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QUARTA-FEIRA, AGOSTO 22, 2007

Artigo - Da arte abstrata incompreendida

Na escrita, nas artes plásticas, na dança, em toda forma de expressão


que siga rumo ao outro sempre há afinidades em que alguns sintonizam-se à
uma peculiaridade artística e outros a diferentes, isso é um assunto demasiado
óbvio, simples onde a mínima observação do comportamento dos que estão
em torno de nós e de nós também, conclui em descobertas, interessantíssimas
sobre como a vida se comporta ante o que cria ou é criado em torno nas
experiências do pessoal e social.

Há o fútil, o moderado, o profundo, etc. A aparência de alguns


indivíduos devido estarem arraigadas demasiado a certas formas culturais
expõem em sua estética essas: rótulos são inseridos em seu viver, a existência
toma, mesmo quando no entendimento bem-intencionado, mas que erra no
caminho escolhido, rumos ou delineações que muitas vezes podem chegar ao
extremo da anaturalidade, sentida como uma essencial expressividade do que
é interior, sumamente o ímpeto de busca a razão concisa do ser e assim, como
nessa linha de caso, a profundidade da visão, sentir existencial é lançada e
permeante no equívoco.

No campo do profundo externar há aquilo que bem pode-se denominar


como arte-hermética ou velada em seus símbolos, recursos ao compreender
daqueles que com discernir inter-penetrante aos segredos escondidos em
entrelinhas, formas plásticas, gestos, sons, absorvem, apreendem ou se dá o
nascimento de uma virtude, um conhecimento. No que é considerado, por
muitos que não poucos justificando o não querer deter-se ante o que parece
incompreensível, em uma crua realidade insensíveis aquilo que está para o
silêncio e não para as teses, antíteses, conceitos que possam enquadrar-se
dentro do que foram condicionados ou crêem como verdade, no óbvio, há
também o caso de se ser anato para uma percepção mais tocante ao âmago
do que está em torno, o que pode ser revertido; a analítica, crítica, auto-crítica,
observação, auto-observação não são comuns entre os homens, que tem
intelecto, criante, mas desligado do processos mais profundos da cognição (a
parte psicológica, chamemos mente, emoção) lúcida.

O buscar pelo “quê”, que certas obras de arte proporcionam às vezes,


amiúde, o trazer atenção e inquietude por alguns momentos, mas está não é
perscrutada e logo abandonada por um “porquê” qualquer, que não serve de
alimento para o crescimento do abstrato, fundo original em toda vida, poetizada
pelos artistas, pelos adoradores da divindade, um senso que pode traduzir-se
como faculdade com a capacidade de saber que algo há sem o ver, fé, a
intuição dos que compreendem o que acontece sem a necessidade de
prolongadas explicações. Não se nutre o interior, o homem vive para o exterior,
negando, geralmente sem o conhecer, ou com algo que indica que assim faz, o
saber do que é velado ao que não saberá usar conhecimentos não do domínio
do passageiro, temporal.

Os grandes sábios explicam que toda cultura corresponde a um povo


cedendo a esse o que lhe é compatível ao entendimento, todas essas sendo
formas, que, à medida que se eleva do terreno onde está, vão perdendo sua
necessidade - já que são símbolos arquétipos – no que é constante e relativo
ao infinito, àquele que busca – o vero filosofo ou apenas coerente consigo e os
demais - dado que se vive no infinito, a representação própria deste o presente,
o que é algo entendido hoje, no futuro será apenas uma eventualidade ocorrida
onde não se deve prender-se, algo do viver circunstancial. O limite há a todo
momento, nos próprios momentos estão limitesquando se os vive como vagos
instantes.

POSTADO POR JOÃO DOMÍNIO ÀS 8/22/2007 10:23:00 PM 0 COMENTÁRIOS


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SÁBADO, AGOSTO 11, 2007

Artigo - A simplicidade caótica do mundo


No tecer dos dias que vivemos somos acertados com toda linha de
acontecimentos. O interessante é que estes sempre são algo demasiado
pertencentes ao cotidiano. Vejamos onde podemos chegar com o entendimento
acerca da casualidade tão comum quanto ao que ocorre negativamente.
A vida social constitui-se em vários paradigmas, modelos de construção de
comportamento e ordem social em sua maior parte, desde o primitivo homem
que no passado ordenou uma forma de agrupamento inter-relacional que vindo
até os dias atuais conclui praticamente na mesma interatividade um em relação
ao outro dado à isso a sua proporção, é lógico e alguns processos históricos -
onde verifica-se maior liberdade em certos momentos e o decrescer dessa em
outros - , mudando a atuação em níveis, egoístas ou altruístas, porém, como a
humanidade está em visível estado de decadência de culturas que surgem, de
tipo artificiais e modelos comerciais, onde o modo de viver é um programa
condicionante ao homem ser uma fonte de renda não importando seu estado
interior mas o que possa produzir em termos de riqueza ao que detenha poder,
bens, ao estado, que são os que decidem o que é o meio de constituição do
cidadão como elemento igual aos demais, o veiculo onde ele concebe, quanto
concebe, dessa forma o homem está em involução continua, entropia, mesmo
aparentando avanço, que há, porém técnico não humano, assim, nesse contexto
de relação entre seres é triste, no entanto é a forma como é validada, nos
correntes dias e do provindo do passado, isso é verdade, seu papel como criatura
dominada e dominadora aparecendo claramente. Políticamente há a forma
embaçada, em que a maioria dos seres humano estão, esta que é parte da
humanidade (a política), porém embaçada, nisso verifica-se a distorção de algo
legítimo de cada um, portanto, sendo importantíssimo esse fator, entretanto
burlado. Perdendo algo seu então, um bom pedaço de sua cidadania é usurpada
por meios como a ignorância a que é submetido desde que nasce até a
ancianidade. O que é lhe é negado, sua condição política, onde figura enganado
como marionete por aquele que tenha uma visão ou teve a oportunidade de
figurar como representante e na força que obteve como impressão nessa
situação adornando-se com os frutos da denominada corrupção.
Do passado até os dias atuais o pobre homúnculo degenera-se, tornando-se por
conveniência da educação um senhor (poucos) ou um servidor (muitos), dois
pólos de uma mesma podre realidade: o desigualar aos direitos e noções de
como ser uma sociedade aprimorativa. No resumo, alienados fundamentados no
desejo material ou “moral” de poder, seja este intelectual, científico, etc., no
modo de vir com o “diferente” (ressalta-se este aspecto na cultura em algumas
tendências) onde se enquadra reptilianamente também o instinto de
sobrevivência.
Desde o passado aos dias contemporâneos uma psicologia regressiva com meios
de domínio ambiental (social, natura, tecnológica, etc.) torna-se mais profunda,
a vida cede recanto à desgraça da mútua anulação do fundamental do ser ao
básico em um modus vivendi de desconstrução do primordial, há aumento
técnico, porém acompanhado de meios de utilizar a técnica para fins benéficos a
poucos.
No passado e no presente velhas apontações se fazem, infelizmente apesar de
velhas e com algum incremento estão presentes cada vez mais fortes entre
todos:
A política: pão e circo;
A inteligência: domínio pelo usual e modelo padrão, siga-o, ou seja, excluído;
A vida: pisar nos demais lutando por milagres para a subsistência;
A arte: modelos para consumo, o nato (o que nasça benéfico nesse contexto)
preferir pelo afim essencial é negado assim como o inato( aquilo que nasce
natural no homem como capacidade);
A religião: Enquadrar-se ou ser discriminado;
A ciência: investigação para suprir o que é demanda ao lucro, onde a
degeneração do ambiente e organismos é uma conseqüência do inescrupuloso;
nos momentos de crise como o atual planetário o marketing em forma de uma
hipócrita propaganda de conscientização sem ação proporciona uma leve
impressão de algo estar acontecendo;
A filosofia: enpequenece, as questões da vida casual são o básico, se orienta a
iconoclastia, a teoria, a materialidade, o sábio viver no sendeiro do equilíbrio é
esquecido.
O Mundo vive em um dogma que consiste em existir para o que já é plano;
plano e planos que não visam o complementar humano e a vida geral com o
essencial, mas com a resposta óbvia e decadente da reação sem filtro de
compreensão.

Os dias seguem...

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