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(7)CAIXINHA DIFERENTE

Reflexos no espelho
De fatos acontecidos
Distorcidos, sem oferta de perdão
Algo a dizer tenho, sob uma nova visão.

A religião não será a providência


Terá a espiritualidade da vivência
Pode parecer um desserviço assim esclarecer
Distante de agradar a plateia, talvez não me farei entender.

Avalanche de emoções
Mergulho no interior dos meus botões
Caído em reflexão, mas não vencido pela aflição
Uma lição muita antiga se confirma no meio dessa discussão.

Disso vem discernimento


De Freud (1900) até o nosso tempo
De que o ser humano nada esquece por dentro
E tudo pode se revelar na pressão do momento.

Não importa religião, ficção ou crença


Da alvorada da vivência ao crepúsculo da existência
Em caixinhas invisíveis tudo fica guardado no inconsciente
Revelando-se nas entrelinhas toda essência do ser.

Preconceitos, traumas, reprimidos desejos e amores


Alegrias, ódios, religião e temores
Relacionamento com pais e entre outros irmãos
Agressões, tristezas, assédios e humilhações.

São cenas que dão o molde


Sem perceber o consciente
Tendente em qualquer idade
A criar a própria versão da realidade.

Interpretação limitada pelo conteúdo


No interior das caixinhas invisíveis armazenado
Isso não é nem bom nem ruim
É o ser humano que é assim.

Pra contrabalançar esse conflito


Existente em todo ser maldito ou bendito
Que não raramente o deixa aflito
Pode-se na balança calibrar o pêndulo.

Para que não se tire sempre


A foto da realidade
com as mesmas premissas vigentes
necessário abrir novas fontes na psique.

Ler um livro de visão diferente


Ver um filme sob a ótica divergente
Tomar um caminho que não seja corrente
Aprender nova arte para ativar a mente.

Não fechar no passado a memória


A qual parece sempre querer se impor no presente
Com isso conseguir refazer a história
Olhando a vida de modo diverso sem ser incoerente.

Mas isso é uma trilha exigente


A mudança pode até sangrar na carne da gente
De repente a experiência que era o suporte
Poderá não mais ser o seu norte daqui para frente.

A vivência passada
Não deve ser petrificada
Por mais difícil que seja de ser renovada
É uma nova emoção que precisa sem paragens ser buscada.

Não importa se é mãe, pai, irmão, parente ou amigão


Dentro do ser humano existe de forma latente um turbilhão
E despercebidamente guia na atualidade sua própria ação
Este é o ser humano, se é bom ou ruim não sei, mas essa é a Criação.

Praticar a compaixão nesse cenário


Independentemente do livro sagrado ou da religião
Pode atrair a solução no conflito criado
Mesmo que não seja trilhando na mesma direção.

AUTORIA POÉTICA: CLAUDIO FELIPPIO(CF)11/2021.

(Todos os direitos de autor reservados nos termos da Lei nº 9.610/1998).

Fontes de imagem: mídias visuais.

Outros poemas; https://maggiapoettica.cf/?p=154

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