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SIMULADO KUNG FU MANGA

01. Sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), assinale a alternativa INCORRETA.


A) A criação do SUS é um legado das crenças democráticas e socialistas que surgiram
com a redemocratização do Brasil, no final da década de 1980.
B) Simultaneamente à implantação do SUS, houve privatização do seguro social,
engrossando o número de consumidores de planos privados, ajudando a promover um
sistema duplicado, que reproduz desigualdades sociais e aprofunda desigualdades de
acesso dentro do sistema de saúde.
C) O SUS é um dos maiores sistemas públicos de saúde; presta assistência à saúde para
milhões de pessoas que vai desde assistência básica até tratamentos que envolvem
complexidade tecnológica média e alta, bem como serviços de emergência.
D) Apesar de mais de 20 anos de existência do SUS, o Estado enfrenta dificuldades
para materializar o direito social constitucional de acesso universal de atenção à saúde.
E) A Constituição Federal de 1988 não previu a organização das ações e serviços
públicos de saúde em rede regionalizada e hierarquizada; a proposta de rede
regionalizada surge com a publicação do Pacto pela saúde.

02. No início do século passado, a sociedade brasileira esteve dominada por uma
economia agroexportadora, assentada na monocultura cafeeira. Essa monocultura
exigia do sistema de saúde, sobretudo, uma política de saneamento destinada aos
espaços de circulação das mercadorias exportáveis e à erradicação ou ao controle das
doenças que poderiam prejudicar a exportação. Esse modelo assistencial que orientou
as políticas de saúde na época ficou conhecido como
A) unicausalidade.
B) sanitarismo campanhista.
C) médico-assistencial privatista.
D) previdenciário.
03. As Redes de Atenção à Saúde (RAS) são organizações poliárquicas de conjuntos de
serviço de saúde vinculados entre si por uma missão única por objetivos comuns e por
ação cooperativa e interdependente. Essas redes permitem ofertar atenção continua e
integral a determinada população, coordenada pela atenção primária à saúde, prestada
no tempo certo, no lugar certo, por custo certo, com a qualidade certa e de forma
humanizada.
Os três elementos que constituem as Redes de Atenção à Saúde são:
A) profissionais de saúde, normativas e legislações nacionais.
B) regulação, autorização e acesso.
C) hierarquização, regionalização e participação popular.
D) população, estrutura operacional e modelo de atenção à saúde
4. A concepção de Educação Permanente em Saúde (EPS), a partir da década de 1980,
passou a ser vista como estratégica para a recomposição das práticas e das políticas de
formação, atenção e gestão em consonância com princípios do SUS. A referência
norteadora dessa estratégia foi denominada de “Quadrilátero da Educação
Permanente em Saúde", sendo composta por ensino, gestão, atenção e controle social.
O eixo estruturante da EPS é
A) a participação popular, movimento organizado capaz de ordenar e reorientar as
práticas e a formação em saúde.
B) o acesso aos serviços de saúde, como um dos componentes fundamentais do
princípio da universalidade do SUS.
C) a categoria trabalho, na qual estão previstas as práticas realizadas individual e
coletivamente, pressupondo a participação ativa dos trabalhadores em seu próprio
processo de aprendizagem.
D) a necessidade de saúde, que tem uma determinação social e histórica do modelo
médico-assistencial privatista, formando a base de constituição do SUS.
05. Em um município do interior do estado do Rio Grande do Norte, a equipe da
Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde sentiu a necessidade de
estruturar uma sala de situação epidemiológica para avaliar os impactos da pandemia
de COVID-19 no perfil epidemiológico da cidade. Identificaram a necessidade de
elaborar os coeficientes de morbidade, para realizar diagnóstico em saúde, e a
prevalência e a incidência das doenças para demonstrar o seu comportamento, ou seja,
se há aumento ou diminuição dos casos. No que diz respeito aos coeficientes de
morbidade,
A) a incidência permite a comparação, ao longo do tempo, de dados epidemiológicos de
uma mesma cidade ou de um mesmo país e, também, de diferentes espaços, ou seja,
diferentes cidades e países.
B) o coeficiente de prevalência resulta da divisão do número de casos novos de uma
doença em um intervalo de tempo, período e área determinada, pela população exposta
ao risco de adquiri-la, multiplicada por 100.000.
C) o coeficiente de prevalência corresponde à relação entre o número de casos novos e
o total da população exposta, o que permite realizar estudos comparativos de
diferentes épocas e de diferentes populações.
D) a incidência corresponde ao número de casos novos de determinado agravo ou
doença em uma população de indivíduos durante determinado período de tempo.
06. Um grupo de indivíduos selecionados para coleta de informação sobre a exposição
de interesse será acompanhado, ao longo do tempo, para identificar se seus
integrantes apresentam ou não determinada doença e se a exposição prévia guarda
relação com a ocorrência dessa doença. Esse desenho de estudo, que parte da causa
em busca dos efeitos, é conhecido como
A) grupo controle.
B) experimental.
C) coorte.
D) ensaio clínico randomizado.
07. O Ministério da Saúde publicou, em 2018, o livro intitulado: Saúde Brasil 2018 Uma
análise da situação de saúde e das doenças e agravos crônicos: desafios e perspectivas.
Segundo a publicação, quais foram as duas causas de morte mais frequentes no Brasil,
em 2016?
A) Doença Cardíaca Isquêmica (DCI), seguida pelo Acidente cérebro-vascular (ACV).
B) Diabetes mellitus e doença renal crônica.
C) Infecções respiratórias baixas e Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
D) Acidente cérebro vascular e câncer de traqueia, brônquio e pulmão.
E) Acidentes de transporte terrestre (ATT), seguidos pela doença cardíaca isquêmica.
08. São atributos da Rede de Atenção à Saúde todos os citados abaixo, EXCETO:
A) Prestação de serviços especializados em lugar adequado.
B) Existência de mecanismos de coordenação, continuidade do cuidado e integração
assistencial por todo o contínuo da atenção.
C) Definição da oferta de serviços de saúde a partir da existência de profissionais
especialistas e capacidade instalada dos serviços privados.
D) Participação social ampla.
E) Atenção à saúde centrada no indivíduo, na família e na comunidade, considerando
as particularidades culturais, gênero, assim como a diversidade da população.
09. A epidemiologia dedica-se, no campo da saúde coletiva, a estudar e a fornecer
bases científicas para a produção de equidade em saúde e para a melhora da qualidade
de vida, além de identificar situações que tragam risco ou aumentem a vulnerabilidade
aos agravos à saúde. Não obstante, também avalia a efetividade de programas,
produtos e práticas para promoção, proteção e recuperação da saúde, apresentando
uma série de dimensões nas quais as questões éticas estão presentes. Na
epidemiologia,
A) as pesquisas estão mais sujeitas a situações nas quais o limite entre humano e
inumano possa ser ultrapassado.
B) as relações com a ética limitam se às considerações dos aspectos éticos relacionados
à prática de pesquisa em seres humanos.
C) os problemas relativos à ética nas pesquisas que envolvem seres humanos e o
significado social do risco e da vulnerabilidade são importantes na produção dos
conhecimentos epidemiológicos.
D) os interesses coletivos, por questões éticas, sempre se sobrepõem, e não se opõem,
aos interesses individuais no âmbito da vigilância epidemiológica, em qualquer das
esferas de atuação do sistema de saúde.
10. No Brasil, a vigilância dos vírus respiratórios de importância em saúde pública é
desenvolvida por meio de uma Rede de Vigilância Sentinela de Síndrome Gripal (SG) e
de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conjuntamente articulada com
Laboratórios de Saúde Pública. São objetivos da vigilância epidemiológica no
enfrentamento à Covid-19 todos os citados abaixo, EXCETO:
A) Identificar precocemente a ocorrência de casos da COVID-19.
B) Estabelecer os procedimentos para investigação laboratorial.
C) Notificar serviços de alimentação que não estavam adequados aos protocolos
sanitários.
D) Monitorar e descrever o padrão de morbidade e mortalidade por COVID-19.
E) Estabelecer as medidas de prevenção e controle.
11. De acordo com o National Cholesterol Education Program, citado nas Diretrizes da
Sociedade Brasileira de Diabetes (2019-2020), são critérios para diagnóstico de
síndrome metabólica em mulheres valores de HDL – colesterol (mg/dL) e
circunferência abdominal (cm), respectivamente:
A) <50 e = 88.
B) <60 e = 88.
C) <60 e = 80.
D) <50 e = 80.
E) <40 e = 80.
12. De acordo com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2019-2020), é
considerado um objetivo glicêmico, para adolescentes com diabetes mellitus tipo 1,
valores de glicemia (mg/dL) pós-prandial de
A) 70 a 110.
B) 70 a 145.
C) 80 a 110.
D) 90 a 180.
E) 110 a 200.
13. Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2019-2020), é
recomendada, para indivíduos com diabetes mellitus tipo 2, a seguinte quantidade
diária de fibra alimentar a cada 1 000 kcal ingeridas:
A) 20 g.
B) 25 g.
C) 30 g.
D) 35 g.
E) 40 g.
14. O conceito de obesidade central é importante à medida que tal parâmetro está
fortemente associado à ocorrência de doenças cardiovasculares. É um indicador
utilizado na determinação de obesidade central:
A) compleição física.
B) índice de massa corporal.
C) circunferência da panturrilha.
D) densidade corporal.
E) índice de conicidade.

15.A Política Nacional de Alimentação e Nutrição se propõe garantir a qualidade dos


alimentos destinados ao consumo humano, a promoção de práticas alimentares
saudáveis e a prevenção e o controle dos distúrbios nutricionais. Os gestores federais,
estaduais e municipais atuam a fim de viabilizar esse alcance, em observância aos
princípios do SUS. Nesse contexto, o gestor federal deverá
A) realizar a vigilância da hipovitaminose A, promovendo, inclusive, a aplicação
periódica de megadoses dessa vitamina.
B) elaborar, coordenar e executar a Política Estadual de Alimentação e Nutrição,
consoante a essa Política Nacional.
C) receber e/ou adquirir alimentos e suplementos nutricionais, garantindo o
abastecimento de forma permanente e oportuna bem como a sua dispensação
adequada.
D) prestar assessoria técnica e apoio institucional no processo de gestão, planejamento,
execução, monitoramento e avaliação de programas e ações de alimentação e nutrição
na Rede de Atenção a Saúde.

16. D. G. C., 78 anos, sexo masculino diagnosticado com insuficiência cardíaca (IC) após
infarto 1º do miocárdio está no dia de internação hospitalar para realizar um
procedimento de revascularização. Sabe-se que a IC é uma síndrome clínica complexa
em que o coração tem um comprometimento funcional ou estrutural no enchimento
ventricular ou ejeção do sangue, resultando em um bombeamento sanguíneo
insuficiente para a demanda metabólica dos tecidos. A IC geralmente caminha para
quadros variáveis de desnutrição, que podem ocorrer devido à ingestão inadequada,
ao metabolismo alterado, ao estado pró-inflamatório, ao aumento do estresse oxidativo
e à maior perda de nutrientes, ou até mesmo pelas interações medicamentosas. O
nutricionista da equipe multidisciplinar do hospital realizou a triagem e a avaliação
nutricional do paciente. Nesse caso, a terapia nutricional que será implementada para
D. G. C. deve
A) aumentar a densidade calórica das preparações, fornecendo maior quantidade de
energia em menor volume de alimentos, para atingir a recomendação de energia.
B) instituir a nutrição parenteral, o mais precocemente, mesmo com a ingestão via oral
suficiente, a fim de evitar perda de peso e de nutrientes.
C) ofertar lipídios na dieta, devendo-se priorizar, na medida do possível, maior consumo
de ácidos graxos saturados e redução do consumo de ácidos graxos monoinsaturados
e trans.
D) instituir uma dieta hipo a normoproteica, evitando dessa forma, o catabolismo
proteico e a perda de massa gorda.
17. O nutricionista da Unidade Básica de Saúde consultou J. F., 38 anos, sexo
masculino. De acordo com a avaliação antropométrica, o Índice de Massa Corporal
(IMC) foi 32,0 kg/m2 e a circunferência abdominal (CA) foi igual a 110 cm. Quando
questionado sobre a prática de atividade física, ele disse que, no momento, não realiza
nenhum exercício devido à incompatibilidade com o seu emprego, como motorista de
uma empresa de entregas de produtos hortifruti, mas planeja começar a caminhar na
praça próximo à sua casa. Disse ainda que gostaria de ter um planejamento alimentar
associado ao exercício com o objetivo de perder peso e melhorar a sua saúde e
disposição. Na determinação da conduta nutricional, de acordo com as Diretrizes
Brasileiras de Obesidade (ABESO-2016), o nutricionista deve
A) propor uma dieta normocalórica, normoproteica, hipoglicídica, e hipolipídica, visando
a redução de peso sustentável de 30% a 35% do peso corporal inicial.
B) propor uma dieta planejada individualmente para criar um déficit de 500kcal a
1000kcal, objetivando uma diminuição de 0,5 kg a 1,0 kg/semana.
C) implementar dietas de muito baixa calorias (DMBC), visando a redução do IMC e CA
podendo ser aplicada por um período de até 6 meses.
D) indicar o uso de suplementos com compostos bioativos, para o controle de
alterações no metabolismo, devido ao seu baixo custo e fácil acesso ao paciente em
questão.

18. Os compostos bioativos de alimentos (CBA) apresentam diversos efeitos benéficos


potenciais na promoção da saúde humana. São exemplos de CBA:
A) piridoxina e proteínas.
B) polifenóis e glicosinolatos.
C) cobalamina e carotenoides.
D) flavonoides e tiamina.
19. Para o diagnóstico da síndrome metabólica, podem ser utilizados os critérios
propostos na I Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular (2013). Entre os critérios
adotados, estão:
A) Índice de Massa Corporal, glicosúria e índice de conicidade.
B) pressão arterial diastólica e sistólica, índice de conicidade e insulinemia.
C) glicosúria, índice de creatinina-altura e colesterol total.
D) perímetro da cintura, glicemia de jejum e pressão arterial diastólica e sistólica.
20. As glicogenoses são doenças de armazenamento de glicogênio, sendo a doença de
Von Gierke a mais comum delas, também conhecida como glicogenose tipo ia. Dentre
as complicações metabólicas dessa doença, incluem-se hipoglicemia, acidemia láctica,
hiperuricemia e hipofosfatemia. O tratamento dietoterápico contribui para a redução
dos sintomas. Esse tratamento inclui o seguinte:
A) Aumentar a absorção de glicose pelo fígado.
B) Fazer longos intervalos de jejum.
C) Administração oral de amido cru.
D) Retirar a lactose da dieta.
E) Oferecer dieta rica em fibras.
21. Na terapia nutricional de pacientes com HIV, deve-se considerar que portadores de
infecções oportunistas e/ou de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida cuja
contagem de células T helper CD4 seja inferior a 200 células/mm3 são classificados
em estágio C da doença. Nessa fase, recomenda-se como aporte energético e proteico,
respectivamente,
A) 35 a 40 kcal/kg de peso atual/dia; 2 a 2,5 g/kg de peso atual.
B) 40 a 50 kcal/kg de peso atual/dia; 2 a 2,5 g/kg de peso atual.
C) 35 a 40 kcal/kg de peso ideal/dia; 1,5 a 2,0 g/kg de peso ideal.
D) 30 a 35 kcal/kg de peso atual/dia; 1,5 a 2,0 g/kg de peso ideal.
22. Um bebê de 4 meses de vida, depois de ingerir mamadeira de leite de vaca,
apresentou urticária, vermelhidão e vômitos. Após consulta com pediatra, recebeu
diagnóstico de alergia a proteína do leite de vaca (IgE mediada), e a mãe foi orientada a
ofertar fórmula extensamente hidrolisada. Após alguns dias de uso, a criança continuou
a apresentar sintomas. Considerando o recomendado pelo Protocolo Clínico e
Diretrizes Terapêuticas – Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) (CONITEC –
Ministério da Saúde, 2017), o pediatra orientou a ingestão de fórmula de
A) proteína isolada de soja.
B) caseína parcialmente hidrolisada.
C) proteína hidrolisada de arroz.
D) proteína hipoalergênica de leite de cabra.
E) aminoácidos livres.
23. A anemia ferropriva é uma condição clínica considerada um importante problema
de saúde pública. Nesse sentido, a Sociedade Brasileira de Pediatria, no “Consenso
sobre Anemia Ferropriva: mais que uma doença, uma urgência médica!” (2018),
recomenda, para
A) recém-nascidos a termo com peso inferior a 2 500 g, 1 mg/kg de peso/dia de ferro
elementar, a partir de 30 dias durante um ano.
B) gestantes anêmicas, suplementação de ferro elementar (60-120 mg/dia), por
mínimo de 60 dias.
C) recém-nascidos pré-termo com peso entre 2 500 e 1 500 g, 3 mg/kg de peso/dia de
ferro elementar, a partir de 30 dias durante um ano.
D) recém-nascidos pré-termo com peso entre 1 500 e 1 000 g, 2 mg/kg de peso/dia de
ferro elementar, a partir de 30 dias durante um ano.
E) recém-nascidos pré-termo com peso inferior a 1 000 g, 5 mg/kg de peso/dia de ferro
elementar, a partir de 30 dias durante um ano.
24. Em relação ao tratamento para indivíduos com diagnóstico de fenilcetonúria, a
Portaria conjunta no 12, de 10 de setembro de 2019, que aprova o Protocolo Clínico e
Diretrizes Terapêuticas da Fenilcetonúria (Ministério da Saúde), afirma corretamente
que
A) o tratamento dietético deve ser iniciado tão cedo quanto possível, idealmente até o
décimo dia de vida.
B) a fenilalanina é um aminoácido não essencial e deve ser garantido por dieta e
fórmulas com quantidades permitidas deste.
C) o aleitamento materno deve ser suspenso ao diagnóstico e substituído por fórmula
isenta de fenilalanina.
D) devido à menor biodisponibilidade dos aminoácidos da fórmula utilizada no
tratamento, um adicional proteico de pelo menos 20%, em relação às recomendações
vigentes para a população, deve ser considerado na prescrição dietética.
E) para otimizar o balanço nitrogenado na fenilcetonúria, a fórmula metabólica deve ser
fracionada em no mínimo duas porções ao dia e ingerida preferencialmente
após as refeições.

25. A RDC no 45, de 19 de setembro de 2011, dispõe sobre o regulamento técnico para
fórmulas infantis para lactentes destinadas a necessidades dietoterápicas específicas
e fórmulas infantis de seguimento para lactentes e crianças de primeira infância
destinadas a necessidades dietoterápicas específicas. Essa RDC afirma corretamente
que
A) o percentual de valor diário (%VD) deve ser declarado na informação nutricional para
calorias e nutrientes de declaração obrigatória das fórmulas infantis.
B) todos os ingredientes e aditivos alimentares utilizados nas fórmulas infantis devem
ser livres de glúten e lactose, com o objetivo de garantir utilização por crianças
intolerantes ao glúten e à lactose.
C) as fórmulas infantis de seguimento para crianças de primeira infância destinadas a
necessidades dietoterápicas específicas adicionadas de mel devem informar no rótulo
que o produto não deve ser consumido por lactentes até dois anos de idade.
D) o rótulo das fórmulas infantis destinadas a necessidades dietoterápicas específicas
deve informar que, quando necessário o preparo com antecedência do produto, a
fórmula reconstituída deve ser refrigerada à temperatura <5 ºC, por no máximo 24
horas.
E) é permitido o uso de informação nutricional complementar e de alegações de
propriedades funcionais e/ou de saúde nos rótulos e material publicitário veiculado
por meio de fórmulas infantis.
26. Em relação ao uso de dietas imunomoduladoras em pacientes oncológicos, de
acordo com o Consenso Nacional de Nutrição Oncológica (Ministério da Saúde/INCA,
2016), é correto afirmar que
A) não há benefícios no uso de dietas imunomoduladoras enriquecidas com arginina
em pacientes oncológicos a serem submetidos a cirurgia de grande porte do trato
digestório.
B) para pacientes críticos com sepse, não são indicadas dietas imunomoduladoras
enriquecidas com arginina, nucleotídeos e ômega-3.
C) não há benefícios no uso de dietas imunomoduladoras enriquecidas com arginina,
nucleotídeos e ômega-3 em pacientes oncológicos a serem submetidos a cirurgia de
cabeça e pescoço.
D) dietas imunomoduladoras devem ser iniciadas 15 a 20 dias antes de cirurgias de
grande porte do trato digestório e de cabeça e pescoço.
E) dietas imunomoduladoras enriquecidas com arginina, nucleotídeos e ômega-3 em
pacientes oncológicos não promovem redução nas complicações perioperatórias e no
tempo de hospitalização.

27. Na impossibilidade de atingir a meta de oferta calórica ao paciente com câncer em


tratamento paliativo, a Diretriz BRASPEN de Terapia Nutricional no Paciente com
Câncer (2019) recomenda adequar a oferta calórica que melhor conforte o paciente,
sendo que a meta recomendada corresponde, em kcal/kg/dia, a
A) 20 a 25.
B) 25 a 30.
C) 30 a 35.
D) 35 a 40.
E) 40 a 45.

28. Em relação à terapia nutricional recomendada aos pacientes com câncer, a Diretriz
BRASPEN de Terapia Nutricional no Paciente com Câncer (2019) afirma corretamente
que
A) os tumores de cabeça e pescoço não comprometem o transporte de alimentos no
trato gastrointestinal superior, e o estado nutricional poderá ser mantido por nutrição
oral.
B) a radioterapia é o tratamento que melhor preserva o estado nutricional, pois,
diferentemente da quimioterapia, não tem como efeitos colaterais mucosite ou
diminuição da ingestão alimentar, não sendo necessária a nutrição enteral.
C) a terapia nutricional é indicada se os pacientes com câncer não puderem ingerir
adequadamente nenhum alimento por mais de duas semanas, ou menos de 80% da
necessidade por mais de 2 semanas.
D) pacientes com câncer que tiverem ingestão oral ou tolerância da nutrição enteral em
quantidades inferiores a 80% de suas metas por mais de uma semana apresentam
indicação de nutrição parenteral suplementar.
E) a terapia nutricional para pacientes com câncer de cabeça e pescoço deve ser iniciada
precocemente, e, se a ingestão de energia for inadequada, recomenda-se o uso de
suplementos orais ou a alimentação por sonda enteral.

29. O método BLW - Baby-led Weaning (Desmame Guiado pelo Bebê) é uma prática,
que tem adeptos na alimentação infantil, e, embora a expressão em inglês pareça
complicada, essa prática está baseada na seguinte premissa:
A) Oferecer refeições próprias para o bebê a partir dos seis meses de idade.
B) Amassar legumes e verduras para adequar a consistência à fase da vida da criança.
C) Oferecer produtos isentos de glúten e lactose ao bebê.
D) Oferecer os alimentos cortados ao alcance das crianças, para que eles escolham
quando e como levar os pedaços à boca.
E) Manter 4 mamadas ao dia, aos seis meses de idade, para guiar o desmame de forma
saudável.

30. A Sociedade Brasileira de Cardiologia, na 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão


Arterial (2016), apresenta algumas recomendações para o tratamento não
medicamentoso da hipertensão arterial, entre elas:
A) adotar a dieta paleolítica.
B) limitar o consumo diário de álcool a 1 dose para pessoas com baixo peso.
C) restringir o consumo diário de sódio para 5,0 g.
D) manter colesterol total abaixo de 160 mg/dL.
E) manter glicemia de jejum entre 90 e 115 mg/dL.
31. O Sistema Gastrointestinal secreta hormônios que estão envolvidos no início e
término da digestão. Eles sinalizam a fome e a saciedade e conduzem o esvaziamento
gástrico, regulando o fluxo sanguíneo e a permeabilidade intestinal. Os hormônios da
saciedade são
A) GLP-1 (Glucagon-like peptídeo 1), Insulina e Grelina.
B) Grelina, Motilina e PYY (Peptídeo YY).
C) CCK (colecistoquinina), GLP-1 (Glucagon-like peptídeo 1) e PYY (Peptídeo YY).
D) CCK (colecistoquinina), Motilina e Glucagon.
32. Seu Arlindo, 62 anos, portador de Doença de Chron, devido ao seu quadro de
inflamação e necrose avançados, necessita de cirurgia para ressecção de mais de 30
cm de íleo distal. Após internação, foi diagnosticada desnutrição moderada e quadro de
diarreia severa. Com base na situação apresentada e nas recomendações propostas
pelo Guideline de Nutrição Clínica em Cirurgia da ESPEN (2017),
A) recomenda-se iniciar o suporte nutricional enteral antes da cirurgia.
B) deve-se prescrever vitamina B12.
C) deve-se adiar a cirurgia de 7 a 14 dias e iniciar suporte nutricional parenteral.
D) recomenda-se jejum de 24h após a cirurgia.
33. Uma das terapias renais substitutivas é o transplante renal. O indivíduo receptor de
transplante renal não está isento da necessidade de acompanhamento nutricional.
Sobre esse tema, assinale a alternativa CORRETA.
A) A oferta de proteínas no pós-transplante imediato (até seis semanas após a cirurgia)
deve ser de 0,8 a 1,0g/g/kg/dia.
B) No pós-transplante tardio, a oferta de proteínas é de 1g/kg/dia.
C) A ingestão de potássio deve ser restrita no pós-cirúrgico tardio, independente dos
níveis séricos.
D) O uso prolongado do imunossupressor ciclosporina está associado à
hipermagnesemia no pós-transplante tardio, e, por isso, o consumo de magnésio deve
ser restrito.
E) No período pós-transplante imediato, a quantidade sugerida de energia proveniente
dos lipídios é de 20 a 25% do valor energético total.
34. A substituição de massa magra por massa gorda está associada a uma série de
alterações na homeostase corporal. Todas abaixo são alterações observadas nessa
condição, EXCETO:
A) Resistência insulínica e diabetes tipo 2.
B) Problemas ortopédicos e hipertensão.
C) Apneia obstrutiva do sono e esteatose hepática.
D) Dislipidemia, doenças cardiovasculares e doença dos ovários policísticos.
E) Doença de Alzheimer e doença renal.
35. Carlos, 38 anos, com sintomas de dor lombar, dificuldade de micção, cólica nefrética
e hematúria, deu entrada no pronto socorro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA)
do conjunto habitacional de Cidade Satélite em Natal-RN. O paciente ficou internado
por 3 dias para tratamento da dor e realização de exames que revelaram níveis
elevados de creatinina sérica, além de cálcio e oxalato elevados na urina. Durante esse
período, foram excluídos de sua refeição os alimentos
A) brócolis, feijão, chocolate amargo, chá e frutas cítricas.
B) brócolis, frutas cítricas, leite e derivados, chás e feijão.
C) espinafre, leite e derivados, chás e temperos industrializados.
D) espinafre, chocolate amargo, oleaginosas e temperos industrializados.
36. A pancreatite pode começar subitamente e durar dias ou pode ocorrer ao longo de
muitos anos. Os sintomas incluem dor na parte superior do abdômen, náuseas e
vômitos. Sobre esse tema, assinale a alternativa INCORRETA.
A) Esteatorreia é um achado frequente.
B) Nos casos de pancreatite aguda, o tratamento clássico inclui o jejum alimentar por
até 5 dias.
C) A redução da concentração sérica de lipase é o marcador para início da dieta via oral.
D) Na pancreatite aguda grave, a posição preferencial da sonda para oferta de
nutrientes é a via enteral, nasojejunal; a posição gástrica também pode ser utilizada, se
tolerada.
E) Na pancreatite aguda, com impossibilidade de oferta da dieta via oral, a nutrição
enteral é preferida em detrimento da nutrição parenteral.
37. Considere as seguintes características: Reflete a dieta habitual. Propicia menor
alteração do comportamento alimentar. Avalia o consumo alimentar
retrospectivamente. Depende da capacidade do entrevistador de estabelecer o diálogo.
Baixo custo. Essas características melhor descrevem o seguinte método de avaliação
do consumo alimentar:
A) Recordatório de 24 horas.
B) Registro alimentar.
D) Questionário de frequência
C) Registro alimentar pesado.
E) História alimentar.
38. Os valores de ingestão dietética de referência (DRI – dietary reference intakes)
incluem quatro conceitos de referência para consumo de nutrientes, com definições e
aplicações diferenciadas: necessidade média estimada (EAR – estimated average
requirement); ingestão dietética recomendada (RDA – recommended dietary
allowance); ingestão adequada (AI – adequate intake); nível máximo de ingestão
tolerável (UL – tolerable upper intake level). Em relação ao uso das ingestões dietéticas
de referência para indivíduos e grupos saudáveis,
A) o UL só deve ser utilizado no planejamento nutricional nos casos em que se fará uso
de suplementos alimentares de micronutrientes.
B) a EAR deve ser utilizada para o planejamento nutricional individual e para verificação
da possibilidade de inadequação do consumo, juntamente com o UL, que é empregado
como um guia para limitar o consumo de nutrientes.
C) a RDA deve ser utilizada como meta de ingestão para o planejamento nutricional
individual, juntamente com a AI, quando necessário, e com o UL, que é utilizado como
um guia para limitar o consumo de nutrientes.
D) a RDA deve ser utilizada para a avaliação nutricional em grupo, juntamente com o
UL, que é utilizado como um guia para limitar o consumo de nutrientes.
39. Os pais de H. G. S., 10 meses, sexo feminino, buscaram atendimento nutricional para
a investigação de um quadro alérgico apresentado pela filha, com urticária generalizada
e desconforto respiratório. A nutricionista, então, realizou a anamnese e a avaliação
nutricional da criança e, de acordo com o relato dos pais, suspeita de uma alergia
alimentar (AA). A nutricionista decidiu aplicar o protocolo do teste de provocação oral
(TPO) na paciente, a fim de identificar os alimentos associados às reações adversas
apresentadas pela criança. Esse teste
A) é utilizado para diagnosticar reações mediadas por IgE, podendo ser realizada a
oferta livre do alimento em investigação ou, ainda administrado em doses
decrescentes, para minimizar o risco de reações graves e permitir uma identificação
precisa da menor dose capaz de provocar os sintomas.
B) é indicado em qualquer idade como medida terapêutica, uma vez que, a partir de sua
aplicação, pode-se melhorar a tolerabilidade a alimentos potencialmente alergênicos.
C) consiste na oferta progressiva do alimento suspeito e/ou placebo, em intervalos
regulares, sob supervisão médica para monitoramento de impossíveis reações clínicas,
após um período de exclusão dietética necessário para resolução dos sintomas clínicos.
D) aplica-se na investigação da AA, e o alimento utilizado no teste é ofertado em
combinação com outros alimentos, e não como ingrediente único.
40. As reações adversas a alimentos podem ser classificadas em imunológicas ou não
imunológicas. As reações adversas não imunológicas podem ser desencadeadas
também pela fermentação e pelo efeito osmótico de carboidratos ingeridos e não
absorvidos, como pode ser o caso das reações aos hidratos de carbono fermentáveis
de cadeia curta, conhecidos pela sigla em inglês FODMAPs (Oligossacarídeos,
Dissacarídeos, Monossacarídeos e Polióis Fermentáveis). Os pacientes com esse tipo
de intolerância apresentam sintomas como diarreia, dor abdominal, flatulência e
distensão abdominal. Alimentos com elevados teores de FODMAPs são
A) trigo, leite de vaca, maçã e edulcorante contendo xilitol.
B) cevada, iogurte, peixes e edulcorantes contendo sacarina sódica.
C) carne bovina, peixes, maçã e ovos.
D) soja, leite de vaca, ovo e camarão.

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