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Nº:

PROCEDIMENTO CRISTAL-ELE.0001/2023
PROGRAMA: FOLHA:
1 de 11
ÁREA:
PREFEITURA RIO DE JANEIRO – ACECO TI
TÍTULO:
CENTRO DE OPERAÇÕES RJ
TESTE DE CABOS ELÉTRICOS
ÍNDICE DE REVISÕES

REV. DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS


0

REV.0 REV. A REV. B REV. C REV. D REV. E REV. F REV. G REV. H


DATA
PROJETO
EXECUÇÃO
VERIFICAÇÃO
APROVAÇÃO
Nº:
PROCEDIMENTO RE
V. A
ÁREA:
PREFEITURA RIO DE JANEIRO – ACECO TI FOLHA:
2de11
TÍTULO:
CENTRO DE OPERAÇÕES RJ
TESTES DE CABOS ELÉTRICOS

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

3. RESPONSABILIDADES

4. DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA

5. RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE

6. REGISTRO

ANEXO

ANEXO I - CERTIFICADO DE TESTE DE CABOS ELÉTRICOS

1. INTRODUÇÃO

1.1. Objetivo

Este Procedimento tem como objetivo padronização dos testes a serem realizados em cabos
elétricos, para garantir a integridade e conformidade com o projeto de todos os equipamentos,
dispositivos e instalações a serem executados pela CRISTAL CONSTRUÇÕES LTDA.

2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

 N-1659 - Redes e equipamentos elétricos. Folhas de teste;


 N-2277 - Teste de isolação e continuidade elétrica de circuito de instrumentação;
 NBR-7286 - Cabos de Potência com isolação sólida extruturada de borracha etilenopropileno
(EPR) para tensões de isolamento 1kV a 35kV.

3. RESPONSABILIDADES

3.1. Do Comissionamento

 Executar os testes de cabos conforme este procedimento.


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4. DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA

4.1. Condições gerais

Antes dos testes, deverá ser verificado o estado físico do cabo a ser testado, antes de serem
iniciados os testes propriamente ditos.

Após a inspeção visual, todos os cabos, serão submetidos a teste de continuidade e isolação no
recebimento do mesmo.
Os procedimentos para testes de cabos de média e alta tensão após o lançamento será emitido
posteriormente.

Após o lançamento, todo o cabo será submetido a teste de continuidade de isolação, tensão
aplicada (quando aplicável) e teste de faseamento ou teste por ponto.

Os testes visam verificar possíveis problemas ocorridos durante a montagem, que possam ter
provocado danos ao isolamento ou que tenham deixado condutores em curto.

Após a ligação de todos os circuitos, deverá ser feito um teste ponto a ponto ou faseamento, para
atestar que todas as ligações estão corretas.

Na inicialização de cada teste, deverá ser verificado o estado físico do instrumento, se o mesmo é
calibrado por um laboratório rastreável a Rede Brasileira de Calibração (RBC) e se está no prazo de
validade.

4.2. Teste de continuidade

O objetivo deste teste é verificar o correto endereçamento de cada cabo com seus
respectivos condutores e seu destino, bem como se o cabo se encontra seccionado em
algum ponto ao longo do mesmo DE / PARA, e sua correta Identificação e localização de
acordo com o diagrama elétrico correspondente.

4.2.1 Equipamentos de teste


Multímetro Industrial Digital ou Analógico (com leitura Ôhmica)
Equipamentos para comunicação (rádios de comunicação VHF, telefones, etc.).

4.2.2 Ensaio
 Desconectar as extremidades do Cabo em ambos os lados a ser testado;
 Com Instrumento de Medição Termo higrômetro, medir a temperatura ambiente e a
umidade relativa do ar e anotar os valores verificados na Folha de Teste;
 Conectar o Multímetro Industrial na escala de Ohms;
 Conectar uma ponteira do Multímetro em uma extremidade do cabo que está sendo
testado;
 Conectar na massa a outra extremidade do cabo que está sendo testado;
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 Fazer os testes em todos os condutores;

Para cabos trifásicos, fazer testes nos condutores das fases (R,S,T);
Para cabos múltiplos, fazer testes em todos os condutores.

4.2.3 Critério de aceitação

Quando verificada a deflexão do Multímetro ou se a resistência Ôhmica for > ou = que 0.

4.3. Teste isolamento com megôhmetro

Este teste tem o objetivo de verificar as características dielétricas do cabo após o


processo de montagem nos pontos de conexões e que permanece com suas
características indicadas pelo fabricante.
A duração do teste deve ser 1 minuto e as tensões aplicadas devem ser as seguintes:

TENSÃO DE OPERAÇÃO DO CABO (V) TENSÃO DE TESTE (V)


Até 250 500
De 250 a 500 1000
De 500 a 2500 2500
Maior que 2500 5000

4.3.1 Equipamentos de teste


Megohmetro Eletrônico de Corrente Contínua com escala de 500 a 5000VDC.
Termo higrômetro com leitura de temperatura e umidade.
Equipamentos para comunicação ( rádios de comunicação VHF, telefones,etc.)

4.3.2 Ensaio

a) Teste de fase para massa


 Desconectar os cabos em ambas em extremidades, mantendo-os afastados
entre si bem como de qualquer superfície (massa).
 Verificar os valores de temperaturas ambientes e umidade relativa do ar e anotar
os valores na folha de teste.
 Selecionar o Megger na escala de acordo com a classe de tensão do cabo.
 Conectar a ponteira do Megger ( Line ou V ) em um das extremidades do
condutor do cabo fase R.
 Fazer um Jump entre as fases S e T
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 Conectar a ponteira do Megger ( GR ) no Jump fases S e T


 Conectar a ponteira do Megger (E) à terra.
 Observar e registrar a leitura verificada no Megger que poderá ser (MΩ, GΩ);
 Ao término de cada teste, com um pedaço de cabo, conectar ao cabo que foi
testado à massa, para descarregar a carga capacitiva que fica no cabo.
 O tempo para registrar os valores será de 01 minuto; a leitura será quando
estabilizar a tensão do Megger, seguindo as seqüências abaixo:
 R contra terra (‘M’)
 S contra terra (‘M’)
 T contra terra (‘M’)
 Conectar uma ponteira do Megger (L ,Line) no condutor da fase S;
 Fazer um Jump nas fases R-T e conectar à terra e ao mesmo tempo na ponteira
do Megger (E).
 Conectar a outra ponteira do Megger( GR) no condutor da fase T e anotar o
valor na folha de teste.
 Fazer um Jump nas fases S-R e conectar à terra e ao mesmo tempo na ponteira
do Megger (E).

CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO

 Quando os valores verificados forem em escala de MΩ, GΩ ou TΏ.


 Quando os valores verificados não forem em escala de MΩ, deverá ser criado um
relatório de não conformidade (RNC), enviando para o responsável pelo grupo ou
serviço, a fim de se registrar a pendência apresentada.

b) Teste de fases entre fases


Fase R x S:
 Conectar a ponteira do Megger (L) no condutor fase R e sua Blindagem à terra;
 Conectar a ponteira do Megger (E) no condutor fase S;
 Conectar as Blindagens das fases S e T à terra.
 Conectar a ponteira do Megger (G) à terra

Fases S contra T:
 Conectar a ponteira do Megger (L) no condutor fase S e sua Blindagem à terra;
 Conectar a ponteira do Megger (E) no condutor fase T;
 Conectar as Blindagens das fases S e T à terra;
 Conectar a ponteira do Megger (G) à terra;
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Fases R contra T:
 Conectar a ponteira do Megger (L) no condutor fase T e sua Blindagem à terra;
 Conectar a ponteira do Megger (E) no condutor fase R;
 Conectar as Blindagens das fases S e T à terra;
 Conectar a ponteira do Megger à terra;
 As leituras serão de 15 em 15 segundos até o primeiro minuto quando for
acionado o Megger e de minuto em minuto até a estabilização para o máximo de
10 minutos.

CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO:

 Quando os valores verificados forem em escala de MΩ ou GΩ.


 Quando os valores verificados não forem em escala de MΩ, deverá ser criado um
relatório de não conformidade (RNC), enviando para o responsável pelo grupo ou
serviço, a fim de se registrar a pendência apresentada.
 Quando os valores de Temperatura Ambiente verificados, acrescentarem fator de
Correção conforme a tabela abaixo:

Temperatura Fator de
Ambiente (ºC) Correção
15 1,17
20 1,12
25 1,07
30 1,00
35 0,93
40 0,87
45 0,79
50 0,71

Quando o valor de resistência de isolamento medido apresentar valores ≥ 2MΩ/KV.


Quando os valores verificados forem diferentes das referências acima deverá ser criado
um relatório de não conformidade (RNC) e enviado para o responsável pelo grupo ou
serviço, a fim de se registrar a pendência apresentada.

4.4. Testes com tensão aplicada (HI-POT)

São testes executados em cabos com classe de isolação igual ou maior do que 3,6 KV.

O teste de tensão aplicada com HI-POT AC geralmente é usado pelo fabricante por ser um teste
que proporciona fadiga ao cabo mesmo sendo um teste que oferece maior escala de investigação
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do cabo. Já não é o caso de teste com HI POT DC que é usado para teste no campo, que sem
sofrer fadiga para o cabo, pode ser submetido à aplicação de tensão durante longos períodos.

Após terem sido montados todos os acessórios do cabo (emendas, terminações, etc.), o cabo será
submetido a teste de tensão aplicada no dielétrico. Testes consecutivos e prolongados conduzem a
um envelhecimento precoce do dielétrico.

Os valores de tensão a serem aplicados deverão obedecer à tabela B.2 da Norma NBR-7286.

Por motivos de falhas no cabo ou acessórios, o tempo total das aplicações atingir a 30 minutos, o
tempo de aplicação dos eventuais ensaios subsequentes deve ser reduzido para 5 minutos.

A tensão será aplicada entre cada condutor, individualmente e sua blindagem.

A tensão é aplicada de forma gradativa e uniforme, a uma velocidade de aproximadamente 1


kV/seg., de tal forma que a tensão máxima seja atingida em não menos de 10 segundos e não mais
de 60 seg. Os valores de tensão/corrente de fuga obtidos devem ser registrados num gráfico. Com a
Tensão máxima atingida deverão ser anotadas as leituras da corrente de fuga a cada minuto, até o
término do ensaio.

Uma curva descendente ou constante indicará que o cabo está em boas condições. Por outro lado,
uma curva ascendente indica deterioração do isolamento.

Após o teste, a tensão deve ser reduzida a zero, e o cabo aterrado por período no mínimo igual a
duas vezes o tempo do teste, tal medida tem por objetivo eliminar tensões residuais que aparecerem
no cabo.

Os resultados serão colocados no formulário de testes de tensão aplicada em cabos (HI-POT),


Anexo I.

4.5. Teste de faseamento

Deverá desconectar as duas extremidades do cabo a ser testado. Em uma das extremidades do
cabo, separar as três fases, de modo que não haja influência no ensaio. Isolar esta área por medida
de segurança.

Utilizar o fasímetro ou o multiteste utilizando a escala de resistência.

Estando o faseamento correto, todos os valores lidos no ensaio deverão ser zero, senão deverá ser
tomada providência para corrigi-lo.

4.6. Teste ponto a ponto

Após de todo o circuito ligado, deverá ser feito o teste ponto a ponto, para verificar se os circuitos
estão ligados corretamente. Consiste em verificar se as ligações estão conforme projeto (diagrama
de malha e diagrama funcional). Deve-se jampear os cabos entre si ou cada condutor a terra e
verificar através do multímetro se apresenta continuidade do circuito.
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Após o teste concluído, deverá ser emitido um relatório de inspeção para dar laudo ao teste.

4.7. Método para correção do valor medido em função de temperatura

Quando a medição da resistência de isolamento for realizada em temperatura diferente de 20ºC, o


valor obtido deve ser referido a esta temperatura, utilizando-se os fatores de correção dados na
Tabela I. O valor corrigido para esta temperatura é calculado através da expressão:VC = VM x FC

Onde:

VC = Valor corrigido
VM = Valor medido
FC = Fator de correção (Tabela I)

FATORES DE CORREÇÃO DA RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA


TEMPERATURA (°C) FATORES DE CORREÇÃO
10 1,22
15 1,17
20 1,12
25 1,06
35 0,94
40 0,87
45 0,79
50 0,71
55 0,61
60 0,50

1. RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA DO TRABALHO, MEIO AMBIENTE E SAÚDE

Antes do início desta atividade, algumas precauções preliminares devem ser observadas,
objetivando prevenir a integridade tanto dos equipamentos e principalmente dos envolvidos, a fim de
evitar acidentes, incidentes e desvios de SMS.

Todos os dias deverão ser realizados o DDSMS (Diálogo Diário de Segurança, Meio Ambiente e
Saúde), abordando os cuidados necessários para execução das tarefas do dia naquela frente de
serviço, cuidados que deverão ser retirados da APNR.

Cabe ao líder da atividade fazer cumprir os requisitos de SMS para esta atividade e divulgá-los
perante a equipe de execução.
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6. REGISTRO

A evidência objetiva de atendimento aos requisitos do qual trata este procedimento será
documentada conforme anexo.

ANEXO I - Certificado de Teste de Cabos


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