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Trabalho de Linguistica Portuguesa 2
Trabalho de Linguistica Portuguesa 2
TRABALHO DE CAMPO I
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Índice
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 4
2. METODOLOGIA ................................................................................................. 5
3.3. Outros recursos que igualmente podem veicularem valores aspectuais ............... 9
CONCLUSÃO .............................................................................................................. 11
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1.1. OBJECTIVOS
Este trabalho tem como objectivo realizar uma revisão bibliográfica sobre o Tempo e
Aspecto gramatical.
2. METODOLOGIA
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3. O Tempo e Aspecto gramatical
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Cunha se refere directamente a aspecto, mas não o trata como uma categoria verbal, não busca conceituar
aspecto ou estabelecer um quadro aspectual, definindo os aspectos. O que temos é uma utilização do termo
aspecto sem qualquer preocupação de sistematizar algo sobre o assunto, sendo quase certo que o autor utilizou a
palavra “aspecto” sem estar pensando na categoria que tem este nome.
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O segundo ponto a destacar nas distinções entre tempo e aspecto é que, embora se
encontrem comummente numa mesma língua, é comum a existência de lacunas e assimetrias
entre eles. Por exemplo, na maioria das línguas as oposições aspectuais perfectivo vs.
imperfectivo aparecem gramaticalizadas nas formas de tempo pretérito e não nos outros
tempos. Além do mais, se traçarmos um conjunto de oposições possíveis de valores
aspectuais, do tipo:
(i) estativo vs. não-estativo;
(ii) durativo vs. não durativo;
(iii) pontual vs. não-pontual;
(iv) progressivo vs. não-progressivo.
No manual de Linguiça do Português 2 da UCM, destaca-se que é importante, todavia,
perceber que, apesar da diferença entre as duas categorias linguísticas, elas partilham sempre
pontos de contacto, na medida em que podem operar com o mesmo tipo de conceitos
temporais, o de intervalo (UCM, 2017, pp. 50-51).
Por outro lado, certos advérbios podem funcionar com valor aspectual ou temporal, o
mesmo acontece com alguns tempos verbais que podem introduzir alterações aspectuais.
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Figura 1: Representação de tempo segundo Comrie (1985)
Nessa figura, podemos observar que o tempo é apresentado como uma linha reta na
qual o passado se encontra à esquerda e o futuro, à direita do ponto (0), sendo que esse ponto
zero representa o presente. Sabe-se que, em muitas línguas, há a incorporação da categoria
temporal ao verbo.
Segundo Travaglia2 (2006, p. 39), a categoria de tempo situa o momento de ocorrência
da situação a que nos referimos em relação ao momento da fala como anterior (passado),
simultâneo (presente) e posterior (futuro). É considerada uma categoria deíctica pelo autor,
pois serve para expressar distinções que dizem respeito ao tempo em que ocorre o ato de fala.
A noção de aspecto pode ser tratada pelo menos de dois pontos de vista: o lexical e o
gramatical. O aspecto lexical, ou aktionsart, de um verbo consiste no modo como se encontra
em uma estrutura e como tal verbo expressa evento, estado, processo ou ação. O aspecto
lexical se distingue do aspecto gramatical porque o aspecto lexical é uma propriedade inerente
de uma eventualidade, já o aspecto gramatical seria uma propriedade de uma realização
sintáctica ou morfológica. O primeiro é invariável e o segundo é dependente da necessidade
do falante.
Luft (1976, cit. em, Travaglia, 2016) considera a categoria aspecto como exprimindo a
oposição entre acabado ou não acabado. Postula que essa categoria manifesta-se
conjuntamente com o tempo em algumas formas verbais como cantei/canto, cantar/cantava;
ou exprimisse mediante a locução verbal (estava cantando/tem cantado), ou pelos sufixos -
ec(er)=incoativo; -ej(ar, -it(ar)= iterativo)ou pelo próprio radical verbal com sua significação
característica. Ainda, segundo ele, as locuções verbais podem exprimir aspectos do processo
como anterioridade, posterioridade, continuidade, repetição, progressão, início, conclusão,
etc. sua referência ao aspecto não deixa claro o que é essa categoria, nem quais são os
aspectos possíveis, nem quando e como se manifestam (p. 28).
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Para o autor, tempo é uma categoria deíctica porque estabelece a localização no tempo, e aspecto é uma
categoria não deíctica, pois seu significado não remete ao momento da enunciação. Na mesma linha de
raciocínio, Comrie (1976) indica uma diferenciação entre tempo e aspecto ao enunciar que a expressão
“constituição temporal interna” trata-se de uma compreensão em termos da oposição proposta entre “tempo
interno da situação”, que diz respeito a aspecto, e “tempo externo da situação”, que se refere a tempo.
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3.3. Outros recursos que igualmente podem veicularem valores aspectuais
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Travaglia (2016), diz que “tempos compostos” formados de ter, haver (raramente) ou
ser (mais raramente) exprimem que a acção verbal está concluída. Entretanto parece não
apresentar o “concluído” como um aspecto do verbo, fala dos auxiliares acurativos que “se
combinam com o infinitivo ou gerúndio do verbo principal para determinar com mais rigor os
aspectos do momento da acção verbal que não se acham bem definidos na divisão geral
de tempo presente, passado e futuro” (grifo nosso) (p. 28).
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CONCLUSÃO
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REFEIAS BIBLIOGRÁFICAS
COMRIE, B. (1976). Aspect: an introduction to the study of verbal aspect and related
problems. Cambridge: Cambridge University Press.
COMRIE, B. (1985). Tense. Cambridge: Cambridge University Press.
CUNHA, C. (1972). Gramática do português contemporâneo. Belo Horizonte: B.
Álvares.
GIL, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social (6ª ed.). São Paulo: Atlas.
LAKATOS, E. M., & MARCONI, M. D. (2010). Fundamentos de metodologia
científica (7ª ed.). São Paulo: Atlas.
LUFT, C. P. (1976). Moderna gramática brasileira. Porto Alegre: Globo.
Travaglia, L. C. (2016). O aspecto verbal no Português: a categoria e sua expressão
(5ª Edição ed.). Uberlândia, Brasil: EDUFU.
UCM. Linguística Descritiva do Português II. Beira: CED.
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