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DECRETO Nº 653, DE 15 DE AGOSTO DE 2022

Regulamenta o Capítulo VII da Lei nº 3.789,


de 23 de dezembro de 2003, que dispõe sobre
infrações e penalidades ambientais, tipifica e
classifica infrações às normas de proteção ao
meio ambiente e aos recursos hídricos e
estabelece procedimentos administrativos de
fiscalização e aplicação das penalidades.

A PREFEITA DO MUNICÍPIO DE CONTAGEM, no uso das atribuições que lhe confere


o disposto no inciso VII do art. 92 da Lei Orgânica do Município e, em especial, na Lei nº
3.789, de 23 de dezembro de 2003,

DECRETA

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º O exercício do poder de polícia administrativa, para fins de fiscalização, de aplicação


de sanções administrativas, multas, de cumprimento das normas de proteção e conservação do
meio ambiente será exercido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável – Semad, e será orientado pelos princípios que regem a Administração Pública e o
direito administrativo sancionador.
Art. 2º Cumpre ao agente de fiscalização ambiental da Semad:
I – efetuar vistoria em geral, levantamentos e avaliações;
II – verificar a ocorrência de infração;
III – lavrar de imediato auto de fiscalização e, se for o caso, autos de infração, embargo,
suspensão de atividades e apreensão de objetos e acautelamento de animais, fornecendo uma
via ao autuado.
Art. 3º Para garantir a execução das medidas decorrentes do poder de polícia estabelecidas
neste decreto, fica assegurada ao agente de fiscalização ambiental da Semad, a entrada em
estabelecimento público ou privado, neles permanecendo pelo tempo necessário, não podendo
ser negadas informações e vistas a projetos e acesso às instalações, às dependências e demais
unidades do local sob inspeção.
§ 1º A Semad, quando necessário, poderá requisitar apoio policial para garantir o
cumprimento do disposto neste artigo em qualquer parte do território do Município.
§ 2º A mesma garantia é estendida ao Conselho Municipal do Meio Ambiente de Contagem –
Comac – e às suas comissões, quando da realização de vistorias aos empreendimentos.
CAPÍTULO II
DAS PENALIDADES E INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS

Art. 4º Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as
regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente, cujas
condutas estejam previamente tipificadas no anexo II deste decreto por violação à Lei nº
3.789, de 23 de dezembro de 2003.
Parágrafo único. Os itens elencados no anexo II não excluem infrações previstas em outras
legislações estadual e federal.
Art. 5º Constatada a ocorrência de infração administrativa ambiental, por infração aos
dispositivos da Lei nº 3.789, de 2003, deste Regulamento e das demais normas deles
decorrentes, serão aplicadas as seguintes penalidades e medidas administrativas cautelares,
sem prejuízo das cominações cíveis e penais cabíveis:
I – advertência;
II – multas, classificadas em:
a) simples, aplicada no valor de R$ 379,11 (trezentos e setenta e nove reais e onze centavos) a
R$ 70.000,00 (Setenta mil reais);
b) diária, no valor de R$ 379,11 (trezentos e setenta e nove reais e onze centavos) a R$
70.000,00 (Setenta mil reais), que será devida até que o infrator corrija a irregularidade;
III – suspensão, total ou parcial, de atividades ou de funcionamento de equipamentos
geradores de poluição, contaminação, distúrbios sonoros ou de vibração ou de outras
incomodidades;
IV – cassação de alvarás e licenças;
V – apreensão dos produtos ou objetos da infração;
VI – embargo de obras;
VII – demolição de obras;
VIII – não concessão, restrição ou suspensão de incentivos fiscais e de outros benefícios
concedidos pelo Município ou por empresa sob seu controle direto ou indireto, enquanto
perdurar a infração;
IX – destruição ou inutilização do produto, subprodutos ou bem e instrumentos da infração;
§ 1º As penalidades previstas incidirão sobre os infratores, sejam eles diretos, contratuais,
bem como todos aqueles que de qualquer modo concorram para a prática da infração ou para
dela obter vantagem.
§ 2º Para efeito da aplicação das penalidades previstas neste Capítulo, as infrações
classificam-se como leve, grave, ou gravíssima, contida no anexo I;
§ 3º A infração terá sua gravidade acentuada, passando de leve para grave ou de grave para
gravíssima, quando se der nos casos considerados como emergência ambiental que
representam riscos ao meio ambiente e ao equilíbrio ecológico da fauna e flora, tais como:
I – contaminação de solo e de recurso hídricos por produtos químicos nocivos ao meio
ambiente e à saúde humana;
II – acidentes ocorridos em fontes de dessedentação humana e animal;
III – atividades potencialmente poluentes, podendo ser caracterizada por vazamentos de
produtos químicos, mortandade de peixes, descarte clandestino de resíduos, acidentes
rodoviários, ferroviários e hidroviários no transporte de produtos perigosos (explosivos,
inflamáveis, tóxicos, radioativos e outros).
§ 4º Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, serão aplicadas,
cumulativamente, as sanções cominadas a cada uma delas.
Art. 6º O agente de fiscalização ambiental atuante, no exercício exclusivo de seu poder de
polícia, poderá, de imediato à lavratura do Auto de Infração, convolar as penalidades previstas
nos incisos III, IV, V, VI, VII, IX do art. 5º em medidas administrativas cautelares, dotadas de
autoexecutoriedade, com o objetivo prevenir a ocorrência de novas infrações, resguardar a
recuperação ambiental e garantir o resultado prático do processo administrativo.
Parágrafo único. A adoção das medidas administrativas cautelares de que trata este dispositivo
constará do Auto de Fiscalização e será vinculada ao processo instaurado em razão da emissão
do auto de infração ambiental.

Seção I
Da sanção de advertência

Art. 7º A sanção de advertência poderá ser aplicada, mediante a lavratura de auto de infração,
para as infrações administrativas de menor lesividade ao meio ambiente quando forem
praticadas infrações classificadas como leves e não contenham circunstâncias agravantes.
§ 1º O autuado terá o prazo máximo de até noventa dias para regularizar a situação objeto da
advertência e comprová-la no processo administrativo de auto de infração, sob pena de
conversão em multa simples e aplicação das demais penalidades cabíveis.
§ 2º Quando da aplicação da penalidade de advertência, deverão ser informados o prazo para
regularização da situação objeto da advertência e o valor da multa simples aplicável, no caso
de conversão da penalidade de advertência em multa simples.
§ 3º Sanadas as irregularidades no prazo concedido, o processo será arquivado, com as
anotações em sistema de controle do órgão ambiental.
§ 4º Caso o autuado, por negligência ou dolo, deixe de sanar as irregularidades, o agente de
fiscalização ambiental certificará o ocorrido nos autos e dará seguimento ao processo em
observância do procedimento estabelecido no Capítulo III.
Art. 8º A aplicação da sanção de advertência não excluí a aplicação de outras sanções e de
medidas administrativas cautelares.
Art. 9º Sempre que forem realizadas ações de fiscalização de natureza orientadora e, desde
que não seja verificado dano ambiental, degradação ou maus tratos à fauna e flora, será
cabível a notificação de advertência, para regularização da situação constatada, quando, além
de infração leve, o infrator for:
I – entidade sem fins lucrativos;
II – microempreendedor individual;
III – agricultor familiar;
IV – pessoa física de baixo poder aquisitivo e baixo grau de instrução.
§ 1º Será considerada pessoa física de baixo poder aquisitivo e baixo grau de instrução, para
fins do inciso IV, aquela que:
I – a renda familiar for inferior a um salário-mínimo per capita; ou
II – cadastrada em programas sociais oficiais de distribuição de renda dos Governos Federal
ou Estadual, e que possua ensino fundamental ou médio incompleto, a ser declarado sob as
penas legais.
§ 2º A notificação de advertência será relatada em formulário próprio pelo agente de
fiscalização ambiental responsável por sua lavratura.
§ 3º A notificação para regularização de todas as inconformidades constatadas no ato da
fiscalização será oportunizada uma única vez ao infrator.
§ 4º Em caso de autuação, verificada a ocorrência de uma das hipóteses dos incisos do caput,
comprovada no prazo de defesa do auto de infração, se indicada penalidade diversa, a mesma
poderá ser convertida em sanção de advertência, quando do julgamento.
§ 5º A aplicação de advertência não impede que o funcionamento, a instalação ou operação
das atividades, o uso e intervenção dos recursos hídricos, a exploração da flora, sejam
suspensos até sua regularização junto ao órgão ambiental competente.
§ 6º Para infração que por sua natureza mostrar-se consumada, por não ostentar natureza
continuada, não será aplicada sanção de advertência e ou realizada ações de fiscalização
orientadora, devendo o agente de fiscalização ambiental aplicar as demais sanções.

Seção II
Da Sanção de Multa

Art. 10. Na aplicação da penalidade de multa serão observados os valores constantes no


Anexo I, atualizados segundo o § 14 do art. 34 da Lei nº 3.789, de 2003.
Parágrafo único. O agente de fiscalização ambiental e a autoridade julgadora poderá,
excepcionalmente, readequar o valor da multa aberta, indicando um valor diferente daquele
resultante da aplicação dos parâmetros a que se refere o anexo I, mediante justificativa de sua
desproporcionalidade ou irrazoabilidade.

Subseção I
Da Multa Simples

Art. 11. A penalidade de multa será sempre aplicada quando o infrator:


I – descumprir notificação anterior sobre a correção da irregularidade;
II – descumprir a determinação estabelecida na penalidade de advertência;
III – reincidir em infração classificada como leve;
IV – cometer infração ambiental por ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso,
gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente;
V – nas hipóteses não previstas no art. 9º;
VI – causar danos ou degradação ambiental.
Art. 12. A fixação do valor base para sanção de multa, dentro das faixas aludidas no art. 10,
deverá ocorrer em estreita análise dos seguintes critérios:
I – motivos da infração:
a) intencional: quando evidenciada a intenção do autuado em praticar a conduta, por ação ou
omissão; ou
b) não intencional: quando não evidenciada a intenção do autuado, nos termos da alínea "a".
II – as consequências para a saúde pública:
a) fraca: a infração cujo resultado impossibilita o consumo, a utilização ou o aproveitamento
de determinado recurso natural em uma proporção pequena, diante do contexto;
b) moderada: a infração cujo resultado impossibilita o consumo, a utilização ou o
aproveitamento de determinado recurso natural em uma proporção intermediária, diante do
contexto; ou
c) significativa: a infração cujo resultado impossibilita o consumo, a utilização ou o
aproveitamento de determinado recurso natural em uma proporção grande, diante do contexto,
provoque a morte de pessoas ou demande a interdição do local;
III – as consequências para o meio ambiente:
a) potencial: a infração em que não há dano ambiental evidente ou presumido, diante do
contexto;
b) fraca: a infração cujo dano ambiental evidente ou presumido possui uma proporção
pequena, diante do contexto;
c) moderada: a infração cujo dano ambiental evidente ou presumido possui uma proporção
intermediária, diante do contexto; ou
d) significativa: a infração cujo dano ambiental evidente ou presumido possui uma proporção
grande ou irreversível, diante do contexto.
IV – capacidade econômica do infrator:
a) na hipótese de pessoa jurídica de direito privado, de acordo com a receita bruta anual e seu
enquadramento como microempresa, empresa de pequeno porte, empresa de médio porte, e
empresa de grande porte.
b) na hipótese de pessoa física, de acordo com o patrimônio bruto ou os rendimentos anuais
constantes da Declaração de Imposto de Renda.
Art. 13. Sobre o valor base da multa definido nos critérios do art. 12 incidirão as seguintes
circunstâncias:
I – atenuantes, com redução de até 50% do valor base fixado:
a) a efetividade das medidas adotadas pelo infrator para a correção e regularização dos danos
causados ao meio ambiente e recursos hídricos, incluídas medidas de reparação ou de
limitação da degradação causada, se realizadas de modo imediato;
b) tratar-se o infrator de entidade sem fins lucrativos, microempreendedor individual, pequena
propriedade ou posse rural familiar, mediante apresentação de documentos comprobatórios
atualizados emitidos pelo órgão competente;
c) tratar-se de infrator de baixo poder aquisitivo e baixo grau de instrução, nos termos do § 1º
do art. 9º;
d) tratar-se de utilização de recursos hídricos para fins exclusivos de consumo humano,
excluídos fins de lazer e recreação;
e) arrependimento eficaz do autuado, manifestado pela espontânea reparação do dano,
limitação significativa da degradação ambiental causada ou apresentação de denúncia
espontânea;
f) comunicação prévia pelo autuado do perigo iminente de degradação ambiental;
II – agravantes, com aumento de até 50% do valor base fixado, quando ocorrer:
a) a reincidência genérica e específica;
b) a maior extensão da degradação ambiental;
c) o dolo, incluído o eventual;
d) os danos permanentes à saúde humana;
e) os efeitos sobre a propriedade alheia;
f) sobre área de proteção legal;
g) emprego de métodos cruéis na morte ou captura de animais;
h) em período de estiagem;
i) poluição que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes de área ou região;
j) poluição ou degradação do solo que torne uma área, urbana ou rural, imprópria para a
ocupação humana, para o cultivo ou pastoreio, mesmo que temporária;
k) dano a florestas primárias ou em estágio avançado de regeneração;
l) interdição total ou parcial de vias públicas, estradas ou rodovias;
m) obtenção ou intenção de vantagem pecuniária;
n) coação de outrem para a execução material da infração;
o) abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental.
Art. 14. Considera-se reincidência:
I – específica: o cometimento de nova infração ambiental contra o mesmo bem jurídico;
II – genérica: o cometimento de nova infração ambiental contra bem jurídico diferente.
Parágrafo único. Para efeito de agravamento da multa por reincidência, poderão ser utilizados
autos de infração confirmados por outros órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio
Ambiente – Sisnama.
Art. 15. O agravamento por reincidência incidirá individualmente sobre o valor da multa
indicada ou adequada pelos critérios de razoabilidade e proporcionalidade, sendo somados
para determinar o valor da sanção.
Art. 16. Enquanto não ocorrer o trânsito em julgado do processo administrativo, o autuado
poderá requerer o cumprimento antecipado da sanção de multa, hipótese em que terá redução:
I – de 30% de seu valor base, se requerida antes do julgamento de primeira instância;
II – de 30% de seu valor base acrescidos de juros e correções, se requerida após o julgamento
de primeira instância, observado as disposições do caput.
Art. 17. Comprovada a apresentação de documento de recolhimento de multa com falsa
autenticação, a multa devida terá seu valor duplicado, sem prejuízo das demais sanções
cabíveis.

Subseção II
Da Multa Diária

Art. 18. A multa diária poderá será aplicada como medida coercitiva para cumprimento de
relevante obrigação ambiental, de medida necessária para evitar, conter e reparar danos,
poluição e outras formas de degradação ambiental, podendo ser fixada de plano quando do
julgamento do auto de infração e do mesmo decorrer cominações consistente em obrigações
de fazer.
§ 1º Constatada a situação prevista no caput, o valor da multa diária, somados ao final, será
limitado ao valor máximo constante no anexo I atribuído à infração principal.
§ 2º A multa diária deixará de ser aplicada a partir da data em que o autuado apresentar ao
órgão ambiental documentos que comprovem a regularização da situação que deu causa à sua
imposição
§ 3º Caso o agente de fiscalização ambiental ou a autoridade competente verifique que a
situação que deu causa à lavratura do auto de infração não foi regularizada, a multa diária
voltará a ser imposta desde a data em que deixou de ser aplicada, sendo notificado o autuado,
sem prejuízo da adoção de outras sanções previstas neste decreto.
§ 4º Por ocasião do julgamento do auto de infração, a autoridade ambiental deverá, em caso
de procedência da autuação, confirmar ou modificar o valor da multa diária, decidir o período
de sua aplicação e consolidar o montante devido pelo autuado para posterior execução,
quando sua imposição tiver sido fixada no momento da lavratura do auto de infração pelo
agente de fiscalização ambiental.
§ 5º O valor da multa será consolidado e executado periodicamente após o julgamento final,
nos casos em que a infração não tenha cessado.
§ 6º A celebração de Termo de Compromisso ou Termo de Ajustamento de Conduta – TAC –
com órgão ambiental para reparação ou cessação dos danos e ou obrigações de fazer,
encerrará a contagem da multa diária, admitido ajuste diverso.
Seção III
Da Sanção de Suspensão de Atividade

Art. 19. A sanção de suspensão de atividade pode ser total ou parcial, e constitui medida que
visa impedir a continuidade de processos produtivos em desacordo com a legislação
ambiental em atividades ou funcionamento de equipamentos geradores de poluição,
contaminação, distúrbios sonoros ou vibração ou outras incomodidades, até sua eliminação ou
mitigação nos limites de tolerância e padrões das normas técnicas aplicáveis.
§ 1º A sanção mencionada no caput poderá ser aplicada quando o infrator estiver exercendo
atividade sem regularização ambiental, causando ou não poluição ou degradação ambiental.
§ 2º A suspensão de atividades será efetivada tão logo seja constatada a infração.
§ 3º Se não houver viabilidade técnica para a imediata suspensão das atividades, deverá ser
estabelecido cronograma executivo para o seu cumprimento.
§ 4º A penalidade descrita no caput prevalecerá até que o infrator obtenha a regularização
ambiental ou firme TAC com o órgão ambiental para sua regularização, independente de
decisão nos autos do processo administrativo.
Art. 20. A penalidade de suspensão de atividades não será aplicada nos casos de uso
prioritário de recursos hídricos, para o consumo humano e a dessedentação de animais, exceto
se houver exploração comercial em atividade econômica.

Seção IV
Da Sanção Restritiva de Direito

Art. 21. As penalidades restritivas de direito são:


I – suspensão de cadastro, registro, licença, alvarás, permissão ou autorização;
II – cancelamento ou cassação de cadastro, registro, licença, alvarás, permissão ou
autorização;
III – não concessão, restrição ou suspensão de incentivos fiscais e de outros benefícios
concedidos pelo Município ou por empresa sob seu controle direto ou indireto, enquanto
perdurar a infração.
IV – perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em estabelecimentos
oficiais de crédito;
V – proibição de contratar com a administração pública, pelo período de até três anos;
VI – suspensão de entrega ou utilização de documentos de controle ou registro expedidos pelo
órgão ambiental competente.
Art. 22. As penalidades restritivas de direito aplicáveis poderão ser cumuladas com quaisquer
das demais sanções atribuídas às infrações previstas neste decreto e serão efetivadas quando a
decisão se tornar definitiva.
Parágrafo único. Para os casos previstos nos incisos I e VI do art. 21, a aplicação da
penalidade restritiva de direitos surtirá efeitos tão logo seja lavrado o auto de infração com a
indicação de sua aplicação.
Art. 23. No caso de empreendimentos ou atividades detentores de Licença Ambiental,
autorizações para intervenção ambiental que estiverem funcionando com sistema de controle
ambiental inadequado ou em desacordo com orientação elaborada por responsável técnico,
bem como quando o ato tiver sido concedido com base em informações falsas prestadas pelo
empreendedor, será aplicada a penalidade a que se refere o inciso II do art. 21, sem prejuízo
da aplicação das demais penalidades previstas neste decreto.

Seção V
Da Sanção de Apreensão dos Produtos, Objeto da Infração

Art. 24. Serão acautelados os animais silvestres e apreendidos os produtos e subprodutos da


flora, bem como os instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza,
decorrentes da infração ou utilizados na infração, salvo impossibilidade devidamente
justificada.
Parágrafo único. Considera-se instrumento, petrecho, equipamento ou veículo de qualquer
natureza, utilizado na infração, aquele imprescindível para a ocorrência do tipo infracional, e
que notadamente acarreta incômodos à população, danos à saúde pública, aos recursos
naturais e econômicos.
Art. 25. Os bens apreendidos deverão ser avaliados pelo agente de fiscalização ambiental,
levando-se em consideração o valor de mercado auferido em pesquisa ou obtido por meio de
quaisquer formas de comunicação que divulguem a comercialização de bens da mesma
natureza.
§ 1º Na hipótese de impossibilidade da valoração de que trata o caput no momento da
autuação, sua realização deverá ocorrer na primeira oportunidade, mediante certificação do
agente de fiscalização ambiental e deverá acompanhar o auto de infração lavrado.
§ 2º O órgão ambiental poderá atualizar anualmente a tabela contendo a lista dos bens
usualmente apreendidos com os valores de mercado praticados, a qual será utilizada como
base para avaliação.
§ 3º O agente de fiscalização ambiental que efetuar a apreensão deverá, no Auto de
Fiscalização, identificar com exatidão os bens apreendidos, sua natureza, respectivos valores e
características intrínsecas, bem como qualificar o depositário do bem e o local que se
encontra.
Art. 26. Cabe ao órgão ambiental a posse e a guarda dos bens apreendidos por cometimento
de infração ambiental até que lhe seja conferida a devida destinação legal, com exceção dos
animais acautelados vivos, nos termos do art. 32.
§ 1º Havendo comprovação do interesse público na utilização de quaisquer dos bens
apreendidos, qualquer setor do órgão ambiental, ou setor de outro órgão do Município com
atividades afetas à preservação, conservação e melhoria do meio ambiente, poderão utilizá-los
mediante decisão fundamentada da autoridade competente, e com a responsabilidade de zelar
pela sua manutenção e conservação dos bens.
§ 2º Os órgãos e entidades ambientais não responderão pela deterioração natural ou
perecimento do bem apreendido, ou quando se der por caso fortuito ou força maior.
§ 3º Após decisão administrativa definitiva decretando o perdimento do bem, poderá haver a
incorporação do bem ao patrimônio da administração pública, desde que comprovada a
relevância de seu emprego para o exercício de suas finalidades institucionais.
§ 4º O auto de infração que tiver bens apreendidos e animais acautelados terá tramitação e
julgamento de forma prioritária, a fim de evitar depreciação do bem e ou danos aos animais.
Art. 27. Os bens apreendidos, até a sua destinação definitiva pela autoridade competente,
poderão, excepcionalmente e mediante termo próprio ou auto de infração, ser confiados em
depósito:
I – a outros órgãos e entidades de caráter ambiental, beneficente, científico, cultural,
educacional, hospitalar, penal e militar, ou a entidades privadas sem fins lucrativos, nos
termos de regulamento, observados os princípios da impessoalidade e da moralidade;
II – ao próprio autuado, a critério do órgão ambiental.
§ 1º O depositário é obrigado a restituir o bem no estado em que se encontrava no ato de
constituição do depósito, sem prejuízo do disposto no § 6º.
§ 2º Na hipótese de impossibilidade de restituição do bem na forma prevista no § 1º, o
depositário deverá indenizar pelo valor de avaliação do bem fixado nos termos do art. 25,
salvo se comprovar que a deterioração ou o perecimento se deu por força maior ou caso
fortuito.
§ 3º Na hipótese prevista no inciso I, havendo comprovação do interesse público na utilização
de quaisquer dos bens apreendidos, o depositário poderá utilizá-los, sob sua responsabilidade
e zelando pela sua manutenção e conservação, mediante decisão fundamentada da autoridade
competente.
§ 4º A decisão da autoridade competente a que se refere o § 3º se dará nos autos do respectivo
processo administrativo de análise do auto de infração, devendo demonstrar o interesse
público relevante e a finalidade do uso do bem.
§ 5º Após a decisão administrativa definitiva decretando o perdimento do bem, poderá haver a
doação do bem ao depositário sem encargo, nas hipóteses do inciso I, desde que comprovada
a relevância de seu emprego para o exercício de suas finalidades institucionais, com foco na
preservação e melhoria do meio ambiente.
§ 6º O depositário poderá ser substituído a qualquer tempo por decisão da autoridade
competente.
§ 7º Aplicam-se ao depósito a que se refere o caput, no que couber, os arts. 627 a 646 da Lei
Federal nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002.
Art. 28. O agente de fiscalização ambiental que realizar a apreensão de veículos deverá
comunicá-la ao Departamento de Trânsito de Minas Gerais – Detran-MG, à Capitania dos
Portos ou a outro órgão competente.
Art. 29. Os bens lícitos, com comprovação de origem, apreendidos de acordo com o art. 24,
poderão ser devolvidos mediante requerimento realizado no prazo da defesa administrativa,
desde que atendidos os seguintes requisitos, cumulativamente:
I – os bens não tenham sido utilizados como instrumento para a prática de infração ambiental
na qual tenha decorrido dano ou degradação ao meio ambiente ou a recursos hídricos, que
ainda não tenha sido reparado, ou não tenham derivado da prática dessa infração ambiental;
II – comprovação pelo autuado da regularização ou do início do processo de regularização,
nas hipóteses cabíveis.
§ 1º Cumpridos os requisitos estabelecidos no caput, a efetiva devolução do bem dar-se-á
mediante apresentação do comprovante de pagamento do valor da multa aplicada pela
infração praticada.
§ 2º Não sendo requerido ou não atendidos os requisitos deste artigo, os bens serão
destinados, conforme art. 31.
§ 3º Quando for constatado, no processo administrativo, que o bem apreendido é de
propriedade de terceiro, esse deverá ser cientificado para apresentar defesa e, uma vez
comprovada sua boa-fé, não tendo o terceiro concorrido para a prática da infração ou obtido
vantagem dela, o bem poderá ser restituído.
Art. 30. Nas hipóteses de anulação, cancelamento ou revogação da penalidade de apreensão, o
autuado será cientificado para, no prazo de 20 (vinte dias), retirar o bem apreendido, sob pena
do bem ser destinado nas formas previstas no art. 31.
Parágrafo único. O Município não responderá pela deterioração ou pelo perecimento do bem
na hipótese de motivo de caso fortuito ou força maior.
Art. 31. Os bens apreendidos conforme o art. 24, excepcionados os animais, após decisão
administrativa decretando o perdimento, poderão ser destinados das seguintes formas:
I – incorporação pela administração pública;
II – venda, mediante leilão, nos termos do § 5º do art. 22 da Lei Federal nº 8.666, de 21 de
junho de 1993;
III – doação a instituições públicas, científicas, hospitalares, penais ou com fins beneficentes,
ou a entidades privadas sem fins lucrativos, nos termos de regulamento, observados os
princípios da impessoalidade e da moralidade;
IV – Destruição ou inutilização.
Art. 32. Os produtos e subprodutos perecíveis ou a madeira apreendida pela fiscalização,
quando seu transporte, remoção ou guarda forem inviáveis econômica ou operacionalmente,
serão avaliados e destinados sumariamente, por decisão da autoridade competente, às
instituições referidas no inciso I do art. 27, lavrando-se os respectivos termos.
§ 1º A destinação sumária a que se refere o caput poderá ser efetivada pelo próprio agente de
fiscalização ambiental, no momento da fiscalização, mediante justificativa fundamentada.
§ 2º Caso o bem seja inservível, será admitida sua inutilização imediata e a destinação
adequada, mediante justificativa fundamentada.
Art. 33. Os produtos e subprodutos da flora, os equipamentos, os veículos de qualquer
natureza, os petrechos e os demais instrumentos, decorrentes da infração ou utilizados na
infração, serão avaliados e, a critério da autoridade competente, incorporados ao patrimônio
da Semad ou vendidos mediante leilão, conforme incisos I e II do art. 31, após a decisão
administrativa definitiva.
§ 1º Os recursos provenientes do leilão de que trata este artigo constituem receita própria da
Semad e serão destinados para a preservação, melhoria da qualidade do meio ambiente e dos
recursos hídricos.
§ 2º Somente poderão participar do leilão previsto neste artigo as pessoas e as empresas que
demonstrarem não ter praticado infração ambiental nos três anos anteriores e que estejam,
quando for o caso, regularmente licenciadas ou autorizadas para as atividades que
desempenhem.
§ 3º A incorporação de que trata o caput será possível desde que comprovada a relevância de
seu emprego para o exercício de suas finalidades institucionais, com foco na preservação e
melhoria do meio ambiente.
Art. 34. A doação de que trata o inciso III do art. 31 dos produtos e subprodutos da fauna e
flora, bem como dos instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza,
decorrentes da infração ou utilizados na infração, será procedida após a decisão administrativa
definitiva, excetuada os casos de destinação sumária previstos no art. 33, e dependerá de
prévia avaliação do órgão responsável pela apreensão.
Parágrafo único. Os produtos e subprodutos da fauna e da flora, bem como os instrumentos,
petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza, de que trata o caput, não retirados
pelo beneficiário no prazo estabelecido no documento de doação, sem justificativa, serão
objeto de nova destinação, a critério do órgão ambiental, observado o disposto no art. 31.
Art. 35. Os custos operacionais de depósito, remoção, transporte, beneficiamento e demais
encargos legais correrão à conta do donatário ou arrematante, a partir da data da doação ou da
arrematação.
Art. 36. A destruição ou inutilização, a que se refere o inciso IV do art. 31, dos produtos e
subprodutos da flora, bem como dos instrumentos, petrechos ou equipamentos de qualquer
natureza, decorrentes da infração ou utilizados na infração, será efetivada após a decisão
administrativa definitiva, nas hipóteses em que:
I – não houver outra forma de destinação;
II – não houver possibilidade de uso lícito; ou
III – não estiverem de acordo com as normas e os padrões ambientais e de recursos hídricos
previstos em lei ou regulamento.
§ 1º Os produtos e subprodutos da flora, bem como os instrumentos, petrechos ou
equipamentos de qualquer natureza, decorrentes da infração ou utilizados na infração, poderão
ser destruídos ou inutilizados de forma sumária, antes da decisão administrativa definitiva,
quando:
I – a medida for necessária para evitar o seu uso e aproveitamento indevidos nas situações em
que o transporte, remoção ou guarda forem inviáveis em face das circunstâncias; ou
II – possam expor o meio ambiente a riscos significativos ou comprometer a segurança da
população e dos agentes públicos envolvidos na fiscalização.
§ 2º A destruição ou inutilização deverá ser levada a termo, instruído com elementos que
identifiquem as condições anteriores e posteriores à ação, bem como a avaliação dos bens
destruídos e a indicação precisa de seu enquadramento nas situações previstas nos incisos I e
II do § 1º.
§ 3º Será admitida a inutilização imediata de gaiolas, viveiros ou objetos similares
apreendidos em decorrência de infrações contra a fauna.
§ 4º Após a destruição ou inutilização do bem, os resíduos gerados poderão ser destinados
para instituições que visem ao aproveitamento de material reciclável, através de termo
específico, salvo circunstâncias devidamente justificadas.
§ 5º As despesas com a destruição ou inutilização dos produtos a que se refere o caput
correrão às expensas do infrator.
Art. 37. Nas hipóteses em que não for possível identificar o autor da infração, bem como o
proprietário do bem recolhido, o órgão ambiental deverá promover a sua apreensão e
destinação.
§ 1º O agente de fiscalização ambiental deverá atestar, no auto de fiscalização, a não
identificação do autor da infração ou proprietário do bem, assim como as características e
condições do bem.
§ 2º O órgão ambiental deverá publicar no Diário Oficial de Contagem o local e a data de
recolhimento do bem, inclusive suas características e condições, concedendo o prazo de 20
(vinte dias) para manifestação do interessado.
§ 3º Na hipótese do bem recolhido não possuir valor econômico ou não possuir finalidade
principal de uso por ter perdido suas características, poderá ser realizada sua imediata
destruição, com a devida informação no Auto de Fiscalização ou Boletim de Ocorrência.
§ 4º Havendo manifestação do interessado, comprovada a propriedade do bem, este poderá ser
restituído desde que observado o disposto no art. 29, impondo-se, ainda, a competente
lavratura do auto de infração, conforme o caso.
§ 5º Não havendo quaisquer manifestações no prazo estabelecido no § 2º, o bem estará apto a
ser destinado de acordo com as hipóteses previstas no art. 31.

Seção VI
Do acautelamento de animais

Art. 38. Os animais silvestres vivos acautelados pelo órgão ambiental terão a seguinte
destinação:
I – libertados sumariamente, prioritariamente em seu habitat natural, observados os seguintes
critérios atestados por técnico habilitado:
a) houver indícios de que o espécime foi capturado recentemente;
b) a espécie ocorrer naturalmente no local;
c) o espécime não apresentar problemas que impeçam sua sobrevivência ou adaptação em
vida livre;
d) o espécime não apresentar enfermidades ou alterações morfológicas que impeçam sua
sobrevivência ou adaptação em vida livre;
II – entregues aos Centros de Triagem de Animais Silvestres – Cetas – sobre direção de
órgãos integrantes do Sisnama, que poderão destiná-los conforme critérios a serem definidos
por meio de regulamento específico, com prioridade à devolução dos animais à natureza,
sempre que possível, sumariamente.
§ 1º Para fins deste regulamento, entende-se por acautelamento a apreensão e recolhimento de
animais pelo órgão ambiental que tenha sido objeto ou vítima de infração ambiental para sua
salvaguarda e bem-estar animal.
§ 2º Na hipótese do inciso I, será necessária a prévia autorização do órgão gestor de Unidade
de Conservação para a libertação dos animais, exceto Área de Proteção Ambiental – APA.
§ 3º Na impossibilidade de atendimento imediato das condições previstas nos incisos I e II, o
órgão autuante poderá, provisoriamente, confiar os animais a depositário até a implementação
das medidas mencionadas, respeitando os seguintes critérios:
a) o bem-estar e a segurança do animal;
b) a saúde pública e a segurança da população;
c) a proteção do ecossistema e a prevenção de invasões biológicas.
§ 4º Animais anilhados, com anilhas idôneas ou autênticas, ou anilhas em conformidade com
a legislação e origem legal comprovada, salvo em condições de cativeiro irregular, deverão
ser confiados a fiel depositário até o julgamento do processo administrativo.
Art. 39. Os animais domésticos de pequeno porte, objeto da infração de maus tratos, serão
acautelados e destinados a entidades ou programas de adoção, proteção e defesa animal.
§ 1º Integrará o valor da condenação da decisão administrativa que julgar o auto de infração
as despesas de tratamento veterinário necessário para o animal, bem como os custos referentes
a alimentação, pelo tempo de permanência dele na instituição.
Art. 40. Em sendo realizada o acautelamento de animais de grande porte, deverão ser
destinados a entidades ou programas de adoção, proteção e defesa animal, e na sua
impossibilidade, ao curral do Município, sendo em todo caso, restituído, às custas do infrator,
as despesas de tratamento veterinário e alimentação, na forma dos incisos I e III do art. 31.
Art. 41. Havendo comprovação de hipossuficiência financeira do infrator, a autoridade
ambiental julgadora poderá dispensar o cumprimento da condenação de restituição das
despesas de tratamento veterinário e alimentação para que não haja prejuízos ao sustento
próprio e de sua família.
Art. 42. Em casos de maus tratos considerados como grave não será permitido o retorno do
animal para o infrator caso haja situação de risco que ameace sua integridade física e bem-
estar.
Art. 43. Na hipótese de animais domésticos e exóticos serem apreendidos por estarem em área
de preservação permanente ou por impedirem a regeneração natural de vegetação, os
proprietários deverão ser previamente notificados para que promovam a remoção dos animais
do local no prazo assinalado pelo agente de fiscalização ambiental, ressalvado os casos em
que a atividade tenha sido caracterizada como de baixo impacto e previamente autorizada pelo
órgão ambiental.

Seção VII
Da Sanção de Embargo de Atividade e ou Obra

Art. 44. As obras ou atividades e suas respectivas áreas serão objeto de medida administrativa
de embargo quando:
I – realizadas sem licença ou autorização ambiental ou em desacordo com a concedida;
II – realizadas em locais proibidos; ou
III – houver risco de dano ou de seu agravamento.
§ 1º O embargo de obra ou atividade será determinado e efetivado de imediato.
§ 2º Se não houver viabilidade técnica para o imediato embargo das atividades, deverá ser
estabelecido cronograma executivo para o seu cumprimento.
§ 3° O embargo de obra ou atividade restringe-se aos locais onde efetivamente se caracterizou
a infração ambiental, não alcançando as demais atividades realizadas em áreas não
embargadas da propriedade, empreendimento ou posse não correlacionada com a infração,
salvo impossibilidade de dissociação de eventuais atividades regulares ou risco de
continuidade infracional.
§ 4° A penalidade de embargo não será aplicada nos casos de uso prioritário de recursos
hídricos, quais sejam, consumo humano e dessedentação animal, desde que não seja
verificado uso econômico.
§ 5º Constatada a existência de desmatamento ou queimada caracterizados como infração
administrativa o embargo recairá sobre todas as obras ou atividades existentes na área,
ressalvadas as atividades de subsistência.
Art. 45. Caso o responsável pela infração administrativa ou o detentor do imóvel onde foi
praticada a infração seja desconhecido ou possua domicílio indefinido, o órgão ambiental
autuante providenciará:
I – a publicação do extrato da medida administrativa de embargo no Diário Oficial de
Contagem; e
II – a emissão de certidão que certifique a obra ou atividade e a parcela da área ou local objeto
do embargo, a pedido de qualquer interessado.
Art. 46. O embargo de obra ou atividade prevalecerá até que o infrator comprove, no processo
administrativo de auto de infração, a adoção das medidas específicas para cessar ou corrigir a
poluição, degradação ambiental, bem como promover sua regularização, ou optando por
celebração de Termo de Ajustamento de Conduta, haja assim disposto o referido instrumento.

Seção VIII
Da Sanção de Demolição de Obras
Art. 47. A demolição de obra será aplicada e efetivada quando a decisão se tornar definitiva,
com garantia ao contraditório e à ampla defesa, nas seguintes hipóteses:
I – quando verificada a construção de obra em área ambientalmente protegida em desacordo
com a legislação ambiental;
II – quando a obra ou construção realizada não atenda à legislação ambiental e não seja
passível de regularização.
III – quando descumprida determinação de paralisação de obras, constatado a continuidade da
construção ou reforma.
Parágrafo único. Não será aplicada a penalidade de demolição quando for comprovado que o
desfazimento poderá trazer piores impactos ambientais que sua manutenção, mediante laudo
técnico.
Art. 48. A demolição de edificação não habitada situada em área de preservação ambiental
permanente, cujo uso não esteja dentro das hipóteses autorizadas em lei, quais sejam,
utilidade pública, interesse social e baixo impacto, poderá ser imposta de forma sumária e
executada de imediato à diligência fiscal, salvo a hipótese do parágrafo único do art. 47.
Art. 49. A demolição deverá ser devidamente descrita e documentada, inclusive com relatório
fotográfico, e poderá ser feita:
I – pelo agente de fiscalização ambiental;
II – por quem este autorizar; ou
III – pelo próprio infrator.
§ 1º O infrator será notificado para efetivar a demolição e dar destinação adequada aos
materiais dela resultantes, de acordo com o cronograma estabelecido pelo órgão ambiental.
§ 2º Caso a demolição não seja realizada no prazo estabelecido, ou seja executada pelo
Município, caberá ao infrator ressarcir os custos devido.

Seção IX
Da Destruição ou Inutilização

Art. 50. Os produtos, inclusive madeiras, subprodutos, instrumentos, petrechos,


equipamentos, veículos de qualquer natureza utilizados na prática da infração poderão ser
objeto de medida administrativa cautelar de destruição ou inutilização, quando:
I – a medida for necessária para evitar o seu uso e aproveitamento indevidos nas situações em
que o transporte e a guarda forem inviáveis em face das circunstâncias; ou
II – possam expor o meio ambiente a riscos significativos ou comprometer a segurança da
população e dos agentes públicos envolvidos na fiscalização.
Art. 51. A destruição ou inutilização deverá ser:
I – formalizada em termo próprio, com a descrição detalhada do produto, subproduto, veículo,
embarcação ou instrumento e a estimativa de seu valor pecuniário com base no seu valor de
mercado, sempre que possível;
II – acompanhada de relatório que exponha as circunstâncias que justificam a destruição ou
inutilização, subscrito por no mínimo dois servidores do órgão ambiental autuante; e
III – acompanhada de registro fotográfico do produto, subproduto, veículo, embarcação ou
instrumento e de sua destruição.

CAPÍTULO III
DO PROCEDIMENTO

Seção I
Da Autuação e Aplicação da Penalidade

Art. 52. Realizada diligência fiscal, será lavrado auto de fiscalização, do qual deverá ser dado
ciência ao interessado, pessoa física ou jurídica fiscalizada.
§ 1º O auto de fiscalização conterá a descrição detalhada da vistoria realizada pelo fiscal ou
técnico, bem como os fatos que podem ou constituem em infração, e será utilizado como peça
de instrução do processo devendo ser assinado pelo responsável do empreendimento,
atividade fiscalizada ou pessoa física responsável pela infração.
§ 2º Na ausência de representante da empresa ou estando presente se recuse a assinar o auto
de fiscalização, deverá o agente de fiscalização ambiental certificar o ocorrido no próprio auto
e ser providenciado o envio respectivo pelos correios.
§ 3º A intimação da lavratura do auto será publicada no Diário Oficial de Contagem quando
frustrada a ciência do autuado por via postal ou se ele estiver em lugar incerto ou não sabido.
Art. 53. Nos casos de ausência do empreendedor, de seu representante legal, administrador ou
empregado, ou em caso de empreendimentos inativos ou fechados, o agente de fiscalização
ambiental deverá proceder à fiscalização.
§ 1º Se presente o empreendedor, seu representante legal, administrador ou empregado, ser-
lhe-á fornecida cópia do auto de fiscalização, quando for possível sua lavratura no ato da
fiscalização.
§ 2º Na ausência do empreendedor, de seu representante legal, administrador ou empregado,
ou na inviabilidade de lavratura imediata do auto de fiscalização, observar-se-á o
procedimento previsto nos §§ 2º e 3º do art. 52.
Art. 54. Para avaliação do cumprimento das obrigações ambientais previstas em normas,
termos de compromisso, TAC e licenças ambientais, o agente de fiscalização ambiental
poderá determinar ao empreendedor ou quem detenha a responsabilidade de fazer, quando
necessário, a adoção de dispositivo de medição, análise, mitigação e controle, contratação de
análises laboratoriais, bem como que realize os estudos ambientais necessários.
Art. 55. Constatada a infração, será lavrado o respectivo auto em 3 (três) vias, destinando-se a
primeira ao autuado, a segunda para abertura do processo de Auto de Infração e a terceira
destinada ao processo que tenha dado origem a infração ou, se não existir, para arquivo na
unidade responsável pela fiscalização, devendo aquele instrumento conter:
I – nome do autuado, com o respectivo endereço, bem como os demais elementos necessários
à sua qualificação e identificação civil;
II – o fato constitutivo da infração e o local, hora e data da sua constatação;
III – a disposição legal ou regulamentar em que fundamenta a autuação;
IV – ciência, pelo autuado, de que responderá pelo fato em processo administrativo;
V – o prazo para apresentação da defesa, e bem como, quando for o caso, medidas e prazos
para o cumprimento da advertência;
VI – a assinatura do agente fiscal; e
VII – ciência do autuado em uma das formas contidas no § 1º do art. 56.
§ 1º O auto de infração deverá ser lavrado para cada infrator que tenha participado,
concorrentemente, da prática da infração, sendo aplicadas as respectivas penalidades.
Art. 56. O autuado será cientificado do teor do auto de infração para apresentar defesa,
interpor recursos e dar cumprimento à decisão.
§ 1º A cientificação será realizada por uma das seguintes formas:
I – pessoalmente ou por seu representante legal, administrador ou empregado;
II – por via postal, mediante carta registrada;
III – por meio eletrônico, nos termos de regulamento.
§ 2º Quando frustradas a hipótese do inciso II do § 1º ou o autuado estiver em lugar incerto ou
não sabido, deverá realizada a cientificação por publicação de edital no Diário Oficial de
Contagem.
§ 3º No caso do inciso I do § 1º, na hipótese de o autuado recusar a dar ciência ao auto de
infração, o agente de fiscalização ambiental, certificará o ocorrido, e providenciará o envio do
Auto pelos correios, que será considerado notificado para todos os efeitos.
§ 4º A cientificação prevista no inciso II independe do recebimento pessoal do autuado,
bastando ser recebida no endereço do autuado, declarado pelo mesmo ou obtido nos cadastros
e sistemas de informações de órgãos ou entidades públicos.
§ 5º O edital referido no § 2º será publicado uma única vez no Diário Oficial de Contagem,
contando-se os prazos legais a partir da data de sua publicação.
Art. 57. O uso de meios eletrônicos é admitido na tramitação do processo administrativo para
apuração de infrações ambientais desde a lavratura do auto de infração.
Parágrafo único. A autoria, autenticidade e integridade dos documentos e da assinatura, nos
processos administrativos eletrônicos de que trata este regulamento, poderão ser obtidas por
meio de certificado digital ou identificação por meio de usuário e senha.

Seção II
Da Defesa, da Instrução Processual e do Julgamento
Art. 58. O autuado poderá apresentar defesa escrita dirigida ao órgão responsável pela
autuação, no prazo de 20 (vinte dias), contados da cientificação do auto de infração, sendo
facultada a juntada de todos os documentos que julgar convenientes à defesa.
Art. 59. A defesa deverá conter os seguintes requisitos, cabendo sua emenda no prazo de 10
(dez) dias:
I – a autoridade administrativa ou o órgão a que se dirige;
II – a identificação completa do autuado;
III – o endereço completo do autuado ou do local para o recebimento de notificações,
intimações e comunicações relativas à defesa;
IV – o número do auto de infração correspondente;
V – a exposição dos fatos, fundamentos e a formulação do pedido;
VI – a data e a assinatura do autuado, de seu procurador ou representante legal;
VII – o instrumento de procuração, caso o autuado se faça representar por advogado ou
procurador legalmente constituído;
VIII – a cópia dos atos constitutivos e sua última alteração, caso o autuado seja pessoa
jurídica.
§ 1º O autuado deverá especificar em sua defesa as provas que pretenda produzir a seu favor,
devidamente justificadas.
§ 2º O autuado será notificado para sanar eventual irregularidade formal da defesa, por
ausência de assinatura ou de procuração outorgada a representante, no prazo de 15 (quinze)
dias, sob pena de não conhecimento.
Art. 60. A defesa não será conhecida quando interposta:
I – fora do prazo;
II – por quem não tenha legitimidade;
III – sem atender a qualquer dos requisitos previstos no art. 59.
§ 1º A intempestividade da defesa ou a sua não apresentação não afastam a instrução
probatória dos autos e a observação do disposto no art. 38 da Lei 9.784, de 1999.
Art. 61. A lavratura de auto de infração dispensa a realização de perícia pelo órgão ambiental,
cabendo o ônus da prova ao autuado.
Art. 62. As autuações conexas serão autuadas em processos administrativos ambientais
apartados, permitida a vinculação, e reunidas para julgamento conjunto quando houver risco
de que sejam proferidas decisões conflitantes ou contraditórias, caso decididas
separadamente.
Art. 63. O protocolo de quaisquer documentos atinentes aos processos de fiscalização
ambiental deverá ocorrer junto à unidade indicada no auto de infração, sendo admitido o
protocolo através de postagem pelo Correio, com aviso de recebimento, bem como por e-mail
institucional das unidades do órgão ambiental.
§ 1º No caso em que o envio do documento se der por meio de postagem pelo Correio,
considerar-se-á, para fins de contagem de prazo, a data da postagem, e por e-mail, a data de
envio.
§ 2º Não serão conhecidos quaisquer documentos apresentados em desacordo com o disposto
neste artigo, salvo os canais e ferramentas decorrentes da adoção do processo eletrônico.

Seção III
Da Produção de Provas

Art. 64. O autuado produzirá e custeará as provas especificadas em sua defesa, ressalvadas
aquelas que se encontrem em poder do órgão ambiental autuante.
Art. 65. O autuado poderá solicitar a produção de provas:
I – na hipótese de vistoria, com base em dados e informações consistentes, que contrariem
elementos de fato ou de direito relacionados à autuação;
II – na hipótese de oitiva de testemunhas, com a indicação clara de sua contribuição para
infirmar elementos de fato ou de direito relacionados à autuação e o compromisso de
apresentá-las no local, dia e hora designados;
III – na hipótese de perícia, acompanhada de laudo técnico que contrarie elementos de fato ou
de direito relacionados à autuação e da demonstração de que não há outro meio de prova
capaz de dirimir a dúvida existente.
Parágrafo único. Serão recusadas, mediante decisão fundamentada, as solicitações de provas
que não observem os pressupostos previstos neste artigo e as que sejam ilícitas, impertinentes,
desnecessárias ou protelatórias
Art. 66. A unidade administrativa a que se vincular o agente de fiscalização ambiental
responsável pela lavratura do Auto de Infração realizará a formação de processo relativo à
autuação e, esgotado o prazo de defesa, encaminhará à autoridade administrativa titular do
órgão ambiental, que após análise técnica jurídica, e esgotada a possibilidade de conciliação
na hipótese em que for obrigatória nos termos do art. 85, decidirá sobre a aplicação da
penalidade ou, caso se trate de infração gravíssima, encaminhará o expediente à Câmara
Especializada na Apuração de Penalidade Ambiental – CAP – para dele conhecer e julgar as
razões da defesa.
Art. 67. Julgado o auto de infração, o autuado será notificado por via postal com aviso de
recebimento ou outro meio válido que assegure a certeza de sua ciência, observando- se as
disposições do art. 56, para:
I – pagar a multa no prazo de 20 (vinte) dias;
II – apresentar pedido de reconsideração ou recurso no prazo de 20 (vinte) dias;
§ 1º A notificação de que trata o inciso I conterá também a advertência de que o valor da
multa será definitivamente constituído e incluído na Dívida Ativa do Município, caso não haja
pagamento ou interposição de recurso.
§ 2º O pedido de pagamento ou parcelamento implicará na definitividade das penalidades
aplicadas, na data da solicitação ou requerimento, independentemente da fase em que o
processo se encontrar.

Seção IV
Do pedido de Reconsideração e do Recurso Administrativo

Art. 68. O pedido de reconsideração da decisão de primeira instância deverá ser dirigido à
autoridade julgadora ou colegiado que a proferiu, sendo:
I – ao titular da Semad, nos casos de infrações leves e graves;
II – à Presidência da CAP, no caso de penalidade de multa imposta por infrações consideradas
gravíssimas.
Art. 69. Da decisão que definir a aplicação da penalidade ou que indeferir o pedido de
reconsideração formulado pelo infrator caberá recurso, em última instância, sem efeito
suspensivo, dirigido:
I – ao presidente da CAP, nos casos de julgamento proferido pela Semad;
II – à presidência do Conselho Municipal do Meio Ambiente de Contagem - COMAC, nos
casos de julgamento proferido pela CAP.
Art. 70. O pedido de reconsideração ou recurso administrativo deverá ser apresentado no
prazo de 20 (vinte) dias, contados da cientificação da decisão objeto de impugnação,
independentemente de depósito ou caução, e deverá conter os seguintes requisitos:
I – a autoridade administrativa ou o órgão a que se dirige;
II – a identificação completa do recorrente;
III – o número do processo e do auto de infração correspondente;
IV – a exposição dos fatos e fundamentos e a formulação do pedido recursal;
V – a data e a assinatura do recorrente, de seu procurador ou representante legal;
VI – o instrumento de procuração, caso o recorrente se faça representar por procurador
diverso da defesa.
Art. 71. Durante a fase recursal, faculta-se ao autuado a apresentação de documentos relativos
a fatos supervenientes, ou que puderam ser obtidos ou conhecidos tardiamente.
Art. 72. O pedido de reconsideração e ou recurso administrativo não será conhecido quando
interposto:
I – fora do prazo;
II – por quem não tenha legitimidade;
III – depois de exaurida a esfera administrativa;
IV – sem atender a qualquer dos requisitos previstos no art. 70;
V – com o objetivo de discutir a multa após a assinatura de termo de compromisso de
conversão ou de parcelamento.
Art. 73. A apresentação de defesa, pedido de reconsideração ou de recurso quanto à aplicação
de penalidade não terá efeito suspensivo, salvo se for precedida de assinatura de Termo de
Compromisso firmado pelo infrator, obrigando-se à eliminação das condições poluidoras e
correção da irregularidade dentro de prazo razoável fixado pela Semad.
Art. 74. A autoridade julgadora competente proferirá decisão de julgamento do pedido de
reconsideração ou de recurso em segunda instância consubstanciada na rejeição ou
acolhimento total ou parcial das razões recursais.
Parágrafo único. Não caberá novo recurso e ou pedido de reconsideração contra a decisão de
segunda instância.
Art. 75. Julgado o pedido de reconsideração ou recurso, observar-se-á o disposto no art. 67
quanto a notificação e providências para cumprimento da sanção, quando imposta.

Seção V
Da Revisão

Art. 76. Após definitivamente constituído o auto de infração, qualquer pedido do autuado
visando desconstituir ou modificar o julgamento será considerado pedido de revisão.
§ 1º O pedido de revisão somente será admitido quando o autuado alegar fatos novos ou
circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação das sanções aplicadas.
§ 2º A revisão não pode resultar no agravamento de penalidade ou sanção restritiva de direito.

Seção VI
Da Autotutela Administrativa

Art. 77. O auto de infração que apresentar vício insanável deverá ser declarado nulo pela
autoridade julgadora competente, que determinará o arquivamento do processo.
§ 1º Para os efeitos do caput, considera-se vício insanável aquele em que a correção da
autuação implica na modificação do fato descrito no auto de infração.
§ 2º Nos casos em que o auto de infração for declarado nulo e estiver caracterizada a conduta
ou atividade lesiva ao meio ambiente, deverá ser lavrado novo auto para apuração da infração
e aplicação da devida sanção.
§ 3º O erro no enquadramento legal da infração não implica vício insanável, podendo ser
alterado pela autoridade julgadora mediante decisão fundamentada que retifique o auto de
infração, quando do julgamento.
§ 4º Os vícios sanáveis, como a inobservância de forma e procedimentos, deverão ser
saneados pelo agente fiscal e pela autoridade julgadora, sem que, contudo, implique nulidade
ao processo desenvolvido.

CAPÍTULO IV
DA CONVERSÃO DAS MULTAS EM SERVIÇOS DE PRESERVAÇÃO, MELHORIA E
RECUPERAÇÃO DA QUALIDADE DO MEIO AMBIENTE

Art. 78. A autoridade ambiental competente para a apuração da infração poderá converter a
multa simples em obra, ações, e serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade
do meio ambiente, mediante requerimento do autuado.
Art. 79. São considerados serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do
meio ambiente, as ações, as atividades e as obras, que tangenciam no mínimo, um dos
objetivos:
I – recuperação:
a) de áreas degradadas para conservação da biodiversidade e conservação e melhoria da
qualidade do meio ambiente;
b) de processos ecológicos essenciais;
c) de vegetação nativa para proteção;
d) de áreas de recarga de aquíferos;
II – proteção e manejo de espécies da flora nativa e da fauna silvestre;
III – atividades de monitoramento da qualidade do meio ambiente e desenvolvimento de
indicadores ambientais, aprimoramento das atividades dos órgãos ambientais, visando a
efetividade no controle ambiental e proteção dos recursos ambientais;
IV – mitigação ou adaptação às mudanças do clima;
V – manutenção, requalificação e arborização de espaços públicos que tenham como objetivo
a sua conservação, a proteção e a recuperação de espécies da flora ou da fauna silvestre e de
áreas verdes urbanas destinadas à proteção dos recursos hídricos;
VI – organização e execução de serviços de educação ambiental, palestras, seminários,
congressos, que contenham pertinência com a temática de proteção dos recursos ambientais.
VII – promoção da regularização fundiária de unidades de conservação.
VIII – promoção da defesa e bem-estar animal.
Art. 80. O autuado, ao pleitear a conversão de multa, deverá optar:
I – pela implementação, por seus meios, de serviço de preservação, melhoria e recuperação da
qualidade do meio ambiente, no âmbito de, no mínimo, um dos objetivos previstos nos incisos
I a VII do art. 79, apresentando o projeto básico para análise do órgão ambiental.
II – pela adesão a projeto previamente selecionado pelo órgão ambiental, observados os
objetivos previstos nos incisos I a VII do art. 79.
§ 1º Nos termos do inciso I, caso o autuado ainda não disponha de projeto básico na data de
apresentação do requerimento, a autoridade ambiental, se provocada, poderá conceder o prazo
de até trinta dias para que seja procedida a juntada aos autos do referido documento, bem
como dispensar o projeto básico quando o serviço ambiental for de menor complexidade ou,
ainda, determinar ao autuado que proceda a emendas, revisões e ajustes no projeto básico, até
a decisão do pedido de conversão.
§ 2º Na hipótese prevista no inciso II, o autuado outorgará poderes ao órgão ambiental
emissor da multa para escolha do projeto a ser contemplado.
§ 3º O não atendimento por parte do autuado de qualquer das situações previstas neste artigo
importará no pronto indeferimento do pedido de conversão de multa.
Art. 81. O valor dos custos dos serviços de preservação, conservação, melhoria e recuperação
da qualidade do meio ambiente será igual ou superior ao valor da multa convertida.
§ 1º Independentemente do valor da multa aplicada na conversão, o autuado fica obrigado a
reparar integralmente o dano que tenha causado.
§ 2º A autoridade ambiental, ao deferir o pedido de conversão, aplicará sobre o valor da multa
consolidada, incluído juros e correções monetárias, o desconto de 35% (trinta e cinco por
cento).
Art. 82. A decisão sobre o pedido de conversão é discricionária, podendo a autoridade
julgadora, em decisão motivada, deferir ou não o pedido formulado, baseado pelo critério de
ganho e relevância ambiental do projeto apresentado.
§ 1º Em caso de acatamento do pedido de conversão, deverá a autoridade julgadora notificar o
autuado para a assinatura do respectivo termo de compromisso.
§ 2º Caso a conversão não abranja a integralidade do valor consolidado da multa simples, o
autuado poderá parcelar o valor remanescente da multa simples atualizada a ser convertida.
§ 3º O descumprimento do termo de compromisso implica:
I – a imediata rescisão com inscrição do débito em Dívida Ativa para cobrança da multa
resultante do auto de infração em seu valor remanescente, acrescida de juros e correção
monetária, não sendo descontados os valores empregados para o cumprimento parcial das
obrigações assumidas;
II – na esfera civil, a imediata execução judicial das obrigações assumidas, tendo em vista seu
caráter de título executivo extrajudicial;
§ 4º A assinatura do termo de conversão tratado neste capítulo suspende a exigibilidade da
multa convertida, bem como implicará na renúncia a recursos, ações, impugnações à execução
fiscal, com renúncia ao direito sobre o qual se fundam, tanto judicial como
administrativamente.
§ 5º A celebração do termo de compromisso não põe fim ao processo administrativo, cabendo
ao órgão ambiental monitorar e avaliar, a qualquer tempo, o cumprimento das obrigações
pactuadas.
§ 6º A efetiva conversão da multa se concretizará somente após a conclusão do objeto, parte
integrante do projeto, e sua comprovação pelo autuado executor.

CAPÍTULO V
DA CONCILIAÇÃO AMBIENTAL
Art. 83. A conciliação ambiental deve ser estimulada pelo órgão ambiental autuante, com
vistas a encerrar os processos administrativos relativos à apuração de infrações
administrativas por condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.
Art. 84. A realização de conciliação ambiental:
I – independe da concordância total do autuado com as medidas administrativas cautelares e
sanções não pecuniárias aplicadas; e
II – implica desistência de impugnar judicial ou administrativamente a imposição da sanção
pecuniária e de renúncia a quaisquer alegações de direito sobre as quais se fundamentariam as
referidas impugnações.
Art. 85. A audiência de conciliação ambiental, se requerida pelo autuado, será obrigatória,
devendo o pedido ser dirigido de forma escrita à autoridade julgadora até o trânsito em
julgado da última decisão administrativa proferida.
§ 1º O agendamento de data, horário e local da audiência de conciliação será comunicada ao
autuado com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, por uma das formas de notificação
previstos no art. 56 e acessoriamente por e-mail ou contato telefônico.
§ 2º Excetuada as hipóteses do caput, é facultada a autoridade ambiental, com base no critério
da conveniência e oportunidade, balizado pelo interesse do ganho ambiental, realizar
audiência de conciliação após o trânsito em julgado do processo administrativo.
Art. 86. Na audiência de conciliação ambiental, o autuado poderá comparecer:
I – pessoalmente;
II – representado ou acompanhado por procurador, advogado ou defensor público constituído
por meio de procuração pública ou particular com poderes específicos para participar do ato e
optar por uma das soluções legais possíveis para encerrar o processo; ou
III – acompanhado por pessoa de sua escolha.
Art. 87. Durante a audiência, o autuado deverá ser informado acerca das soluções legais para
encerrar o processo, tais como o desconto para pagamento, o parcelamento e a conversão da
multa em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.
§ 1º Restando infrutífera a conciliação e estando o processo em condições de julgamento,
havendo condições técnicas, poderá, no ato, ser proferido o julgamento valendo–se o termo de
audiência como decisão administrativa bem como respectiva ciência para início do prazo
recursal.
Art. 88. A conciliação ambiental será reduzida a termo e homologada pela autoridade
julgadora, e conterá:
I – a qualificação do autuado e, quando for o caso, de seu advogado ou procurador legalmente
constituído, e dos servidores públicos atuantes na conciliação, com as respectivas assinaturas;
II – a certificação de que foram explanadas ao autuado as razões de fato e de direito que
ensejaram a lavratura do auto de infração, e de que foram apresentadas as soluções possíveis
para encerrar o processo;
III – a manifestação do autuado:
a) de interesse na conciliação, que conterá:
1. a indicação da solução legal por ele escolhida para encerrar o processo e os compromissos
assumidos para o seu cumprimento;
2. a declaração de desistência de impugnar judicial e administrativamente a autuação e de
renúncia a quaisquer alegações de direito sobre as quais se fundamentariam as referidas
impugnações;
3. a assunção da obrigação de protocolar pedido de extinção do processo com resolução do
mérito em eventuais ações judiciais propostas, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da data
de realização da audiência de conciliação ambiental, sob pena de o órgão de contencioso da
Procuradoria-Geral do Município fazê-lo;
b) de ausência de interesse na conciliação;
c) de decisão de homologação de eventual opção feita pelo autuado;
d) de decisão fundamentada acerca de eventuais questões de ordem pública; e
e) as providências a serem adotadas, conforme a manifestação do autuado.
§ 1º O autuado receberá uma via do termo de conciliação ambiental e poderá solicitar
esclarecimentos finais sobre o seu teor de forma oral.
§ 2º O termo de conciliação ambiental será publicado no Diário Oficial de Contagem,
podendo ser adotado extrato simplificado.
§ 3º O descumprimento da opção feita pelo autuado implica a execução judicial imediata do
termo de conciliação ambiental, que possui natureza de título executivo extrajudicial, na
forma do inciso II do art. 784 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015.
§ 4º A realização de conciliação ambiental não exclui a obrigação de reparar eventual dano
ambiental.

CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 89. Após a execução integral das sanções aplicadas, os autos serão arquivados, mantido o
seu registro no sistema para efeito de eventual caracterização de agravamento por
reincidência.
Art. 90. Este decreto e suas normas procedimentais, notadamente o disposto nos arts. 16, 78 a
88, se aplicarão desde a entrada em vigor aos processos pendentes de julgamento em trâmite
perante o órgão ambiental, preservando, contudo, os atos e decisões concluídos.
Art. 91. Às infrações lavradas e pendentes de julgamento, ser-lhe-á aplicada, quanto as
penalidades, as disposições da legislação em vigor na data do fato.
Art. 92. Fica revogado o Decreto nº 11.292, de 26 de abril de 2004.
Art. 93. Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio do Registro, em Contagem, 15 de agosto de 2022.
MARÍLIA APARECIDA CAMPOS
Prefeita de Contagem

MARIA TEREZA CAMISÃO MESQUITA


Secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
ANEXO I
(a que se refere o § 2º do art. 5º do Decreto nº 653, de 15 de agosto de 2022)

Classificação Não listado na Classe 4 Classe 5


Legislação Estadual;
Porte inferior,
Classe 1;
Classe 2;
Classe 3
INFRAÇÃO LEVE R$ 379,11 a R$ R$ 3.600,00 a R$ R$ 5.400,00 a R$
7.000,00 8.000,00 11.000,00
INFRAÇÃO GRAVE R$ 8.000,00 a R$ R$ 16.000,00 a R$ R$ 27.000,00 a R$
35.000,00 36.000,00 54.000,00
INFRAÇÃO R$ 36.000,00 a R$ R$ 41.000,00 a R$ R$ 51.000 a R$ 70.000,00
GRAVÍSSIMA 40.000,00 50.000,00
ANEXO II
(a que se refere o art. 4º do Decreto nº 653, de 15 de agosto de 2022)

Item Conduta Classificação

Lançar e ou permitir o lançamento de efluentes atmosféricos,


01 que cause poluição do ar, em desacordo com as normas, Grave
padrões e recomendações ambientais

Lançar efluentes, direta ou indiretamente, nas coleções de água


02 superficiais ou sub superficiais em desacordo com as normas, Grave
padrões e recomendações ambientais

Emitir ruído, em ZUI-1, até 30 decibéis acima dos níveis


03 Leve
estabelecidos para conforto acústico

Emitir ruído, em ZUI-1, de mais de 30 decibéis acima dos


04 Grave
níveis estabelecidos para conforto acústico

Emitir ruído e/ ou vibração nas demais áreas acima dos níveis


05 Grave
estabelecidos para conforto acústico da Comunidade

Descumprir determinação do órgão ambiental de adoção de


medidas que visem a mitigação e ou eliminação das emissões
06 sonoras ou atmosféricas, das vibrações, dos efluentes líquidos Grave
ou dos resíduos sólidos que estejam em desacordo com as
normas, padrões e recomendações ambientais.

Descumprir determinação do órgão ambiental de executar e


07 realizar programa de medição ou monitoramento da qualidade Grave
do ar, água, solo e ruídos.

Deixar de fornecer informações e estudos requeridos pelo


órgão ambiental em processo de licenciamento, inclusive
08 Grave
planos de controle ambiental, de medidas mitigadoras, de
monitoramento, ou equivalentes.

Descumprir, ou cumprir fora do prazo condicionantes fixadas


pelo órgão licenciador nas licenças e autorizações ambientais.

09 O valor da multa será aplicado independentemente do número Grave


de condicionantes descumpridas ou cumpridas fora do prazo,
com acréscimo de 30% (trinta por cento) por condicionante
descumprida.

10 Dificultar, criar embaraços a ação fiscal, não permitir o acesso Grave


e/ou permanência do agente de fiscalização ambiental, no
exercício de sua competência, à área, às edificações e às
instalações públicas e privadas

Implantar e/ou operar e/ou ampliar atividade e ou


empreendimento listada em legislação estadual sem a devida
licença ambiental, desde que não amparado por termo de
11 Grave
ajustamento de conduta com o órgão ou entidade ambiental
competente; inclusive nos casos de fragmentação indevida do
licenciamento ambiental.

Implantar e/ou operar e/ou ampliar atividade e ou


empreendimento listada em legislação municipal e de baixo
impacto local, sem a devida licença ambiental, desde que não
12 Leve
amparado por termo de ajustamento de conduta com o órgão
ou entidade ambiental competente; inclusive nos casos de
fragmentação indevida do licenciamento ambiental.

Operar atividade sem aprovação de Plano de Gerenciamento de


13 Leve
Resíduos Sólidos

Operar atividade sem aprovação de Plano de Gerenciamento de


14 Resíduos Sólidos, se gerador de resíduos enquadrados como Grave
Classe I

Deixar de segregar resíduos potencialmente recicláveis e/ou


15 Leve
deixar de destinar à coleta seletiva

Realizar serviços de terraplenagem, de corte e aterro de solo,


16 Leve
de bota-fora sem autorização do órgão ambiental.

Realizar serviços de terraplenagem, de aterro, de bota-fora sem


autorização do órgão ambiental, com intervenção em área de
17 Gravíssima
preservação permanente ou causando impacto ambiental
negativo.

Realizar serviços de terraplenagem, de aterro, de bota-fora sem


18 autorização do órgão ambiental, implicando em iminente risco Gravíssima
de desabamento ou soterramento

Efetuar supressão de vegetação, esparsas ou isoladas, sem a


19 devida autorização do órgão ambiental, até 10 indivíduos Leve
arbóreos.

Efetuar supressão de vegetação, esparsas ou isoladas, sem a


devida autorização do órgão ambiental em área de preservação
20 Grave
permanente, área de reserva legal; unidades de conservação de
uso sustentável, unidades de conservação de proteção integral.
Efetuar supressão de vegetação, esparsas ou isoladas, sem a
21 devida autorização do órgão ambiental, de 11 a 50 indivíduos Grave
arbóreos.

Efetuar supressão de vegetação, esparsas ou isoladas, sem a


22 devida autorização do órgão ambiental, acima de 50 espécies Gravíssima
arbóreas.

Explorar recursos naturais em áreas de domínio público,


através da caça, pesca, pastoreio, uso agrícola, colheita de
23 Grave
frutos, sementes e de outros produtos ali existentes, em
desconformidade com a legislação vigente.

Deixar de formalizar formulário de orientação básica (FOB)


24 Leve
para o licenciamento LAS/CADASTRO.

Deixar de formalizar formulário de orientação básica (FOB)


25 Grave
para o licenciamento LAS/ RAS, e ou LAC, LAT.

Deixar de atender à convocação para licenciamento ou


26 procedimento corretivo formulada pelo órgão ambiental para o Leve
licenciamento LAS/CADASTRO.

Deixar de atender à convocação para licenciamento ou


27 procedimento corretivo formulada pelo órgão ambiental para o Grave
licenciamento LAS/ RAS, e ou LAC, LAT.

Descumprir total ou parcialmente Termo de Compromisso ou


Termo de Ajustamento de Conduta.

28 O valor da multa será aplicado independentemente do número Grave


de cláusulas descumpridas ou cumpridas fora do prazo, com
acréscimo de 30% (trinta por cento) por cláusula descumprida
ou cumpridas fora do prazo.

Descumprir, total ou parcialmente, Termo de Compromisso ou


Termo de Ajustamento de Conduta, se constatada a existência
de poluição ou degradação ambiental.
29 O valor da multa será aplicado independentemente do número Gravíssima
de cláusulas descumpridas ou cumpridas fora do prazo, com
acréscimo de 30% (trinta por cento) por cláusula descumprida
ou cumpridas fora do prazo.

Não comunicar a paralisação, encerramento, mesmo que


30 temporárias de atividade licenciada nas modalidades LAS/ Grave
RAS, LAC e LAT.

31 Descumprir total ou parcialmente orientação técnica prevista Gravíssima


na legislação ambiental ou nas normas técnicas brasileiras.

Causar intervenção de qualquer natureza que resulte ou possa


resultar em poluição, degradação ou dano aos recursos
32 hídricos, às espécies vegetais e animais, aos ecossistemas e Gravíssima
habitats ou ao patrimônio natural ou cultural, ou que
prejudique a saúde, a segurança e o bem estar da população.

Deixar de comunicar ao órgão ambiental licenciador e


fiscalizador a ocorrência de acidente com danos ambientais.

A comunicação deverá ser realizada pelo empreendedor


responsável pelo acidente, ou por seu representante ou
contratado, por telefone, imediatamente à ocorrência do
sinistro;
A comunicação realizada por terceiros (incluindo órgãos
públicos, mídia, etc.) não exime a obrigação de comunicação
por parte do empreendedor, para fins de aplicação desta
infração;

33 Em caso de comunicação ocorrida após a primeira hora, até o Gravíssima


transcurso de quatro horas da ocorrência do acidente, será
aplicado o valor da multa simples;
Após o transcurso de quatro horas da ocorrência do acidente
até o prazo de vinte e quatro horas, o valor da multa simples
será multiplicado por dois;
No caso de não comunicação do acidente em até vinte e quatro
horas, o valor da multa aplicada pela infração será multiplicado
por três, sem prejuízo de outros agravantes e/ou acréscimos
previstos neste decreto;
O cálculo de multa será feito, considerando o momento da
comunicação pelo empreendedor ou representante.

Transportar, comercializar, armazenar, dispor ou utilizar


34 resíduos ou produtos perigosos sem a devida licença ou Gravíssima
autorização ambiental ou em desacordo com essas.

Deixar ocorrer, em áreas de destinação final de resíduos


sólidos, a catação ou a utilização destes resíduos para a
35 Grave
alimentação animal ou a fixação de habitações temporárias ou
permanentes.

Queimar resíduos sólidos a céu aberto ou em recipientes,


instalações ou equipamentos não licenciados para esta
36 Grave
finalidade, salvo em caso de decretação de emergência
sanitária e desde que autorizada pelo órgão competente.
Lançar ou dispor resíduo sólido em área urbana ou rural, em
lagoa, curso d’agua, área de várzea, cavidade subterrânea ou
dolina, terreno baldio, poço, cacimba, rede de drenagem de
37 Grave
águas pluviais, galeria de esgoto, duto condutor de eletricidade
ou telefone, mesmo que abandonados, área sujeita a inundação
e áreas especialmente protegidas.

Desrespeitar, total ou parcialmente, penalidade de suspensão


38 Grave
ou de embargo.

Elaborar ou apresentar informação, estudo, laudo ou relatório


ambiental total ou parcialmente falso, enganoso ou omisso,
39 seja nos sistemas oficiais de controle, seja no licenciamento, na Grave
outorga, na autorização para intervenção ambiental ou em
qualquer outro procedimento administrativo ambiental.

Contribuir, a empresa interveniente no atendimento a acidente


40 e emergência ambiental, para agravar os danos ambientais ou Gravíssima
riscos à saúde e à segurança humana decorrentes do acidente.

Desviar parcialmente ou manter desvio parcial de cursos de


41 água sem a respectiva outorga, ou em desconformidade com a Grave
mesma.

Deixar de informar ao órgão ambiental a mudança de


42 Leve
responsável técnico.

Comercializar espécies da flora e fauna silvestre, ou objetos


43 dela derivados em desconformidade com a legislação vigente. Grave

Executar serviços e obras que impliquem em alteração do


44 sistema de drenagem de água, natural ou construído, sem a Leve
devida autorização da SMA.

Executar serviços e obras que impliquem em alteração do


sistema de drenagem de água, natural ou construído, sem a
45 Grave
devida autorização da SMA e causando impacto ambiental
negativo.

Privar o animal de suas necessidades básicas, ou em situação


46 Grave
de abuso ou maus-tratos.

47 Realizar a prática de abandono de animal. Grave

Obrigar o animal a realizar trabalho excessivo ou superior às


48 suas forças ou submetê-lo a condições ou tratamentos que Grave
resultem em sofrimento.
Criar, manter ou expor animal em recinto desprovido de
49 Grave
segurança, limpeza e desinfecção.

Utilizar animal em confronto ou luta, entre animais da mesma


50 Gravíssima
espécie ou de espécies diferentes.

Provocar envenenamento em animal que resulte ou não em


51 Grave
morte.

Deixar de propiciar morte rápida e indolor a animal cuja


52 eutanásia seja necessária e recomendada por médico Grave
veterinário.

53 Abusar sexualmente de animal ou facilitar a terceiro esse fim. Gravíssima

54 Promover distúrbio psicológico e comportamental em animal. Grave

Abusar, maltratar, ferir, mutilar ou deixar de socorrer animal


55 que esteja sob sua guarda ou a que tenha causado lesões, não Grave
especificadas anteriormente.

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