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Escola: CENTRO DE ENSINO CÔNEGO ADERSON GUIMARÃES JÚNIOR 1º ANO –

Disciplina: ELETIVA DE BASE PROFESSORAS: HELAINE E RENATA

Dança do Caroço de origem indígena, a dança do Caroço se concentra na região do


Danças Maranhenses Delta do Parnaíba, principalmente no município de Tutóia. É executada por brincantes
de qualquer sexo ou idade. As toadas improvisadas são tiradas pelos cantadores com
Bumba meu Boi firmou seu lugar a partir de meados do século XX, se expandindo acompanhamento dos brincantes que respondem com o refrão, acompanhados de
nas décadas seguintes. Essa brincadeira tem vários estilos e sotaques que se instrumentos como caixas (tambores), cuíca e cabaça. Com roupas simples e livres, os
diferenciam pelos instrumentos, indumentárias e pelas formas de expressão. O Boi componentes dançam isolados formando uma roda ou cordão. As mulheres trajam-se
de matraca é o sotaque do interior da ilha de São Luís e conta com a presença de com vestidos de corpo baixo, na cor branca, com gola redonda e mangas com quatro
muitos participantes, que de matraca nas mãos, pandeiros, tambor de onça, cuícas e folhos pequenos do mesmo tecido da saia, que deve ser estampada, franzida e curta,
maracás, dançam e entoam as suas cantigas (Maioba, Maracanã, Ribamar, Iguaíba e com três folhos.
Jaçatuba). O Boi de orquestra, brincadeira bastante tradicional em São Luís, nas
regiões dos rios Itapecuru e no Munim, utilizando instrumentos de sopro, como A Dança do Lelê é proveniente das danças de salão trazidas pelos povos ibéricos,
pistons, sax, clarinetes, além de maracás (Axixá, Morros, Rosário, Presidente particularmente os franceses, no século XIX. Especialmente praticada nos municípios
Juscelino e Nina Rodrigues). O Boi de zabumba é o mais africano dos ritmos, e de Rosário e Axixá, na região do Munim, é também conhecida como Dança do Péla. O
espalha-se do litoral ao sertão, com cantorias ritmadas pela zabumba e maracás. Na nome vem da antiga tradição de reunir pessoas para matar galinhas e “pelar” porcos,
Baixada Ocidental organiza-se com o ritmo de pandeirão (Pindaré, Penalva e São garantindo a fartura no dia seguinte à festa. Os instrumentos que embalam os cantos são
João Batista) (BOTELHO, 2009, p. 255-256). violão, cavaquinho (ou banjo), pandeiro, castanholas, flauta (ou pífano) e rabeca. Em
pares, homens e mulheres se dispõem em filas liderados pelo mandante, a pessoa que é
Tambor de Crioula é uma das danças folclóricas maranhense de origem afro- responsável por coordenar a brincadeira. O primeiro par da fila é a cabeceira de cima
brasileira praticada por descendentes de negros em louvor a São Benedito, um dos (que também podem ser os mandantes), enquanto o último é chamado de cabeceira de
santos mais populares entre os negros. É uma dança alegre, marcada por muito baixo.
movimento dos brincantes e muita descontração.
Não existe um dia determinado no calendário para a dança, que pode ser Dança do Coco tem sua origem no canto de trabalhadores nos babaçuais do interior do
apresentada, preferencialmente, ao ar livre, em qualquer época do ano. Atualmente, Maranhão. É uma dança de roda cantada, com acompanhamento de pandeiros, ganzás,
o tambor de crioula é dançado com maior frequência no período carnavalesco e cuícas e das palmas dos que formam a roda. A coreografia não apresenta complexidade.
durante os festejos juninos. Originalmente não exigia um tipo de indumentária ¬xa, Como adereços, os componentes da dança carregam pequenos cofos e machadinhas,
mas nos dias atuais a dança pode ser vista com as brincantes vestidas em saias imitando os instrumentos de trabalho nos babaçuais. Além dessas danças, pode-se
rodadas com estampas em cores vivas, anáguas largas com renda na borda e blusas presenciar, nos arraiais da cidade, no período dos festejos juninos, outras danças como a
rendadas e decotadas brancas ou de cor. Os adornos de ores, colares, pulseiras e quadrilha, que de forma caricatural retrata uma cena da vida do caipira do Nordeste
torços coloridos na cabeça terminam de compor a caracterização da dançante. Os brasileiro; a dança da fita e dança portuguesa.
homens trajam calça escura e camisa estampada.
O Tambor de Mina é a denominação mais comum para o culto originado em São Luís
Dança do Cacuriá é uma dança típica do estado do Maranhão, surgida como parte que, depois, foi sendo difundido para outros estados. Seu nome vem da expressão
das festividades do Divino Espírito Santo, uma das tradições juninas. A dança é feita Negro-Mina, como os escravos provenientes da costa da Mina, atual Gana, eram
em pares com formação em círculo, o “cordão”, acompanhada por instrumentos de chamados quando chegavam ao Brasil. De origem afro, a manifestação da religiosidade
percussão chamados caixas do Divino (pequenos tambores). No final da Festa do popular tem lugar em casas de culto e nos terreiros.
Divino Espírito Santo, após a chamada derrubada do mastro, as caixeiras do carimbó O tambor de mina tem duas casas principais, sendo elas a Casa das Minas, mais antiga, e
podem descansar. É neste momento que elas passam à porção profana da festa, com a Casa de Nagô, que originou outros terreiros na capital. Nas celebrações, são usados
o cacuriá. A parte vocal é feita por versos improvisados respondidos por um coro de instrumentos como tambores, cabaças, triângulos e agogôs.
brincantes.
BOTELHO, Joan. Conhecendo e debatendo a História do Maranhão. 3.ed.
São Luís: Gráca e Editora Impacto, 2009.

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