Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
25/11/1845
16/08/1900
RESUMO BIOGRÁFICO
Era filho do Dr. José Maria Teixeira de Queirós, juiz do Supremo Tribunal de Justiça,
e de sua mulher, D. Carolina de Eça. Depois de ter estudado nalguns colégios do
Porto matriculou-se na faculdade de Direito da Universidade de Coimbra,
completando a sua formatura em 1866. Foi depois para Leiria redigir um jornal
político, mas não tardou que viesse para Lisboa, onde residia seu pai, e em 1867
estabeleceu-se como advogado, profissão que exerceu algum tempo, mas que
abandonou pouco depois, por não lhe parecer que pudesse alcançar um futuro
lisonjeiro. Era amigo íntimo de Antero de Quental, com quem viveu fraternalmente, e
com ele e outros formou uma ligação seleta e verdadeira agremiação literária para
controvérsias humorísticas e instrutivas. Nessas assembléias entraram Ramalho
Ortigão, Oliveira Martins, Salomão Saraga e Lobo de Moura.
As obras de Eça de Queirós, na maior parte, têm tido diversas edições, tanto em
Lisboa como no Porto. Colaborou no livro 'In Memoriam', em homenagem a Antero
de Quental. São de Eça de Queirós os interessantes prólogos dos Almanachs
Encyclopedicos de 1896 e 1897, por ele dirigidos e publicados pelo falecido editor
António Maria Pereira. Eça de Queirós, quando faleceu, estava trabalhando em
romances inspirados nas lendas de S. Cristóvão e de S. Frei Gil, o celebrado bruxo
português. Devido à iniciativa de amigos dedicados do falecido escritor, elevou-se
uma estátua em mármore para perpetuar a sua memória, a qual está situada no
Largo de Quintela. É uma verdadeira obra artística do escultor Teixeira Lopes. Figura
Eça de Queirós curvado sobre a Verdade, lendo-se no pedaço de mármore tosco, que
serve de pedestal à Estátua da
Verdade, estas palavras, que foram
ali esculpidas. «Sobre a nudez
forte da Verdade, o manto diáfano
da fantasia».
A inauguração realizou-se no dia 9
de Novembro de1903, discursando
os Srs. Conde de Arnoso e de
Ávila, Ramalho Ortigão, Dr. Luís de
Magalhães, Aníbal Soares e
Antônio Cândido; o ator Ferreira da
Silva recitou uma poesia do Sr.
Alberto de Oliveira, falando por
último o Sr. Conde de Resende,
cunhado de Eça de Queirós,
agradecendo muito comovido, em
nome da família do falecido
escritor, a homenagem prestada à
sua memória.