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COMANDO DA AERONÁUTICA
PROTEÇÃO AO VOO
ICA 63-37
2015
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
PROTEÇÃO AO VOO
ICA 63-37
2015
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
SUMÁRIO
2 GENERALIDADES ............................................................................................................ 15
2.1 OPERAÇÕES ILS CAT I, II E III ..................................................................................... 15
2.2 CONFIGURAÇÕES DOS COMPONENTES ELETRÔNICOS DO SISTEMA .............. 16
2.3 COMPONENTES VISUAIS .............................................................................................. 17
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 27
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1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
1.2 CONCEITUAÇÕES
É o tempo requerido para que a intensidade real de uma luz medida em uma
determinada direção caia de 50% e se recupere de 50% durante uma troca na fonte de
provisão de energia, quando a luz está sendo operada à intensidade de 25% ou acima (Anexo
14).
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1.2.9 FRANGIBILIDADE
Marcador de 75 MHz, usado nos ILS CAT II e III, localizado num ponto que,
em baixas condições de visibilidade, seja considerado como a iminência de chegada na
cabeceira da pista em uso. Transmite um tom de 3 kHz, que é recebido auditiva e visualmente
pelo equipamento de bordo.
1.2.22 OBSTÁCULO
1.2.25 PLANEJAMENTO
1.4 COMPETÊNCIA
1.5 ÂMBITO
2 GENERALIDADES
2.1.2 Para a realização de uma operação ILS CAT I, II ou III, há necessidade de se dotar as
aeronaves, os aeródromos e os órgãos envolvidos de equipamentos específicos que
proporcionem uma orientação precisa e segura às aeronaves, durante uma aproximação de
precisão com mínimos meteorológicos reduzidos.
LLZ GS
CAT I 10 6
CAT II 5 2
CAT III 2 2
NOTA: Sempre que possível, esses períodos de tempo devem ser reduzidos,
de forma a não exceder 2 (dois) segundos para LLZ (CAT II) e 1 (um)
segundo para LLZ (CAT III) e GS (CAT II/III).
d) tempo mínimo após o qual poderá ser feita comutação manual entre
transmissores (CAT I/II/III):
− LLZ - 20 (vinte) segundos; e
− GS - 20 (vinte) segundos.
e) tempo máximo de comutação automática para energia secundária (CAT I):
− LLZ - 10 (dez) segundos;
− GS - 10 (dez) segundos;
− MM - 10 (dez) segundos;
− ME - 10 (dez) segundos; e
− DME - 10 (dez) segundos, se substituindo MM/ME.
f) tempo máximo de comutação automática para energia secundária (CAT
II/III):
− LLZ - 0 (zero) segundo;
− GS - 0 (zero) segundo;
− MI - 1 (um) segundo;
− MM - 1 (um) segundo;
− ME - 10 (dez) segundos; e
− DME - 1 (um) segundo ou 10 (dez) segundos, se substituindo o MM ou
ME, respectivamente.
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2.2.2 Todos os equipamentos constantes de 2.2.1, letras "a" e "b", deverão possuir controle
remoto e indicador de status na Torre de Controle.
2.2.3 Aeródromos que possuam duas instalações de ILS em cada extremidade oposta de uma
mesma pista de pousos deverá utilizar um sistema de intertravamento eletrônico (interlock)
capaz de assegurar que somente um dos Localizer, servindo para a aproximação, esteja
irradiando, prevenindo interferências destrutivas provenientes da operação simultânea e sendo
remotamente controlado.
2.2.4 Deverá ser utilizado Monitor Far-Field (campo distante) para operação ILS categoria
III.
2.3.1 Os tempos máximos de comutação automática para energia secundária são os seguintes
(CAT I):
a) sistema de luzes de aproximação (ALS) ...........15 (quinze) segundos;
b) luzes de cabeceira de pista ................................15 (quinze) segundos;
c) luzes de fim de pista ..........................................15 (quinze) segundos;
d) luzes de balizamento lateral de pista..................15 (quinze) segundos;
e) luzes de balizamento lateral de pista de táxi......15 (quinze) segundos; e
f) luzes de obstáculos ............................................15 (quinze) segundos.
2.3.2 Os tempos máximos de comutação automática para energia secundária são os seguintes
(CAT II/III):
a) sistema de luzes de aproximação (ALS) ...........15 (quinze) segundos;
b) luzes de cabeceira de pista .................................01 (um) segundo;
c) luzes de zona de ponto de toque ........................01 (um) segundo;
d) luzes de eixo de pista .........................................01 (um) segundo;
e) luzes de fim de pista ..........................................01 (um) segundo;
f) luzes de balizamento lateral de pista..................15 (quinze) segundos;
g) luzes de eixo de pista de táxi..............................15 (quinze) segundos;
h) luzes de balizamento lateral de pista de táxi......15 (quinze) segundos; e
i) luzes de obstáculos ............................................15 (quinze) segundos.
2.3.3 Todos os componentes visuais constantes em 2.3 deverão possuir controle remoto e
indicador de status na Torre de Controle (CAT II e III).
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3.1.1 A Zona de Proteção do ILS é composta pelas zonas de proteção dos transmissores do
LOC e do GS. As superfícies limitadoras de obstáculos, definidas por distâncias da cabeceira
e das laterais da pista, englobam os locais de instalação das antenas.
3.1.2 A frangibilidade deve ser rigorosamente observada na escolha e definição das torres das
antenas e shelters dos equipamentos, considerados obstáculos pela proximidade à pista, visto
que objetos frangíveis possuem pouca massa, dimensões reduzidas ao tamanho mínimo e são
concebidos para quebrar-se, distorcer-se ou ceder quando submetidos a impacto anormal, de
forma a minimizar o dano às aeronaves.
3.1.3 O documento 9157, parte 6, da OACI prevê que nos casos onde os projetos de
equipamentos frangíveis sejam impraticáveis ou ponham em risco o desempenho operacional
do sistema em relação a requisitos estipulados, o objeto deve ser relocado, ou seja,
posicionado de maneira que não apresente perigo às aeronaves.
3.1.4 As OMIMP deverão procurar garantir a frangibilidade dos suportes e torres das antenas
e shelters dos auxílios à navegação aérea, exigindo dos seus fornecedores documentos dos
fabricantes ou organizações capazes de certificar essa característica.
3.2 LOCALIZER
Uma pesquisa nas informações sobre acidentes relevantes revela que, na sua
maioria, eles ocorrem na área posterior ao final da pista, dentro de uma distância de 300 m.
Todos os equipamentos localizados dentro dessa área devem, portanto, ser de pouca massa
e/ou frangíveis.
3.2.1 ANTENAS
3.2.2 SHELTER
3.2.2.1 O shelter do transmissor para instalações do Localizer não pode ser considerado
frangível, devido a sua massa excessiva. Portanto, no planejamento da instalação de um
Localizer, a localização do shelter do transmissor deve ser cuidadosamente considerada. Em
hipótese alguma o shelter do transmissor do Localizer pode estar posicionado dentro da “Área
de Segurança do Final da Pista” (ou a extensão dela dentro de uma distância de 300 m do final
da pista).
3.2.2.2 O shelter do Localizer do Sistema de Pouso por Instrumentos deverá estar localizado
próximo à antena, a uma distância de, no mínimo, 300 m do final da pista ou a, pelo menos,
76 m para um dos lados do conjunto de antenas e dentro de 30 graus do eixo longitudinal do
conjunto de antenas. Nos casos em que o terreno obrigar a sua colocação a uma distância de
90 m ou maior, uma equipe técnica do SDTE deverá avaliar a viabilidade da instalação, em
virtude das atenuações introduzidas pelo uso de cabos maiores que o normal.
3.2.3.1 A zona de proteção do Localizer é uma área de dimensões definidas ao redor de seu
sistema irradiante, onde veículos e aeronaves são proibidos durante todas as operações ILS.
Essa área é protegida porque a presença de veículos e/ou aeronaves dentro de seus limites
causarão perturbações inaceitáveis aos sinais irradiados no espaço.
NOTA: Implantações do tipo ILS OFFSET são aquelas que possuem a antena do Localizer,
Marcador Externo e Médio e/ou DME Marcador associado ao sistema Localizer por
não ser possível sua instalação no eixo da pista por limitações do sítio aeroportuário.
A linha de curso da antena do Localizer deve cruzar a linha central da pista em um
ângulo que não exceda 3 graus. O conjunto de antenas do Localizer deve ser
instalado junto a lateral da pista em base frangível e de pequena massa. Todas as
superfícies de zona livre de obstáculos e cálculos baseiam-se numa pista fictícia
alinhada ao curso do localizador. Devido ao posicionamento das antenas do
Localizer e limitação para sua instalação, pode-se considerar como sua área de
proteção as dimensões da área sombreada, conforme a figura 2. A definição do
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CENTRO DAS
ANTENAS
75 m
EIXO DA PISTA
PISTA
75 m SEM ESCALA
75 m
300 metros
60 LOC
metros
Fictício
Ponto de 3 metros
Interceptação
Max 3°
O Glide Slope pode estar localizado em qualquer lado da pista. Uma operação
mais confiável ocorrerá quando ele estiver localizado no lado que receber o mínimo de
interferências provenientes de edifícios, linhas elétricas, veículos em movimento e aeronaves,
e que tenha a maior extensão de terreno plano a partir das antenas.
3.3.1 ANTENAS
3.3.1.2 Os tipos de antena imagem utilizadas no Glide Slope são: Nulo de Referência, Banda
Lateral de Referência e Efeito-Captura.
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3.3.1.3 A antena End-Fire é o tipo de antena não-imagem utilizada no Glide Slope. Esse tipo
de antena deverá ser utilizado onde o terreno for inadequado para uma rampa de descida por
tipo de imagem. Nesse caso, o sistema de antenas End-Fire substituirá as antenas padrão, a
unidade de controle amplitude/fase, os dispositivos de captação do monitor, as redes de
recombinação do monitor e caixa de interconexão de instalação implantada em uma Estação
de Rampa de Descida por Efeito-Captura convencional. Sua zona de proteção é mostrada com
detalhes na figura 3.
3.3.1.4 O sistema de antenas/torre do tipo imagem do Glide Slope não poderá estar
localizado a uma distância menor que 120 m em relação à linha central da pista, de acordo
com o anexo 10 da OACI e Portaria 957/GC3 do DECEA. Por outro lado, a montagem do
sistema além dos 200 m da linha central da pista não é recomendada tecnicamente, pois a
altitude de decisão pode ser afetada, devido ao efeito hiperbólico.
3.3.1.7 Nos aeroportos onde as antenas/torre do Glide Slope não possam ficar localizadas a,
pelo menos, 120 m da linha central da pista, em virtude de vegetações, elevações ou
depressões naturais do terreno, assim como construções prediais que possam ocasionar
interferência no sinal eletromagnético por elas emitido no espaço, o SDOP deverá ser
consultado, com vistas a realizar estudos específicos de viabilidade operacional do aeroporto.
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3.3.2 SHELTER
3.3.2.1 Devido a sua massa excessiva, o shelter do transmissor do Glide Slope não pode ser
considerado frangível. Por isso, e em conformidade com o RBAC nº 154, ele deve estar
localizado fora da faixa de pista. Em qualquer circunstância, o shelter do transmissor do Glide
Slope deverá ser instalado a uma distância não inferior a 150 metros em relação à linha
central da pista, próximo ao conjunto antenas/torre. O referido shelter deverá ser construído,
preferencialmente, em estruturas modulares, ou seja, evitando-se as estruturas em alvenaria.
3.3.2.2 Nas instalações onde o shelter estiver localizado a 150 m e as antenas a 120 m ou
menos de distância da linha central da pista, o projeto oriundo do site survey (avaliação de
local) deverá prever um estudo de viabilidade, em virtude das perdas ocorridas pela atenuação
introduzida pelo uso de cabos mais extensos que o normal.
3.3.3.1 A zona de proteção do Glide Slope é composta por duas superfícies definidas em
relação ao seu sistema irradiante, onde veículos e aeronaves são proibidos durante as
operações ILS. Essa área é protegida porque a presença de veículos e/ou aeronaves dentro de
seus limites causarão perturbações inaceitáveis aos sinais do ILS irradiados no espaço.
3.3.3.2 A Zona de proteção do Transmissor da Rampa de Planeio do ILS é composta por uma
superfície horizontal e outra em rampa, ambas limitadoras de obstáculos. A superfície
horizontal possui forma retangular, que tem como largura a distância da lateral da pista até a
antena, somada a uma determinada extensão, perpendicular ao alinhamento do eixo da pista; o
comprimento igual a uma distância determinada, no sentido da cabeceira da pista mais
próxima a partir da antena; e altura igual à cota da base da estrutura de suporte da antena. A
superfície em rampa possui forma retangular com borda inferior coincidente com o limite
externo da superfície horizontal; borda superior localizada a uma determinada altura acima da
superfície horizontal e com a mesma largura desta; e gradiente medido em relação ao plano
horizontal que contém a base da estrutura de suporte da antena, conforme pode ser observado
nas figuras 4 e 5.
600 m 9000 m
ANTENA
9600 m
120 m
A A
X ≥ 120 m
SEM ESCALA
PISTA
SUPERFÍCIE
SUPERFÍCIE
EM RAMPA
HORIZONTA
HORIZONTAL
EM RAMPA
180 m
GRADIENTE = 2%
600 m 9000 m
CORTE AA
SEM ESCALA
9600 m
3.4 MARCADORES
Deve haver dois marcadores em cada instalação, exceto nos casos onde um
DME é utilizado como marcador. Um terceiro marcador poderá ser adicionado sempre que, na
opinião da autoridade competente, um marcador adicional seja necessário, em virtude de
procedimentos operacionais em determinadas localidades. Quando a instalação é composta
por apenas dois marcadores, os requisitos aplicáveis aos marcadores médio e externo devem
ser respeitados.
3.4.1 LOCALIZAÇÃO
NOTA: Deve-se ter cuidado na colocação do marcador interno para evitar interferência entre
ele e o marcador médio.
altura igual à cota da base da antena. Não poderão existir implantações que ultrapassem o
limite dessa superfície, conforme a figura 6.
3.4.3.1 Quando utilizado como alternativa aos marcadores, o DME deverá fornecer
informação de distância operacionalmente equivalente ao fornecido pelo marcador. Quando
for usado como uma alternativa ao marcador médio, ele deverá estar casado em frequência
com o Localizer do ILS e posicionado de modo a minimizar o erro na informação de
distância.
3.4.3.2 Quando o DME é usado como uma alternativa aos marcadores do ILS, ele deve estar
localizado no aeroporto de modo que a indicação de ponto (distância DME) zero da faixa
esteja em um ponto próximo à pista. Se o DME associado ao ILS usa uma correção para o
ponto (distância DME) zero, esse equipamento deve ser excluído de soluções RNAV.
3.4.3.3 A fim de reduzir o erro de triangulação, o DME deve estar localizado de modo a
garantir um pequeno ângulo (por exemplo, menor que 20 graus) entre a trajetória de
aproximação e a direção para o DME nos pontos em que a informação de distância é
necessária.
3.4.3.4 A utilização do DME como uma alternativa ao marcador médio considera um sistema
DME com exatidão de 0,37 km ou melhor e uma resolução de indicação a bordo que permita
que esta exatidão seja atingida.
3.4.3.5 Embora não seja um requisito específico, que a frequência do DME esteja casada com
a do Localizer, quando usado como alternativa ao marcador externo, o casamento de
frequência é preferível onde quer que o DME seja usado com o ILS, para simplificar a
operação do piloto e para permitir que aeronaves com dois receptores ILS possam utilizar
ambos os receptores no canal ILS.
3.4.3.6 Quando houver DME associado, a identificação do Transponder do DME deverá estar
em correspondência, sendo três grupos de identificação de ILS para uma identificação de
DME.
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4 DISPOSIÇÕES FINAIS
4.3 Nas localidades onde as Áreas de Proteção do Localizer e do Glide Slope, por alguma
razão, não puderem ser delimitadas, as autoridades responsáveis pelo aeródromo deverão
solicitar uma avaliação específica ao Subdepartamento Técnico do DECEA.
4.4 Os casos não previstos nesta Instrução, ou novas situações que por ventura venham a
ocorrer, deverão ser avaliados pelo Subdepartamento Técnico do DECEA.
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REFERÊNCIAS