Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2022/01 CÁLCULO 1
Funções
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
1
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
1. FUNÇÕES ................................................................................................................................... 1
Definição 1. Função .....................................................................................................................................2
3. GRÁFICOS .................................................................................................................................. 6
2
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
10.7. Função Exponencial de base 𝒂 ............................................................................................................56
3
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
1. FUNÇÕES
t (horas) nº bactérias
0 100
1 200 = 2 ⋅ 100
2 400 = 2 ⋅ (2 ⋅ 100) = 22 ⋅ 100
3 800 = 2 ⋅ (22 ⋅ 100) = 23 ⋅ 100
⋮ ⋮
𝑡
𝑡 2 ⋅ 100
1
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
𝒕 = 𝟓 horas
Para o “item b)”, temos 𝑡 = 10, sendo assim:
𝐵(𝑡) = 2𝑡 ⋅ 100 ⇒ 𝐵(10) = 210 ⋅ 100 ⇒ 𝑩(𝟏𝟎) = 𝟏𝟎𝟐𝟒𝟎𝟎 bactérias
Definição 1. Função
Uma função 𝑓 é uma lei (regra) a qual para cada elemento 𝑥 de um conjunto 𝐴 faz
corresponder um único elemento chamado 𝑓(𝑥) em 𝐵.
𝑓: 𝐴 → 𝐵
𝑥 → 𝑓(𝑥)
ou
𝑓: 𝐴 → 𝐵
𝑥→𝑦
onde 𝑦 = 𝑓(𝑥 ).
2
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Exemplos e Contraexemplos de funções:
1)
2)
3)
É função
3
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
𝐷 (𝑓 ) = 𝐴
𝐶𝐷(𝑓 ) = 𝐵
𝐼𝑚( 𝑓) = {2,4,6,8}
𝑓(𝑥) = 2𝑥 (lei da função)
5𝑥 5(2) 10
Exemplo: Seja 𝑓 a função definida por 𝑓(𝑥) = 𝑥2 −4. Determine. 𝑓(2) = =
(2)2 − 4 0
5(−1) 5 Não existe divisão por
a) 𝑓(−1) = (−1)2−4 = 3 zero
b) 𝑥 = 2 pertence ao domínio de 𝑓?
Observe que para x=2 temos 𝑥 2 − 4 = 22 − 4 = 4 − 4 = 0. Neste caso, como não
existe divisão por zero, x=2 não pertence ao domínio da função f.
4
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
O domínio de uma função é o conjunto formado por todos os números reais que possuem
correspondentes também reais através da lei da função. Ou seja, se uma função for definida
através de uma lei de formação e não houver domínio explicitado, então o domínio será
considerado o conjunto dos números reais para os quais a lei fornece um valor real.
b) 𝑓(𝑥) = √𝑥
c) 𝑓(𝑥) = √𝑥 − 1
Respostas:
a) 𝑥 ≠ 0 𝐷(𝑓) = ℝ∗ 𝐼𝑚(𝑓 ) = ℝ∗
5
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
3. GRÁFICOS
O método mais comum de visualizar uma função consiste em fazer seu gráfico. Se 𝑓
for uma função de domínio 𝐴, então seu gráfico será o conjunto de pares ordenados para cada
x do domínio.
𝐺 = {(𝑥, 𝑓(𝑥))| 𝑥 ∈ 𝐴}
Em outras palavras o gráfico de 𝑓 consiste em todos os pontos (𝑥, 𝑦) do plano
coordenado tais que 𝑦 = 𝑓(𝑥) e 𝑥 está no domínio da 𝑓.
Exemplo:
1) Dado o gráfico de uma função 𝑓 abaixo:
6
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
A partir da definição de função, podemos afirmar que uma curva no plano coordenado é
um gráfico de uma função 𝑥 se, e somente se, nenhuma reta vertical intercepta (corta) a curva
mais de uma vez.
7
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Graficamente, a função é positiva nos intervalos onde o gráfico está acima do eixo 𝑥 e negativa
nos intervalos onde o gráfico está abaixo do eixo 𝑥.
Exemplo:
8
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Observamos que para quaisquer 𝑥3 , 𝑥4 ∈ (𝑑, 𝑒) se 𝑥3 < 𝑥4 , temos 𝑓(𝑥3 ) > 𝑓(𝑥4 ), ou
seja, à medida que os valores de 𝑥 aumentam, suas imagens diminuem, logo a função é
decrescente.
9
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Exemplos:
a) 𝑓(𝑥) = √𝑥
Função crescente
b) 𝑓(𝑥) = −𝑥 + 1
Função decrescente
c) 𝑓(𝑥) = 𝑥 2
10
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Além disso, para todo 𝑥 no domínio comum de 𝑓 e 𝑔 tal que 𝑔(𝑥) ≠ 0, podemos
definir:
▪ Função quociente:
𝑓 𝑓(𝑥)
(𝑔) (𝑥 ) = 𝑔(𝑥), com 𝑔(𝑥) ≠ 0
Exemplo:
c) (𝑓 − 𝑔)(4)
(𝑓 − 𝑔)(𝑥) = 2𝑥 + 1 − √𝑥
(𝑓 − 𝑔)(4) = 2(4) + 1 − √4
(𝑓 − 𝑔)(4) = 7
11
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
9. FUNÇÃO COMPOSTA
Considere duas funções 𝑓 e 𝑔. Se escolhermos um número 𝑥 pertencente ao domínio de
𝑔, encontramos sua imagem 𝑔(𝑥). Se esse número 𝑔(𝑥) pertence ao domínio de 𝑓, então
podemos calcular o valor de 𝑓(𝑔(𝑥 )):
𝑔: 𝐴 → 𝐵 𝑓: 𝐵 → 𝐶
(𝑓𝑜𝑔)(𝑥 ) = 𝑓(𝑔(𝑥 ))
Assim definimos a função composta de duas funções dadas 𝑓 e 𝑔.
OBS.:
O domínio da 𝑓𝑜𝑔 é o conjunto formado por todos os elementos 𝑥 do domínio da 𝑔 para
os quais 𝑓(𝑔(𝑥)) é um número real (ou seja, 𝑔(𝑥) ∈ 𝐷(𝑓)).
Exemplo:
1) Sejam as funções 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 e 𝑔(𝑥) = 𝑥 − 3.
Determine:
a) 𝑓𝑜𝑔 e seu domínio.
𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑓(𝑥 − 3) = (𝑥 − 3)2 = 𝑥 2 − 6𝑥 + 9
(𝑓𝑜𝑔)(𝑥) = 𝑥 2 − 6𝑥 + 9
𝐷 (𝑓 ) = ℝ 𝐷 (𝑔 ) = ℝ
𝐷 (𝑓 ∘ 𝑔 ) = ℝ
b) 𝑔𝑜𝑓 e o seu domínio.
𝑔(𝑓(𝑥)) = 𝑔(𝑥 2 ) = 𝑥 2 − 3
(𝑔𝑜𝑓)(𝑥) = 𝑥 2 − 3
𝐷(𝑔𝑜𝑓 ) = ℝ
12
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Exemplos:
13
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
𝑓 −1 (𝑦) = 𝑥 ⇔ 𝑓(𝑥 ) = 𝑦.
Considere 𝑓: 𝐴 → 𝐵 uma função bijetora. Neste caso, para todo 𝑥 ∈ 𝐴 existe um único
elemento 𝑦 ∈ 𝐵 tal que 𝑓(𝑥) = 𝑦. A partir, disso temos a seguinte definição:
Propriedades da função inversa:
▪ 𝐷(𝑓 −1 ) = 𝐵 = 𝐼𝑚(𝑓)
▪ 𝐼𝑚(𝑓 −1 ) = 𝐴 = 𝐷(𝑓)
▪ (𝑦, 𝑥) ∈ 𝑓 −1 ⇔ (𝑥, 𝑦) ∈ 𝑓
▪ O gráfico de 𝑓 −1 é simétrico ao gráfico de 𝑓 em relação à reta 𝑦 = 𝑥.
Dada a função bijetora 𝑓: 𝐴 → 𝐵, definida pela lei 𝑦 = 𝑓(𝑥), para obtermos a lei que
define a inversa 𝑓 −1 procedemos da seguinte maneira:
(1) transformamos algebricamente a expressão 𝑦 = 𝑓(𝑥 ) até expressarmos 𝑥 em função
𝑦, ou seja, 𝑥 = 𝑓 −1 (𝑦).
(2) na lei 𝑥 = 𝑓 −1 (𝑦) permutamos as variáveis (𝑥 por 𝑦 e vice-versa), obtendo a lei:
𝑦 = 𝑓 −1 (𝑥).
Exemplo: Dada a função: 𝑓(𝑥 ) = 2𝑥 − 3 obtenha a lei da inversa da 𝑓.
14
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Função Constante
Seja 𝑓: ℝ ⟶ ℝ , tal que 𝑓 (𝑥 ) = 𝑐, onde 𝑐 é um número real fixado. Esta função recebe
o nome de função constante. Observe que para cada elemento 𝑥 ∈ ℝ associamos sempre o
mesmo elemento 𝑐 ∈ ℝ. O domínio é o conjunto dos números reais e a imagem é o conjunto
unitário formado pelo elemento 𝑐, ou seja: 𝐼𝑚(𝑓 ) = {𝑐}.
Exemplo:
𝑓(𝑥) = 3
𝐷 (𝑓 ) = ℝ
𝐼𝑚(𝑓 ) = {3}
15
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Exemplos:
a) 𝑓(𝑥) = 2𝑥 + 1
𝑎=2 ,𝑏=1
Zero da função:
−1
2𝑥 + 1 = 0 ⇒ 2𝑥 = −1 ⇒ 𝑥 =
2
Como 𝑎 > 0 a função é crescente.
Pontos da reta:
▪ (0,1) onde intercepta o eixo 𝑦
−1
▪ ( 2 , 0) onde intercepta o eixo 𝑥
𝐷 (𝑓 ) = ℝ
𝐼𝑚(𝑓 ) = ℝ
b) 𝑓(𝑥) = −2𝑥 + 1
𝑎 = −2 , 𝑏 = 1
Zero da função:
1
−2𝑥 + 1 = 0 ⇒ −2𝑥 = −1 ⇒ 𝑥 =
2
Como 𝑎 < 0 a função é decrescente.
Pontos da reta:
▪ (0,1) onde intercepta o eixo 𝑦
1
▪ (2 , 0) onde intercepta o eixo 𝑥
𝐷 (𝑓 ) = ℝ
𝐼𝑚(𝑓 ) = ℝ
16
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
17
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Casos particulares da função de primeiro grau
10.2.1. Função linear:
A função linear é um caso particular da função afim quando consideramos 𝑏 = 0,
ou seja, 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥, 𝑎 ∈ ℝ, 𝑎 ≠ 0. O gráfico da função linear é uma reta que passa pela
origem, isto é, passa pelo ponto (0,0).
Exemplo:
𝑓 (𝑥 ) = −3𝑥
𝑎 = −3, 𝑏 = 0
Como 𝑎 <0 a função é decrescente.
𝐷 (𝑓 ) = ℝ
𝐼𝑚(𝑓 ) = ℝ
𝑓(𝑥) = 𝑥
𝑎 = 1, 𝑏 = 0
Como 𝑎 > 0 a função é crescente.
𝐷 (𝑓 ) = ℝ
𝐼𝑚(𝑓 ) = ℝ
18
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
10.2.3. Sinal da função do primeiro Grau
𝑏
Dada a função do primeiro grau 𝑓 (𝑥 ) = 𝑎𝑥 + 𝑏, temos que 𝑥 = − 𝑎 é o zero da função,
𝑏
ou seja, 𝑓 (− 𝑎) = 0.
Vamos examinar agora para quais valores de 𝑥 temos 𝑓(𝑥) > 0, ou seja, a função 𝑓 é
positiva, e para quais valores de 𝑥 temos f(𝑥) < 0, ou seja, a função 𝑓 é negativa.
1. Seja 𝒂 > 𝟎:
Já sabemos que o gráfico da função afim é uma reta, se o coeficiente angular é positivo
𝑏
a função é crescente, e 𝑥 = − 𝑎 é o zero da função (local onde a reta intercepta o eixo 𝑥). Para
estudar o sinal da função afim, podemos construir o gráfico de 𝑓 (𝑥 ) = 𝑎𝑥 + 𝑏 com 𝑎 > 0, sem
representarmos o eixo 𝑦, assim temos:
Para 𝑎 > 0:
𝑏
▪ 𝑓 (𝑥 ) = 𝑎𝑥 + 𝑏 > 0 ⟺ 𝑥 > − 𝑎
𝑏
ou seja, para 𝑥 > − a função é positiva.
𝑎
𝑏
▪ 𝑓 (𝑥 ) = 𝑎𝑥 + 𝑏 < 0 ⟺ 𝑥 < − 𝑎
𝑏
ou seja, para 𝑥 < − 𝑎 a função é
negativa.
2. Seja 𝒂 < 𝟎 :
Se o coeficiente angular é negativo a função é decrescente e construindo o gráfico de
𝑓 (𝑥 ) = 𝑎𝑥 + 𝑏 com 𝑎 < 0, sem representarmos o eixo 𝑦, temos:
Para 𝑎 < 0:
𝑏
▪ 𝑓 (𝑥 ) = 𝑎𝑥 + 𝑏 > 0 ⟺ 𝑥 < − 𝑎,
𝑏
ou seja, para 𝑥 < − 𝑎 a função é positiva.
𝑏
▪ 𝑓 (𝑥 ) = 𝑎𝑥 + 𝑏 < 0 ⟺ 𝑥 > − 𝑎
𝑏
ou seja, para 𝑥 > − 𝑎 a função é negativa.
19
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
10.2.4. Inequação de Primeiro Grau
𝑎𝑥 + 𝑏 < 0 𝑎𝑥 + 𝑏 ≤ 0 𝑎𝑥 + 𝑏 > 0 𝑎𝑥 + 𝑏 ≥ 0
20
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Outra forma de resolver o Exemplo (1) Resolva: 7𝑥 + 6 > 0
6
Portanto o conjunto solução desta inequação é: 𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ | 𝑥 > − 7} .
21
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
2𝑥−7
Exemplo (3) Resolva: −5 < ( 3
)≤3
2𝑥−7
Exemplo (4) Resolva: −5𝑥 < ( ) ≤ 3.
3
Para resolver o exemplo (4), precisamos separar a inequação dada em duas inequações
pois existe dois termos da inequação original que envolve a variável 𝑥.
2𝑥−7 2𝑥−7
Assim, precisamos resolver (i) −5𝑥 < ( ) e (ii) ( ) ≤ 3, e interseccionar as duas
3 3
7
Portanto o conjunto solução da inequação (i) é: 𝑆(𝑖) = {𝑥 ∈ ℝ | 𝑥 > 17} .
22
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Resolvendo (ii) temos:
2𝑥 − 7
≤3 Multiplicamos por 3 todos os termos da desigualdade,
3
2𝑥 − 7 pois o denominador é 3 (Prop.2).
( )⋅3≤ 3⋅3
3
2𝑥 − 7 ≤ 9
2𝑥 ≤ 9 + 7 Fazendo as simplificações possíveis.
2𝑥 ≤ 16
𝑥≤8
Dividimos por 2 todos os termos da desigualdade para
isolarmos 𝑥 (Prop.2).
Portanto o conjunto solução da inequação (ii) é: 𝑆(𝑖𝑖) = {𝑥 ∈ ℝ | 𝑥 ≤ 8} .
Devemos procurar agora a interseção das duas soluções:
7
𝑆(𝑖) = {𝑥 ∈ ℝ | 𝑥 > }
17
𝑆(𝑖𝑖) = {𝑥 ∈ ℝ | 𝑥 ≤ 8}
7
𝑆(𝐹) = 𝑆(𝑖) ∩ 𝑆(𝑖𝑖) = { 𝑥 ∈ ℝ | < 𝑥 ≤ 8}
17
Inequações que envolvem produtos cujos fatores são expressões do primeiro grau da
forma 𝑎𝑥 + 𝑏 podem ser resolvidas através do estudo de sinal das funções do primeiro grau, e
são chamadas inequações produto.
De acordo com a regra de sinais do produto de números reais, se os fatores possuem o
mesmo sinal, então o produto é positivo. Se os fatores possuem sinais diferentes, o produto é
negativo. Essa regra também vale para as inequações produto.
23
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
𝑓(𝑥) = 3 − 𝑥 𝑔(𝑥 ) = 3𝑥 − 2
Agora, vamos estudar o sinal do produto 𝑓(𝑥) ⋅ 𝑔(𝑥), construindo uma tabela a partir
das informações anteriores:
2𝑥+3
Exemplo (6) Resolva: ≤2
1−𝑥
2𝑥+3
Para resolver a inequação 1−𝑥 ≤ 2 precisamos primeiro transformá-la em outra
inequação equivalente, ou seja, devemos reescrevê-la de modo a ter zero no lado direito, assim:
2𝑥 + 3 2𝑥 + 3
≤2⇒ − 2 ≤ 0 ⇒ (fazendo o mmc temos)
1−𝑥 1−𝑥
2𝑥 + 3 − 2(1 − 𝑥) 2𝑥 + 3 − 2 + 2𝑥 4𝑥 + 1
⇒ ≤0⇒ ≤0⇒ ≤0
1−𝑥 1−𝑥 1−𝑥
24
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Numerador: 𝑓(𝑥) = 4𝑥 + 1 Denominador: 𝑔(𝑥 ) = 1 − 𝑥
𝑓(𝑥)
Agora, vamos estudar o sinal do quociente g(𝑥) :
25
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Função do Segundo Grau (Função Quadrática)
Uma função 𝑓: ℝ ⟶ ℝ é chamada função quadrática, ou polinomial do segundo grau,
se for da forma:
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐
com 𝑎, 𝑏, 𝑐 ∈ ℝ e 𝑎 ≠ 0.
O gráfico de uma função quadrática é uma parábola. A parábola possui um eixo de
simetria paralelo ao eixo 𝑦.
O coeficiente a determina se a concavidade da parábola é voltada para cima ou para
baixo:
▪ 𝑎 > 0 concavidade voltada para cima,
▪ 𝑎 < 0 concavidade voltada para baixo.
−𝑏 ± √𝑏2 − 4𝑎𝑐 −𝑏 ± √∆
𝑥= ⟶ 𝑥=
2𝑎 2𝑎
26
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
∆>0 ∆=0 ∆<0
𝑎 >0
𝑎 <0
−∆
𝑦𝑣 = 𝑓(𝑥𝑣 ) =
4𝑎
Para determinação da imagem temos:
▪ 𝑎 < 0 ⟷ 𝑦𝑣 é o valor máximo de 𝑓 ⟷ 𝐼𝑚(𝑓) = {𝑦 ∈ ℝ| 𝑦 ≤ 𝑦𝑣 }
▪ 𝑎 > 0 ⟷ 𝑦𝑣 é o valor mínimo de 𝑓 ⟷ 𝐼𝑚(𝑓) = {𝑦 ∈ ℝ| 𝑦 ≥ 𝑦𝑣 }
27
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Exemplo:
Dada a função 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 4𝑥 + 3, construa seu gráfico e determine o conjunto
imagem.
−𝑏±√𝑏2 −4𝑎𝑐
1. Achar as raízes: 𝑥 = 2𝑎
−(−4) ± √(−4)2 − 4 ⋅ 1 ⋅ 3
𝑥=
2⋅1
4±√4
𝑥= 𝑥1 = 3 e 𝑥2 = 1
2
2. Achar o vértice:
3+1 4
𝑥𝑣 = = =2
2 2
OBS: Algumas famílias de gráficos têm a mesma forma básica. Por exemplo, vamos
comparar o gráfico de 𝑦 = 𝑥 2 com os gráficos de quatro outras funções quadráticas:
28
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
29
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
10.3.1. Inequação do segundo grau
𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 < 0 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ≤ 0 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 > 0 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ≥ 0
30
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
𝑎>0 𝑎<0
∆> 0, 𝑥1 ≠ 𝑥2 ∆> 0, 𝑥1 ≠ 𝑥2
▪ ∄ 𝑥 ∈ ℝ | 𝑓 (𝑥 ) = 0 ▪ ∄ 𝑥 ∈ ℝ | 𝑓(𝑥) = 0
▪ 𝑓(𝑥) < 0 em ℝ
▪ ∄ 𝑥 ∈ ℝ | 𝑓 (𝑥 ) < 0
31
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Exemplo:
1) Resolva 𝑥 2 − 8𝑥 + 12 ≤ 0.
𝑓 (𝑥 ) = 𝑥 2 − 8𝑥 + 12 ⟶ 𝑎 = 1, 𝑏 = −8 𝑒 𝑐 = 12
▪ Δ = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 ▪ 𝑎 > 0 ⟶ Parábola tem concavidade
voltada para cima
Δ = (−8)2 − 4(1)(12)
Δ = 64 − 48
Δ = 16 ⟶ Δ > 0
Portanto, temos duas raízes reais distintas
(f possui dois zeros)
−𝑏 ± √∆
𝑥=
2𝑎
−(−8) ± √16
𝑥=
2
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ |2 ≤ 𝑥 ≤ 6} ou em intervalos
8±4
𝑥= 𝑆 = [2,6]
2
𝑥1 = 2 𝑒 𝑥2 = 6
32
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
2) Resolva (𝑥 2 + 2𝑥 − 3)(−𝑥 2 + 4) ≤ 0
𝑓 (𝑥 ) = 𝑥 2 + 2𝑥 − 3 𝑒 𝑔(𝑥 ) = −𝑥 2 + 4
Vamos começar analisando a função f e posteriormente a g.
𝑓 (𝑥 ) = 𝑥 2 + 2𝑥 − 3 ⟶ 𝑎 = 1, 𝑔(𝑥 ) = −𝑥 2 + 4 ⟶ 𝑎 = −1,
𝑏 = 2 𝑒 𝑐 = −3 𝑏 = 0𝑒𝑐 =4
▪ Δ = 𝑏2 − 4𝑎𝑐 ▪ Δ = 𝑏2 − 4𝑎𝑐
33
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
−𝑥+4
3) Resolva 𝑥 2 −5𝑥+4 ≥ 0
𝑓 (𝑥 ) = −𝑥 + 4 ⟶ 𝑎 = −1 𝑒 𝑏 = 4
−𝑥 + 4 = 0
𝑥=4
▪ 𝑎 < 0 ⟶ 𝑓 é decrescente.
𝑔(𝑥 ) = 𝑥 2 − 5𝑥 + 4 ⟶ 𝑎 = 1,
𝑏 = −5 𝑒 𝑐 = 4
▪ Δ = 𝑏2 − 4𝑎𝑐
Δ = (−5)2 − 4(1)(4)
Δ = 25 − 16
Δ=9 ⟶Δ>0
Portanto, temos duas raízes reais distintas
(𝑔 possui dois zeros)
−𝑏 ± √∆
𝑥=
2𝑎
−(−5) ± √9
𝑥=
2
5±3
𝑥=
2
𝑥1 = 1 𝑒 𝑥2 = 4
𝑆 = (−∞, 1)
34
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Função Potência
Uma função da forma 𝑓(𝑥) = 𝑥 𝑎 , onde 𝑎 é uma constante, é chamada função potência.
Vamos considerar alguns casos:
i) 𝑎 = 𝑛 onde 𝑛 ∈ ℕ
a=1
𝑓(𝑥) = 𝑥
a=2
𝑓(𝑥) = 𝑥 2
▪ 𝐷(𝑓) = ℝ
▪ 𝐼𝑚(𝑓) = ℝ+ = [0, +∞)
a=3
𝑓(𝑥) = 𝑥 3
▪ 𝐷(𝑓) = ℝ
▪ 𝐼𝑚(𝑓) = ℝ
35
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
a=4
𝑓(𝑥) = 𝑥 4
▪ 𝐷(𝑓) = ℝ
1
ii) 𝑎 = onde 𝑛 ∈ ℕ∗
𝑛
1
𝑓(𝑥) = 𝑥 𝑛 = 𝑛√𝑥 é uma função raiz
𝑛=2
𝑓(𝑥) = √𝑥
36
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
𝑛=3
𝑓(𝑥) = 3√𝑥
▪ 𝐷(𝑓) = ℝ
▪ 𝐼𝑚(𝑓) = ℝ
iii) 𝑎 = −1
1
𝑓(𝑥) = 𝑥 −1 =
𝑥
▪ 𝐷(𝑓) = ℝ∗
▪ 𝐼𝑚(𝑓) = ℝ∗
37
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Exemplos:
a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 4
𝑓(1) = 12 − 4 = −3
𝑓(−1) = (−1)2 − 4 = −3
b) 𝑓(𝑥) = 3
𝑎 ∈ 𝐷(𝑓)
𝑓(𝑎) = 𝑓(−𝑎) = 3
38
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Exemplos:
a) 𝑓(𝑥) = 𝑥
𝑓 (2) = 2
𝑓(−2) = −2
𝑓 é ímpar.
b) 𝑓(𝑥) = 𝑥 3
𝑓(2) = 8
𝑓(−2) = −8
𝑓 é ímpar.
39
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Função Racional
𝑝(𝑥)
É uma função da forma 𝑓(𝑥) = 𝑞(𝑥), onde 𝑝(𝑥) e 𝑞(𝑥) são funções polinomiais e
𝑞(𝑥) ≠ 0. Seu gráfico pode apresentar retas denominadas assíntotas verticais nos pontos onde
o denominador se anula e retas denominadas assíntotas horizontais se 𝑓(𝑥) se aproxima de um
valor finito quando x cresce ou decresce ilimitadamente.
Exemplos:
𝑥2
a)𝑓(𝑥) = 𝑥 2 −1
𝑥 2 − 1 ≠ 0 ⇒ 𝑥 ≠ ±1
𝑫(𝒇) = ℝ − {−𝟏, 𝟏}
𝑰𝒎(𝒇) = (−∞, 𝟎] ∪ (𝟏, +∞)
𝑥 2 −4
b) 𝑓(𝑥) = 𝑥−2
𝑥−2≠0⇒𝑥 ≠2
Fatorando:
(𝑥 − 2)(𝑥 + 2)
𝑓 (𝑥 ) = = (𝑥 + 2)
(𝑥 − 2)
𝑫(𝒇) = ℝ − {𝟐}
𝑰(𝒇) = ℝ − {𝟒}
40
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Função Modular
Antes de iniciarmos a falar sobre a função modular, precisamos rever o conceito do
módulo de um número real.
𝑥, se, 𝑥 ≥ 0
|𝑥| = {
−𝑥, se, 𝑥 < 0
1. |2| = 2
2. |√3| = √3
3. |0| = 0
2 2
4. | |=
3 3
1. | − 2| = −(−2) = 2
4 4 4
2. |− | = − (− ) =
7 7 7
ou seja,
𝑥 − 3, se, 𝑥 − 3 ≥ 0
|𝑥 − 3| = {
−𝑥 + 3, se, 𝑥 − 3 < 0
que resulta em
𝑥 − 3, se, 𝑥 ≥ 3
|𝑥 − 3| = {
−𝑥 + 3, se, 𝑥 < 3
41
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Geometricamente, podemos interpretar o módulo como a distância. Se |𝑥| = 3,
significa que o valor de 𝑥 na reta real (ver figura abaixo) está a uma distância de 3 unidades da
origem.
Por outro lado, se temos os valores 𝑥1 e 𝑥2 , que correspondem as abscissas dos pontos
𝑃 e 𝑄 sobre o eixo real, então |𝑥2 − 𝑥1 | é a distância entre os pontos 𝑃 e 𝑄, conforme pode ser
observado na figura abaixo.
Para compreender melhor o que foi dito acima, vamos analisar inicialmente |𝑥 − 1|, isto
é,
𝑥 − 1, se 𝑥 ≥ 1
|𝑥 − 1| = {
−𝑥 + 1, se 𝑥 < 1
Assim, se 𝑥 = 3, então usamos a sentença 𝑥 − 1, pois 3 é maior que 1 (3 > 1) e está a
direita de 1 no eixo real. Portanto, para esse caso temos que
|𝑥 − 1| = |3 − 1| = |2| = 2.
De forma análoga, se 𝑥 = −1, usamos a sentença −𝑥 + 1. Logo,
|𝑥 − 1| = | − 1 − 1| = | − 2| = 2.
Tendo apresentado brevemente os conceitos de módulo ou valor absoluto de um
número real 𝑥, vamos introduzir o conceito de função modular.
42
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Para construir o gráfico de uma função modular, podemos dividir o esboço em duas
etapas uma vez que a função possui duas partes.
Parte 1: se 𝑥 ≥ 0 então 𝑓(𝑥) = |𝑥| = 𝑥. Usando uma tabela com alguns valores
arbitrários para 𝑥, podemos calcular 𝑓(𝑥) para auxiliar no traçado.
𝒙 𝒚 = 𝒇(𝒙)
𝟎 |𝟎| = 𝟎
𝟏 |𝟏| = 𝟏
𝟐 |𝟐| = 𝟐
𝒙 𝒚 = 𝒇(𝒙)
−𝟏 | − 𝟏| = 𝟏
−𝟐 | − 𝟐| = 𝟐
43
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Exemplo 1:
Seja a função 𝑓(𝑥) = |𝑥 − 2|. Realize o esboço do gráfico e apresente o domínio bem
como a imagem.
Há algumas maneiras de realizar o esboço da referida função, mas usando os conceitos
estudados, podemos dizer que
𝑥 − 2, se, 𝑥 ≥ 2
|𝑥 − 2| = {
−𝑥 + 2, se, 𝑥 < 2
Usando o mesmo princípio para esboçar o gráfico de 𝑓(𝑥) = |𝑥|, vamos montar as
duas tabelas.
Parte 1: se 𝑥 ≥ 2, então 𝑓(𝑥) = |𝑥 − 2| = 𝑥 − 2. Não esqueça que precisamos
escolher valores de 𝑥 maiores ou igual a 2.
𝒙 𝒚 = 𝒇(𝒙)
𝟐 |𝟐 − 𝟐| = |𝟎| = 𝟎
𝟑 |𝟑 − 𝟐| = |𝟏| = 𝟏
𝟒 |𝟒 − 𝟐| = |𝟐| = 𝟐
𝒙 𝒚 = 𝒇(𝒙)
𝟏 |𝟏 − 𝟐| = | − 𝟏| = 𝟏
𝟎 |𝟎 − 𝟐| = | − 𝟐| = 𝟐
−𝟏 | − 𝟏 − 𝟐| = | − 𝟑| = 𝟑
44
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Segue abaixo o gráfico de 𝑓(𝑥). Observe que a diferença do gráfico de 𝑓(𝑥) = |𝑥| para
o gráfico de 𝑓(𝑥) = |𝑥 − 2| é a translação horizontal para a direita do gráfico de 𝑓(𝑥) = |𝑥|
em duas unidades.
Para pensar: o que acontece com o gráfico caso a função seja 𝑓(𝑥) = |𝑥 + 2|?
45
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Exemplo 2:
Seja a função 𝑓(𝑥) = |𝑥| − 2. Realize o esboço do gráfico e apresente o domínio e a
imagem.
Podemos usar as tabelas construídas para a função 𝑓(𝑥) = |𝑥| e complementar o
resultado subtraindo o valor 2 conforme está definido no enunciado do exemplo.
𝒙 |𝒙| |𝒙| − 𝟐
𝟎 |0| = 0 𝟎 − 𝟐 = −𝟐
𝟏 |1| = 1 𝟏 − 𝟐 = −𝟏
𝟐 |2| = 2 𝟐−𝟐= 𝟎
−𝟏 | − 1| = 1 𝟏 − 𝟐 = −𝟏
−𝟐 | − 𝟐| = 𝟐 𝟐−𝟐= 𝟎
Nesse caso houve uma translação vertical para baixo do gráfico de 𝑓(𝑥) = |𝑥| em
duas unidades.
Logo, 𝐷(𝑓) = ℝ e 𝐼𝑚(𝑓) = [−2, +∞).
Para pensar: o que acontece com o gráfico caso a função seja 𝑓(𝑥) = |𝑥| + 2?
46
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Exemplo 3:
Seja a função 𝑓(𝑥) = |𝑥 − 2| − 1. Realize o esboço do gráfico e apresente o domínio e
a imagem.
Para esse exemplo, e com base nos dois anteriores, podemos pensar no processo de
translação da função "mãe" 𝑓(𝑥) = |𝑥| para esboçar o gráfico. Se em |𝑥 − 2| ocorre uma
translação horizontal para a direita em duas (2) unidades, sabemos que o nosso gráfico
também estará transladado, ou seja, deslocado duas unidades para a direita. Agora, como há
o −1 na função (e fora do operador | |), e de acordo com o exemplo 2, sabemos que existe
uma translação vertical para baixo em uma (1) unidade. Portanto, o gráfico de 𝑓(𝑥) sofre
essas duas translações.
Logo, 𝐷(𝑓) = ℝ e 𝐼𝑚(𝑓) = [−1, +∞). Ainda, construa a tabela para conferir alguns
pontos marcados no gráfico com o intuito de comprovar que a observação da função
𝑓(𝑥) = |𝑥| em conjunto com as translações adotadas funciona.
Para pensar: o que acontece com o gráfico caso a função seja 𝑓(𝑥) = |𝑥 + 2| + 1?
Qual será o domínio e a imagem?
47
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Exemplo 4:
Dada a função 𝑓(𝑥) = |𝑥 2 − 9|. Realize o esboço do gráfico e apresente o domínio e a
imagem.
A primeira etapa para resolver o exercício é realizar o estudo do sinal de 𝑥 2 − 9,
conforme segue abaixo:
O estudo de sinal é fundamental para realizar o esboço do gráfico, pois de acordo com
a figura acima, sabemos que 𝑥 2 − 9 assume valores negativos no intervalo −3 < 𝑥 < 3 e
valores positivos quando 𝑥 ≤ −3 ou 𝑥 ≥ 3.
Portanto,
𝑥 2 − 9, se, 𝑥 2 − 9 ≥ 0
|𝑥 2 − 9| = {
−(𝑥 2 − 9), se, 𝑥 2 − 9 < 0
ou seja,
𝑥 2 − 9, se, 𝑥 ≤ −3 ou 𝑥 ≥ 3
|𝑥 2 − 9| = { 2
−𝑥 + 9, se, −3 < 𝑥 < 3
Assim, 𝐷(𝑓) = ℝ e 𝐼𝑚(𝑓) = [0, +∞). Lembre que podemos expressar a imagem por
𝐼𝑚(𝑓) = {𝑦 ∈ ℝ|𝑦 ≥ 0}.
48
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
10.6.1. Equação modular
As equações modulares são aquelas em que a incógnita aparece dentro do operador de
módulo. Como já conversamos sobre a ideia geométrica do módulo, podemos trazer esse
conceito para resolver as equações modulares. Vejamos dois exemplos para melhor
compreensão.
Exemplo 1:
Qual é a solução da equação |𝑥 − 5| = 3?
Lembrando da definição de módulo, temos que |𝑥| = 𝑥 se 𝑥 ≥ 0 ou |𝑥| = −𝑥 se 𝑥 <
0. Logo, para esse exemplo, desejamos determinar os valores que 𝑥 pode assumir onde a
distância de 𝑥 − 5 está a 3 unidades de uma certa origem (lembre do ponto 𝑆 quando
abordamos o tópico módulo ou valor absoluto). Assim, temos duas possíveis situações:
𝑥−5= 3 (I)
|𝑥 − 5| = 3 ⇒ {
𝑥 − 5 = −3 (II)
Resolvendo as equações obtidas temos:
(I) (II)
𝑥−5=3 𝑥 − 5 = −3
𝑥 =3+5 𝑥 = −3 + 5
𝑥=8 𝑥=2
49
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Exemplo 2:
Qual é a solução da equação |𝑥 2 − 𝑥 − 1| = 1?
Seguindo a mesma linha de raciocínio adotada no exemplo 1, também temos duas
situações:
𝑥2 − 𝑥 − 1 = 1 (I)
|𝑥 2 − 𝑥 − 1| = 1 ⇒ { 2
𝑥 − 𝑥 − 1 = −1 (II)
(I) (II)
2 2
𝑥 −𝑥−1=1 𝑥 − 𝑥 − 1 = −1
𝑥2 − 𝑥 − 1 − 1 = 0 𝑥2 − 𝑥 − 1 + 1 = 0
𝑥2 − 𝑥 − 2 = 0 𝑥2 − 𝑥 = 0
𝛥 = 𝑏2 − 4𝑎𝑐 = (−1)2 − 4 ⋅ 1 ⋅ (−2) = 1 + 8 𝑥(𝑥 − 1) = 0
=9
−𝑏 ± √𝛥 −(−1) ± √9 1 ± 3 𝑥(𝑥 − 1) = 0
𝑥= = =
2𝑎 2⋅1 2
𝑥1 = −1 e 𝑥2 = 2 𝑥1 = 0 e 𝑥2 = 1
Portanto, o conjunto solução é 𝑆 = {−1,0,1,2}
Situação exemplo 2
Se |𝑥| > 3, então o conjunto solução é 𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ | 𝑥 < −3 ou 𝑥 > 3}.
Generalizando as duas situações apresentadas, podemos dizer que, dado um número real
positivo 𝑘, temos:
▪ |𝑥| < 𝑘 ⇔ −𝑘 < 𝑥 < 𝑘
▪ |𝑥| > 𝑘 ⇔ 𝑥 < −𝑘 ou 𝑥>𝑘
50
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Exemplo 1:
Resolva a inequação |𝑥 − 1| ≥ 5.
Usando a propriedade que foi enunciada acima e com base nas situações exemplos
apresentadas, podemos resolver a inequação da seguinte forma:
|𝑥 − 1| ≥ 5 ⇔ 𝑥 − 1 ≤ −5 ou 𝑥−1≥5
Resolvendo cada parte vem:
(I) (II)
𝑥 − 1 ≤ −5 𝑥−1≥ 5
𝑥 ≤ −5 + 1 𝑥 ≥5+1
𝑥 ≤ −4 𝑥≥6
Realizando a união, obtemos a solução conforme o gráfico abaixo:
Exemplo 2:
Resolva a inequação |2𝑥 + 1| < 3.
Aplicando |𝑥| < 𝑘 ⇔ −𝑘 < 𝑥 < 𝑘, temos:
|2𝑥 + 1| < 3 ⇔ −3 < 2𝑥 + 1 < 3
Nesse exemplo podemos resolver de forma simultânea essa dupla inequação.
−3 < 2𝑥 + 1 < 3
−3 − 1 < 2𝑥 + 1 − 1 < 3 − 1
−4 < 2𝑥 < 2 1
(x )
2
1 1 1
⋅ (−4) < ⋅ 2𝑥 < ⋅ 2
2 2 2
−2 < 𝑥 < 1
Portanto, 𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ | − 2 < 𝑥 < 1}.
51
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Exemplo 3:
Resolva a inequação 3 < |𝑥 − 2| < 5.
Observe que no enunciado acima temos uma dupla desigualdade.
Então, 3 < |𝑥 − 2| < 5 equivale a um sistema com duas inequações modulares.
|𝑥 − 2| < 5 (I)
3 < |𝑥 − 2| < 5 ⇒ {
|𝑥 − 2| > 3 (II)
Resolvendo cada parte temos:
(I) (II)
|𝑥 − 2| < 5 |𝑥 − 2| > 3
−5 < 𝑥 − 2 < 5 𝑥 − 2 < −3 ou 𝑥 − 2 > 3
−5 + 2 < 𝑥 < 5 + 2 𝑥 < −3 + 2 ou 𝑥 > 3 + 2
−3 < 𝑥 < 7 𝑥 < −1 ou 𝑥 > 5
Realizando a intersecção, obtemos a solução conforme o gráfico abaixo:
52
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Exemplo 4:
Resolva a inequação |𝑥 2 − 16| ≤ 9.
O princípio de resolução é semelhante ao adotado no exemplo 2, mas precisamos
tomar alguns cuidados e por isso vamos particionar a resolução em duas partes.
De forma análoga, |𝑥 2 − 16| ≤ 9 ⇔ −9 ≤ 𝑥 2 − 16 ≤ 9. Assim,
(I) (II)
−9 ≤ 𝑥 2 − 16 𝑥 2 − 16 ≤ 9
−9 + 16 ≤ 𝑥 2 𝑥 2 ≤ 9 + 16
7 ≤ 𝑥2 𝑥 2 ≤ 25
𝑥2 ≥ 7 𝑥 2 ≤ 25
𝑥 ≤ −√7 ou 𝑥 ≥ √7 −5 ≤ 𝑥 ≤ 5
Observe abaixo que as representações gráficas das figuras (a) e (b) correspondem as
partes (𝐼) e (𝐼𝐼). Já a figura (c) é o conjunto solução 𝑆 oriundo da interseccção.
53
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Exemplo 5:
Resolva a inequação |𝑥 2 − 16| ≥ 9.
Veja que esse exemplo é praticamente idêntico ao anterior diferindo apenas na
desigualdade. Entretanto, o modo de resolução é diferente, bem como o conjunto solução.
Sabemos que |𝑥 2 − 16| ≥ 9 ⇔ 𝑥 2 − 16 ≤ −9 ou 𝑥 2 − 16 ≥ 9. Assim,
(I) (II)
𝑥 2 − 16 ≤ −9 𝑥 2 − 16 ≥ 9
𝑥 2 ≤ −9 + 16 𝑥 2 ≥ 9 + 16
𝑥2 ≤ 7 𝑥 2 ≥ 25
−√7 ≤ 𝑥 ≤ √7 𝑥 ≤ −5 ou 𝑥≥5
Fazendo a união de (𝐼) e (𝐼𝐼), temos a solução conforme o gráfico abaixo:
Exemplo 6:
Dada a função 𝑓(𝑥) = √5 − |𝑥 − 3|, discuta qual é o domínio dessa função.
54
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Exemplo 7:
Resolva a inequação |𝑥 − 8| ≤ 𝑥.
Nesse último exemplo, e não menos importante, precisamos fazer um estudo de 3
casos: quando 𝑥 < 0, 𝑥 = 0 e 𝑥 > 0.
Para pensar: por qual motivo é preciso observar os 3 casos?
Continuando a resolução.
1∘ caso: 𝒙 < 𝟎
|𝑥 − 8| ≤ 𝑥 Como 𝑥 assume um valor negativo, o módulo nunca é menor ou igual
⏟
negativo a um número negativo. Logo, 𝑆1 = ∅.
Exemplo de Supondo que 𝑥 assuma o valor −2, temos:
verificação:
|𝑥 − 8| ≤ 𝑥 ⇒ | − 2 − 8| ≤ −2 ⇒ | − 10| ≤ −2 ⇒ 10 ≤ −2 (Falso)
2∘ caso: 𝒙 = 𝟎
Substituindo zero em 𝑥: |𝑥 − 8| ≤ 𝑥
|0 − 8| < 0
| − 8| < 0
8<0 (Falso). Logo 𝑆2 = ∅
3∘ caso: 𝒙 > 𝟎
|𝑥 − 8| ≤ 𝑥 |𝑥 − 8| ≤ 𝑥 ⇒ −𝑥 ≤ 𝑥 − 8 ≤ 𝑥
⏟
positivo
(𝐼) (𝐼𝐼)
−𝑥 ≤ 𝑥 − 8 𝑥−8≤𝑥
−𝑥 − 𝑥 ≤ −8 𝑥−𝑥 ≤8
1 0≤8
−2𝑥 ≤ −8 (− )
2
𝑥≥4 Verdade, 𝑥 ∈ ℝ
Assim, 𝑆3 = {𝑥 ∈ ℝ | 𝑥 ≥ 4}
Portanto, a solução da inequação é dada pela união de cada caso, ou seja,
𝑆 = 𝑆1 ∪ 𝑆2 ∪ 𝑆3 = {𝑥 ∈ ℝ | 𝑥 ≥ 4}.
55
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
𝑓(𝑥) = 2𝑥
𝑎=2>1 Crescente 𝑓(0) = (2)0 = 1
𝐷 (𝑓 ) = ℝ 𝑓(1) = (2)1 = 2
𝐼𝑚( 𝑓) = (0; +∞) ou ℝ∗+
𝑓(2) = (2)2 = 4
1 𝑥 1 1 0
𝑓 (𝑥 ) = ( 2) , 𝑎 = 2 𝑓(0) = ( ) = 1
2
0 < 𝑎 < 1 Decrescente
1 −1
𝑓(−1) = ( ) = 2
2
𝐷 (𝑓 ) = ℝ 1 −2
𝑓(−2) = ( ) = 4
𝐼𝑚( 𝑓) = (0; +∞) ou ℝ∗+ 2
OBS: Se a base desta função for o número 𝑒 (Euler) teremos a função exponencial
propriamente dita. ( Lembrando que 𝑒 ≅ 2,7178 … ., é um número irracional).
56
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
𝑓(𝑥) = 𝑒 𝑥
𝑎 = 𝑒 > 1 Crescente
𝐷 (𝑓 ) = ℝ
𝐼𝑚( 𝑓) = (0; +∞) ou ℝ∗+
OBS: Se a base desta função for o número 𝑒 (euler) teremos a função logarítmica
natural apresentada por 𝑙𝑛 𝑥 = 𝑙𝑜𝑔𝑒 ( 𝑥).
57
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
𝑓(𝑥) = 𝑙𝑛( 𝑥) ou seja: 𝑦=
𝑙𝑛 𝑥 ⇔ 𝑒 𝑦 = 𝑥
Observe que:
𝑓 (1) = 𝑙𝑛 1 = 0
𝑙𝑛( 1) = 𝑙𝑜𝑔𝑒 ( 1) = 0
𝑙𝑛 = 𝑙𝑜𝑔𝑒 ( 𝑒) = 1
𝑓(−2) = −(−2)2 = −4
−𝑥 2 , se -2 ≤ 𝑥 < 1 ⟹ Ponto (−2, −4) (bola fechada)
𝑓 (𝑥 ) = {2𝑥 − 3, se 1 ≤ 𝑥 < 3
1, se 𝑥 > 3 Para 𝑥 = 1 na primeira lei teremos:−(1)2 = −1
⟹ Ponto(1, −1) (bola aberta)
𝑓(𝑥) = 0 → −𝑥 2 = 0 → 𝑥 = 0
⟹ Ponto (0,0) (bola fechada)
𝑓 (1) = 2 ⋅ 1 − 3 = −1
⟹ Ponto(1, −1) (bola fechada)
58
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Funções Trigonométricas
10.9.1. Função Seno
Definimos como a função 𝑓 de ℝ 𝒆𝒎 ℝ que a cada 𝑥 ∈ ℝ faz corresponder o número
real 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛𝑥.
𝒇: ℝ → ℝ
𝑥 → 𝑠𝑒𝑛(𝑥)
𝐷 (𝑓 ) = ℝ
𝐼𝑚(𝑓) = [−1; 1]
OBS.:
𝜋 𝜋
▪ Função Ímpar: 𝑠𝑒𝑛 (2 ) = 1 e 𝑠𝑒𝑛 (− 2 ) = −1
59
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
10.9.2. Função Cosseno
Definimos como a função 𝑓de ℝ em ℝ que a cada 𝑥 ∈ ℝ faz corresponder o número
real 𝑦 = 𝑐𝑜𝑠 𝑥.
𝒇: ℝ → ℝ
𝑥 → 𝑐𝑜𝑠( 𝑥)
𝐷 (𝑓 ) = ℝ
𝐼𝑚(𝑓) = [−1; 1]
OBS.:
▪ Função Par: 𝑐𝑜𝑠(𝜋) = −1 e 𝑐𝑜𝑠(−𝜋) = −1
▪ Função periódica: 𝑇 = 2𝜋 , 𝑐𝑜𝑠( 𝑥) = 𝑐𝑜𝑠( 𝑥 + 2𝑘𝜋)
60
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
10.9.3. Função Tangente, Cotangente, Secante e Cossecante
Estas funções são definidas em termos de seno e cosseno, assim:
𝑠𝑒𝑛(𝑥)
▪ 𝑓(𝑥) = 𝑡𝑔(𝑥) =
𝑐𝑜𝑠(𝑥)
1
▪ 𝑔(𝑥) = 𝑠𝑒𝑐( 𝑥) =
𝑐𝑜𝑠(𝑥)
a) Função Tangente
𝑠𝑒𝑛(𝑥 )
𝑓 (𝑥 ) = 𝑡𝑔(𝑥 ) =
𝑐𝑜𝑠( 𝑥)
𝜋
𝐷(𝑡𝑔(𝑥 )) = {𝑥 ∈ ℝ/𝑥 ≠ ±(2𝑛 + 1) , 𝑛 ∈ ℕ}
2
𝜋 3𝜋 5𝜋 7𝜋
Observe que: 𝑐𝑜𝑠( 𝑥) = 0 quando x assume os valores: , , , , . .. então os valores
2 2 2 2
𝜋
de x tais que 𝑐𝑜𝑠( 𝑥) = 0 são: 𝑥 = (2𝑛 + 1) 2 com n∈ ℕ
𝜋
Portanto: 𝐷(𝑡𝑔(𝑥 )) = {𝑥 ∈ ℝ/𝑥 ≠ ±(2𝑛 + 1) 2 , 𝑛 ∈ ℕ} e 𝐼𝑚(𝑡𝑔(𝑥 )) = ℝ.
61
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
b) Função Secante:
1
𝑓(𝑥) = 𝑠𝑒𝑐( 𝑥) =
𝑐𝑜𝑠( 𝑥)
𝜋
𝐷(𝑠𝑒𝑐(𝑥 )) = {𝑥 ∈ ℝ/𝑥 ≠ ±(2𝑛 + 1) , 𝑛 ∈ ℕ}
2
𝐼𝑚(𝑠𝑒𝑐(𝑥 )) = (−∞, −1] ∪ [1, +∞)
𝜋 3𝜋 5𝜋 7𝜋
Observe que: 𝑐𝑜𝑠( 𝑥) = 0 quando x assume os valores: , , , , . .. então os valores
2 2 2 2
𝜋
de x tais que 𝑐𝑜𝑠( 𝑥) = 0 são: 𝑥 = (2𝑛 + 1) 2 com n∈ ℕ
Portanto:
𝜋
𝐷(𝑠𝑒𝑐(𝑥 )) = {𝑥 ∈ ℝ/𝑥 ≠ ±(2𝑛 + 1) , 𝑛 ∈ ℕ}
2
𝐼𝑚(𝑠𝑒𝑐(𝑥 )) = (−∞, −1] ∪ [1, +∞)
62
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
Ainda temos:
𝑐𝑜𝑠(𝑥)
▪ 𝑓(𝑥) = 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑥) =
𝑠𝑒𝑛(𝑥)
1
▪ 𝑔(𝑥) = 𝑐𝑜𝑠 𝑒 𝑐(𝑥) =
𝑠𝑒𝑛(𝑥)
c) Função Cotangente.
𝑐𝑜𝑠( 𝑥)
𝑓(𝑥) = 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑥) =
𝑠𝑒𝑛(𝑥)
63
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
d) Função Cossecante
1
𝑔(𝑥 ) = 𝑐𝑠𝑐(𝑥 ) =
𝑠𝑒𝑛(𝑥 )
𝐷(𝑐𝑜𝑠𝑒𝑐(𝑥 )) = {𝑥 ∈ ℝ | 𝑥 ≠ ±𝑛 𝜋, 𝑛 ∈ ℕ}
𝐼𝑚(𝑐𝑜𝑠𝑒𝑐(𝑥 )) = (−∞, −1] ∪ [1, +∞)
64
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
65
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
66