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1-É um folguedo que nasceu na Europa, que conta por meio da música, a

viagem das pastorinhas à Belém - cidade onde nasceu o menino Jesus. No


Brasil, chegou com os colonizadores, que através do teatro ensinado pelos
jesuítas, catequizavam os povos indígenas.

2- Hoje, o pastoril não necessariamente apresenta trechos


dramatizados, e trazem basicamente a apresentação das jornadas encenada
por jovens meninas.

3-As pastoras recebem nomes de flores, e se apresentam


obrigatoriamente em fileiras, divididas em dois cordões: o encarnado liderado
pela Mestra e posicionado no lado esquerdo, e o azul, no lado direito,
comandado pela Contramestra. Esta posição das pastorinhas nos cordões
originou grupos, que divididos em partidos, possuem preferências por
determinada cor.

4-Entre os dois cordões, vestida com as duas cores, dança a Diana. Os


outros personagens variam de acordo com a região; entre eles podemos
encontrar: a borboleta, a cigana, a camponesa, a estrela, o anjo, o
pastorzinho.

5- As cores vermelho e azul representam a disputa entre cristãos e


mouros, fazendo uma referência às lutas travadas na Península Ibérica, pela
conversão dos infiéis à Religião Católica, presentes também em outras
manifestações populares como a Cavalhada.

6- As músicas, também conhecidas como jornadas, loas ou cançonetas,


geralmente falam do nascimento de Jesus, do significado do natal e de
algumas personagens; sempre acompanhadas com pandeiros. Geralmente
são apresentadas em três ritmos diferentes: marchinha, maxixe e valsinha.

7-O vestuário das pastoras é composto de saias e coletes bordados,


blusas brancas, meiões e sapatilhas; na cabeça usam tiaras com flores, fitas
ou pedras decorativas. Nas mãos geralmente trazem pandeiros ou maracás.

8- O espetáculo é acompanhado por instrumentos de percussão: surdo,


tarol, saxofone, violão, zabumba e pandeiro. Hoje, devido ao alto custo
cobrado pelas orquestras, muitos grupos se apresentam ao som de Cd.

9-No Recife, existem diversos grupos de pastoril espalhados nas


comunidades como Pina, Ibura, Brasília Teimosa, Água Fria, Monteiro,
Cordeiro, entre outras localidades, além de numerosos grupos formados pelas
escolas das redes pública e privada do Recife e Região Metropolitana.

10-Hoje, o pastoril é divido em dois tipos: o religioso e o profano. Este


último, com músicas e personagens focado no público adulto.

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