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ESCOLA SUPERIOR DA CETESB

GESTÃO DO CONHECIMENTO AMBIENTAL

CONFORMIDADE AMBIENTAL COM REQUISITOS TÉCNICOS E LEGAIS

FISCALIZAÇÃO, PERÍCIA E AUDITORIA AMBIENTAL

POLÍTICAS PÚBLICAS AMBIENTAIS INSTRUMENTOS DE

GESTÃO AMBIENTAL PÚBLICA ORDENAMENTO JURÍDICO


PÓS•GRADUAÇÃO
AMBIENTAL METODOLOGIA DA L A T CIENTÍFICA
PESQUISA O SENSU
MÓDULO IV – LICENCIAMENTO
AMBIENTAL E SUAS INTERFACES
E SEMINÁRIOS POLUIÇÃO DO AR, GERENCIAMENTO E

CONTROLE DE FONTES FUNDAMENTOS DO CONTROLE DE


LICENCIAMENTO
COM AVALIAÇÃO
POLUIÇÃO DAS ÁGUAS GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
DE I M PAC TO
PREVENÇÃO E CONTROLE DA POLUIÇÃO DOS SOLOS E
AMBIENTAL - AIA
DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS GERENCIAMENTO DE ÁREAS

CONTAMINADAS ANÁLISE DE RISCO TECNOLÓGICO

EMERGÊNCIAS QUÍMICAS, ASPECTOS PREVENTIVOS

E CORRETIVOS LEGISLAÇÃO FLORESTAL APLICADA

AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL LICENCIAMENTO

COM AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL AIA

LICENCIAMENTO AMBIENTAL SEM AVALIAÇÃO DE IMPACTO


GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Governador Geraldo Alckmin

SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE


Secretário Maurício Brusadin

CETESB • COMPANHIA AMBIENTAL


DO ESTADO DE SÃO PAULO
Diretor-Presidente Carlos Roberto dos Santos

Diretoria de Avaliação de
Impacto Ambiental Ana Cristina Pasini da Costa

Diretoria de Controle e
Licenciamento Ambiental Geraldo do Amaral Filho

Diretoria de Engenharia e
Qualidade Ambiental Eduardo Luis Serpa

Diretoria de Gestão Corporativa Carlos Roberto dos Santos (em exercício)

CETESB • COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

MISSÃO
Promover e acompanhar a execução das políticas públicas ambientais e de desenvolvimento
sustentável, assegurando a melhoria contínua da qualidade do meio ambiente de forma a atender
às expectativas da sociedade no Estado de São Paulo.

Visão
Aprimorar os padrões de excelência de gestão ambiental e os serviços prestados aos usuários e à
população em geral, assegurando a superação da atuação da CETESB como centro de referência
nacional e internacional, no campo ambiental e na proteção da saúde pública.

Valores
Os valores, princípios e normas que pautam a atuação da CETESB, estão
estabelecidos no seu Código de Ética e Conduta Profissional.
Licenciamento com
Avaliação de Impacto
Ambiental - AIA
Volume I

Professor Responsável
Maria Silvia Romitelli

Docentes
Alfredo Carlos Cardoso Rocca
Fernanda Amaral Dantas Sobral
Gleice da Conceição Sales Ferreira
Iracy Xavier da Silva
Maria Cristina Poletto
Maria Silvia Romitelli
Mayla Matsuzaki Fukushima
Regina de Castro Vincent
Rodrigo Passos Cunha
Thales Andres Carra
Vanessa Hermida Fidalgo Guerreiro

São Paulo, Setembro de 2017

CETESB
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
Av. Profº. Frederico Hermann Júnior, 345 - Alto de Pinheiros -
CEP: 05459-900 - São Paulo - SP
http://www.cetesb.sp.gov.br / e-mail: treinamento_cetesb@sp.gov.br
O Curso “Conformidade Ambiental com Requisitos Técnicos e Legais”, na modalidade especialização lato sensu, foi autorizado
pelo Conselho Estadual de Educação – CEE, conforme Portaria nº 449, publicada no Diário Oficial, em 20/11/2015
Coordenação do Curso Escola Superior da CETESB
Carlos Roberto dos Santos Supervisão:
Tânia Mara Tavares Gasi Carlos Ibsen Vianna Lacava
Secretaria ET - Departamento de Apoio Operacional
Sonia Ritt Gerenciamento:
Equipe Técnica de Apoio Tania Mara Tavares Gasi
ETGB: Sonia Teresinha Barbosa ETG - Divisão de Gestão do Conhecimento
ETGC: Bruno Marcondes Conceição, Elizeu Vasconcelos Margarida Maria Kioko Terada
O. Barreto, Rita de Cassia Guimarães ETGB - Setor de Biblioteca e Memória Institucional
ETGD: Alexandre Nery Gerene Ferreira, Lina Maria Aché Irene Rosa Sabiá
ETGC - Setor de Cursos e Transferência de Conhecimento
Lina Maria Aché
ETGD - Setor de Capacitação e Formação Continuada

© CETESB, 2017
Este material destina-se a uso exclusivo dos participantes do Curso de Pós Graduação Lato Sensu “Conformidade
Ambiental com Requisitos Técnicos e Legais”, sendo expressamente proibida a sua reprodução total ou parcial,
por quaisquer meios, sem autorização da CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo.

Diagramação: ETGD - Setor de Capacitação e Formação Continuada


Capa: Vera Severo / Editoração Gráfica: Alexandre Nery Gerene Ferreira / Impressão: AAAG-CETESB
SUMÁRIO

Introdução à Avaliação de Impacto Ambiental................................................................................... 7


Estudos Para AIA - Tipos e Escopo................................................................................................. 47
Estudos do Meio Biótico Para a Avaliação de Impacto Ambiental................................................... 89
Compensação Ambiental............................................................................................................... 119
Diagnóstico no Meio Socioeconômico/Antrópico........................................................................... 127
O Meio Físico na Avaliação de Impacto Ambiental........................................................................ 157
Introdução à Avaliação de Impacto Ambiental

Maria Silvia Romitelli

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Anexos

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ANEXOS
AULA 1

1. Referências Bibliográficas
2. Exemplo de Matriz
3. Exercício da Aula 1

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

• Graggaber M & W Pistecky-The implementation of Environmental Impact Asseessment on the


basis of precise examples, IMPEL- European Network for the Implementation and Enforcement
Law, 2012, http://ec.europa.eu/environment/eia/pdf/IMPEL-EIA-Report-final.pdf

• IAIA, International Assossiation for Impact Assessment, O que é Avaliação de Impacto, 2009;
http://www.iaia.org/uploads/pdf/What_is_IA_pt_1.pdf

• IAIA, International Association for Impact Assessment / Institute of Environmental Assessment-


Princípios da melhor Pratica em Avaliação de Impacto Ambiental,
http://www.iaia.org/uploads/pdf/IAIA_Principios_pt.pdf

• Rodovia Tiete/JGP Consultoria e Participaçoes Ltda- Contorno de Piracicaba- RAP, 2010.

• Sanchez, Luis Henrique- Avaliaçao de Impacto Ambiental: conceitos e métodos, São Paulo:Oficina
de Textos, 2008

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EXEMPLO DE MATRIZ DE IDENTIFICAÇAO DE IMPACTOS

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Potenciais Impactos Ambientais

A Matriz de Interação de Ações Impactantes por Componentes Ambientais permite identificar um


total de 34 impactos possíveis ou esperados em função da construção e da operação do Contorno
de Piracicaba, conforme a lista abaixo:

Impactos sobre o Meio Físico:

1. Impactos potenciais nos recursos hídricos superficiais


1.01 Alterações na qualidade das águas
1.02 Indução ao assoreamento
1.03 Alterações nos regimes fluviométricos

2. Impactos potenciais nos recursos hídricos subterrâneos


2.01 Rebaixamento do lençol freático
2.02 Risco de contaminação do lençol freático

3. Impactos potenciais nos terrenos


3.01 Alterações no relevo, desestabilização de encostas e aumento da vulnerabilidade à erosão
3.02 Risco de recalques nos aterros e em áreas adjacentes
3.03 Aumento da área impermeabilizada na Faixa de Domínio
3.04 Risco de contaminação do solo

4. Impactos potenciais sobre a qualidade do ar


4.01 Alterações na qualidade do ar nas fases de construção e operação

Impactos sobre o Meio Biótico:

5. Impactos potenciais sobre a vegetação


5.01 Supressão da vegetação
5.02 Alterações no risco de incêndio

6. Impactos potenciais sobre a Fauna


6.01 Afugentamento e perturbação da fauna
6.02 Aumento do risco de atropelamento de animais
6.03 Risco de alterações na composição das comunidades aquáticas

Impactos sobre o Meio Antrópico:

7. Impactos na Infra-Estrutura e no Tráfego


7.01 Interrupção ou remanejamento de vias
7.02 Geração de tráfego pesado a serviço das obras nas vias adjacentes
7.03 Geração de resíduos sólidos de construção
7.04 Geração de demandas adicionais por serviços públicos durante a construção
7.05 Relocação de redes de distribuição de energia e água potável e interrupções
temporárias no fornecimento
7.06 Melhoria no padrão de acessibilidade

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8. Impactos nas Atividades Econômicas
8.01 Geração de empregos diretos e indiretos
8.02 Desapropriações
8.03 Aumento do grau de atratividade para a instalação de atividades comerciais e industriais na
AII
8.04 Redução dos custos de transporte de cargas e passageiros
8.05 Valorização imobiliária

9. Impactos na Estrutura Urbana


9.01 Indução à mudança de usos e ao adensamento urbano em áreas ao longo da rodovia

10. Impactos na Qualidade de Vida da População


10.01 Alterações nos níveis de ruído nas fases de construção e operação
10.02 Incômodo gerado pela lentidão do tráfego na rodovia e em vias locais durante a construção
10.03 Redução dos tempos de viagem dos usuários
10.04 Redução de acidentes
10.05 Alterações na paisagem

11. Impactos no Patrimônio Histórico e Arqueológico


11.01 Risco de destruição de sítios e bens de interesse arqueológico

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EXERCICIO 1
SIGNIFICANCIA DE IMPACTOS

1. Um grupo empresarial está pensando em implantar uma termelétrica de 80 MW ou 2


termelétricas de 40 MW na Europa. Eles não querem fazer um EIA/RIMA, e portanto gostariam
de evitar ser submetido a um processo de “screening”
Vocês foram contratados para auxilia-los na decisão a ser tomada.
Considerando a tabela anexa que apresenta as regras adotadas pelos vários países europeus no
trato da matéria, favor informar:

a)- tabela informando os países em que serão exigidos “screening” para os 2 situações (1 planta
de 80 MW ou 2 plantas de 40 MW)
b)- em que países poderiam ser evitados o “screening” para as 2 termelétricas de 40 MW
(observando quais condições?)
(USAR COMO BASE O ARQUIVO PDF “COMPARAÇAO TERMELETRICAS EU”)

2. Uma barragem para geração de hidrelétrica, com potencial de geração de 20 MW e área


inundada de 180 há, está sendo proposta para ser construída na divisa de Minas Gerais e
Bahia. Foi proposto um licenciamento simplificado, porem os ambientalistas estão
reclamando que tal enquadramento não está correto considerando os critérios propostos
pelas normativas dos 2 estados.
a) avaliar se as reclamações dos ambientalistas estão corretas;
b) propor outros parâmetros de enquadramento para os estados, de forma melhor refletir
melhor as preocupações com a vulnerabilidade da área a ser afetada pelo
empreendimento.

(VER CRITERIOS DE ENQUADRAMENTO DE HIDRELETRICAS APRESENTADOS A SEGUIR)

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ENQUADRAMENTO DO LICENCIAMENTO DOS EMPREENDIMENTOS

MINAS GERAIS

E-02-01-1- HIDRELETRICAS
Potencial poluidor /degradador- Ar- P Agua -G Solo- G Geral G
Porte- área inundada <150 há e capacidade instalada < 30 MW- Pequeno
Área inundada >1000 ha ou capacidade instalada > 100 MW- Grande
Demais- Médio

BAHIA

E.2.1. HIDRELETRICAS
Potencial Poluidor- Alto
Área de Inundação (ha)
Pequeno < 200 ha
Médio- >200 e < 1000
Grande > 1000

Referencias

Estado de Minas Gerais- Deliberação Normativa COPAM nº 74, de 09 de setembro de


2004.http://sisemanet.meioambiente.mg.gov.br/mbpo/recursos/DeliberaNormativa74.pdf
Estado da Bahia. Decreto Nº 15682 DE 19/11/2014- Anexo II
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=277304

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Estudos Para AIA
Tipos e Escopo

Thales Andres Carra

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Estudos Ambientais

I. Tipos de Estudo

Estudos Ambientais são definidos como todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos
ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade
ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida,
tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental
preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada
e análise preliminar de risco (BRASIL, 1997).

Considerando que cada inciativa possui diferentes potenciais de impacto ambiental, após a
proposição de uma ação, deve-se verificar se é necessário avaliar os impactos ambientais
de um projeto por meio de um estudo ambiental e, quando necessário, o respectivo grau de
detalhamento da análise e de participação pública.

A adoção de estudos diferentes para AIA pode resultar em vantagens importantes. Os


ganhos de eficiência podem ser obtidos através do ajuste do “tamanho do problema para
o tamanho da solução”, isto é, ajustando o nível de detalhe e profundidade do conteúdo da
AIA para a provável gravidade dos impactos ambientais de um determinado projeto. Assim,
o tempo, os recursos financeiros e técnicos serão salvos sem reduzir o nível de proteção
ambiental (Pinho et al, 2010).

Dessa forma, dependendo da regulamentação, da fase do licenciamento e do grau de


complexidade do empreendimento, podem ser requeridos diferentes níveis de estudos.

No Estado de São Paulo, no caso de empreendimentos ou atividades dos quais não são
conhecidas a magnitude e a significância dos impactos ambientais decorrentes de sua
implantação e operação (ou quando não listado na regulamentação), o empreendedor
poderá protocolar Consulta Prévia na CETESB, com vistas à definição do estudo ambiental
mais adequado.

Nesse processo avalia-se o potencial de impacto ambiental do projeto considerando uma


combinação de fatores que inclui desde a característica inerente ao projeto e seus processos
tecnológicos, até a vulnerabilidade do meio.

Com base na consulta é definido pela CETESB o instrumento (estudo) para licenciamento
ambiental conforme o potencial de degradação ambiental do projeto. Os instrumentos
podem variar entre Estudo Ambiental Simplificado – EAS, para obras e atividades
considerados de baixo potencial de degradação ambiental; Relatório Ambiental Preliminar –
RAP, para empreendimentos, obras e atividades considerados potencialmente causadores
de degradação do meio ambiente; e Estudo de Impacto Ambiental – EIA para projetos
potencialmente causadores de significativa degradação do meio ambiente.

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Figura 1 – Nível de Complexidade dos Estudos Ambientais no Estado de São Paulo

II. Diferença entre os estudos ambientais

O que difere os estudos ambientais é o nível de detalhamento das informações a serem


apresentadas e os procedimento para o licenciamento.

Conforme a Figura 1, o nível de detalhamento requerido no estudo ambiental aumenta


conforme o potencial de causar degradação ambiental.

Com relação ao procedimento, o maior diferencial no processo ocorre quando solicitado


um EIA. Neste caso, as etapas do processo contemplam a necessidade de elaboração
prévia de um Termo de Referência para definição do conteúdo do estudo, a realização de
audiência pública sobre o projeto (BRASIL,1987) e o encaminhamento do Parecer Técnico
conclusivo ao plenário do Conselho Estadual do Meio Ambiental - CONSEMA que poderá
avocar a si a apreciação da viabilidade ambiental do empreendimento, obra ou atividade,
conforme a Figura 2.

Além disso, quando a avaliação de impacto ambiental é realizada por meio de EIA/Rima
é necessário o pagamento de compensação ambiental previsto no Sistema Nacional de
Unidades de Conservação (Lei Federal 9985/2000).

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Figura 2 – Etapas do processo de licenciamento com AIA no Estado de São Paulo

Fonte: Manual para Elaboração de Estudos Ambientais (CETESB, 2014)

III. Conteúdo dos Estudos Ambientais

O processo de licenciamento por meio do EIA corresponde ao maior nível de Avaliação de


Impacto Ambiental de projetos. O estudo, além de atender à legislação, deve contemplar a
análise de alternativas tecnológicas e de localização do projeto (incluindo a não execução
do projeto), a avaliação dos impactos ambientais da implantação e operação da atividade,
a delimitação das áreas a serem direta ou indiretamente afetadas pelos impactos e a
compatibilidade com outros planos e programas governamentais. O EIA deve conter ainda
diagnóstico dos meios físico, biótico e socioeconômico, a análise dos impactos ambientais
e a definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos.

O conteúdo do EIA e respectivo Rima, a ser proposto previamente por meio de um Termo
de Referência, deve ser estabelecido conforme as orientações previstas no Manual para
Elaboração de Estudos Ambientais (CETESB, 2014).

Além de informações básicas sobre o empreendedor e o empreendimento, são elementos


fundamentais do escopo de um EIA:

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• Justificativas do Empreendimento

Apresentar as justificativas econômicas e socioambientais da implantação do empreendimento


no contexto dos municípios, da sua região e do planejamento do setor a que pertence. Esta
justificativa pode ser embasada em dados sobre a demanda a ser atendida, bem como nos
resultados de estudos de viabilidade.

• Estudos de Alternativas

Apresentar as alternativas tecnológicas e locacionais para implantação do empreendimento e


a análise que culminou com a escolha da alternativa selecionada no estudo ambiental.

• Compatibilidade com Planos, Programas e Projetos Colocalizados

Neste item deve-se descrever e espacializar os planos e programas governamentais nas


esferas municipal, estadual e federal, bem como projetos públicos e privados propostos e
em implantação na área de influência do empreendimento, e sua compatibilidade com o
empreendimento. Dessa forma, deve-se analisar os eventuais conflitos entre o empreendimento
e tais planos, programas e projetos, assim como as alternativas para solucioná-los, se possível.

• Caracterização do empreendimento

Descrição e apresentação de todos os elementos e componentes da infraestrutura que


integram o empreendimento, com a incorporação de plantas, ilustrações, tabelas e anexos
que venham a tornar a descrição do empreendimento clara e coesa.

Deve-se caracterizar todas as intervenções previstas para a implantação do empreendimento,


com quantitativos e informações especializadas, incluindo os procedimentos construtivos e as
informações sobre a operação.

• Áreas de Influência

Conforme o artigo 5º da Resolução do CONAMA 01/86, o EIA deve conter a definição dos
limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, denominada
área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual
se localiza.

Dessa forma, deve-se prever os limites geográficos das áreas de influência do empreendimento,
a serem estabelecidos em função da abrangência dos impactos ambientais. São comumente
considerados nos estudos três áreas:
o Área Diretamente Afetada (ADA) - corresponde à área que sofrerá a ação direta da
implantação e operação do empreendimento.
o Área de Influência Direta (AID) - corresponde à área que sofrerá os impactos diretos
de implantação e operação do empreendimento.
o Área de Influência Indireta (AII) - corresponde à área real ou potencialmente sujeita
aos impactos indiretos da implantação e operação do empreendimento.

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• Diagnóstico Ambiental

Informações sobre os principais aspectos dos meios físico, biótico e socioeconômico das áreas
de influência, que serão passíveis de alterações significativas em decorrência do projeto, em
suas fases de planejamento, implantação e operação.

Além da descrição textual, as informações devem ser apresentadas em mapas temáticos ou


outros meios de visualização espacial de forma a permitir o entendimento do contexto em
que se insere o empreendimento e facilitar sobreposição e interação entre vários aspectos
ambientais estudados.

O nível de aprofundamento do diagnóstico ambiental poderá ser diferenciado, podendo,


por exemplo, ser superficial para a AII e detalhado para a ADA do empreendimento,
especialmente para os fatores ambientais que sofrerão maiores alterações com a implantação
do empreendimento.

• Identificação e Avaliação dos Impactos

Consiste em identificar e avaliar, com as devidas quantificações e espacializações, os


impactos ambientais decorrentes das atividades de planejamento, implantação e operação
do empreendimento proposto. Deve-se basear a avaliação de impactos ambientais na análise
conjunta das informações apresentadas na “Caracterização do Empreendimento” e dos dados
do ambiente em que o projeto será instalado, apresentados no “Diagnóstico Ambiental”.
Para isso, poderá ser empregado um conjunto de métodos consagrados em estudos dessa
natureza, como estudos de caso, listagem de controle, opinião de especialistas ou julgamento
profissional, revisões de literatura, matrizes de interação etc.

• Programas de Mitigação, Monitoramento e Compensação

Planos e Programas Ambientais contendo medidas preventivas, mitigadoras e/ou


compensatórias associadas a cada impacto negativo identificado e analisado, relacionando-
as com a regulamentação a ser atendida.

Indica-se que os Programas Ambientais sejam apresentados por fase do empreendimento,


fator ambiental e impacto a que se destinam.

Os Programas de Monitoramento devem permitir o acompanhamento dos reais efeitos do


empreendimento sobre o meio ambiente, avaliando a eficiência das medidas mitigadoras
propostas e desencadeamento dos processos para sua adequação, quando necessário.

• Relatório de Impacto Ambiental - Rima

Para o caso de EIA, conforme o Artigo 9º da Resolução do CONAMA 01/86, deve ser
apresentado em volume separado o Relatório de Impacto Ambiental – Rima, refletindo as
informações do estudo.

O Rima deve ser desenvolvido de forma objetiva e adequada à sua compreensão. As


informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por infográficos,
mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se
possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as consequências
ambientais de sua implementação.

53
O conteúdo do estudo ambiental por meio de um RAP também deve ser definido pelo
Manual para Elaboração do Estudos Ambientais. Contudo, não é necessária a aprovação
do Termo de Referência, cabendo ao empreendedor utilizar o nível de detalhamento do
diagnóstico mais apropriado ao projeto, considerando a vulnerabilidade do meio a ser
afetado. Contudo, a realização de um RAP dispensa a apresentação de Rima.

Para o licenciamento ambiental por meio de EAS são disponibilizados pela CETESB os
formulários pré-definidos a serem preenchidos com o conteúdo do estudo.

Além de dados administrativos sobre o empreendedor e o empreendimento, os formulários


de EAS solicitam dados de caracterização do empreendimento, caracterização da área
afetada e dos impactos ambientais, conforme exemplo a seguir:

Caracterização do empreendimento / atividade


• Características técnicas
• Obras e ações inerentes à sua implantação
• Município (s) afetado (s)
• Mão de obra necessária para sua implantação
• Indicadores do porte (área, produção, etc.)
• Mão de obra necessária para implantação e operação
• Cronograma de implantação
• Valor total do investimento

Caracterização geral do local


• Bacia hidrográfica
• Corpos d’água e respectivas classe de uso
• Declividade da área
• Presença de terrenos alagadiços ou sujeito a inundação
• Suscetibilidade do terreno a erosão
• Cobertura vegetal na área afetada pelo empreendimento (ha)
• Presença de fauna nativa na região
• Unidades de conservação
• Uso do solo no entorno
• Interferência sobre equipamentos urbanos
• Indícios de vestígios arqueológicos, históricos, ou artísticos na área afetada

Impactos ambientais e medidas mitigadoras


• Processos erosivos associados à implantação do empreendimento
54
• Degradação da qualidade das águas superficiais ou subterrâneas
• Corpos d’água afetados
• Supressão de cobertura vegetal nativa
• Interferência em áreas de preservação permanente (quantificar)
• Interferência sobre infraestruturas urbanas
• Conflito de uso do solo
• Conflito de uso da água

IV. Manual para Elaboração de Estudos Ambientais

Proposto pela Diretoria de Avaliação de Impacto Ambiental da CETESB, o Manual para


Elaboração de Estudos Ambientais visa definir o escopo de Estudo de Impacto Ambiental-
EIA e de Relatório Ambiental Preliminar-RAP, fornecendo subsídios para consultores e
empreendedores e técnicos na elaboração de melhores estudos ambientais, e possibilitando
maior agilidade na análise do corpo técnico do órgão ambiental.

Composto por 12 capítulos e um anexo, o Manual foi desenvolvido de tal forma que os
roteiros e os Termos de Referência para os estudos ambientais possam ser “customizados”
em função das características dos empreendimentos e dos locais onde se pretende instalá-
los.

O primeiro capítulo apresenta uma introdução ao processo de licenciamento ambiental


com AIA, incluindo conceitos, histórico e relevância. Já o segundo capítulo é uma breve
descrição de como utilizar o Manual.

O capítulo 3 apresenta um roteiro que serve de orientação geral para os estudos de impacto
ambiental e, posteriormente, são apresentados alguns capítulos (4-Caracterização do
Empreendimento, 5- Áreas de Influência e 6- Avaliação de Impactos Ambientais) que trazem
instruções sobre os respectivos temas considerando as tipologias de empreendimento.

Já as instruções para o Diagnóstico, no Capítulo 6, são apresentadas por componentes


ambientais (clima, fauna, flora etc.), e em diversos níveis de complexidade, que poderão
ser escolhidos em função das expectativas de alteração e da importância ambiental dos
aspectos analisados.

A Figura 3 ilustra o conteúdo básico de um Estudo Ambiental e os capítulos do Manual que


contém as instruções.

55
Figura 3 – Conteúdo Básico do estudo e capítulos do Manual

Exemplo de Aplicação do Manual


Para exemplificar a aplicação do Manual, foi considerado um hipotético pedido de
licenciamento de uma Linha de Transmissão de 138 kV, de cerca de 40 km, em área ocupada
majoritariamente por canaviais. Nesse caso, é esperada baixa supressão de vegetação,
nenhuma relocação de famílias e instituição de servidão em diversas propriedades de
médio a grande porte (CETESB, 2014).

O licenciamento será potencialmente realizado com base em um Relatório de Avaliação


Preliminar- RAP. O roteiro previsto obedecerá ao Roteiro Geral, indicado no Capítulo 3.

No entanto, para os itens “VIII – Caracterização do Empreendimento” e “IX – Áreas de


Influência” do Roteiro Geral deve-se seguir instruções dos Capítulos 4 e 5 do Manual,
respectivamente.

Para o “item X- Diagnóstico Ambiental”, deve-se observar as instruções do Capítulo 6,


considerando o nível de detalhamento do meio a ser afetado conforme os potenciais impactos
ambientais do empreendimento. No Manual existem até três níveis de detalhamento, sendo
o nível 1 o de maior complexidade e o nível 3 o de menor complexidade. Por exemplo,
empreendimentos com baixo potencial de supressão de vegetação devem detalhar menos
o diagnóstico de flora e fauna do que empreendimentos que demandam mais supressão de

56
vegetação. Dessa forma, pode-se escolher Nível 2 para os diagnósticos de Fauna e Flora
porque a supressão de vegetação será pequena.

Para o “item XI- Identificação e Avaliação dos Impactos” considerar as instruções do Capitulo
7, sobre impactos de linhas de transmissão, que fornecem subsídios sobre os principais
potenciais impactos relacionados à tipologia linha de transmissão.

Ressalta-se que a aplicação das instruções sobre o diagnóstico e impactos precisam ser
adaptadas à significância esperada dos mesmos para o caso em análise. Neste exemplo,
as instruções sobre relocação de população podem ser ignoradas, e as aquelas relativas
a impactos sobre a vegetação precisam ser ajustadas, especialmente no que tange aos
Programas Ambientais sugeridos.

V. Exercício de Estudo de Alternativas

Um método de avaliar os impactos entre alternativas é por meio da realização de uma análise
hierárquica. Por exemplo, na comparação entre alternativas de um projeto rodoviário, pode-
se ranquear as alternativas com base nos indicadores de impacto.

Para isso, pode-se levantar critérios ambientais quantitativos para cada alternativa e
empregar índices comparativos (ICs), que são indicativos dos impactos, onde o valor 1 é
alocado à alternativa com menor impacto e os valores atribuídos às demais alternativas
indicam o fator proporcional em relação ao menor valor, conforme o exemplo a seguir:

Exemplo de cálculo do ICs

Alternativa
Indicador 1 2 3 4
Intervenção
21,46 16,39 19,82 19,51
em APP
Cálculo do
=21,46/16,39 =16,39/16,39 =19,82/16,39 =19,51/16,39
ICS
ICs 1,31 1,00 1,21 1,19

É muito comum que estudos de alternativa realizem a soma simples dos ICs dos indicadores
levantados para escolher a alternativa que possui o menor impacto.

Contudo, é necessário reconhecer que a importância de cada impacto não é a mesma. Dessa
forma, pode-se consultar especialistas ou as partes interessadas e levar em consideração
a importância de cada impacto para ponderar e dar maior valor aos impactos considerados
mais relevantes. Assim, pode-se empregar, por exemplo, uma escala de 0-10, na qual 10
representa a maior importância.

Com base nisso, considere as alternativas de traçado propostas para a realização do


Prolongamento da Rodovia Governador Carvalho Pinto (GEOTEC, 2012), Figura 4, e realize
a seleção da melhor alternativa, conforme as seguintes etapas e informações:

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Figura 4 - Localização das Alternativas Locacionais para o Prolongamento da Rodovia Governador Carvalho
Pinto (SP-070), sobre imagem aérea.

Fonte: Geotec - ROLONGAMENTO DA RODOVIA SP-070 68 -Estudo de Impacto Ambiental – EIA

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1) Calcule os ICs para cada indicador levantado e insira no quadro a seguir:

Alternativa
Indicador A B C D
Área da futura faixa de domínio (ha) - ADA 106 105,28 126,96 119,03
IC
Nascentes 2 0 5 0
IC
Cursos d’águas 15 15 20 20
IC
Área com declividade acima de 15° (ha) 4,92 7,64 26,82 15,53
IC
Intervenção em APP (ha) 21,46 16,39 19,82 19,51
IC
Supressão em estágio médio (ha) 1,46 1,09 5,96 5,28
IC
Intervenção em aglomerados urbanos (ha) 6,33 1,68 1,60 0,63
IC
Intervenção em áreas rurais (ha) 7,24 2,53 2,28 3,42
IC
Patrimônio cultural material e imaterial 3 3 2 1
IC
Áreas críticas ao ruído no entorno (ha de
13,35 7,77 0,98 0,31
aglomerados urbanos)
IC
Propriedades afetadas 166 186 62 49
IC
Grau ambiental da alternativa (somatório
dos ICs)

59
2) Em conjunto com os participantes do grupo, defina a importância de cada impacto,
por exemplo, em uma escala de 0-10, na qual 10 representa a maior importância

Importância
Extensão (km)
Área da futura faixa de domínio (ha) - ADA
Nascentes
Cursos d’águas
Área com declividade acima de 15° (ha)
Intervenção em APP (ha)
Supressão em estágio médio (ha)
Intervenção em aglomerados urbanos (ha)
Intervenção em áreas rurais (ha)
Patrimônio cultural material e imaterial
Áreas críticas ao ruído no entorno (ha de
aglomerados urbanos)
Propriedades afetadas

3) Com os ICs e os pesos atribuídos (importância) a cada impacto, preencha


o quadro com a significância de cada impacto e indique a alternativa com menor
impacto ambiental (soma ponderada).

Alternativa
Indicador A B C D
Área da futura faixa de domínio (ha) - ADA
Nascentes
Cursos d’águas
Área com declividade acima de 15° (ha)
Intervenção em APP (ha)
Supressão em estágio médio (ha)
Intervenção em aglomerados urbanos (ha)
Intervenção em áreas rurais (ha)
Patrimônio cultural material e imaterial
Áreas críticas ao ruído no entorno (ha de
aglomerados urbanos)
Propriedades afetadas
Desempenho

Melhor Alternativa:___________________________________

60
VI. Referências Bibliográficas

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 01, de 23 de janeiro de


1986. Estabelece as definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes
gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos
instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. Disponível em: <http://www.mma.
gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html>. Acesso em: 18 agosto 2017.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 09, de 03 de dezembro de


1987. Dispõe sobre a questão de Audiências Públicas. Disponível em: < http://www.mma.
gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=60>. Acesso em: 18 agosto 2017.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro


de 1997. Dispõe sobre a revisão e complementação dos procedimentos e critérios
utilizados para o licenciamento ambiental. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/
conama/res/res97/res23797.html>. Acesso em: 18 agosto 2017.

Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Decisão de Diretoria nº 217/2014/I de 06


de agosto de 2014. Dispões sobre a aprovação e divulgação do “Manual para Elaboração
de Estudos para o Licenciamento Ambiental com Avaliação de Impacto no âmbito da
CETESB”. São Paulo, 2014. Disponível em: <http://licenciamento.cetesb.sp.gov.br/cetesb/
documentos/Manual-DD-217-14.pdf>. Acesso em: 18 agosto 2017.

GEOTEC – Estudo de Impacto Ambiental para Prolongamento da Rodovia Governador


Carvalho Pinto (SP-070). São Paulo, 2012.

Pinho, P., Sabine, M.; Cruz, S. S. A critical appraisal of EIA screening practice in EU
Member States. Impact Assessment and Project Appraisal, 28:2, 91-107. 2010. Disponível
em: http://dx.doi.org/10.3152/146155110X498799. Acesso em 18 de agosto de 2017.

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Estudos do Meio Biótico Para a
Avaliação de Impacto Ambiental

Vanessa Hermida Fidalgo Guerreiro

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114
Compensação Ambiental

Iracy Xavier da Silva

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Diagnóstico no
Meio Socioeconômico/Antrópico

Gleice da Conceição Sales Ferreira

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O Meio Físico na
Avaliação de Impacto Ambiental

Fernanda Amaral Dantas Sobral

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FISCALIZAÇÃO, PERÍCIA E AUDITORIA AMBIENTAL

POLÍTICAS PÚBLICAS AMBIENTAIS INSTRUMENTOS DE

GESTÃO AMBIENTAL PÚBLICA ORDENAMENTO JURÍDICO

AMBIENTAL METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA

E SEMINÁRIOS POLUIÇÃO DO AR, GERENCIAMENTO E

CONTROLE DE FONTES FUNDAMENTOS DO CONTROLE DE

POLUIÇÃO DAS ÁGUAS GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PREVENÇÃO E CONTROLE DA POLUIÇÃO DOS SOLOS E

DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS GERENCIAMENTO DE ÁREAS

CONTAMINADAS ANÁLISE DE RISCO TECNOLÓGICO


PÓS•GRADUAÇÃO
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EMERGÊNCIAS QUÍMICAS, ASPECTOS
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E CORRETIVOS LEGISLAÇÃO FLORESTAL APLICADA

AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL LICENCIAMENTO

COM AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL AIA

LICENCIAMENTO AMBIENTAL SEM AVALIAÇÃO DE IMPACTO

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