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Comunicação Institucional em Museus
Comunicação Institucional em Museus
Institucional em
Museus
Profa. Kimberly Terrany Alves Pires
Profa. Alahna Santos da Rosa
Profa. Julia Maciel Jaeger
Indaial – 2021
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof . Kimberly Terrany Alves Pires
a
R788c
Rosa, Alahna Santos da
Comunicação institucional em museus. / Alahna Santos da
Rosa; Julia Maciel Jaeger; Kimberly Terrany Alves Pires. – Indaial:
UNIASSELVI, 2021.
210 p.; il.
ISBN 978-65-5663-351-0
ISBN Digital 978-65-5663-547-7
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao Livro Didático Comunicação
Institucional em Museus, que objetiva auxiliar o processo de descobrimento
e compreensão da importância dos elementos comunicacionais dentro do
contexto museológico.
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun-
to em questão.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Bons estudos!
LEMBRETE
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 66
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 129
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 206
UNIDADE 1 —
NOÇÕES BÁSICAS
DE COMUNICAÇÃO
MUSEOLÓGICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1 —
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, apresentaremos as teorias comunicacionais desenvolvidas no
campo das ciências matemáticas e sociais, que, até hoje, se perpetuam em todos os
meios de comunicação, e também em museus, que promovem a comunicação em
suas mais diversas formas. Além disso, você também irá conhecer, brevemente,
as teorias da Semiótica que versam sobre a forma como produzimos sentido,
processo essencial ao aprendizado.
3
UNIDADE 1 — NOÇÕES BÁSICAS DE COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA
4
TÓPICO 1 —NOÇÕES BÁSICAS DE COMUNICAÇÃO EM MUSEUS
NOTA
CLAUDE E. SHANNON
5
UNIDADE 1 — NOÇÕES BÁSICAS DE COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA
É muito comum ver a expressão “Eu falei ‘normal’, você que leu com
raiva” em uma conversa em um aplicativo de mensagens. Isso acontece porque,
na comunicação escrita – a que predomina nos museus, por exemplo –, é muito
mais complicado entender a entonação e o significado intrínseco nas palavras
de alguém; é preciso que a mensagem esteja colocada em um contexto de uma
relação entre os participantes da conversa para sua compreensão não ser – muito
– afetada pelos ruídos.
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TÓPICO 1 —NOÇÕES BÁSICAS DE COMUNICAÇÃO EM MUSEUS
ATENCAO
Mudança de conceito
O primeiro conceito de museu foi determinado ainda na década 1970, tendo sido,
posteriormente, revisto, em 2007, quando o Conselho Internacional de Museus (ICOM)
determinou a descrição anteriormente vista. Contudo, desde 2018, as instituições museais,
os profissionais de museus associados ao ICOM e os pesquisadores do campo passaram a
questionar se o conceito de museu ainda é representativo da realidade museológica que
vivemos hoje, nos anos 2020.
Nesse cenário, novos papéis sociais e, principalmente, novas dinâmicas de comunicação,
por mídias sociais, jogos e imersões tecnológicas, o ICOM decidiu rever o conceito de
“museu”. A definição estava prevista para acontecer na 25ª Conferência Geral do ICOM, em
2019, em Kyoto, cidade do Japão. Na ocasião, a opção apresentada não agradou a todos
os Comitês Nacionais e, por isso, foi adiada para 2020. Com a ocorrência da pandemia
por COVID-19, a segunda reunião dos associados foi suspensa e as discussões sobre a
questão se alastraram ainda mais, por meio de recursos que os comitês disponibilizaram
aos associados para que contribuíssem com suas percepções sobre a construção desse
novo conceito. Até a finalização deste material, não havia sido determinada nenhuma nova
definição para “museu”, permanecendo a atual.
7
UNIDADE 1 — NOÇÕES BÁSICAS DE COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA
Acadêmico, você deve estar pensando: “Por que estamos falando de códigos, linguagens,
decodificação e tudo mais, se este é um livro sobre comunicação institucional em museus?”.
A razão é simples: nosso objetivo é que você compreenda que o museu é um espaço
essencialmente de comunicação e, ainda, de diferentes tipos de comunicação: verbal,
visual, mediada etc. No decorrer das unidades, aprofundaremos os recursos expográficos
que não somente visam a comunicar a mensagem de uma exposição, mas também
representam a instituição na qual estão colocados.
8
TÓPICO 1 —NOÇÕES BÁSICAS DE COMUNICAÇÃO EM MUSEUS
ATENCAO
9
UNIDADE 1 — NOÇÕES BÁSICAS DE COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA
Percebe-se que o fato museal nada mais é do que a relação entre um objeto
e um sujeito, que é dotado e consciente das habilidades necessárias, para produzir
sentido nessa interação. Existe, também, uma pressuposição de reciprocidade do
significado, em que se espera que o objeto seja reconhecido como o representante
de um contexto, fazendo jus ao seu valor de musealidade.
Até então, o enfoque foi dado à relação que se constrói entre o indivíduo
e o objeto – seja ele tridimensional, bidimensional, imagem ou texto escrito.
No entanto, a exposição não é feita somente desses objetos, pois a organização
espacial e o restante dos recursos que uma curadoria utiliza exercem grande
influência na experiência do visitante e permitem – ou não – que a mensagem
chegue de maneira satisfatória ao público.
10
TÓPICO 1 —NOÇÕES BÁSICAS DE COMUNICAÇÃO EM MUSEUS
11
UNIDADE 1 — NOÇÕES BÁSICAS DE COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA
TUROS
ESTUDOS FU
UNI
Pep talk
Acadêmico, se você nunca estudou ou teve contato com a Semiótica, tudo bem! Co-
nhecer, ainda que um pouco dessa teoria, é só um extra para entender o quão abran-
gente a sua comunicação pode ser e o quanto ela permeia diversos meios do museu.
O museólogo desenvolve inúmeras habilidades, no decorrer do curso, que o tornam
altamente qualificado para criar e executar exposições; portanto, pensar esse processo
com viés da Semiótica é só um adendo ao nosso olhar técnico.
12
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
13
AUTOATIVIDADE
I- Regime de programação.
II- Regime de ajustamento.
III- Regime de acidente.
IV- Regime de manipulação.
14
( ) O visitante chega ao museu, percorre o espaço como de costume e, ao
entrar em uma das galerias da instituição, percebe que há um totem
informativo que ele nunca tinha encontrado. No totem, está exposto um
dispositivo digital e suas informações para uso.
( ) Ao ler as instruções para o uso do dispositivo, ele o utiliza conforme as
instruções disponibilizadas. A experiência consiste em um aplicativo
desenvolvido para responder às dúvidas do público sobre as obras de
arte expostas.
( ) O visitante realiza inúmeras perguntas ao aplicativo e o experimenta em
todas as obras expostas. Ele ouve as respostas do aplicativo e se sente
satisfeito.
( ) As perguntas que o visitante fez ao aplicativo foram simples e cotidianas,
mas ele conseguiu compreender as respostas e sentiu-se mais próximo
das obras de arte.
a) ( ) II – III – IV – I.
b) ( ) III – IV – II – I.
c) ( ) I – II – III – IV.
d) ( ) III – IV – I – II.
15
16
UNIDADE 1
TÓPICO 2 —
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, aprofundaremos os conceitos vistos anteriormente, a fim de
compreender como eles são aplicados na prática museal, em especial no meio de
comunicação de excelência do museu: a exposição.
17
UNIDADE 1 — NOÇÕES BÁSICAS DE COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA
ATENCAO
18
TÓPICO 2 — A EXPOSIÇÃO COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO
TUROS
ESTUDOS FU
Essa postura aproxima-se dos conceitos que vimos sobre Semiótica. Isso
porque busca, não somente a interação que produz sentido nos agentes envolvidos
no processo, mas também porque considera que o receptor tem uma bagagem
cultural e social que é essencial à mensagem que a instituição busca passar. Nesse
sentido, considera-se, na concepção de exposições, que:
19
UNIDADE 1 — NOÇÕES BÁSICAS DE COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA
TUROS
ESTUDOS FU
20
TÓPICO 2 — A EXPOSIÇÃO COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO
FIGURA 1 – ADAPTAÇÃO DO MODELO DE COMUNICAÇÃO DOS ANOS 1940, POR EILEN HOO-
PER-GREENHILL
FONTE: Adaptada de Hooper-Greenhill (1994, p. 41, apud ALMEIDA; LOPES, 2003, p. 138)
21
UNIDADE 1 — NOÇÕES BÁSICAS DE COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA
FONTE: Adaptada de Fusari; Dupas (1997, apud ALMEIDA; LOPES, 2003, p. 140)
22
TÓPICO 2 — A EXPOSIÇÃO COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO
diálogo entre o receptor e o objeto, isso porque o primeiro passa a ser considerado
um elemento essencial na dinâmica comunicacional e a dar um:
FONTE: Adaptada de Rússio Guarnieri (1981, apud ALMEIDA; LOPES, 2003, p. 140)
23
UNIDADE 1 — NOÇÕES BÁSICAS DE COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA
NOTA
24
TÓPICO 2 — A EXPOSIÇÃO COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO
25
UNIDADE 1 — NOÇÕES BÁSICAS DE COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA
Pode ser que, hoje em dia, seja difícil desvincularmos a ideia de processo
comunicativo das exposições; porém, é preciso considerar que a dinâmica da
construção de uma narrativa que se transforme em uma comunicação eficaz,
através de objetos, requer o uso de muitos outros recursos que viabilizem
a compreensão por parte do receptor e, há alguns anos, isso ainda não era
explorado teoricamente. Somente nos últimos anos do século XX, estudos foram
desenvolvidos, tanto para conhecer os públicos quanto para desenvolver técnicas
curatoriais que explorassem a concepção de que a exposição é uma experiência
altamente sensorial, visto que apreendemos as informações daquele ambiente por
meio de nossos sentidos – visão, olfato, audição, tato e até paladar, vez ou outra.
Além disso, em 2020, tivemos uma demanda que exigia uma forma de
comunicação exclusivamente mediada pela tecnologia e pelos dispositivos
digitais. Isso fez com que quaisquer iniciativas, ainda que incipientes, de
potencializar a presença das instituições museais na internet se tornassem uma
necessidade emergencial. A internet passou a ser a janela com o mundo externo.
26
TÓPICO 2 — A EXPOSIÇÃO COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO
NOTA
27
UNIDADE 1 — NOÇÕES BÁSICAS DE COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA
28
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
29
AUTOATIVIDADE
a) ( ) II – II – I – I.
b) ( ) I – I – I – II.
c) ( ) I – II – II – I.
d) ( ) I – II – I – II.
30
I- Catálogos, pesquisas acadêmicas, conferências técnicas.
II- Ações educativas, exposições, visitas guiadas.
III- Redes sociais, newsletter, revistas digitais.
31
UNIDADE 1 TÓPICO 3 —
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, apresentaremos os primeiros recursos de uma exposição: os
recursos textuais. A escolha e construção desses elementos é de suma importância
para que a comunicação seja efetiva no contexto de exposições e de quaisquer
outros processos comunicacionais do museu, pois é o contato direto com o
público.
2.1 TEXTOS
É importante aprendermos um pouco sobre os formatos de textos
encontrados dentro de um museu e sua aplicabilidade, a qual depende da
necessidade de comunicação.
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UNIDADE 1 — NOÇÕES BÁSICAS DE COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA
Logo, para fazer com que o texto no museu seja mais benéfico do que
custoso para o visitante, ao longo deste tópico, aprenderemos algumas estratégias
e padrões que podem auxiliar nessas construções.
34
TÓPICO 3 — FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO EM MUSEUS
UNI
35
UNIDADE 1 — NOÇÕES BÁSICAS DE COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA
36
que podem ser criados ao longo do texto (DEAN, 1996). O espaço entre as linhas
tem que ser harmonioso, de forma que não resulte em textos demasiados brancos
ou pretos – efeito bloco.
2.1.1 Títulos
Considerando a composição desses textos e alguns padrões sugeridos, a
maioria contempla dois itens: o título e o texto (ou corpo de texto, como também
pode ser chamado). Os títulos são maiores, curtos e de leitura rápida e simples
(IBRAM, 2017). Não existe uma delimitação de tamanho da letra ou do material,
sempre utilizando a criatividade (Figura 7).
37
A seguir, veremos algumas orientações para os acompanhantes dos títulos
– os subtítulos.
2.1.2 Subtítulos
Os subtítulos são elementos que auxiliam no entendimento do título,
podem trazer informações complementares e indicar limites temporais e
espaciais dentro da temática da exposição. Título e subtítulo funcionam de forma
complementar um ao outro, pois objetivam fornecer subsídios para que o visitante
entenda o conceito da exposição e as grandes ideias apresentadas (SOUSA, 2014).
FONTE: As autoras
38
Como padrão, a extensão do texto é de 75 palavras, embora, segundo
Dean (1996), essa regra seja maleável se o texto cumprir com os quesitos clareza,
legibilidade, simplicidade, entre outros. Se possuir vários parágrafos, essa
regra deve ser seguida em cada um deles. Nesse caso, é fundamental um bom
espaçamento entre os parágrafos, com objetivo de dar um respiro visual ao leitor.
NOTA
Família e corpo
40
FIGURA 10 – MODELO DE LEGENDA DE OBRA DE ARTE
41
FIGURA 12 – MODELO DE LEGENDA INTERPRETATIVA
42
• Sempre identificar com uma legenda própria, quando um objeto tiver que
ser retirado da exposição para restauro ou outros fins. É importante que o
visitante entenda o porquê da ausência daquele elemento na exposição
(SERRELL, 1996).
FONTE: As autoras
Outro aspecto que deve ser observado é o espaço. Quando há grande fluxo
de pessoas transitando, textos e legendas podem ser um problema, seja pelo fato
de as pessoas atrapalharem o fluxo das outras para lerem os textos ou por terem
que esperar alguém terminar a leitura para poderem ler. Nesse caso, o aumento
do tamanho das letras nem sempre será a solução. Alguns museus tentam saídas
criativas para esse tipo de impasse, propondo novos formatos para legendas,
como as fichas de leitura. Geralmente, esses recursos são disponibilizados no
início da mostra ou da sala e apresentam as informações sobre todos os objetos.
O visitante tem em suas mãos as legendas e os textos de todos elementos da sala,
podendo fazer a leitura sentado ou perambulando entre os artefatos em exibição.
Essa estratégia possibilita acesso à informação, mesmo em situações ou ambientes
com grande fluxo de pessoas (SOUSA, 2014).
43
Outro recurso interessante, que pode ser utilizado de forma análoga ao
anteriormente citado, é o próprio guia do museu, que tem caráter interativo
pouco explorado (SOUSA, 2014). Esses livretos podem ser elaborados visando
à interação do público durante o período de visitação, contendo questões
que podem ser respondidas durante a visita e outras atividades. É necessária
criatividade para a concepção desse tipo de material.
DICAS
44
FIGURA 14 – MODELO DE FICHA TÉCNICA
45
E
IMPORTANT
46
DICAS
47
A hierarquia das informações também auxilia na legibilidade dos textos.
É fundamental que o leitor entenda com facilidade o que é o elemento principal
(título e subtítulo) e os acompanhantes (texto secundário). Isso pode ser facilmente
demonstrado com mudança de tamanho da letra, cor e posicionamento (IBRAM,
2017).
ATENCAO
48
NTE
INTERESSA
Legibilidade
Uma curiosidade: a palavra “legibilidade”, em português, é a tradução de duas palavras
com significados diferentes no inglês: legibility e readability.
Legibility refere-se ao quanto as palavras e os símbolos podem ser reconhecidos por um
indivíduo. Fatores como o tamanho da letra, a iluminação, o espaço entre as linhas ou as
palavras e as cores das letras influenciam na capacidade de reconhecimento do texto.
Readability tem relação com o conteúdo, o nível de dificuldade do texto e a capacidade
do leitor de entender o que está escrito. O estilo da escrita, o comprimento das frases e o
nível do vocabulário são fatores que afetam a readability (SOUSA, 2014, p. 78).
Logo, os dois termos são complementares a nossa ideia de legibilidade em textos
expositivos, pois precisamos de harmonia entre os dois fatores apresentados pelos termos
legibility e readability. Fique atento quando estiver lendo uma fonte em inglês para não
confundir os termos!
49
Textos posicionados longe dos objetos a que fazem referência ou aqueles
menos visíveis, necessitando de expressivo deslocamento do visitante para tornar
possível a visualização de seu conteúdo, tendem a ser menos lidos. Portanto,
aquele tipo de legenda com números nos objetos dentro da vitrine e todas as
informações compiladas em forma de listagem (instalada nas proximidades),
comunicacionalmente, não é o mais indicado. O visitante, na ação de descobrir
o número e retornar à legenda, acaba perdendo o interesse antes de identificar
as informações de todas as peças presentes na vitrine. Essa estratégia é indicada
apenas quando o espaço é muito restrito para aproximar as informações do objeto.
FONTE: As autoras
50
Em se tratando de criatividade, outro ponto importante da escrita é
escolher quem será a voz do texto. Além de escolher se será em primeira pessoa
ou terceira (mais comumente utilizadas), deve-se determinar se será uma voz
institucional, de um personagem fictício, do curador ou outro tipo de narrador
(SOUSA, 2014). A Figura 19 apresenta uma exposição que tem seus textos
expográficos construídos como um diálogo – como se o narrador da exposição
estivesse conversando com alguém.
FONTE: As autoras
51
Começaremos por uma estratégia visual, indicada por Dean (1996, p. 117)
“como forma de atrair a atenção do visitante para o conteúdo do texto o uso da
letra capitular (primeira letra grande em relação ao corpo do texto) ou o uso de
itálico ou negrito na primeira linha do texto”.
1. Textos que não estão relacionados com uma grande ideia, que
divagam sem foco ou objetivos.
2. Textos que têm demasiada ênfase na instrução (apresentação de
informações) em vez de interpretação (que oferece provocação).
3. Textos que não levam em conta os conhecimentos prévios, interesses
e/ou equívocos dos visitantes – que não sabem quem é o público.
4. Textos com nenhum sistema aparente de design e conteúdo para
organizar as mensagens, códigos ou contexto.
5. Textos escritos com um vocabulário que está fora do alcance para a
maioria dos visitantes.
6. Textos que são muito longos e prolixos.
7. Textos que fazem perguntas que não são as perguntas dos visitantes.
8. Textos para objetos interativos que não têm instrução ou
interpretações localizadas de maneiras lógica e integrada.
9. Textos que não começam com o concreto, referências visuais.
10. Textos que são difíceis de ler por causa da má tipografia (má
escolha de tipografia, design, iluminação, materiais, ou da posição)
(SERRELL, 1996, p. 233 [tradução nossa]).
52
QUADRO 1 – RESUMO DE CONTEÚDOS
DICAS
53
Em suma, vimos como funciona a comunicação a partir dos textos em uma
exposição. Esse recurso está presente em quase todos os ambientes de um museu
e tem o objetivo de auxiliar explicando, identificando e orientando o visitante que
frequenta esse espaço.
DICAS
Indicação de leitura
Quer conhecer, de forma rápida, todos os pontos que compõem uma exposição?
Indicamos a leitura do livro Caminhos da Memória: Como fazer uma exposição, uma
publicação do IBRAM (2017) que está repleta de orientações para conceber e montar uma
boa exposição. Nesse material, você também encontrará os temas texto e legibilidade
(IBRAM, 2017, p. 59-66).
Outra dinâmica que deve exigir bastante atenção são os textos que
solicitam a participação do visitante, abrangendo ações como sentir, ver, fazer,
cheirar ou degustar. Esses textos devem prender a atenção do público e ser claros
54
nas mensagens. É importante que esse recurso esteja bem visível, sendo o mais
indicado a inclusão de placas de sinalização para reforçar a dinâmica esperada de
interatividade com o visitante. A seguir, será possível observar alguns modelos de
placas que reforçam a possibilidade de determinadas ações dentro da exposição.
FONTE: As autoras
FONTE: As autoras
55
Na Figura 21, temos um conjunto de recursos que indicam a possibilidade
de manuseio da peça: a sinalização de “Permitido tocar”, a legenda com os dados
principais, ao lado de uma legenda em braile e, por fim, a réplica de um objeto em
gesso. Apesar de tantos itens colaborando para a transmissão da mensagem sobre
a permissão para tocar na obra, é fundamental a presença do símbolo.
56
Algumas instituições vêm desenvolvendo uma linguagem própria para
pictogramas e símbolos de indicação e orientação, elaborados em consonância
com o design geral do museu. Na Figura 24, temos um modelo de indicação
para os sanitários, com design estilizado. Ao formular esses novos símbolos, é
importante manter elementos e características compreendidos de forma geral,
com linhas simples e de fácil visualização.
FONTE: <https://i.pinimg.com/564x/d4/45/4f/d4454ff2edb2d84de3cbeb5e5720085b.jpg>.
Acesso em: 24 nov. 2020.
57
LEITURA COMPLEMENTAR
Tereza Scheiner
58
Ao longo do século XX, esse jogo romântico entre ilusão e realidade
tornou-se uma das formas mais apreciadas de exposição, remetendo o observador
ao domínio da fantasia – especialmente nos museus norte-americanos, que, com
tais artifícios, buscaram compensar a relativa carência de espetaculares acervos
de arte, história e arqueologia, tão comuns nos museus europeus. Estes últimos,
ainda que utilizando dioramas e ambientações, permaneceram concentrados
nas mostras de objetos com ênfase “coisológica”, como diria Marcel Mauss . A
reação a essas tendências partiu dos museus dedicados às artes “moderna” e
“contemporânea” – os primeiros capazes de trabalhar a exposição como processo
ou como obra aberta; consolidou-se com o advento dos museus exploratórios,
cuja dinâmica é centrada na relação objeto x visitante, e aprofundou-se com a
inclusão das áreas naturais preservadas no universo do Museu .
A partir dos anos 1990, uma outra “revolução” se anuncia: uma nova
epistemologia do conhecimento permite que se perceba o Museu como um
evento, um acontecimento, uma eclosão da mente ou dos sentidos, cujo sentido
se dá no instante, no momento mesmo da relação. Nessa perspectiva, coloca-se,
definitivamente em segundo plano, a articulação espacial/formal da exposição –
que atuará como cenário, ou acessório, para a verdadeira experiência: a que une,
no instante da relação, exposição e visitante. E que é intensa, verdadeira, intangível
e personalíssima. E que é fugaz. É, pois, no domínio da intangibilidade que se
percebe, hoje, a relação exposição x visitante – na centelha de reconhecimento que
faz com que o indivíduo apreenda, pela emoção e pelos sentidos, a coisa exposta.
59
A estrutura do discurso
60
instrumentos de suspensão da memória coletiva, especialmente no caso de
períodos recentes e ambivalentes da história nacional ou mundial – quando se
decide pela omissão ou não apresentação de certos fatos ou memórias que são
considerados perturbadores por alguns segmentos da sociedade.
61
em pleno uso na sociedade contemporânea. Assim, hoje videotextos e experiências
interativas virtuais comunicam mais fácil e completamente que, por exemplo,
as tradicionais etiquetas – principalmente naquelas exposições onde se espera
público jovem ou familiarizado com as novas tecnologias. Todavia, espera-se que
a exposição não se esgote nesses recursos, tornando-se a mera cópia de produtos
já exaustivamente oferecidos por outras agências mediáticas.
FONTE: SCHEINER, T. Comunicação, Educação, Exposição: novos saberes, novos sentidos. Se-
miosfera, ano 3, n. 4-5, 2003. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/0B590Ws5n2-5Hc-
3VDRXBuTzhMVFE/view. Acesso em: 20 nov. 2020.
62
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
63
AUTOATIVIDADE
64
5 As sinalizações nas exposições têm papel fundamental para boa fruição
do visitante no espaço. Considere os exemplos apresentados para cada
situação e associe os itens, utilizando o código a seguir:
I- Permissão.
II- Proibição.
III- Orientação.
IV- Instrução.
a) ( ) III – I – II – IV.
b) ( ) IV – III – I – II.
c) ( ) IV – I – III – II.
d) ( ) I – IV – III – II.
65
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. M.; LOPES, M. M. Modelos de comunicação aplicados aos estu-
dos de públicos de museus. Revista Ciências Humanas, v. 9, n. 2, p. 137-145,
2003.
66
FIORIN, J. L. A noção de texto na semiótica. ORGANON – Revista do Instituto
de Letras da UFRGS, v. 9, n. 23, 1995. Disponível em: http://www.seer.ufrgs.br/
index.php/organon/article/view/29370/18060. Acesso em: 26 nov. 2020.
67
ROSA, A. S. A experiência Reblink: A mediação da produção de sentido por
dispositivo digital em exposição de museu. 2020, 139f. Dissertação (Mestrado
em Museologia e Patrimônio) – Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2020.
68
UNIDADE 2 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
69
70
UNIDADE 2 TÓPICO 1 —
1 INTRODUÇÃO
Assim como vimos alguns modelos e esquemas comunicacionais e suas
aplicabilidades no campo da Museologia na unidade anterior, neste tópico,
daremos seguimento a essa temática conhecendo as possibilidades práticas de
comunicar em museus.
2 AÇÕES EDUCATIVO-CULTURAIS
Após a identificação da exposição como meio de comunicação por
excelência do museu, sendo o espaço no qual se estabelecem as relações entre
os homens e os objetos, pode parecer que a comunicação museológica se encerra
ali. Pode-se pensar “basta realizar uma boa exposição para ter como garantia a
entrega da mensagem”, porém isso não corresponde à realidade.
Como diria o antigo ditado, “não vamos colocar a carroça à frente dos
bois”. Antes de tudo, é preciso saber que, em um processo comunicacional,
principalmente naqueles em que diversas interpretações são permitidas, como é
o caso da exposição, na grande maioria das vezes, é muito difícil garantir que o
significado da mensagem recebida por um indivíduo seja tal qual o significado
que o emissor teve a intenção de enviar. De modo geral, esse também não é – ou
não deveria ser – a intenção de uma exposição de museu.
71
UNIDADE 2 — MUSEU: LUGAR DE EDUCAR O PÚBLICO POR MEIO DA COMUNICAÇÃO
72
TÓPICO 1 — AÇÕES EDUCATIVO-CULTURAIS EM MUSEUS
NTE
INTERESSA
73
UNIDADE 2 — MUSEU: LUGAR DE EDUCAR O PÚBLICO POR MEIO DA COMUNICAÇÃO
74
TÓPICO 1 — AÇÕES EDUCATIVO-CULTURAIS EM MUSEUS
NOTA
75
UNIDADE 2 — MUSEU: LUGAR DE EDUCAR O PÚBLICO POR MEIO DA COMUNICAÇÃO
76
TÓPICO 1 — AÇÕES EDUCATIVO-CULTURAIS EM MUSEUS
TUROS
ESTUDOS FU
Portanto, é certo afirmar que os museus são lugares que têm por objetivo
educar o seu público. Contudo, pode surgir a dúvida: “que tipo de educação é
promovida em museus, já que suas narrativas são tão específicas?”. A resposta
para essa pergunta está nas relações que as ações educativo-culturais constroem
com os indivíduos no espaço do museu. Para Valente (2009, p. 85), “a educação
e a cultura são os processos fundamentais da formação intelectual própria dos
indivíduos”. Assim, a educação é o meio pelo qual aprendemos o que nos pertence
culturalmente, e ela acontece dentro do museu, um espaço considerado um local
de educação não formal.
77
UNIDADE 2 — MUSEU: LUGAR DE EDUCAR O PÚBLICO POR MEIO DA COMUNICAÇÃO
NTE
INTERESSA
Portanto, a resolução da nova definição foi adiada para a Conferência Geral do ICOM de
2022, e as discussões seguem abertas.
Reflita você também, acadêmico, sobre o que acha que a nova definição de museu deve
conter.
78
TÓPICO 1 — AÇÕES EDUCATIVO-CULTURAIS EM MUSEUS
79
UNIDADE 2 — MUSEU: LUGAR DE EDUCAR O PÚBLICO POR MEIO DA COMUNICAÇÃO
80
TÓPICO 1 — AÇÕES EDUCATIVO-CULTURAIS EM MUSEUS
81
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
82
AUTOATIVIDADE
a) ( ) III – II – I.
b) ( ) II – I – III.
c) ( ) I – II – III.
d) ( ) II – III – I.
2 As relações que uma instituição museal estabelece com seu público, por
meio das ações educativo-culturais, são fundamentais, sendo o setor
educativo uma forma de aproximar o museu de seu público e de criar
novas possibilidades de narrativas. Disserte sobre a importância dessas
atividades no contexto comunicacional do museu.
83
posturas problemáticas das instituições. Considerando as possíveis soluções
para cada tipo de “síndrome” de museu, associe os itens, utilizando o
código a seguir:
a) ( ) III – I – II.
b) ( ) I – III – II.
c) ( ) II – III – I.
d) ( ) III – II – I.
a) ( ) Plano museológico.
b) ( ) Exposição.
c) ( ) Conservação.
d) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
84
UNIDADE 2 TÓPICO 2 —
ESTUDO DE PÚBLICO
1 INTRODUÇÃO
Podemos imaginar incontáveis motivos para que o desejo de um visitante
de conhecer um museu, como questões pessoais ou ocasionais: conhecer o
museu, ter interesse pela temática da exposição, diversão, acompanhar alguém,
entre tantos outros. Conhecer, de fato, essas motivações faz parte do processo de
gestão de uma instituição museológica, podendo ajudar muito no planejamento
das ações educativas e culturais.
2 ESTUDO DE PÚBLICO
O público é um elemento de fundamental importância para os museus.
Conforme a definição do ICOM, museus são “uma instituição permanente,
sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, aberta ao
público e que faz pesquisas relacionadas com os testemunhos materiais do ser
humano e de seu ambiente, tendo em vista a aquisição, conservação, transmissão
e, principalmente, exposição desse acervo com a finalidade de estudo, educação
e deleite”. Logo, a partir dessa definição, podemos perceber a figura do público
como elemento central na conceituação do que é um museu e para que ele serve
na atualidade.
85
UNIDADE 2 — MUSEU: LUGAR DE EDUCAR O PÚBLICO POR MEIO DA COMUNICAÇÃO
2014, p. 128). Sua elaboração também serviu para o público visitante ter a seu
alcance informações devidamente organizadas sobre os museus, tendo sido
disponibilizado virtualmente na homepage do Instituto Brasileiro de Museus
(IBRAM) (COSTA; BRIGOLA, 2014).
DICAS
86
TÓPICO 2 — ESTUDO DE PÚBLICO
87
UNIDADE 2 — MUSEU: LUGAR DE EDUCAR O PÚBLICO POR MEIO DA COMUNICAÇÃO
88
TÓPICO 2 — ESTUDO DE PÚBLICO
E
IMPORTANT
Pode parecer um pouco estranho, mas são estudos muito valiosos para os
museus.
O pesquisador pode ficar em um local parado ou circular entre os visitantes, procurando
mapear o comportamento de cada pessoa, ou como reagem quando estão em grupo.
Geralmente, o agente que está sendo foco da pesquisa não tem consciência de que
está sendo observado, o que é importante, pois ele deve agir normalmente para que o
pesquisador tenha os dados mais realistas possíveis daquele cenário.
89
UNIDADE 2 — MUSEU: LUGAR DE EDUCAR O PÚBLICO POR MEIO DA COMUNICAÇÃO
UNI
90
TÓPICO 2 — ESTUDO DE PÚBLICO
De acordo com pesquisa realizada por Roger Miles (1993) sobre o Museu
Britânico de História Natural, foi observado que os visitantes não permaneciam
mais de 2h30min no museu, sendo esse tempo dividido pelos outros equipamentos
da instituição, como a loja, o café, o restaurante e os sanitários. Outros aspectos
identificados nessa pesquisa foram:
91
UNIDADE 2 — MUSEU: LUGAR DE EDUCAR O PÚBLICO POR MEIO DA COMUNICAÇÃO
Outro clássico estudo de público foi realizado por Pierre Bourdieu e Alain
Darbel, que foi aplicada por meio de um questionário respondido por milhares de
pessoas de diferentes países da Europa (França, Espanha, Grécia, Itália, Holanda
e Polônia) e tinha a finalidade de saber por que alguns visitantes possuíam uma
matriz cultural e outros não (BOURDIEU; DARBEL, 2007). A falta dessa matriz
cultural ainda é muito presente no Brasil, o que explica o baixo nível de uso dos
equipamentos culturais (museus, bibliotecas, teatros, cinemas, entre outros)
pela população – todavia, o público brasileiro, historicamente, visita instituições
culturais em outros países quando está em viagens turísticas. Dessa forma, podemos
perceber o quão atual é a questão tratada nessa pesquisa (DEGELO, 2009).
DICAS
92
TÓPICO 2 — ESTUDO DE PÚBLICO
dizer que não haveria razão para um museu existir, pois um museu sem o público
é apenas um espaço para guardar objetos.
NOTA
93
UNIDADE 2 — MUSEU: LUGAR DE EDUCAR O PÚBLICO POR MEIO DA COMUNICAÇÃO
94
TÓPICO 2 — ESTUDO DE PÚBLICO
E
IMPORTANT
95
UNIDADE 2 — MUSEU: LUGAR DE EDUCAR O PÚBLICO POR MEIO DA COMUNICAÇÃO
96
TÓPICO 2 — ESTUDO DE PÚBLICO
97
UNIDADE 2 — MUSEU: LUGAR DE EDUCAR O PÚBLICO POR MEIO DA COMUNICAÇÃO
98
TÓPICO 2 — ESTUDO DE PÚBLICO
DICAS
Uma pesquisa de público diferenciada, realizada por desenhos e textos, foi feita
pelos professores Dr. Mário de Souza Chagas e Dra. Denise Studart, com o auxílio de alunos
da Pedagogia e Museologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
O público que respondeu à pesquisa foram adolescentes, com idade média de 12 a 18 anos.
A partir de desenhos ou resenhas, os jovens responderam às questões: “Como você vê o
Museu?” e “Você já foi ao museu?”.
Conheça esse estudo completo, acessando o link: http://revistamuseologiaepatrimonio.
mast.br/index.php/ppgpmus/article/viewFile/94/120.
realizar comparações com as respostas, assim não pode haver diferença nas
perguntas ou na ordem das questões (LODI, 1974, apud LAKATOS; MARCONI,
1996).
100
TÓPICO 2 — ESTUDO DE PÚBLICO
101
UNIDADE 2 — MUSEU: LUGAR DE EDUCAR O PÚBLICO POR MEIO DA COMUNICAÇÃO
102
TÓPICO 2 — ESTUDO DE PÚBLICO
103
UNIDADE 2 — MUSEU: LUGAR DE EDUCAR O PÚBLICO POR MEIO DA COMUNICAÇÃO
DICAS
104
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• A ferramenta mais utilizada para estudos de público é a entrevista, que pode ser
realizada de três distintas formas: aberta, em que o entrevistado tem liberdade
de discorrer sobre o tema proposto; estruturada, geralmente composta de
questionário fechado, enviado ou entregue ao visitante; e semiestruturada,
constituída por questões abertas e fechadas, tendo o entrevistador papel
fundamental na condução do diálogo, o qual pode aprofundar situações que
saiam do roteiro inicial.
105
AUTOATIVIDADE
106
d) ( ) Avaliação do processo: é promovida pela equipe responsável pelo
desenvolvimento de determinado processo de concepção e/ou execução
de exposição e visa ao refinamento das metodologias e técnicas de
trabalho e de planejamento.
I- Entrevista aberta.
II- Entrevista estruturada.
III- Entrevista semiestruturada.
a) ( ) I – III – II.
b) ( ) II – I – III.
c) ( ) III – II – I.
d) ( ) III – I – II.
107
UNIDADE 2
TÓPICO 3 —
INTERATIVIDADE EM MUSEUS
1 INTRODUÇÃO
É comum ouvir a frase “museu é lugar de coisa velha e sem graça”. Como
vimos anteriormente, esse discurso é resultado de uma gestão inadequada dos
espaços museais, que pode levar a um baixo aproveitamento das potencialidades
educacionais de seus acervos.
Essas reflexões são muito pertinentes para os dias atuais, em que vivemos
permeados pela tecnologia, sendo de grande importância para realização do
trabalho do museólogo.
2 INTERATIVIDADE EM MUSEUS
Nunca estivemos tão envolvidos em processos tecnológicos como nos dias
atuais. Se, desde os anos 2010, nos comunicamos, consumimos e até trabalhamos
por meio da internet, em 2020, em função da pandemia de Coronavírus (Covid-19),
nos tornamos seres absolutamente digitais. Nosso trabalho, lazer e qualquer
necessidade de contato com o mundo externo ficaram completamente vinculados
ao uso dos dispositivos tecnológicos conectados à internet.
109
UNIDADE 2 — MUSEU: LUGAR DE EDUCAR O PÚBLICO POR MEIO DA COMUNICAÇÃO
110
TÓPICO 3 — INTERATIVIDADE EM MUSEUS
111
UNIDADE 2 — MUSEU: LUGAR DE EDUCAR O PÚBLICO POR MEIO DA COMUNICAÇÃO
NOTA
112
TÓPICO 3 — INTERATIVIDADE EM MUSEUS
3 TECNOLOGIA
Conforme visto, o desenvolvimento da tipologia de museu tradicional
interativo ocorreu tanto em função da necessidade de promover uma
experimentação para o público dos museus de ciências quanto por conta do
avanço e disponibilidade de tecnologias. Assim, essas instituições passaram
a ser conhecidas como museus interativos, considerados “uma tendência do
século XXI. Utilizam recursos tecnológicos para transmitir conteúdos de forma
participativa, democratizar a informação e atrair e incluir o público” (ISRAEL,
2011, p. 6).
mensagem que a exposição carrega, promovendo, assim, uma nova postura para
o público: o de participante ativo da construção dessa mensagem.
NTE
INTERESSA
114
TÓPICO 3 — INTERATIVIDADE EM MUSEUS
115
UNIDADE 2 — MUSEU: LUGAR DE EDUCAR O PÚBLICO POR MEIO DA COMUNICAÇÃO
DICAS
116
TÓPICO 3 — INTERATIVIDADE EM MUSEUS
mensagens e reflexões que propomos aos públicos, não podemos nos afobar, na
ânsia de acompanhar o futuro, e negligenciar a necessidade do indivíduo que
busca conhecimento em nosso meio.
117
UNIDADE 2 — MUSEU: LUGAR DE EDUCAR O PÚBLICO POR MEIO DA COMUNICAÇÃO
DICAS
118
TÓPICO 3 — INTERATIVIDADE EM MUSEUS
119
UNIDADE 2 — MUSEU: LUGAR DE EDUCAR O PÚBLICO POR MEIO DA COMUNICAÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
Apesar disso (ou, até mesmo, por causa disso), pouca atenção tem sido
dada à sua linguagem específica, àquilo que a define como uma exposição
propriamente museológica. Com muita frequência, as exposições são tratadas
como livros tridimensionais. O autor ou as equipes que as elaboram dificilmente
escapam da combinação de textos e objetos “ilustrativos”, com algumas variações,
dependendo do orçamento de que se dispõe. Quer se trate de objetos históricos
ou “aparatos interativos”, a função dos objetos é, quase sempre, ilustrar um texto
– que pode ser apresentado na forma impressa, por meio de vídeos ou telas de
computador.
120
TÓPICO 3 — INTERATIVIDADE EM MUSEUS
121
UNIDADE 2 — MUSEU: LUGAR DE EDUCAR O PÚBLICO POR MEIO DA COMUNICAÇÃO
Embora possa ocorrer “no plano intelectual”, estaria “ausente dos museus
de ciência e tecnologia”, nos quais a liberdade dos visitantes “é limitada pela
existência prévia de uma ideia a comunicar. Tal observação leva-nos ao terreno
da Arte, no qual as interpretações resultantes da interação entre uma obra e seu
fruidor são sempre livres e subjetivas, a despeito das inúmeras práticas que,
ao longo do tempo, tiveram como objetivo fixar arbitrariamente significados e
interpretações autorizadas(2).
122
TÓPICO 3 — INTERATIVIDADE EM MUSEUS
123
UNIDADE 2 — MUSEU: LUGAR DE EDUCAR O PÚBLICO POR MEIO DA COMUNICAÇÃO
Notas
124
RESUMO DO TÓPICO 3
125
• A interatividade não depende da tecnologia, mas do quanto se é capaz de
envolver o público na narrativa expográfica e do quanto é possível fazer o
público sentir-se ouvido e considerado pelo museu.
CHAMADA
126
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Realidade aumentada.
b) ( ) Jogo de tabuleiro.
c) ( ) Tela touchscreen.
d) ( ) Vídeos informativos.
3 O simples ato de mexer ou tocar em objetos, por si só, não garante uma
experiência de interatividade de sucesso. Nesse sentido, Pavão e Leitão
(2007) apresentam uma cadeia de desenvolvimento sobre o processo de
interação através de alguns conceitos. Considerando a ordem correta que
os autores determinam a interatividade dos conceitos “on”, assinale a
alternativa CORRETA:
127
5 A relação dos museus com a tecnologia pode ser complexa e gerar mais
afastamento do que aproximação. Os museus tradicionais têm uma relação
muito importante com a materialidade, enquanto os museus interativos
lançam mão de outras estratégias tecnológicas para oferecer aos seus
públicos. No entanto, todas as tipologias de museu podem – e devem – fazer
uso dos sistemas tecnológicos e digitais disponíveis hoje. Para os autores
do campo dos museus e da tecnologia, existem algumas potencialidades.
Associe os itens, utilizando o código a seguir:
I- Internet e intranet.
II- Multimídia.
III- Simulações, micromundos e games.
128
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. M. O contexto do visitante na experiência museal: semelhanças e
diferenças entre museus de ciência e de arte. História, Ciências, Saúde – Man-
guinhos, Rio de Janeiro, v. 12 (suplemento), p. 31-53, 2005.
BOURDIEU, P.; DARBEL, A. The love of art: european art museums and their
public. Stanford: Stanford Un. Press, 1990. 176 p.
129
CANCLINI, N. G. Culturas híbridas – Estratégias para entrar y salir de la mo-
dernidad. Mexico: Editorial Grijalbo; 1989.
COUCHOT, E. A Arte pode ainda ser um relógio que adianta? O autor, a obra
e o espectador na hora do tempo real. In: DOMINGUES, D. (Org.). A Arte no
século XXI: a humanização das tecnologias. São Paulo: Ed. da UNESP, 1997. p.
135-143.
130
CURY, M. X. Comunicação e pesquisa de recepção: uma perspectiva teórico-me-
todológica para os museus. História, Ciências, Saúde, v. 12 (suplementos), p.
365-80, 2005.
DIMAGGIO, P. et al. Audience studies for the performing arts and museums.
Research report. Washington: National Endowment for the Arts, October 1978.
102 p.
131
KORN, R. Introduction to Evaluation: theory and methodology. In: BERRY, N.;
MAYER, S. (Orgs.). Museum education: history, theory and practice. Reston:
The National Art Association, 1989. p. 219-238.
LOPES, M. M. Resta algum papel para o(a) educador(a) ou para o público nos
museus? Boletim do CECAICOM-Brasil, ano 1, n. 0, p. 1-4, 1997.
132
MINAYO, M. C. S; SANCHES, O. Quantitativo-qualitativo: Oposição ou com-
plementaridade? Cadernos de Saúde Pública, p. 239-262, 1993.
133
SOUSA E SILVA, C. M. Pesquisa de público em museus e instituições abertas
à visitação – fundamentos e metodologias. Dissertação (Mestrado) – Escola de
Comunicação da UFRJ, 1989. 128 p.
WAGENSBERG, J. The “total” museum, a tool for social change. História, Ciên-
cias, Saúde, v. 12 (suplemento), p. 309-322, 2005.
134
UNIDADE 3 —
DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO
MUSEOLÓGICA NA
CONTEMPORANEIDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
135
136
UNIDADE 3 TÓPICO 1 —
COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NO
ÂMBITO VIRTUAL
1 INTRODUÇÃO
Dentro do contexto atual, em que somos cotidianamente mediados
pela tecnologia e pelos dispositivos digitais, é natural imaginar que isso afete a
produção de sentido e a maneira pela qual nos comunicamos uns com os outros
e com o mundo. Sendo os museus um meio de comunicação, como já visto nas
unidades anteriores, era esperada a sua adaptação a esse contexto tecnológico.
137
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
A virtualidade, para Lévy (1996), sugere uma forma de ser que ainda
não é. Portanto, corresponde a uma potência. No caso dos museus e de outras
instituições culturais, apropriar-se do que pode ser uma força é um meio de
explorar todas as facetas desse museu, uma vez que se trata de um lugar de
educação, conhecimento, lazer e preservação da realidade, sendo que, em
momento algum, é tido como uma entidade estática. Nesse sentido, é pertinente
que, enquanto pesquisadores e trabalhadores de museus, busquemos descobrir
quais outras maneiras de ser são pertinentes a nossa instituição.
138
TÓPICO 1 — COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NO ÂMBITO VIRTUAL
NOTA
139
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
140
TÓPICO 1 — COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NO ÂMBITO VIRTUAL
É preciso existir uma visão estratégica para que o uso do meio virtual
auxilie no estabelecimento comercial dos museus, pois, ainda que os museus sejam
entidades sem fins lucrativos, eles precisam de verbas para seu financiamento.
A adoção desse posicionamento estratégico é potencialmente relevante para
garantir isso.
Rosa (2020) traz uma análise bastante pertinente sobre a relação entre
os digital influencers e os museus. Nesse sentido, a autora questiona se, em
função do crescimento do marketing de influência, seria possível transformar as
instituições museais em influencers? Nessa perspectiva, os museus explorariam
sua função de formadores de opinião do grupo no qual estão inseridos, embora,
para que isso aconteça, é preciso ter o reconhecimento social adequado, que só é
atingido pelas estratégias de gestão.
141
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
Essa tipologia de site serve como um guia básico para a instituição e também
se repete muito no âmbito dos aplicativos, que acabam sendo um informativo e
oferecem pouca interação entre o sistema e o público (Figura 2) – essa segunda
tipologia tem sido encontrada com mais facilidade e é chamada de museus no
mundo virtual. Henriques (2004) afirma que essa categoria corresponde aos sites
que apresentam visitas virtuais, acesso aos sistemas de acervo e informações mais
detalhadas sobre ele.
142
TÓPICO 1 — COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NO ÂMBITO VIRTUAL
FONTE: As autoras
Esses recursos estão bem mais desenvolvidos hoje em dia e já não são
mais tão onerosos às instituições, tornando possível a aquisição dos serviços de
maneira mais ampla. As visitas virtuais podem ser disponibilizadas no site ou
contar com aplicativos que ofereçam maior interação do público com as obras
e com o espaço de visita físico (Figuras 3 e 4). Além disso, também está incluída
nessa categoria a disponibilização dos acervos da instituição no Repositório
Digital Tainacan (Figura 5), o qual foi desenvolvido para ser a base de dados
oficial de museus geridos pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM).
143
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
FIGURA 4 – APLICATIVO QUE OFERECE UMA VISITA GUIADA VIRTUAL NO MUSEU FÍSICO,
INCLUI INFORMAÇÕES EXTRAS SOBRE AS OBRAS E ARTISTAS EXPOSTOS
FONTE: As autoras
144
TÓPICO 1 — COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NO ÂMBITO VIRTUAL
NTE
INTERESSA
146
TÓPICO 1 — COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NO ÂMBITO VIRTUAL
Para além dos resultados que a experiência ofereceu – os quais não serão
aprofundados neste material –, a aplicação de um serviço tecnológico no espaço
expositivo museológico dá à instituição uma imagem muito inovadora, o que
serve como uma maneira de chamar a atenção do público, atraindo-o para a
experiência. Novamente, essa perspectiva corrobora-se em função da nossa
cultura altamente permeada pela virtualidade e pelos dispositivos digitais.
147
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
148
AUTOATIVIDADE
I- Folheto eletrônico.
II- Museus no mundo virtual.
III- Museus realmente interativos.
a) ( ) F – V – V.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – F – F.
d) ( ) V – V – V.
150
UNIDADE 3 TÓPICO 2 —
1 INTRODUÇÃO
Muito se fala em comunicação em museus, por ser um dos pilares que
regem essas instituições. Neste tópico, veremos a comunicação institucional dos
museus, ou seja, a forma como essas instituições se apresentam para o mundo e se
comunicam com seu público, seus funcionários, seus parceiros, os financiadores
etc. Essa comunicação pode ocorrer dentro da instituição, mas também por meio
de outras plataformas, como propagandas, sites, redes sociais, flyers, outdoors
etc.
151
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
152
TÓPICO 2 — COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL EM MUSEUS
153
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
DICAS
154
TÓPICO 2 — COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL EM MUSEUS
ATENCAO
Criar uma marca é diferente de gerir uma marca. O primeiro requer a criação
de um nome e um logotipo; a definição de um posicionamento e o planejamento de
como a marca quer ser reconhecida. Já o gerenciamento (branding) da marca deve traçar
estratégias visando a alcançar os objetivos da instituição.
FONTE: As autoras
156
TÓPICO 2 — COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL EM MUSEUS
157
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
158
TÓPICO 2 — COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL EM MUSEUS
E
IMPORTANT
Para reforçar sobre como utilizar a identidade visual do museu, tanto interna
quanto externamente, vale citar que pode ser constituído um manual de identidade
visual, no qual se apresentam todos os elementos utilizados pela marca e como ela deve
ser aplicada, padronizando e garantindo que a marca do museu será sempre reproduzida
da mesma forma. Veja mais sobre isso no vídeo a seguir: https://www.youtube.com/
watch?v=KwKxdYmNotA.
159
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
160
TÓPICO 2 — COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL EM MUSEUS
DICAS
Para saber mais sobre o branding nos museus, indicamos duas produções de
Luis Marcelo Mendes (jornalista e consultor de organizações culturais, especialista no de-
senvolvimento de projetos de comunicação, branding, mídias digitais, editoriais e de expo-
sições). A primeira é o livro Reprograme: comunicação, branding e cultura numa nova era
de museus, que conta com artigos de autores de vários locais do mundo – disponível em:
http://www.luismarcelomendes.com.br/wp-content/uploads/2019/05/reprograme_vol_1.
pt_.pdf.
A segunda sugestão é a palestra “Branding e Museus”, dada por Mendes no programa
Língua Afiada, promovido pelo Museu das Minas e do Metal, da Gerdau, localizado em
Minas Gerais – confira o vídeo acessando o link: https://www.youtube.com/watch?v=Af-
GFbI0ADt8.
161
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
4 SITE INSTITUCIONAL
O site institucional é uma ferramenta de comunicação muito importante
para os museus. Contudo, além de possuir um site, é preciso que ele seja útil e
funcional para aqueles que vão acessá-lo em busca de informações. Por isso, é
importante aprender mais sobre o que precisamos ter em um site de museu.
Um site pode ser criado para cumprir diversas funções. De acordo com
Carvalho (2014, p. 84), em uma perspectiva museológica, o site do museu pode
ter:
NOTA
Cada um desses aspectos não exclui os outros. O site pode ter mais de um
cunho, dependendo apenas das informações e dos elementos que vão compô-lo.
162
TÓPICO 2 — COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL EM MUSEUS
163
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
Além dos itens citados, o site deve apresentar uma seção para o educativo
e para publicações, pois a instituição possui um setor educativo muito ativo e
promove diversas publicações. Nesse sentido, saiba que, em cada instituição,
pode haver seções diferentes, adequadas à atuação de cada museu. A Figura 17
mostra um exemplo da página inicial do site do Museu Histórico Nacional.
E
IMPORTANT
164
TÓPICO 2 — COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL EM MUSEUS
DICAS
5 REDES SOCIAIS
Com relação às redes sociais, algumas das plataformas mais famosas
atualmente são: Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn etc.
DICAS
Acadêmico, reflita: o que você faz ao utilizar essas redes? Em geral, as pessoas
se conectam e se comunicam umas com outras pessoas, criando e compartilhando
informações e conteúdos.
165
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
As redes sociais do museu devem ser uma extensão daquilo que ele é em
seu dia a dia, contemplando a sua missão e visão; constituem-se em uma forma
virtual de se conectar com o público, tanto aquele que já conhece a instituição
física como aquele que nunca a visitou. Além disso, permite que o público interaja
diretamente com a instituição por meio de comentários, avaliações e mensagens
privadas.
O uso das mídias sociais pelos museus pode ser categorizado em três
situações (KIDD, 2011, apud MARTINS; CARMO; SANTOS, 2017):
166
TÓPICO 2 — COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL EM MUSEUS
O Sebrae (2017) dá algumas dicas sobre o uso das redes sociais por
empresas, as quais foram adaptadas ao contexto museal, pois se trata de um caso
diferenciado:
E
IMPORTANT
167
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
168
TÓPICO 2 — COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL EM MUSEUS
• Museu do Imigrante de Bento Gonçalves começou a ser mais ativo nas redes
durante a pandemia. Utiliza sempre a cor da identidade visual nos posts.
Produzem vídeos rápidos mostrando o dia a dia da instituição, com um tom
divertido e de fácil acesso aos visitantes (Figura 20).
• Pinacoteca de São Paulo (Figura 21) realiza intensa divulgação das atividades
promovidas e das obras expostas. Além disso, estimula os visitantes a
postarem fotos no museu através de campanhas (por exemplo, “com qual
obra da Pina você se parece?”) e do uso de hashtags.
169
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
170
TÓPICO 2 — COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL EM MUSEUS
ATENCAO
171
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
ATENCAO
172
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
173
AUTOATIVIDADE
I- Colaboração.
II- Inclusão.
III- Marketing.
a) ( ) II – I – III.
b) ( ) III – II – I.
c) ( ) III – I – II.
d) ( ) I – II – III.
a) ( ) V – F – V – F.
b) ( ) F – V – V – F.
c) ( ) F – F – V – V.
d) ( ) F – F – V – F.
1 INTRODUÇÃO
177
FIGURA 23 – HISTÓRICO DE TERMINOLOGIA NO BRASIL
178
E
IMPORTANT
Logo, pensar em acessibilidade não é apenas optar pelo público que tem
algum tipo de necessidade especial – cabe salientar que muitos dos recursos e
soluções comunicacionais utilizados para esses visitantes acabam beneficiando
o público em geral. De fato, trata-se de uma medida técnica-social destinada
a garantir o acolhimento de todos os usuários potenciais (COHEN; DUARTE;
BRASILEIRO, 2012).
179
Os recursos utilizados para inclusão costumam proporcionar diferentes
oportunidades sensoriais, e todo público gosta desse tipo de interação. Um bom
exemplo é a utilização dos objetos táteis nas exposições e mostras, pois, apesar de
o público com deficiência visual ser o principal alvo, geralmente, o público geral
também tem a oportunidade de experienciar esse recurso.
180
FIGURA 24 – MEDIDAS PARA MOBILIÁRIOS ACESSÍVEIS
E
IMPORTANT
182
apontadas pelo próprio público e os múltiplos significados que
se possa obter a partir da sua interação com o objeto cultural
(TOJAL, 2015, p. 196).
E
IMPORTANT
183
inclusão nas instituições é a absorção de profissionais com deficiência no corpo
funcional do museu, principalmente para desempenhar funções de atendimento
ao público, compondo as equipes de educadores. Os surdos podem realizar
visitas mediadas em Libras, possibilitando um canal direto de comunicação com
público com deficiência auditiva (TOJAL, 2015).
NOTA
184
3 COMPONENTES DA ACESSIBILIDADE E AMBIÊNCIA
Ao se pensar em acessibilidade, é comum pensar em medidas
relacionadas a questões físicas, como rampas, banheiros adaptados e pisos
táteis. Frequentemente, são as medidas mais encontradas nos espaços culturais,
ainda que muitos deles não estejam minimamente adaptados. De acordo com
Dischinger e Bins Ely (2005), existem quatro condições para aplicação, de forma
satisfatória, da acessibilidade:
• a orientabilidade, que ocorre quando o visitante sabe onde está e para onde
deve ir, de forma totalmente autônoma. Um exemplo é a orientação para
localizar os sanitários da instituição;
• o deslocamento, quando o visitante tem condições ideais para se movimentar
ao longo do percurso proposto, como rampas e espaços que permitam livre
circulação de cadeirantes;
• a comunicação, relacionada à possibilidade de obter boas condições de troca
de informações e compreensão;
• o uso, tido como uma oportunidade de participação nas atividades que
o visitante desejar de forma autônoma, confortável e segura, como pela
utilização de recursos táteis.
185
Todas estratégias apresentadas podem auxiliar vários públicos – a
ambiência não é exclusivamente pensada para o público PCD, mas, sim, para
potencializar os elementos sensoriais de uma exposição, os quais naturalmente
causam a inclusão de vários sentidos.
186
Apesar do estabelecimento das normas, muito ainda se deve fazer para a
efetiva acessibilidade nos espaços culturais. A seguir, aprofundaremos o debate
sobre a aplicabilidade das tecnologias assistivas que proporcionam interpretação,
compreensão e participação de pessoas com deficiência nos espaços de museus e
exposições.
DICAS
187
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
Dessa forma, esse recurso serve para explicar o que acontece nas cenas,
e não apenas o diálogo, possibilitando a descrição de paisagens, objetos e
personagens, assim como descrevendo aspectos apresentados na linguagem
corporal e nas expressões faciais; sua finalidade é aumentar a compreensão do
deficiente visual de materiais e experiências audiovisuais, como peças de teatro,
filmes, programas de TV, óperas, espetáculos de dança, exposições, mostras,
eventos turísticos, esportivos, pedagógicos e científicos, como aulas, seminários,
congressos, palestras, feiras, entre outros (CASADO, 2007).
188
TÓPICO 3 — ACESSIBILIDADE COMUNICACIONAL EM MUSEUS
3.2 BRAILE
A deficiência visual pode ser classificada como total ou parcial, também
chamada de baixa visual. Em determinados níveis, nesse último caso, a ampliação
das fontes e dos objetos pode promover a compreensão do conteúdo.
189
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
Esse recurso pode ser acoplado aos painéis informativos ou ser fornecido
como uma publicação disponível na recepção da instituição, que poderá ser
manuseada e levada pelo visitante ao longo da exposição (MINEIRO, 2004).
Nem todo cego é alfabetizado em braile, alguns preferem ler letras em relevo.
Dessa forma, quando o braile estiver sendo utilizado para uma legenda ou texto
expográfico, ele deve ficar abaixo das letras em relevo ou sobrepostas à escrita
simples adesivada na face do suporte, para que o mesmo item possa ser lido
pelos dois públicos. O braile é apresentado sozinho apenas quando o material
for o texto impresso, destinado apenas para o público com deficiência visual
(CARDOSO, 2014).
190
TÓPICO 3 — ACESSIBILIDADE COMUNICACIONAL EM MUSEUS
191
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
Tecnicamente, para uma coleção ser tocada, ela deve estar posicionada
na zona de alcance gestual comum aos visitantes, ou seja, entre 0,80 m e 1,40
m. Sempre que forem utilizados objetos táteis, eles devem estar em suportes
planejados ao alcance de todos os visitantes, inclusive de pessoas em cadeiras de
rodas (COHEN; DUARTE; BRASILEIRO, 2012).
192
TÓPICO 3 — ACESSIBILIDADE COMUNICACIONAL EM MUSEUS
193
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
FONTE: As autoras
194
TÓPICO 3 — ACESSIBILIDADE COMUNICACIONAL EM MUSEUS
3.4 LIBRAS
As pessoas com deficiência auditiva também podem ser classificadas
por níveis mais brandos ou severos. Com análises sobre a ambiência acústica, é
possível utilizar tecnologias de amplificação do som, que podem atender pessoas
que tenham algum problema auditivo leve. Todavia, para atender amplamente
esse público, é importante que os funcionários do museu sejam capacitados com
treinamento na Linguagem Brasileira de Sinais – conhecida como Libras.
195
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
DICAS
NOTA
196
TÓPICO 3 — ACESSIBILIDADE COMUNICACIONAL EM MUSEUS
LEITURA COMPLEMENTAR
MUSEUM NEXT
Robert Jones
Museu × Marca
Esses “por quês” têm uma dimensão tanto externa quanto interna.
Presença externa
Agora, mais do que nunca, as pessoas têm uma gama imensa de opções
e tempo limitado. Diante de tanta variedade, precisam saber rapidamente qual
o vínculo delas com qualquer museu. Precisam saber por que deveriam investir
tempo e dinheiro, ou criatividade e ideias nessas coisas.
197
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
Muitos museus estão preocupados, pois, mesmo com boa visitação, ainda
assim interessam a um público pequeno e, portanto, são raramente visitados por
minorias étnicas ou visitantes locais.
Propósito interno
198
TÓPICO 3 — ACESSIBILIDADE COMUNICACIONAL EM MUSEUS
que não se deve fazer. É uma ferramenta de gerenciamento muito mais sutil do
que “comando e controle” (se é que, de fato, isso já foi possível com curadores
intelectualmente independentes).
Uma marca é muito mais do que a tradicional “missão” que muitos museus
têm desde os primórdios. “Missão” é uma palavra fria, oficial, nada empolgante.
Marca é atitude, a ação única do museu sobre mundo, é clima, é a pedra de toque,
é o polo magnético.
No entanto, para a enorme maioria dos museus, a marca ainda não tem
todo esse poder intrínseco e o branding é apenas uma ferramenta de marketing,
com muito pouca influência fora desse departamento. Nesta pesquisa, quase
dois terços dos representantes, 65%, disseram que suas marcas “determinam
a aparência de artigos de papelaria, sinais e folhetos”. Apenas 23% afirmaram
que ela “orienta nosso programa de exposições”, e somente 17% disseram que
“orienta o comportamento de nossa equipe”.
199
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
Ou seja, estão cada vez menos parecidos com instituições (com um único
ponto de vista estabelecido de forma hierarquizada), e cada vez mais organizados
como plataformas (locais que permitem que diversas pessoas e organizações
formem e compartilhem pontos de vista).
A partir de agora
200
TÓPICO 3 — ACESSIBILIDADE COMUNICACIONAL EM MUSEUS
A estratégia atual do museu pode também ajudar aqui: o que ele pretende
fazer mais? E menos? Qual caminho a organização está percorrendo, quais são
os possíveis destinos? Todavia, a estratégia não deveria dominar: a marca vai
continuar existindo por muito mais tempo do que a estratégia atual.
E mais importante, entender como isso pode ser útil para as pessoas.
Não em um sentido simplesmente utilitarista, mas como as pessoas podem, ao
interagir com você, fazer mais as coisas que realmente querem fazer?
A partir dessa ideia essencial, duas outras coisas ficam claras para um
museu. Primeiro, o uso do jargão da marca, seu “propósito”, ou seja, que tipo de
plataforma ele oferece para os visitantes, membros, fundadores, colaboradores,
voluntários.
201
UNIDADE 3 — DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO MUSEOLÓGICA NA CONTEMPORANEIDADE
E deve ser feita sem pressa: na verdade, deve ser compreendida como um
processo ininterrupto de definição e compreensão, sempre em transformação,
como o mundo e as pessoas dentro do museu.
FONTE: Adaptado de JONES, R. Museum Next. In: MENDES, L. M. [Org.]. Reprograme: Comu-
nicação, Branding e Cultura numa nova era de museus. Rio de Janeiro: Ímã Editoria; 2012. p.
27-41.
202
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
I- Deficiência auditiva.
II- Deficiência física.
III- Deficiência visual.
( ) Videoguia em Libras.
( ) Texto em braile.
( ) Audiodescrição.
( ) Rampas e elevadores.
a) ( ) I – III – II – III.
b) ( ) III – III – II – I.
c) ( ) I – III – III – II.
d) ( ) II – III – III – I.
204
( ) Orientabilidade possibilita boas condições de compreensão das
informações.
( ) Uso está associado à oportunidade de participar de forma autônoma,
confortável e segura, como na utilização de um tablet informativo em
uma exposição.
( ) Comunicação está relacionada à possibilidade de localizar o café do
museu de forma totalmente autônoma.
( ) Deslocamento é quando o visitante tem condições ideais para se
movimentar no museu.
a) ( ) Maquetes.
b) ( ) Intérprete em Libras.
c) ( ) Réplicas.
d) ( ) Letras em relevo.
205
REFERÊNCIAS
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Brasi-
leira. ISO 9001:2008. Rio de Janeiro, 2008.
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