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Anais/Encarte Técnico-Científico
WORKSHOP BRASILEIRO
GESTÃO EMPRESARIAL
NA TEIA DA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
REALIZAÇÃO
Ministério da
Ciência, Tecnologia
e Inovação
ORGANIZADORES
Julio César Rodríguez Tello
João Rodrigo Leitão dos Reis
Rosana Barbosa de Castro Lopes
Francis Albert Alexander Linares Fuchs
GESTÃO EMPRESARIAL
NA TEIA DA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
Manaus - 2014
Copyright © 2014 A1 Studio Gráfico
Catalogação na Fonte
TELLO, Julio César Rodríguez; REIS, João Rodrigo Leitão dos; LOPES, Rosana Barbosa de
Castro; FUCHS, Francis Albert Alexander Linares (org.)
Anais/Encarte Técnico-Científico do Workshop Brasileiro de Gestão Empresarial na Teia da
Sustentabilidade Ambiental. Julio César Rodríguez Tello, João Rodrigo Leitão dos Reis, Rosana
Barbosa de Castro Lopes, Francis Albert Alexander Linares Fuchs (Organizadores).
Manaus: A1 Studio Gráfico, 2014.
173 p.
ISBN 978-85-99122-53-2
CDD 653.324
I. Título.
Coordenação Geral
Prof. Dr. Julio César Rodríguez Tello
Comitê Técnico-Científico
Francis Albert Alexander Linares Fuchs
João Rodrigo Leitão dos Reis
Julio César Rodríguez Tello
Rosana Barbosa de Castro Lopes
Comissão Executiva
Isamara Kelly Amorim Cruz
Joana Magoga Noro
João Rodrigo Leitão dos Reis
Joseane Alves de Souza
Julio César Rodríguez Tello
Marcos Paulo Ferreira Carneiro
Renata Lima Pimentel
Secretaria
Local: Laboratório de Ecologia e Conservação da Biodiversidade da FCA/UFAM
Francis Albert Alexander Linares Fuchs
João Rodrigo Leitão dos Reis
Josiane Alves de Sousa
Renata Lima Pimentel
Soraya Edith Esteves López
Agradecimento
Agradecemos aos patrocinadores, a Assessoria de Comunicação da Universidade Federal
do Amazonas (ASCOM/UFAM) e aos discentes do Curso de Especialização em Gestão
Ambiental Empresarial da UFAM, que direta ou indiretamente, prestaram apoio
operacional na execução do Workshop Brasileiro Gestão Empresarial na Teia da
Sustentabilidade Ambiental.
APRESENTAÇÃO
117 - Artigo 17 - Ecomarketing na empresa Rio Limpo: uma ferramenta estratégica para o
desenvolvimento ambiental empresarial
Silvya Nascimento das Neves e Julio César Rodríguez Tello
155 - Artigo 25 - Bases para uma gestão integrada do ecoturismo nas Comunidades de
Janauary, Paricatuba e Acajatuba, no município de Iranduba/AM
Oreni Campêlo Braga da Silva e Julio César Rodríguez Tello
1
Licenciamento e Certificação
Ambiental Empresarial
ARTIGO 1
A PRODUÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEL: TEMAS
PRIORITÁRIOS
INTRODUÇÃO
O crescimento vigoroso da produção mundial de bens e serviços tem como contrapartida o uso
crescente de recursos extraídos do meio ambiente colocando em risco a possibilidade das gerações
futuras de proverem suas necessidades, antes mesmos de atender adequadamente as gerações
atuais. Apesar de tanto sacrifício imposto ao meio ambiente seja extraindo recursos, seja despejando
poluentes, quase metade da população global continua na pobreza ou subsiste precariamente.
De fato, os sinais de degradação ambiental estão por toda parte, tais como, a perda constante de
biodiversidade, desertificação, redução da camada de ozônio, conflitos pelo acesso à água. O último
relatório do IPCC (Intergovernamental Panel on Climate Change) publicado em março de 2014 (AR5)
mostra que houve aumento da concentração de gases de efeito estufa em relação ao período de
análise do relatório anterior (AR4), publicado em 2009, e aponta diversos impactos negativos que já
estariam ocorrendo por conta do aumento da temperatura média sobre a atmosfera, os oceanos e
outros componentes do Planeta (IPCC, 2014). Conforme o International Resource Panel (IRP), grupo
de trabalho criado pelo PNUMA no qual fazem parte mais de 1.300 cientistas de todas as partes do
mundo, o impacto ambiental do consumo cresce conforme a renda per capita cresce. A extração de
recursos naturais como biomassas, combustíveis fósseis, minérios e materiais de construção tem
crescido à base de 60 bilhões de toneladas anualmente. Nos países desenvolvidos, esse consumo,
que já é alto, continua crescendo; também está crescendo nos países em desenvolvimento que
passam por acelerado processo de crescimento e urbanização (IRP, 2012). Assim, haverá necessidade
de desacoplar o uso dos recursos e os impactos ambientais em relação às atividades econômicas.
No contexto do desenvolvimento sustentável, desacoplar significa utilizar menos recursos por
unidade de produção e reduzir o impacto ambiental de todos os recursos utilizados e de todas as
atividades econômicas. Em outras palavras, significa alcançar padrões de produção e consumo
sustentáveis. Encontrar meios para tornar os processos de produção e consumo sustentáveis é um
dos principais desafios da nossa época.
A CONSTRUÇÃO DO CONCEITO
Uma das contribuições mais importantes para vencer esse desafio foi dada na Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo em 1.972, ao considerar
que as questões concernentes ao meio ambiente e ao desenvolvimento devem sempre ser tratadas
em conjunto. É desse encontro entre desenvolvimento e cuidado com o meio ambiente que nasce o
conceito de desenvolvimento sustentável, que seria popularizado a partir da Conferência das
Nações sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizado no Rio de Janeiro em 1992, conhecida
por Rio 92.
Diante dessa questão, a Agenda 21 estabeleceu no Capítulo 4 duas áreas programas: (1) exame
dos padrões insustentáveis de produção e consumo, e (2) desenvolvimento de políticas e
estratégias nacionais de estímulo a mudanças desses padrões. A primeira tem como objetivos: (1a)
promover padrões de consumo e produção que reduzam as pressões ambientais e atendam as
necessidades básicas da humanidade, e (1b) desenvolver uma melhor compreensão do papel do
consumo e da forma de implementar padrões de consumo mais sustentáveis. Algumas medidas
recomendadas referem-se à minimização de resíduos, maior eficiência no uso de energia e
materiais e estímulo ao uso de recursos renováveis. Além dessas, a Agenda recomenda diversas
atividades endereçadas a diversos segmentos da sociedade. Entre estas, as seguintes:
PARTICIPAÇÃO DO BRASIL
Produção Sustentável: a incorporação, ao longo de todo o ciclo de vida de bens e serviços, das
melhores alternativas possíveis para minimizar custos ambientais e sociais (RRASIL/MMA, 2012).
O PPCS tem como missão fomentar políticas, programas e ações de consumo e produção
sustentáveis no Brasil com o objetivo de ampliar as soluções para problemas socioambientais,
visando a erradicação da miséria, a redução de emissões de gases de efeito estufa e ao
desenvolvimento sustentável, e com os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil,
sobretudo com as diretrizes do Processo de Marrakesh. Uma contribuição crucial que se espera do
PPCS é a promoção de mudanças verificáveis nos padrões de produção e consumo. Estas mudanças
devem estar relacionadas à descarbonização da economia e ao uso responsável dos recursos
naturais. Percebe-se a influência da Conferência Rio + 20 e do documento “Rumo à economia verde”,
publicado pelo PNUMA como parte dos trabalhos de preparação dessa Conferência (PNUMA,
2010). O PPCS dialoga com outros planos criados na esfera da União, como o Plano Nacional de
Sobre Mudança do Clima (BRASIL, 2009) e o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010).
Vários princípios do PPCS também são princípios desses planos, como o da prevenção da poluição,
da precaução e da responsabilidade compartilhada.
TEMAS PRIORITÁRIOS
O objetivo primordial do PPCS é fomentar dinâmicas e ações em médio e longo prazos que
mudem o atual paradigma de produção e consumo, contribuindo significativamente para o
desenvolvimento sustentável da sociedade brasileira. A miséria que impõe um consumo desigual foi
reconhecida como um problema relacionado ao processo de produção e consumo. Durante a fase
de consulta foram identificados 17 temas: dos quais os seguintes foram considerados prioritários
para o ciclo de 2011 a 2015:
1. educação para o consumo sustentável;
2. compras públicas sustentáveis;
3. agenda ambiental na administração pública (A3P);
4. aumento da reciclagem de resíduos sólidos;
5. varejo sustentável;
6. construções sustentáveis.
A educação para o consumo sustentável é outro termo para educação ambiental. Prevista na
Constituição Federal de 1988 e na Política Nacional do Meio Ambiente, a educação ambiental
recebeu estatuto legal definitivo com a Lei no 9.795, de 1999, que institui a Política Nacional de
Educação Ambiental (PNEA). A educação ambiental foi definida como os processos por meio dos
quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (BRASIL, 1999). Percebe-se pela definição
O fato marcante nas últimas décadas foi o aparecimento de modelos de gestão que promovem
tais melhorias de forma sistemática invertendo a equação. Antes, as melhorias ambientais, quando
aconteciam, eram efeitos secundários dos objetivos principais relacionados com a redução de custo,
melhoria da qualidade, substituição de insumos de difícil acesso, entre outros. A redução de
desperdício de todo tipo é um dos lemas do movimento da qualidade total. Os modelos de gestão
ambiental, alguns citados no texto, como ecoeficiência, produção mais limpa, natural step,
promovem melhorias ambientais nos sistemas produtivos como objetivos primeiros, assegurando
um equilíbrio com os econômicos. Assim, por exemplo, reduzir a poluição na fonte é o objetivo
principal e a redução do custo ou aumento da margem de lucro são efeitos observados na esfera
econômica da empresa. Com isso, houve um aumento da eficiência produtiva, o que significa melhor
utilização de materiais e energia nos processos produtivos.
Todo esse avanço no campo da produção é insuficiente, como mostram os relatórios do IPCC e
do IPR mencionados no início deste texto. A eliminação da pobreza requer ampliação da produção,
pois isso significa mais alimentos, moradias, vestimentas, transporte, escolas, hospitais entre outros
bens materiais necessários para o provimento do bem-estar das famílias. Assim, é preciso dar
atenção ao consumo, principalmente com respeito ao consumo das classes mais favorecidas cujo
nível de consumo já é elevado. Esta talvez seja a parte mais difícil pelo fato de envolver questões de
status, afirmação, busca de significados, compensações, entre muitas outras. O estado de
degradação socioambiental não autoriza esperar por mudanças espontâneas nos processos de
produção e nos hábitos de consumo. Daí a importância do programa decenal 10YPF no plano
global e do PPCS no plano nacional.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei 12.349 de 15/12/2010, Altera as Leis nos 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.958, de 20
de dezembro de 1994, e 10.973, de 2 de dezembro de 2004; e revoga o § 1o do art. 2o da Lei no
11.273, de 6 de fevereiro de 2006. Brasília, Diário Oficial da União de 16/12/2010.
_______. Lei 112.305 de 02/08/2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei
no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília, Diário Oficial da União de
03/08/2010.
_______. Lei 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição
Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
Qualquer trabalho acarreta em entregar um produto, contudo, conhecer as causas da sua rotina,
ou seja seus objetivos, ter clara as regras dessas mesmas rotinas, possibilita melhor controle e
consequente melhor desempenho, o que tornam os resultados desse trabalho melhores e por
conseguinte mais competitivos. A própria Fundação Nacional da Qualidade, em 1999 criou o Comitê
Temático Medição do Desempenho Global, com cerca de 27 empresas, de vários setores dentre elas,
a Caterpillar, Correios, Eletronorte, Petrobras, Siemens, WEG e XEROX, ou seja, considera-se uma
vantagem as empresas buscarem a gestão estratégica aliada aos processos do dia a adia.
Confesso que durante muito tempo me inquietei em trabalhar com diversas normas, como a ISO
9001, a ISO 14001 e a OHSAS 18001, diretrizes como o Modelo de Excelência da Gestão,
preconizado pela Fundação Nacional da Qualidade, e métodos de planejamento estratégico, o
próprio Balanced Scorecard, e outros, e no final dos projetos, sempre me questionava, o que ajudei a
melhorar nessa empresa, além do método que orientei a implementar e talvez outros ganhos
pontuais?
Devido essa minha questão perturbadora, aproveitei os meus estudos originados em meu
mestrado na área de engenharia de produção e fui em busca de formas, meios, métodos de gestão,
que fossem simples, ou seja, de fácil entendimento das pessoas, inclusive que bastassem elas
utilizarem a lógica (ver Figura 1) e a percepção das dificuldades do dia a dia nas empresas, para
a)Sa sfação dos stakeholders – Quem são os stakeholders da empresa e o que eles querem e
necessitam?
c) Processos – Quais são os processos crí cos requerid os para realizar essas estratégias?
Fonte: ADAMS, Cris e NEELY, Andy. The Performance Prism Can Boost M&A
Success.www.som.cranfield.ac.uk/som/p1153/Research/Research-
Centres/Centre-For-Business-Performance/Products/products
METODOLOGIA
A metodologia considerada, é a deste último projeto, pois houve uma evolução natural,
consequência do aprendizado obtido nos anos anteriores.
Segue abaixo,
Fonte: Adaptado de ADAMS, Cris e NEELY, Andy. The Performance Prism Can Boost M&A
Success.www.som.cranfield.ac.uk/som/p1153/Research/Research-Centres/Centre-For-Business-
Performance/Products/products
REFERÊNCIAS
OTT, Margot Bertolucci. Tendências Ideológicas no Ensino de Primeiro Grau. Porto Alegre:
UFRGS, 1983. 214 p. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de
Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1983.
MELLO, Luiz Antonio. A Onda Maldita: como nasceu a Fluminense FM. Niterói: Arte & Ofício,
1992. Disponível em: <http://www.actech.com.br/aondamaldita/ creditos.html> Acesso em: 13 out.
1997.
INTRODUÇÃO
A discussão sobre a divisão das tipologias de empreendimentos entre a União, Estados e Distrito
Federal gira em torno do licenciamento de empreendimentos de grande porte (se de escala
nacional, regional ou estadual), pois são os que propiciam maior cobrança de taxas e exige-se
rigorosa especialização técnico-científica na tramitação e avaliação processual. O processo de
licenciamento ambiental de grandes obras costuma ser muito conflituoso. Podemos destacar que o
licenciamento e gerenciamento ambiental de empreendimentos de grande porte é um processo
dinâmico, multissetorial, transversal e multidisciplinar que abrange inicialmente a sua concepção
técnica e de engenharia, e a elaboração de estudos ambientais solicitados pelo órgão ambiental
licenciador, e posteriormente, o desenvolvimento, monitoramento e execução dos programas e
medidas de gerenciamento ambiental adotadas no âmbito do licenciamento ambiental. A Instrução
Normativa (IN) nº. 184/2008 – IBAMA, estabelece procedimentos para Licenciamento Ambiental
Federal (LAF) e prazos para o licenciamento, alterada pela IN nº. 14/2011 – IBAMA, com acréscimo
de procedimentos para envolvimento dos órgãos e entidades federais e estaduais ligados ao LAF. No
decorrer da tramitação do processo e dependendo do porte do empreendimento e do tipo de
atividade a ser requerida, pode ser expedida uma única licença ambiental (LAU) ou as tradicionais
três licenças complementares e sequênciais, a Licença Ambiental Prévia (LP), Licença Ambiental de
Instalação (LI) e Licença Ambiental de Operação (LO). Cada licença possui restrições e
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
A abrangência da gestão ambiental está sendo ampliando, muito mais no nível operacional na
indústria, pois neste setor que o conceito de gestão ambiental está sendo expandido, incluindo as
repercussões sócio ambientais. Neste caso, setor público a verticalização do processo de divulgação
encontra suas barreiras no âmbito operacional onde um modelo de educação ambiental na empresa
e sua preocupação com o meio ambiente, irão reduzir a resistência dos mesmos para um melhor
resultado feedback, nos aspectos entendimento. Já que existe o conhecimento prévio por parte dos
colaboradores sobre o assunto, e os mesmos apresentam um grande interesse sobre a problemática,
mostrando que é possível amenizar os problemas ambientais. Concluiu-se que apesar de difícil, é
possível minimizar as falhas nas comunicações dentro das empresas, permitindo que a educação
ambiental seja, um objetivo teórico prático, de se trabalhar essa temática de maneira
contextualizada, incluindo as empresas e a sociedade num mundo sustentável.
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Os órgãos de defesa do meio ambiente, de forma geral, sempre agiram de maneira isolada, e
com recursos (humanos e materiais) limitados, tanto na forma quantitativas quanto nas qualitativas.
Essa falta de interatividade facilita as ações de infratores ambientais. A produção de conhecimento e
as inovações tecnológicas cada vez mais auxiliam os órgãos de defesa ambiental, distribuindo e
operacionalizando ações nesta área, além disso, a falta de dados estatísticos confiáveis é uma grande
deficiência do planejamento de ações policiais ambientais. A busca da eficiência nas ações
preventivas e repressivas é um ideal perseguido continuamente pelos comandantes, chefes ou
diretores operacionais das diversas instituições governamentais que atuam nas questões ambientais.
As ações de fiscalização ambiental devem ser sempre proativas, educativas e informativas com o fito
de reduzir as necessidades de atuações repressivas. As geotecnologias (Sistema de Informações
Geográficas – SIG, Sistema de Posicionamento Global - GPS, Sensoriamento Remoto,
Aerofotogrametria, entre outras), vêm sendo utilizadas nos últimos anos como importante
ferramenta de gestão e otimização para o alcance das ações preventivas nos três níveis de governo,
por combinar processamento de dados com atributos de localização espacial. Pois, é no espaço, e
em um período de tempo, que os fenômenos criminais acontecem. O geoprocessamento pode ser
definido, sucintamente, como o tratamento de informação relacionado ao espaço geográfico, seja
através de coordenadas, seja através de endereço, com uso de recursos computacionais. Essas
ferramentas possibilitam a elaboração de mapeamento das ocorrências policiais e possibilita fazer
análise das tendências de comportamento criminais. No sistema SIG o mapeamento da
criminalidade pode ser feito com aquisição de dados relacionados aos atributos geográficos,
geralmente coletados no momento do registro do crime, por um software próprio, que se dá, quase
sempre, através do endereço ou algum atributo de localização, gerando a informação que permite a
conexão entre esse banco de dados e o mapa, através de sistemas específicos de computadores. O
uso dessas tecnologias permitem atender as necessidades de estruturação de um banco de dados
geográficos com o máximo de detalhamento das infrações ambientais, de modo a exibir as
MATERIAL E MÉTODO
A região geográfica de estudo foi a área urbana da cidade de Manaus, capital do Estado do
Amazonas, está situada à margem esquerda da confluência do rio Negro e Solimões, com os
seguintes quadrantes de coordenadas geográficas: -3°04'02”; -2°9144”; - 3°1624; -3°05''44 de
latitude sul e -60°00'16; -59°83''58”; -59°98'43”; -60°11'16” de longitude oeste. A área urbana de
Manaus se estende por 377 Km², correspondendo 3,3% do território municipal. Este trabalho foi
desenvolvido por meio de dados obtidos no CIOPS (Centro Integrado de Operações de Segurança)
e na SEMMA (Secretaria Municipal de Meio Ambiente). Os resultados foram expressos em dados
trabalhados estatisticamente, representando as ocorrências agregadas em torno das categorias de
acordo com a Lei Federal nº 9.605/98 – Lei de Crimes Ambientais. As informações, concernentes ao
banco de dados do CIOPS tiveram embasamento na determinação das coordenadas geográficas
(lat/long), e em dados relativos às chamadas para o número emergencial 190, gerando um conjunto
coerente e sistemático de dados incorporados ao SIG para as análises pretendidas. A partir desses
dados, procedeu-se à elaboração dos mapas para apresentar espacialmente as ocorrências
registradas de infrações e crimes ambientais. O emprego dos dados georreferenciados para o
mapeamento teve por base o critério de zoneamento administrativo do município de Manaus, com a
estratificação por natureza e sazonalidade. A confecção dos mapas temáticos das incidências de
ocorrências de crimes e infrações ambientais segundo as zonas administrativa da cidade foi
consequência dessas ações: a) Coleta dos autos de infração expedidos pela SEMMA – nesta etapa
procedeu-se à busca dos dados em formato analógico, distribuídos em 17 caixas de arquivos,
contendo de 20 a 27 processos por caixa, dados esses gerados pelo setor de fiscalização e
encaminhados à Procuradoria Geral do Município (PGM) para fins de cobrança judicial das multas
imposta pela SEMMA aos infratores ambientais na esfera administrativa; b) Organização e
transformação dos dados para digital – nesta etapa, as informações das infrações ambientais obtidas
na consulta dos documentos foram lançadas na base de dados inserida na Planilha Excel; c)
Estruturação do cadastro georreferenciado das ocorrências de infrações ambientais – fase em que
fora inseridos os atributos de localização referentes às coordenadas geográficas (lat./long.) obtidas
com o emprego do aparelho receptor GPS, permitindo a visualização espacial das ocorrências dos
ilícitos; d) Criação do banco de dados geográfico das ocorrências das infrações ambientais – nesta
etapa as planilhas foram transformadas no formato dbf permitindo a entrada das informações no
banco de dados no software Terraview3.2.0; e) Estudo e Análise da distribuição espacial das infrações
ambientais – momento da elaboração dos mapas temáticos, permitindo a visualização da
distribuição espacial das ocorrências de infrações ambientais, e com o auxílio das ferramentas de
software procedendo-se à análise dessa distribuição; f ) Por último, analisou-se o banco de dados
RESULTADOS
CONCLUSÕES
REFERENCIAS
2
Gestão e Gerenciamento de
Resíduos Sólidos e Efluentes
ARTIGO 7
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS ELETROELETRÔNICOS:
O CASO DAS EMPRESAS DE RECICLAGEM DE MANAUS-AM.
INTRODUÇÃO
Figura 1 – Participação dos subsetores no faturamento do Polo Industrial de Manaus em janeiro de 2014
(fonte: www.suframa.gov.br).
METODOLOGIA
Esta pesquisa caracteriza-se como exploratória descritiva onde descreve, registra, analisa e
interpreta os fenômenos ou situações do cotidiano, podendo ser encontradas descrições tanto
quantitativas como qualitativas, bem como informações mais detalhadas por meio da observação
participativa, sendo desta forma flexível quanto aos aspectos relacionados aos procedimentos de
amostragem. Esta pesquisa permite coletar informações considerando os aspectos como condições
do meio, aspectos ambientais e aumento da capacidade de percepção e informação quanto aos
impactos que os materiais que compõem um equipamento eletroeletrônico. Sobre as entrevistas
realizadas em empresas de reciclagem usou-se a amostragem do tipo intencional, onde o
pesquisador dirige-se de forma intencional a grupos de elementos dos quais deseja obter
informações (BARROS, 2010). Para tanto, a seleção das empresas de reciclagem deu-se por meio de
lista disponibilizada na pesquisa de Rodrigues (2010) e listas disponíveis nos endereços
www.telelistas.net e www.listaonline.com.br, “sites” de pesquisa de telefones e endereços de
empresas dos mais diversos ramos de atividades na cidade de Manaus e no Brasil. Estas duas fontes
foram fundamentais para que fossem efetivados os contatos primários com as empresas de
reciclagem e assistências técnicas autorizadas. Ao final elaborou-se uma nova lista com dados das
empresas de reciclagem atuantes em Manaus. Foram aplicadas entrevistas com seis representantes
de empresas de reciclagem de REEE atuantes no município de Manaus. Em paralelo foi utilizado a
técnica de observação participante, durante realização da visita às empresas, norteada por um
“Checklist” de observação elaborado com base nas determinações e proibições da Política Nacional
RESULTADOS
Foram entrevistadas seis empresas que realizam reciclagem e recebem os materiais de
catadores, sucateiros e indústrias do PIM. Em Manaus não foram encontradas empresas que
realizassem a reciclagem dos REEE especificamente, apenas uma empresa executa o beneficiamento
das placas, as demais fazem o beneficiamento de alguns materiais integrantes dos REEE
separadamente. Em resposta às questões sobre os tipos de materiais que as empresas reciclam e
sobre de quais equipamentos esses materiais são originários, as respostas encontram-se agrupadas
na tabela 1.
Tabela 1 – Tipos de materiais e seus equipamentos de origem reciclados pelas empresas em Manaus-AM.
Equipamentos de
Tipo de material
Empresa origem dos materiais Observações
reciclado e/ou tratado
reciclados e/u tratados
Raramente o equipamento
Geladeira, fogão, Metais com bom valor chega inteiro, a maior
G
impressora. agregado e outros metais aquisição é da sucata dos
mesmos.
Televisores com CRT, de Equipamentos com grau
Metais não preciosos,
H plasma e semelhantes, de dificuldade de
plástico, lâmpada e vidro.
lâmpadas fluorescentes. reciclagem alto
Computadores em geral,
Equipamentos com grau
impressora, telefone
Metais preciosos, metais de dificuldade de
I celular e fixo, televisores
não preciosos. reciclagem alto e alguns
em geral, aparelho de
de pequeno porte
DVD, aparelho de som.
Televisores em geral,
J aparelhos de DVD e de Plástico Separação manual
som.
Forno micro-ondas,
computadores em geral,
impressora, telefone Metais preciosos, metais
Do forno micro-ondas são
celular e fixo, televisores não preciosos, plástico,
K aproveitados o cobre,
em geral, aparelho de lâmpadas e elementos
vidro e PCI,
DVD e aparelho de som, químicos (PCI) e vidros.
lâmpadas fluorescentes e
jogos de vídeo.
Computadores em geral,
impressora, telefone
Telefones celulares e
celular e fixo, televisores
L Metais preciosos fixos e jogos de vídeo
em geral, aparelho de
(somente as placas).
DVD e aparelho de som,
jogos de vídeo.
Quanto à realização de triagem dos REEE encaminhados para a reciclagem, as respostas das seis
empresas encontram-se na tabela 2. A triagem objetiva aproveitar ao máximo os materiais
pertencentes aos equipamentos e suas partes, onde esse aproveitamento proporciona a reinserção
dos materiais ao processo produtivo.
Empresa Triagem
Pesa;
Descontaminação (ex.: a lata de refrigerante e outros metais chegam sujos na
G
empresa);
Limpeza (manual e pela esteira vibratória).
Pesa;
Tritura;
H
Seleção do material de acordo com o poder calorífico, após incineração as
cinzas são incorporadas ao fuller (que dá liga) do asfalto.
Pesa;
I
Desmontagem manual.
Pesa;
J Desmontagem manual;
Classificação por tipo de plástico.
Pesa;
K Desmontagem manual;
Classificação dos materiais.
Pesa;
L Desmontagem manual;
Desmontagem automática (parafusadeira).
Sobre as quantidades de materiais reciclados, a empresa I respondeu não ter registros dos
materiais reciclados. A empresa J, disse reciclar algo em torno de 1.500 toneladas de materiais por
mês. A empresa K respondeu reciclar cerca de 250 quilos de materiais por mês e a empresa L, afirmou
reciclar e exportar 20 toneladas de materiais para o Canadá. Quando questionadas sobre o uso de
sistemas tecnológicos para auxiliarem no gerenciamento das informações de reciclagem dos REEE a
empresa G respondeu possuir um sistema interno onde controla a entrada, saída e descartes dos
materiais, o sistema chama-se RM. A empresa H informou não possuir um sistema específico para
gerenciamento dos materiais, mas disse utilizar os relatórios automáticos gerados pela balança e
pelo incinerador. A empresa I, respondeu não possuir nenhuma espécie de sistema, a empresa J,
informou não possuir nenhum sistema tecnológico, mas que está desenvolvendo um específico para
os REEE. A empresa K respondeu utilizar um sistema criado pela própria empresa chamado de
Mastermac e a empresa L, disse usar o sistema SAP que compartilha os dados com outras unidades.
Sobre a existência de algum tipo de apoio governamental ou de outro tipo, para que as mesmas
mantenham-se em funcionamento as empresas G, H, J e K disseram que trabalham sem nenhuma
espécie de apoio, a empresa I disse trabalhar com apoio de empresas privadas e a empresa K
informou que suas atividades são apoiadas por empresas privadas do comércio que autorizam a
disponibilização dos seus respectivos coletores de REEE. Quanto ao inventário de resíduos, conforme
CONAMA 313/2002, gerados pelas empresas, cinco afirmaram elaborar o inventário e apenas a
empresa K disse não fazer o seu inventário de resíduos. Os resultados relacionados às cooperações
técnica e/ou financeira, visando à melhoria dos processos de gerenciamento no que tange a
reciclagem dos REEE, cinco empresas não possuem nenhum tipo de apoio e apenas uma empresa
afirmou ter o apoio de empresas privadas. Sobre a destinação dada aos REEE cuja reciclagem não
seja possível cinco empresas optam por realizar a incineração, realizada por empresa específica,
exceto a empresa H que é do ramo de incineração e já incinera seus próprios resíduos. Esta empresa
utiliza máquinas com filtros para que os gases liberados no ambiente após o processo de incineração
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ainda são poucas as empresas de reciclagem de REEE que recebem os materiais de pontos de
coleta seletiva e da sociedade civil, que individualmente geram pequenas quantidades destes
resíduos. Sobre as empresas que trabalham com o gerenciamento desse tipo específico de resíduo
não foi encontrada nenhuma no município de Manaus o que pode vir a ser um mercado de grandes
oportunidades de negócios. Ressalta-se que Manaus é um produtor de equipamentos
eletroeletrônicos, portanto estaria plenamente inserido no ciclo da logística reversa, portanto seria
também necessário melhorar e ampliar a estrutura dos portos e aeroportos para suportar esta nova
demanda. Por fim, a capacitação de profissionais e das próprias empresas da área para atuarem
neste mercado que se encontra cada vez mais crescente, é necessário que estas devam se atualizar e
se adequar aos padrões das certificações internacionais, visto que grande parte das empresas
instaladas no PIM são multinacionais e/ou empresas que exigem certificações voltadas para a
qualidade dos processos internos, segurança dos trabalhadores e do meio ambiente. Esta
capacitação empresarial poderia vir acompanhada com apoios de diversos setores sejam eles
públicos ou privados em forma de incentivos, sejam eles de ordem financeira, fiscais ou até mesmo
apoio técnico científico, visto que as mesmas ainda estão carentes destes tipos de certificações. Estas
melhorias serão possíveis com a participação de todos os atores pertencentes ao ciclo de vida dos
REFERÊNCIAS
FERREIRA, Aurélio Buarque e Holanda. Mini Aurélio: o dicionário da língua portuguesa. ed. 8,
Positivo, Curitiba, 2010.
BRASIL. Lei Federal N°12.305 2 de Agosto de 2010. Institui a Política Nacional De Resíduos
Sólidos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 2010.
_______.Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA N° 313 de 29 de Outubro de 2002.
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http://www.thtambiental.com.br/wp-content/uploads/2010/02/E-Waste.pdf Acesso em: 12 de maio
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Manaus-AM, 2010.
INTRODUÇÃO
A partir da promulgação da Lei N.º 12.305 de 2 de agosto de 2010, instituindo a Política Nacional
de Resíduos Sólidos no Brasil (PNRS), tais responsabilidades, sob o princípio da sustentabilidade e
tendo por objetivo a gestão integrada de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, passaram a ter ali
um marco regulatório para o setor. Marco este regulamentado pelo Decreto N.º 7.404 de 23 de
dezembro de 2010, que criou também o Comitê Interministerial de Política Nacional de Resíduos
Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa. Tem a PNRS os
seguintes princípios: a prevenção e precaução; o poluidor-pagador e o protetor-recebedor; a visão
sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos; o desenvolvimento sustentável; a ecoeficiência; a
cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da
sociedade; a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; o reconhecimento do
resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de
trabalho e renda e promotor da cidadania; o respeito às diversidades locais e regionais; o direito da
sociedade à informação e ao controle social; e, ainda, a razoabilidade e a proporcionalidade. Além
disso, dentre os quinze objetivos da PNRS destacam-se aqui: a proteção da saúde pública e da
qualidade ambiental; a não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos
sólidos, bem como a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; o estímulo à adoção de
padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços; a adoção, desenvolvimento e
aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais; o incentivo à
indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de
materiais recicláveis e reciclados; a gestão integrada de resíduos sólidos; a integração dos catadores
de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada
pelo ciclo de vida dos produtos; e o estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do
produto (BRASIL, 2010). Os instrumentos da PNRS são dezoito. Dentre eles salientam-se: os planos
de resíduos sólidos; a coleta seletiva, os sistemas de logística reversa e outras ferramentas
relacionadas à implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; o
incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de
catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis; a pesquisa científica e tecnológica; a educação
ambiental; e, no que couber, os instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, entre eles: os
padrões de qualidade ambiental; a avaliação de impactos ambientais; e o licenciamento e a revisão
de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras (BRASIL, 2010). No caso do estado do Amazonas
e de seu Polo Industrial de Manaus (PIM), vendo-os à luz da PNRS no que cabe aos geradores e ao
poder público (entes estes, aliás, intensamente referidos na mencionada Lei), pode-se dizer que a
partir do que apresentam os documentos intitulados Estudos para o Desenvolvimento... (documento
JICA/SUFRAMA, 2010) e o Plano Diretor de Resíduos Sólidos de Manaus – PDRSM (2010),
particularmente em relação aos resíduos sólidos industriais ainda há uma considerável distância
entre o que é feito com eles atualmente e o que ainda resta para fazer-lhes. As evidências que
sustentam a argumentação precedente são diversas quando cotejados os dois documentos
anteriores. Assim sendo, do primeiro (documento JICA/SUFRAMA, 2010), a título de exemplos, em
relação aos RSIs são extraídas as seguintes informações: “Lixões podem ser encontrados em áreas de
floresta onde as condições de monitoramento são difíceis” (p.iii); “Descarte ilegal de embalagens
plásticas onde se lê “atenção, cuidado”, indicando que são necessários cuidados especiais no
manuseio” (p.iii); “Os inventários que foram recebidos não esclarecem a quantidade ou composição
dos resíduos descartados pelo PIM, nem tão pouco (sic) as condições básicas de gestão de resíduos”
Planos Planos
Municipais Intermunicipais
Planos Microrregionais
e de Regiões
Metropolitanas
Planos de Gerenciamento de RS
ENTIDADES E ESTADOS
PESSOAL
Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocantins
EXISTENTE
Cooperativa ou
Associação de 5 1 9 1 10 3 34
catadores
Número de
catadores ligados
310 5 196 32 364 153 134
a Cooperativa ou
Associação
Fonte: Freitas & Fonseca, 2011.
CONCLUSÃO
É certo que tudo isto que aqui se expôs converge para o reconhecimento de que a adequada
gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos (industriais, inclusive) adquirem caráter especial.
Principalmente quando tal questão ambiental, para avançar rumo à sustentabilidade, revela não
mais ser possível dissociá-la do desenvolvimento econômico, tecnológico ou das questões
sociológicas, por exemplo. Nesse caso, inevitavelmente, o caminho para a sustentabilidade haverá
de passar pelo estabelecimento de políticas públicas. Estas, porém, norteadas por indicadores de
sustentabilidade (ainda escassos ou inexistentes para os RSIs, no país) capazes de influenciar no
caminho a seguir e na tomada de decisão, evidentemente.
REFERÊNCIAS
BRASIL. (2010). Lei n.º 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos; altera a Lei n.º 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário Oficial da
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODO
O Município de Parintins-AM (Figura 1), tem os seus limites assim definidos: Ao Norte com o
Município de Nhamundá, ao Sul com o Município de Barreirinha, a Leste com o Estado do Pará
(Município de Juruti) e a Oeste com o Município de Urucurituba. A área territorial de Parintins é de
5.952,378 Km². O município localiza-se sobre formações quaternárias e terraços holocênicos no
setor oriental do Estado do Amazonas. Ocorre a predominância dos solos Latossolo Amarelo Álico e
Podzólico Vermelho Amarelo Álico, na terra-firme. Nas áreas de várzea, o domínio é dos solos de
aluvião, do tipo Gley Pouco Úmico Distrófico, apresentando fertilidade natural média e elevada
(Sistema Brasileiro de Classificação de Solos da Embrapa/SiBCSS/D).
A caracterização ocorreu nos resíduos sólidos urbanos provenientes das rotas de coleta de
resíduos sólidos domiciliares, previamente definidos. Foi retirada a amostra dos roteiros diurnos e
noturnos, com frequência diária. Após a coleta dos resíduos nos bairros procedeu-se a análise, a céu
aberto, no local onde é depositado o lixo da cidade. A amostragem se deu de acordo com a ABNT
NBR 10007/2004. Em seguida, o quarteamento foi realizado segundo Andrade et al. (2004). O
conteúdo do caminhão foi descarregado e do monte de resíduos foram recolhidos amostras de
aproximadamente 3m³ de volume em quatro diferentes posições do monte, e colocados sobre uma
RESULTADOS
Foram identificadas seis rotas diferentes, as quais contemplam toda a zona urbana da cidade de
Parintins. As rotas foram: Rota 01 - Bairro do Palmares e São Vicente; Rota 02 -Centro e São Benedito;
Rota 03 - Santa Rita e Castanheira; Rota 04 - Santa Clara, Emilio Moreira, São Francisco e Itaguatinga;
Rota 05 - Itauna 1 e 2, União, Paschal Allagio, João Novo 1 e 2; Rota 06 - Paulo Correa, Djard Vieira. Foi
retirada a amostra dos roteiros diurnos e noturnos, com frequência diária. Após a coleta dos resíduos
nos bairros procedeu-se a análise, a céu aberto, no local onde é depositado o lixo da cidade. Em
seguida, o quarteamento foi realizado segundo Andrade et al. (2004). A rota que obteve a maior
média de quantidade de lixo foi a rota três composta dos Bairros Santa Rita e Castanheira com 42,48
Kg de resíduos e a menor foi a rota dois realizada no Centro e no Bairro São Benedito. Foi constatada
a maior fração para matéria orgânica (50,97%) seguida do plástico (23,94%), papel e papelão
(13,85%), outros componentes (pano, estopa, vidro, pedra, couro e borracha) com 9,42% e a dos
metais (1,79%). O peso específico aparente produzido na cidade de Parintins foi de 179,27 Kg/m3 e o
teor de umidade nos resíduos sólidos produzido na cidade de Parintins foi de 15,75%. A
determinação da geração per capita dos resíduos sólidos foi de 1,56 kg/hab/dia na zona urbana do
Município. Por meio dos resultados obtidos na pesquisa constatou-se a necessidade de elaboração
de programas de educação ambiental efetivos e de caráter permanente, com propostas que visem à
mudança nos padrões de consumo da população, buscando a minimização dos resíduos, o melhor
aproveitamento dos produtos e bens adquiridos e a colaboração dos habitantes com a coleta
seletiva objetivando formar cidadãos comprometidos com a qualidade do meio ambiente e com o
gerenciamento dos resíduos do Município.
CONCLUSÕES
Pelos resultados obtidos na pesquisa constatou-se a necessidade de elaboração de programas
REFERENCIAS
INTRODUÇÃO
O disco compactado, conhecido como CD (Compact Disc), é um disco ótico capaz de armazenar
informações de forma digital, lidas a partir de laser refletido. É um dos mais populares meios de
armazenamento de dados digitais, principalmente de música comercializada e softwares de
computador, recebendo com isso o nome de CD-ROM. Foi inventado em 1979 e comercializado a
partir de 1982. A Philips anunciou publicamente um protótipo de CD-ROM de áudio em uma
conferência de imprensa "Philips Introduce Compact Disc" em 8 de março de 1979. Surgiu assim, a
popularização dos discos "virgens" (CD-R), para gravação apenas, e os discos que podem ser
"reescritos" (CD-RW) (NEWS, 2007). A produção de CD-R passa por diversas etapas: masterização,
injeção, metalização, impressão e acabamento. Dentro desses processos faz-se necessário o uso de
diversos produtos químicos tais como, níquel, acetona, acetato, hidróxido de sódio, diacetona álcool,
ácido nítrico, e etc. Após a metalização, por exemplo, utiliza-se o diacetona álcool (DAA), para
limpeza da borda do CD-R. A problemática envolvida dessa etapa é que ao final da limpeza dos
discos temos um alto volume de solvente de DAA contaminado com outros produtos químicos do
processo produtivo do CD-R o qual é descartado do processo e enviado para incineração (GOMES,
2011 (B)). O DAA é um produto importado e controlado pela policia federal, ele deve ser declarados
mensalmente referente à compra, consumo e estoque para o departamento fiscalizador (POLICIA
FEDERAL, 2001). A empresa tem um consumo bastante elevado de DAA e uma grande dificuldade de
obtenção deste solvente, por tanto se faz necessário a sua recuperação e reutilização no processo
produtivo. O custo para destinação desse produto químico como resíduo é bastante alto no mês
devido ser classificado como resíduo classe I, ou seja, um alto impacto ao meio ambiente quando
destinado de forma inadequada sendo necessário sua incineração (NBR 10004, 2004).Uma das
técnicas que pode ser utilizada na recuperação do DAA é a destilação diferencial, conhecida como
destilação simples onde o líquido é separado da impureza. A separação dos constituintes está
baseada na diferença de volatilidade. Dessa forma o DAA é descontaminado e poderá ser reutilizado
no processo produtivo novamente (GOMIDE, 1988). Uma grande vantagem da destilação, é que não
MATERIAL E MÉTODO
Coletou-se 10L do DAA contaminado com a solução de Dye em uma bombona de plástico direto
do processo de fabricação de CD-R. Realizou-se três ensaio com temperaturas diferentes no
destilador. No primeiro ensaio o balão com 250mL de DAA contaminado, foi aquecido pela manta
térmica em seis escalas de temperaturas sendo controlada pelo termômetro durante 1hora até
atingir 155ºC, em cada escala foi separado uma amostra para análise cromatográfica . Para o
segundo ensaio o balão com 250mL de DAA contaminado, foi aquecido pela manta térmica até
80ºC. essa temperatura foi controlado pelo termômetro durante 43 min atingindo no máximo 100
ºC, coletou-se a amostra para fazer a análise cromatográfica. Para o terceiro ensaio o balão com
250mL de DAA contaminado, foi aquecido pela manta térmica até 110ºC. essa temperatura foi
controlado pelo termômetro durante 48 min atingindo no máximo 130 ºC, coletou-se a amostra
para fazer a análise cromatográfica. As analises cromatográfica foram feitas em um cromatógrafo
gasoso, modelo 7890 Agilent e Software Ezchrom Elite.
RESULTADOS
Durante a destilação observou-se que é possível fazer a separação dos contaminantes e fica
bastante visível a diferença da cor do material, em um determinado volume a destilação não deve
mais continuar, pois o condensado começa ficar com o liquido amarelo, ou seja, arrastando
contaminantes. Os resultados das análises cromatográfica das amostras, mostrou um melhor
resultado no terceiro ensaio, pois o cromatograma do DAA condensado a 130º ficou próximo do
cromatograma do DAA puro. A partir desses resultados foi realizado teste na maquina, e não foi
constatado nenhuma não conformidade durante a produção e o controle de qualidade manteve-se
o mesmo (Figura 1).
REFERÊNCIAS
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). NBR 10.004. Resíduos Sólidos. Classificação.
2004.
FOUST, Alan. et al. Princípios das Operações Unitárias. 2º ed. Rio de Janeiro: LCT, 2008.
GOMIDE, Reinaldo. Operações unitárias. IV volume. São Paulo: ETERG,1988.
GOMES, Jôse da Costa. Processo de preparação, reciclagem e Controle do Dye IT 2.4.076.
Procedimento Interno. 2011. (B).
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Disponível em: http://www.dpf.gov.br/servicos/produtos-quimicos/legislacao. Acesso em 13 de
Outubro de 2012.
INTRODUÇÃO
A temática da gestão ambiental é atual e importante pela sua relação tanto com os objetivos
centrais das organizações em termos de desempenho econômico, quanto com o atendimento às
demandas sociais relevantes, como qualidade de vida e preservação ambiental. O compromisso
ambiental não está dissociado dos ganhos econômicos, o que por sua vez serve de retroalimentação
para novas estratégias de melhorias que irão beneficiar tanto a empresa, como seus clientes e a
sociedade em geral pelo incremento de ganhos ao longo dos processos em termos de redução de
custos e melhorias nos processos, que irão se refletir em termos de proteção ambiental, produtos ou
serviços de qualidade com menor preço. Nesse contexto, o gerenciamento ambiental se traduz em
uma concepção dos processos internos em termos de alinhamento com diferentes agentes e em
diferentes espaços de atuação da empresa. Sob a ótica do gerenciamento ambiental estratégico, o
desempenho deve ser sistêmico, o que significa articular as políticas e ações em torno de objetivos
comuns. No caso dos processos industriais, isso significa integrar os procedimentos e técnicas de
controle de impactos ambientais com propósitos mais amplos, como obtenção de ganhos
competitivos. Isso significa mudar o foco, com uma gestão que prioriza o reordenamento dos
processos, visando incorporar tecnologias menos poluentes ou de menor impacto para o entorno
ambiental. Nesta pesquisa é demonstrado os ganhos econômicos e ambientais relacionados ao
tratamento de efluentes na empresa PCE - Papel, Caixas e Embalagens S/A, instalada no Pólo
Industrial de Manaus (PIM), focando os resultados através da reformulação dos processos no âmbito
da busca da adequação ambiental de suas atividades. Assim, a pesquisa foi desenvolvida a partir da
seguinte questão norteadora: como o gerenciamento ambiental voltado para o controle de
efluentes na empresa PCE pode contribuir para ganhos competitivos e alinhamento estratégico dos
processos industriais nessa organização?.
MATERIAL E MÉTODOS
Utilizou-se o método da pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa e qualitativa,
fundamentada em dados primários e secundários. Para este estudo, foi enfocado o ambiente de
produção da empresa PCE, buscando-se registrar, observar e analisar dados significativos relativos
RESULTADOS
CONCLUSÃO
DONAIRE, Denis. Gestão ambiental na empresa. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
LIMA, D. V.; VIEGAS, W. Tratamento contábil e evidenciação das externalidades ecológicas. Revista
Contabilidade & Finanças, São Paulo: USP, n. 30, p. 46-53, set./dez. 2002.
SANCHES, C. S. Gestão ambiental proativa. Revista de Administração de Empresas (RAE), v. 40, n.
1, p. 7687, 2000.
VALLE, C. E. Qualidade Ambiental: como ser competitivo protegendo o meio ambiente: (como se
preparar para as Normas ISO 14000). São Paulo: Pioneira, 1995.
ZOBEL, T.; ALMROTH, C.; BRESKY, J.; BURMAN, J. Identification and assessment of environmental
aspects in an EMS context: an approach to a new reproducible method based on LCA methodology.
Journal of Cleaner Production, v. 10, n. 4, p. 381-396, 2002.
INTRODUÇÃO
MATERIAIS E METODOS
Este trabalho foi desenvolvido na cidade de Manaus-Am, no período de Setembro de 2009 a
Maio de 2010 nas construtoras e órgãos públicos que gerenciam os Resíduos de Construção Civil da
cidade de Manaus. Frente à persistência da disposição irregular de resíduos de construção civil em
vias e logradouros públicos. Foi definido a realização deste trabalho, para o qual foi utilizado a
metodologia exploratória com abordagem quali-quantitativa. O trabalho de coleta das informações
foi iniciado a partir das visitas as instituições públicas e privadas (construtoras e órgão estaduais),
onde foram realizadas entrevistas não estruturadas, junto aos responsáveis das construtoras e os
representantes dos órgãos públicos. Na pesquisa qualitativa preocupou-se em compreender e
explicar a dinâmica das relações sociais e trabalho. O estudo de caso foi adotado por se referir a uma
categoria de pesquisa cujo objeto compreende uma unidade que se busca analisar profundamente,
devido a sua natureza e abrangência (TRIVNOS 1995). Os dados principais para analise deste
trabalho foram obtidas partir de vários estudos desenvolvidos de forma concomitante: observação
de campo com registro fotográfico, pesquisa bibliográfica em obras científicas relacionadas ao tema
do trabalho, pesquisa documental nos órgãos visitados e entrevistas não estruturadas. Com esses
recursos obteve-se material diversificado: registro de observação de campo, registro visual e
fotográfico, levantamento de numero de obras licenciadas em andamentos na cidade de Manaus
(Sinduscon - Am), planos de gerenciamento de resíduos (Construtoras locais), dados técnicos e
documentais sobre o Aterro sanitário (SEMOSB), autos de punição dos atos poluidores por
lançamentos e destinação inadequada (IPAAM),
RESULTADOS E DISCUSSAO
Das empresas e instituições públicas entrevistadas, foi constatado que todos têm conhecimento
das exigências da resolução do CONAMA nº. 307/2002. O plano de gerenciamento de resíduos
sólidos, é feito pelas construtoras, e desenvolvido de forma parcial, no que diz respeito a liberação e
autorização da continuidade da obra. A parte de maior importância e relevância das etapas deste
plano de gerenciamento que é a caracterização, acondicionamento, triagem, transporte e
principalmente a correta destinação final dos resíduos não é desenvolvida pois não existe uma
fiscalização por parte do órgão responsável. As construtoras conscientizam seus operários, quanto
aos desperdícios e a separação de materiais recicláveis, através de treinamentos e palestras. Porém
foi observado que mesmo com esta seletividade de alguns resíduos a maioria continua sendo
levados por empresas de entulhos e depositados em áreas irregulares tais como bota-fora e leitos de
rios. Para termos uma idéia dos resíduos gerados nas construções no estado do Amazonas, 60%
deles provem reformas em geral, 20% de construções novas, e 20 % de residências e prédios (IEMA).
A estimativa de resíduos gerados de construção e demolição em Manaus é de 4.800 t\dia recolhidas
ao aterro sanitário domestico, sendo que outras partes dos resíduos são direcionadas a aterros de
terrenos ou áreas de bota-fora (SINDUSCON-Am). Manaus tem uma imensa área publica, que pode
ser utilizada para construção de um aterro industrial,especifico em construção civil, atendendo as
CONCLUSÃO
Apesar de Manaus ser uma cidade em plena expansão e de contar com a conscientização dos
órgãos públicos e das construtoras quanto às exigências do CONAMA 307, infelizmente quando
efetuamos um passeio pelas ruas e alamedas ou logradouros públicos de Manaus nos deparamos
com o contraditório quadro de defesa do meio ambiente e podemos observar que esta resolução
não é aplicado na íntegra e sim de forma parcial na cidade de Manaus. Dessa forma vale observar a
real importância da necessidade atual do poder público em aceitar as condições para a implantação
de novas técnicas para minimizar o impacto ambiental , dentre as quais poderia ser a implantação
ter um aterro industrial ou ate vários pequenos aterros distribuídos de forma a atender as
necessidades do município e das construtoras e fazer assim fazer a correta destinação final dos
resíduos. Destarte, a destinação final do lixo, qualquer das hipóteses causará um dano ambiental.
Diante disto o mais aconselhável seria a reciclagem, reutilizar os produtos e evitar a exploração de
recursos naturais. Para tanto, se faz necessária a motivação de todos nesta luta para preservação do
Meio Ambiente, para que as gerações presentes e futuras possam usufruir de uma vida mais
saudável. Conforme se pode observar, o destino dos resíduos de construção civil é de suma
importância, visto tratar-se de expressivo volume, além de representar uma fonte de degradação
ambiental, principalmente quando de sua extração da natureza (pois a exploração dos agregados
causam profundo impacto ambiental) como de sua destinação final, que também causa uma
enorme demanda por espaços. Ainda sendo importante a reciclagem e a destinação dos resíduos de
construção civil, verificou-se que a questão deve ser tratada com mais seriedade, pois da forma
como a questão ambiental vem sendo conduzida, a tendências a graves consequências ambientais
tais como diminuição do tempo útil de vida do aterro sanitário, poluição dos lençóis freáticos e de
nossos balneários públicos, bem como o assoreamento e entupimento de cursos d água, associados
às constantes enchentes, além de promover o desenvolvimento de vetores nocivos a saúde publica.
A solução ao problema da gestão dos resíduos da construção civil na cidade de Manaus
tecnicamente possível, mas é necessário vontade política para ser implementada, mesmo que esta
tenha de se contrapor a interesses econômicos poderosos, assim como padrões de comportamento
e consumo, difíceis de serem alterados, mas que, de uma forma ou de outra, em algum momento
terão de ser assumidos. Tais tarefas visam à melhoria contínua dos processos de produção, logística
de reversão e modelos de gestão, para que priorize a identificação da matéria-prima que hoje é
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
3
Interfaces entre Empresariado
Poder Público e Sociedade
ARTIGO 13
DESAFIOS EM PERSPECTIVAS PARA A GESTÃO
SOCIOAMBIENTAL DA COMUNIDADE DA BOA UNIÃO,
PRESIDENTE FIGUEIREDO-AM
Patrícia Mariano Oliveira da Silva
Julio César Rodríguez Tello
Docente do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal do Amazonas – UFAM;
Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais – PPG-CIFA/UFAM. Campus Universitário,
Av. General Rodrigo O. Jordão Ramos, 3000, 69077-000, Manaus-AM, jucerote@hotmail.com
INTRODUÇÃO
Ao longo da História e principalmente nesta fase contemporânea, o Planeta tem sido vítima de
inúmeras atrocidades cometidas pelo ser humano. A partir da Revolução Industrial, que pode ser
vista como um grande divisor de águas intensificou-se a ideologia do progresso, o desejo de
crescimento e desenvolvimento econômico tão almejado pelas nações. Foi uma época marcada pela
extrema valorização do ter em detrimento do ser, na qual o consumismo dos bens materiais passou a
ser sinônimo de qualidade de vida. As agressões à natureza intensificaram-se, prevalecendo a visão
fragmentada do meio ambiente natural como uma fonte de recursos a serem explorados
comercialmente, sem planejamento e nem preocupação com as possíveis consequências de tal
comportamento. Devido à crise planetária o ser humano tem despertado e lembrado de antigos
valores, dentre eles a importância da conservação ambiental (SAL VI, 2000). Para Morin (2000),
embora o ser humano reconheça e saiba da gravidade da crise que atravessa, pouco se tem
avançado na construção da sustentabilidade. Nenhuma decisão efetiva foi tomada e, portanto,
torna-se necessário e urgente a construção de uma consciência planetária. De acordo com Santos
(2001), perante tal crise todos são responsáveis por buscar novas ideias e comportamentos que
devem ser postos em prática na tentativa de construir um novo recomeço.
Na comunidade em estudo, não há um Plano de Gestão Comunitária que promova a
sustentabilidade dos sistemas produtivos, nessa perspectiva, a pesquisa foi direcionada à
obtenção de informações socioambientais para subsidiar a gestão comunitária local, na
tentativa de melhorar a qualidade de vida da população e minimizar as pressões sobre a
Reserva Biológica do Uatumã.
MATERIAL E MÉTODO
Os dados obtidos demonstram que a população residente tem na pesca e na agricultura a sua
principal fonte de sobrevivência e sofre com problemas tais como na infraestrutura, situação
fundiária irregular, educação precária, desemprego, assistência médica ineficiente, sendo as doenças
tropicais as que mais acometem os moradores, na articulação política e difícil relacionamento com os
órgãos ambientais. Os resultados apontam para a necessidade de elaboração de programas de
gestão que contribuam para a sustentabilidade local. De acordo com os dados do Plano de
Desenvolvimento Sustentável do Projeto de Assentamento Morena do INCRA (2002), o índice de
moradores analfabetos foi de 10,6 e para o nível superior não houve registro. Lopes (2006)
trabalhando na Comunidade São Miguel, no Km 50 da AM - 240 da Estrada de Balbina, (área que
também encontra-se na zona de amortecimento da REBIO), registrou que a maioria dos
comunitários possuem apenas o Ensino Fundamental Incompleto, evidenciando os baixos níveis
educacionais da população. No levantamento sócio - ambiental do IDESAM (2007) realizado nas
comunidades da RDS Uatumã 54,7 dos adultos possuíam apenas o Ensino Fundamental Incompleto.
Estes registros deveriam encorajar ao governo municipal a investir mais na educação para diminuir o
número de desistências. Essas ações a médio e longo prazo contribuirão por outro lado, para o
fortalecimento da organização e desenvolvimento comunitário, permitindo aos atores sociais maior
autonomia na tomada de decisões e na busca pelos interesses locais.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
As Unidades de Conservação (UC) são áreas naturais passíveis de proteção por suas
características especiais e foram instituídas pela Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000 (Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - Snuc). São "espaços territoriais e seus recursos
ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente
instituídos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial
de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção da lei" (art. 1º, I). Ainda de
acordo com o Snuc, as UC são classificadas de acordo com seus objetivos de manejo e tipos de uso,
em dois grupos, a saber: as de Proteção Integral e as de Uso Sustentável. As Unidades de Proteção
Integral têm como principal objetivo preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos
seus recursos naturais, ou seja, aquele que não envolve consumo, coleta ou dano aos recursos
naturais: recreação em contato com a natureza, turismo ecológico, pesquisa científica, educação e
interpretação ambiental, dentre outras. As Unidades de Uso Sustentável, por sua vez, têm como
objetivo compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável dos recursos, conciliando a
presença humana nas áreas protegidas. Nesse grupo, atividades que envolvem coleta e uso dos
recursos naturais são permitidas, desde que praticadas de uma forma a manter constantes os
recursos ambientais renováveis e processos ecológicos. O desenvolvimento diferenciado das
atividades produtivas nas UC é a força motriz que impulsionaram, em muitas vezes, o processo de
criação desses espaços especialmente protegidos, os quais se constituíram, na resposta diferenciada,
a resolução dos conflitos existentes na região, face à sua forma de gestão e uso dos recursos naturais.
Por outro lado em alguns casos, a própria existência da UC, tem gerado conflitos a serem mediados e
administrados pelo Poder Publico. Dessa forma, o estabelecimento das regras de usos dos recursos
naturais nas UC (Planos de Gestão e Acordos de Uso) são necessários, e para obterem sucesso em
MANEJO DE JACARÉ - A partir de 2011 a cadeia produtiva de jacaré foi regulamentada, face a
série de procedimentos para o manejo de jacarés, em UC de Uso Sustentável, estabelecidos por meio
da Resolução do Conselho Estadual de Meio Ambiente (CEMAAM) N° 008, de 27/6/2011). O abate e
processamento da espécie (Instrução Normativa Codesav n° 001, de 29/6/2011 da Sepror), também
foram definidos. Dentre os critérios consolidados para o manejo ressalta-se: o monitoramento das
populações de jacaré, o fortalecimento da organização das associações comunitárias
comprometidas com a conservação da espécie, e a ampliação do mercado de carne e peles. A
Resolução n° 008/2011 estabelece os procedimentos técnicos para o manejo com fins comerciais
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
JUSTIFICATIVA
Como forma de contribuição para o ganho da consciência ambiental, tanto na comunidade local
e a partir daí para outras pessoas que se utilizam dessas áreas para moradias, que seja demonstrada
a importância de que todas as ações negativas praticadas contra o Igarapé do Mindú como: jogar
lixo no seu leito; despejar esgoto in natura em suas águas; retirar a cobertura vegetal original das suas
margens; dentre outras ações poluentes, acabam por promover um ciclo constante e infeliz de
degradação para ambas. Segundo a doutora em Ciências, Domitila Pascoaloto do Instituto de
Pesquisas da Amazônia (2013) “O Igarapé do Mindú não está morto. Enquanto a nascente estiver
preservada, ainda haverá esperança de recuperação”. A partir desse marco, será incutida na
comunidade local a necessidade de se preservar e ter uma consciência ambiental, revendo sua
relação com o importante recurso hídrico. Além disso, ao longo dessa sensibilização, mostrar que se
houver uma mudança de comportamento com a premissa de que isso se inicia a partir de cada um
de nós, poderá ser alterado esse ciclo de poluição e degradação que se instaurou ao longo do
Igarapé do Mindú, ao longo de mais de vinte cinco anos e que promoveu severas alterações físicas,
químicas e ambientais em suas águas, fauna e flora.
RESULTADOS ESPERADOS
A diminuição dos resíduos sólidos no igarapé do Mindú com uma correta coleta, com datas
prevista e antecedendo chuvas que trazem o lixo que se acumulam, entupindo bueiros e levando
tudo pela frente, deixando assim, os animais sem habitat, acumulo de lixo nos igarapés e
consequentemente no Igarapé do Mindú; a reutilização dos resíduos sólidos para outros fins;
limpezas das margens do igarapé que consequentemente que regatarão a fauna e flora perdida no
ambiente. A revitalização e utilização das áreas do parque, melhoramento para a comunidade,
como: sensibilizar a comunidade local, público alvo, do estudo sobre a necessidade do exercício
diário da educação ambiental, possibilitando a sociedade aquisição de conhecimento, valores e
atividades éticas que viabilizem a possível revitalização do Igarapé do Mindú.
CONSIDERAÇOES FINAIS
Foi observado que é de suma importância que o governo, prefeitura, faça parcerias com a
sociedade civil organizada para implantação de uma política ambiental imediata para o Igarapé do
Mindú, que englobe:
- Delimitação, fiscalização da área, capacitação de alunos, moradores e de associações da
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIAS, G.F. Educação Ambiental: Princípios e Práticas. São Paulo, Gaia, 1991.
DENCKER, Ada de F.M. Métodos e Técnicas de Pesquisa em Turismo. São Pãulo: Futura. 1998
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Biodiversidade e Conservação), UFAM, Manaus, AM.
PROSAMIM, PROGRAMA SOCIAL E AMBIENTAL DOS IGARAPÉS DE MANAUS,
http://prosamim.am.gov.br/, Acessado em 01/02/2014.
INTRODUÇÃO
Um dos grandes desafios da gestão dos espaços naturais é o aumento da população humana,
uso de tecnologias poluidoras e intensivas em energia, nos países ricos, como a expansão
demográfica e a expansão da pobreza nos países pobres. Salienta-se que o modelo actual de gestão
dos espaços naturais não é sustentável na medida em que a taxa de exploração dos recursos naturais
é maior que a capacidade de produção desses recursos. Isto, leva a degradação progressiva dos
recursos naturais e perda da capacidade de regeneração dos ecossistemas. A tendência crescente
do esgotamento dos recursos naturais, as dificuldades na produção dos alimentos, a roptura nos
sistemas de produção e os disturbios irreversiveis no meio ambiente ameaçam a vida dos sistemas
naturais e dos ecossistemas. Neste contexto, falar de um desenvolvimento sustentado significa olhar
os ciclos energeticos e biogequimicos que garantem o funcionamento dos ecossistemas naturais.
Nos últimos anos a insustentabilidade da gestão dos recursos naturais deriva da globalização aliado
ao crescimento do comércio nacional e internacional dos recursos naturais valiosos. É de ressaltar
que a globalização não é um processo que ocorre com a mesma intensidade em todos os países,
pois depende das condições econômicas que eles oferecem ás redes globais. O presente trabalho
de pesquisa pretende de uma maneira geral definir o desenvolvimento sustentado, a sua
complementariedade e o seu papel na gestão dos espaços naturas e avaliar o desenvolvimento
sustentado tendo em conta sua evolução e arte de conhecimento as diferentes abordagens.
PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
RESULTADO E DISCUSSÃO
Mesmo que ainda seja difícil avaliar com precisão o ritmo atual de desaparecimento das
florestas, existe hoje o consenso de que ultrapassou em muito as evoluções dos últimos milênios.
Conforme as estimativas muito variáveis dos especialistas, entre 10 e 17 milhões de hectares
desapareceriam a cada ano, e em 2010, a cobertura florestal do planeta não passaria de 60% da sua
superfície de 1990 (THEODORO, 2002). Mas a situação mais preocupante, neste quadro geral de
devastação, é a da floresta tropical. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza,
20% de todas as espécies existentes terão desaparecido daqui a dez anos, com um ritmo de perda
anual de cerca de 6.000 espécies. A floresta é o ecossistema mais ameaçado. Segundo a FAO, entre
1950 e 1982, a superfície das florestas tropicais úmidas, que se encontram todas no terceiro mundo
teria sido reduzida de 25 a 40%. Em todas as partes do planeta, de uma maneira direta ou indireta, o
ser humano interferiu e continua a interferir de maneira muito intensa e drástica os sistemas
ecológicos, prejudicando a capacidade de sustentação e regeneração natural de muitos deles.
Anualmente perdem-se 11 milhões de hectares de florestas/ano, e quantidades parecidas de
hectares estão sendo fortemente degradadas (UICN, 2001). A conservação da natureza talvez seja
uma pré-condição do crescimento econômico, já que o consumo futuro depende em grande parte
do estoque de capital natural. A conservação é, sem dúvida nenhuma, uma pré-condição do
desenvolvimento sustentável que une o conceito ecológico de capacidade de sustentação, ao
conceito econômico de crescimento e de desenvolvimento (JEFFREY MCNEELY, DA UINC; TELLO,
2006). A preservação de áreas naturais aponta também para a harmonização e reorientação das
tendências atuais, principalmente da racionalidade econômica e tecnológica da civilização,
proporcionando a construção de uma consciência ambiental capaz de reorientar a evolução cultural
humana em harmonia com as condições ambientais do planeta.
CONCLUSÃO
A sustentabilidade deve ser vista como um conceito universal e não-negociável no que se refere
aos objetivos, mas sem um modelo ou critérios únicos, ela pode ser alcançada por meio de muitos
caminhos, com diferentes etapas, setores e estágios de desenvolvimento. As iniciativas de
sustentabilidade para os espaços naturais devem ser adaptadas às necessidades e capacidades
particulares, além da necessidade de considerar as interações com os sistemas externos, pois o que
é sustentável isoladamente pode não sê-lo quando está sujeito a fortes interferências externas. Para
se alcançar um desenvolvimento sustentado de espaços naturais cada lugar é necessário construir
uma identidade própria, baseada nas aspirações de seus cidadãos. O desenvolvimento deverá ser
de dentro para fora e nunca o inverso, visando às raízes culturais e bases locais. O homem é parte
integrante do desenvolvimento sustentado dentro de espaços naturais assumindo um papel
importante para a gestão integrada e racional dos ecossistemas locais com base nas
potencialidades locais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MOTA, J.A. 2001. O valor da Natureza: Economia e Política dos Recursos Naturais. Ed. Garamond.
Rio de Janeiro. 198 pp.
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Reyes, J. & Gómez, M. 2003. Complexidade Ambiental. Ed. Cortez. São Paulo. 342 pp.
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FREITAS, D. M. & Júnior, W. E. 2004. Amazônia e Desenvolvimento Sustentável: Um diálogo que
Todos os Brasileiros deveriam conhecer. Ed. Vozes. Petrópolis.
RIBEIRO, M. O. & Fabré, N. N. 2003. Sistemas Abertos Sustentáveis: Uma Alternativa de Gestão
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SCHENINI, P.C. & Rocca, B.M. sd. Sustentabilidade de Espaços Territoriais Protegidos Legalmente
e Seus Recursos Naturais: Estudo de Casa. Parque Municipal da Lagoa do Peri – Ilha de Santa
Catarina – Brasil. 9 pp.
ROCHA, J. M. sd 2001. A gestão dos Recursos Naturais: Uma Perspectiva de Sustentabilidade
Baseada nas Aspirações de “Lugar”. 15 pp.
CAMPANHOLA, C. & Silva, J. G. Desenvolvimento Local e a Democratização dos Espaços Rurais.
P 11 – 40.
INTRODUÇÃO
MATERIAL E METODOS
RESULTADOS E DISCUSSÁO
Considerações Finais
A proteção ao meio ambiente deixou de ser urna exigência punida com multas e sanções para se
integrar a um quadro de oportunidades e ameaças, em que as consequências passam a significar
posições na concorrência e a própria permanência ou saída do mercado. Adequar-se as exigências
ambientais dos mercados, governos e sociedade e, apesar de levar a empresa a despender um
montante considerável, traz benefícios financeiros e vantagens competitivas. O eco marketing, longe
do surrealismo, está direcionado as preocupações com o processo produtivo limpo e com o
ecologicamente correto, e está ligado a lucidez e sensatez compatíveis com o desenvolvimento
sustentável, único caminho que poderá permitir as gerações futuras usufruírem dos recursos naturais
disponíveis a esta geração. A legislação tornou-se mais severa, obrigando as empresas a encararem
com seriedade e responsabilidade a variável ambiental em sua estratégia operacional. Os mercados
não mais aceitam o descaso no tratamento dos recursos naturais e as consequências do seu uso
incorreto são cada vez mais graves. As catástrofes mundiais são mostradas todos os dias na mídia:
aquecimento global, efeito estufa e chuva ácida são exemplos constantes. O eco marketing de fato, é
uma ferramenta capaz de contribuir com a preservação e conservação do ambiente, projetar e
sustentar a imagem da empresa perante o mercado e a sociedade, captar e fidelizar clientes através
de estratégias ambientais de divulgação aplicadas. Além da sociedade como um todo, funcionários e
acionistas de empresas que adotam um programa de Eco marketing parece sentirem-se melhor, por
estarem associados a uma entidade ambientalmente responsável, e essa satisfação certamente
resulta em projeção da imagem, aumento de produtividade e lucratividade. O Eco marketing, assim
como a maioria dos recursos de comunicação integrada e publicidade, se encarado com seriedade, é
capaz de resultar numa melhor posição competitiva para II Empresa Rio Limpo. Essa estratégia virá
agregar valor aos instrumentos de gestão ambiental já inseridos na cultura da Empresa estudada.
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
O PROJETO ÁGUA PARA TODOS NO AMAZONAS, é uma das estratégias de ação do Governo do
Amazonas apoiado pelo Plano Brasil Sem Miséria do Governo Federal, com investimento na ordem
de 88 milhões de reais, sendo 80 milhões do Governo Federal por meio do Ministério da Integração
Nacional e 8 milhões do Estado do Amazonas, será implantado em duas etapas de distintas, com
execução prevista até 2015, sob gestão direta da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável-SDS.
O projeto tem finalidade de promover universalização do acesso á água para consumo humano
das famílias rurais que vivem com uma renda per capta abaixo de R$140,00, em condições de
vulnerabilidade social e/ou extrema pobreza, bem como, famílias mais susceptíveis ao isoladas
durante o período da seca. No total o projeto beneficiado diretamente 20.600 famílias, cerca de
103.000 moradores distribuídos em 30 municípios do Estado do Amazonas, situados nas calhas dos
rios: Amazonas, Juruá, Negro, Solimões e Purus.
RESULTADOS PRELIMINARES
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODO
RESULTADOS
CONCLUSÕES
REFERENCIAS
BROWER, J.E.; ZAR, J.H.; VAN ENDE, C.N. 1998. Field and laboratory methods for general ecology.
4 th WCB/McGraw, New York. 273pp.
HAFFER, J. Biological diversification in the tropics. New York, Columbia University Press, 1982. p.6-
24.
TELLO, J.C.R. Aspectos fitossociológicos das comunidades vegetais de uma toposseqüência da
Reserva Florestal Ducke do INPA, Manaus-AM. Tese de Doutorado, Instituto Nacional de Pesquisas
da Amazônia/Fundação Universidade do Amazonas, Manaus, Amazonas. 1995. 301p.
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODO
As áreas destinadas aos futuros Loteamentos Parque dos Buritis I e 11, conforme estão
localizados na zona norte da cidade de Manaus/Amazonas entre as coordenadas: Limites norte:
Latitude 2°58'S, Longitude 59°58'W e Limites sul: Latitude 2°59'S e Longitude 59°59'W e encontra-se
situado na Avenida sete de maio (antigo ramal da Petrobrás), no bairro Santa Etelvina, onde o acesso
se dá pela Estrada Torquato Tapajós, Km 16 (MANAUS, 2007). Efetuou-se um estudo nos
Loteamentos Parque dos Buritis I e li, buscando identificar e quantificar as app e sua distribuição
espacial, analisando os conflitos de ocupação do solo. Desde a elaboração do projeto, deve-se estar
atento aos detalhes na escolha das áreas a serem implantados os loteamentos; procedimentos
necessários como estudos dos solos e das possíveis áreas de preservação permanente no local,
podendo causar problemas futuros que inviabilizem na aprovação e execução dos projetos; e que
MAPEAMENTO DAS APP E ESTUDO DOS CONFLITOS DE OCUPAÇÃO DO SOLO NOS 125
LOTEAMENTOS PARQUE DOS BURITIS I E II, MANAUS-AM
venha prejudicar futuramente as áreas destinadas ao futuro loteamento. Para tanto, tomar-se
necessário o mapeamento das APP nas áreas de estudo e a análise dos conflitos de ocupação do solo
para prevenir problemas de planejamento urbano desta natureza, subsidiando um futuro
planejamento.
RESULTADOS
Com relação às identificações e quantificações das app, existem dois corpos de água um no
sentido NE/SW, passando na porção norte do lote do futuro residencial Parque dos Buritis I e outro no
sentido SE/NW, passando na porção oeste do Conjunto Habitacional Cidadão V e na parte frontal do
Loteamento Parque dos Buritis I e II, sendo que nas proximidades do Conjunto João Paulo II, ocorre a
junção dos mesmos, conforme descritos anteriormente. Com relação aos resultados das análises dos
conflitos de ocupação do solo, no Parque dos Buritis I, mostrou que: No Trecho 01, a área de
preservação compreendida é de 20.040,19 m2 (8,02), possui 02 (dois) pontos de nascentes (PN 06 e
PN 07) e estão a 06 (seis) metros distante um do outro em linha reta, a hidrografia dos seus efluentes
tem uma média de comprimento de 240,14 m, partindo destes pontos, seguindo até o limite do
loteamento e ambos deságuam no igarapé da Bolívia. No Trecho 02, a área de preservação
compreendida é de 6.520,00 m2 (2,61), possui 01 (um) ponto de nascente (PN 04), a hidrografia do
seu efluente tem um comprimento de 79,80 m, partindo deste ponto, chegando até o afluente do
igarapé da Bolívia. No Trecho 03, a área de preservação compreendida é de 13.598,69 m2 (5,44),
possui 03 (três) pontos de nascentes (PN 01, PN 02 e PN 03), a hidrografia tem uma média de
comprimento de 192,75 m partindo do limite do loteamento, chegando até o do afluente do igarapé
da Bolívia. No Trecho 04, a área de preservação compreendida é de 22.190,09 m2 (8,87), pertencente
ao afluente do igarapé da Bolívia, a hidrografia tem um comprimento de 374,39 m de uma ponta a
outra, até o limite do loteamento. No Trecho 05, a área de preservação compreendida é de 21.806,40
m2 (8,72), possui 01 (um) ponto de nascente (PN 05), as hidrografias, uma tem um comprimento de
357,40 m, partindo do afluente do igarapé da Bolívia. No Trecho 06, a área de preservação
compreendida é de 4.889,51 m2 (1,96), destinada às áreas verdes. E no projeto de implantação do
loteamento, foram consideradas 12.788,16 m2 (5,12) de áreas verde e lazer neste local. Tendo em
vista que a somatória das APP dos trechos totalizaram 89.044,88 m2, ou seja, (35,62) da área do
loteamento, enquanto que no projeto de implantação consideraram apenas 33.627,26 m2, ou seja,
(13,45) de áreas verde/lazer e áreas preservadas permanentemente. Com relação aos resultados das
análises dos conflitos de ocupação do solo, no Parque dos Buritis II, mostrou que: No Trecho 07, a
área de preservação compreendida é de 173.218,79 m2 (79,25). No Trecho 08, a área de preservação
compreendida é de 9.202,22 m2 (4,21), possui um ponto de nascente (PN 08), a hidrografia tem um
comprimento de 63,42 m, partindo deste ponto e chegando até o limite do loteamento. E no projeto
de implantação do loteamento, foram considerados 76,85 m2 (0,03) de área verde, 407,05 m2 (0,19)
para equipamentos comunitários e 8.718,32 m2(3,99) para área de preservação permanente neste
local. No Trecho 09, a área de preservação compreendida é de 17.017,03 m2 (7,79), pertencente ao
afluente do igarapé da Bolívia, a hidrografia tem um comprimento de 312,96 m de uma ponta a
outra, até o limite do loteamento. No Trecho 10, a área de preservação compreendida é de 19.133,43
m2 (8,75), destinada às áreas verdes. E no projeto de implantação do loteamento, foram
considerados lotes residenciais, vias de acesso (ruas, passeio de pedestres, etc.), áreas verdes e lazer
neste local. Contudo a somatória das APP dos trechos totalizaram uma área de 218.571 ,47m2, ou
seja, (100) da área do loteamento, enquanto que no projeto de implantação consideraram apenas
50.810,70m2, ou seja, (23,24) de áreas verde/lazer e áreas preservadas permanentemente.
Através dos resultados de identificação e quantificação das APP e análise dos conflitos de
ocupação do solo, pôde-se ver claramente que existe uma discrepância considerável de área a ser
preservada permanentemente, em torno de 36,52 da área total do Loteamento Parque dos Buritis I,
quase três vezes mais, previstas no projeto de implantação aprovado, que é de apenas 13,45. No
Loteamento Parque dos Buritis II, o fato não é diferente, 100 da área do Loteamento Parque dos
Buritis I é área de preservação permanente, sendo que foi considerado no projeto de implantação do
loteamento apenas 23,24 ou seja, quase quatro vezes a menos, em relação a este resultado. Desta
forma, concluiu-se que não se obedeceu a uma sequência dos procedimentos necessários, que
viabilizem para o sucesso do empreendimento, ou seja, não houve a aquisição adequada de dados
ou informações para o respectivo projeto de urbanização, a necessidade dos estudos das áreas
suficientes para serem implantados os empreendimento, ou seja, as áreas de preservação
permanente que foram consideradas no projeto de implantação são insuficiente para atender as
exigências previstas em leis.
REFERÊNCIAS
MAPEAMENTO DAS APP E ESTUDO DOS CONFLITOS DE OCUPAÇÃO DO SOLO NOS 127
LOTEAMENTOS PARQUE DOS BURITIS I E II, MANAUS-AM
ARTIGO 21
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E POLÍTICAS
PÚBLICAS: O CASO DA RESERVA UATUMÃ NO TRABALHO
DE MANEJO FLORESTAL DE PEQUENA ESCALA
Denise Cunha
Julio César Rodríguez Tello
Docente do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal do Amazonas – UFAM;
Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais – PPG-CIFA/UFAM. Campus Universitário,
Av. General Rodrigo O. Jordão Ramos, 3000, 69077-000, Manaus-AM, jucerote@hotmail.com
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, o Governo Federal tem publicado Leis, Decretos, Resoluções, Instruções
Normativas e Normas de Execução para regulamentar os procedimentos técnicos e administrativos
para elaboração e avaliação de Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS). Atualmente, na esfera
federal, vigoram as Instruções Normativas do Ministério do Meio Ambiente nº 04 e nº 05, que
dispõem sobre procedimentos administrativos e técnicos para elaboração, apresentação, execução
e avaliação técnica de PMFS. No Amazonas, o Manejo Florestal está regulamentado por duas
Instruções Normativas Estaduais: a Instrução Normativa elaborada pela Secretária de Estado e
Desenvolvimento Sustentável (SDS), nº 005 de 26 de fevereiro de 2008, que dispõe sobre os
procedimentos técnicos para elaboração, apresentação, execução e avaliação técnica de Plano de
Manejo Florestal Sustentável, e a Instrução Normativa nº 002, de 11 de fevereiro de 2008, que aborda
o Plano de Manejo Florestal Sustentável de Pequena Escala (PMFSPE). Essa última sofreu alteração,
em 2010, nos seus Artigos 03 e 09. Tem-se presenciado um movimento de expansão a alternativa
para reduzir o processo acelerado de degradação ambiental devido à expansão da fronteira agrícola
e a exploração predatória de madeira. Além disso, os baixos preços dos produtos extrativistas, como
castanha e látex, têm levado as comunidades a buscarem formas alternativas de gerar renda
adicional aos seus sistemas de produção. Através de uma abordagem teórica, esta pesquisa visa
compreender a questão ambiental e social através do PMFSPE na Reserva de Desenvolvimento
Sustentável (RDS) Uatumã, distante da capital do Amazonas 243 km.
MATERIAL E MÉTODOS
Utilizou-se os procedimentos metodológicos e técnicos fundamentados da pesquisa
bibliográfica. A RDS Uatumã foi criada por meio do Decreto N° 24.295 de 25/06/04, com área total de
424.430 ha, abrangendo os municípios de São Sebastião do Uatumã e Itapiranga, nos Rios Uatumã e
Jatapú e seus afluentes.
RESULTADOS
A oferta de madeira legalizada é hoje um dos principais gargalos do setor florestal e madeireiro
na Amazônia. A irregularidade na oferta do produto legalizado limita o crescimento do setor e a
geração de emprego e renda para populações urbanas e ribeirinhas em diversos municípios do
Amazonas. As Unidades de Conservação de Uso Sustentável tem como missão fomentar a atividade
extrativista gerando renda e melhores condições de vida às suas populações residentes, tendo a
CONCLUSÃO
Conforme a legislação ambiental vigente, no mínimo 80% da cobertura florestal ou outra forma
de vegetação nativa das propriedades rurais na Amazônia devem ser mantidos como área de
reserva legal (ARL). A lei permite a exploração econômica da ARL através de Plano de Manejo
Florestal Sustentável (PMFS ou PMFSPE). Sendo respeitada essa condição, é permitido implementar
um PMFS em pequena escala (PMFSPE) em áreas com superfície destinadas ao manejo inferior a 500
ha em propriedade titulada, concessão, posse ou uso, obedecendo aos critérios e à legislação
pertinentes, de acordo com o tipo de domínio sobre a área mediante a apresentação de
documentação fundiária. Neste trabalho vimos que o Plano Manejo Florestal Sustentável de Pequena
Escala (PMFSPE) na RDS Uatumã visa para viabilizar a cadeia de produção, beneficiamento e
comercialização da madeira manejada dos pequenos produtores/agroextrativistas. Agregando
assim, valor aos produtos e buscando atender o mercado local, regional, nacional e até internacional,
com madeira e produtos oriundos do Manejo Florestal Sustentável. Mesmo com toda a burocracia
inserida na Instrução Normativa 001, que simplifica os procedimentos de elaboração e execução do
Manejo Florestal Sustentável, os os pequenos produtores/agroextrativistas Uatumã buscam serem,
através de cursos de capacitação fornecidos pelo Governo do estado, inseridos nessa nova
modalidade. E pela parte governamental o Governo do Amazonas, pela criação da IN,
frequentemente passa por processo de revisão visando adapta-se à realidade local, o que ocasionou
a geração da Instrução Normativa SDS-IPAAM 002/2008, e que ainda continua recebendo alterações
para garantir a sua eficiência.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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produção de madeira na Amazônia oriental. Belém: Imazon, 1998.
BIAZATTI, Marcus; Kibler, J. F. Comercializar madeira oriunda de PMFSPE: documentos legais,
INTRODUÇÃO
Dentre os diversos seguimentos do setor aquícola (piscicultura, carcinicultura, malacocultura e outros) o setor
de piscicultura foi o que mais se desenvolveu no Amazonas. A piscicultura no estado do Amazonas vem sendo
praticada desde a década de 70, entretanto, ainda não é uma atividade amplamente difundida e consolidada nos
padrões de sustentabilidade. Observa-se que as características biográficas do Amazonas tornam a aquicultura, e
mais especificamente a piscicultura, uma atividade econômica com alto potencial de crescimento na região. As
espécies mais cultivadas são o tambaqui (Colossoma macropomum), o matrinxã (Brycon amazonicus) e o
pirarucu (Arapaima gigas). Salienta-se que o Governo Federal estimula a criação dos “Pólos de Aquicultura
Regionais”. Paralelamente, os Estados e Municípios incentivam a atividade por meio das Secretarias de Agricultura
e/ou Produção. Nos níveis federal e estadual ocorreram diversos programas de crédito especialmente destinados
ao desenvolvimento da aquicultura. Para obter sucesso com a atividade, o planejamento é condição primordial. O
planejamento deve considerar os agentes e/ou instituições responsáveis por cada uma das etapas da cadeia
produtiva. Deste modo, o planejamento deve envolver: pesquisas que gerem pacotes tecnológicos para as
espécies nativas, assistência técnica, estudos de comercialização e marketing, viabilidade econômica de forma
que possam proporcionar subsídios para as políticas públicas do setor. Neste contexto, o licenciamento ambiental
para a piscicultura é essencial para a adoção e execução de medidas preventivas e de controle adotadas nos
empreendimentos sejam compatíveis com o desenvolvimento sustentável. Esta pesquisa possui a finalidade de
descrever e analisar a gestão ambiental na aquicultura no Estado do Amazonas e a situação do licenciamento
ambiental dos empreendimentos aquícola.
MATERIAIS E MÉTODO
Utilizou-se o método de investigação exploratória, com adoção da pesquisa bibliográfica e documental, e
prática de campo. Foi realizada uma visita ao município de Rio Preto da Eva-AM para averiguar as experiências
locais na implantação de aquicultura. Posteriormente foi executada a coleta de informações para diagnosticar a
RESULTADOS
CONCLUSÃO
Quanto às Leis não há incompatibilidade nas unidades de intenções das normas federais e estaduais. No
entanto, observa-se a ausência de maior especificidade e direcionamento das normas federais e estaduais nas
suas determinações legais. Há também carência de efetiva comunicação e disponibilidade de informação
aplicáveis ao setor aquícola. Quanto às competências, foram identificadas algumas responsabilidades
semelhantes entre órgãos (ex. IBAMA e IPAAM). É necessário definir com mais clareza e objetividade a esfera de
atuação de cada um deles para não esvaziar as responsabilidades de um em detrimento do outro. Melhorar o
sistema de informações sobre o setor aquícola, disponibilizando não somente as normas, mas também dados
REFERÊNCIAS
DIEGUES, A. C. Para uma Aqüicultura Sustentável do Brasil. NUPAUB/USP.Artigos nº. 3, São Paulo, 2006.
FREITAS, C. E. C. Recursos Pesqueiros Amazônicos: Status Atual da Exploração e Perspectivas de
Desenvolvimento do Extrativismo e da Piscicultura. Manaus, 18p. 2004,
SAINT-PAUL, U. Potential for aquaculture of South American freshwater fishes: a review. Aquaculture, 54:205-
240, 1986.
4
Diagnóstico e Planejamento
Turístico Empresarial
ARTIGO 23
O TURISMO CIENTÍFICO NA AMAZÔNIA: UM ESTUDO
DAS OPORTUNIDADES, NECESSIDADES E
POTENCIALIDADES PARA A CIDADE DE MANAUS-AM
INTRODUÇÃO
RESULTADOS
O turismo científico aqui discutido apresenta-se como um tipo de atividade voltada para pessoas
se deslocam com o objeto de se auto educar ou melhorar seu horizonte pessoal através da
participação em acontecimentos ou visitas à ambientes de alto valor cultural e turístico. Em se
tratando das questões culturais e turísticas, a cidade de Manaus, apresenta os requisitos básicos para
o sucesso desta modalidade. Além da sua riqueza em biodiversidade a cidade disponibiliza de uma
série de atrações turísticas voltadas a este setor. Pode-se evidenciar também a presença de
comunidades indígenas inseridas tanto na zona urbana quanto na zona rural, assim como a
aproximação e facilidade de deslocamento para algumas Unidades de Conservação. O turismo
científico como toda e qualquer atividade econômica apresenta seus pontos positivos e negativos,
grandes e pequenos impactos, os quais podem ser amenizados de acordo com o planejamento
proposto. O turismo não é um produto exportável, porém é aceito como se fosse, por exemplo: o
turista que ingressa a Manaus, troca seus dólares por reais, se hospeda em hotel de luxo, faz suas
refeições em restaurantes de primeira linha, vai a parques, reservas, órgãos e instituições ambientais
enfim, consome os diversos produtos e serviços colocados a sua disposição ao retornar ao seu país
de origem, estará levando lembranças de satisfação atendidas aos chamados benefícios
“psicológicos” os quais revitalizarão suas energias para assumir responsabilidades no seu dia-dia-
normal. É como se em sua bagagem tivessem sido incluídos todos aqueles produtos e serviços
consumidos na cidade de Manaus. Os entrevistados destacaram o seguinte: a) Pontos que mais
gostam na cidade de Manaus: Centros culturais, Igarapé do Mindu, Prosamim, Unidades de
Conservação, Reserva Adolpho Ducke, Parque dos Bilhares. Vale destacar que apenas uma
representação social respondeu não gostar de nada, justificando o caos da devastação ambiental; b)
Ações de melhoria para os pontos mencionados anteriormente: Construção de estações de
tratamento de esgoto, implementação de políticas públicas para melhorar as condições ambientais
CONCLUSÕES
Os projetos de turismo devem ser estruturados para atrair viajantes cientistas que reconhecem
seus papeis enquanto preservacionistas e estão dispostos a fornecer incentivos econômicos para a
proteção
destas riquezas. Esse tipo de turista estará disposto a abster-se do luxo, conforto e comodidade
dispendiosa do comércio turístico de massa, para vivenciar experiência autenticamente naturais que
se tornam cada vez mais raras. Os turistas Cientistas “pesquisadores”, “estudantes” devem ser
informados ao invés de entretidos; educados em vez de recreados. Turistas e grupos de turistas
devem ser gentilmente administrados de acordo com as necessidades dos recursos naturais e
necessidades dos anseios da população local. Os gestores do turismo, por ocuparem cargos
estratégicos, têm obrigação de educar seus clientes. Os governos quanto os grupos nacionais de
conservação devem apoiar ativamente a população local no turismo cientifico. Isto inclui apoio legal
e financeiro e a criação de um canal de comunicação entre a organização em nível local e os sistemas
do governo federal. Investidores e operadores turísticos conscientes. Os operadores turísticos que
oferecem destinos “Científicos” devem trabalhar por intermédio das comunidades, instituições de
ensino e pesquisa e estruturas locais de turismo. Os guias de excursões devem ter pleno
conhecimento cientifico da vida e ecologia da região e devem incorporando componentes
educacionais ao seu trabalho. Eles devem estimular os visitantes a comprar objetos dos santuários e
fazer com que eles saibam como apoiar e contribuir para a conservação de qualquer local que
visitem. Os investidores estrangeiros devem ser estimulados a aplicar recursos nos projetos voltados
ao turismo científico baseados na comunidade, como sócios igualitários ou investidores locais. Um
investidor estrangeiro que demonstra interesse em ter um povoado como seu sócio pode apresentar
seu projeto a vários povoados; seu objetivo pode ser, por exemplo, a construção de um hotel, e
posteriormente, sua venda a uma cooperativa do povoado.
REFERENCIAS
CRUZ, Rita de Cassia; Introdução à Geografia do Turismo. Rocco, São Paulo, 2001.
LINDBERG, Kreg, HAWKINS Donald E. Ecoturismo: Um Guia de Planejamento e Gestão, 3ª Ed.
Editora SENAC – SP. São Paulo, 1995.
INTRODUÇÃO
O turismo é considerado um sistema composto por partes distintas que integram um todo
organizado. Essas partes são os subsistemas: ecológico, social, econômico e cultural. No turismo
sugere-se uma abordagem transdisciplinar das partes envolvidas, sendo, muitas vezes, o maior
desafio para gestores desse setor. Conhecer o perfil e a motivação dos visitantes é importante, pois
favorece a compreensão dos desejos destes turistas. Esta compreensão permite as cidades, estados e
capitais, prepararem uma melhor recepção e estadia dos mesmos. O ecoturista interessa-se pelo
destino que pretende visitar e pesquisa sobre ele. Não só com relação aos pacotes turísticos
existentes, mas sobre outros aspectos ligados ao meio ambiente como geografia, clima, ciclos da
chuva, população, etc. Dentre a segmentação turística, destaca-se o ecoturismo, que configura-se
como um segmento do turismo de melhor rentabilidade em todo o mundo, pois vem despertando o
interesse crescente tanto nos países desenvolvidos, como nos países em desenvolvimento, sendo
considerada uma alternativa de desenvolvimento sustentável, principalmente para ambientes
frágeis, exóticos como a Amazônia (SEABRA, 2004). O Ecoturismo é atualmente uma das atividades
econômicas que mais têm crescido no mundo, surgindo como alternativa de uso múltiplo da floresta,
de conservação da natureza e de valorização das populações humanas e das culturas locais. O
grande desafio está em desenvolver esta atividade com responsabilidade social, econômica e
ecológica, envolvendo as comunidades e transformando-as em beneficiárias da conservação da
natureza através da participação direta na gestão dos recursos naturais. Qualquer planejamento
para ser elaborado, precisa ser integrado com as comunidades locais, ter uma conotação ambiental
multidisciplinar, ser bem dimensionado, flexível e possuir uma visão participativa de acordo com a
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A renda individual e familiar dos visitantes do município corresponde numa renda razoável com,
assim pessoas com condições econômica estáveis normalmente procuram opções de lazer com
infraestrutura e serviços de boa qualidade, além de prezar o conforto. O nível de escolaridade dos
visitantes reflete diretamente na renda dos mesmos, pois a maioria cursou o ensino superior.
Os gastos nas atividades recreativas são relativamente baixo devido às mesmas serem
desenvolvidas em sua maioria no meio natural, não implicando maiores desembolsos para o turista.
Relacionado à visitação em ambientes naturais com a causa e efeito de impactos, sendo positivo ou
negativo para o meio ambiente a maioria dos turistas não sabia ou não entendia o significado de
impacto ambiental. Assim, a interpretação ambiental não acontece entre visitante e meio, pois
Oltremari Orregui (1993) cita que esta relação fornece ao visitante uma ideia real e precisa dos
processos ecológicos que ocorrem no local. Logo, a perda da biodiversidade nos habitats naturais é
ocasionada muitas das vezes pelos próprios moradores, incluindo também os visitantes que não
recebem nenhum tipo de orientação quanto à importância de manter dos recursos naturais
conservados para a melhor qualidade de vida da sociedade. Como sugestões os visitantes mais uma
vez ressaltaram a importância de melhorar a infraestrutura, a qualidade dos serviços, desenvolver
educação ambiental para residentes e turistas, assim como divulgação do local e dos eventos,
disponibilizar guias, trilhas, museus e biblioteca e finalmente melhorar a animação e segurança para
turistas. No município existem comunidades tradicionais que demonstram o interesse pelo trabalho
organizado e a simpatia pela realização da atividade de ecoturismo. Entretanto, os objetivos e as
ações dessas comunidades, não estão direcionados à valorização dos aspectos culturais e históricos
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS
Da Percepção Ambiental
Observamos através de pesquisa que os comunitários de Acajatuba, Janauary e Paricatuba, têm
uma preocupação tanto com a conservação da natureza quanto com a urbanização local e
principalmente estruturas que venham auxiliar em um dos setores da economia local, o turismo, uma
vez que dentre as necessidades apresentadas pelos comunitários, desta Comunidade. Destacou-se a
necessidade de um projeto de paisagismo, inclusive para a entrada da Comunidade, de
reflorestamento, capacitação de agentes voluntários para fiscalização, implantação de uma agência
de turismo comunitária; obras de saneamento básico (encanamento de água); soluções de
problemas com relação à energia elétrica e telefonia, bem como a divisão igualitária dos lotes desta
Comunidade. Nas comunidades mencionadas, todos os entrevistados veem a existência dos
recursos naturais importante para a sobrevivência, sobretudo no que tange a questão da oferta de
matérias primas para o artesanato; da manutenção da agricultura familiar de subsistência por meio
de solos compatíveis; da água potável; além da beleza cênica que os locais visitados oferecem aos
visitantes, levados pelo desejo de conhecer lugares exóticos, conservados e preservados. Para
Wearing & Neil (2001) o objetivo do Ecoturismo é a sustentabilidade, pois visa
proporcionar uma base de recursos para o futuro, bem como garantir a produtividade dessa base,
mantendo a biodiversidade e evitando mudanças ambientais irreversíveis para o local visitado, além
de promover a equidade para as gerações presentes e futuras.
CONCLUSÕES
Tomando como base os dados coletados na dissertação, verifica-se que, por unanimidade, as
comunidades reconhecem a relevância do Ecoturismo como atividade econômica, mesmo
REFERÊNCIAS
BECKER, Bertha. Os Impactos da Política Federal de Turismo sobre a Zona Costeira. Brasília: MMA
e Amazônia Legal, 2003.
DENCKER, A. de F.M. Métodos e Técnicas de Pesquisa em Turismo. São Paulo, Futura, 1998.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5. ed. São Paulo: EPU, 1989.
WEARING, Stephen; NEIL, John. Ecoturismo: Impactos. Potencialidades e Possibilidades. São
Paulo: Editora Manole, 2001.
INTRODUÇÃO
O Ecoturismo segundo EMBRATUR (1994) é um segmento da atividade turística que utiliza, de forma
sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência
ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas.
Atualmente o ecoturismo é uma das atividades econômicas que mais têm crescido no mundo, principalmente em
regiões com forte apelo natural como a Amazônia, surgindo como alternativa de uso múltiplo da floresta:
conservação, valorização das populações humanas e das culturas locais e de lazer. No desenvolvimento do
ecoturismo vários desafios são encontrados como a responsabilidade social, econômica e ecológica, envolvendo
as comunidades transformando-as em beneficiárias da conservação ambiental, através da participação direta na
gestão dos recursos naturais. Os números do turismo são expressivos, aproximadamente 204 milhões de pessoas
trabalham no turismo no mundo inteiro, desse total um percentual alto de turistas vêm ao país devido às belezas
naturais de biomas como o Amazônico (WTO, 2012). O crescente desenvolvimento do Ecoturismo é um fator
crítico e muito importante para os responsáveis das instituições de desenvolvimento ambiental, cuja nova missão
é possibilitar a criação de uma infraestrutura adequada para as atividades ecoturísticas, em harmonia com a
conservação, educação, pesquisa e recreação. Entretanto, para o ecoturismo ser um instrumento gerador de
divisas para o desenvolvimento das áreas de recepção, faz-se necessário um adequado planejamento e
monitoramento das atividades para que impactos negativos sejam minimizados.
MATERIAL E MÉTODOS
O estudo foi realizado no município de Presidente Figueiredo com população estimada de 27.175 habitantes
(IBGE, 2012). O clima da região, segundo a classificação de Köppen (1948) o clima é quente e úmido, característico
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dentre as perguntas contidas nos questionários aplicados as mais relevantes perguntas foram sobre a
escolaridade, onde a maioria dos entrevistados não concluíram o ensino fundamental e apenas uma parcela
muito pequena alcançou ensino superior. Analisando a importância do turismo para os residentes e para o
desenvolvimento do município a maioria dos entrevistados concorda que o turismo é muito importante,
acreditam ainda, que este pode oferecer outras vantagens como: gerar renda (35%), empregos (34%) e divulgar a
cidade (31%) (Fig. 01).
A maioria dos entrevistados considera que a atividade turística não traz problemas para o
município, porém está faltando um trabalho sério e contínuo de educação ambiental para os
residentes e comunidades do entorno, pois conforme observação in situ, muitos dos ambientes e
hábitats da fauna endêmica como o galo da serra, gavião real, uirapuru entre outros estão sendo
ameaçadas por alguns residentes, estimulando o comércio ilegal e clandestino, além das queimadas
nas matas ciliares que vem ocorrendo com frequência. Sobre a infraestrutura básica e turística
disponível os residentes opinaram que a cidade presta serviços razoáveis, não obstante há
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Diretrizes para uma política nacional do ecoturismo. Brasília: EMBRATUR, 1994.
IBGE 2010. Disponível em:
<http://www.cidades.ibge.gov.br/painel/populacao.php?lang=&codmun=130353&search=am
azonas|presidente-figueiredo|infograficos:-evolucao-populacional-e-piramide-etaria> Acesso em:
INTRODUÇÃO
O setor das atividades de aventura levou turistas a incursões mais profundas pelos cenários
naturais do Brasil. Conjugando esportes de ação e atividades contemplativas, o ecoturismo e o
turismo de aventura ganharam destaque na preferência dos brasileiros. Primeiramente e entendido
como uma atividade associada ao Ecoturismo, o Turismo de Aventura, atualmente, possui
características estruturais e consistência mercadológicas próprias. Consequentemente, seu
crescimento vem adquirindo um novo leque de ofertas, possibilidades e questionamentos, que
precisam ser compreendidos para a viabilização e qualificação do segmento. O conceito de Turismo
de Aventura fundamenta-se em aspectos que se referem à atividade turística e ao território em
relação à motivação do turista, pressupondo o respeito nas relações institucionais, de mercado, entre
os praticantes e com o ambiente. Recentemente, uma iniciativa veio finalmente trazer mais
segurança e tranquilidade às práticas que envolvem tanto adrenalina quanto riscos, como rafting,
rapel, tirolesa, canionismo e cachoeirismo. Trata-se de um selo indicará aos turistas que a atividade
tem certificação em Sistema de Gestão de Segurança – SGS. Para que o SGS no Turismo de Aventura
pudesse se tornar realidade, surgiu o Programa Aventura Segura. Executado pela Associação
Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (ABETA), em parceria com o Ministério
do Turismo e o SEBRAE Nacional com o objetivo de fortalecer e disseminar conhecimento, qualificar
pessoas e empresas e subsidiar a certificação para condutores e empresas. Um dos principais
motivos para implementação do SGS no segmento do Turismo de Aventura, deu-se pelo crescente
numero de empresas operando esta atividade sem base e informações de segurança aos clientes e
colaboradores, paralelo a uma grande demanda de novos produtos turísticos levando a mudanças
nas estratégias de gestão, planejamento e promoção do turismo. O SGS soma-se aos demais
modelos de sistemas de gestão estabelecidos, entre os quais se indicam como principais referências
MATERIAL E MÉTODO
O método de pesquisa foi exploratório descritivo, com uma abordagem qualitativa e
levantamento bibliográfico. Para análise do SGS foi utilizado o método do ciclo PDCA, ciclo de
Shewhart ou ciclo de Deming, é um ciclo de desenvolvimento que tem foco na melhoria contínua. O
trabalho foi realizado no Hotel de Selva Malocas Jungle Lodge, localizado no município de Rio Preto
da Eva, Amazonas. A empresa está instalada em uma área de 90.000 (noventa mil) hectares com um
perímetro de 5.491,76 (cinco mil e quatrocentos e noventa e um e setenta e seis) metros quadrados.
RESULTADOS
CONCLUSÕES
O SGS do Malocas Jungle Lodge atende aos requisitos básicos evidenciados na legislação e nas
normas de segurança, o que promoveu a melhoria da imagem pública gradativamente alcançando
maior notoriedade quanto aos padrões de segurança adotados. Além disso, a noção de
Responsabilidade Social e Ambiental presente no bojo administrativo do empreendimento, decorre
da compreensão de que se deve buscar trazer benefícios para a sociedade, propiciar a realização
profissional dos empregados e promover benefícios para os parceiros e para o meio ambiente. Desta
forma, orientando suas atividades turísticas para o crescimento e a diferenciação.
REFERENCIAS
INTRODUÇÃO
MATERIAL E METODOS
RESULTADOS E DISCUSSÁO
CONCLUSÕES
Estes espaços naturais preservados poderão ser utilizados para a atividade turística, através de
um planejamento equilibrado entre o espaço cultural e o natural. Porém sabe-se que é "impossível
desenvolver alguma atividade no ambiente sem degrada-lo", o que poderá ser feito é planejar a
atividade no intuito de minimizar o efeito negativo ao ambiente. O desenvolvimento do turismo na
RDS da Piranha com planejamento consciente do espaço faz com que haja uma alternativa
económica para área e contribui para a preservação da biodiversidade através do controle de carga
da visitação de turistas. O planejamento turístico na Reserva de Desenvolvimento Sustentável deverá
estar bem estruturado, atendendo objetivos do seu plano de manejo com um rigoroso controle e
supervisão; apesar de ainda não possuir o plano de manejo da área, este deverá levar em
consideração os objetivos de uma RDS. É necessário romper o círculo conceitual destas ideias. Frente
a estes eventos que causam, aumentam a degradação ambiental, os modelos e cenários turísticos,
podem desenvolver práticas que irão consolidar o consumismo e o respeito ao meio ambiente. A
metodologia qualitativa indutiva permitiu que a pesquisa desenvolve-se conceitos e inferências
através das entrevistas com os grupos familiares da RDSP tendo urna visão como um todo. Desse
modo, o trabalho atingiu o seu objetivo que consistiu em analisar os aspectos socioambientais das
populações ribeirinhas na RDS da Piranha como subsídios. Para implantação do ecoturismo como
uma alternativa económica para a melhoria da qualidade de vida da população local. Com base aos
resultados das entrevistas, o tema se originou levando em consideração a carência por parte dos
comunitários da Reserva Sustentável da Piranha, localizado no Município de Manacapuru, em
relação é participação nos lucros na atividade turística. A percepção da população torna-se bastante
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODO
A RDS do Tupé (Figura 1) possui 11.973 ha, localizada no Município de Manaus-AM, na margem
esquerda do rio Negro, entre as coordenadas geográficas 02º55'30” a 03°03'41” de latitude sul e
60º21'42” a 60°11'32” de longitude oeste de Greenwich. A UC está distante aproximadamente a 25
km em linha reta da área urbana de Manaus. Foi criada por meio do Decreto Municipal nº. 8044, de
25 de agosto de 2005, tendo como Órgão Gestor a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Sustentabilidade de Manaus (SEMMAS). Na UC encontram-se 06 comunidades rurais, com
aproximadamente 1.444 famílias, cujo acesso se dar por via fluvial ou por ramais no interior da
reserva. O Conselho Deliberativo da RDS do Tupé (CDREDES Tupé) foi criado por meio da Resolução
n° 040/2006 - COMDEMA. Possui Plano de Uso Público e integra o Mosaico de Áreas Protegidas do
Baixo Rio Negro, reconhecido por meio da Portaria MMA N°483, de 14/12/2010, e insere-se na
Reserva da Biosfera e no Corredor Ecológico da Amazônia Central. Aplicou-se o método da pesquisa
exploratória, por meio de investigação bibliográfica, documental e Estudo de caso, com a
abordagem dedutiva e o procedimento monográfico. A técnica foi a coleta de dados (entrevista, a
observação e a aplicação de questionários).
RESULTADOS
De acordo com os entrevistados, dos recursos naturais existentes na RDS do Tupé, os que
poderiam atrair os turistas, foram: Igarapé e a Praia com 27% e em seguida aparece a Cachoeira com
13%, observada apenas durante a vazante do Rio Negro. O Estado do Amazonas possui inúmeras
áreas verdes que foram transformadas em áreas protegidas, sem ao menos consultar os moradores
locais, sobre a importância de proteção e as precauções que eles deveriam ter com a área. Assim,
77% dos entrevistados responderam que sabem o que significa RDS do Tupé. Em relação aos tipos
das atividades existentes na RDS do Tupé, 37% dos comunitários identificaram as trilhas
interpretativas como recurso forte da reserva e logo em seguida, com 27% o Artesanato que
algumas das comunidades desenvolvem de forma distinta. Cada comunidade apresenta suas
características potenciais, assim como os problemas de cunho social, econômico, ambiental e
cultural que podem surgir à medida que as comunidades não se organizam para receber os turistas e
os visitantes. Por meio da aplicação da referida pesquisa percebeu-se a grande variedade de
atrativos naturais existente na RDS do Tupé e os produtos potenciais para o trabalho do Turismo
Sustentável. Assim, 24% dos entrevistados afirmaram que o artesanato é o produto turístico forte da
área. Para a gestão sustentável do turismo na RDS deve-se: a) a comunidade deverá se organizar em
forma de cooperativas e/ou associações para o desenvolvimento dos seus produtos e assim, está
preparada para o desenvolvimento do turismo sustentável; b) devem ser desenvolvidas ações
socioeducativas para as novas gerações de cada uma das comunidades da RDS do Tupé; c) sejam
oferecidas capacitação e qualificação dos atores sociais do turismo existente nesta área, (todas as
pessoas que trabalham direta e/ou indiretamente com o turismo); d) cotidianamente seja
CONCLUSÕES
REFERENCIAS
ALMEIDA, Joaquim, FROEHLICH. Jose. RIEDI, Mario (Orgs.). Turismo rural e desenvolvimento
sustentável – Campinas SP: Papirus, 2000.
BARRETO, Margarita. Planejamento e organização em turismo. 4. ed. São Paulo: Papirus, 1999.
Ministério da
Ciência, Tecnologia
e Inovação
9 788599 122532