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Contextualização

histórico-literária
Antero de Quental
Sonetos Completos
Contextualização histórico-literária

Antero de Quental e a sua época

 Formação e ação da chamada Geração de 70.

 Período de viragem estética modernizadora: Questão


Coimbrã (1865) e Conferências do Casino (1871).

 Crítica ao pensamento de tacanhez nacionalista e


exaltação do grande espírito filosófico do tempo.
Contextualização histórico-literária

Antero de
Quental

Antero de Quental, Columbano


Bordalo Pinheiro, 1889
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Antero de  Nasce em Ponta Delgada (Açores), no dia 18 de


Quental Abril.
(1842-1891)
 Deixa os Açores aos treze anos para estudar em
Lisboa e depois em Coimbra, onde cursa Direito.

 Participa ativamente nas manifestações


estudantis da época e lidera vários protestos
contra as autoridades académicas.

 A par de intensa atividade jornalística,


panfletária, poética e crítica, conspira a favor
da União Ibérica.
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Antero de  Vive em Paris, entre 1866 e 1867, trabalhando


Quental como tipógrafo.

 Intervém diretamente em dois momentos


culturais determinantes: Questão Coimbrã (1865)
e Conferências do Casino (1871).

 Funda e dirige A República (1870), O Pensamento


Social (1872) e a Revista Ocidental (1875).

 Data de 1872 a compilação das primeiras


produções poéticas, sugestivamente designadas
de Primaveras Românticas. Versos dos vinte anos
(1861-1864).
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Antero de  Em 1874, reconhece sofrer de uma doença


Quental nervosa da qual nunca se consegue restabelecer
completamente.
 A morte de um amigo, Germano Meireles, em
dezembro de 1877, deixa órfãs duas filhas que
Antero viria a adotar.

 Em 1878 e 1879 é candidato a deputado por Lisboa,


pelo Partido dos Operários Socialistas de Portugal.

 Entre 1881 e 1891, vive “a década dourada de Vila do


Conde”, um período de intensa reflexão e
organização do seu pensamento filosófico.
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Antero de
Quental

 Publicação de Sonetos, em 1886.

 Em janeiro de 1890, o Ultimato Inglês leva-o


a aceitar a presidência da Liga Patriótica do
Norte. Demite-se ao fim de escassos meses.

 Regressa aos Açores em junho do ano


seguinte e suicida-se em setembro.

Banco onde Antero se suicidou


em 11 de setembro de 1891
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Antero de Quental e a Questão Coimbrã

 Grande polémica que explode na pacata Coimbra académica de 1865.

 Oposição ao “ultrarromântico” António Feliciano de Castilho, a propósito de


um prefácio a um livro de poesia publicado em Lisboa.

 Polémica generalizada entre os que apoiavam um patriotismo e um lirismo


provinciais e aqueles que defendiam uma prosa “nova”, “moderna”, como Antero.

 Antero dirige a carta Bom senso e bom gosto” a Castilho, onde critica o
pensamento de tacanhez nacionalista e exalta o grande espírito filosófico do
tempo.
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Antero de Quental e a Questão Coimbrã

A Questão Coimbrã tornou-se a polémica mais importante da história


da literatura portuguesa, não só porque se processou na imprensa
periódica e pública mas ainda porque nela participou quase toda a
inteligência letrada da época, porque fez emergir uma geração nova, com
personalidades e problemas que foram de referência durante mais de um
século.
José-Augusto França, “Romantismo em Portugal”, in Dicionário do Romantismo Literário Português, Lisboa,
Caminho, 1997
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António Feliciano de Castilho


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Na opinião de Eduardo Lourenço, “ninguém entre nós


pôs mais paixão no propósito de decifrar e ao mesmo
tempo emendar o destino português do que Antero”.

Ana Maria Almeida Martins, “Introdução”, in Sonetos Completos Antero de Quental, Lisboa,
Biblioteca Ulisseia de Autores Portugueses, 2002.
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Antero de
Quental, Sonetos
Completos

Publicados pela primeira vez em


1886, integram sonetos dispersos
em jornais e revistas e noutras
obras do autor, assim como alguns
inéditos.

Apelidados pelo autor de “memórias


da minha consciência”, em pouco
tempo foram traduzidos para várias
línguas, entre elas o alemão.

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