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Eça de Queirós

(1845-1900)
«Dados para a minha biografia —
não lhos sei dar. Eu não tenho
história […].»

Eça de Queirós
(carta a Ramalho Ortigão, 1878).

Eça de Queirós em Lisboa, c. 1882 —


«Photographia Contemporanea», in O contemporâneo, n.º 108,
Lisboa [1882], p. [1] — BNP, PP. 16913 V.
1845 — José Maria de Eça de Queirós nasce
na Póvoa de Varzim. Não sendo os seus pais
casados, é registado filho de mãe incógnita.
Vive dez anos em casa dos avós paternos.

1855 — Passa a frequentar o Colégio da Lapa,


no Porto.

1861 — Em Coimbra, onde estuda Leis,


conhece Teófilo Braga e Antero de Quental.

1866 — Passa a viver em Lisboa. Inicia a sua


atividade no jornalismo, publicando folhetins
(Prosas bárbaras). Muda-se para Évora, onde
dirige o Distrito de Évora, jornal oposicionista.
Pais de Eça de Queirós, 18--? [José Maria de Almeida
Teixeira de Eça de Queirós (1820-1901) e Carolina
Augusta Pereira de Eça de Queirós (1826-1918)] —
BNP, FEQ Fot. 6.
1867 — Regressa a Lisboa, onde
exerce como advogado e se junta
ao grupo do Cenáculo.

1869 — Viaja até à Palestina e assiste


à inauguração do Canal de Suez,
que relata no Diário de Notícias.

1870 — É admitido como cônsul


no Ministério dos Negócios
Estrangeiros.

1871 — Publica, com Ramalho


Ortigão, As farpas. Participa
nas Conferências do Casino.
As farpas: chronica mensal da politica das letras e dos costumes,
n.º 3, 1871 — BNP, pp-7311-p_1871_11).
1872-1873 — Começa a carreira
de diplomata. É cônsul em Havana.

1874 — É cônsul em Inglaterra,


onde escreve O crime do padre
Amaro e O primo Basílio.

1878 — É cônsul em Bristol.


Continua a sua atividade como
romancista e jornalista.

1880 — Publica a segunda edição


de O crime do padre Amaro.

1885 — Visita, em Paris, o escritor


naturalista Émile Zola.
Retrato de Émile Zola,
por Édouard Manet (1868).
1886 — Casa-se com Emília Pamplona.

1887 — Publica A relíquia.

1888 — Publica Os Maias. É nomeado cônsul em Paris.

1889 — Continua uma atividade literária intensa e dirige a Revista de Portugal.

Representação de Lisboa no filme Os Maias, realizado


por João Botelho, em 2014, com produção da Ar de Filmes.
«E sente-se que este observador
do mundo [i. e., Eça de Queirós],
que envia da Capital da Civilização
para os países de língua
portuguesa (Portugal e Brasil)
os seus Bilhetes de Parais,
Cartas familiares e Ecos de Paris,
se dececiona cada vez mais com
a mais famosa capital europeia
do seu tempo.»

Óscar Lopes e A. J. Saraiva,


História da Literatura Portuguesa.

Camille Pissarro,
Avenue de l’Opéra [Paris] (1898, pormenor).
1890-1899 — Período de atividade literária
«E através da vaga, fugiu,
intensa, com a publicação de contos como trepou sofregamente à
«Civilização», «A aia» ou «O defunto». jangada, soltou a vela, fendeu
o mar, partiu para os trabalhos,
Envolve-se em muitos projetos (também para as tormentas, para
para sustentar uma família numerosa) as misérias — para a delícia
das coisas imperfeitas.»
e prepara a publicação de três romances:
Conto «Civilização»
A correspondência de Fradique Mendes,

A cidade e as serras e A ilustre casa

de Ramires.

1900 — Morre em Neuilly, Paris.

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