AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VENDAS NOVAS

Ano letivo 2022/2023

ESCOLA SECUNDÁRIA DE VENDAS NOVAS
__________________Antero de Quental_____________________

Resumo do Soneto “Palácio da Ventura”

Estamos perante um soneto cujo título “Palácio da Ventura”, significa a “felicidade”.
O sujeito poético sonha ser um cavaleiro andante que procura ansiosamente o palácio da
ventura, ou seja, a felicidade (vv 1-4), quando está prestes a desistir (vv 5 e 6), encontra-o,
fica cheio de esperança, “Mas” o interior do palácio está vazio (ou seja, não encontra o que
procura), então vem a angústia, o sofrimento.
No final, o sujeito poético constata que a sua demanda (procura) se revela vã, levando-o à
deceção, o desvanecer do seu sonho (“e nada mais!”)
Simbolicamente, pode-se considerar que, mesmo quando configuram ao nosso alcance, os
ideias (justiça, felicidade, liberdade, etc) estes nos escapam sempre.
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Resumo do soneto “Tormento do Ideal”
O título mostra a angústia e inquietação do poeta, que é um artista, que sente e constata que
vive num mundo de imperfeições e não pode criar a beleza Ideal.
Nas duas primeiras quadras, o eu poético, afirma já ter contemplado a beleza idealizada,
ou seja a ideia de beleza perfeita, mas depois constatou, com tristeza, que ela não existia no
mundo e que a beleza perfeita que encontrava neste mundo era imperfeita.
Ao longo deste poema (duas quadras) referem-se dois tipos de realidade: a realidade
idealizada, que existe no mundo da perfeição, que não é o nosso, “Beleza que não morre”,
“ideia pura” e a realidade imperfeita do mundo que nós habitamos, “sombra”, “matéria
dura”, “imperfeições”.
No primeiro terceto, o sujeito poético procurou a beleza ideal, nas coisas, nas formas deste
mundo, mas não conseguiu, por isso diz “em vão”.
Terceto final, a chave de ouro, o sujeito poético, afirma-se poeta e explica a mágoa que
sente por ter de fazer poesia com os elementos imperfeitos deste mundo “formas
incompletas”.
Estado de espírito do Sujeito poético: ele está desalentado, desgostoso, quando diz “pálido
e triste” por conhecer as limitações que tem quando escreve poesia, a sua obra nunca será
perfeita já que vive num mundo imperfeito.
Resumo do soneto “Oceano nox”

Neste soneto, o sujeito poético interpreta as características da natureza envolvente, de

acordo com o seu estado de espírito, ou seja, a natureza, personifica aquilo que ele sente “A
trágica voz rouca”, “lamento” …. Ele tem consciência dos seus limites humanos, ou seja,
impossibilidade de acesso ao “outro lado” das coisas, ao “Ideal”, o que lhe provoca angústia.
Do outro lado (natureza) a resposta tem contornos negativos “bramido” e “queixume”.

Temática: Configurações do ideal e angústia existencial…