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Bruno Cristóvão
CDE/Museu do CNE
bcristovao@hotmail.com
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3º Acampamento Nacional – Praia da Grancha, Porto
18 a 28 de agosto de 1930
c. 430-700 participantes
O nosso 3º Acampamento Nacional foi o maior acampamento de escuteiros em Portugal
desde os inícios do Escutismo até então (algumas fontes exageram números até aos 700
escuteiros acampados, outras, são mais conservadoras, e sugerem 430 escutas). O local
do acampamento escolhido foi a Quinta Forbes, em Granja, Porto... Local que tinha cerca
de duas dezenas de proprietários diferentes e que a duas semanas do acampamento
decidiram vender a quinta, felizmente o novo dono lá deixou acampar os escuteiros (não
seria um ACANAC sem percalços). Neste acampamento de 10 dias celebra-se também a
filiação de muitos novos grupos e alcateias no Continente, nos Açores e nas ex-colónias,
a entrada do CNS no Bureau Mundial (1929) e as visitas de BP a Portugal (que visitou a
Madeira em janeiro desse ano).
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que do ar atirava panfletos sobre o Escutismo. Não foram tantas as regiões que
participaram neste ACANAC e os participantes foram cerca de 430. Fica também para a
história o jornal "V", vendido pelos scouts quando andavam por Lisboa com o
provocativo pregão "Este jornal não é das esquerdas, nem das direitas, nós só andamos
em frente!"
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8º Acampamento Nacional – Braga
13 a 23 de agosto de 1948
c. 750 participantes
Em 1948 o CNE celebrou oficialmente as suas bodas de prata no VIII Acampamento
Nacional! Novamente em Braga, 750 escutas de 8 regiões ergueram uma cidade de lona,
habitada também por um escuteiro espanhol e doze franceses, cobaias num estudo de
ensaio para um futuro jamboree português. No VIII, os lobitos tiveram ainda um
subcampo próprio com atividades planeadas ao seu peso e medida, porém o ponto alto
deste acampamento foi o dia da visita a Braga, onde os escuteiros prestaram homenagem
junto ao túmulo do seu fundador.
17 a 27 de agosto de 1956
c. 1500 participantes
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viveram este acampamento, os lobitos não acamparam, e todos os caminheiros foram
chamados a servir. Havia o enorme receio de que houvesse incêndios, pois o campo era
uma autêntica floresta encantada (mas cheia de folhas secas no calor do verão), porém
nada há a relatar para além do receio dos dirigentes. Nove contingentes estrangeiros de
países europeus também se juntaram ao “X”. Para além dos fogos de conselho houve
numa das noites um sarau de cinema (tecnologia desconhecida por alguns escutas). Foram
muitos os visitantes à cidade das lonas (patrões a levarem os seus operários, professores
os seus alunos e muitos párocos com os seus catequistas), o CNE procurava dar a
conhecer o valor dos seus escutas e todos eram bem-vindos. Paralelamente realizou-se de
forma geminada um acampamento para as dirigentes de alcateia (áquelas e assistentes) e
para as Guias de Portugal. Para os muitos escuteiros que queriam enviar recordações para
casa e para as suas sedes foi criado pela primeira vez um carimbo de campo para marcar
todos os postais a serem enviados por correio.
5 a 15 de agosto de 1960
c. 1000 participantes
21 a 31 de agosto de 1964
c. 1500 participantes
Este foi o primeiro ACANAC onde os escuteiros foram divididos por secções (e não por
região como era hábito). Cada um dos três subcampos (dos exploradores juniores, dos
exploradores seniores e dos caminheiros) teve de enfrentar provas de grande exigência
física (tanto que todos os escutas que participavam tinham de apresentar um atestado de
aptidão médica para participarem) com raids pela montanhosa região da Guarda, porém
a excursão à Serra da Estrela e os passeios à Covilhã fizeram-se de autocarro.
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13º Acampamento Nacional – Serra de S. Mamede, Portalegre
5º Jamboree Português
Lema: “Para amizade”
17 a 25 de agosto de 1964
c. 2000 participantes
A uns meros 30km de Espanha (onde então estava proibida a vivência do Escutismo)
montou o CNE o seu 13º Acampamento Nacional. Todos os escutas foram divididos por
patrulhas em subcampos mistos, permitindo uma maior troca cultural entre as várias
regiões. Os caminheiros voltaram a ser convocados para os serviços e todos os elementos
femininos do CNE com mais de 20 anos podiam também inscrever-se neste
acampamento. Foram vários os estrangeiros a participar no 5º Jamboree Português
(incluindo escuteiros polacos no exílio). Após o êxito nesse ano de um grande rally de
carros sem motor em Lisboa, decidiu a junta central organizar uma competição idêntica
neste nacional.
18 a 26 de agosto de 1973
c. 4000 participantes
A grande celebração do 50º aniversário do CNE contou com 4000 escutas, de todo o país
e todo o Mundo, em acampamento. Todos os membros e secções do CNE foram
chamados a participar, cada um em seu subcampo: lobitos e áquelas, senhoras em
patrulhas de estudo, exploradores (juniores e seniores), caminheiros, organizados em
“rover”, e a Fraternidade de Nun’Álvares, todos com atividades próprias às idades de
cada um. Realizou-se também o IIº Rally de carros sem motor. A arena principal era maior
que um campo de futebol e todas as noites se celebravam lá fogos de conselho. A juntar
às novidades introduzidas em ACANACs anteriores surge neste a criação de uma estação
de rádio com emissões durante todo o dia e a organização em Leiria de uma exposição
filatélica. No último dia de acampamento há a promessa da realização de eleições para os
órgãos do CNE, para nós, escuteiros, o 25 de abril começou uns meses antes.
5 a 13 de Agosto de 1978
c. 3500 participantes
Cinco anos após o grande Acampamento do Jubileu, e após várias mudanças pedagógicas
empreendidas pelo CNE em 1976, o 15º Nacional procurou marcar o início de um novo
capítulo na história da nossa associação. Pela primeira vez os seniores acampavam como
uma secção autónoma (e com os novos lenços azuis e brancos ao pescoço) e o CNE
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consolidava também a proposta de coeducação em todas as suas secções. Este
acampamento teve uma agenda bastante focada na ecologia e sensibilização para a missão
do escuta em cuidar da natureza. Contrariando um pouco o que era tradição em Nacionais,
ao invés das atividades serem alicerçadas em torneios e competições, no 15º houve
bastantes palestras e ateliers de trabalhos manuais para despertar interesse nos escuteiros
presentes. A estação de radio-escutismo dos caminheiros do ACANAC, a “CT6”,
estabeleceu contacto com 56 países diferentes.
1 a 13 de agosto de 1983
c. 4500 participantes
c. 6600 participantes
4 a 10 de agosto de 1987
Este foi o maior ACANAC até então, tanto em escuteiros do CNE como escutas
estrangeiros (cerca de 600 e alguns dos quais das ex-colónias portuguesas). Cada secção
teve o seu tema anexo ao lema deste Nacional. Houve muitas complicações nos
abastecimentos durante este acampamento, em especial no subcampo dos caminheiros,
não demorou muito aos escuteiros começarem com trocadilhos “Isto não é o Nacional de
Bagunte é o Nacional da Bagunça”. Sempre que falhava o abastecimento da IVª eram
dados pacotes de bolachas Maria aos caminheiros, que até construíram um altar com os
pacotes que iam sobrando. Porém ninguém se arrependeu, com toda a certeza, de ter
tomado parte do 17º, que ainda é recordado com saudade. Este foi o primeiro Nacional a
ter mascote: um ouriço.
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18º Acampamento Nacional – Palheirão, Coimbra
10º Jamboree Português
Lema: “A fronteira do Homem”
4 a 14 de agosto de 1992
c. 10.000 participantes
Este Nacional começou a ser preparado quase 2 anos antes (para que não existisse
falhas!). Mais uma vez focado na educação ambiental este acampamento introduziu
bastantes novidades (postos de reciclagem, era proibido fazer fossas e era expressamente
proibido o abate de árvores ou recolha de madeira para cozinhar – só se podia confecionar
comida com fogões de gás). Neste acampamento o CNE bateu o seu primeiro record do
Guiness Book, fazendo uma manta de retalhos com mais de 3.000 m2. Foi também neste
Nacional que o Corpo Nacional de Escutas é reconhecido com a Ordem de Mérito da
Républica Portuguesa.
4 a 10 de Agosto de 1997
c. 8500 participantes
c. 5000 participantes
O primeiro ACANAC do Séc. XXI procurou ser um local de reflexão para o futuro do
CNE, sem esquecer o seu passado. Todos os escuteiros que participaram mostraram-se
alerta para enfrentar todos os desafios propostos. Houve muitas saídas de campo para
visitarem o que de melhor havia nas proximidades tais como o Castelo de Almourol, Vila
da Barquinha e Abrantes. Durante o ACANAC o subcampo dos pioneiros sobressaiu e
foi bastante visitado pois eram bastantes as construções elevadas e exuberantes contruídas
pela IIIª Secção. Os caminheiros, tal como no passado, foram chamados para os serviços
para garantir, no fundo, a realização do acampamento.
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21º Acampamento Nacional – Idanha-a-Nova
Lema: “Um Mundo, Uma Promessa”
c. 10.000 participantes
4 a 10 de Agosto de 2012
c. 17.100 participantes
Novamente em Idanha, o CNE mostrou a sua força ao reunir-se no maior ACANAC até
à data! Lobitos, exploradores, pioneiros e caminheiros durante uma semana festejaram o
Escutismo e desenvolveram os sentidos em diversos ateliers e desafios consoante a sua
faixa etária. Houve bastantes atividades em campo e por toda a região, com visitas a
Castelo Branco e em Monsanto, a aldeia mais portuguesa de Portugal, os caminheiros
reuniram-se no castelo para um momento de partilha e convívio animado, tão
característico de um rover.
c. 22.000 participantes
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Escuteiros Marítimos, tal como em anos anteriores. No final deste ACANAC já só se
pensava no próximo… O grande acampamento do centenário!
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