecimento Máxima (2003/04)
Creche 35 37
O Ninho Jardim-de-infância 116 116
ATL 42 57
Colégio Luís de Camões Jardim-de-infância 75 75
Creche 35 37
Total Jardim-de-infância 191 191
ATL 42 42
Fonte: O Ninho e Colégio Luís de Camões.

Registe-se, igualmente, que o Colégio Luís de Camões disponibiliza o 1º ciclo do ensino básico,
encontrando-se inscritos, no ano lectivo 2003-2004, 65 alunos (apesar da capacidade máxima do
estabelecimento rondar os 100).

CEDRU 82
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

3.2 – Ensino Profissional

O ensino profissional encontra-se representado no concelho através da Escola Profissional de


Rio Maior Lda. (EPRM), criada ao abrigo do Decreto-Lei 26/89 de 21 de Janeiro. Com a
actualização da reforma curricular (Decreto-Lei 74/2004) a escola profissional passou a fazer
parte da rede do ensino secundário. Registe-se que, no caso de Rio Maior, com a gradual
valorização social do ensino profissional e o reconhecimento empresarial e das famílias, os
jovens que estão a concluir o 9º ano têm já como primeira opção o ensino profissional (percursos
alternativos cada vez mais aliciantes). Por exemplo, no ano lectivo 2003-2004, apesar de terem
como numerus clausus 66 vagas, apareceram 120 candidatos (taxa de procura de 250%),
nomeadamente para áreas técnicas. A lotação máxima da escola é de 200 alunos / 9 turmas
(regime diurno).

Esta escola profissional é um estabelecimento privado, tutelado pelo Ministério da Educação,


com autonomia financeira, gestão/administrativa e pedagógica, cujas entidades promotoras e
proprietárias (sociedade por quotas) são a Câmara Municipal de Rio Maior, a Associação de
Produtores Agrícolas da Região de Rio Maior e a Associação Comercial e Industrial de Rio
Maior. Vocacionada para a formação/qualificação de níveis de ensino secundário, com níveis de
qualificação de nível III (12º ano), no ano lectivo 2003-2004, a sua oferta de formação
compreendia 21 cursos, repartidos por 12 áreas de formação: Tecnologias Artísticas;
Comunicação, Imagem e Som; Comércio; Administração; Informática; Mecânica; Electricidade e
Electrónica; Construção Civil; Serviços Sociais; Hotelaria e Restauração; Turismo; Serviços de
Protecção e Segurança.

As formações oferecidas conferem certificações escolares equivalentes ao 9º, 10º, 11º, 12º ano e
qualificações profissionais de nível II e III, embora o objectivo prioritário do EPRM seja a
formação de técnicos intermédios com qualificações de nível III (10º, 11º e 12º Ano) e, segundo
os responsáveis pelo estabelecimento, “com um nível de competências credíveis junto das
entidades empregadoras, assumindo carácter supletivo a preparação para o ingresso no Ensino
Superior.” Os Curso de Nível III (10, 11 e 12º anos) oferecidos são os seguintes:
• Técnico de Comércio;
• Técnico de Mecânica / Desenho Const. Metalomecânica;
• Técnico de Gestão de PME e Cooperativas;

CEDRU 83
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

• Técnico de Construção Civil / M. Orçamentos;


• Técnico de Comunicação / Marketing/ R. P. Publicidade;
• Técnico de Animador Sócio-cultural / Desporto;
• Técnico de Higiene e Segurança T. Ambiente;
• Técnico de Manutenção Electromecânica;
• Técnico de Design Industrial;
• Técnico de Contabilidade;
• Técnico de Turismo Ambiental e Rural;
• Técnico de Gestão;
• Técnico de Instalações Eléctricas;
• Técnico de Hotelaria/Recepção e Atendimento;
• Técnico de Construção Civil / Desenhador;
• Técnico de Serviços Jurídicos;
• Técnico de Sistemas de Informação;
• Técnico de Electrónica Industrial e Automação;
• Técnico Profissional de Biblioteca e Documentação;
• Técnico de Transportes;
• Técnico de Gestão de Sistemas Informáticos;
• Técnico de Mecânica/Manutenção Industrial;
• Técnico de Vendas.

Desde 1994/95 até 2003/2004, concluíram a formação 433 alunos dos quais 76% estão
empregados e 11,5% foram frequentar o Ensino Superior.

Comunidade Educativa no Ano Lectivo 2005-2006


Nº de Alunos 178

Nº de Docentes / Formadores 45

Nº Funcionário e Técnicos Internos 16

Direcção 2

Conselho de Gerência 5

Total 246

Fonte: EPRM

CEDRU 84
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Os principais “concorrentes” da Escola localizam-se em Alcobaça, Caldas da Rainha e Tremês


(Santarém), apesar de estrategicamente as escolas não oferecerem cursos que já existam
noutros locais próximos – definição antecipada da rede pelo Ministério da Educação.

Com a criação do Gabinete de Apoio a Projectos, a EPRM pretendeu alargar a sua acção
pedagógica para outras necessidades locais ao nível da formação e recursos humanos, através
de acções como os cursos auto-financiados em diversas áreas: formação de adultos, cursos de
especialização tecnológica. Esta escola está equipada com um centro de recursos e um centro
de informática.

Como principais áreas/domínios a privilegiar em termos de exploração futura (até porque


nenhuma das escolas da região oferece estas valências), apontam-se: o turismo rural, a gestão
florestal, a silvicultura, a horto-fruticultura, as indústrias alimentares e o turismo cinegético.
Algumas destas áreas ainda não começaram a ser leccionadas, porque só muito recentemente
se alargou os domínios de oferta que poderiam ser ministrados pelas escolas profissionais (p. e.
apenas as escolas profissionais agrícolas podiam anteriormente ministrar cursos de agricultura).

Proposta de Oferta de Formação, para o Ano Lectivo 2006-2007


Cursos de Nível III / 10º-11º-12º Ano Portaria Anterior Portaria Actual

Técnico de Gestão - Curso nº 32 Nº722/90 de 21 de Agosto Nº899/2005 de 26 de Set.

Técnico de Instalações Eléctricas - Curso nº 33 Nº294/97 de 02 de Maio Nº890/2005 de 26 de Set.

Técnico de Construção Civil / Des. Curso nº 34 Nº899/2005 de 26 de Set. Nº888/2005 de 26 de Set.

Total de Vagas 66

A escola adapta-se às necessidades reais do concelho (estratégia de rotatividade da oferta),


promovendo a realização de um inquérito junto do tecido empresarial (cerca de 100 empresas),
de modo a constatar/adaptar quais as formações susceptíveis de êxito no mercado de trabalho
local. O facto de cada curso possuir, para além das 1.100 horas de formação por ano, dois
estágios em contexto real de trabalho, origina que muitos dos alunos acabem por ficar nas
próprias empresas onde estagiam.

CEDRU 85
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

4. ACÇÃO SOCIAL ESCOLAR E


TRANSPORTES

CEDRU 86
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

4.1 – Acção Social Escolar

Nos últimos anos a Câmara Municipal de Rio Maior tem vindo a aumentar consideravelmente o
seu papel na prestação de diversos serviços de acção social, quer na educação pré-escolar quer
no 1º ciclo do ensino básico.

Quadro 52 – Acção Social no Pré-Escolar na Freguesia de Rio Maior (2003/04)


Almoço Prolongamento de Horário
Estabelecimentos de Ensino
N.º Montante N.º Montante
Crianças (euros) Crianças (euros)
Jardim-de-infância Boiças 8 2.268,0 0 -

Jardim-de-infância de Abuxanas - - 0 -

Jardim-de-infância Arco da Memória 9 3.920,0 0 -

Jardim-de-infância de Azinheira 5 2.744,0 0 -

Jardim-de-infância de Fonte da Bica - - 15 9.464,7

Jardim-de-infância de Vale de Óbidos - - 0 -

Jardim-de-infância n.º 1 de Rio Maior 1 55 12.528,6 37 20.902,09

Jardim-de-infância n.º 2 de Rio Maior 1 22 5.211,4 23 8.643,40

Total 99 26.672,0 75 39.010,10


1 – Aos Jardins-de-infância n.º 1 e n.º 2 de Rio Maior acresce 1.782,12 € relativos ao serviços de refeições. Uma vez que não é

possível apresentar as crianças para cada um dos jardins-de-infância, este valor não se encontra incluído nos montantes
apresentados no quadro.
Fonte: Câmara Municipal de Rio Maior e Agrupamentos de Ensino de Rio Maior.

Quadro 53 – Acção Social no Pré-Escolar nas Freguesias Rurais do Concelho de Rio Maior
(2003/04)
Prolongamento de
Almoço
Horário
Agrupamentos
N.º Montante N.º Montante
Crianças (euros) Crianças (euros)
Horizontal de Alcobertas 21 9.350,0 ** **

Vertical Fernando C. P. Silva 116 50.547,4 57 49.373,7

Vertical Marinhas do Sal 25 28.620,6 ** **

Total 162 88.518.0 57 49.373,7


* Informação não disponibilizada.
** Não houve prolongamento no ano lectivo 2003/04
Fonte: Câmara Municipal de Rio Maior.

No que diz respeito à educação pré-escolar tem sido dada particular importância à componente
almoço, nomeadamente através do fornecimento de refeições (num total de cerca de 104 mil
euros, abrangendo 261 crianças) e de prolongamento de horário (para um total de 132 crianças).

CEDRU 87
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

A Câmara Municipal de Rio Maior tem uma despesa total de cerca de 18.400 euros com o
transporte do Pré-escolar e do 1.º ciclo, no circuito urbano, sendo que deste montante 11.205
euros são gastos com os recursos humanos (motoristas).

Relativamente ao 1º ciclo do ensino básico, durante o ano lectivo de 2003/04, não foi ainda
disponibilizada informação relativamente aos alunos que beneficiaram do fornecimento de
almoços. Durante o ano lectivo de 2003/04 foram ainda apoiados 286 alunos do 1º ciclo do
ensino básico em material escolar, num montante a rondar os 8.900 euros. A Câmara Municipal
de Rio Maior subsidia, no âmbito do serviço de refeições, 10 alunos do 1.º ciclo da EB1 de
Asseiceira numa despesa total de 1.746,0 euros (alunos carenciados).

Quadro 54 – Acção Social no 1º Ciclo do Ensino Básico na Freguesia de Rio Maior (2003/04)
Material Escolar
Estabelecimentos de Ensino
Montante
N.º Alunos
(euros)
EB do 1.º Ciclo de Abuxanas - -

EB do 1.º Ciclo de Arco da Memória 6 209,4

EB do 1.º Ciclo de Azinheira 2 73,4

EB do 1.º Ciclo de Boiças - -

EB do 1.º Ciclo de Cidral 1 36,7

EB do 1.º Ciclo de Fonte da Bica - -

EB do 1.º Ciclo de Mata de Baixo 7 235,3

EB do 1.º Ciclo de Pé da Serra 4 114,4

EB do 1.º Ciclo de Rio Maior (Freiria) 2 73,4

EB do 1.º Ciclo de Vale de Óbidos 3 99,3

Total 25 841,9

Fonte: Câmara Municipal de Rio Maior.

Quadro 55 – Acção Social no 1º Ciclo do Ensino Básico nas Freguesias Rurais de Rio Maior
(2003/04)
Material Escolar
Agrupamento
Montante
N.º Alunos
(euros)
Horizontal de Alcobertas 78 1.778,4

Vertical Fernando C. P. Silva 113 3.865,4

Vertical Marinhas do Sal 70 2.438,8

Total 261 8.082,6

Fonte: Câmara Municipal de Rio Maior.

CEDRU 88
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

As competências em matéria de acção social escolar nos 2º e 3º ciclos do ensino básico e no


ensino secundário dizem respeito ao Ministério da Educação. Apesar disso, as duas EBI apoiam
diariamente vários alunos, através de verbas provenientes de receitas próprias, que são
carenciados e que de outra forma apenas tinham direito ao almoço. Assim, é-lhes também
oferecido um lanche ou o pequeno almoço gratuitamente.

CEDRU 89
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

4.2 – Transportes e Movimentos Casa-Escola

A partir da informação disponibilizada pelo último recenseamento da população é possível


analisar com algum detalhe a estrutura dos movimentos pendulares da população estudantil com
15 ou mais anos3 residente no concelho de Rio Maior.

Quadro 56 – Local de Estudo dos Residentes com 15 ou mais anos do Concelho de Rio Maior (%)
Na Noutra Maiores Concelhos receptores de População
freguesia freguesia do Estudante de Rio Maior Outros
Freguesias de Total
onde concelho onde Caldas da Concelhos
Origem reside reside Santarém Lisboa
Rainha
% % % % % Valor
Alcobertas 6,7 81,1 5,6 1,1 1,1 4,4 90
Arrouquelas 0,0 66,7 9,5 4,8 4,8 14,3 21
Arruda dos
Pisões
0,0 81,3 12,5 0,0 6,3 0,0 16
Asseiceira 8,6 85,7 2,9 0,0 0,0 2,9 35
Assentiz 0,0 75,0 25,0 0,0 0,0 0,0 24
Azambujeira 0,0 77,3 13,6 0,0 0,0 9,1 22
Fráguas 0,0 78,4 5,4 2,7 0,0 13,5 37
Malauqeijo 0,0 94,7 5,3 0,0 0,0 0,0 19
Marmeleira 5,6 50,0 22,2 11,1 0,0 11,1 18
Outeiro da
Cortiçada
0,0 73,7 23,7 2,6 0,0 0,0 38
Ribeira de S.
João
13,3 63,3 6,7 6,7 6,7 3,3 30
Rio Maior 78,6 3,5 7,1 2,1 3,8 5,0 579
São João da
Ribeira
8,8 79,4 8,8 0,0 2,9 0,0 34
São Sebastião 0,0 77,8 5,6 0,0 11,1 5,6 18
Total 48,1 33,5 8,4 2,0 3,1 4,9 981
Fonte: INE (Recenseamento da População, 2001).

Começando pela análise do destino da população estudantil conclui-se que a maior parte dos
jovens residentes no concelho (aproximadamente 81,6% do total) estudam num estabelecimento
localizado no concelho. A maioria dos estudantes com 15 ou mais anos de idade que estudam
fora do concelho fazem-no na cidade de Santarém, Lisboa e Caldas da Rainha englobando, pois,
os estudantes do ensino superior e população estudantil do ensino secundário que procura outro
tipo de cursos.

3 Trata-se de uma condicionante metodológica, uma vez que ao abrangerem este escalão etário, estes movimentos
dizem, fundamentalmente, respeito a estudantes do ensino secundário e superior.
CEDRU 90
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

O meio de transporte mais utilizado pelos 981 estudantes residentes no concelho de Rio Maior é
o autocarro. Ainda assim, as deslocações a pé e por automóvel são também bastante
significativas no contexto geral do concelho. De um modo geral constata-se que nas freguesias
rurais o transporte público através do autocarro é largamente predominante. Já na freguesia
urbana predominam as deslocações a pé (dada a proximidade aos locais de estudo).

Quadro 57 – Meios de Transporte Utilizados nos Movimentos Casa/Escola, no Concelho de Rio


Maior (%)
Meios de Transporte Utilizados nos Movimentos Pendulares Casa/Escola, no Concelho de Rio Maior
Freguesias de
Transporte Automóvel Automóvel Motociclo Outro Total
Origem A
Autocarro Comboio Colectivo ligeiro ligeiro ou meio de

(escola) (condutor) (passageiro) Bicicleta Transporte
Alcobertas 4,4 76,7 1,1 0,0 7,8 10,0 0,0 0,0 90
Arrouquelas 0,0 85,7 0,0 0,0 9,5 4,8 0,0 0,0 21
Arruda dos Pisões 0,0 87,5 0,0 0,0 0,0 12,5 0,0 0,0 16
Asseiceira 0,0 48,6 0,0 2,9 5,7 42,9 0,0 0,0 35
Assentiz 0,0 87,5 0,0 0,0 8,3 4,2 0,0 0,0 24
Azambujeira 0,0 77,3 0,0 0,0 13,6 4,5 4,5 0,0 22
Fráguas 0,0 73,0 0,0 5,4 13,5 8,1 0,0 0,0 37
Malauqeijo 0,0 78,9 0,0 0,0 10,5 10,5 0,0 0,0 19
Marmeleira 0,0 88,9 0,0 0,0 5,6 5,6 0,0 0,0 18
Outeiro da
Cortiçada
0,0 68,4 2,6 5,3 5,3 15,8 2,6 0,0 38
Ribeira de S. João 0,0 83,3 0,0 0,0 6,7 10,0 0,0 0,0 30
Rio Maior 45,3 22,8 0,3 0,2 9,2 20,7 1,4 0,2 579
São João da
Ribeira
2,9 76,5 0,0 0,0 8,8 11,8 0,0 0,0 34
São Sebastião 0,0 61,1 0,0 0,0 16,7 22,2 0,0 0,0 18
Total 27,2 44,2 0,4 0,6 8,9 17,5 1,0 0,1 981
Fonte: INE (Recenseamento da População, 2001).

Uma das principais competências dos municípios, passa por assegurar os transportes escolares,
nomeadamente no que concerne à sua organização, funcionamento e financiamento, conforme
estipulado pelo Decreto-Lei 299/84 de 5 de Setembro. Segundo o mesmo, n.º 1 do Art. 2, todos
os alunos que se encontram a frequentar o ensino obrigatório e o ensino secundário, deverão ter
direito ao serviço de transporte entre o seu local de residência e o estabelecimento de ensino
que frequentam (num raio de 3/4 quilómetros do estabelecimento).

A autarquia assegura a gratuitidade do transporte a todos os alunos que se encontrem


abrangidos pela escolaridade obrigatória e comparticipa em 50% os restantes casos (ensino
secundário). Os mesmos valores são assegurados com o transporte de alunos residentes no
concelho mas que diariamente frequentam estabelecimentos de ensino situados noutros

CEDRU 91
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

concelhos da Região, desde que os mesmos não estejam disponíveis na Escola Secundária ou
na Escola Profissional.

Não obstante, nomeadamente ao nível do 1º ciclo, as necessidades de transporte diferem


bastante consoante os alunos residam ou não na sede de concelho. Nos aglomerados “rurais” é
bastante reduzido o número de alunos que utiliza os transportes escolares, na medida em que a
proximidade entre a casa e a escola, possibilita a deslocação a pé ou os encarregados de
educação optam eles mesmos por recorrer ao transporte privado.

Na cidade sede de concelho, a distância que separa os estabelecimentos escolares da área


residencial de muitos alunos, o horário lectivo praticado (geralmente o horário de abertura e
encerramento das Escolas é incompatível com o horário de trabalho dos pais) e a tentativa de
evitar alguns riscos a que os alunos estariam sujeitos nas deslocações a pé, originaram que a
Câmara Municipal coloque à disposição dos alunos carrinhas de transporte, gratuito, para os
alunos residentes na cidade.

Para alunos residentes fora da cidade, que frequentam o 2º, 3º ciclo e ensino secundário, os
serviços de transporte são assegurados pela empresa Rodoviária do Tejo, mediante um
protocolo celebrado com a autarquia e com a aprovação do estabelecimento de ensino a
frequentar por esses alunos.

Neste sentido, a organização da rede de transportes inviabiliza, como não poderia deixar de ser,
o aparecimento de situações de isolamento que impeçam os jovens de frequentar os
estabelecimentos de ensino. Gera oportunidades similares de acesso aos estabelecimentos,
favorecidas pela forte adequação entre os horários escolares e os horários dos transportes. A
reduzida distância-tempo entre o local de residência e de estudo, resultado da dimensão do
concelho e das acessibilidades existentes, favorece igualmente o não abandono do sistema
educativo.

O orçamento municipal de 2004 contempla para despesas de transporte escolar cerca de


290.000 euros.

CEDRU 92
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

5. PROJECÇÕES DA POPULAÇÃO
ESCOLAR

CEDRU 93
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

5.1 – Nota Introdutória

Segundo o DL nº 7 de 2003, nomeadamente no que concerne aos objectivos, a Carta Educativa


visa promover a adequação da rede de estabelecimentos, de modo a que, em cada momento, as
ofertas educativas respondam à procura efectiva que se manifeste em cada um dos níveis de
ensino. Isto é, a melhor utilização dos recursos educativos só poderá ser efectivamente
concretizada se, no início de cada ano lectivo, a oferta conseguir dar uma resposta adequada às
necessidades da procura.

Neste sentido, com base na interpretação da evolução demográfica recente e das tendências de
urbanização regional e local, é possível desenvolver algumas conclusões sobre tendências e
impactes da demografia na evolução da procura educativa concelhia. Aliás, em qualquer
processo de planeamento municipal, a componente demográfica deverá ser claramente
destacada, na medida em que se assume como um dos pilares de sustentação e vertebração do
desenvolvimento territorial, geradora de fluxos espaciais visíveis e de novas necessidades e
conceitos, cujos impactes se reflectem indubitavelmente na organização e modelação do
espaço, nomeadamente no que concerne à programação de equipamentos e infra-estruturas.

Torna-se assim evidente a necessidade de prospectivar os quantitativos populacionais futuros


para se identificarem, atempadamente, algumas carências e problemas que daí advenham,
nomeadamente na programação de equipamentos, para satisfazer os habitantes que
previsivelmente se virão instalar no concelho num futuro próximo e/ou para colmatar/resolver as
necessidades já sentidas pelas populações actualmente. O modelo a adoptar nesta Carta
Educativa destina-se a esse fim, pois consegue estimar a estrutura etária da população, em
momentos posteriores.

Deste modo, serão realizadas projecções demográficas para 2011, utilizando o modelo cohort
survival. Nesta projecção, espacialmente centrada nas diversas freguesias do concelho,
considerou-se a evolução temporal da população, por grupos etários, no período de 1991 - 2001,
para se prospectivar a sua evolução para o horizonte temporal de 2001 - 2011. Sempre que tal
se justifique, nomeadamente na freguesia sede de concelho e noutras freguesias que
previsivelmente venham a alterar consideravelmente o seu modelo de desenvolvimento e
ocupação do território, as projecções demográficas, incluindo o crescimento natural e as taxas

CEDRU 94
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

migratórias, serão desenvolvidas segundo dois cenários prospectivos (tendencial e


expansionista). Com base nestes dados de projecção demográfica, construiremos um cenário
prospectivo de procura educativa por idade e grau de ensino, numa perspectiva de ensino
obrigatório até ao 12º ano, tal como foi recentemente anunciado pelo governo.

5. 2 - Metodologia Adoptada: Modelo Cohort -Survival

O modelo cohort - survival aberto corresponde a um modelo que se baseia na capacidade de


sobrevivência de um grupo de indivíduos que sofre o mesmo tipo de acontecimentos
demográficos, no decorrer de uma determinada unidade temporal.

Existem dois pressupostos de base, no modelo:


1. a existência de um grupo etário e um período de projecção, sendo que este deve
corresponder à amplitude do primeiro;
2. a probabilidade que um grupo etário tem, num dado momento, de sobreviver e passar
a constituir o grupo etário seguinte, num momento posterior. Aqui está subjacente uma
equação de concordância onde a população final é igual à população inicial, a que se
adicionam os nascimentos e as imigrações, e se subtraem os óbitos e as emigrações
(traduz o efeito do crescimento natural e da variação migratória, na evolução da
população, durante um determinado período de tempo).

Construiu-se o modelo, com o objectivo de prospectivar a população residente no concelho, no


ano 2011, a partir da evolução demográfica patenteada durante a década de 90, a vários níveis:
estrutura etária, taxas brutas e específicas de mortalidade e natalidade, e saldo migratório.
O primeiro passo metodológico centrou-se na recolha estatística das variáveis necessárias:
• População residente para todas as freguesias do concelho, por grupo etário, em 1991
e em 2001;
• Nados-vivos por grupos etários das mães (grupos etários decenais férteis: dos 10 aos
59 anos), para todas as freguesias, entre 1991 e 2000;
• Óbitos, por grupo etário, para todos os anos entre 1991 e 2000;
• Óbitos com menos de 1 anos entre 1991 e 2000;
• Taxa de mortalidade infantil média do último quinquénio;

CEDRU 95
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

• Taxa de natalidade e mortalidade para as freguesias, o concelho, a Lezíria do Tejo e o


Continente, em 1991 e 2001;
• Taxa de crescimento migratório para o Continente e Lezíria do Tejo, entre 1990 e
1998.

Com a população residente em 1991, com o saldo fisiológico (crescimento natural) durante este
período e com a população recenseada em 2001, foi encontrado o saldo migratório (à população
recenseada em 2001 subtraiu-se o saldo fisiológico) e a respectiva taxa.

Elaboraram-se, depois, as taxas de natalidade específicas ((nados-vivos por grupo etário /


população residente por grupo etário)*Taxa de sobrevivência infantil) e as taxas de sobrevivência
associadas a cada grupo etário (1-(óbitos por grupo etário/ população residente média do grupo
etário na década)). Para se encontrarem as taxas de sobrevivência a aplicar na década de
projecção, consideraram-se os nados-vivos registados ao longo da década de 90. As taxas de
natalidade específicas que foram consideradas para o período em projecção foram as registadas
em 2001, aplicando-se, depois, a probabilidade de sobrevivência (1- taxa mortalidade infantil).
Esta operação permite quantificar o número de nados-vivos que sobrevivem, sendo importante
pelo facto de neste período da vida a mortalidade ser relativamente elevada.

As taxas de migração utilizadas para a primeira década do século, foram as obtidas na década
anterior, mas aplicadas, logicamente, à população residente em 2001, pois considerou-se que a
tendência se iria manter (partiu-se do pressuposto de que na década posterior - 2001 / 2011 -, o
saldo migratório iria ser o mesmo, sendo por isso aplicado este saldo à população de 2001).

A projecção, num “cenário tendencial”, corresponde à equação de concordância, traduzindo o


efeito do crescimento natural e da variação migratória na evolução da população (a população
final, em cada uma das freguesias, é igual à população inicial, mais os nascimentos e as
imigrações, menos os óbitos e as emigrações ocorridos ao longo da década).

Para projectar a população do primeiro escalão (0 - 9 anos), multiplicaram-se os produtos das


taxas de natalidade específicas, pela população residente no grupo etário respectivo, em 2001.
Os escalões etários seguintes, correspondem ao produto da população residente em 2001, pelas
taxas de sobrevivência e de migração, dos grupos etários anteriores. Para o último escalão, a

CEDRU 96
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

operação tem a mesma lógica, mas entra-se em linha de conta com os grupos etários anterior
(60 - 69 anos) e o último (70 e mais anos) que engloba o resto da população, dado que é um
grupo etário aberto.

Foi, igualmente, construído mais um cenário, expansionista, no caso da freguesia que compõe a
sede de concelho (freguesia urbana) e nas freguesias com alguma dinâmica urbana, tendo em
conta o entrecruzar de factores demográficos e económicos, pois podem obter-se perspectivas
diferentes, do futuro.

Os processos utilizados foram os referidos anteriormente, só que nestes casos foram aplicados
alguns pressupostos de base exteriores ao modelo, assumindo que alguns dos fenómenos
demográficos poderão vir a sofrer comportamentos diferenciados nos próximos anos.

Neste “novo” cenário, assume-se que as taxas de mortalidade, por grupo etário, irão estacionar,
mantendo-se praticamente inalteradas durante a década. Não é expectável que nos próximos
anos, face ao nível que atingimos em termos de cuidados de saúde e assistência médica, bem
como nos índices globais de qualidade de vida, que a esperança média de vida se venha a
alterar significativamente. Tal facto é aliás corroborado pela evolução recente das taxas brutas
de mortalidade no país e no concelho, observando-se uma clara tendência para a estabilização
nos últimos anos (segundo as diversas estatísticas demográficas publicadas pelo INE em 1991,
1995, 2000 e 2001, a taxa de mortalidade em Portugal tem oscilado entre os 10,3%o e os
10,2%o). Contudo, são assumidas diversas alterações nas taxas de natalidade e migratória, dado
que são previsíveis algumas alterações nos comportamentos demográficos, relativamente à
situação da década anterior, em algumas freguesias do concelho.

Assim, no caso da freguesia urbana, sede de concelho, introduziu-se um crescimento na taxa de


natalidade, caminhando-se para valores médios 11,2%0 (apesar das taxas de natalidade e
fecundidade serem já relativamente elevadas nesta freguesia – 10,7%0, num hipotético cenário
de expansão urbana, baseada em casais jovens em idade de procriar, poderão acentuar-se
esses ritmos de crescimento da natalidade – assim admitiu-se que se irão atingir os valores
11,2%0 em 2011) e, por outro lado, que o incremento dos valores do saldo migratório já
expectáveis serão reforçados em 100% (incremento a contabilizar na taxa de crescimento
migratório registada na freguesia, entre 1991 e 2001, em todos os grupos etários decenais), uma

CEDRU 97
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

vez que a freguesia apresentava saldos migratórios relativamente medianos – 10,5%. Os saldos
migratórios foram, igualmente reforçados em algumas freguesias, por um lado por possuírem
valores negativos na década anterior e, por outro lado, por previsivelmente virem a possuir
alguma dinâmica urbana na próxima década que permita inverter a realidade observada
anteriormente, nomeadamente Ribeira de São João (acréscimos de 50%), São Sebastião,
Arruda dos Pisões e Outeiro da Cortiçada (30%), Marmeleira (20%) e Alcobertas, Arrouquela,
Assentiz, Azambujeira, Fráguas e São João da Ribeira (10%). No que respeita às taxas de
natalidade, as mesmas sofreram, igualmente, acréscimos em algumas freguesias: 0,5%0 em Rio
Maior, Alcobertas, Arrouquelas, Assentiz, Azambujeira, Fráguas, Marmeleira, São João da
Ribeira e 1,0%0 em Arruda dos Pisões, Outeiro da Cortiçada e Ribeira de São João.

Esta opção da Equipa por sobrevalorizar a componente migratória nestas freguesias, resulta do
modelo de desenvolvimento preconizado pelo município e que acompanha de perto a hierarquia
urbana proposta. Neste sentido, o eixo preferencial de expansão/consolidação dos perímetros
urbanos centra-se em Malaqueijo/São João da Ribeira/Rio Maior, nomeadamente na cidade
sede de concelho. Segundo um apuramento realizado aos alvarás de loteamento com registo de
entrada na autarquia desde 2001 (último momento censitário), sobressaem precisamente estas
freguesias.

Freguesia Lugar N.º de Lotes N.º de Fogos

Malaqueijo Casalinho 11 11

Marmeleira Carvalhinhos 5 5

Ribeira de São João Ribeira de São João 4 4

Terra do Poço 19 145

Vale de Óbidos 9 9

Fonte Lagoa 29 29

Rio Maior Bastidas 136 132

Vale Falante 66 66

R. D. Afonso Henriques 2 16

Barreiro 42 43

Total Rio Maior 303 440

São João da Ribeira 18 25


São João da Ribeira
Fonte Nova 3 3

Total São João da Ribeira 21 28

Fonte: Câmara Municipal de Rio Maior.


CEDRU 98
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Num cenário estratégico, que acompanhe o modelo de desenvolvimento preconizado pela


autarquia, em que todos os investimentos/projectos propostos sejam concretizados, a estimativa
de um valor populacional para o concelho situar-se-á muito próximo do valor encontrado para o
cenário expansionista. Registe-se, aliás, que com a “abertura” do nó da A15 junto a
Malaqueijo/S. João da Ribeira, a “pressão” imobiliária tenderá a acentuar-se, viabilizando a
criação de uma nova e importante centralidade no concelho.

Assim, mediante o cenário proposto, a população no concelho de Rio Maior em 2011, situar-se-á
entre os 21.829 habitantes e os 23.506 habitantes. Para este crescimento populacional de 3,4%
num cenário tendencial e 11,4%, num cenário expansionista, contribui em grande medida a
freguesia urbana, sede de concelho, com acréscimos que variam entre os 900 habitantes e os
3.300 habitantes, durante a primeira década do século XXI.

Quadro 58 – População Residente, segundo Dois Cenários (Tendencial e Alternativo), em 2011


Projecção demográfica
População residente Variação 2001-2011 (%)
(2011)
Freguesia
Variação
Cenário Cenário
1991 2001 1991- Tendencial Alternativo
Tendencial Alternativo
2001 (%)
Alcobertas 2.091 2.033 -2,8 1.964 1.988 -3,4 -2,2
Arrouquelas 612 608 -0,7 600 612 -1,3 0,6
Arruda dos Pisões 424 425 0,2 428 456 0,6 7,2
Asseiceira 908 878 -3,3 849 849 -3,3 -3,3
Assentiz 432 424 -1,9 413 416 -2,6 -2,0
Azambujeira 539 528 -2,0 509 518 -3,6 -1,9
Fráguas 1.016 945 -7,0 840 871 -11,1 -7,9
Malaqueijo 519 464 -10,6 406 448 -12,5 -3,4
Marmeleira 393 411 4,6 426 457 3,7 11,1
Outeiro da Cortiçada 715 829 15,9 926 974 11,7 17,5
Ribeira de S. João 545 582 6,8 631 641 8,5 10,1
Rio Maior 10.424 11.532 10,6 12.448 13.813 7,9 19,8
S. João da Ribeira 915 887 -3,1 863 914 -2,7 3,0
S. Sebastião 586 564 -3,8 526 551 -6,7 -2,3
Concelho 20.119 21.110 4,9 21.829 23.506 3,4 11,4

CEDRU 99
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

5.3 – População Estudantil Projectada

Após encontrados estes “grandes números” para o concelho e a totalidade das freguesias,
resultantes do somatório dos valores para cada um dos grupos etários decenais analisados, o
próximo passo metodológico centrou-se na tentativa de proceder à repartição da população
estimada para cada um desses grupos, pela idades ano a ano que os compõem, nomeadamente
para os dois primeiros grupos decenais, que no fundo são aqueles que agregam a população
potencialmente a escolarizar em 2011. Assim, a Equipa optou por, em primeiro lugar, verificar
qual o peso relativo que, em 2001, cada ano representava no total do grupo decenal e, em
segundo lugar, aplicar a mesma proporção aos valores estimados para 2011. De tal opção
resulta que, por exemplo, todas as crianças que em 2001 possuíam 1 ano, terão previsivelmente
11 anos em 2011, a manterem-se, como preconiza o modelo, as suas probabilidades de
sobrevivência e migração (cenário tendencial) ou um valor mais elevado se se alterarem alguns
fenómenos demográficos (cenário alternativo/expansionista).

Centrando a análise exclusivamente na população potencialmente a escolarizar, em 2011,


observa-se que, segundo o cenário tendencial, o maior número de alunos concentrar-se-á no 1º
ciclo, com cerca de 812 alunos, maioritariamente na freguesia urbana de Rio Maior.

Quadro 59 – População em Idade Escolar Projectada (Cenário Tendencial)


Pré- 2º Ciclo
1º Ciclo (6- 3º Ciclo (12- Secundário Secundário
Freguesia escolar (3- (10-11
9 anos) 14 anos) (15-17 anos) (18-19 anos)
5 anos) anos)
Alcobertas 67 105 29 82 66 61
Arrouquelas 9 14 5 17 14 15
Arruda dos Pisões 10 9 7 10 10 5
Asseiceira 23 27 21 24 19 18
Assentiz 10 18 10 6 15 6
Azambujeira 9 12 23 20 14 11
Fráguas 35 37 13 25 25 19
Malaqueijo 9 11 9 15 8 13
Marmeleira 12 13 10 21 16 11
Outeiro da Cortiçada 15 26 14 27 30 20
Ribeira de S. João 15 25 16 19 25 16
Rio Maior 362 464 254 336 330 227
S. João da Ribeira 21 34 9 27 23 19
S. Sebastião 13 17 9 16 8 18
Total 610 812 429 645 603 459

CEDRU 100
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Num cenário alternativo/expansionista, a principal alteração prende-se com o facto do


crescimento do número de alunos se centrar maioritariamente nos primeiros níveis de ensino,
nomeadamente no pré-escolar e 1º ciclo.

Quadro 60 – População em Idade Escolar Projectada (Cenário Alternativo - Expansionista)


1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Secundário
Pré-escolar
Freguesia (6-9 (10-11 (12-14 (15-17 (18-19
(3-5 anos)
anos) anos) anos) anos) anos)
Alcobertas 70 110 29 83 66 61
Arrouquelas 10 15 5 17 14 16
Arruda dos Pisões 11 10 8 10 10 6
Asseiceira 23 27 21 24 19 18
Assentiz 10 19 10 6 15 6
Azambujeira 9 13 23 21 14 12
Fráguas 43 46 13 25 25 19
Malaqueijo 14 16 9 15 8 13
Marmeleira 17 18 10 22 17 12
Outeiro da Cortiçada 14 27 31 21 32 22
Ribeira de S. João 17 28 18 21 28 18
Rio Maior 381 489 266 353 347 238
S. João da Ribeira 28 44 9 27 23 19
S. Sebastião 18 24 9 16 8 18
Total 665 886 461 661 626 478

Estabelecendo uma comparação entre a população com idade de potencialmente frequentar


cada um dos níveis de ensino, entre 2001 e os diversos cenários criados para 2011, observa-se
que existem diferenças significativas a registar. Assim, enquanto num cenário tendencial a
população em idade de frequentar cada um dos níveis de ensino diminui (sobretudo no ensino
secundário), no cenário alternativo/expansionista registam-se fortes crescimentos no pré-escolar
e 1º ciclo, ténues reduções no 2º ciclo e no 3º ciclo e decréscimos significativos no ensino
secundário.

Quadro 61 – População Projectada em Idade Escolar


Níveis 2001 2011 (cenário tendencial) 2011 (cenário alternativo)
Pré-escolar 625 610 665
1º 836 812 886
2º 456 429 461
3º 695 645 661
Secundário 794 603 626
Total 3.406 3.099 3.299

CEDRU 101
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

PARTE III –
PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO
NA REDE EDUCATIVA

CEDRU 102
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

1. PRINCÍPIOS ORIENTADORES

CEDRU 103
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

De acordo com o DL nº 7/2003, a carta educativa é, ao nível municipal, o instrumento de


planeamento e ordenamento prospectivo de edifícios e equipamentos educativos a localizar no
concelho, de acordo com as ofertas de educação que seja necessário satisfazer, tendo em vista
a melhor utilização dos recursos educativos, no quadro do desenvolvimento demográfico e sócio-
económico de cada município.

Trata-se de uma nova visão para a programação e planificação da rede de equipamentos


educativos, que procura incorporar as novas metodologias e princípios do planeamento
estratégico ao sector da educação, entendendo-se, assim, a carta educativa numa dupla
vertente. A um tempo, trata-se de um produto, temporalmente concretizado, que procura
consubstanciar a política educativa dos diferentes níveis da administração num dado território (o
município). A outro tempo, a carta educativa deve ser encarada como um processo, em
permanente avaliação e actualização, no quadro das transformações territoriais e sócio-
económicas do território municipal assim como das próprias transformações da política educativa
local e nacional.

Por conseguinte, pretende implementar-se uma metodologia que vá de encontro às recentes


abordagens de território educativo, procurando articular uma vertente de carácter pedagógico e
outra de ordenamento territorial.

Relativamente à vertente pedagógica, tendo em vista favorecer a existência de recursos físicos e


pedagógicos diversificados, através do funcionamento em rede de estabelecimentos (onde será
essencial o conceito de escola nuclear que inclua recursos físicos e humanos especializados) ou
da sua concentração num número reduzido de estabelecimentos. A consolidação de
Agrupamentos de escolas, preferencialmente segundo lógicas verticais, e complementarmente
segundo lógicas horizontais, serão fundamentais para a consubstanciação desta metodologia de
actuação.

No que diz respeito à vertente de ordenamento do território, a Carta Educativa deverá procurar
responder às novas tendências de organização do território, que passam por uma maior
concentração urbana em favor das sedes de concelho e de alguns núcleos populacionais
complementares (geralmente sedes de freguesia). Os territórios educativos deverão ser

CEDRU 104
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

configurados tendo em consideração os limites administrativos das freguesias, mas também de


acordo com os transportes públicos e escolares existentes (ou a criar) e, sobretudo, levando em
consideração o sistema territorial e urbano regional e concelhio.

De acordo com o DAPP (Departamento de Avaliação Prospectiva e Planeamento) do Ministério


da Educação (2000), define-se como território educativo um espaço geográfico em que seja
assegurado o cumprimento da escolaridade obrigatória em funcionamento Vertical e Horizontal
integrado. Neste contexto, as propostas de reconfiguração da rede educativa devem ser
efectuadas de um modo relacional, entendendo os estabelecimentos de ensino como
organizações que fazem parte de redes de equipamentos colectivos que procuram prestar um
serviço de qualidade às populações abrangidas por esses equipamentos.

Ainda de acordo com o DAPP, o território educativo deve promover o desenvolvimento de


estruturas conducentes à integração Vertical e Horizontal dos três ciclos do ensino básico e de
jardins-de-infância, procurando atingir os seguintes objectivos:
• desenvolvimento harmonioso de uma aprendizagem sequencial programada e
acompanhada, que promova o sucesso escolar dos alunos;
• funcionamento articulado dos diversos serviços de apoio sócio-educativo;
• racionalização, rentabilização e melhoria da qualidade dos recursos físicos, através de
um sistema de administração e de gestão integrado;
• facilitação dos contactos e trocas de experiência entre os diversos agentes educativos.

Para a consubstanciação dos princípios atrás referidos importa ter em consideração o conceito
de escola nuclear que congrega recursos materiais e imateriais mais qualificados e
especializados, procurando ser o centro de dinamização e de apoio, quer quanto a instalações
quer quanto à dinamização pedagógica. Em face da organização actual do sistema educativo e
da tipologia de estabelecimentos actualmente existentes, as escolas nucleares são geralmente
EB 2,3, EBI ou EBI/JI; a provável expansão da escolaridade obrigatória até ao 12º ano de
escolaridade irá implicar alguns reajustamentos nestes conceitos.

O DL nº 7/2003 reforça estes princípios orientadores ao referir que a carta educativa deve
promover o desenvolvimento do processo de Agrupamento de escolas, com vista à criação
nestas das condições mais favoráveis ao desenvolvimento de centros de excelência e de

CEDRU 105
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

competências educativas, bem como as condições para a gestão eficiente e eficaz dos recursos
educativos disponíveis.

A Carta Educativa do Município de Rio Maior constitui um instrumento fundamental para


sustentar a política educativa para o município, procurando dar uma visão territorializada
a essas mesmas políticas, favorecendo um ensino de qualidade e pedagogicamente
enriquecedor e, ao mesmo tempo, promovendo a equipamentação do território e, por
conseguinte, a modelação de um sistema territorial e urbano mais equilibrado e eficiente.

Este objectivo estratégico da Carta Educativa pode ser operacionalizado através da prossecução
dos seguintes objectivos:
 potencialização dos meios e recursos disponíveis, procurando sinergias e
complementaridades;
 promoção da integração dos diferentes níveis de ensino, quer numa lógica de integração
de ofertas educativas num só pólo quer numa lógica multipolar;
 reforço das capacidades pedagógicas dos estabelecimentos que integram os diferentes
Agrupamentos;
 criação de novos pólos educativos do ensino básico e da educação pré-escolar,
segundo uma lógica de complementaridade entre freguesias;
 diminuição das situações de isolamento nas freguesias rurais, por forma a promover a
sociabilização e interacção dos agentes educativos, assim como o sucesso educativo
dos alunos;
 organização de um sistema eficiente de transportes, que assegure a deslocação dos
alunos do local de residência para as escolas;
 aumento dos níveis de cobertura da educação pré-escolar pública, como forma de
promover o desenvolvimento global da criança nos seus primeiros anos de vida e de
contribuir para o futuro sucesso da aprendizagem;
 melhoria da oferta da rede de estabelecimentos do 1º ciclo do ensino básico, por forma a
possibilitar o funcionamento de todo os estabelecimentos em regime normal;
 promoção de um maior apetrechamento técnico-pedagógico dos diferentes
estabelecimentos de ensino (centros de recursos, laboratórios, salas de informática,
etc.);

CEDRU 106
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

 criação de espaços desportivos adequados nos diversos estabelecimentos de ensino,


quer cobertos quer descobertos;
 requalificação do parque escolar, por forma a promover uma melhoria das condições de
vivência escolar, entre os quais se destacam as seguintes medidas:
• criação e qualificação de salas polivalentes e de actividades que possam contribuir
para o estímulo das capacidades dos alunos e para o desenvolvimento de diversas
vivências, assegurando o prolongamento do horários nos diversos estabelecimentos;
• criação e qualificação de diversos espaços de apoio, tais como cozinha, sala de
refeições, instalações sanitárias, arrumos, etc;
• melhoria das condições de climatização dos estabelecimentos, dando ênfase nas
novas edificações às condições construtivas de isolamento térmico e acústico e nas
antigas instalações à instalação de soluções adequadas de climatização;
• aumento das áreas de recreio coberto, por forma a proporcionar à comunidade
escolar as condições necessárias em termos de conforto;
• arranjo dos espaços exteriores, designadamente através do seu tratamento
paisagístico (criação de mais espaços verdes) e da colocação de pavimento adequado.

CEDRU 107
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

2. QUADRO LEGISLATIVO

CEDRU 108
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

A legislação que enquadra a Carta Educativa é constituída por documentos legais de vários
tipos, que reflectem as transformações sofridas nas últimas décadas no sistema educativo. Este
tem procurado adequar-se e aproximar-se das tendências organizacionais que têm atravessado
os sistemas educativos europeus nos anos mais recentes, nomeadamente aqueles com os
quais tem maiores afinidades culturais.

Dada a própria natureza do sistema educativo português influenciado por um conjunto de


reformas significativas após a década de 70, estas transformações nem sempre foram rápidas,
por vezes têm evoluído de forma contraditória entre si, e nem sempre respondendo eficazmente
aos seus principais objectivos. Acresce ainda o facto da legislação com implicações ao nível do
sistema educativo ser frequentemente resultante do cruzamento de competências executivas e
legislativas de diversas origens, que implicam consensos nem sempre concretizáveis de forma
rápida e eficaz.

Uma das mudanças mais significativas tem sido o crescente protagonismo das autarquias
locais enquanto parceiros e responsáveis por vários níveis do sistema educativo. Tem-se
registado um significativo aumento das competências dos órgãos municipais, nomeadamente
na definição das políticas educativas do concelho, na organização e gestão do ensino pré-
escolar e básico ao nível concelhio e intermunicipal, na gestão de pessoal, nos transportes e
apoio social escolar e também nas próprias tarefas de organização e ordenamento dos
territórios educativos.

O Decreto-Lei nº 7/2003 visa responder a esta nova situação, transferindo efectivamente


competências relativamente aos conselhos municipais de educação, um órgão essencial de
institucionalização da intervenção das comunidades educativas ao nível do concelho, e
relativamente à elaboração da carta educativa, um instrumento fundamental de ordenamento da
rede de ofertas de educação e de ensino. Em termos complementares, o presente diploma
regulamenta competências na área da realização de investimentos por parte dos municípios,
nos domínios da construção, apetrechamento e manutenção dos estabelecimentos da
educação pré-escolar e do ensino básico, referindo-se, ainda, à gestão do pessoal não docente
dos estabelecimentos de educação e ensino.

CEDRU 109
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Relativamente ao Conselho Municipal de Educação, que em certa medida substitui os


anteriores Conselhos Locais de Educação define fundamentalmente os seus objectivos, a sua
composição e regras de funcionamento. Herdou ainda anteriores competências do Conselho
Consultivo de Acção Social Escolar e do Conselho Consultivo dos Transportes Escolares.

No que respeita à Carta Educativa, o diploma legal define-a “como o instrumento, ao nível
municipal de planeamento e ordenamento prospectivo de edifícios e equipamentos educativos a
localizar no concelho, de acordo com as ofertas de educação e formação que seja necessário
satisfazer, tendo em vista a melhor utilização dos recursos educativos, no quadro do
desenvolvimento demográfico e sócio-económico de cada município”.

Em termos globais, a realização das Cartas Educativas em geral, e esta em particular, deve ter
como elemento fundamental e enquadrador a actual Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei n.º
46/86, de 14 de Outubro, com alterações introduzidas pela Lei n.º 115/97, de 19 de Setembro),
nomeadamente naqueles princípios gerais que possam ter implicações no conteúdo da carta
educativa. Simultaneamente, porque a mesma se encontra em fase de revisão e substituição
por lei da mesma natureza (Lei de Bases da Educação, apresentada pelo governo e aprovada
pelo Parlamento, mas vetada pela Presidência da República) deveremos ter como pano de
fundo, pelo menos, os aspectos consensuais desta lei e das propostas apresentadas pelas
outras forças políticas na Assembleia da República.

A actual Lei de Bases define como objectivo a escolaridade básica e obrigatória de 9 anos,
(mas que é expectável que na próxima lei seja consensualmente elevada para os 12 anos);
organiza a escolaridade básica em três ciclos (1º ciclo de quatro anos, 2º ciclo de dois anos e 3º
ciclo de três anos). Acresce ainda a educação pré-escolar (dos 3 anos aos 5 anos de idade) e o
nível secundário (do 10º ano de escolaridade ao 12º ano de escolaridade). Aquela nova
organização educativa, aliada à progressiva generalização da frequência da educação pré-
escolar a todas as crianças teve implicações no planeamento da rede escolar, nas últimas duas
décadas.

Foram assim criadas as condições para o aperfeiçoamento progressivo de um conjunto de


tipologias de escolas relacionadas com essa estruturação do sistema educativo, baseado em
critérios que indicam que ao ensino básico e ao ensino secundário devem corresponder edifícios

CEDRU 110
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

diferentes. Indiciam ainda orientações de que os estabelecimentos do ensino básico podem


agregar mais de um ciclo e incluir jardins-de-infância, favorecendo a flexibilidade dos
estabelecimentos de educação e ensino, em conformidade com a evolução da procura escolar.
Dá ainda resposta à procura de generalização progressiva do acesso à educação pré-escolar e
ao alargamento da frequência do ensino secundário e do acesso ao ensino superior.

Tipo de Níveis, ciclos e modalidades de


Designação
Estabelecimento educação e ensino
Jardim-de-infância Educação pré-escolar Jardim-de-infância (JI)
1º ciclo do ensino básico com Escola básica do 1º ciclo com jardim-de-
educação pré-escolar infância (EB1/JI)

1º ciclo do ensino básico Escola básica do 1º ciclo (EB1)

2º e 3º ciclos do ensino básico Escola básica do 2º e 3º ciclos (EB2,3)


Escola Básica
1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico Escola básica integrada (EBI)

1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico com Escola básica integrada com jardim-de-infância
educação pré escolar (EBI/JI)

2º e 3º ciclos do ensino básico com Escola básica do 2º e 3º ciclos com ensino


ensino secundário secundário (EB2,3/S)
Ensino secundário pluricurricular
Escola secundária (ES)

Ensino secundário com 3º ciclo do


Escola secundária com 3º ciclo do ensino
ensino básico
básico (ES/3)

Escola Secundária Ensino secundário técnico e


Escola secundária tecnológica (ES/T)
tecnológico

Escola secundária artística (ES/A)


Ensino secundário artístico

Escola profissional (EP)


Ensino profissional

Outra consequência foi a progressiva territorialização das políticas educativas, que reconhece
quer a escola como um local central de gestão quer a comunidade local como um parceiro
essencial na tomada de decisões de política educativa e a gestão da educação, questão da
sociedade que envolve, além do Estado, todos os parceiros sociais, permitindo e incentivando,
entre outros aspectos: a descentralização de competências e valorização da inovação ao nível
local e da ligação da educação e da formação aos seus territórios geográficos e sociais. Neste
contexto se insere a progressiva organização dos territórios educativos em Agrupamentos
Horizontais e Verticais de escolas que têm em vista que quem frequenta o ensino público possa
iniciar e completar a escolaridade básica num mesmo Agrupamento de escolas e

CEDRU 111
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

simultaneamente criar condições de gestão mais racional e eficaz dos estabelecimentos e dos
recursos de ensino.

A nova Lei de Bases da Educação, entretanto reenviada para o Parlamento pela Presidência da
República, procura entre outros objectivos: a promoção da integração progressiva dos serviços
de creche com a educação pré-escolar, convergindo para a ideia de uma educação infantil; a
definição da educação escolar de nível básico, secundário e superior, em função das suas
competências e objectivos, visando a criação de uma identidade própria de cada um desses
níveis, destacando o primado da sequencialidade e coerência dos trajectos escolares, através do
princípio e aprofundamento da Verticalização dos projectos educativos e da gestão profissional
das escolas e o prolongamento e ampliação do modelo de escolaridade obrigatória para 12
anos.

Dos aspectos acima referidos, o alargamento da escolaridade obrigatória, a separação entre


Ensino Básico e Ensino Secundário com a integração do actual 3º ciclo do Ensino Básico em
ciclo inicial do Ensino Secundário, criando dois ciclos de escolaridade com a duração de seis
anos cada e o alargamento do princípio da Verticalização parecem ser aqueles que maior
impacte poderão ter no processo de construção da Carta Educativa. No caso do alargamento da
escolaridade pelo previsível aumento da procura e pelas consequências ao nível do apoio social
e transportes escolares, dada a garantia tendencial de gratuitidade da escolaridade obrigatória.

No segundo caso, porque a separação entre Ensino Básico e Ensino Secundário, com início no
actual 7º ano de escolaridade, trará consequências sobre as actuais tipologias de escolas
dominantes na região da Lezíria, onde as denominadas EB2,3 têm uma presença preponderante
na oferta da maioria dos concelhos. Aquela medida não é aliás consensual entre as diversas
propostas políticas, pelo que deverá ser avaliada e consensualizada entre Autarquias, Ministério
da Educação e Conselho Municipal de Educação. Esta base de estruturação do sistema
educativo deve ser tida em conta nas propostas de ordenamento educativo municipal, pois o
projecto de protocolo entre a ANMP e o Ministério da Educação parece aceitar, no seu
preâmbulo, esse modelo de dois ciclos de seis anos e as inerentes consequências ao nível do
futuro ordenamento da rede escolar.

CEDRU 112
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

A Verticalização dos agrupamentos escolares parece ser um facto consumado, dado que os
Agrupamentos de carácter Horizontal e os organismos autónomos de gestão são já uma minoria
no conjunto dos municípios da Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo. Com o alargamento da
escolaridade obrigatória será eventualmente possível a integração progressiva das actuais
escolas secundárias em Agrupamentos Verticais.

Outro elemento relevante para a Carta Educativa é o programa PER-EB1 iniciado no anterior
governo, que visa o reordenamento das Escolas do 1º ciclo, e que prevê a curto prazo o
encerramento de todas as escolas do país com menos de cinco alunos e das que têm menos de
dez até 2007, com a consequente criação de centro escolares de maior dimensão.

Para além das propostas legislativas referidas e que constituem os alicerces para se poder
construir eficazmente uma Carta Educativa de qualidade, procurou-se ainda realizar uma
pesquisa e sistematização da legislação existente de modo a que aquela reflectisse de forma
coerente as propostas legislativas emanadas das diversas proveniências com competência de
actuação neste sistema. A legislação consultada pode ser sistematizada numa organização em
diversos conjuntos, que contudo não são estanques e na maior parte dos casos estão
interrelacionados entre si.

Legislação Genérica:
• Decreto-Lei 299/84 de 5 de Setembro de 1984 – Organização dos Transportes
Escolares;
• Lei 46/86 de 14 de Outubro de 1986 - Lei de Bases do Sistema Educativo; com
alterações introduzidas pela Lei n.º 115/97, de 19 de Setembro;
• Despacho Conjunto 28/SERE/88 -Planificação da Rede Escolar;
• Despacho n.º 33/ME/91, de 26 de Março de 1991, aprova a tipologia dos
estabelecimentos educativos que vigorou até ao início do ano lectivo de 1997/98;
• Decreto-Lei 314/97 de 15 de Novembro de 1997 - Denominação dos Estabelecimentos
do Ensino não Superior;
• Despacho Normativo 27/97 de 2 de Junho de 1997 - Participação das Escolas no
Reordenamento da Rede;

CEDRU 113
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

• Decreto-Lei 115-A/98 de 4 de Maio – Aprova o regime de autonomia, administração e


gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico
e secundário;
• Decreto Regulamentar 12/2000 de 29 de Agosto de 2000 - Constituição dos
Agrupamentos de Escolas;
• Decreto-Lei 7/2003 de 15 de Janeiro de 2003 - Regulamenta os conselhos municipais
de educação e aprova o processo de elaboração de carta educativa, transferindo
competências para as autarquias locais;
• Lei n.º 41/2003 de 22 de Agosto - Primeira alteração ao Decreto-Lei 7/2003 que
regulamenta os conselhos municipais de educação e elaboração de cartas educativas;
• Propostas de revisão da Lei de Bases do Sistema Educativo apresentadas na
Assembleia da República (Governo de Coligação PSD/PP - 47/Prop/2003 de
2003.05.26; Proposta de Revisão do PS- Projecto de lei nº /IX; Proposta de Revisão
do PCP- Projecto de Lei Nº 320/IX ; Proposta de Revisão do P.E.V. - PROJECTO DE
LEI N.º /IX - Altera a Lei de Bases do Sistema Educativo; Proposta de Revisão do BE
- Lei de Bases do Sistema Educativo;
• Protocolo Secretaria de Estado da Administração Educativa/ Secretaria de Estado da
Administração Local e Associação Nacional dos Municípios Portugueses relativo à
articulação entre Administração Central e municípios no que diz respeito às cartas
educativas;
• Portaria n.º 951-A/03 de 08-09-2003 - Ministério das Finanças e Ministério da
Educação - Estabelece o ajustamento anual da rede escolar para 2003-2004;
• O Programa Especial de Reordenamento da Rede de Escolas do 1º Ciclo do Ensino
Básico (PER.EB1), de Novembro de 2002, que visa encerrar as escolas do 1º ciclo
com menos de 11 alunos e melhorar a qualidade dos estabelecimentos que receberão
estes estudantes.

Competências das autarquias na Educação e no Ordenamento:


• Lei 42/98 de 6 de Agosto - Lei das Finanças Locais;
• Lei 159/99 de 14 de Setembro - Atribuições e Competências das Autarquias Locais;
• Decreto-Lei 380/99 de 22 de Setembro (DR 222 Série I A) - Regime Jurídico dos
Instrumentos de Gestão Territorial.

CEDRU 114
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Legislação sobre a Educação Pré-Escolar


• Lei 5/97 de 10 de Fevereiro de 1997- DR 34/97 - SÉRIE I A Emitida Por Assembleia
da República - Lei Quadro da Educação Pré-Escolar;

• Decreto-Lei 147/97 de 11 de Junho - Estabelece o ordenamento jurídico do


desenvolvimento e expansão da rede nacional de educação pré-escolar e define
Sistema Organizativo e Regime Jurídico do Pré-Escolar;
• Despacho Conjunto 258/97 de 21 de Agosto - Equipamento Didáctico e Instalações do
Pré-Escolar;
• Despacho Conjunto 268/97 de 25 de Agosto -Requisitos Técnico-Pedagógicos do Pré-
Escolar;
• Decreto-Lei 291-97 de 4 de Setembro -Financiamento do Educação Pré-Escolar;
• Decreto-Lei 89-A/98 de 7 de Abril -Financiamento da Educação Pré-Escolar.

Legislação sobre o Ensino Básico e Secundário


• Decreto-Lei n.º 319/91 de 23 de Agosto - Integração dos alunos portadores de
deficiência nos estabelecimentos de ensino nos níveis básico e secundário);
• Despacho Conjunto n.º 15/SEAF/SEEI/97 de 18 de Abril - define regras para a
extinção dos postos de ensino básico mediatizado;
• Decreto-Lei 6/2001 de 18 de Janeiro - consubstancia a reorganização curricular do
ensino básico, nomeadamente no que diz respeito aos princípios, objectivos, estrutura
curricular e avaliação das aprendizagens no ensino básico;
• Despacho Conjunto 548-A/2001 de 20 de Junho - Fixa normas de Matrículas nos
Ensinos Básico e Secundário e veio revogar o despacho conjunto nº
112/SERE/SEEBS/93, de 17 de Junho, e o despacho nº 22/SEED/95, de 24 de Julho;
• Decreto-Lei 74/2004 de 26 de Março que consubstancia a revisão curricular do ensino
secundário (princípios da organização/gestão do currículo e avaliação das
aprendizagens);
• Portarias nº 550 (A, B, C e D) de 21 de Maio de 2004 que complementam o DL
74/2004, no que se refere ao funcionamento dos cursos gerais, artísticos, profissionais
e tecnológicos do ensino secundário;
• Despacho nº 13765/2004 de 13 de Julho que introduz algumas alterações ao
despacho conjunto nº373/2002 de 27 de Março, publicado no Diário da República, 2ª

CEDRU 115
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

série, n.º 95, de 23 de Abril de 2002, referente a orientações no que respeita a


matrículas, distribuição de alunos e constituição de turmas.

Legislação sobre o Ensino Profissional


• Decreto-Lei 70/93 de 10 de Março - Regime de criação, organização e funcionamento
das escolas profissionais, no âmbito do ensino não superior;
• Decreto-Lei 4/98 de 8 de Janeiro de 1998 - Estabelece o regime jurídico das escolas
profissionais;
• Despacho Normativo 27/99 de 25 de Maio de1999, Ministério da Educação -
Determina condições em que as escolas profissionais devem desenvolver as suas
actividades;
• Portarias nº 550 / C de 21 de Maio de 2004 que complementam o DL 74/2004, no que
se refere ao funcionamento dos cursos profissionais.

Legislação sobre o Ensino Particular e Cooperativo


• Decreto-Lei n.º 108/88 de 31 de Março - regulamenta o ensino particular e cooperativo
e sua integração na rede escolar.

CEDRU 116
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

3. RECONFIGURAÇÃO E
REORGANIZAÇÃO DA REDE EDUCATIVA

CEDRU 117
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

3.1 – Educação Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico

Adoptou-se nesta Carta Educativa por criar dois cenários, que não sendo alternativos, poderão
vir a ser complementares e articuláveis em função da evolução do número de alunos, da
concentração dos investimentos e prioridades estratégicas a definir pela autarquia.

3.1.1 CENÁRIO A

Agrupamento Vertical Marinhas do Sal

A filosofia de base subjacente à construção deste cenário, prende-se com a racionalização do


parque escolar das 4 freguesias, partindo do pressuposto que, apesar de poderem possuir
poucos alunos a frequentar os estabelecimentos, todas as sedes de freguesia deverão manter
em funcionamento, quando já o possuam, pelo menos um estabelecimento por ciclo de ensino.
Por outro lado, no caso da freguesia de Rio Maior, apesar do número de estabelecimentos
existentes com um número reduzido de alunos, dado os recentes investimentos autárquicos e a
qualidade dos equipamentos e serviços prestados em algumas escolas, será de manter alguns
destes estabelecimentos.

Não obstante, estamos perante duas realidades bem diferentes: por um lado, a freguesia de Rio
Maior e, por outro lado, as freguesias de Asseiceira, Arruda dos Pisões e Outeiro da Cortiçada.

Da concretização deste cenário resultará o encerramento de quatro estabelecimentos do 1º ciclo


do ensino básico: Abuxanas (a que se associa o encerramento do JI), Cidral, Mata de Baixo e
Correias. No caso de Abuxanas, tal opção levará à deslocação dessas crianças para os
estabelecimentos de Vale de Óbidos. Contudo, este estabelecimento deverá ser alvo de novos
investimento: o JI terá de ser ampliado, construindo-se mais uma sala e a EB1, por possuir um
espaço muito reduzido de recreio, junto a uma via de comunicação, deverá merecer um estudo
mais aprofundado, de modo a rever todo esse espaço (o “novo” espaço deverá permitir acolher
um refeitório, uma sala polivalente e um centro de recursos).

No que diz respeito a Mata de Baixo, as crianças passarão a frequentar os estabelecimentos de


Fonte da Bica, onde deverá ser criado um núcleo escolar. Este núcleo deverá integrar a
CEDRU 118
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

educação pré-escolar (com uma sala) e o 1º ciclo do ensino básico (2 salas). Numa lógica de
qualificação da oferta considera-se importante que este estabelecimento possua refeitório, centro
de recursos e salas polivalentes (permitindo também aqui o desenvolvimento de Actividades de
Ocupação dos Tempos Livres).

Registe-se os casos das EB1 de Pé da Serra e Freiria, que apesar de possuírem um reduzido
número de alunos, possuem edifício recentes, com boas condições (investimentos autárquicos
nos últimos anos), pelo que deverão continuar a leccionar.

Relativamente às outras duas freguesias do Agrupamento: Arruda dos Pisões e Outeiro da


Cortiçada, observam-se dois tipos de situações. No caso de Arruda dos Pisões o
estabelecimento existente (EB1), apesar do número reduzido de alunos deverá permanecer
aberto, assumido o pressuposto que todas as sedes de freguesia deverão possuir pelo menos
um estabelecimento, ao passo que no caso de Outeiro da Cortiçada a proposta aponta para o
encerramento dos estabelecimentos de Correias e a construção de raiz no perímetro da EB1, de
uma sala para JI e uma sala para o 1º ciclo.

CEDRU 119
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Quadro 62 – Matriz-Síntese de Propostas para o Agrupamento Vertical de Marinhas do Sal -


Cenário A

Escola – Sede : EB Integrada de Marinhas do Sal


População a
Equipamentos Existentes
Escolarizar Proposta de Reordenamento Intervenções / Observações
(Popul. Escolar – 2003/04)
(2010/11)

- J.I. Asseiceira (20 – 1S) - JI Asseiceira (2 sala) - Ampliação - deverá conter 2 salas para
JI
- J.I. de Correias (7 – 1S) - A Encerrar
- J.I. Outeiro da Cortiçada (20 – 1S) - J.I. Outeiro da Cortiçada (1 S) - A ampliação da EB1 deverá conter 1 sala
para JI (funcionamento integrado)
Educação - J.I. Abuxanas (6 – 1S) - A Encerrar
Pré-Escolar: - J.I. Arco da Memória (13 – 1S) - J.I. Arco da Memória (1 sala)
342/365 - J.I. Azinheira (17 – 1S) - J.I. Azinheira (1 sala)
- J.I. Fonte da Bica (20 – 1S) - J.I. Fonte da Bica (2 salas) - Ampliação - deverá conter 2 salas para
JI
- J.I. Vale de Óbidos (19 – 1S) - J.I. Vale de Óbidos (2 salas) - Ampliação - deverá conter 2 salas para
JI
- J.I. Rio Maior (110 – 6S) - J.I. Rio Maior (6 salas) - Requalificação/Nova Construção
Sub-Total 132 (14 Salas) 17 Salas + 3 Salas Novas e encerramento de 2
- EBI Marinhas do Sal (196 - 9T) - EBI Marinhas do Sal (6/8
turmas)
- EB1 Arco da Memória (22 – 2 T) - EB1 Arco da Memória (1 turma)
- EB1 Cidral (7 – 1T) - A Encerrar
- EB1 Fonte da Bica (4 – 1T) - EB1 Fonte da Bica (1 turma)
- EB1 Mata de Baixo (8 – 1T) - A Encerrar
- EB1 Pé da Serra (10 – 1T) - EB1 Pé da Serra (1 turma)
- EB1 Rio Maior (Freiria) (5 – 1T) - EB1 Rio Maior (Freiria) (1
1º Ciclo
turma)
E.Básico:
- EB1 Vale de Óbidos (23 – 2T) - EB1 Vale de Óbidos (2 turmas) - Requalificação do espaço
- EB1 Abuxanas (5 – 1T) - A Encerrar
340/398
- EB1 Azinheira (13 – 1T) - EB1 Azinheira (1 turma)
- EB1 Correias (8 – 1T) - A Encerrar
- EB1 Outeiro da Cortiçada (15 – - EB1 Outeiro da Cortiçada (2 - Ampliação do edifício (mais 1 sala para
1T) turmas) 1º ciclo)
- EB1 Arruda dos Pisões (10 – 1T) - EB1 Arruda dos Pisões (1
turma)
- EB1 Asseiceira (30 – 2T) - EB1 Asseiceira (2 turmas)
Sub-Total 356 (25 Turmas) 28/30 Turmas + 1 Sala Nova e encerramento de 4
TOTAL 488 (39 Turmas) 45/47 Salas / Turmas + 4 Salas Novas

CEDRU 120
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Agrupamento Vertical Fernando Casimiro Pereira da Silva

As projecções demográficas elaboradas para estas freguesias não contemplam grandes


oscilações para a próxima década, pelo que as propostas a equacionar resultam sobretudo da
necessidade de racionalizar a oferta em algumas freguesias e qualificar os recursos físicos já
existentes, nomeadamente através da contemplação da construção de espaços polivalentes
(assegurando o prolongamento de horário no ensino pré-escolar e o desenvolvimento de
actividades de complemento curricular no 1º ciclo do ensino básico) e de um melhor
apetrechamento, quer em termos de infra-estruturas quer em termos técnico-pedagógicos.

Deste modo, dado o número reduzido de alunos existentes em alguns estabelecimentos e a


disponibilidade para concentrar os investimentos num único estabelecimento por freguesia,
origina o encerramento dos estabelecimentos existentes fora dos aglomerados sedes de
freguesia, como são o caso das EB1 de Carvalhais e Póvoas, na freguesia de Fráguas, Alfouvés
na freguesia de Azambujeira, Vale do Barco, em São João da Ribeira.

A proposta de encerramento dos estabelecimentos de Carvalhais e Póvoas, na freguesia de


Fráguas, implica que seja remodelada/ampliada a EB 1 de Fráguas que irá acolher os alunos
provenientes dessas localidades.

A abertura do nó da A15 na parte sul do concelho promotora de uma nova centralidade concelhia
neste território, originam desde logo que ao mesmo seja concedida uma atenção especial. No
caso de Assentiz, propõe-se a criação de um núcleo escolar, com ampliação e requalificação do
perímetro escolar actualmente existente. Por seu turno, em S. João Ribeira, é espectável que se
procedam a algumas melhorias no edifício existente, melhorando os recursos físicos colocados à
disposição dos alunos, professores e restantes funcionários.

CEDRU 121
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Quadro 63 – Matriz-Síntese de Propostas para o Agrupamento Vertical Fernando Casimiro Pereira


da Silva - Cenário A

Escola – Sede : EB Integrada Fernando Casimiro Pereira da Silva


População a
Equipamentos Existentes
Escolarizar Proposta de Reordenamento Intervenções / Observações
(Popul. Escolar – 2003/04)
(2010/11)

- J.I. Rio Maior nº2 (25 – 1S) - J.I. Rio Maior nº2 (3 salas) - Ampliação do edifício (mais 2 salas para
JI)
- J.I. Boiças (10 – 1S) - A Encerrar
- J.I. Arrouquelas (11 – 1S) - J.I. Arrouquelas (1 sala)
- J.I. Assentiz (12 – 1S) - J.I. Assentiz (1 sala) - Ampliação/requalificação do edifício
- J.I. Azambujeira (17 – 1S) - J.I. Azambujeira (1 sala)
Educação - J.I. Fráguas (15 – 1S) - J.I. Fráguas (2 salas) - Ampliação do edifício (mais 1 sala para
Pré-Escolar: JI)
211 / 238 - J.I. Malaqueijo (16 – 1S) - J.I. Malaqueijo (1 sala) - Requalificação do edifício
- J.I. Marmeleira (16 – 1S) - J.I. Marmeleira (1 sala)
- J.I. Ribeira de São João (19 – 1S) - J.I. Ribeira de São João (1
- sala)
J.I. São João da Ribeira (17 – 1S) - J.I. São João da Ribeira (1
sala)
- J.I. São Sebastião (19 – 1S) - J.I. São Sebastião (1 sala)
Sub-Total 177 (11 Salas) 13 Salas + 3 Salas Novas e encerramento de 1
- EB1 Alfouvés (7 – 1S) - A Encerrar
- EB1 Azambujeira (7 – 1S) - EB1 Azambujeira (1 T)
- EB1 Arrouquelas (9 – 1S) - EB1 Arrouquelas (1 T)
- EB1 Assentiz (19 – 1S) - EB1 Assentiz (2 T) - Ampliação/requalificação do edifício
- EB1 Boiças (4 – 1S) - A Encerrar
- EBI Fernando Casimiro (205 – 9S) - EBI Fernando Casimiro (6/8 T)
- EB1 S. Sebastião (17 – 1S) - EB1 S. Sebastião (1 T)
1º Ciclo - EB1 Malaqueijo (15 – 1S) - EB1 Malaqueijo (1 T)
E.Básico: - EB1 Marmeleira (17 – 1S) - EB1 Marmeleira (1 T)
- EB1 São João da Ribeira (25 - 2S) - EB1 São João da Ribeira (2 T) - Requalificação do edifício
412 / 435 - EB1 nº2 de Ribeira de São João
(6 – 1S) - A Encerrar
- EB1 nº1 de Fráguas (34 – 2S) - EB1 nº1 de Fráguas (3 T)
- EB1 nº2 de Fráguas (9 – 1S) - A Encerrar
- EB1 Carvalhais (9 – 1S) - A Encerrar
- EB1 nº1 de Ribeira de São João - EB1 nº1 de Ribeira de São
(19 – 2S) João (2 T)
Sub-Total 402 (26 Turmas) 19/21 Turmas Encerramento de 5 salas
TOTAL 579 (37 Turmas) 32/34 Salas / Turmas + 3 Salas Novas e encerramento de 6

Agrupamento Horizontal de Alcobertas

Este Agrupamento, horizontal, integra apenas os estabelecimentos localizados na freguesia de


Alcobertas, encontrando-se sedeado na EB1 Nº1 de Alcobertas.

CEDRU 122
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

O diagnóstico efectuado e as projecções demográficas elaboradas permitem concluir que não se


vislumbram para os próximos anos diferenças significativas relativamente à situação actual da
procura.

Neste contexto, o principal investimento prende-se com a construção de um novo centro escolar
na vila da Alcobertas que integre as ofertas de educação pré-escolar (através de 3/4 salas) e do
primeiro ciclo do ensino básico (prevendo-se 6/8 salas de aulas para o 1º ciclo). Este novo
estabelecimento deverá contemplar a construção de salas polivalentes (com o duplo propósito
de proporcionar o prolongamento de horário no pré-escolar e as actividades de complemento
curricular no ensino básico), de espaços para educação física, centro de recursos e refeitório
com cozinha.

A concretizar-se este cenário prevê-se o encerramento de todos os estabelecimentos localizados


na freguesia, passando a sede de Agrupamento a nova EB1/JI. No curto prazo, caso não se
avance já com a construção, deverão encerrar os estabelecimentos de Sourões e Chãos, dado o
reduzidíssimo número de alunos que frequentam qualquer um dos estabelecimentos.

Em face do exposto, propõe-se a construção de um novo centro escolar integrado na freguesia


que, numa primeira fase, deverá contemplar 3/4 salas para a educação pré-escolar e 6/8 salas
para o 1º ciclo do ensino básico. Se a longo prazo a dinâmica demográfica o justificar e caso
venham a ser cumpridos os critérios mínimos de dimensionamento de equipamentos educativos,
poderá considerar-se a ampliação deste centro educativo de modo a conter o 2º ciclo, sendo
previsível que venham a possuir 6/8 turmas no 1º ciclo e 4 turmas no 2º ciclo (sendo neste
cenário desejável a absorção dos alunos residentes nas freguesias de São Sebastião e
Fráguas).

CEDRU 123
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Quadro 64 – Matriz-Síntese de Propostas para o Agrupamento Horizontal de Alcobertas

Escola – Sede : EB1/JI de Alcobertas


População a
Equipamentos Existentes
Escolarizar Proposta de Reordenamento Intervenções / Observações
(Popul. Escolar – 2003/04)
(2010/11)

- J.I. de Alcobertas (23 – 1S) - A Encerrar


Educação - J.I. de Casais Monizes (17 – 1S) - A Encerrar
Pré-Escolar: - J.I. Teira (11 – 1S) - A Encerrar
67/ 70 - JI da EB1/JI Alcobertas (3/4 Salas) - O novo estabelecimento conterá 3/4
salas para JI (funcionamento Integrado)
Sub-Total 51 (3 Salas) 3/4 Salas + 3/4 Salas Novas e encerramento de 3
- EB1 nº1 de Alcobertas (46 – 2T) - A Encerrar
- EB1 nº2 de Alcobertas (6 – 1T) - A Encerrar
- EB1 nº1 de Teira (8 – 1T) - A Encerrar
1º Ciclo
- EB1 nº2 de Teira (16 – 1T) - A Encerrar
E.Básico:
- EB1 de Sourões (6 – 1T) - A Encerrar
- EB1 de Casais Monizes (16 – 1T) - A Encerrar
116/122
- EB1/JI Alcobertas (6/8 T) - Nova construção (6/8 salas para 1º
Ciclo, 3/4 para JI e salas polivalentes)
Sub-Total 98 (7 Turmas) 6/8 Turmas + 6/8 Salas Novas e encerramento de 7
+ 9/12 Salas Novas e encerramento de
TOTAL 149 (10 Turmas) 9/12 Salas / Turmas
10

CEDRU 124
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

3.1.2 – Cenário B

No caso do concelho de Rio Maior, a primeira observação que pode tecer-se, prende-se com o
facto da cidade de Rio Maior ser a única sede de concelho da Comunidade Urbana com mais de
20 mil habitantes, que não possui qualquer estabelecimento exclusivamente afecto ao 1º ciclo e,
paralelamente, é também o único concelho que concentra todos os níveis de ensino superiores
ao 2º ciclo, numa única localidade (cidade de Rio Maior). Desde logo, este facto acarreta
enormes implicações, porque sobrecarrega em demasia o número de alunos a frequentar as
duas EBI existentes e por outro, a curto prazo, com os expectáveis crescimentos populacionais
inviabiliza totalmente o recurso a esses estabelecimentos, que não terão capacidade de
resposta.

Outro elemento relevante prende-se com o programa PER-EB1, que visa o reordenamento das
Escolas do 1º ciclo, e que prevê a curto prazo o encerramento de todas as escolas do país com
menos de cinco alunos e das que têm menos de dez até 2007, com a consequente criação de
centro escolares de maior dimensão. Face à proliferação de estabelecimentos ainda existentes,
com um número de alunos bastante reduzido, e numa óptica de conceder à comunidade
educativa melhores e mais qualificados recursos físicos e materiais, também no caso do
concelho de Rio Maior a opção passará pelo encerramento de alguns estabelecimentos e
construção de centros/núcleos escolares.

Neste contexto, apresenta-se fundamental a concretização de alguns projectos referência:


construção de raiz de 2 Centros Escolares: em Alcobertas e no Sul do Concelho, bem como de
uma EB1/JI na cidade. Desta opção poderia resultar uma reorganização territorial dos
agrupamentos no concelho e a criação de um novo agrupamento no sul do concelho, passando
a existir 4 Agrupamentos: Alcobertas (a sedear no novo Centro Escolar a criar); Marinhas do Sal
(EBI de Marinhas do Sal, nova EB1/JI e Asseiceira); Fernando Casimiro Pereira da Silva (EBI F.
C. Pereira da Silva e freguesias de S. Sebastião e Fráguas) e Rio Maior Sul (a sedear no novo
Centro Escolar do Sul do Concelho).

No caso da freguesia de Rio Maior, a sobrecarrega no número de alunos a frequentar as duas


EBI existentes associada aos expectáveis crescimentos populacionais dificulta grandemente o

CEDRU 125
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

recurso a esses estabelecimentos, que não terão capacidade de resposta no curto/médio prazo.
Neste sentido, a principal proposta prende-se com a construção, de raiz, de uma EB1/JI em Rio
Maior com capacidade para 10/12 turmas de 1º ciclo, 3 salas para JI e ATL. A sede de concelho
passaria a possuir um equipamento integrado, qualificado, com salas para ATL, refeitório próprio,
centro de recursos, biblioteca/mediateca, sala de estudo, salas polivalentes. Deveriam,
igualmente, criar-se espaços contíguos de recreio, incluindo a instalação de equipamentos
lúdicos.

Agrupamento Vertical Marinhas do Sal

O Agrupamento Vertical de Marinhas do Sal corresponde ao território educativo do centro do


concelho, abrangendo quatro freguesias: Rio Maior (exceptua-se a EBI Fernando Casimiro
Pereira da Silva, sede de outro Agrupamento, e os JI nº2 de Rio Maior e das Boiças), Asseiceira,
Arruda dos Pisões e Outeiro da Cortiçada. O facto de ser um dos dois estabelecimentos do
concelho que oferece os 2º e 3º ciclos do ensino básico, leva a EBI de Marinhas do Sal a
constituir a Escola Nuclear deste território central, sendo a sede do Agrupamento Vertical.

As projecções demográficas elaboradas contemplam, num cenário expansionista/voluntarista,


um forte crescimento populacional nas freguesias de Rio Maior, Arruda dos Pisões e Outeiro da
Cortiçada e, no caso de Asseiceira, uma tendência para a estagnação ou ligeira perda de
população. A concretização deste crescimento populacional (cuja probabilidade de ocorrência é
forte em virtude das dinâmicas territoriais actualmente verificadas) poderá gerar carências na
oferta nos diversos ciclos do ensino básico (nomeadamente no 2º e 3º ciclo), dada a saturação já
existente actualmente nas duas escolas da cidade de Rio Maior.

Face à proliferação de estabelecimentos ainda existentes na freguesia de Rio Maior e numa


óptica de conceder à comunidade educativa melhores e mais qualificados recursos físicos e
materiais, adoptou-se neste Cenário pela concentração dos investimentos na cidade. A um
tempo, pretende resolver alguns problemas ainda existentes na oferta pública da valência de
Jardim de Infância e melhorar a qualidade da oferta no 1º ciclo do ensino básico (encerrando
estabelecimentos com um número reduzido de alunos e cujas distância à cidade seja mais ou
menos reduzida) e, a outro, procura promover-se a qualificação dos recursos do parque escolar

CEDRU 126
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

da cidade, potenciando uma maior centralidade à cidade de Rio Maior no contexto supra-local.
Para a concretização deste objectivo considera-se fundamental a construção de um novo
estabelecimento na cidade (numa primeira fase apenas JI, mas cujo projecto contemple desde já
a sua previsível evolução para incorporar o 1º ciclo), diversas salas polivalentes (que permitirão,
entre outros objectivos, o prolongamento de horário no pré-escolar e o desenvolvimento de
actividades diversas de complemento curricular nos restantes níveis de ensino, em particular das
integradas em ATL no 1º ciclo – 2ª fase) e o maior apetrechamento técnico-pedagógico dos
estabelecimentos.

A construção deste cenário, prende-se com a racionalização do parque escolar das 4 freguesias,
assumindo-se que nem todas as sedes de freguesia poderão manter em funcionamento, pelo
menos um estabelecimento de ensino (caso da freguesia de S. Sebastião).

A principal proposta reside na construção de um JI em Rio Maior (que numa segunda fase possa
evoluir para uma EB1/JI), que permitirá acolher o número maior de crianças do pré-escolar e 1º
ciclo, permitindo que se proceda ao encerramento de todos os estabelecimentos da freguesia
que estejam localizados fora do perímetro da cidade.

Assim, da concretização deste cenário resultará o encerramento de todos os estabelecimentos


do 1º ciclo do ensino básico da freguesia de Rio Maior ficando os alunos concentrados em três
estabelecimentos na cidade: nova EB1/JI (que deverá possuir uma capacidade entre as 10 e as
12 turmas) e nas duas EBI. Esta solução apenas será efectivamente viável nos moldes em que
se apresenta se se concretizar a construção dos 2 Centros Educativos propostos: Alcobertas e
Sul do Concelho, uma vez que permitirá “desafogar” as EBI.

Relativamente às outras três freguesias do Agrupamento: Arruda dos Pisões e Outeiro da


Cortiçada e Asseiceira, as alterações seriam de duas ordens: por um lado, no caso de Arruda
dos Pisões e Outeiro da Cortiçada seriam encerrados os estabelecimentos, passando os alunos
a pertencerem a um outro Estabelecimento/Agrupamento (a sedear no novo Centro Educativo do
Sul do Concelho) e, por outro lado, no caso da Asseiceira, permaneceriam abertos os 2
estabelecimentos existentes, sendo no entanto necessário construir um espaço/sala polivalente
(fechado, que possa por exemplo viabilizar a prática desportiva durante todo o ano lectivo).

CEDRU 127
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Quadro 65 – Matriz-Síntese de Propostas para o Agrupamento Vertical de Marinhas do Sal –


Cenário B

Escola – Sede : EB Integrada de Marinhas do Sal


População a
Equipamentos Existentes
Escolarizar Proposta de Reordenamento Intervenções / Observações
(Popul. Escolar – 2003/04)
(2010/11)

- J.I. Asseiceira (20 – 1S) - JI Asseiceira (1 sala) - Ampliação de edifício (sala polivalente)
- J.I. de Correias (7 – 1S) - A Encerrar
- J.I. Outeiro da Cortiçada (20 – 1S) - A Encerrar
- J.I. Abuxanas (6 – 1S) - A Encerrar
- J.I. Arco da Memória (13 – 1S) - A Encerrar
Educação - J.I. Azinheira (17 – 1S) - A Encerrar
Pré-Escolar: - J.I. Fonte da Bica (20 – 1S) - A Encerrar
342/365 - J.I. Vale de Óbidos (19 – 1S) - A Encerrar
- J.I. Rio Maior (110 – 6S) - J.I. Rio Maior (6 Salas) - A Encerrar
- 3 novas salas na EB1/JI a criar - O novo estabelecimento conterá 3 salas
na cidade + 6 salas em edifício para JI (funcionamento Integrado) + 6
autónomo no mesmo centro salas em edifício autónomo
escolar
Sub-Total 132 (14 Salas) 10 Salas + 9 Salas Novas e encerramento de 13
- EBI Marinhas do Sal (196 - 9T) - EBI Marinhas do Sal (14
turmas)
- EB1 Arco da Memória (22 – 2 T) - A Encerrar
- EB1 Cidral (7 – 1T) - A Encerrar
- EB1 Fonte da Bica (4 – 1T) - A Encerrar
- EB1 Mata de Baixo (8 – 1T) - A Encerrar
- EB1 Pé da Serra (10 – 1T) - A Encerrar
- EB1 Rio Maior (Freiria) (5 – 1T) - A Encerrar
1º Ciclo - EB1 Vale de Óbidos (23 – 2T) - A Encerrar
E.Básico: - EB1 Abuxanas (5 – 1T) - A Encerrar
- EB1 Azinheira (13 – 1T) - A Encerrar
340/398 - EB1 Correias (8 – 1T) - A Encerrar
- EB1 Outeiro da Cortiçada (15 – - A Encerrar
1T)
- EB1 Arruda dos Pisões (10 – 1T) - A Encerrar

- EB1 Asseiceira (30 – 2T) - EB1 Asseiceira (2 turmas) - Ampliação de edifício (sala polivalente)
- EB1/JI Rio Maior (10/12T+ JI - O novo estabelecimento conterá 10 a 12
+ ATL) salas para 1º Ciclo
356 (25 Turmas) 24 Turmas + 10/12 Salas Novas e encerramento de
Sub-Total
14
TOTAL 488 (39 Turmas) 34 Salas / Turmas + 19/21 Salas Novas

CEDRU 128
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Agrupamento Vertical Fernando Casimiro Pereira da Silva

O Agrupamento Vertical Fernando Casimiro Pereira da Silva corresponde a um território


educativo que abrange um número considerável de freguesias, algumas na área nordeste (São
Sebastião e Fráguas) outras no sul do concelho (Ribeira de São João, São João da Ribeira,
Malaqueijo, Azambujeira, Marmeleira Assentiz e Arrouquelas). Também os estabelecimentos
localizados no aglomerado de Boiças, apesar de pertencerem à freguesia de Rio Maior, integram
este Agrupamento, o mesmo sucedendo com o Jardim de Infância nº2 de Rio Maior. A escola
sede deste território corresponde à EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva, localizada na
cidade, uma vez que se trata de um dos dois únicos estabelecimentos a oferecer os 2º e 3º
ciclos do ensino básico.

As projecções demográficas elaboradas para estas freguesias não contemplam grandes


oscilações para a próxima década, pelo que as propostas a equacionar resultam sobretudo da
necessidade de racionalizar a oferta, qualificar os recursos físicos e conceder à comunidade
educativa um melhor apetrechamento, quer em termos de infra-estruturas quer em termos
técnico-pedagógicos.

Também a recente abertura do nó da A15 na parte sul do concelho e aposta estratégica da


autarquia em aqui criar uma nova centralidade no concelho, originam que para este território seja
proposta a criação de um novo Centro Escolar Integrado, que numa 1ª fase deveria contemplar a
educação pré-escolar e o 1º ciclo do ensino básico e numa 2ª fase os 2º e 3º ciclos.
Concomitantemente, deverá ser ainda construído um núcleo escolar complementar com o ensino
pré-escolar e o 1º ciclo por forma a servir as crianças que residam em locais mais afastados do
novo centro escolar integrado.

Deste modo, dado o número reduzido de alunos existentes em alguns estabelecimentos e a


disponibilidade para concentrar os investimentos num único estabelecimento a criar, origina o
encerramento dos estabelecimentos existentes em todas as freguesias, com excepção de
Malaqueijo (junto ao nó da AE e onde recentemente foi aprovado um importante loteamento
urbano) e Assentiz (onde a criação de um núcleo escolar, possivelmente inter-municipal, poderá
criar uma dinâmica educativa entre Assentiz, Arrouquelas e Albergaria (concelho de Santarém).

CEDRU 129
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Tal opção, origina igualmente a criação de um novo Agrupamento (a sedear no novo Centro) e
por razões de justificação de procura, que as freguesias de Outeiro da Cortiçada e Arruda dos
Pisões passassem a integrar esse novo Agrupamento. Deste modo, o Agrupamento Vertical
Fernando Casimiro Pereira da Silva, passaria a gerir os seguintes estabelecimentos: EBI
Fernando Casimiro Pereira da Silva e Núcleo Escolar de Fráguas, novo JI a criar na parte Sul da
Cidade.

Quadro 66 – Matriz-Síntese de Propostas para o Agrupamento Vertical Fernando Casimiro Pereira


da Silva - Cenário B (a)

Escola – Sede : EB Integrada Fernando Casimiro Pereira da Silva


População a
Equipamentos Existentes
Escolarizar Proposta de Reordenamento Intervenções / Observações
(Popul. Escolar – 2003/04)
(2010/11)

- J.I. Rio Maior nº2 (25 – 1S) - J.I. Rio Maior nº2 (3 salas) - Ampliação do edifício (mais 2 salas para
JI)

- J.I. Boiças (10 – 1S) - A Encerrar


- J.I. Arrouquelas (11 – 1S) - A Encerrar
- J.I. Assentiz (12 – 1S) - J.I. Assentiz (1 sala) - Ampliação/requalificação do edifício
Educação - J.I. Azambujeira (17 – 1S) - A Encerrar
Pré-Escolar: - J.I. Fráguas (15 – 1S) - J.I. Fráguas (2 salas) - Ampliação do edifício (mais 1 sala de JI)
211 / 238 - J.I. Malaqueijo (16 – 1S) - A Encerrar
- J.I. Marmeleira (16 – 1S) - A Encerrar
- J.I. Ribeira de São João (19 – 1S) - A Encerrar
- J.I. São João da Ribeira (17 – 1S) - A Encerrar
- J.I. São Sebastião (19 – 1S) - A Encerrar
- Centro Escolar Sul Concelho - 3 novas salas para o Pré-Escolar
- Novo JI/Creche de Malaqueijo - 2 salas JI e uma sala Creche
Sub-Total 177 (11 Salas) 13 Salas + 9 Salas Novas e encerramento de 8
- EB1 Alfouvés (7 – 1S) - A Encerrar
- EB1 Azambujeira (7 – 1S) - A Encerrar
- EB1 Arrouquelas (9 – 1S) - A Encerrar
- EB1 Assentiz (19 – 1S) - EB1 Assentiz (2 T) - Ampliação/requalificação do edifício
- EB1 Boiças (4 – 1S) - A Encerrar
- EBI Fernando Casimiro (205 – 9S) - EBI Fernando Casimiro (6/8 T)
- EB1 S. Sebastião (17 – 1S) - A Encerrar
1º Ciclo
- EB1 Malaqueijo (15 – 1S) - EB1 Malaqueijo (1 T) - Ampliação/requalificação do edifício
E.Básico:
- EB1 Marmeleira (17 – 1S) - A Encerrar
- EB1 São João da Ribeira (25 - 2S) - A Encerrar
412 / 435
- EB1 nº2 Ribeira S. João (6 – 1S) - A Encerrar
- EB1 nº1 de Fráguas (34 – 2S) - EB1 nº1 de Fráguas (3 T)
- EB1 nº2 de Fráguas (9 – 1S) - A Encerrar
- EB1 Carvalhais (9 – 1S) - A Encerrar
- EB1 nº1 Ribeira S. João (19 – 2S) - A Encerrar
- Centro Escolar Sul Concelho - 8 novas salas para o 1º ciclo
+ 8 Salas Novas
Sub-Total 402 (26 Turmas) 21/23 Turmas
Encerramento de 11 salas
TOTAL 579 (37 Turmas) 34/36 Salas / Turmas + 17 Salas Novas
(a) A concretização da 2ª Fase do Projecto do Centro Escolar Integrado do sul do concelho (com os 2º e 3º ciclos do
ensino básico) levará à constituição de um novo agrupamento integrando os estabelecimentos das freguesias de
Arrouquelas, Assentiz, Marmeleira, Azambujeira, Malaqueijo, S. João da Ribeira, Ribeira de S. João, Arruda dos Pisões e
Outeiro da Cortiçada.

CEDRU 130
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Agrupamento Horizontal de Alcobertas

O diagnóstico efectuado e as projecções demográficas elaboradas permitem concluir que não se


vislumbram para os próximos anos diferenças significativas relativamente à situação actual da
procura. Neste contexto, o Cenário B é semelhante ao Cenário A. Ou seja, o principal
investimento prende-se com a construção de um novo centro escolar na vila da Alcobertas que
integre as ofertas de educação pré-escolar (através de 3/4 salas) e do primeiro ciclo do ensino
básico (prevendo-se 6/8 salas de aulas para o 1º ciclo).

CEDRU 131
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

3.2 – 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário

As propostas apresentadas para os dois estabelecimentos com 2º e 3 º ciclos do ensino básico


no concelho da Rio Maior (EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva e EBI de Marinhas do Sal)
resultam, fundamentalmente, das articulações existentes ou a promover entre eles, uma vez que
este concelho possui uma característica única no contexto da Comunidade Urbana: apenas a
sede de concelho disponibiliza níveis de ensino superiores ao 1º ciclo4.

Como já foi referido anteriormente, o maior problema existente actualmente prende-se com a
sobre-ocupação desses dois estabelecimentos, que previsivelmente se poderia agravar dada as
expectáveis previsões de crescimento da população em idade de frequentar estes níveis de
ensino. Assim, a proposta de construção de um novo estabelecimento de tipologia EB 1/JI , bem
como dos dois Centros Escolares (Alcobertas e Rio Maior Sul) permitirá resolver as carências
existentes na cidade ao nível da educação pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico mas,
sobretudo, permitirá ultrapassar o problema da sobre-ocupação das actuais EBI, que deixariam
assim de ser os únicos estabelecimentos da sede de concelho a oferecer o 1º ciclo do ensino
básico, libertando salas para os restantes níveis de ensino.

Em qualquer dos casos a Escola Secundária de Rio Maior deverá continuar a disponibilizar o 3º
ciclo do ensino básico, podendo atingir-se um número aproximado de 9/12 turmas neste ciclo,
caso se confirmem as projecções demográficas mais expansionistas.

Já no que diz respeito ao ensino secundário a estimativa do número de turmas para 2011
afigura-se mais complexa, na medida em que, embora se preveja uma redução do número de
jovens residentes neste grupo etário, poderão existir condicionantes a jusante, quer nacionais
(através do prolongamento da escolaridade obrigatória para 12 anos) quer locais (através da
diversificação da oferta de cursos tecnológicos) que aumentem a procura.

4 Tendo como comparação os restantes concelhos de média dimensão (20/24 mil habitantes) da Lezíria do Tejo.
CEDRU 132
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Relatório Final

Quadro 67 – Matriz-Síntese de Propostas para os 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e para o Ensino


Secundário no Concelho de Rio Maior
População a Equipamentos Existentes Proposta de Reordenamento
Escolarizar (2010/11) (Popul. Escolar – 2003/04) (População Escolar Prevista em Turmas)

2º Ciclo E.Básico: EBI de Marinhas do Sal (23 turmas) EBI de Marinhas do Sal
- 2º ciclo: 279 alunos - 2º ciclo: 12 turmas (a)
490 / 520 - 3º ciclo: 292 alunos - 3º ciclo: 6/9 turmas (a)
EBI Fernando Casimiro Pereira da (se juntarmos as 6/8 do 1º ciclo, fica com 24/29 turmas –
Silva (29 turmas) é uma T24, actualmente com 32 turmas)
3º Ciclo E.Básico: - 2º ciclo: 218 alunos EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva
- 3º ciclo: 404 alunos - 2º ciclo: 10/12 turmas (a)
742 / 768 Escola Secundária (4 turmas) - 3º ciclo: 12/15 turmas (a)
- 3º ciclo: 90 alunos (se juntarmos as 6/8 do 1º ciclo, fica com 28/33 turmas –
Sub-Total do 2º Ciclo 497 alunos é uma T30, actualmente com 38 turmas)
Sub-Total do 3º Ciclo 786 alunos
Escola Secundária
Escola Secundária: - 3º ciclo: 9/12 turmas
- secundário: 637 - secundário: 24/26 turmas
Ensino Secundário: Fica com 33/38 turmas
550 / 600
EB I/JI do Sul do Concelho (2ª Fase)
- 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico: 12 a 14 Turmas

(a) A concretizar-se a 2ª fase do Centro Escolar Integrado do sul do concelho, o número de turmas dos 2º e 3º
ciclos do ensino básico poderia vir a reduzir-se ligeiramente.

CEDRU 133
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Relatório Final

3.3 – Ensino e Formação Profissional

Com a actualização da reforma curricular, a escola profissional passou a fazer parte da rede do
ensino secundário, assumindo um papel crescente na qualificação e valorização pessoal e
profissional da comunidade educativa. Este percurso alternativo, cada vez mais aliciante, tem
originado taxas de procura, nomeadamente para áreas técnicas, bastante elevadas.

A Escola Profissional de Rio Maior, nomeadamente o Gabinete de Apoio a Projectos, deverá


continuar a apostar em acções pedagógicas para outras necessidades locais ao nível da
formação e recursos humanos, em diversas áreas como a formação de adultos, cursos de
especialização tecnológica, privilegiando em termos de exploração futura o turismo rural, a
gestão florestal, a silvicultura, a horto-fruticultura, as indústrias alimentares e o turismo
cinegético.

A escola deverá continuar a adaptar-se às necessidades reais do concelho,


constatando/adaptando-se a formações susceptíveis de êxito no mercado de trabalho local e
regional.

CEDRU 134
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

4. PROGRAMA DE INTERVENÇÃO

CEDRU 135
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

4.1 – Projectos Estruturantes

MEDIDA 1 – CENTROS ESCOLARES INTEGRADOS - EB I,JI

Esta medida prevê a construção de um novo centro escolar integrado no sul do concelho, tendo
a dupla finalidade de proceder à reconfiguração da oferta da educação pré-escolar e do 1º ciclo
do ensino básico e à criação de uma nova centralidade no sul do concelho, sustentada, em
parte, numa oferta de ensino de nível superior (2º e 3º ciclos do ensino básico).

Relativamente à educação pré-escolar e ao 1º ciclo do ensino básico (1ª fase do projecto)


pretende-se criar um pólo que responda a grande parte da procura do sul do concelho, através
de 8 salas para o 1º ciclo e de 3 salas para a educação pré-escolar.

Já no que se refere ao 2º e 3º ciclos do ensino básico (2ª fase do projecto), pretende-se que a
oferta a criar numa 2ª fase do projecto responda à procura de toda a população do sul do
concelho, possibilitando, a um tempo, criar uma nova centralidade no sul do concelho e, a outro,
diminuir a elevada taxa de ocupação existente nas duas EBI existentes na cidade.

Acção/Projecto a Desenvolver Construção da Escola Básica Integrada com Jardim de Infância do Sul do Concelho

Níveis de Ensino Capacidade de Turmas Localização

3 salas de Jardim de Infância, 8 Salas de 1º Ciclo Sul do Concelho


Jardim de Infãncia, 1º, 2º e 3º ciclos
12 a 15 Turmas dos 2º e 3º Ciclos (eixo Ribeira S. João/ S. João Ribeira/ Malaqueijo)
O presente projecto insere-se numa nova lógica integrada de oferta educativa, potencializando sinergias e complementaridades
Justificação/ entre as diversas valências de ensino. A sua concretização permitirá consolidar a formação de um complexo escolar no sul do
Objectivos concelho, respondendo à procura de diversas freguesias do sul do concelho, diminuindo, deste modo, a pressão sobre os
estabelecimentos de ensino localizados na cidade de Rio Maior.
Este estabelecimento deverá integrar dois blocos, um com 3 salas para JI e 8 salas para o 1º ciclo e espaços polivalentes e outro
com 12 a 15 salas normais para os 2º e 3º ciclos do ensino básico; este bloco deverá ainda incluir laboratórios de ciências e de
Físico-Química; Salas de audio-visuais ; Salas de Informática; Salas específicas para outras disciplinas. Deverão ainda existir
espaços para Centro de Recursos/Biblioteca, Serviços Administrativos e Serviços do ASE, Cozinha, Refeitório e Bar/Bufete dos
Alunos, Salas de Convívio (professores e alunos); Gabinetes e Salas de trabalho; incluir-se-á ainda sala de Professores, Papelaria,
Descrição Reprografia, Centro de Recursos T.I.C., Sala da equipa de Apoio Educativo, Sala de trabalho para Professores e sala de Directores
de Turma. Laboratório de fotografia, arrecadação, oficina, PBX e Gabinete Médico. Instalações Sanitárias e Vestiário; a Escola
deverá ainda incluir campos de jogos descobertos, pavilhão gimnodesportivo e balneários. A escola deverá ter vedação adequada e
arranjos exteriores; Arrecadações (material de limpeza, equipamentos, caldeira para aquecimento central e termo-acumulador para
painéis solares); Espaço exterior coberto e descoberto (áreas diversas: terra batida, ajardinada, espaços de estacionamento e
espaços adaptados a deficientes).
Estimativa de 1.500 € (1ª fase)
Área de Terreno 15.000 m2 Área de Construção 5.000 m2
Investimento (x1.000) 3.500 € (2ª fase)
Curto prazo Médio prazo Longo prazo - Ministério da Educação
Programação Promotores do - Câmara Municipal de Rio Maior
Temporal X (1ª Fase) X (2ª Fase) Projecto
JI e 1º Ciclo 2º e 3º Ciclos

CEDRU 136
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

MEDIDA 2 – CENTROS ESCOLARES - EB 1,JI

Esta medida contempla, em princípio, a construção de dois novos centros escolares a localizar
na vila de Alcobertas e na cidade de Rio Maior (cenário B). Estes novos estabelecimentos
integram o ensino pré-escolar e o 1º ciclo do ensino básico.

A concretização destes projectos permite, por um lado, impedir os problemas de sobre-ocupação


nas duas Escolas Básicas Integradas do concelho e, por outro, desenvolver outro tipo de
respostas para as quais os estabelecimentos pré-existentes não estão preparados.

No caso do centro escolar de Rio Maior, trata-se de um estabelecimento dimensionado para


duas salas por ano lectivo no 1º ciclo e de 3 salas para o ensino pré-escolar. Com encerramento
do JI de Rio Maior, propõe-se a construção de raiz, de um outro edifício autónomo no interior do
Centro Escolar, com capacidade para 6 salas.

Relativamente Alcobertas, a sua menor dimensão leva a que o estabelecimento a construir seja
também de menor dimensão – centro escolar com 9/12 salas no total (6/8 para o 1º ciclo e 3/4
para o pré-escolar).

No caso de esta freguesia vir a apresentar um importante dinamismo demográfico poder-se-á


justificar, no futuro, uma 2ª fase do projecto com o alargamento da oferta ao 2º ciclo e, por
ventura, 3º ciclo do ensino básico.

CEDRU 137
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Relatório Final

Acção/Projecto a Desenvolver CONSTRUÇÃO DO CENTRO ESCOLAR DE ALCOBERTAS (a)

Níveis de Ensino Capacidade de Turmas Localização

Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino - 3/4 salas de Jardim de Infância


Vila de Alcobertas
Básico - 6/8 turmas de 1º Ciclo do Ensino Básico
O presente projecto insere-se numa nova lógica integrada de oferta educativa, potencializando complementaridades entre as
Justificação/
diversas valências de ensino. A sua concretização permitirá melhorar a qualidade da oferta (quer do pré-escolar quer do 1º ciclo do
Objectivos
ensino básico).
O novo Centro Escolar de Alcobertas deverá contemplar:
- 3/4 salas para Jardim de Infância e 6/8 salas para o 1º ciclo do ensino básico
- Sala para Expressão Físico-Motora / Expressão Dramática
- Salas polivalentes para Prolongamento de Horário (J.Infância) e Actividades de Tempos Livres (1º Ciclo)
- Salas para a Gestão do Agrupamento, para serviços Administrativos e outros Serviços
- Centro de Recursos (biblioteca, ludoteca, sala multimedia)
Descrição - Cozinha e Refeitório
- Salas de Convívio e de Trabalho (professores e alunos)
- Instalações sanitárias e Vestiário
- Arrecadações (material de limpeza, equipamentos, caldeira para aquecimento central)
- Espaço exterior coberto e descoberto (áreas diversas: terra batida, ajardinada, parque infantil com piso anti-choque, espaços
de estacionamento e espaços adaptados a deficientes)
- Mobiliário, material didáctico e audio-visual diverso, adaptado aos vários níveis etários
Estimativa de
Área de Terreno 4.500 m2 Área de Construção 1.700 m2 1.500 €
Investimento (x1.000)
Curto prazo Médio prazo Longo prazo
Programação Promotores do
X (1ª Fase) X (2ª Fase) - Câmara Municipal de Rio Maior
Temporal Projecto
JI e 1º Ciclo 2º Ciclo
(a) A atingirem-se os limiares demográficos mínimos, este estabelecimento deverá evoluir para uma EBI/JI. Neste caso, o Centro
Escolar Integrado deverá possuir uma área de terreno total de cerca de 5.500 m2 e uma área de construção de aproximadamente
2.100 m2 (estimando-se um investimento total de aproximadamente 3 milhões de euros).

Acção/Projecto a Desenvolver CONSTRUÇÃO DO CENTRO ESCOLAR DE RIO MAIOR

Níveis de Ensino Capacidade de Turmas Localização

- 3 salas de Jardim de Infância


Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino
- 10/12 turmas de 1º Ciclo do Ensino Básico Cidade de Rio Maior
Básico
- 6 salas e de Jardim de Infância (edifício autónomo)
O presente projecto insere-se numa nova lógica integrada de oferta educativa, potencializando complementaridades entre as
Justificação/ diversas valências de ensino. A sua concretização permitirá responder ao incremento populacional previsto para esta freguesia,
Objectivos melhorando também a qualidade da oferta (quer do pré-escolar quer do 1º ciclo do ensino básico) e, simultaneamente, evitar
problemas de sobre-ocupação nas duas EBI localizadas na cidade.
O novo Centro Escolar de Rio Maior deverá contemplar:
- 3 salas para Jardim de Infância e 10/12 salas para o 1º ciclo do ensino básico
- 6 salas de Jardim de Infância (edifício autónomo)
- Salas polivalentes para Prolongamento de Horário (J.Infância) e Actividades de Tempos Livres (1º Ciclo)
- Centro de Recursos (biblioteca, ludoteca, sala multimedia)
- Cozinha e Refeitório
Descrição
- Salas de Convívio e de Trabalho (professores e alunos)
- Instalações sanitárias e Vestiário
- Arrecadações (material de limpeza, equipamentos, caldeira para aquecimento central)
- Espaço exterior coberto e descoberto (áreas diversas: terra batida, ajardinada, parques infantis com piso anti-choque,
espaços de estacionamento e espaços adaptados a deficientes)
- Mobiliário, material didáctico e audio-visual diverso, adaptado aos vários níveis etários
Estimativa de
Área de Terreno 4.200 m2 Área de Construção 1.500 m2 2.250 €
Investimento (x1.000)
Curto prazo Médio prazo Longo prazo
Programação Promotores do
X (1ª Fase) X (2ª Fase) - Câmara Municipal de Rio Maior
Temporal Projecto
JI 1º Ciclo

CEDRU 138
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

MEDIDA 3 – NÚCLEOS ESCOLARES (EB 1,JI)

A presente Medida contempla dois tipos de intervenções.

Por um lado, contempla-se a criação de novos núcleos escolares no sul do concelho,


aproveitando estabelecimentos já existentes (Assentiz e Malaqueijo) em articulação com a
construção da nova EB I/JI, de modo a evitar uma excessiva concentração de crianças num só
pólo educativo, sobretudo das que frequentam a educação pré-escolar em lugares mais
afastados do novo centro escolar integrado. Contudo, após a conclusão do 1º ciclo, as crianças
deverão frequentar os 2º e 3º ciclos do ensino básico na nova EBI/JI do sul do concelho. No caso
dos estabelecimentos de Assentiz e Malaqueijo, trata-se de aproveitar os estabelecimentos já
existentes, dotando-os de melhores e mais diversificados espaços de acolhimento (sala de
refeições, salas polivalentes, centro de recursos, …).

Por outro lado, prevê-se a requalificação e/ou ampliação de estabelecimentos existentes nas
freguesias de S. Sebastião e Fráguas e eventualmente de outros dois estabelecimentos da
freguesia de Rio Maior e da Asseiceira (neste caso se se optar pela concretização do cenário A).
Relativamente à freguesia de Fráguas a ampliação do estabelecimento constitui uma opção
fundamental, em consequência do encerramento de alguns estabelecimentos.

Acção/Projecto a Desenvolver AMPLIAÇÃO/ REQUALIFICAÇÃO DO NÚCLEO ESCOLAR DA FREGUESIA DE FRÁGUAS

Níveis de Ensino Capacidade de Turmas Localização

Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino - 2 sala de Jardim de Infância


Freguesia de Fráguas
Básico - 3 turmas de 1º Ciclo do Ensino Básico
O presente projecto insere-se numa nova lógica integrada de oferta educativa, potencializando complementaridades entre as diversas
Justificação/
valências de ensino. A sua concretização permitirá melhorar a oferta educativa nesta freguesia, de modo a atenuar os problemas
Objectivos
pedagógicos resultantes do número reduzido de alunos que frequentam alguns estabelecimentos da freguesia.
O Núcleo Escolar da Freguesia de Fráguas deverá passar a contemplar os seguintes espaços/valências:
- 2 sala para Jardim de Infância e 3 salas para o 1º ciclo do ensino básico
- 2 Salas polivalentes, Centro de Recursos, Cozinha e Refeitório
Descrição - Caldeira para aquecimento central
- Espaço exterior coberto e descoberto (áreas diversas: terra batida, ajardinada, parque infantil com piso anti-choque e espaços
de estacionamento)
- Mobiliário, material didáctico e audiovisual diverso, adaptado aos vários níveis etários
Estimativa de
Área de Terreno Não Aplicável Área de Construção Não Aplicável 300 €
Investimento (x1.000)
Programação Curto prazo Médio prazo Longo prazo Promotores do
- Câmara Municipal de Rio Maior
Temporal X Projecto

CEDRU 139
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Acção/Projecto a Desenvolver AMPLIAÇÃO/ REQUALIFICAÇÃO DO NÚCLEO ESCOLAR DA FONTE DA BICA

Níveis de Ensino Capacidade de Turmas Localização

Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino - 2 sala de Jardim de Infância


Fonte da Bica
Básico - 2 turmas de 1º Ciclo do Ensino Básico
O presente projecto insere-se numa nova lógica integrada de oferta educativa, potencializando complementaridades entre as diversas
Justificação/
valências de ensino. A sua concretização permitirá melhorar a oferta educativa nesta localidade e na sua envolvente próxima,
Objectivos
atenuando alguns problemas pedagógicos.
O Núcleo Escolar da Fonte da Bica deverá passar a contemplar os seguintes espaços/valências:
- 2 sala para Jardim de Infância e 2 salas para o 1º ciclo do ensino básico
- 2 Salas polivalentes, Centro de Recursos, Cozinha e Refeitório
Descrição - Caldeira para aquecimento central
- Espaço exterior coberto e descoberto (terra batida, ajardinada, parque infantil com piso anti-choque e espaços de
estacionamento)
- Mobiliário, material didáctico e audiovisual diverso, adaptado aos vários níveis etários
Estimativa de
Área de Terreno Não Aplicável Área de Construção Não Aplicável 300 €
Investimento (x1.000)
Programação Curto prazo Médio prazo Longo prazo Promotores do
- Câmara Municipal de Rio Maior
Temporal X Projecto

Acção/Projecto a Desenvolver AMPLIAÇÃO/ REQUALIFICAÇÃO DO NÚCLEO ESCOLAR DE VALE DE ÓBIDOS

Níveis de Ensino Capacidade de Turmas Localização

Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino - 2 sala de Jardim de Infância


Vale e Óbidos
Básico - 2 turmas de 1º Ciclo do Ensino Básico
O presente projecto insere-se numa nova lógica integrada de oferta educativa, potencializando complementaridades entre as diversas
Justificação/
valências de ensino. A sua concretização permitirá melhorar a oferta educativa nesta localidade e na sua envolvente próxima,
Objectivos
atenuando alguns problemas pedagógicos.
O Núcleo Escolar de Vale de Óbidos deverá passar a contemplar os seguintes espaços/valências:
- 2 sala para Jardim de Infância e 2 salas para o 1º ciclo do ensino básico
- 2 Salas polivalentes, Centro de Recursos, Cozinha e Refeitório
Descrição - Caldeira para aquecimento central
- Espaço exterior coberto e descoberto (áreas diversas: terra batida, ajardinada, parque infantil com piso anti-choque e espaços
de estacionamento)
- Mobiliário, material didáctico e audiovisual diverso, adaptado aos vários níveis etários
Estimativa de
Área de Terreno Não Aplicável Área de Construção Não Aplicável 300 €
Investimento (x1.000)
Programação Curto prazo Médio prazo Longo prazo Promotores do
- Câmara Municipal de Rio Maior
Temporal X Projecto

Acção/Projecto a Desenvolver AMPLIAÇÃO/ REQUALIFICAÇÃO DO NÚCLEO ESCOLAR DE ASSENTIZ

Níveis de Ensino Capacidade de Turmas Localização

Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino - 2 sala de Jardim de Infância


Assentiz
Básico - 2 turmas de 1º Ciclo do Ensino Básico
O presente projecto insere-se numa nova lógica integrada de oferta educativa, potencializando complementaridades entre as diversas
Justificação/
valências de ensino. A sua concretização permitirá melhorar a oferta educativa nesta localidade e na sua envolvente próxima,
Objectivos
atenuando alguns problemas pedagógicos.
O Núcleo Escolar de Vale de Óbidos deverá passar a contemplar os seguintes espaços/valências:
- 2 sala para Jardim de Infância e 2 salas para o 1º ciclo do ensino básico
- 1 Sala polivalente, Centro de Recursos, Cozinha e Refeitório
Descrição - Caldeira para aquecimento central
- Espaço exterior coberto e descoberto (áreas diversas: terra batida, ajardinada, parque infantil com piso anti-choque e espaços
de estacionamento)
- Mobiliário, material didáctico e audiovisual diverso, adaptado aos vários níveis etários
Estimativa de
Área de Terreno Não Aplicável Área de Construção Não Aplicável 300 €
Investimento (x1.000)
Programação Curto prazo Médio prazo Longo prazo Promotores do
- Câmara Municipal de Rio Maior
Temporal X Projecto

CEDRU 140
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

MEDIDA 4 – JARDINS DE INFÂNCIA

Esta Medida contempla a construção de dois novos Jardim de Infância público: um na cidade de
Rio Maior e um na freguesia de Malaqueijo, por forma a melhorar a oferta pública existente na
educação pré-escolar.

Dado o facto do principal Jardim de Infância da cidade se localizar na parte norte da cidade,
propõe-se a sua localização a sul, de modo a prestar um serviço de proximidade aos principais
bairros existentes nesta área da cidade. No caso de Malaqueijo, a sua localização privilegiada
junto ao nó da AE (nova centralidade concelhia), a recente aprovação de um importante
loteamento urbano, o encerramento do estabelecimento de Alfouvés e a possibilidade de capatar
população escolar de Azambujeira viabilizam a construção de raiz de um novo JI/Creche

Acção/Projecto a Desenvolver CONSTRUÇÃO DO JARDIM DE INFÂNCIA DE RIO MAIOR

Níveis de Ensino Capacidade de Turmas Localização

Pré-Escolar - 2 salas de Jardim de Infância Cidade de Rio Maior

O presente projecto insere-se numa nova lógica de adequação da oferta educativa. A sua concretização permitirá melhorar e
Justificação/
qualificar a oferta educativa da educação pré-escolar na cidade de Rio Maior, o que se irá traduzir por uma melhor cobertura
Objectivos
territorial da oferta actualmente existente.
A construção do JI de Rio Maior deverá contemplar:
- Duas salas para Jardim de Infância (uma delas sala polivalente para Prolongamento de Horário)
- Cozinha e Refeitório
Descrição - Instalações sanitárias e Vestiário; arrumos
- Climatização (acumuladores de calor)
- Qualificação do espaço exterior descoberto (áreas diversas: ajardinada e parques infantil com piso anti-choque)
- Mobiliário, material didáctico e audio-visual diverso, adaptado aos vários níveis etários.
Estimativa de
Área de Terreno 850 m2 Área de Construção 330 m2 450 €
Investimento (x1.000)
Programação Curto prazo Médio prazo Longo prazo Promotores do
- Câmara Municipal de Rio Maior
Temporal X Projecto

CEDRU 141
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Acção/Projecto a Desenvolver CONSTRUÇÃO DO JARDIM DE INFÂNCIA / CRECHE DE MALAQUEIJO

Níveis de Ensino Capacidade de Turmas Localização

- 2 salas de Jardim de Infância


Pré-Escolar / Creche Malaqueijo
- Uma sala para Creche
O presente projecto insere-se numa nova lógica de adequação da oferta educativa. A sua concretização permitirá melhorar e
Justificação/ qualificar a oferta educativa da educação pré-escolar na freguesia de Malaqueijo, o que se irá traduzir por uma melhor cobertura
Objectivos territorial da oferta actualmente existente, respondendo mais eficazmente à potencial procura prevista para este território, coma a
nova urbanização e o encerramento do estabelecimento de Alfouvés.
A construção do JI/Creche de Malaqueijo deverá contemplar:
- Duas salas para Jardim de Infância e uma sala para Creche
- Uma sala polivalente para Prolongamento de Horário
- Cozinha e Refeitório
Descrição
- Instalações sanitárias e Vestiário; arrumos
- Climatização (acumuladores de calor)
- Qualificação do espaço exterior descoberto (áreas diversas: ajardinada e parques infantil com piso anti-choque)
- Mobiliário, material didáctico e audio-visual diverso, adaptado aos vários níveis etários.
Estimativa de
Área de Terreno 1.000 m2 Área de Construção 650 m2 700 €
Investimento (x1.000)
Programação Curto prazo Médio prazo Longo prazo Promotores do
- Câmara Municipal de Rio Maior
Temporal X Projecto

CEDRU 142
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

4.2 – Projectos Complementares

⇒ REQUALIFICAÇÃO DO PARQUE ESCOLAR

Justificação / Objectivos
Além das Medidas Estruturantes referidas anteriormente (preferencialmente destinadas à
construção de novos equipamentos educativos ou a intervenções de fundo em equipamentos
existentes), a Carta Educativa do Município de Rio Maior deve prever ainda um conjunto de
intervenções complementares, essenciais à obtenção de uma rede de equipamentos educativos
eficaz e de qualidade.

Neste contexto, a requalificação dos equipamentos existentes constitui uma dimensão


fundamental nesse processo, dando ênfase aos três estabelecimentos que possuem os 2º e 3º
ciclos do ensino básico e o ensino secundário (Escola Secundária de Rio Maior, EBI de Marinhas
do Sal e EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva). As intervenções a desenvolver nestes
estabelecimentos prendem-se, fundamentalmente, com arranjos exteriores (espaços verdes,
parqueamento, pavimentação, substituição da cobertura de alguns blocos) e interiores
(degradação progressiva dos tectos), cobertura de alguns espaços exteriores, pinturas exteriores
e interiores, vedações, substituição das redes de águas e esgotos no exterior, remodelação de
refeitórios e sanitários.

Já no que diz respeito às intervenções de requalificação de estabelecimentos com a educação


pré-escolar e com o 1º ciclo do ensino básico, no caso da opção pelo cenário A, estas devem
privilegiar os espaços exteriores, quer através da instalação de pequenos parques infantis com
piso anti-choque quer através da criação de alguns espaços exteriores cobertos, quer de salas
polivalentes.

Estabelecimentos Abrangidos e Estimativas de Investimento


• Escola Secundária de Rio Maior, EBI de Marinhas do Sal e EBI Fernando Casimiro
Pereira da Silva: cerca de 800 mil euros;
• Jardins de Infância e EB1 (Cenário A): cerca de 400 mil euros.
• Jardins de Infância e EB1 (Cenário B): cerca de 30 mil euros

CEDRU 143
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

⇒ CLIMATIZAÇÃO DO PARQUE ESCOLAR

Justificação / Objectivos
Um dos principais problemas do extenso parque escolar existente prende-se com a sua falta de
qualidade em termos de conforto térmico, o que em grande medida se deve às limitações
construtivas desse parque escolar.

Para os novos estabelecimentos previstos nesta Carta Educativa deverão ser contempladas
soluções térmicas e ambientais adequadas relativamente a duas componentes essenciais. Em
primeiro lugar, no que se refere ao aquecimento5 dos estabelecimentos, devem ser
contemplados investimentos em equipamentos adequados (caldeira, aquecimento central,
termoacumulador, painéis solares,...). Por outro lado, o próprio processo construtivo dos edifícios
escolares deve ser adequado em termos técnicos e ambientais, prevendo, entre outras medidas,
as paredes duplas, o isolamento térmico de paredes e da cobertura, a orientação solar, a luz
natural, a ventilação e a caixilharia ecotérmica e vidros duplos. As Fichas de Projecto e as
estimativas de investimento elaboradas para os novos estabelecimentos contemplam já estes
elementos.

No que diz respeito aos edifícios escolares existentes, e no caso de opção pelo cenário B,
procurar-se-á melhorar o seu conforto térmico, contribuindo assim para a qualidade da prática
educativa. As intervenções a desenvolver deverão conjugar dois tipos de acções:
• Reabilitação térmica dos edifícios (substituição da caixilharia e dos vidros,
requalificação da cobertura e respectivos isolamentos);
• Instalação de sistemas de aquecimento (aquecimento central, acumuladores e
recuperadores de calor).

Estabelecimentos Abrangidos e Estimativas de Investimento


• Escola Secundária de Rio Maior, EBI de Marinhas do Sal e EBI Fernando Casimiro
Pereira da Silva: Aquecimento Central, com Caldeira a Gás ou Gasóleo (cerca de 400
mil euros);

5 Atendendo à realidade do calendário escolar em Portugal apenas se justifica a colocação de sistemas de


climatização para arrefecimento em áreas de gestão e administrativas, ou outras, que sejam utilizadas durante o
Verão.
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Relatório Final

Cenário A –
• EB1 de São João da Ribeira e JI nº1 de Rio Maior: Aquecimento Central, com
Caldeira a Gás ou a Gasóleo (cerca de 50 mil euros);
• Restantes JI e EB1 do concelho: Acumulador de Calor ou Recuperador de Calor6
(cerca de 80 mil euros).
Cenário B –
• Diversos JI e EB1 do concelho: Acumulador de Calor ou Recuperador de Calor7
(cerca de 10 mil euros).

⇒ APETRECHAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS (MOBILIÁRIO E MATERIAL


DIDÁCTICO)

Justificação / Objectivos
Todo o mobiliário e material didáctico que seja utilizado pelos alunos deve ser adequado à sua
função e dimensionado de acordo com o grupo etário respectivo. Se nos casos dos projectos
estruturantes estão já previstas intervenções que contemplam esta dimensão essencial, importa
também proceder ao reapetrechamento dos estabelecimentos existentes.

Nos estabelecimentos com 2º e 3º ciclos do ensino básico (EBI), há que sobretudo criar e dotar
os centros de recursos e as salas específicas de melhores e mais diversificados equipamentos.
No caso da EBI de Marinhas do Sal importa, igualmente, substituir o mobiliário (secretárias e
móveis muito velhos e degradados)

Nos estabelecimentos de educação pré-escolar e 1º ciclo do ensino básico, e no caso de


concretização do Cenário A, a prioridade deverá ser para o reapetrechamento de mobiliário
(frequentemente bastante antigo) e para o reapetrechamento de material didáctico (privilegiando
os recursos multimédia).

6 Nas situações em que exista lareira.


7 Nas situações em que exista lareira.
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Relatório Final

Estabelecimentos Abrangidos e Estimativas de Investimento


• Escola Secundária de Rio Maior, EBI de Marinhas do Sal e EBI Fernando Casimiro
Pereira da Silva: cerca 250 mil euros;
Cenário A:
• JI e EB1 do concelho: cerca de 120 mil euros;
Cenário B:
• JI e EB1 do concelho: cerca de 25 mil euros;

⇒ REDE DE TRANSPORTES ESCOLARES

Justificação / Objectivos
Um dos principais objectivos da Carta Educativa do Município de Rio Maior consiste no
reordenamento do parque escolar, actualmente caracterizado pela excessiva disseminação de
estabelecimentos do 1º ciclo do ensino básico.

A nova lógica organizativa proposta por esta Carta Educativa, assente nos territórios educativos
e em centros escolares, gera novas exigências em termos de transportes escolares, uma vez
que o encerramento de diversos estabelecimentos implica a deslocação de crianças para outras
localidades. Por outro lado, a abertura de ofertas educativas na educação pré-escolar e a oferta
de actividades de complemento curricular em centros escolares implica novos esforços ao nível
dos transportes dessas crianças.

O sistema de transportes deve procurar definir itinerários de acordo com a própria organização
territorial do concelho, procurando conjugar os horários das carreiras públicas existentes com
percursos e horários próprios de transportes da autarquia (sejam autocarros ou carrinhas de
menor dimensão, consoante os locais). Estes transportes deverão ser dotados das condições de
segurança adequadas às idades das crianças (dos 3 aos 9 anos de idade), de acordo com o
previsto na lei.

CEDRU 146
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Relatório Final

⇒ ACTIVIDADES DE OCUPAÇÃO DE TEMPOS LIVRES

Justificação / Objectivos
Embora a Carta Educativa incida, fundamentalmente, no reordenamento da rede de instalações
e equipamentos escolares do Município de Rio Maior, importa também responder às novas
exigências que se colocam à educação pré-escolar e ao 1º ciclo do ensino básico (cujas
competências estão, em parte, sob a alçada das autarquias), nomeadamente no que diz respeito
às actividades de complemento curricular.

Com efeito, os primeiros anos de escolaridade de uma criança revelam-se essenciais no


desenvolvimento de competências diversas (as línguas, as operações aritméticas, as actividades
de educação física, a expressão dramática, etc.), contribuindo para a sua formação global.
Concomitantemente, a escola deverá também ser capaz de dar resposta às necessidades das
famílias, cujos horários de trabalho lhes impossibilitam o acompanhamento adequado das
crianças no horário pós-lectivo.

As limitações financeiras das autarquias levam a que as actividades de Complemento Curricular


possam ser desenvolvidas por parceiros locais, numa lógica de concertação estratégica e de
mobilização de agentes e instituições locais (casos de Associações de Pais, Instituições
Particulares de Solidariedade Social, entre outras), cabendo à autarquia um papel essencial - o
de proporcionar as condições físicas e materiais para o desenvolvimento destas actividades8.

Estabelecimentos / Actividades e Recursos a Mobilizar


Esta tipologia de acções dirige-se, essencialmente, para os estabelecimentos do primeiro ciclo
do ensino básico (no período pós-lectivo) e, complementarmente, para os estabelecimentos de
educação pré-escolar (a integrar no Prolongamento de Horário). Todos os Agrupamentos
deverão proporcionar estas actividades, prevendo-se que se localizem preferencialmente nos
seguintes estabelecimentos: EBI de Marinhas do Sal, EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva e
nos novos centros e núcleos escolares (Rio Maior, Alcobertas, Rio Maior Sul e em algumas das
freguesias mais populosas do restante território concelhio).

8 Para os principais investimentos previstos no âmbito dos Projectos Estruturantes desta Carta Educativa estão
contempladas Salas Polivalentes necessárias à concretização destas actividades.
CEDRU 147
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE RIO MAIOR
Relatório Final

Pretendem-se proporcionar às crianças diversas actividades, tais como:


• Estudo Acompanhado (Aprender a Aprender);
• Clubes diversos (Informática, Inglês, Música, Teatro, Dança, etc.);
• Expressão Físico-Motora (Ginástica, Natação, Desportos Colectivos, etc.);
• Actividades Lúdicas diversas, de acordo com os interesses da população escolar e
das dinâmicas locais.

Para a consubstanciação destas actividades são necessários recursos humanos,


nomeadamente um coordenador, animadores culturais, auxiliares e professores de diversas
áreas (Ed. Física, Ed. Musical, Inglês,...), que neste último caso poderão ser disponibilizados
pela própria escola sede de agrupamento.

CEDRU 148
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4.3 – Síntese das Propostas

ESTIMATIVAS DOS INVESTIMENTOS

Cenário A
TIPOLOGIA ACÇÃO / PROJECTO Custo (X1.000€)

Centro Escolar de Alcobertas 3.000 (a)


ESTRUTURANTES
PROJECTOS

Núcleos Escolares do Concelho


(Fráguas, Fonte da Bica, Vale de Óbidos e 1.200
Assentiz)

Sub-Total: Projectos Estruturantes 4.200

Requalificação do Parque Escolar 1.400


COMPLEMENTARES
PROJECTOS

Climatização do Parque Escolar 530

Apetrechamento dos Estabelecimentos 370

Sub-Total: Projectos Complementares 2.300

TOTAL GERAL 6.500


(a) 1ª Fase cerca de 1.500 mil euros (só pré-escolar e 1º ciclo)

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Cenário B
TIPOLOGIA ACÇÃO / PROJECTO Custo (X1.000€)

Centro Escolar de Rio Maior 2.250 (a)

Centro Escolar de Alcobertas 3.000 (b)


ESTRUTURANTES
PROJECTOS

Centro Escolar Integrado - Rio Maior Sul 3.500 (b)

JI Cidade Rio Maior Sul 450

JI/Creche de Malaqueijo 700

Sub-Total: Projectos Estruturantes 9.900

Requalificação do Parque Escolar 1.030


COMPLEMENTARES
PROJECTOS

Climatização do Parque Escolar 435

Apetrechamento dos Estabelecimentos 275

Sub-Total: Projectos Complementares 1.740

TOTAL GERAL 11.640


(a) 1ª Fase cerca de 400 mil euros (só pré-escolar)
(b) 1ª Fase cerca de 1.500 mil euros (só pré-escolar e 1º ciclo)

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CRONOGRAMA DAS INTERVENÇÕES

Acção / Projecto 2006 2007 2008 2009 2010 2011


1ª 1ª 2ª 2ª
Centro Escolar de Alcobertas
Fase Fase Fase Fase

1ª 2ª
Projectos Estruturantes

Centro Escolar Integrado - Rio Maior Sul


Fase Fase

1ª 1ª 2ª 2ª
Centro Escolar de Rio Maior
Fase Fase Fase Fase

JI Cidade Rio Maior Sul

JI/Creche de Malaqueijo

Núcleos Escolares do Concelho

Requalificação do Parque Escolar


Complementares

Climatização do Parque Escolar


Projectos

Apetrechamento dos Estabelecimentos

Rede de Transportes Escolares

Actividades de Ocupação de Tempos Livres

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TERRITORIALIZAÇÃO DAS INTERVENÇÕES

Figura 14 – Síntese das Propostas para o Município de Rio Maior (Rede Pública) – Cenário A

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Figura 15 – Síntese das Propostas para o Município de Rio Maior (Rede Pública) – Cenário B

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5. MONITORIZAÇÃO DO
PROCESSO

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Relatório Final

5.1 – Considerações Gerais

Sendo a Carta Educativa do Município de Rio Maior um documento de orientação estratégica


com um horizonte temporal determinado (2011, o que corresponde a cerca de 6/7 anos lectivos),
importa ter em consideração o facto de se tratar de um instrumento flexível, fruto das diversas
variáveis que poderão levar à necessidade de reajustamentos: reorientações do sistema
educativo, disponibilidade financeira, dinâmicas demográficas, económicas, sociais, entre outras.

Como refere Guy Odie (Conselheiro do Programa sobre as construções escolares da OCDE):
“Ainda que seja importante implantar os equipamentos num bom lugar, a experiência mostra que
esse lugar não será bom para sempre (...). A localização de um edifício escolar nunca está
definitivamente correcta; ela depende de um processo permanente de reimplantação ou de
transformação que responde à evolução da colectividade”.

Por conseguinte, a implementação da Carta Educativa do Município de Rio Maior deve


contemplar um adequado processo de monitorização e avaliação, de forma a estabelecerem-se
as necessárias inflexões e reorientações, de acordo com as novas dinâmicas do território e do
sistema educativo. Este processo de monitorização e avaliação deve ser efectuado com a
mobilização dos diversos agentes envolvidos no próprio sistema educativo local, com ênfase
para o Conselho Municipal de Educação.

Simultaneamente, importa criar um sistema adequado de monitorização que inclua uma bateria
de indicadores que permita efectuar a validação das opções tomadas, bateria essa que deve
incluir uma vertente macro (indicadores de contextualização) e uma vertente micro (indicadores
de acompanhamento e de impacte, nomeadamente da relação entre a oferta e a procura).

Em síntese, tal como refere Édio Martins (DAPP- ME): “O processo de monitorização/ avaliação
da Carta Educativa permitirá uma permanente e continuada aferição da clarividência e eficácia
das propostas formuladas, para que seja possível a detecção precoce de eventuais
desajustamentos e que atempadamente se configurem as soluções mais adequadas. A
monitorização é, assim, a continuidade natural da Carta Educativa, a sustentação ao longo de
anos subsequentes dos conteúdos da mesma; é um dos seus aspectos essenciais”.

CEDRU 155
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Relatório Final

5.2 – Faseamento do Processo de Monitorização

O processo de monitorização da Carta Educativa de Rio Maior compreende três fases


essenciais: Recolha/ Organização da Informação, Instrumentos de Acção e Avaliação dos
Resultados.

Recolha/ Organização da Informação:

O processo de recolha, organização e disponibilização da informação é essencial na


monitorização da Carta Educativa, devendo esta informação ser disponibilizada anualmente
pelos estabelecimentos e agrupamentos de ensino, autarquia e Direcção Regional da Educação
de Lisboa, através de um conjunto de dados fundamentais sobre a oferta e a procura de ensino,
bem como de outros dados relevantes (transportes, acção social escolar, evolução demográfica,
sócio-económica, etc.).

Instrumentos de Acção:

Com base na informação recolhida, organizada e apresentada passa-se para a elaboração de


pequenos planos de acção (anuais/ bianuais, trienais, etc.) que permitam definir objectivos e
recursos a utilizar, que vão de encontro às grandes linhas de orientação da Carta Educativa ou
que, em alguns casos, impliquem a sua reformulação.

Avaliação dos Resultados:

No final de cada ano lectivo (ou eventualmente de dois em dois anos lectivos) deverão ser
produzidos pequenos relatórios de avaliação da própria Carta Educativa e dos Instrumentos de
Acção, que poderão levar à mobilização de novos recursos (físicos, humanos ou institucionais) e
a ajustamentos estratégicos considerados pertinentes.

CEDRU 156
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5.3 – Organização do Processo de Monitorização

A organização do processo de monitorização da Carta Educativa de Rio Maior compreende duas


componentes essenciais: Conteúdo e Gestão.

Conteúdo:

O conteúdo dos instrumentos de monitorização da Carta Educativa de Rio Maior deve,


naturalmente, estar ajustados à metodologia e conteúdo da Carta Educativa. Por conseguinte
devem contemplar os seguintes domínios:
• Envolvente Territorial (transformações demográficas e sócio-económicas);
• Oferta e Procura de Ensino;
• Transportes e Acção Social Escolar.

Gestão:

A gestão da monitorização da Carta Educativa de Rio Maior deve ser da responsabilidade de


uma estrutura organizativa que tenha uma visão simultaneamente global sobre o sistema
educativo e todo o território regional e particular, tendo em consideração a realidade local
específica. A mobilização do Conselho Municipal de Educação será fundamental neste processo.
Concomitantemente, por questões de racionalidade económica, poderá a Comunidade Urbana
da Lezíria do Tejo desempenhar aqui um papel fulcral, numa lógica de obtenção de economias
de escala.

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Relatório Final

ANEXOS

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Anexo 1 – Meio Envolvente, Acessibilidades e Infra-Estruturas dos Estabelecimentos de Educação Pré-Escolar Pública na Freguesia de Rio Maior
Caracterização Acessibilidades Edifício Infra-Estruturas (redes)
Estabelecimentos Localidade do Meio Climatização
Envolvente Transportes Higiene e
Pedonais Segurança Água Electricidade Esgotos Gás Telefónica
Públicos Saúde

Jardim-de-infância Boiças Boiças R B B D R D R R R D N

Jardim-de-infância de Abuxanas Abuxanas B B B R R B B B B R SI

Jardim-de-infância Arco da
Rio Maior B B R R B B B B B R SI
Memória

Jardim-de-infância de Azinheira Azinheira B B B R B B B B B R SI

Jardim-de-infância de Fonte da
Rio Maior B B B R B B B B B SI SI
Bica
Jardim-de-infância de Vale de
Vale de Óbidos B B B R B B B B B R SI
Óbidos
Jardim-de-infância n.º 1 de Rio
Rio Maior B R R R R R R R B R B
Maior
Jardim-de-infância n.º 2 de Rio
Rio Maior R B R R B B B B B N N
Maior
Estado de Conservação: Existência:
B – Bom S - Sim
R - Razoável N – Não
D – Deficiente SI – Sem Informação

Fonte: Câmara Municipal de Rio Maior/ Agrupamentos de Escolas de Rio Maior.

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Relatório Final

Anexo 2 – Meio Envolvente, Acessibilidades e Infra-Estruturas dos Estabelecimentos de Educação Pré-Escolar Pública nas Freguesias Rurais do Concelho
de Rio Maior
Caracterização Acessibilidades Edifício Infra-Estruturas (redes)
Agrupamento Estabelecimentos Freguesia do Meio Climatização
Envolvente Pedonais Transportes Segurança
Higiene e
Água Electricidade Esgotos Gás Telefónica
Públicos Saúde
Jardim-de-infância Alcobertas Alcobertas R R R D R D1 S S N N N
Alcobertas Jardim-de-infância de Casais Monizes Alcobertas R R R D R D 1 S S N N N

Jardim-de-infância de Teira Alcobertas D R R D R D 1 S S N N N

Jardim-de-infância Arrouquelas Arrouquelas B B B B B B B R R R N

Jardim-de-infância Assentiz Assentiz D R R B R R R R D D N

Jardim-de-infância Azambujeira Azambujeira D B D D D R R R R R N

Jardim-de-infância de Fráguas Fráguas R R B R R D R R N R N


Fernando Casimiro
P. Silva Jardim-de-infância de Malaqueijo Malaqueijo D D D R R I R R R N N

Jardim-de-infância de Marmeleira Marmeleira D R D R R I R R R N N

Jardim-de-infância de Ribeira de S. João Ribeira de S. João B B R B B R R R R N B

Jardim-de-infância de S. João da Ribeira S. João da Ribeira B B B B B B R R R N N

Jardim-de-infância de S. Sebastião S. Sebastião R R R R R D B B B B N

Jardim-de-infância de Asseiceira Asseiceira B B B R B B B B B R SI


Marinhas do Sal Jardim-de-infância Correias Outeiro da Cortiçada B B B R B B B B B SI SI

Jardim-de-infância Outeiro da Cortiçada Outeiro da Cortiçada B B B R B B B B B R SI


Estado de Conservação: Existência:
B – Bom S - Sim
R - Razoável N – Não
D – Deficiente SI – Sem Informação
I - Inexistente
Observações:
1 – O tipo de climatização utilizado é o radiador eléctrico.

Fonte: Câmara Municipal de Rio Maior/ Agrupamentos de Escolas de Rio Maior.

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Anexo 3 - Meio Envolvente, Acessibilidades e Infra-Estruturas dos Estabelecimentos do 1º Ciclo Público na Freguesia de Rio Maior
Caracterização Acessibilidades Edifício Infra-Estruturas (redes)
Estabelecimentos Localidade do Meio Climatização
Envolvente Transportes Higiene e
Pedonais Segurança Água Electricidade Esgotos Gás Telefónica
Públicos Saúde
EB do 1.º Ciclo de Abuxanas Abuxanas SI R SI R R SI R R R SI SI

EB do 1.º Ciclo de Arco da Memória Rio Maior SI R SI R R SI R R R SI SI

EB do 1.º Ciclo de Azinheira Azinheira SI R SI R R SI R R R R SI

EB do 1.º Ciclo de Boiças Boiças SI B B R R R R R R N N

EB do 1.º Ciclo de Cidral Cidral SI R SI R R SI R R R R SI

EB do 1.º Ciclo de Fonte da Bica Rio Maior SI R SI R R SI R R R SI SI

EB do 1.º Ciclo de Mata de Baixo Mata de Baixo SI R SI R R SI R R R SI SI

EB do 1.º Ciclo de Pé da Serra Pé da Serra SI R SI R R SI R R R SI SI

EB do 1.º Ciclo de Rio Maior (Freiria) Rio Maior SI R SI R R SI R R R SI SI

EB do 1.º Ciclo de Vale de Óbidos Vale de Óbidos SI R SI R R SI R R R R SI


Estado de Conservação: Existência:
B – Bom S - Sim
R - Razoável N – Não
D – Deficiente SI – Sem Informação
Fonte: Câmara Municipal de Rio Maior/ Agrupamentos de Escolas de Rio Maior.

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Anexo 4 – Meio Envolvente, Acessibilidades e Infra-Estruturas dos Estabelecimentos do 1º Ciclo Público nas Freguesias Rurais do Concelho de Rio Maior
Caracterização Acessibilidades Edifício Infra-Estruturas (redes)
Agrupamento Estabelecimentos Freguesia do Meio Climatização
Envolvente Pedonais Transportes Segurança Higiene e Saúde Água Electricidade Esgotos Gás Telefónica
Públicos
EB1 de Casais Monizes Alcobertas R R R D R D S S N N N

EB1 de Sourões Alcobertas R R R D R D S S N N N

EB1 n.º 1 de Alcobertas Alcobertas D R R D R D S S N N N


Alcobertas
EB1 n.º 1 de Teira Alcobertas D R R D R D S S N N N

EB1 n.º 2 de Alcobertas - Chãos Alcobertas R R R D R D S S N N N

EB1 n.º 2 de Teira – Fonte Longa Alcobertas D R R D D D S S N N N

EB1 de Arrouquelas Arrouquelas SI B B R R R R R R N N

EB1 de Assentiz Assentiz SI B B R R R R R R N N

EB1 de Aflouvés Azambujeira SI B B R R R R R R N N

EB1 de Azambujeira Azambujeira SI B B R R R R R R N N

EB1 de Carvalhais Fráguas SI B B R R R R R R N N

EB1 n.º 1 de Fráguas Fráguas SI B R R R R R R R N N


Fernando
Casimiro P. Silva EB1 n.º 2 de Fráguas - Póvoas Fráguas SI B R R R R R R R N N

EB1 de Malaqueijo Malaqueijo SI B B R R R R R R N N

EB1 de Marmeleira Marmeleira SI B B R R R R R R N N

EB1 n.º 1 da Ribeira de S. João Ribeira de S. João SI B B R R R R R R N N

EB1 n.º 2 da Ribeira de S. João Ribeira de S. João SI B B R R R R R R N N

EB1 de São João da Ribeira São João da Ribeira SI B B R R R R R R N R

EB1 de S. Sebastião São Sebastião SI B B R R R R R R N N

EB1 de Arruda dos Pisões Arruda dos Pisões SI R SI R R SI R R R SI SI

EB1 de Asseiceira Asseiceira SI R SI R R SI R R R R SI


Marinhas do Sal
EB1 de Correias Outeiro da Cortiçada SI R SI R R SI R R R SI SI

EB1 de Outeiro da Cortiçada Outeiro da Cortiçada SI R SI R R SI R R R SI SI

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Relatório Final

Anexo 5 - Meio Envolvente, Acessibilidades e Infra-Estruturas dos Estabelecimentos do 2º e 3 º Ciclo e Ensino Secundário Público do Concelho de Rio Maior
Caracterização Acessibilidades Edifício Infra-Estruturas (redes)
Estabelecimentos Freguesia do Meio Climatização
Envolvente Transportes Higiene e
Pedonais Segurança Água Electricidade Esgotos Gás Telefónica
Públicos Saúde
Escola Básica Integrada Fernando
Rio Maior D D R R D I D R R R R
Casimiro Pereira da Silva
Escola Básica Integrada de Marinhas
Rio Maior SI B B R R R R B R R B
do Sal
Escola Secundária Dr. Augusto
Rio Maior R D SI R R SI R R D R R
César da Silva Ferreira
Estado de Conservação:
B – Bom Existência:
R - Razoável S - Sim
D – Deficiente N – Não
I – Inexistente SI – Sem Informação

Fonte: Câmara Municipal de Rio Maior/ Agrupamentos de Escolas de Rio Maior.

CEDRU 163

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