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Contextualização

histórico-literária
Antero de Quental,
Sonetos Completos
Contextualização histórico-literária

Columbano Bordalo Pinheiro, Antero de Quental,


1889.
Contextualização histórico-literária

 Nascimento, em Ponta Delgada, em 1842.


Antero de Quental
 Aos 13 anos, vem estudar para Lisboa.

 Cursou Direito na Universidade de Coimbra,


entre 1858 a 1864.

 Enquanto estudante, foi um empenhado


ativista político, liderando importantes
protestos académicos.
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Antero de Quental

 Adepto de Marx e Engels, introduz, em Portugal,


a Associação Internacional de Trabalhadores.

 Viveu em Paris, entre 1866 e 1867, onde


trabalhou como tipógrafo.

Viajou para os Estados Unidos da América, em


1869.
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 Participa na Questão Coimbrã, 1865, e nas


Conferências do Casino, em 1871.
Antero de Quental

 Foi o mentor da Geração de 70.

 Fundou e dirigiu A República, em 1870, O


Pensamento Social, em 1872, e a Revista
Ocidental, em 1875.

 Publica a compilação das primeiras produções


poéticas, Primaveras Românticas, em 1872.
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Gustave Courbet, O Homem Ferido (pormenor), 1854.


Contextualização histórico-literária

 Quando adoece, em 1874, assume que a doença


Antero de Quental
o arrastava para “um pessimismo vácuo e para o
desespero”.

 Candidata-se a deputado por Lisboa, pelo Partido


dos Operários Socialistas de Portugal, em 1878 e
1879.

 Vive um período de reflexão, em Vila do Conde, entre


1881 e 1891, onde escreve os últimos sonetos.
Contextualização histórico-literária

Antero de Quental

 Publica Sonetos, em 1886.

 Aceita a presidência da liga patriótica do Norte,


1890.

 Regressa aos Açores, em 1891, e suicida-se.


Contextualização histórico-literária

Geração de 70. Da esquerda para a direita: Eça de Queirós, Oliveira Martins, Antero de
Quental, Ramalho Ortigão e Guerra Junqueiro, 1884.
Contextualização histórico-literária

Questão Coimbrã
(1865)

 Considerada a mais importante polémica da História da Literatura


Portuguesa.

 Oposição ao “ultrarromântico” António Feliciano de Castilho.

 Controvérsia gerada por um grupo de intelectuais que defendia uma


prosa «nova» e «moderna».
Contextualização histórico-literária

Questão Coimbrã
(1865)

 Defesa da importação de ideias e modelos intelectuais estrangeiros.

 Antero escreve os textos principais desta polémica, nomeadamente a


carta dirigida a Castilho, «Bom senso e bom gosto».

 Na carta «Bom senso e bom gosto»:


 Exalta a ideia em vez da adoração da palavra.
 Critica o pensamento de tacanhez nacionalista.
 Elogia o espírito filosófico.
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A prosa de Antero

 Antero foi o primeiro prosador dos tempos modernos.

 A sua obra não poética estende-se por assuntos literários, sociais e políticos
e acompanha a evolução do pensamento de Antero e a sua atividade
política.
Contextualização histórico-literária

 Causas da Decadência dos Povos


Peninsulares nos três últimos séculos
foi o seu mais conhecido escrito em
prosa, no qual procura decifrar e
emendar o destino português.
Contextualização histórico-literária

Ativista defensor de ideais de renovação e


revolução.
Antero de Quental

Ativista defensor de uma ideia pessimista e


negativa.

Esta dualidade resulta da instabilidade


psicológica do poeta, que buscava uma
unidade ordenadora.
Contextualização histórico-literária

Antero de Quental expressa a sua dupla face, eufórica e


pessimista, dando voz ao seu tumulto íntimo e
representando o seu empenho e militância social, mas
também revelando uma profunda angústia existencial.
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Edvard Munch, Desespero, 1893-94.


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Antero de Quental
Obra poética

Antero preconiza uma poesia


nova que dê voz aos anseios dos
povos pela liberdade.

Versos da juventude: poesias de


amor, publicadas tardiamente.
Contextualização histórico-literária

Antero de Quental
Obra poética

Integram sonetos dispersos noutras obras do


autor e em jornais e revistas, assim como
alguns inéditos.
Contextualização histórico-literária

Sonho que sou um cavaleiro andante.


Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busco anelante
O palácio encantado da Ventura!

Antero de Quental

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