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MOJUGBA BABA

APOSTILA EGUN
FALANDO SOBRE EGUNGUN

Na organização perfeitamente elaborada


da sociedade Egungun, os Eguns são
divididos em duas categorias Na
categoria mais elevada encontram-se os
"Egun-Agba", que têm direito à roupas
características, são dotados de fala e
possuem sudações que os diferenciam
entre si. Na categoria mais baixa
encontram-se os chamados "Aparaká"
que se vestem com um único pano
quadrado, extremamente colorido, mas
que, não possuindo voz, não podem
identificar-se.
O sumo sacerdote do culto Egungun
recebe a denominação de "Alagbá
Mariwo" que significa "Respeitável
Ancião Pai do Mariwo" Este sacerdote,
que tem o cargo de "Alapiní", possui
auxiliares denominados, respectivamente
"Otun" e "Ossí". O cargo de Alapiní deriva
do título honorífico "Alapiní Ipekun Ojé",
que significa "Alapiní, o Detentor do
Título Máximo Entre os Ojés". O iniciado
no culto Egungun recebe, no primeiro
grau, o título de "Amuxã" Neste estágio,
por não conhecer os segredos mais
fundamentais do culto, o sacerdote não
sabe nem pode invocar os Eguns. Dentre
os amuxãs são selecionados os "Ojés"
que, somente depois de serem
submetidos à rituais específicos passam a
integrar verdadeiramente, o corpo
sacerdotal da sociedade Egungun.
À exemplo do culto de Orunmilá, o culto
Egungun é absolutamente patriarcal. A
participação das mulheres nesta
sociedade restringe-se a cantar, bater
palmas e contribuir com pequenos
serviços e com doações financeiras.
Somente os sacerdotes do culto de
Egungun podem assentá-los, invocá-los e
prestar- lhes culto. Independente deste
fundamento, o que se vê hoje em dia, são
pessoas absolutamente despreparadas
assentando Babá Egun para os menos
avisados.
EGUNS Ancestralidade e Continuidade !!!
Os negros iorubanos originários da
Nigéria trouxeram para o Brasil o culto
dos seus ancestrais chamados Eguns ou
Egunguns. Em Itaparica (BA), duas
sociedades perpetuam essa tradição
religiosa.
Os cultos de origem africana chegaram
ao Brasil juntamente com os escravos. Os
iorubanos - um dos grupos étnicos da
Nigéria, resultado de vários
agrupamentos tribais, tais como Keto,
Oyó, Itexá, Ifan e Ifé, de forte tradição,
principalmente religiosa - nos
enriqueceram com o culto de divindades

denominadas genericamente de orixás.(1


- Por motivos gráficos e para facilitar a
leitura, os termos em língua yorubá
foram aportuguesados. Ex.: orisá = orixá.)
Esses negros iorubanos não apenas
adoram e cultuam suas divindades, mas
também seus ancestrais, principalmente
os masculinos. A morte não é o ponto
final da vida para o iorubano, pois ele
acredita na reencarnação (àtúnwa), ou
seja, a pessoa renasce no mesmo seio
familiar ao qual pertencia; ela revive em
um dos seus descendentes. A
reencarnação acontece para ambos os
sexos; é o fato terrível e angustiante para
eles não reencarnar.
Os mortos do sexo feminino recebem o
nome de ìyámí Agbá (minha mãe anciã),
mas não são cultuados individualmente.
Sua energia como ancestral é aglutinada
de forma coletiva e representada por
ìyámí Òsóróngá, chamada também de Iá
Nlá, a grande mãe. Esta imensa massa
energética que representa o poder de
ancestralidade coletiva feminina é
cultuada pelas "Sociedades Geledê",
compostas exclusivamente por mulheres,
e somente elas detêm e manipulam este
perigoso poder. O medo da ira de ìyámí
nas comunidades é tão grande que, nos
festivais anuais na Nigéria em louvor ao
poder feminino ancestral, os homens se
vestem de mulher e usam máscaras com
características femininas, dançam para
acalmar a ira e manter, entre outras
coisas, a harmonia entre o poder
masculino e o feminino.
Além da Sociedade Geledê, existe
também na Nigéria a Sociedade Oro. Este
é o nome dado ao culto coletivo dos
mortos masculinos quando não
individualizados. Oro é uma divindade tal
qual ìyámí Òsóróngá, sendo considerado
o representante geral dos antepassados
masculinos e cultuado somente por
homens. Tanto ìyámí quanto Oro são
manifestações de culto aos mortos. São
invisíveis e representam a coletividade,
mas o poder de ìyámí é maior e,
portanto, mais controlado, inclusive, pela
Sociedade Oro.
Outra forma, e mais importante de culto
aos ancestrais masculinos é elaborada
pelas "Sociedades Egungum". Estas têm
como finalidade celebrar ritos a homens
que foram figuras destacadas em suas
sociedades ou comunidades quando
vivos, para que eles continuem presentes
entre seus descendentes de forma
privilegiada, mantendo na morte a sua
individualidade. Esse mortos surgem de
forma visível mas camuflada, a
verdadeira resposta religiosa da vida pós-
morte, denominada egun ou Egungum.
Somente os mortos do sexo masculino
fazem aparições, pois só os homens
possuem ou mantém a individualidade;
às mulheres é negado este privilégio,
assim como o de participar diretamente
do culto.
Esses Eguns são cultuados de forma
adequada e específica por sua sociedade,
em locais e templos com sacerdotes
diferentes dos orixás. Embora todos os
sistemas de sociedade que conhecemos
sejam diferentes, o conjunto forma uma
só religião: a iorubana.
No Brasil existem duas dessas sociedades
de Egungum, cujo tronco comum
remonta ao tempo da escravatura: Ilê
Agboulá, a mais antiga, em Ponta de
Areia, e uma mais recente e ramificação
da primeira, o Ilê Oyá, ambas em
Itaparica, Bahia.
O egun é a morte que volta à terra em
forma espiritual e visível aos olhos dos
vivos. Ele "nasce" através de ritos que sua
comunidade elabora e pelas mãos dos
Ojé (sacerdotes) munidos de um
instrumento invocatório, um bastão
chamado ixã, que, quando tocado na
terra por três vezes e acompanhado de
palavras e gestos rituais, faz com que a
"morte se torne vida", e o Egungum
ancestral individualizado está de novo
"vivo".

A aparição dos Eguns é cercada de total


mistério, diferente do culto aos orixás,
em que o transe acontece durante as
cerimônias públicas, perante olhares
profanos, fiéis e iniciados. O Egungum
simplesmente surge no salão, causando
impacto visual e usando a surpresa como
rito. Apresenta-se com uma forma
corporal humana totalmente recoberta
por uma roupa de tiras multicoloridas,
que caem da parte superior da cabeça
formando uma grande massa de panos,
da qual não se vê nenhum vestígio do
que é ou de quem está sob a roupa. Fala
com uma voz gutural inumana, rouca, ou
às vezes aguda, metálica e estridente -
característica de egun, chamada de séègí
ou sé, e que está relacionada com a voz
do macaco marrom, chamado ijimerê na
Nigéria.
As tradições religiosas dizem que sob a
roupa está somente a energia do
ancestral; outras correntes já afirmam
estar sob os panos algum mariwo
(iniciado no culto de egun) sob transe
mediúnico. Mas, contradizendo a lei do
culto, os mariwo não podem cair em
transe, de qualquer tipo que seja. Pelo
sim ou pelo não, egun está entre os vivos,
e não se pode negar sua presença,
energética ou mediúnica, pois as roupas
ali estão e isto é egun.
A roupa do egun - chamada de eku na
Nigéria ou opá na Bahia -, ou o Egungum
propriamente dito, é altamente sacra ou
sacrossanta e, por dogma, nenhum
humano pode tocá-la. Todos os mariwo
usam o ixã para controlar a "morte", ali
representada pelos Eguns. Eles e a
assistência não devem tocar-se, pois,
como é dito nas falas populares dessas
comunidades, a pessoa que for tocada
por egun se tornará um "assombrado", e
o perigo a rondará. Ela então deverá
passar por vários ritos de purificação para
afastar os perigos de doença ou, talvez, a
própria morte.
Ora, o egun é a materialização da morte
sob as tiras de pano, e o contato, ainda
que um simples esbarrão nessas tiras, é
prejudicial. E mesmo os mais qualificados
sacerdotes - como os ojé atokun, que
invocam, guiam e zelam por um ou mais
Eguns - desempenham todas essas
atribuições substituindo as mãos pelo ixã.
Os egun-Agbá (ancião), também
chamados de Babá-egun (pai), são Eguns
que já tiveram os seus ritos completos e
permitem, por isso, que suas roupas
sejam mais completas e suas vozes sejam
liberadas para que eles possam conversar
com os vivos. Os Apaaraká são Eguns
mudos e suas roupas são as mais simples:
não têm tiras e parecem um quadro de
pano com duas telas, uma na frente e
outra atrás. Esses Eguns ainda estão em
processo de elaboração para alcançar o
status de Babá; são traquinos e
imprevisíveis, assustam e causam terror
ao povo.
O eku dos Babá são divididos em três
partes: o abalá, que é uma armação
quadrada ou redonda, como se fosse um
chapéu que cobre totalmente a
extremidade superior do Babá, e da qual
caem várias tiras de panos coloridas,
formando uma espécie de franjas ao seu
redor; o kafô, uma túnica de mangas que
acabam em luvas, e pernas que acabam
igualmente em sapatos; e o banté, que é
uma tira de pano especial presa no kafô e
individualmente decorada e que
identifica o Babá.
O banté, que foi previamente preparado
e impregnado de axé (força, poder,
energia transmissível e acumulável), é
usado pelo Babá quando está falando e
abençoando os fiéis. Ele sacode na
direção da pessoa e esta faz gestos com
as mãos que simulam o ato de pegar
algo, no caso o axé, e incorporá-lo. Ao
contrário do toque na roupa, este ato é
altamente benéfico. Na Nigéria, os Agbá-
egun portam o mesmo tipo de roupa,
mas com alguns apetrechos adicionais:
uns usam sobre o alabá mascaras
esculpidas em madeira chamadas erê
egungum; outros, entre os alabá e o kafô,
usam peles de animais; alguns Babá

carregam na mão o opá iku e, às vezes, o


ixã. Nestes casos, a ira dos Babás é
representada por esses instrumentos
litúrgicos.
Existem várias qualificações de egun,
como Babá e Apaaraká, conforme sus
ritos, e entre os Agbá, conforme suas
roupas, paramentos e maneira de se
comportarem. As classificações, em
verdade, são extensas.
Nas festas de Egungum, em Itaparica, o
salão público não tem janelas, e, logo
após os fiéis entrarem, a porta principal é
fechada e somente aberta no final da
cerimônia, quando o dia já está
clareando. Os Eguns entram no salão
através de uma porta secundária e
exclusiva, único local de união com o
mundo externo.
Os ancestrais são invocados e eles
rondam os espaços físicos do terreiro.
Vários amuxã (iniciados que portam o
ixã) funcionam como guardas espalhados
pelo terreiro e nos seus limites, para
evitar que alguns Babá ou os perigosos
Apaaraká que escapem aos olhos atentos
dos ojés saiam do espaço delimitado e
invadam as redondezas não protegidas.
Os Eguns são invocados numa outra
construção sacra, perto mas separada do
grande salão, chamada de ilê awo (casa
do segredo), na Bahia, e igbo igbalé
(bosque da floresta), na Nigéria. O ilê
awo é dividido em uma ante-sala, onde
somente os ojé podem entrar, e o
lèsànyin ou ojê agbá entram.
Balé é o local onde estão os idiegungum,
os assentamentos - estes são elementos
litúrgicos que, associados, individualizam
e identificam o egun ali cultuado - , e o
ojubô-babá, que é um buraco feito
diretamente na terra, rodeado por vários
ixã, os quais, de pé, delimitam o local.
Nos ojubô são colocadas oferendas de
alimentos e sacrifícios de animais para o
egun a ser cultuado ou invocado. No ilê
awo também está o assentamento da
divindade Oyá na qualidade de Igbalé, ou
seja, Oyá Igbalé - a única divindade
feminina venerada e cultuada,
simultaneamente, pelos adeptos e pelos
próprios Eguns.
No balé os ojê atokun vão invocar o egun
escolhido diretamente no assentamento,
e é neste local que o awo (segredo) - o
poder e o axé de egun - nasce através do
conjunto ojê-ixã/idi-ojubô. A roupa é
preenchida e egun se torna visível aos
olhos humanos.
Após saírem do ilê awo, os Eguns são
conduzidos pelos amuxã até a porta
secundária do salão, entrando no local
onde os fiéis os esperam, causando
espanto e admiração, pois eles ali
chegaram levados pelas vozes dos ojê,
pelo som dos amuxã, brandindo os ixã
pelo chão e aos gritos de saudação e
repiques dos tambores dos alabê
(tocadores e cantadores de egun). O
clima é realmente perfeito.
O espaço físico do salão é dividido entre
sacro e profano. O sacro é a parte onde
estão os tambores e seus alabê e várias
cadeiras especiais previamente
preparadas e escolhidas, nas quais os
Eguns, após dançarem e cantarem,
descansam por alguns momentos na
companhia dos outros, sentados ou
andando, mas sempre unidos, o maior
tempo possível, com sua comunidade.
Este é o objetivo principal do culto: unir
os vivos com os mortos.

Nesta parte sacra, mulheres não podem


entrar nem tocar nas cadeiras, pois o
culto é totalmente restrito aos homens.
Mas existem raras e privilegiadas
mulheres que são exceção, como se fosse
a própria Oyá; elas são geralmente
iniciadas no culto dos orixás e possuem
simultaneamente oiê (posto e cargo
hierárquico) no culto de egun - estas
posições de grande relevância causam
inveja à comunidade feminina de fiéis.
São estas mulheres que zelam pelo culto,
fora dos mistérios, confeccionando as
roupas, mantendo a ordem no salão,
respondendo a todos os cânticos ou
puxando alguns especiais, que somente
elas têm o direito de cantar para os Babá.
Antes de iniciar os rituais para egun, elas
fazem uma roda para dançar e cantar em
louvor aos orixás; após esta saudação
elas permanecem sentadas junto com as
outras mulheres. Elas funcionam como
elo de ligação entre os atokun e os Eguns
ao transmitir suas mensagens aos fiéis.
Elas conhecem todos os Babá, seu jeito e
suas manias, e sabem como agradá-los.
Este espaço sagrado é o mundo do egun
nos momentos de encontro com seus
descendentes. Assistência está separada
deste mundo pelos ixã que os amuxã
colocam estrategicamente no chão,
fazendo assim uma divisão simbólica e
ritual dos espaços, separando a "morte"
da "vida". É através do ixã que se evita o
contato com o Egun: ele respeita
totalmente o preceito, é o instrumento
que o invoca e o controla. às vezes, os
mariwo são obrigados a segurar o egun
com o ixã no seu peito, tal é a volúpia e a
tendência natural de ele tentar ir ao
encontro dos vivos, sendo preciso, vez ou
outra, o próprio atokun ter de intervir
rápida e rispidamente, pois é o ojê que
por ele zela e o invoca, pelo qual ele tem
grande respeito.
O espaço profano é dividido em dois
lados: à esquerda ficam as mulheres e
crianças e à direita, os homens. Após
Babá entrar no salão, ele começa a cantar
seus cânticos preferidos, porque cada
egun em vida pertencia a um
determinado orixá. Como diz a religião,
toda pessoa tem seu próprio orixá e esta
característica é mantida pelo egun. Por
exemplo: se alguém em vida pertencia a
Xangô, quando morto e vindo com egun,
ele terá em suas vestes as características
de Xangô, puxando pelas cores vermelha
e branca. Portará um oxê (machado de
lâmina dupla), que é sua insígnia; pedirá
aos alabês que toquem o alujá, que
também é o ritmo preferido de Xangô, e
dançará ao som dos tambores e das
palmas entusiastas e excitantemente
marcadas pelo oiê femininos, que
também responderão aos cânticos e
exigirão a mesma animação das outras
pessoas ali presentes.
Babá também dançará e cantará suas
próprias músicas, após ter louvado a
todos e ser bastante reverenciado. Ele
conversará com os fiéis, falará em um
possível iorubá arcaico e seu atokun
funcionará como tradutor. Babá-egun
começará perguntando pelos seus fiéis
mais freqüentes, principalmente pelos
oiê femininos; depois, pelos outros e
finalmente será apresentado às pessoas
que ali chegaram pela primeira vez. Babá
estará orientando, abençoando e
punindo, se necessário, fazendo o papél
de um verdadeiro pai, presente entre
seus descendentes para aconselhá-los e
protegê-los, mantendo assim a moral
disciplina comum às suas comunidades,
funcionando como verdadeiro mediador
dos costumes e das tradições religiosas e
laicas.
Finalizando a conversa com os fiéis e já
tendo visto seus filhos, Babá-egun parte,
a festa termina e a porta principal é
aberta: o dia já amanheceu. Babá partiu,
mas continuará protegendo e
abençoando os que foram vê-lo.
Esta é uma breve descrição de Egungum,
de uma festa e de sua sociedade, não
detalhada, mas o suficiente para um
primeiro e simples contato com este
importante lado da religião. E também
para se compreender a morte e a vida
através das ancestralidades cultuadas
nessas comunidades de Itaparica, como
um reflexo da sobrevivência direta,
cultural e religiosa dos iorubanos da
Nigéria.

Mitos sobre os EGUNS


Os textos litúrgicos aqui apresentados
fazem parte do jogo de Ifá, no qual seu
senhor e oráculo, a divindade Orumilá,
nos ensina mitos e tradições que foram
mantidos através do próprio jogo. Esses
conhecimentos, transmitidos a todos
oralmente, hoje se tornaram verdadeiras
escrituras sagradas (atualmente, vários
pesquisadores já registraram em livros as
lendas colhidas oralmente entre os
iniciados).
Através deles entendemos o porquê de
certos ritos e preceitos usados e
conservados no dia-a-dia dos cultos.
Vários textos explicam o mesmo fato ou
se complementam, e à vezes de forma
diferente e aparentemente contraditória;
mas isto é reflexo de se terem originado
em diferentes regiões. De uma forma ou
de outra, porém, chegam aos mesmos
fundamentais conceitos religiosos.
ORIGENS
De quatro em quatro dias (uma semana
iorubana), Iku (a morte) vinha à cidade de
Ilê Ifé munida de um cajado (opá iku) e
matava indiscriminadamente as pessoas.
Nem mesmo os orixás podiam com Iku.
Um cidadão chamado Ameiyegun
prometeu salvar as pessoas. Para tal,
confeccionou uma roupa feita com várias
tiras de pano, em diversas cores, que
escondia todas as partes do seu corpo,
inclusive a própria cabeça, e fez
sacrifícios apropriados. No dia em que a
Morte apareceu, ele e seus familiares
vestiram as tais roupas e se esconderam
no mercado.
Quando a Morte chegou, eles
apareceram pulando, correndo e
gritando com vozes inumanas, e ela,
apavorada, fugiu deixando cair seu
cajado. Desde então a Morte deixou de
atacar os habitantes de Ifé.
Os babalaôs (adivinhos e sacerdotes de
Orumilá) disseram a Ameiyegun que ele e
seus familiares deveriam adorar e cultuar
os mortos por todas as gerações,
lembrando como eles venceram a Morte.
ORIGEM DOS OIÊ MASCULINOS
(relacionados aos culto a Egungun)
Havia na cidade de Oyó um fazendeiro
chamado Alapini, que tinha três filhos
chamados Ojéwuni, Ojésamni e Ojérinlo.
Um dia Alapini foi viajar e deixou
recomendações aos filhos para que
colhessem os inhames e os
armazenassem, mas que não comessem
um tipo especial de inhame chamado
'ihobia', pois ele deixava as pessoas com
uma terrível sede. Seus filhos ignoraram
o aviso e o comeram em demasia.
Depois, beberam muita água e, um a um,
acabaram todos morrendo.
Quando Alapini retornou, encontrou a
desgraça em sua casa. Desesperado,
correu ao babalaô que jogou Ifá para ele.
O sacerdote disse que ele se acalmasse, e
que após o 17o dia fosse ao ribeirão do
bosque e executasse o ritual que foi
prescrito no jogo. Ele deveria escolher
um galho da árvore sagrada atori e fazer
um bastão (assim é feito o ixã). Na
margem do ribeirão, deveria bater com o
bastão na terra e chamar pelos nomes
dos seus filhos, que na terceira vez eles
apareceriam. Mas ele também não
poderia esquecer de antes fazer certos
sacrifícios e oferendas.
Assim ele o fez; seus filhos apareceram.
Mas eles tinham rostos e corpos
estranhos; era então preciso cobri-los
para que as pessoas pudessem vê-los
sem se assustarem. Pediu que seus filhos
ficassem na floresta e voltou à cidade.
Contou o fato ao povo, e as pessoas
fizeram roupas para ele vestir seus filhos.
Desse dia em diante ele poderia ver e
mostrar seus filhos a outras pessoas; as
belas roupas que eles ganharam
escondiam perfeitamente sua condição
de mortos. Alapini e seus filhos fizeram
um pacto: em um buraco feito na terra
pelo seu pai (ojubô), no mesmo local do
primeiro encontro (igbo igbalé), ali
seriam feitas as oferendas e os sacrifícios
e guardadas as roupas, para que eles as
vestissem quando o pai os chamasse
através do ritual do bastão.
Seguindo o pacto e as instruções do
babalaô, de que sempre que os filhos
morressem fosse realizado o ritual após o
17o dia, pais e filhos para sempre se
encontraram. E, para os filhos que ainda
não tiverem roupas, é só pedir às pessoas
que elas as farão com imenso prazer.
Esta lenda é rica em detalhes, nos explica
vários ritos e títulos utilizados no culto.
MITOS OYÁ E EGUN
Oyá não podia ter filhos, e foi consultar o
babalaô. Este lhe disse, então, que, se
fizesse sacrifícios, ela os teria. Um dos
motivos de não os ter ainda era porque
ela não respeitava o seu tabu alimentar
(evó) que proibia comer carne de
carneiro. O sacrifício seria de 18.000 mil
búzios (o pagamento), muitos panos
coloridos e carne de carneiro. Com a
carne ele preparou um remédio para que
ela o comesse; e nunca mais ela deveria
comer desta carne. Quanto aos panos,
deveria ser entregues como oferenda.
Ela assim fez e, tempos depois, deu à luz
nove filhos (número místico de Oyá). Daí
em diante ela também passou a ser
conhecida pelo nome de 'Iyá omo
mésan', que quer dizer 'a mãe de nove
filhos' e que se aglutina 'Iyansan'.
Há outra lenda para explicar o mito de
Iansã: Em certa época, as mulheres eram
relegadas a um segundo plano em suas
relações com os homens. Então elas
resolveram punir seus maridos, mas sem
nenhum critério ou limite, abusando
desta decisão, humilhando-os em
demasia.
Oyá era a líder das mulheres, e elas se
reuniram na floresta. Oyá havia domado
e treinado um macaco marrom chamado
ijimerê (na Nigéria). Utilizara para isso
um galho de atori (ixã) e o vestia com
uma roupa feita de várias tiras de pano
coloridas, de modo que ninguém via o
macaco sob os panos.
Seguindo um ritual, conforme Oyá
brandia o ixã no solo o macaco pulava de
uma árvore e aparecia de forma
alucinante, movimentando-se como fora
treinado a fazer. Deste modo, durante à
noite, quando os homens por lá
passavam, as mulheres (que estavam
escondidas) faziam o macaco aparecer e
eles fugiam totalmente apavorados.
Cansados de tanta humilhação, os
homens foram ter com um babalaô para
tentar descobrir o que estava
acontecendo. Através do jogo de Ifá, e
para punir as mulheres, o babalaô lhes
conta a verdade. Ele os ensina como
vencer as mulheres através de sacrifícios
e astúcia.
Ogum foi o encarregado da missão. Ele
chegou ao local das aparições antes das
mulheres. Vestiu-se com vários panos,
ficando totalmente encoberto, e se
escondeu. Quando as mulheres
chegaram, ele apareceu subitamente,
correndo, berrando e brandindo sua
espada pelos ares. Todas fugiram
apavoradas, inclusive Oyá.
Desde então os homens dominaram as
mulheres e as expulsaram para sempre
do culto de egun; hoje, eles são os únicos
a invocá-lo e cultuá-lo. Mas, mesmo
assim, eles rendem homenagem a Oyá,
na qualidade de Igbalé, como criadora do
culto de egun.
Convém notar que, no culto, egun nasce
no bosque da floresta (igbo igbalé). No
Brasil, no ilê awo, ele nasce no quarto de
balé, onde são colocadas oferendas de
comidas e realizadas cerimônias aos
Eguns. Oyá é também cultuada como
mãe e rainha de egun, como Oyá Igbalé.
E, como nos explica a lenda, Oyá, a
floresta e o macaco estão intimamente
ligados ao culto, inclusive em relação à
voz do macaco como modo de o egun
falar.
ODU TORNA-SE ÌYÁMÍ
Nos primórdios da criação, Olodumarê, o
Ser Supremo que vive no orun, mandou
vir ao ayê (universo conhecido) três
divindades: Ogum (senhor do ferro),
Obarixá (senhor da criação dos homens)
(2 - Um dos orixás funfun, isto é, orixás
que têm como principal preceito o uso do
branco nos ritos e nas oferendas; em
algumas regiões Obarixá é adotado como
um cognome de Oxalá) e Odu, a única
mulher entre eles.
Todos eles tinham poderes, menos ela,
que se queixou então a Olodumarê. Este
lhe outorgou o poder do pássaro contido
numa cabaça (igbá eleiye) e ela se tornou
então, através do poder emanado de
Olodumarê, Iyá Won, nossa mãe para
eternidade (também chamada de Iami
Oxorongá, minha mãe Oxorongá). Mas
Olodumarê a preveniu de que deveria
usar este grande poder com cautela, sob
pena de ele mesmo repreendê-la.
Mas ela abusou do poder do pássaro.
Preocupado e humilhado, Obarixá foi até
Orumilá fazer o jogo de Ifá, e ele o
ensinou como conquistar, apaziguar e
vencer Odu, através de sacrifícios,
oferendas e astúcia. Obarixá e Odu foram
viver juntos. Ele então lhe revelou seus
segredos e, após algum tempo, ela lhe
contou os seus, inclusive que adorava
egun. Mostrou-lhe a roupa de egun, o
qual não tinha corpo, rosto nem
tampouco falava. Juntos eles adoraram
egun.
Aproveitando um dia quando Odu saiu de
casa, ele modificou e vestiu a roupa de
egun. Com um bastão na mão, Obarixá
foi à cidade (o fato de egun carregar um
bastão revela toda a sua ira) e falou com
todas as pessoas. Quando Odu viu egun
andando e falando, percebeu que foi
Obarixá quem tornou isto possível. Ela
reverenciou e prestou homenagem a
egun e a Obarixá, conformando-se com a
supremacia dos homens e aceitando para
si a derrota. Ela mandou então seu
poderoso pássaro pousar em egun, e lhe
outorgou o poder: tudo o que egun disser
acontecerá. Odu retirou-se para sempre
do culto de Egugun.
O conjunto homem-mulher dá vida a
egun (ancestralidade), mas restringe seu
culto aos homens, os quais, todavia,
prestam homenagem às mulheres,
castigadas por Olodumarê através dos
abusos de Odu. Também por esta razão é
que as mulheres mortas são cultuadas
coletivamente, e somente os homens
têm direito à individualidade, através do
culto de egun.
CULTO A EGÚNGÚN
Egúngún é um culto muito importante
entre os Yorùbá.
Eles são aqueles que os Yorùbá chamam
de Ara - ợrún kinkin (o povo do céu).
Os Yorùbá acreditam que o morto em
forma de espirito fica entre o Ợrún (céu)
e Ayé (terra). Os Yorùbá acreditam que
existem duas formas de Egúngún:
(1) Egúngún Ara ợrún
(2) Egúngún Ara Ayé
Egúngún Ara ợrún é uma forma de
Egúngún que existe quando a pessoa
morre no tempo certo e logo ele volta
para o ợrún em forma de espirito quando
o corpo é enterrado.
Por exemplo:
Nascimento Ano da morte
Este tipo de Ègún geralmente não
perturba muito, ele volta para terra para
ajudar a família quando necessário.
Quando este Egúngún segue se consulta
ífá para saber se ele (Egúngún)
conseguira ou não ajudar a família.
Mitologia
Egúngún é um Òrìṣà muito muito
importante, é um Òrìṣà que mantei
relação entre o povo do céu ( Ara Ợrún )
e o povo da terra ( Ara Ayé )
Olódùmarè criou o mundo e colocou os
“Ajogún” dentro dele.
Ajogún são:
- Àrùn (doença)
- Ọfọ (pedidos)
- Ejọ (brigas, problemas) - Ainitélorun
(insatisfação) - Ikú (morte)
De todos “Ajogún” a morte é a mais forte
e passava muito medo porque trazia o
fim da existência da humanidade.
Olódùmarè colocou os “Ajogún” na terra
não para acabar com a criação mais para
servir como forma de controle dos seres
humanos.
Os “Ajogún” criaram muitos problemas
para os Irúmolé especialmente para
Ợrúnmìlà ífá que não sabia oque fazer.
Ợrúnmìlà foi até Olódùmarè para
reclamar e Olódùmarè falou para
Ợrúnmìlà ter paciência e não ficar
chateado e mandou Lagbookun que é
servidor de Ajogún para controlar os
seres humanos na terra. Olódùmarè falou
para Ợrúnmìlà que Lagbondoko exagerou
no trabalho que ele o mandou fazer,
então Olódùmarè pediu que Ợrúnmìlà
colocasse a terra em ordem e mandou-o
de volta para terra, e pediu para avisar
para os seres humanos que seus pecados
estavam cada vez mais aumentando.
Quando Ợrúnmìlà chegou a terra ele
chamou a atenção do povo e depois disso
divinou para si próprio em busca da
melhor forma de acalmar Lagbookun
(servidor de Ajogún).

O odù que saiu no dia foi: Ợṣé - Ìròsùn


Òkééré féfé ni mo dé
Ní mo gbóhùn ẹdùn gbọnrangandan Tí ó
ró bí ọkợ tuntun
A dífá fún Lágboókùn
Abàruru – àgbàdo
Tí yóó ti òde – ợrún rò
Sí òde ìsálayé
Lágboókùn tètè rợ – o
Tètè bá ni ní ìlàrè
Kí o lè bá wa tún ìlàré wa se
Èyí tí yóó bí Ológbojò lợmọ
Ifá ní kín um eku
Ki a um eja
Ki a si foju ufofo eniyan
Ti Lágboókùn yio fi se aya
Ki aye le tuba
Ki aye te tuse
Tradução
Eu cheguei de longe
Eu ouvi ẹdùn muito bem Cheguei fazenda
de branco Este é o jogo para Lágboókùn
Dono da palha de milho
Que desceu do céu para a terra
Lágboókùn venha logo
Venha logo para terra
Para concertar a terra logo Venha e traga
Ologbojo
Ifá mandou dar preá
Ifá mandou dar peixe
Para melhorar a vida
Para a terra acalma-se
Para a terra acalma-se
Depois da consulta Ợrúnmìlà separou: -
peixe (seco)
- preá (seco)
CULTO A EGÚNGÚN
E juntou todas as mulheres para escolher
a mais bonita para atrair Lágboókùn.
No momento em que Ợrúnmìlà estava
escolhendo a mulher, ouviu uma voz de
longe para que escolhesse Mode.

CULTO A EGÚNGÚN
Feito isso Ợrúnmìlà prepara uma magia
para ressaltar a beleza de Mode,
tornando-se mais atraente para aguardar
a chegada de Lágboókùn a terra.
Ợrúnmìlà deu a Mode o peixe seco e o
preá seco e mandou-a esperar a chegada
de Lágboókùn a terra. Assim que Mode
chegou ao local ela ouviu o som de
cordão de ferro (ewon), que Lágboókùn
usava para transportá-lo do Ợrún (céu)
para o Ayé (terra).
Lágboókùn ao ver Mode a cumprimentou
e ela não respondeu, cumprimentou-a
pela segunda vez e ela não respondeu,
novamente cumprimentou-a pela
terceira vez ela não respondeu.
Mode estava comendo o preá e o peixe
oferecido por Ợrúnmìlà. Assim que ela
terminou de comer os dois, Lágboókùn
pegou o resto da mão dela e comeu.
Depois disto, ele ficou fascinado e teve
relação sexual com Mode que no mesmo
mês ficou grávida e após deu a luz um
menino que recebeu o nome de
Ologbojo.
Depois de todos estes acontecimentos,
Lagbookun acalmou-se e as coisas
normalizaram-se na terra. Lagbookun
sempre voltava a terra para ver o seu
filho acompanhando-o até a adolescência
e amadurecimento, após este período o
pai de Ologbojo nunca mais voltou a
terra.
O povo lembrando-se da atitude de seu
pai, Lagbookun, que era servidor de
Ajogún quando atrapalhou a maioria do
povo na terra, zombava dele e decidiu
excluir Ologbojo então ninguém mais
brincava com ele.
Ologbojo muito triste foi á procura de
Ợrúnmìlà para fazer uma consulta e o
odù que saiu para ele foi Ợṣé Ìròsùn.
E bù ú sílé
E gbà réré
Bàbáláwo Egúngún
A dífá fún Egúngún
Lợjợ tí kó rí ẹni kan
A a bá ṣeré
Ifá ni ki o tợjú
Òpòlopó ẹkọ
Ki o tợjú Òpòlopó Òlèlè
Ki o tợjú Òpòlopó Obì
Ki o tợjú Òpòlopó Àkàrá
Ki o tợjú Òpòlopó Aso Àlàárí Ki o tợjú
Òpòlopó Ewe Ifá
Ki o si tợjú Òpòlopó Òré Atorí
Traducão
Colocar no chão
E trocar para a sorte dele
Sacerdote de Egúngún
O ifá que saiu para Egúngún
No dia que ele não tinha ninguém para
brincar Ifá mandou guardar muito Acaçá
Ifá mandou guardar muito Òlèlè
Ifá mandou guardar muito Obì
Ifá mandou guardar muito Àkàrá
Ifá mandou guardar muitas folhas de ífá
Ifá mandou guardar muito pano colorido
Ifá mandou guardar muitas varas

1 - Ològbojò ( Ològbínìn ) 2 - Alàágbáà


3 - Alágádángbà
4 - Ato
5 - Amúsàn – án ( Atókùn )
7 - Olókoo 8 - Alápinni 9 - Alààgò
10 - Baásà 11 - Arèkú 12 -Iyá gàn
Ilú Egúngún ( atabaques de Egúngún )
Aponran Akitinpa Ganga Adamo Bata
Ateno
CULTO A EGÚNGÚN
Revela que ele está passando
dificuldades por não ter ninguém por
perto desde a fase da adolescência e
também diz que ele Ologbojo não quer
mais ver o seu pai Lagbookun. Ologbojo
foi atrás de tudo o que Ợrúnmìlà
mandou-o trazer.
Ợrúnmìlà então mandou que Ologbojo
levasse tudo até a frente da casa onde
morava e usar as folhas de Ifá para lavar
o rosto e o corpo, como também a roupa
de alari.
Assim que ele chegou na frente da casa
usava o pano de alari para se cobrir e
distribuiu os olele, eko, akara, obi e atori
(varas) para o povo que ia atrás dele.
Para surpresa se Ợrúnmìlà, Ologbojo
gritou: Haa!! Baba Haa!!
Pai ninguém vai ficar perto de mim,
porque quando não usava atori (vara)
ninguém ficava perto, imagine com atori
(vara) na mão.
Ợrúnmìlà mandou-o fazer isto por duas
razões, nesta altura de sua vida se ele
quisesse ver o pai, Lagbookun, nunca
mais o veria cara a cara, só ele se
cobrisse, como o povo do Orun (céu) e
precisaria fazer isto anualmente
para conseguir ver o pai novamente.
Em segundo lugar, Ợrúnmìlà avisou-o que
o povo seguiria atrás dele com tudo o
que Ợrúnmìlà fez para ele.
Ợrúnmìlà usou a folha de Ifá para passar
em sua língua e assim que chegou na
frente da casa a sua voz mudou.
Ợrúnmìlà avisou que assim que ele
colocasse os produtos para o sacrifício no
chão, se cobrisse com o pano de alari
preparado e gritasse: Ayo o o, Ayo o o ,
Ayo o o.
Assim que fez isso, o povo começou a
seguir na direção dele e Ologbojo
começou a distribuir os materiais para o
sacrifício cantando. Enquanto ele cantava
o pai dele usava o cordão de ferro para
descer do Orun (céu) para o Aiyê (terra),
e o povo gritou: Babatunde, Babatunde,
Babatunde....
Desde este dia em que o povo chamou
Ologbojo de Babatunde, esa ogbin
Ologbojo Omo Ari Keyan ninu aso Esa
Ogbin (oriki do fundamento)
Baba Ologbojo vem sendo cultuado.
Ologbojo (nome do egungun) Pessoa que
se sente bem dentro da roupa
Egúngún é um dos mais jovem entre os
Irùnmolé, mais ele é muito importante
porque seu culto mostra e lembra a
relação entre o povo do céu ( Ợrún ) e o
povo do àiyé ( terra ) é importante
lembrar que o outro nome de Egúngún é
( Ara Ợrún kinkin ) o povo do céu.

Awọn oloye Egúngún ( cargos da


sociedade de Egúngún )

1 - Ològbojò ( Ològbínìn ) 2 - Alàágbáà


3 - Alágádángbà
4 - Ato
5 - Amúsàn – án ( Atókùn )
7 - Olókoo 8 - Alápinni 9 - Alààgò
10 - Baásà 11 - Arèkú 12 -Iyá gàn

Ilú Egúngún ( atabaques de Egúngún )


Aponran Akitinpa Ganga Adamo Bata
Ateno
CULTO A EGÚNGÚN
Revela que ele está passando
dificuldades por não ter ninguém por
perto desde a fase da adolescência e
também diz que ele Ologbojo não quer
mais ver o seu pai Lagbookun. Ologbojo
foi atrás de tudo o que Ợrúnmìlà
mandou-o trazer.
Ợrúnmìlà então mandou que Ologbojo
levasse tudo até a frente da casa onde
morava e usar as folhas de Ifá para lavar
o rosto e o corpo, como também a roupa
de alari.
Assim que ele chegou na frente da casa
usava o pano de alari para se cobrir e
distribuiu os olele, eko, akara, obi e atori
(varas) para o povo que ia atrás dele.
Para surpresa se Ợrúnmìlà, Ologbojo
gritou: Haa!! Baba Haa!!
Pai ninguém vai ficar perto de mim,
porque quando não usava atori (vara)
ninguém ficava perto, imagine com atori
(vara) na mão.
Ợrúnmìlà mandou-o fazer isto por duas
razões, nesta altura de sua vida se ele
quisesse ver o pai, Lagbookun, nunca
mais o veria cara a cara, só ele se
cobrisse, como o povo do Orun (céu) e
precisaria fazer isto anualmente
para conseguir ver o pai novamente.
Em segundo lugar, Ợrúnmìlà avisou-o que
o povo seguiria atrás dele com tudo o
que Ợrúnmìlà fez para ele.
Ợrúnmìlà usou a folha de Ifá para passar
em sua língua e assim que chegou na
frente da casa a sua voz mudou.
Ợrúnmìlà avisou que assim que ele
colocasse os produtos para o sacrifício no
chão, se cobrisse com o pano de alari
preparado e gritasse: Ayo o o, Ayo o o ,
Ayo o o.
Assim que fez isso, o povo começou a
seguir na direção dele e Ologbojo
começou a distribuir os materiais para o
sacrifício cantando. Enquanto ele cantava
o pai dele usava o cordão de ferro para
descer do Orun (céu) para o Aiyê (terra),
e o povo gritou: Babatunde, Babatunde,
Babatunde....
Desde este dia em que o povo chamou
Ologbojo de Babatunde, esa ogbin
Ologbojo Omo Ari Keyan ninu aso Esa
Ogbin (oriki do fundamento)
Baba Ologbojo vem sendo cultuado.
Ologbojo (nome do egungun) Pessoa que
se sente bem dentro da roupa
Egúngún é um dos mais jovem entre os
Irùnmolé, mais ele é muito importante
porque seu culto mostra e lembra a
relação entre o povo do céu ( Ợrún ) e o
povo do àiyé ( terra ) é importante
lembrar que o outro nome de Egúngún é
( Ara Ợrún kinkin ) o povo do céu.
Awọn oloye Egúngún ( cargos da
sociedade de Egúngún )
CULTO A EGÚNGÚN
Egúngún Ode: dança Akitinpa ou Agere.
Este Egúngún pode se chamar “Jenju” é
por isso que dizem que Ṣàngó dança Bata
enquanto Jenju dança agere.
Egúngún Ode se chama Jenju porque é
dentro da mata que ele pega tudo que é
usado por ele.
Exemplo:
O couro de animal
Penas
Chifre de bicho
Bolsa de Ode
Apara ( que Egúngún carrega feito de
couro de animal )
Nomes de Egúngún da tradição Yorùbá
Egúngún Eleri
Egúngún Olopon
Egúngún Alate ( tombolo ) Egúngún
Jandunkun ( Olore ) Egúngún Layenu (
jenju ) Egúngún kunduke
Egúngún Alagbe ( Alare ) Egúngún
Pindanpindan
Eewó Egúngún ( proibições de Egúngún )
Egúngún não pode entrar em local de
“Agbede” ( local de fazer ferro ). Egúngún
não pode colocar os pês encima de palha
de milho.
O povo de Ợbàtálá não pode vestir
Egúngún.
Mulher não pode entrar dentro do
Ilesayin ( local sagrado de Egúngún )
Oferendas para Egúngún
Carneiro Cabrito Porco Galo Olele Akara
Amala Obì
Ọdùn Egúngún ( Festival de Egúngún )

CULTO A EGÚNGÚN
Geralmente a festa de Egúngún dura 17
dias e começa no meio da semana, nunca
no começo ou fim de semana entre esses
dias somente oito dias são os quais
algumas famílias usam para fazer a festa
até o final da festa da cidade que se
chama Ajodún ou Ọdùn Gbogbogbo.
Ikunle Egúngún:
A festa de Egúngún só pode começar com
autorização maior do culto como o
Alàágbáà e Ològbojò, são os dois que
decidem quando a festa vai começar e
passam para o Alápinni que passa para o
rei da cidade.
Depois da união entre o Alápinni e o rei
da cidade ( Obá ), os mariwos escolhem a
data e se preparam.
No inicio do dia da festa, que chama-se
dia de Ikunle, todos os awos Egúngún se
juntam no Ilesayin. O Akere ou o Pasan
pega as varas de Egúngún e corta as varas
com a medida de 30cm cada uma isso se
chama Kaaba.
Em seguida o Akere coloca o kaaba
dentro de um alguidar e coloca acaçá,
dendê, akara e obì dentro do alguidar
que é colocado no Ojubo do Ilesayin.
Depois ele pega toda a massa que esta no
alguidar e coloca na terra e reza pedindo
tudo de bom para todos.
Too ki odun yii
O rowa ro esse lai si iyonu Ki o ro wa se
Owo
Ki o ro wa se Àláfíà
Ki o ro wa se ọmọ
Ki o ro wa se Olá
Bi bee ba ni
Ki obì ba yan o
Tradução
Que este ano
Traga tudo de bom para nos
Traga prosperidade sem problemas Traga
dinheiro
Traga satisfação
Traga filhos
Traga riquezas
Vai ser assim
Faça com que o obì responda
Festa
Assim que o ikunle Egúngún acaba ( oro )
no mesmo dia o Ojé de cada casa pode
fazer a festa familiar. Egúngún pode ficar
saindo de três em três dias até o dia de
asekagba ( dia final ).

CULTO A EGÚNGÚN
Dentro deste tempo todos que tem
Egúngún assentado aproveitam para
fazer oferendas para seus assentamentos
oferecendo carneiro, galo, obì são os
mais usados para a festa, todos bebem
comem e dançam.
Asekagba é o dia final onde se faz o
itadogun da festa de Egúngún.
Ki ara idale maa lo Ki ara oko maa lo Ki
ara ile bere ise Ko si iyonu mo
Ko si ifoya mo
Baba gbo ki o ba ebe wa
Tradução
Que os visitantes vão para casa
Que os outros vão também
Que as pessoas de cada comercio
trabalhem Não tem mais problema
Não tem mais medo
Baba ouça nosso pedido
Depois da ultima oferenda ( Òkàká ), a
festa continua até a noite e depois os Ojé
vão para o Ilesaniyn, junta-se todo os
restos de oferendas que esta nos
assentamentos e levam para o rio.
Oriki
Obatala Ile Ojé
Obatala Ilesanyin
Oluwo n ti Iwo
Ologbojo Omo Kon du ni Iwo Alele mo le
ku iwo la la
Fun won lona ti Esa
Mo fi akuko kan soso
Bo igba egungun
Awonran merindinlogun
Ni n be lode Ogbin
Merin mu ori kun osun lesa Ki n lo re e jo
Ki n le ri ibi
Yo owo gbo gbo ogbo
Ni nu abala
Omo a ri ke yan ninu aso
Bi ile ba su
E maa gba ode ogbin Atejumo ni ogbin
dun un de Mo ku ijo bi eni ku awo
Mo fi ode ogbin se arinka Ojé Merin si wo
ewu eje
Korikori
Merin ni a n bo ni ile
Baba ti o bi wa lomo
Awon merin yoo ku
Ni n gbe ago baba wa
Lo re e jo lawujo
Awon lomo a ri Ike ru aso Awon lomo
otinpa
Ti fi ese ya aso ago danu Ojo ro kin gbe
ago
Tradução :
Obatala é da casa de Ojé
Obatala de Ilesanyin
Oluwo da cidade de Iwo
Ologbojo filho de Kondu da cidade de Iwo
Aquele que morava na cidade de Iwo
Aquele que está no caminho de Esá
Eu usava um galo só
Para sacrificar
Tem 16 estátuas para 200 egungun na
cidade de Ogbin
Quatro delas usam banha de ori e pó de
osun na pernapara dançar Para ter tudo
de bom
Ver tudo o que está perto
Que está dentro do Abala
Filho que vive dentro de roupa
Quando anoitece pega caminho de Ogbin
Ogbin é caminho de qualquer hora
Eu dancei com um awo
Eu usei cidade de Ogbin para passeio
Alguns dos quetro usam camisa de peixe
korikori
Foram quatro que nós usamos em casa
Pai que tem filho
Os outros que restaram que ajudam o pai
Ele são aqueles que tem corcundas para
carregar roupa
Eles são filhos de Otinpa
Que usa a pena para rasgar roupa .

EGÚNGÚN
Segundo Ifá em Otúrúpòn Méjì, durante a
vida das divindades primitivas, houve um
evento que Ifá chamou de ilè'n mì; Mãe
Terra tremia, ou "Ilè 'n ri ”, a Terra estava
submersa; o que pode ser traduzido
como o tremor do
terra ou terremoto Tremores ocorreram
incessantemente e o resultado foi
morte e destruição colossal. Árvores
caíram sobre as pessoas; as casas são
desmoronou, os seres humanos estavam
sendo enterrados vivos, terras agrícolas
eles submergiram, houve desastre onde
quer que olhassem. Relatórios
semelhantes vieram de
de todo o mundo onde Òrúnmìlà
costumava viajar para ensinar Ifá e se
apresentar
Sua adivinhação Enquanto choravam pela
morte de seus entes queridos, disseram a
ele to Òrúnmìlà "Isso também está
acontecendo em nossas próprias terras."
Únrúnmìlà al princípio de existência
usado para fazer viagens ao céu para dar
informações atualizado sobre a evolução
da Terra para Olódùmarè. (Estas viagens
de Òrúnmìlà para o céu, eles podem ser
explicados como viagens astrais sob
certas considerações). No céu, únrúnmìlà
pediu aquelas coisas que ele achava que
fariam bem ao humanidade ou solicitou o
culminar daquelas coisas que eu senti
que eram Tornando a vida difícil Mas
nesta fuga em particular, como indicado
por Ogbè
Ásá, corroborando o que foi estabelecido
em Òtúrúpòn Méjì, as pessoas
perguntaram Únrúnmìlà que parou "o
tremor da Mãe Terra". Então o oráculo
de
Ifá disse a ele que a divindade que
salvaria a situação estava a caminho. Pelo
que Únrúnmìlà assegurou-lhes e disse às
pessoas que Olódùmarè enviou alguém
para Controlar a situação. Mas as
pessoas, especialmente as de Ilé Ifè,
sentiram que o
Seria necessário uma nova divindade
para chegar. Então a cidade começou a
Pergunte: Ainda está aqui. “Que outra
divindade virá do céu” “O que é isso
vai fazer as divindades que virão que as
outras divindades que já estão aqui como
como: Obàtálá, Òranifé entre outros
(fisicamente e espiritualmente) não
eles podem resolver Então eles não
fizeram nenhum preparo para a
divindade que Únrúnmìlà havia dito que
ele viria do céu.
Pouco depois, o Àbàlà, o mascarado,
chegou em múltiplos do céu e
Eles foram em direção ao palácio do rei
Odùdúwà. Eles disseram ao rei o que era
sua missão e exigiram conhecer as áreas
afetadas pelos terremotos. Depois de
Um pequeno intervalo, os Àbàlás
partiram para a casa de Òrúnmìlà para
que
faça uma adivinhação e faça os ajustes
finais antes de planejar sua
planos. Depois disso, Ifá diz que eles
foram para Ìdó, Àwúsí, òdòròmù Àwísè,
Meréetélú, Mesèàkárúbà,
Ojùgbòròmekùn Eséji e todos os lugares
onde Tremores foram registrados. Eles
fizeram todos os reparos necessários no
Terra enterrando alguns artigos sagrados
que estabilizariam imperfeições. Quando
ficaram satisfeitos com a cessação dos
tremores, voltaram ao
Ilé Ifè, seu principal local de convocação.
Mas na chegada, eles não conseguiram
encontrar para quem os acolheu, já que
os habitantes já eram ruins
predispostos (com preconceitos), mesmo
antes da chegada dessas divindades. Em
na verdade, eles não receberam nenhum
lugar para dormir nem encontraram
lugar para ficar Foi somente o único que
aceitou o desafio de hospedá-los e
alimentá-los, mas quando o compromisso
já era demais para ele, os Àbàlás
eles deixaram Ilé Ifè para se estabelecer
em outro lugar. O mesmo Odu, Ogbè Òsá
(Ogbèríkúsá) revela que a cidade
selecionada pelos Àbàlá era conhecida
como
"Òjé" até algumas décadas atrás, quando
o nome foi alterado para "Ahá". Isto
A cidade está localizada ao norte de Òyó,
Òyó Estado da Nigéria.
É por isso que o culto e a prática de
Egúngún não são tão extensos em Ilé Ifè.
Os poucos Egúngun encontrados lá
podem ter surgido como resultado da
adivinhação de Ifá ou a inclinação pessoal
de certos indivíduos de possuir um.
Depois que as máscaras saíram e se
estabeleceram na cidade de Òjé,
o povo de Ilé Ifè percebeu que por
dezesseis anos consecutivos após o
chegada das máscaras e sua viagem ao
redor do mundo, não havia mais
tremores ou terremotos Inicialmente,
eles pensaram que poderia ter sido uma
coincidência,
mas em vista de ninguém chegar ou
gritar "ilè‘ n mì "para alerta
sobre algum terremoto, eles se
arrependeram e decidiram deificá-los
oferecendo sacrifícios todos os anos.
Alguns grupos também decidiram
Consulte Ifá para este caso.
Ifá os aconselhou que, além dos
sacrifícios anuais, eles deveriam construí-
los fantasias reproduzindo aquelas que os
Àbàlás usavam em sua primeira viagem
ao Terra Ifá lhes disse: “Eles devem
realizar a fabricação dos fatos para exibi-
los ". Os habitantes de Ilé Ifè também
reconheceram que as máscaras eles
haviam alterado as coisas com sua
chegada; “Eles foram os que resolveram
nossos problemas ”; “Você não vai se
importar com nada, ou não
bem, quem mudou o mundo
corretamente ”. Desde a
visão da ação dos Àbàlá que a cunhagem
de Egúngún se tornou sua
Nome até hoje.
A canção final de louvor do verso de
Ogbè Òsá culminou da seguinte forma:
Ifá ló se f’égúngún Ifá ló se fún Ebora
Ifá ló se fún Àbàlá Òwóòn Ifá ló se ilè táyé
fi gún
Tradução
Ifá fez maravilhas para Egúngún
Ifá fez maravilhas para Ebora
Ifá também fez maravilhas pelo filho de
Òwóòn
Ifá os criou para a Terra, possibilitando o
bem-estar da humanidade.
Egúngun é a mesma palavra usada para a
morte. Uma razão óbvia para isso.
É a roupa usada para cobrir o corpo. No
entanto, Ifá também sustenta que todos
os homens, não importa quanto tempo
eles viveram na Terra se tornarão um dia
em Egúngún e eles serão representantes
de seus irmãos na cidade do céu (se
alguém conseguir essa distinção).
O culto de Egúngún é revelado em várias
salas de diferentes Odù de Ifá. Sem No
entanto, Otúrúpòn Méjì, foi o Odù
fundador da cidade Òjè onde o Egúngún
se estabeleceu depois de deixar Ilé Ifè,
entre outros Odù se
eles encontram Òkànràn Ògùndá, Ìwòrì
Òyèkú, Òwónrin Òfún. Nestes versículos,
o sacrifícios e o método de sua
preparação são explicados em detalhes
para o benefício de quem está buscando
o favor dos antepassados. Porém,
há o que pode ser considerado refeições
padrão para máscaras que
eles não precisam ser ditados por Ifá
antes de alimentar essas divindades.
Alguns dos Essas refeições são:
● • Òlèlè o Móhínmóhin (preparação à
base de feijão)
● • Èkó (farinha de milho bem cozida)
● • Ataare (pimenta de jacaré)
● • Otí (bebida alcoólica)
● • Epo (óleo de palma vermelho)
● • Omi tútù (agua fría)
● • Àgbò (carneiro)
● • Òbúko (cabra)
● • Àkùko (galo) e todos os alimentos
comestíveis (o que a boca consome)
O sacrifício a Egúngun é feito na maioria
das vezes no ícone chamado “Opa
iku ". Estas são pequenas varinhas
derivadas de uma família de ervas
perenes chamado "Àtòòrì". Eles são
cortados em palitos pequenos,
entrelaçados e consagrados tornar-se o
"ìpórí", o objeto de veneração para o
Egúngún.
O mesmo Àtòòrì, de acordo com as
palavras de Ifá, foi revelado a Egúngún
quando Eu estava no meio dos inimigos.
Ifá o aconselhou a oferecer sacrifícios
antes esse segredo foi revelado a ele.
Òtúrupòn Méjì diz o seguinte:
Fàrà n nalè
A dífá fún Àtòòrì lèbèlèbè tíí serú àkórà
Egúngún
Tradução
Fàrà n nalè
Ele fez adivinhação para Àtòòrì lèbèlèbè
o primeiro escravo de Egúngún
Como sinal de honra para uma entidade
que ajudou Egúngún a conquistar seus
inimigos, ainda é usado até hoje por as
máscaras
É importante notar que Òpá Ikú, também
conhecido como isán Egúngún, nada mais
é do que o receptáculo para propiciar
Egúngún e nossos ancestrais. A primeira
coisa que devemos levar em conta na
consagração de Òpá Ikú é tenha todos os
artigos para consagração em mãos, então
abaixo
Uma lista de acordo com cada item será
detalhada:
Ervas:
Òdúndún (KALANCHOE CRENATA)
Tètè (AMARANTHUS HYBRIDUS)
Rinrin (PEPEROMIA PELLUCIDA)
Ìbà Ìgbò (SYNEDRELLA NODIFLORA) Sápó
(ANTHOCLEISTA LIEBRECHTSIANA)
Itens de receptáculo:
1 Ìkoóde
1 Ìyé Agbe
1 Ìyé Àlùkò
9 Àtòrì
Aso pupa (pano vermelho)
1 panela de barro (onde Òpá Ikú vai
morar) Cowries (como os usados para
adivinhação buzios)
Tradução
Fàrà n nalè
Ele fez adivinhação para Àtòòrì lèbèlèbè
o primeiro escravo de Egúngún
Como sinal de honra para uma entidade
que ajudou Egúngún a conquistar seus
inimigos, ainda é usado até hoje por as
máscaras.

Animais
1 Àkùko (galo)
1 Òbúko (cabra)
Oferendas

Èkuru
Èko
Àkàrà
Otí(gin)
Epo
Ataare
Obì Àbàtà (de 4 lóbulos
Orógbó.
Procedimento para a consagração de Òpá
Iku
Antes de começar, você deve ter todos os
elementos para promover e consagrar o
Ipá Iku pronto.
Em primeira instância, você deve
estender ervas em uma esteira colocada
no próximo pedido da esquerda para a
direita e de cima para baixo, o pedido
para segue:
● Tètè
● Òdúndún
● Rinrin
● Ìbà Ìgbò
● Sápó.
Ele então fará suas orações e fará um
relato do que fará (sobre consagração e
propiciação), ele declarará seu Ìbà e
depois orará às ervas Como segue:
Gbirin aro
Kìkì àjà gbohùn gbohùn Gbririn aro
A díá fún Òrúnmìlà
Tí nlo rèé béwé múlè lágbàlá Èmi béwé
múlè nígbàyí Kí nmá ba à kú ní kékeré
● Orin
Gbririn aro
Kìkì àjà gbóhùn gbóhùn Gbirin aro
Èmi béwé múlè nígbàyí Kí nmá ba à kú ní
kékeré
Tradução:
Son como golpes de metal
Foi ele quem fez a adivinhação para
Òrúnmìlà Quando eu ia concordar com as
ervas Agora eu faço um pacto com ervas
Então ele não me permite morrer jovem
Neste ponto, as ervas serão oferecidas
Orogbo removendo as pontas
do mesmo e colocá-los nas ervas, então
ele dividirá o Orogbo em 4 partes; tudo
Esse processo deve ser feito com os
dentes, já que tanto os orogóbicos
quanto os obi eles nunca devem entrar
em contato com nenhum item metálico
para cortá-lo, pois Ele perderia seu
ambiente natural
Tendo as 4 partes do orogbo, estes serão
colocados na frente das ervas enquanto
ajoelhado e água serão derramados
sobre ele enquanto diz:
Ìrìsè
Este processo deve ser feito três vezes.
Enquanto estiver no Ilé Òrìsà ou antes de
qualquer Imolè, especialmente para orar,
deve-se apertar o punho esquerdo para
que o polegar e o dedo
O índice se encontra e faz um buraco no
meio. Agora, com a palma da mão mão
direita será usada para acertar o buraco
feito pelo polegar e
o índice para que o golpe emita um som.
É preciso tocar o chão e o
Òrìsà ícone, respectivamente, com a
ponta do dedo médio da mão direita. Isso
será feito três vezes em três rodadas,
dizendo:
Akísalè!
Depois de dizer três vezes, ele fará
novamente dizendo:
¡Etígbúré!
Depois de fazer três vezes, o exercício
será realizado mais três vezes, dizendo o
que
seguinte:
Olómitútù mo pè
Ele continuará dizendo:
Ilè mo pè!
"Mãe Terra, eu te invoco!"
Devemos levar em conta que cada um
deve ser feito 3 vezes. Então siga fazendo
isso dizendo:
Osányìn mo pè!
"Espírito de ervas, eu te invoco!"
Ele também continuará fazendo isso
dizendo: Ewé gbogbo Mo pè!
"Eu invoco todas as ervas!"
Depois ele pega os 4 pedaços de orogbo
e o apresenta às ervas que enuncia O
seguinte encantamento
Ewe gbogbo atì Oba ewé Òsányìn Orógbó
rèé o
Kí nmo l’ogbó
Kí nmo l’ató láyé o
Coloque os orogbos na palma das mãos
em direção às ervas 3 vezes enquanto
diz:
Orógbó rèé o
E os presentes responderão:
Ó gbà
Uma vez que a divindade das ervas aceite
a orogbo, ela continuará oferecendo o
Obì, agarrando o obì e o dividirá
enquanto afirma o seguinte
encantamento:
Obì ní wón pá sí Òràn, Olòràn o
Remova o umbigo de Obì, coloque-o na
mão direita e ele dirá o seguinte:
Kí ségun òtá mi o
E ele vai jogar no chão para o lado:
Coloquei os 4 lóbulos de Obì já separados
na frente do tapete com as ervas, depois
despeje água no Obì 3 vezes dizendo em
cada intervalo:
Ìrìsè
Enquanto estiver no Ilé Òrìsà ou antes de
qualquer Imolè, especialmente para orar,
deve-se apertar o punho esquerdo para
que o polegar e o dedo
O índice se encontra e faz um buraco no
meio. Agora, com a palma da mão mão
direita será usada para acertar o buraco
feito pelo polegar e
o índice para que o golpe emita um som.
É preciso tocar o chão e o Òrìsà ícone,
respectivamente, com a ponta do dedo
médio da mão direita.
Isso será feito três vezes em três rodadas,
dizendo:
Akísalè!
Depois de dizer três vezes, ele fará
novamente dizendo:
¡Etígbúré!
Depois de fazer três vezes, o exercício
será realizado mais três vezes, dizendo o
que
seguinte:
Olómitútù mo pè
Ele continuará dizendo
Ilè mo pè!
"Mãe Terra, eu te invoco!"
Devemos levar em conta que cada um
deve ser feito 3 vezes. Então siga fazendo
isso dizendo:
Osányìn mo pè!
"Espírito de ervas, eu te invoco!"
Ele também continuará fazendo isso
dizendo:
Ewé gbogbo Mo pè!
"Eu invoco todas as ervas!"
Então ele vai pegar o obì, dois serão
colocados na mão esquerda e os outros
dois na direita certo, apresentando os
dois à direita da divindade enquanto diz:
Obì lówó òtún Obì lówó òsì
Tradução:
Obì na mão direita Obì na mão esquerda
Ao dizer isso, você terá que avançar a
mão correspondente e, finalmente, antes
de lançar o obì, ele dirá o seguinte
encantamento para exortar a divindade
aceitar o obì:
Ebora kìí kò èbè fun obì
A divindade nunca rejeita orações
quando é oferecido Obi
Obì rèé o
E os presentes responderão:
Ó gbà
Uma vez que o Obi seja aceito pela
divindade das ervas, prosseguiremos
para realizar o ritual de alimentação
mastigando bem a orogbo e a partir do
boca vai soprar o orogbo desfiado para as
ervas enquanto canta:
Ewé èlùjù, Gborógbó je o (2 vezes)
ervas do monte, coma orogbo
Então, com o obì, o mesmo processo será
feito enquanto se canta:
Ewé èlùjù, gbobì je o(2 vezes)
ervas do monte,coma noz de cola
Mastigue 9 Ataré, também conhecidos
como pimenta da Guiné e enquanto
sobra nas ervas vai cantar:
Ewé èlùjù, gbata je o (2 vezes)
ervas do monte comem atare
Uma porção considerável de Gin será
colocada em um copo e com a boca O Gin
soprará as ervas enquanto canta:
Ewé èlùjù, gbotí mu o (2 vezes)
ervas do monte bebem Gin
E, finalmente, água fresca será
pulverizada enquanto estiver cantando:
Ewé èlùjù gbomi mu o (2 vezes)
ervas do monte bebem água fresca
Neste ponto, um recipiente com água
fresca será colocado para proceder à
colocação as ervas nele e, em seguida,
execute o omi èrò, que será
anteriormente encantado com o oficiante
e outro para ajudá-lo a começar
com o ewé tètè:
Tètè tè rere o Awo ló nílé o
Então com o ewé Odúndún:
Òdúndún máa ní tèwúre (2 vezes) Bó bá
dàmodún
Máa ni tèwúre Òdúndún máa ní tèwúre
E ele improvisa
Máa ní gbà owó Máa ní gbà omo Máa ní
gbà ogbó Máa ní gbà ató
Siga o Ewe Rinrin:
Rinrin Òrìsà kìí mú ilè tì
Kí a má mùú àmúbó owó Kí a má mùú
àmúbó Ogbó Kí a má mùú àmúbó ató
Kí a má mùú àmúbó aya
Kí a má mùú àmúbó ire gbogbo.
Em seguida, as ervas restantes serão
jogadas no recipiente de água em que
essa parte do ritual será selada com um
encantamento de Òsé Túrá qual é o
seguinte:
Bí mo dúró tí mo wúre Ire mi kò sàìgbà
Bí mo bèrè tí mo wúre Ire mi kò sàìgbà
Bí mo kúnlè tí mo wúre Ire mi kò sàìgbà
Bí mo jókòó tí mo wúre Ire mi kò sàìgbà
Bí mo dùbúlè tí mo wúre Ire mi kò sàìgbà.
Tradução:
Se eu ficar de pé e orar Minhas orações
serão aceitas Se estou agachado, e rezo
Minhas orações serão aceitas Se eu estou
de joelhos, e rezo Minhas orações serão
aceitas Se estou sentado e rezo Minhas
orações serão aceitas Se estou deitado e
rezo Minhas orações serão aceitas.
Cada passo que indica a oração deve ser
feito; isto é, quando diz "sim, eu sou
agachado ”todos deveriam se agachar;
"Se estou de joelhos", todos deveriam
ajoelhar-se, etc.
Em seguida, rasgue ou esfregue as ervas
tentando obter mais sumo possivel todas
enquanto cantava:
Guia: Èrún, èrún Aperte, aperte Refrão:
O, èrún
Sim, aperte
Então o oficial Awo improvisa enquanto o
coro permanece o mesmo:
Èrún jogbó Èrún jató Èrún jajé Èrún
sàseyorí Èrún níre gbogb

Tradução
Apertar nos trará uma vida longa
Espremer nos dará saúde
Apertar nos trará riqueza
Apertar nos fará ter sucesso
Apertar nos trará todas as coisas boas da
vida.
Até este ponto, você deve ter todos os
itens alimentares prontos,
você colocará os paus / juncos que você
usará dentro de uma caçarola com água
por um tempo;
Em seguida, ele cortará os palitos para
um tamanho de 2 a 3 polegadas, junte
nove palitos para fazer
a ISÁN EGÚNGÚN.
Você deve cortar o pano vermelho para
fazer uma ou várias cordas para amarrar
as nove varas
juntos Você deve juntar as penas de
Agbe, Àlùkò e Ìkoóde junto com esses
gravetos.
Agora vamos temperar o omi èrò com
Dendê e gin e com isso o ícone Ìsán
Egúngún será lavado no Ìkòkò enquanto
rezar os encantamentos dos Méjìs e
Òkànràn Kangún enquanto o coro
responda o seguinte entre cada versículo:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
Ìsán egúngún se está lavando Ìsán
egúngún se está lavando
● 16 méjìs de Egúngún
● Èjì Ogbè
Òkòòkó Àkàsù èko
A díá fún Egúngún
Níjó ti n sawoó ròde Ògbórí
Ebo n wón ní ó se Egúngún gbébo nbè
Ó rúbo
Rírú ebo
Èèrù Àtùkèsù
E wáá báni ní Màrínrín ire Màrínrín ire làá
báni lésè Oba Òrìsà.
Tradução
Òkòòkó Àkàsù èko
Ele fez adivinhação para Egúngún
O dia em que eu ia praticar o sacerdócio
na cidade de Ògbórí
Ele foi recomendado a fazer sacrifícios
Egúngun ouviu falar do sacrifício e fez
Oferecendo sacrifícios
E dando ofertas para Èsù
Venha e encontre-nos no meio da
fortuna, aos pés do rei de Orișa
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Òyèkú Méjì
Òyèkùúdìífégbè hàn
A díá fún Alápìíni Òfòrí páà okùn Ato
kékeré abenu bélé
Èyí ti n ròde lòó pagbo Ngbà Alápìíni dé
òde
Ó bóójó
Ayé ye é
Wón sí fowó sè é lósòó
Njé rírú ebo
Èèrù Àtùkèsù
Alápìíni a n o rólà látòde.
Tradução
Òyèkùúdìífégbè hàn
Ele fez adivinhação para Alápìíni Òfòrí
páà okùn Ato kékeré abenu bélé
Aquele que ia entreter as pessoas
Quando Alápìíni chegou
Ele foi bem recebido
Ele entreteve as pessoas
E ele foi recompensado com dinheiro
Portanto, oferecendo sacrifícios
Botas ou ofertas dadas a Ifá e também a
Èsù Além disso, podemos vê-lo com
muitas fortunas.
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Ìwòrì Méjì
Egúngún níí sowó bénbé gbaso
Orò níí kùn yunmuyunmu kàlùú
A díá fún Irúlá ti n mómi ojú sògbérè omo
Ebo ni wón ní kó se
Ó sí Gbébo nbè
Ó rúbo
Kò pé
Ònà ò jìn
E wáá báni ní jèbútú omo Jèbútú omo làá
bání lésè Oba Òrìsà.
Tradução
Egúngun com suas mãozinhas veste um
terno em cima
Orò é quem vibra pela cidade
Foi ele quem fez adivinhação por Irulá no
dia em que chorava porque não tinha
filhos
Ele foi recomendado a fazer sacrifícios
E ele ofereceu
Após um curto período de tempo
Não muito
Venha nos encontrar no meio das
crianças
Um deles é cercado por muitas crianças
aos pés do rei dos Òrìsàs.
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Òdí Méjì
Lúbú awo Ìtórí
Làkòsìn Awo Màgúèdè
A díá fún Eégún ti n sawoó róde Òjè Ebo
ni wón ní kó se Egúngún gbébo nbè
Ó rúbo
Ni bán korin
E gbé mi ò
Feere
Gbe mi feere
E gbágan ò
Feere
Gbe mi feere
Feere.
Tradução
Lúbú é o padre de Ìtórí
Làkòsìn é o padre de Màgúèdè
Eles foram os que fizeram adivinhação
para Egúngun quando ele estava se
aventurando sacerdócio na cidade de Òjè
Ele foi aconselhado a fazer sacrifício
Egúngun ouviu falar do sacrifício
E ele fez
Então ele começou a cantar com alegria
Eles me pegam
Alta
Me carregue alto Carregue o disfarce Eles
me pegam alto
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Ìrosùn Méjì
Eni a wù
Eni a mú
A díá fún pàràká ti n ròde lòó jó Ta ló
bímo báwònyí weere Pààká
Eégún ló bímo báwònyí weere Pààká
Tradução
Eni para wù
Eni para mim
Ele fez adivinhação para Pàràká quando
ele estava indo para uma dança Quem
teve muitos filhos
Pààká
Eégún é quem teve muitos filhos
Paká.
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Òwónrín Méjì
Bígi bá fara móra
N níí jé Igbó
Ìtàkùn fara móra
Wón a dìtí
A díá fún Èjì Òwòn
Níjó ti n sawoó ròde Ìkóló
Ebo n wón ní ó se
Ö si gbébo nbè
Ó rúbo
Èjì Òwòn wón ní bóo bá dè òde Ìkóló Kóo
bo Eégún Ilée babaà re
Kó o sì bo Òrìsà méfà níbè
Tradução
Quando as árvores coexistem
É assim que se chama na floresta
Quando os gêmeos coexistem
Eles vão enrolar para criar um
enrolamento
Eles são os que fizeram adivinhação para
Èjì Òwòn
O dia em que ele estava se aventurando
na cidade de lkóló Eles o aconselharam a
oferecer sacrifício
Ele ouviu sobre o sacrifício
E ele fez
Whenjì Òwòn Quando você chega na
cidade de lkóló
Você deve oferecer sacrifício pelo
Egúngún de seus antepassados E você
também oferecerá sacrifício por seis
Orișas
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Òbàrà Méjì
Agílígíntí abara yíyi
Èmi líe ni ti àtòòrì
A díá fún Alápìíni Òfòòrí Páòkuùn Omo a
mú pàsán tééré saájú Egúngún Ìgbà ti n
súnkún òun ò ríre gbogbo Ebo n wón ni
kó se
Ìgbà tó tètè gbébo níbè
Ní n ríre gbogbo
Tradução
Agilígíntí abara yíyi
Curvar-se para frente e para trás faz a
haste àtòòrì
São eles que adivinharam o Alápìíni
Òfòòrí Páòkuùn
O filho de um mú pàsán tééré saájú
Egúngún
O dia em que eu estava chorando porque
não tinha boa sorte Eles o aconselharam
a fazer sacrifícios
Não foi até que ele descobriu sobre o
sacrifício
Que todas as boas fortunas entraram em
sua casa.
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Òkànràn Méjì
Òkànràn kán kààn kán Òkànràn òjè
A díá fún Òjérónké ti Ìgbàlè Níjó ti n
mómi ojúú sògbérè omo Ebo n wón ní kó
se
Ó gbébo nbè
Ó rúbo
Ó gbó èèrù
Ó tù
Ló bá n bímo werere
Tradução
Òkànràn kán kààn kán
Òkànràn òjè
Eles são os que fizeram adivinhação para
Òjérónké na floresta sagrada No dia em
que estava chorando porque não tinha
filhos
Ela tinha sido recomendada a sacrificar
Ela ouviu sobre o sacrifício
E oferecido
Ela também ouviu falar em doar grandes
botas
Ela fez também
Consequentemente, ela começou a ter
filhos.
● Ògúndá Méjì
Igún ló di yìbó
Àkàlá ló di yìbó
Enìkan ò mobi ti ogún yóó selè sí lóla
A díá fún Lákannígbò
Níjó àjòjò gbogbo n kanlé è é yún
Gbogbo ajogun n gbalée è lo
Ebo n wón ní kó se
Ó sì gbébo nbè
Ó rúbo
Njé ikú mó pa Lákannígbò mó o
Àrùn mó se Lákannígbò mó o
Òfò mó se Lákannígbò mó o Lákannígbò ti
fòkèlè àmàlà gbara omo re lówó ikú.
Tradução
Igún ló di yìbó
Àkàlá ló di yìbó
Ninguém pode prever onde a carnificina
explodiria no dia seguinte
Eles lançaram a adivinhação para
Lákannígbò
O dia em que todas as coisas ruins
estavam a caminho
Todas as más fortunas estavam a
caminho de casa
O sacrifício foi o que ele foi convidado a
fazer
Ele ouviu sobre o sacrifício
E ele fez isso
Portanto, a morte não poderia matar
Lákannígbò novamente
A doença não pode mais afetar
Lákannígbò
Lákannígbò fez sacrifício com àmàlà e foi
assim que ele salvou seus filhos das
garras da morte
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Òsá Méjì
Ó sáá méjì lákòjà
Ó bú yeke yékè lójú opón A díá fún Eégún
Orí Odó Nígbà ti n be láàrin òtá Ebo n
wón ní kó se
Kí leégún orí odó fíí sétè Igbe rara Léégún
orí odó fíí sétè Igbe rara
Tradução
Quebra em duas metades
E um pó caiu no centro de Opón Ifá
Adivinhação feita a favor do baile de
máscaras sentado em cima do argamassa
O dia em que ele estava no meio de seus
inimigos
Ele foi aconselhado a oferecer sacrifícios
O que Egúngun usa para derrotar seus
inimigos
Barulho intenso
É o que Egúngun usa para derrotar seus
inimigos
O barulho intenso
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Ìká Méjì
Bí kàá bá kárí ebo
Ìretè níí tè é
Ónílétèé ló joyè olóhun
Ó bá wínní winni lójorà Ifè
A díá fún Olópòndá níí según Ògbólú Ìlù
tólópòndá n lù
E mámà jé ó ya!
Tradução
Bí kàá bá kárí ebo
Nretè níí tè é
Ónlétèé foi feito rei
Ele teve muita sorte no placar de Ifá
Adivinhação lançada para Olópòndá el
Egúngún Ògbólú O tambor que Olópòndá
toca ou toca
Por favor, não deixe rasgar
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Òtúrúpòn Méjì
Àtòòrì lèbèlèbè sáré wá
O wáá pòtá níwájú omo eríwo Sáré wáá
Àtòòrì lèbèlèbè sáré wá
O wáá pòtá níwájú omo eríwo Sáré wáá
Tradução
Àtòòrì lèbèlèbè venha aqui
Venha e mate os inimigos na frente de
Awo Venha aqui rapidamente
Àtòòrì lèbèlèbè venha aqui
Mate os inimigos atrás dos filhos dos
Awo Venha aqui rapidamente.
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Òtúrá Méjì
Àbíjo làá mo ìtàn Eléégún leégún jo
A díá fún Èrìnlójo Egúngún Níjó ti wón n
sawoó ròde Òjé Ebo n wón ní kí wón ó se
Wón sì gbébo nbè
Wón rúbo
Njé moríwo túwo léwo Ìwo
Moríwo n túwo
Ìwo
Tradução
A linhagem é explicável com a aparência
O baile de máscaras parece seu dono
Adivinhação feita a favor dos incontáveis
Egúngún Quando eu estava me
aventurando no sacerdócio na cidade de
Oje
Todos foram avisados para oferecer
sacrifícios Eles aprenderam sobre o
sacrifício
E eles ofereceram
Portanto, moríwo túwo léwo
Iwo
Moríwo n Túwo
Iwo
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Ìretè Méjì
Pàtíòro bo eégún
Aláyà bi òbe òyìnbó
Eni tó se eégún fúnmi
Ti ò bá tíí kú
A kìí fá àásó rí è dànù
A díá fún Eégún ti n lo àjò tó jìn gòòrò bi
ojó Ebo n wón ní kó se
Egúngún gbébo n bè
Ó rúbo
Rírú ebo
Èèrù àtùkèsù
E wáá báni lárùúségun
Àrúségun làá báni lésè Obàrìsà.
Tradução
Pàtíòro bo eégún
Aláyà bi òbe òììnbó
A pessoa que faz as coisas boas por
Egúngún
Ele não vai morrer
Não se deve tirar o penteado também
Eu jogo adivinhação para Egúngun que
estava indo para um destino distante Ele
foi aconselhado a oferecer sacrifício
Egúngun ouviu falar do sacrifício
E ele fez
Oferecendo sacrifícios
E dando botinhas grátis para Èsù
Venha conhecer-nos com ofertas
vitoriosas
Geralmente, encontramos ofertas
vitoriosas aos pés do rei dos orișas
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Òsé Méjì
Kúlú kulù sé
Òjò ti balùwè sé wòòwò
A díá fún Alápánsánpá
Níjó ti n sawoó re èbá òdàn Alápánsánpá
ìgbà tóo débàá òdàn N lo doba.
Tradução
Kulú kulù know
Òjò ti balùwè sé wòòwò
Eles foram os que fizeram adivinhação
para Alápánsánpá
O dia em que ele estava se aventurando
em seu sacerdócio em Ìbàdàn
Alápánsánpá quando ele chegou em
Ìbàdàn
Ele se tornou rei.
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Òfún Méjì
Adárúkú mogba légbàá Òjò lúkú
dìwànràn Béégun ení bá mò ón jó Orí a
móo yá akápòo rè ni A díá fún Eégún
Nígbà ti n sawoó ròde Òke Eégún pèlé o
Àbàlá ará òde Òke.
Tradução:
Adárúkú mogba légbàá
Òjò lúkú dìwànràn
Se um baile de máscaras sabe dançar
Seu capitão ficará muito inspirado
Eles foram os que fizeram adivinhação
para Eégún
No dia em que estava se aventurando no
sacerdócio na cidade de Òke Eégún eu te
saúdo
Àbàlá a cidade de oke
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
Nota: você pode continuar adicionando
mais versículos relacionados a Egúngún.
Ele prefere, ou músicas.
Mejis já concluída, prossiga para quebrar
uma barra de Osun e água
Este pó em Ifa Opon em que Òkànràn
Kangun ser marcado (Òkànràn Ogunda)
vai lançar água sobre o Odù marcação e
começar a rezar o seguinte
encantamento:
Òkànràn kangún kangún
Òkànràn kangè kangè
Bí o bá lè kan egúngún kó kan egúngún
Bí o bá lè kangè kó kangè
Bí o bá lè kangè kó kan atókùn rè aborí
googo
A díá fún Egungún Àbàlá
A bù fún ara òrun kangè
Ìgbà tí wón nlo sálàde òrun
Tí wón ó ní ojúbo
Àwon omo wón wá n sunkún wípé àwon
kò ni ri Olórun àwon mó Wón ni kí wón ó
tójú ewé Òdúndún
Wón ni kí wón ó tójú ewé Tètè
Wón ni kí wón ó tójú ewé Rinrin
Wón ni kí wón ó tójú ewé Sápó
Wón ni kí wón ó tójú ewé ìbà ìgbò
Kí wón ó tójú ìyé Agbe,
Kí wón ó tójú Àlùko
Kí wón ó tójú Ìkoóde
Kí wón ó fi wè pàsán
Kí wón ó fi nà ilè lójú orórì àwon
Àwon yóó mo n jé
Egúngún Àbàlá rò wá ooooo
Èyin ara òrun mi e rò
Òkànràn Elégún lónìí kí ó gbire èmi omo
yìn.
Tradução:
Òkànràn kangún kangún
Òkànràn kangè kangè
Se se trata de Egúngun, que seja
Se diz respeito ao peito, que seja
Se diz respeito ao peito, diz respeito ao
peito
Se diz respeito ao peito, definitivamente
o preocupará no peito de um Sacerdote
Egúngun
Eles foram os que fizeram adivinhação
para Egúngún Abala
E aos Antepassados
Quando eles estavam voltando para o
céu para deliberar o trabalho que fizeram
na terra de Olódùmarè
Seus antepassados disseram-lhe para
obter Ewé Òdúndún
Seus antepassados disseram-lhe para
obter Ewé Tètè
Seus antepassados disseram-lhe para
obter Ewe Rinrin
Seus antepassados disseram-lhe para
conseguir Ewé Sápó
Seus antepassados disseram-lhe para
obter Ewé Ìbà Ìgbò
Eu tenho caneta Agbe
Eu tenho caneta de Àlùkò
Eu recebi uma caneta de Ìkoóde
Disseram-lhe para lavar o pas, Disseram-
lhe para atingir a terra em frente ao
túmulo Eles prometeram responder às
orações de seus filhos Está na hora dos
meus antepassados me responderem Os
espíritos de um vêm à terra.
E então ele o usará para esfregar em Isán
Egúngún.
Depois que o Osùn secar, você usará o
Obì, orogbo, para oferecer ao
Isán Egúngun. Depois de aceitar o Orógbó
e Obì, você os mastigará e depois
você deve soprá-lo em cima de Isán
Egúngún e, finalmente, você também o
fará com 9 ataare sementes
● Rezo para ofrendar Obì a Egúngún
Ilè mo pè o (3 vezes)
Akísalè mo pè o
Etígbúre mo pè o
Àsà mo pè o
Etí were ni ti èkúté ilé o Àsùnmáparadà ni
tigi àjà o
Àgó kìí gbó ekun omo re kò máà tatí were
Èmi (àwa) omo re ni a pè o
Obì rèé o
Má jékí ó kú
Má jékí ó rùn
Jekí ó se ti odún ti ó ńbò o.
Tradução
Mãe Terra, eu te invoco
Akísalè (Egúngún), eu te invoco
Etigbúre, eu te invoco
Àsà, eu te invoco
Os ratos da casa estão alertas
Os feixes nunca mudam de posição
O rato Àgó nunca ignora o choro de seus
filhotes
Eu (nós) estamos ligando para ele
Eu ofereço-lhe este Obi
Então você não deixa morrer
Eu nem fico doente
E para que eu possa entretê-lo
novamente no outro ano.
Eu rezo para dar egúngún orogbo
Egúngún orógbó rèé o Kí logbó, kí lató,
layé mi o.
Tradução
Egúngun aqui eu ofereço orogbo
Permitir-me viver muito tempo e com
saúde. Reza antes de sacrificar a cabra a
Isán Egúngún Igi tééré igbó nbò wáá d’ìjí
Àbùjá nbo wáá d’ònà
Igi wéré-wèrè-wéré igbó nbò wáá d’ìjí Díá
fún Baba Jàgàdàruúwá
Tí wón bí Èjì Ogbè so lóóko
Njé ràn mí ní’kú o ojó kàn o Eeran
Ràn mí ní’kú o ojó
Eeran
Ràn mí ní’kú nráyè l’ówó o
Ràn mí ní’kú nráyè l’áya o
Ràn mí ní’kú nráyè bí’mo o
Ràn mí ní’kú nráyèé ní’re gbogbo Eeran
Ràn mí ní’kú o ojó kàn o
Eeran.
Tradução
A fina árvore da floresta logo se tornará
uma árvore majestosa Um atalho em
breve se tornará um caminho importante
Árvores pequenas logo se tornarão
árvores majestosas
Essas foram as declarações de Ifá para
Baba Jàgàdàruúwá
O nome dado Èjì Ogbè
Quando eles declararam que era a sua
vez de morrer Ajude-me a assustar a
morte hoje
Oh animal quadrúpede
Ajude-me a assustar a morte hoje
Ajuda-me a amedrontar a morte para
que eu possa ser próspero Ajude-me a
assustar a morte para que eu possa
garantir uma esposa Ajude-me a assustar
a morte para que eu possa ter filhos
Ajude-me a assustar a morte para que eu
tenha todas as coisas boas vida
Seu animal quadrúpede
Ajude-me a assustar a morte hoje
Seu animal quadrúpede.
● Algumas músicas de sacrifício Guía: Èjè
sorò sorò
Coro: Èjè gbàlè K'ara n'ro.
Guia: com sangue estamos promovendo
Coro: O sangue cai no chão de um corpo
que flui sua vida.
Guía: Ibi a dèrò (2 vezes)
Coro: Èjè gbàlè Ibi a dèrò
Guia: Coisas ruins acalmam
Coro: É o sangue que cai no chão que
apazigua as coisas ruins da vida
Guía: Bírí ibí lókè Ògún wá lé rí o (2
vezes). Coro: Repite lo mismo.
Guia: Exatamente aqui é que ele virá para
Inspecionar Coro: o mesmo.

Eu canto quando Àkùko é sacrificado
Èjè èyìn kí ó je adìe Egúngún ojú mòn wa,
(2 veces) Àgò àwa èyìn kí a pa lónìí ojú
mòn wa. Àgò àwa Olórun Ìbà’se, ojú mòn
wá Àgò àwa Olórun Ìbà’se, ojú mòn wá
Tradução
O sangue do galo é para você comer
Egúngun vê e reconhece
Pedimos uma licença para promovê-lo
hoje, ver e reconhecê-lo Dê-nos uma
licença e Olórun nos abençoará, verá e
reconhecerá.

● Eu canto quando você joga epo Epo ni
èrò ní ójú Olóòjà (2 vezes)
O óleo de palma acalma, o vendedor
atesta. ● Eu canto quando o mel é jogado
Oyin dùn bá ti olà
Ìbá á ti olà!
O mel é doce e abundante como fortuna
Abençoe-nos com boa sorte de riqueza.
Eu canto quando coloco as Penas em Ìsán
Egúngún
Egúngún ràtà bòmí
Kó o tún ràtà bò ọmọ mi
B í a f ẹ f ́ ẹ b́ á f ẹ ́
Ìhùhù l’adìẹ fi ńbò ọmọ ẹm̀ ólè
Egúngun estende seu escudo protetor
sobre mim E também espalhá-lo sobre os
meus filhos
Se o vento sopra forte
Galinhas usam suas penas para cobrir
seus filhos.
Eu canto quando sopro gin em
Egúngún(opa iku)
Otí olà láwo ńmu,
Àrànìsàn lo ńmu igbá otí kan àmu lowó,
Otí olà láwo ńmu
O Awo bebe um gim para ficar rico
Assim como Àrànìsàn ficou rico bebendo
um copo de gim Os Awo bebem um gin
para ficarem ricos.
● Eu canto quando você derrama água
B’ómí bá balè, omi a nípa
Kí a nípa níre gbogbo
Quando a água cai, ela se expande e se
multiplica Então multiplique minhas
coisas boas
ASSENTAMENTO DE EGUN

7 PREGOS DE VIGA VIRGENS, UM IMÃ,


VARIAS MOEDAS ANTIGAS PÓ DE
FERRO,
AZOUGUE,
AZEITE DOCE,
ITÁBA DE UNGIRA
LAMA DO MANGUE
TABATINGA
CARBURETO
1 ALGUIDAR DE BARRO GRANDE
UMA CORRENTE DE FERRO QUE CIRCULE
O ALGUIDAR
1 CADEADO PEQUENO COM CHAVE,
7 BUZIOS FECHADOS,
7 BUZIOS ABERTOS,
3 PUNHAL,
UMA COLHER DE PAU
7 VELAS BRANCAS,
1 OBI,
1 OROBÔ
1 PINGA,
1 QUARTINHA MACHO,
1 VINHO BRANCO,
3 FRANGOS,
MODO DE PREPARO

1° ir a calunga e pegar o um orí de um


egum este deve ser anotado o nome do
dito cujo
2° pegar uma bacia ou alguidar grande e
colocar os apetrechos para se fazer a
massa
(itába de ungira).
lama do mangue, o carbureto,tabatinga,
azougue, um pouco azeite doce, um
pouco de pinga, um pouco de omim(agua
) , ( cuidado porque o carbureto aquece e
pode até pegar fogo em contato com a
agua) acenda uma vela branca ao lado e a
quartinha com agua,3° com uma colher
de pau grande vai misturando a massa,
4° pegue um frango branco e sacrifique
ele em cima da massa,e enquanto o eje
vai caindo na massa va dizendo ekú ho
ekú ho do axêxe lonan ekú ho...
e continue misturando até estar bem
uniforme,
5° após coloque o imã em baixo no
alguidar e a massa cobrindo até a risca do
mesmo, com o ori no meio prendendo
ele com massa.,em volta do ori coloque
os buzios intercalados de preferencia
presos na massa, juntamente com as
moedas antigas e o orobo na frente.
6° circulando as moedas e os buzios
coloque os 7 pregos espetando na massa
ao redor da borda do alguidar deixando
em torno de 70 % livre acima da massa
passe a corrente em torno do alguidar
encaixando nos pregos seus elos
deixando as pontas da corrente livres na
frente, e em uma das pontas da corrente
o cadeado
7° acenda as velas ao redor e dizendo o
nome dele ( você pode batiza-lo com
outro nome escolhido babá egun)joque
um pouco de sal e um pouco de agua no
ori e diga que a partir deste momento
você egun de fulano de tal vai se chamar
( diga o nome ) e responder sempre que
eu chamar aou assobiar seu nome que
agora é ( diga o nome ) va dizendo ekú ho
ekú ho do axêxe lonan ekú ho......

8° pegue os 2 frangos e corte em cima do


ori fazendo a saudação ekú ho ekú ho do
axêxe lonan ekú ho.. , e cante
- egum quando come ele sabe orun <- bis
- egum quando come ele sabe orun <- bis
- simbelekê simbelekê huumm huummm
,simbelekê. <- bis
- egum come no obé crum egum come no
obé crum.<- bis
repita as cantigas até parar de escorrer o
egé dos frangos
pegue o obi e confirme se ele recebeu,
coloque os pedaços do obi no alguidar,
se deu aláfia bata paó e dizendo a
saudação ekú ho ekú ho do axêxe lonan
ekú ho

Como todos os assentamentos de uma


“roça” de candomblé, egum também é
de vital importância para o bom
funcionamento da casa e segurança tanto
de seu zelador (a) como também dos
filhos de santo e demais consulentes. O
que acontece é que essa figura tem sido
muito mal compreendida em nosso
tempo.
A começar pelo seu assentamento que
poucos sabem como realizar da forma
correta. E também a forma de se tratar
egum, é muito deturpada. Existem
pessoas que os tratam como escravos, e
pensam que estão agindo com uma
energia dominável. Porém, essa forma de
agir com egum, é equivocada e é ela que
traz as consequências erradas para a casa
de Candomblé.
Egum deve ser alimentado com respeito
e carinho, assim como as demais
entidades que compõem o universo dos
Orixás. Não por ser ele, em serviçal de
Orixá, tem que ser tratado de forma
grosseira, com xingamentos e palavrões
de toda espécie.

Egum existe em uma “roça” para nos


proteger, nos amparar, nos livrar de
todos os males que nossos inimigos por
ventura venham a nos desejar, e também
nos ajuda em tarefas variadas, desde a
cortar uma feitiçaria que exista contra
alguém, e até mesmo auxiliando a
recompormos uma família desfeita.
Obviamente que como todas as forças
espirituais, ele possui seu lado positivo e
o negativo e somente devemos invocar o
positivo. Aqueles que invocam egum para
o mal, mais dia, menos dia pagam muito
caro pelas artimanhas, uma vez que, as
forças existem para o bem, e somente
Deus tem o direito de julgar e punir
alguém e nunca nós estamos aptos para
tal.
Já vi pessoas que disseram que “quando
se assenta egum em uma casa, ele leva
alguém da família”. Isso é errado! Egum
quando assentado, somente vai para a
rua trabalhar quando nós o mandamos e
volta quando o chamamos.
Eles nunca pedem a vida de um ser
humano por mais vil que esse seja, afinal
egum é escravo de Orixá e esses, seguem
à risca as leis de Deus nosso Pai, que
proíbe que uma vida seja tocada ainda
mais ceifada.
Tenho visto várias casas com egum
assentado, na minha mesmo eu tenho, e
nunca soube da morte de quem quer que
fosse depois do assentamento, salvo
aquelas destinadas por Deus, afinal
nenhuma entidade nos traz a juventude
eterna e nossas vidas teem um fim no dia
determinado por Olorúm.

Egum queridos é para nossa defesa e de


nossos familiares carnais, assim como
para a defesa de nossos filhos de santo e
de nossos consulentes. Afinal seguem
eles, as leis de nossos Orixás e esses a lei
Divina.
Claro que algumas restrições existem
para se tratar egum, basta que essas
sejam seguidas e teremos aí uma
valorosa força sempre disposta a ajudar.
Não me refiro a egum solto, a alma
penada, mas ao egum escravo de Orixá,
uma forma de espírito que vive conforme
as determinações do astral superior, ou
seja, ao egum assentado, que passa a
trabalhar para a “roça” e para seu
sacerdote ““.
Pessoas de determinados santos, não
podem de forma alguma lidar com egum,
pois seus Orixás não convivem com esse
tipo de energia, e se por acaso, sua casa
pedir para que um seja assentado, basta
que se nomeie uma pessoa de confiança
para se cuidar de seu assentamento.
Usando essa energia com sabedoria,
veremos que muitas coisas podemos
fazer para o bem, não importando a
entidade para a qual oferecemos
presentes.

ASSENTAMENTO DE BABA EGUN


Material assentamento de Egun
01 Talha sem alça de barro e pintada de
branco (com cal) 01 Objeto pessoal da
pessoa em vida (caneca,pente,jóia) 01
Caco de louça branco
02 Frangas brancas
01 Punhado de terra que cobriu o
defunto 01 Pano branco
01 Ixan de akoko
Orunkó
Efun
Ossun
Wají
Sabão da costa
Banha de carneiro
Moedas brancas no numero da idade que
a pessoa faleceu Cabelo retirado do
defunto com essa intenção
Canfora
Bastante bejerekun Folhas de arruda
macho Buzios na idade da pessoa

Modo de preparo
No quarto onde ficará este Esá deverá ter
do lado direito o orisá Oyá, devidamente
assentada no barro (Bagã ou Padá), e do
lado esquerdo o orisá Nambukú, pois são
eses orixás que controlam a força
negativa de egun, evitando desta forma
que os filhos do egbé sejam atacados por
esta energia.
Antes de dar inicio ao Ojubó de egun, a
pessoa que que manuseara o
assentamento besuntara toda a mão com
canfora, e então prosseguirá com o
assentamento:
Colocara dentro da talha o objeto pessoal
da pessoa, orunkó, nome completo
civil,cabelo,moedas,buzios,caco de louça
e por cima de tudo a terra do defunto.
Agora em separado fará uma massa com
o seguinte axé:
Sabão da costa,efun,ossun,wají,banha de
carneiro,bejerekun,folhas de arruda,
após bem misturado toda essa massa
sacrifique sobre ela uma franga
chamando pelo nome do Egun e
cantando a cantiga abaixo:
E kigbalé lério Ekigbalé
E kigbalé lério Ekigbalé Gbalé gbalé Kini
sorio o E kigbalé lério
Agora cubra com esta massa tudo que se
encontra no interior da talha, cantando:
Onilê Mô Bodô Ilê
Onilê Mô Bodô Ilê Baba esá mo bodo Ile
Onilê Mô Bodô Ilê
Em seguida deixe descansar por 2 horas o
Ojubó, para então prosseguir com a
matança de 1 franga.

Sacrifique a franga para Egun com a


cantiga:
Ikú onà Ikú lehin hey hey hey hey
Bàbá lesé awo ifé
Pelé pelé odara awo silé adupé Omon ni
odara Awè aluwó ikumi i’Bàbá
Pai ancestre traz amor
Tudo de bom no coração
Faz o bem para todos nós
Pai, deixastes saudades depois que
partistes.
Após o sacrificio cubra udo que está
dentro da talha com muito efun africano.
Arrume o Ixan ao lado da talha, um de
cada lado, e todas as vezes que for
conversar com este Esá utilize-se do ixan
batendo no chão.
Arrie aos pés do Esá sempre mingau de
akasá,mingau de polvilho doce,ekurus
esfarelados.

Reza de Egun
Ilè mo pè o
0 Gbogbo mònríwo
Ilè mo pè o Egúngún o
Ilè mo pè o
Gbogbo mònríwo
Ilè mo pè o Egúngún o
Egúngún a yè, kíì sé bo òrun Mo júbà rè
Egúngún mònríwo Ilè mo pè o
Gbogbo mònríwo
Ilè mo pè o
Egúngún o
A kíì dé wa ó, a kíì é Egúngún Won
gbogbo ará asíwájú awo Won gbogbo
aráalé asíwájú mi Ilè mo pè o
Gbogbo mònríwo

Ilè mo pè o
Egúngún o
Mo pè gbogbo ènyin
Si fún mi ààbò àti ìrònlówó Agó, kìì ngbó
ekún omo rè Ilè mo pè o Gbogbo
mònríwo
Ilè mo pè o Egúngún o
Ki o ma ta etí wéré Bàbá awa omo re ni a
npè o Ilè mo pè o Gbogbo mònríwo
Ilè mo pè o Egúngún o
Ki o sare wá jé wa o
Ki o gbó ìwùre wá
Ilè mo pè o Gbogbo mònríwo
Ilè mo pè o

Egúngún o
Má jè a ríkú èwe
1
Má jè a ríjà Èsú
Má jè a ríjà Ògún
Má jè a rija omi
Má jè a rija Soponná Ilè mo pè o Gbogbo
mònríwo
Ilè mo pè o Egúngún o
Mo tumba, bàbá Egúngún Ilè mo pè o
Egúngún o

IGBÓSÉ COM ANIMAIS E PESSOAS


PRIMEIRO EBO
1 CABAÇA
1PREÁ
1 FRANGA BRANCA
1 POMBO
1 QUARTINHA DE BARRO
5OBIS
2 TIRAS GRANDE DE ALGODÃO 2
LEKELEKE

PALHA DA COSTA NAVALHA


TESOURA
FACA
LIMO DA COSTA
IYEIYE OSUN
IYESUN
1 PEIXE ( DE PREFERÊNCIA DE ÁGUA
DOCE)

EFUN ,OSUN , OAJY E SABÃO DA COSTA (


OU SABÃO DE COCO)
ÁGUA DE CANGICA E SUMO DE FOLHAS
FRIAS ( MÓDULO EWE)
1 FOLHA DE GBE AYE RERE (PANACÉIA
,GOMPHRENA ARBORESCENS) VER NO
MÓDULO DE EWE
FOLHAS : ALECRIM (EWÉRE) ,ALGODÃO (
EWE ÒWÚ`),CANA DO BREJO (
TÈTÈRÈGUN ) ,QUEBRA – PEDRA ( EWE
BIYEMI ) ,SAIÃO

(ÒDÚNDÚN ) ,TANSAGEM (EWE ÒPÁ


) E MELÃO DE SÃO CAETANO ( EJÌNRÍN )
2 EBÓ
ESSAS BOLAS SÃO TODAS EM NÚMERO
DE 4 E ENROLADAS EM ALGODÃO :
BOLAS DE ARROZ BOLAS DE ACAÇA BOLA
DE CANGICA BOLAS DE INHAME

BOLAS DE INHAME CARA BOLAS DE


FARINHA COM EFUN RALADO
BOLAS DE FARINHA COM CEBOLA
RALADA
BOLAS DE TAPIOCA 4 QUIABOS DUROS 4
OVOS INTEIROS
1 POMBO BRANCO
1 LENÇOL BRANCO EFUN RALADO
3 EBO

1 PADE DE ÁGUA
9 BOLAS DE ÁGUA
FEIJÃO FRADINHO FERVIDO FEIJÃO
BRANCO FERVIDO ARROZ COZIDO 9
TALOS DE BANANEIRA
9 EKURU
9 VELAS
9 AKASAS CANJICA COZIDA
ÁGUA DE CANJICA] PIPOCA
TNT BRANCO 1 ALGUIDA

1 QUARTINHA DE BARRO
1 LIGORNA
DESPACHAR NA ÁGUA OU NA PORTA DE
UM CEMITÉRIO
4 EBO

1 CRUZ DE TNT BRANCO 1 POTE DE


BARRO FRANJAS DE MARIWO
1 PADE DE AGUA
9 BOLAS DE AGUA
FEIJÃO BRANCO FERVIDO FEIJÃO
FRADINHO FERVIDO ARROZ COZIDO 9
EKURUS
9 TALOS DE BANANEIRA CANJICA COZIDA
ÁGUA DE CANJICA PIPOCA

9 AKASAS
9 VELAS
9 ABANOS 2 LIGORNAS
PROCEDIMENTO

LEVE A PESSOA PARA UMA CACHOEIRA


EM ORDEM MONTE OS EBÓS E PASSE NA
PESSOA E JOGUE NA AGUA
DEIXE OS BICHOS PARA O FINAL.PEGUE
OS BICHOS CORTE PASSANDO NA TESTA
NAS MAOS E NOS PES DA PESSOA
SEMPRE REZANDO PARA EGUN E
PEDINDO PARA QUE LEVE EMBORA ESSE
CARREGO DE MORTE,QUANDO

CHEGAR. A VEZ DO ULTIMO ANIMAL A


SER SACRIFICADO
ENCOSTAR O ORI DO ANIMAL COM. O
ORI DA PESSOA E REZAR ASSIM:
Egúngún kiki egúngún
Egún ikú ranran fe awo ku opipi O da so
bo fun le wo
Egún ikú bata bango egún de. Bi aba f
'atori na le egún se de.

REPETIR A REZA 4 VEZES


E IMOLAR O BICHO NO MESMO LUGAR
VIRE A PESSOA DE COSTAS E COLOQUE O
BICHO NA AGUA DEIXANDO A AGUA
LEVAR.
APÓS ISSO RASGUE AS ROUPAS DA
PESSOA QUE TOMOU O EBÓ E MANDE

A TOMAR UM BANHO DE SABAO DA


COSTA E SABAO DE COCO ENROLEA EM
UM LENÇOL BRANCO E A LEVE DE VOLTA
PARA O BARRACAO LA VOCE IRA DAR
INICIO AO BORI.
REZAS PARA PASSAR AS COMIDAS SÃO AS
MESMAS DE TODO EBÓ
PARA COPAR OS BICHOS REZE:
(Reza de Egun) Ìkú són a lè
Níbi Bàbá Alápáàlà. Ìkú don ohun bàbá Ó
kí s’àlà ojú wa
Ní ìfé agà to ní gbè Osó Ìkú a fó a wé to
Ìkú á lè, ìkú á lè, Ìkú àjò!
BORI
COMIDAS BÁSICAS PARA BORÍ
• EGBÔ

• EGBÔ –IYÁ
• OMO EJÁ
• ADJAORÍ
• ORI IYÁ
• ISU OKÁ
• ISU IYAN
• ISU IYÁ,
• ISU WÀRÁ
• ILÁ
• EJÁ
• AJEBÓ

• EKÒ
• ABEREN IYÁ
• OYINBÓ
• ENTRE OUTRAS...
ALÉM DAS COMIDAS TEMOS ALGUNS
ELEMENTOS QUE NÃO PODEM FALTAR
NO BORI :
• IBÁ ORÍ
• OMI TUTU
• ATARÉ

• FOLHAS DE ORÍ
• LEKE LEKE
• OJÁ E OJÁ ORÍ
• QUARTINHA
• INHÃ
• OBÍEOROGBÔ
• EYIN
• OWU

• ENTRE OUTROS ELEMENTOS ,MAS


SEMPRE SEGUINDO O SEU AXÉ.
O PROCESSO DO BORI E O MESMO DE
UM BORI COMUM,A ÚNICA DIFERENCA E
QUE NO FINAL DE TUDO QUANDO FOR
ERGUER A PESSOA REZE:
Ìkú ònòn Ìkú lé èhin, Hei! Hei! Hei! Bábá
l’èsè awo ìfé

Pèlé-pèlé ó dára A wò sílé, a dúpé, Omo


ni won dára
A wé Olúwa ìkú ó bàbá
A wúre, a wúre, Bàbá Olúkòtún. A wúre, a
wúre, Bàbá Alápáàlà.
A wúre, a wúre, A wúre, a wúre, A wúre,
a wúre, A wúre, a wúre, A wúre, a wúre,
A wúre, a wúre, A wúre ré èrin. A wúre
rìn rere. Àse! Bàbá Igi.
Bàbá Igi-S’àwórò Bàbá Alápoyò.

Bàbá Erin rin.


Bàbá Omo Orò ó mi tótóo. Bàbá Isota
isso.
AGRADECENDO A EGUN POR TER
LIVRADO ESSA PESSOA DA MORTE
LOUVAÇÃO ANCESTRAL

AJALÁ ORI
ORI LEWÁ LEWÁ LEWÁ
MÓ PÉ YN ELEDUMARÊ EWÁ KUN É KUN
Ô
EKUN OLORUM EKUN OXUPÁ EKUN
OLOJÓ OJOBÓ NILÉ
MÓ PÉ YN ELEDUMARÊ EWÁ KUN É KUN
Ô
EJA EJÁ EJÁ IRÊ
YEMANJÁ OGUNTÉ YÁ OMIM EJÁ IRÊ EJÁ
EJÁ

EJÁ IRÊ
YEMANJÁ YÁ LOJÁ YA OMIM EJÁ IRÊ
CANTIGA PARA LOUVAR A CABEÇA

ORI KÊ MIM XÓ TÁ UM ENIM ORI KÊ MIM


XÓ TÁ UM IÃ
ORI OLORÊ LORI BÉ Ô
AXAKÓ EQÜÊ YÁ UM SÓ ROKÔ AMI SIM
SIM EBOME BÉ ATARÁ UM BORI ORI Ô.
YEMANJA NIXÊ TÊ MIM YEMANJA NIXÊ TÊ
MIM ORIÔ YEMANJA NIXÊ TÊ MIM ORI
OMÃ
ORI OMÃ ABÊ INXÊ ORI OMÃ

ORI MÁ DÉ SÓ INXÊ ORI MÁ DÉ SÓ INXÊ


ORIÔ ORI MÁ DÉ SÓ INXÊ ORI AXEM
XÉRIO MÃ
ORI AXEM XÉRIO MÃ
ORIÔ, ORI AXEM XÉRIO MÃ ORI Ô SOLÔ
IOMÃ
ORI Ô SOLÔ IOMÃ
ORIÔ, ORI Ô SOLÔ IOMÃ ORI KÁKÁ MA
JÔJÔ
ORI KÁKÁ MA JÔJÔ

ORIÔ, ORI KÁKÁ MA JÔJÔ ORI XIM XÉ


OLOROKÔ OLORÔ KÊ DÁ BORÔ
ORI MI Ô
Ô XERERÊ FÔ MIM ORI OKÁ NI XANU OKÁ
ORI EJÔ NI XANÚ EJÔ AFOMO GUÊ NI
XANÚ OGUÊ ORI MI Ô
Ô XERERÊ FÔ MIM
ORI Ô Ô ORI Ê Ê

XINXÉ SIKÔ DIDÊ RÊ APERÊ ORI Ô Ô Ô ORI


ÔÊÊ
NI JÉ SIKÔ DIDÊ
APERÊ ORI Ô ORI AGBIÊ
NI JÉ SIKÔ DIDÊ LESSE ORIXÁ LÁ OMOM
LÁ RETÊ
APERÊ JÊ LÁ OMOM LÁ RETÊ DÉ
NIJÉ OBI LAYÊ Ê BORÓ OBÓ AJÔ UNLÁ
APÊRE Ô NI JÉ OBI LAIÊ Ê

MÓ RÓ UMBÓ AJÔ UM LAYÊ ORI ORI ORI


SACO JÉ
ORI ORI BÔBÔ ORIXÁ
ORI ORI ORI SACO JÉ BABÁ ORI ORI BÔBÔ
ORIXÁ
ORI KA FÉ JÁ BORI Ô ORI KÁ FÉ JÁ BÓ ORI
KÁ FE JÁ ORUMILA OBÓKOTÓ AXÉ DIRÊ
KÊ RÊ KÊ
AXÉ DIRÊ KÊ RÊ KÊ ORI JÃ JÃ
YN YÁ, YN YÁ ,YN YÁ Ô ORUMILÁ ORI XIM
XÉ OLOROKÔ
OLORÔ KÊ DÁ BORÔ
MI FÁ EKUN ADÁ EKÔ ORUMILA MI FÁ
EKUN ADÁ EKÔ ORUMILA OMI XÓ FÉ
OMOM NIRÊ
OMI XÓ FÉ OMOM NIRÊ ORUMILÁ MI FÁ
EKUN ADÁ EKÔ ORUMILA IFÁ WOWO, IFÁ
OMÃ, IFÁ WJÊ OBI LÓ LÁ IRÊ
IFÁ WOWO, IFÁ OMÃ, IFÁ WJÊ BABÁ XÉ
XÉ MIÔ
BABÁ XÉ XÉ MIÔ
ORI Ô, BABÁ XÉ XÉ MIÔ ORI LORAM AÔ
BALÉ LORAM TE MIM APERÊ LORAM AÔ
BALÉ LORAM TENIBÓ LORUM FÉ
ODALÁFIWÁ ORIXÁ BOBÔ XIRÊ MALÊ
ODALAFIWÁ
IBÔYA XIRÊ MALÊ ODALAFIWÁ

ODALAFIWÁ EJÁ XIRÊ MALÊ ODALAFIWÁ


ILÁ XIRÊ MALÊ ODALAFIWÁ ODALAFIWÁ
ISUN XIRÊ MALÊ ODALAFIWÁ ...
ORIÔ XERERÊ FUM MI ORIÔ XERERÊ FUM
MI
ORI OKÁ NI SANUM OKÁ ORI EJÔ NI
SANU EJÔ

AFÓ MO BÊ NI SANÚ MO BÊ ORI MI Ô


XÊRÊRÊ FUM MI
AXEXÊ,EGUNGUN
CURIOSIDADES
A pessoas que quiserem conversar com
os Babas egun ou com os eguns devem ir
a um local descampado, acender 1 7,9

ou 21 velas ao lado de um acaçá, e


conversar, então, o que pretenderem
ORÍKÌ EGÚN
Egúngún kiki egúngún
Egún ikú ranran fe awo ku opipi
O da so bo fun le wo
Egún ikú bata bango egún de.
Bi aba f 'atori na le egún se de. Asé.
Louvado seja nome dos meus
Antepassados,
que preservaram os mistérios do voo e
das penas.

Você que cria as palavras de reverência e


poder,
para os tambores que anunciam a sua
chegada.
Você que espalha seu poder, os
antepassados estão aqui. Falokun
Fatunmbi (oriki Book Orunmila) Gbàdúrà
ti Éégun
Ikú ayé, a kí ì bo òrun!
Mo júbà re Éégun mònrìwò.

Hei! Hei! Hei! Bàbá l’èsè awo ìfé. Ikú


l’onon, Ikú l’èhin,
Ikú ó, Ikú o!
Salve Ikú, Nós o saudamos e cultuamos
no òrun!
OFÒ egun

ÉÉGUN A YÈ, A KÍÌ GB’ÒRUN, MO JÚBÀ RE


ÉÉGUN MÒNRÌWÒ Í DÉ MI Ó KÍ E
EGÚNGÚN ÌKÚ GBÁLÉ SÁLÈ
A SI ÌWÀ

ÌKÚ TU GON
ÀSE FÚN WA.

COMIDAS PRA EGUN MILHO COZIDO


ECURÚ
FEIJÃO FRADINHO CARNE MOIDA CRUA
ACAÇÁ BRANCO
ACAÇÁ AMARELO MINGAU DE
CHOCOLATE

ARROZ COM GEGELIM, CEBOLA, DENDÊ E


CAMARÃO
SOPA

Egun 1
Ala ibi oro Ala ibi oro
Egun omonile
Onile awo
Egun 2
Ajo to ure biode o
Omo Nile ajo to ure biode o Omo Nile o
Egun 3
TAMA RO TA WE XE TAMA RO TA WE XE
BÀBÁ IKU LA SO BÀBÁ IKU O
TA WE XE
Egun 4
AGO AGO BÀBÁ ONILE AGO

Egun 5
llé mo pè o - Terra, eu vos chamo
Gbogbo mònríwo - Todos os espíritos do
mariwo
llè mo pè o - Terra, eu vos chamo
Egúngún o - -ó Egúngún
llé mo pè o - Terra, eu vos chamo
Gbogbo mònríwo - Todos os espíritos do
mariwo

llé mo pè o - Terra, eu vos chamo


Egúngún o - Ó Egúngún
Egúngún a yé, ki sé bo órun - Egúngún
para nós sobrevive, e a ele saudamos e
cultuamos
Mo júbá rè Egúngún mònriwo -
Apresento-vos meus respeitos, ó espirito
do mariwo
llé mo pè o - Terra, eu vos chamo
Gbogbo mònríwo - Todos os espíritos do
mariwo

llè mo pè o - Terra, eu vos chamo


Egúngún o - Ó Egúngún
A kí dé wa ó, a kíi é Egúngún - Nós vos
saudamos quando chegais até nós, vos
saudamos Egúngún
Won gbogbo ará asíwájú awo - A todos os
ancestrais da minha família
llé mo pè o - Terra, eu vos chamo
Gbogbo mònríwo - Todos os espíritos do
mariwo
llè mo pè o - Terra, eu vos chamo
Egúngún o - -Ó Egúngún
Mo pè gbogbo èyin - Eu vos chamo
espíritos
Si fún mi ààbó àti ìrònlówó – eu chamo a
todos vós para virem dar-me proteção e
ajuda
Agó, kí ngbó ekún omo rè - Agó ao ouvir
o choro dos filhotes

Ilé mo pè o - Terra, eu vos chamo


Gbogbo mònríwo - Todos os espíritos do
mariwo
llè mo pè o - Terra, eu vos chamo
Egúngún o - Ó Egúngún
Ki o m ata etí wéré - Responde
rapidamente
Bábà awa om ore ni a npè o - Ó Pai,
somos teus filhos e te chamamos

llé mo pè o - Terra, eu vos chamo


Gbogbo mònríwo - Todos os espíritos do
mariwo
llè mo pè o - Terra, eu vos chamo
Egúngún o - Ó Egúngún
Ki o sare wá ié wa o - Vem logo nos ouvir
Ki o gbo ìwùre wá - Ouve nossas rezas
llé mo pè o - Terra, eu vos chamo

Gbogbo mònríwo - Todos os espíritos do


mariwo
llè mo pè o - Terra, eu vos chamo
Egúngún o - Ó Egúngún
Má jè a rikú èwe - Livra-nos da
mortalidade "infantil"
Má jè a rijà ÈSÚ - Proteja-nos da ira de
ÈSÚ
Má jè a rijà ÒGÚN - Proteja-nos da ira de
ÒGÚN
Má jè a rijà omi - Proteja-nos da ira das
águas
Má jè rijà Soponná - Proteja-nos da ira de
Soponná
llé mo pè o - Terra, eu vos chamo
Gbogbo mònríwo - Todos os espíritos do
mariwo
llè mo pè o - Terra, eu vos chamo
Egúngún ou - Ó Egúngún Mo tumba, babá
Egúngún - Eu vos peço bença, Pais
Espiritos llè mo pè o - Terra, eu vos
chamo Egúngún ou - Ó Egúngún
EBÓ EGUN
Elementos utilizados:
1 Alguidar
1 Quartinha de Barro
Terra
Pano Morim Branco
Bola de Aguá
Bola de Mel
Ekuru
Acáça
Cachaça
Dende
Lista de nomes dos falecidos da família
da pessoa
Roupa usada pelo menos 2 dias (dormir
com a roupa) e depois será rasgada
Pirão de Farinha de Mandioca quente
1 Frango branco
21 Moedas de pequeno valor
Buzios
Velas brancas

ÌBÀ
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle
o
Venha rapidamente testemunhar, e
tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle
o
Venha rapidamente testemunhar, e
tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Ìbá è iyìn te layè
Deito-me sobre a terra para louvar-lhe
Iyìn
Escute meu louvor
Ìbá è iyìn sa lorun
Saudações aos ancestrais que estão no
céu Iyìn
Escute meu louvor
Mo jùbá Égún àiyé esiba orun
Meus respeitos a Égún da vida e aos que
estão no céu Iyìn
Escute meu louvor
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle
o
Venha rapidamente testemunhar, e
tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle
o
Venha rapidamente testemunhar, e
tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Ìbá ati yo ojó ati wò òórun
Saudações a saída do dia e ao sol poente,
Iyìn
Escute meu louvor
Ìbá ìkóríta meta ipade orun
Saudações as encruzilhadas que levam ao
céu Iyìn
Escute meu louvor
Ìbá òsán gangan Obamakin
Saudações à tarde Obamakin
Iyìn Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà
nle o
Venha rapidamente testemunhar, e
tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Iyìn
Escute meu louvor
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle
o
Venha rapidamente testemunhar, e
tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle
o
Venha rapidamente testemunhar, e
tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Ìbá kùtúkùtu Obayigbó
Saudações pela manhã Obayigbó
Iyìn
Escute meu louvor
Ìbá Okukudoru Òrisanlá Osere Magbo
Saudações Okukudoru Òsisanlá Osere
Magbo Iyìn
Escute meu louvor
Ìbá irun ìmònle ojúkòtun
Saudações aos 400 Orixás da direita Iyìn
Escute meu louvor
Ati igba ìmònle ojúkòsi
E aos 200 Orixás da esquerda Iyìn

Escute meu louvor


Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle
o
Venha rapidamente testemunhar, e
tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle
o
Venha rapidamente testemunhar, e
tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Iyìn
Escute meu louvor
Ìbá òtalenirinwo irun ìmònle
Saudações aos 401 Orixás
Iyìn
Escute meu louvor
To já tàri onà orun gbàngàn
Que vem do céu
Iyìn
Escute meu louvor
Ìbá olúgbo inún igbó
Saudações aos Orixás da floresta
Iyìn
Escute meu louvor
Ìbá olúgbohùn ile ódàn
Saudações aos Orixás da voz
Iyìn
Escute meu louvor
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle
o
Venha rapidamente testemunhar, e
tornar consciência,
Orixá venha escutar meu louvor a ti.
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle
o
Venha rapidamente testemunhar, e
tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Ìbá ògéré àfòkoyérí
Saudações aos Orixás da terra
Iyìn
Escute meu louvor
Ìbá àtetèré-k’àiyé alópò-ìka
Saudações Àtetèré-K’àiyé Alópò-Ìka
Iyìn
Escute meu louvor
Ìbá Ìyámi Òsòròngá apani máà hágún
Saudações a minha mãe Òsòròngá Apani
Máà Hágùn Iyìn
Escute meu louvor
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle
o
Venha rapidamente testemunhar, e
tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle
o
Venha rapidamente testemunhar, e
tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle
o
Venha rapidamente testemunhar, e
tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle
o
Venha rapidamente testemunhar, e
tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.

ÀDÚRÀ TI EGÚNGÚN
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Gbogbo mònríwo
Todos os espírito do mònriwo
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Egúngún o
Ó Egúngún!
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Gbogbo mònríwo
Todos os espírito do mònriwo
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Egúngún o
Ó Egúngún!
Egúngún a yè, kíì sé bo òrun
Egúngún para nós sobrevive, a ele
saudamos e cultuamos
Mo júbà rè Egúngún mònríwo
Apresento-vos meus respeitos, ó espírito
do maríwo
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Gbogbo mònríwo
Todos os espírito do mònriwo
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Egúngún o
Ó Egúngún!
A kíì dé wa ó, a kíì é Egúngún
Nós vos saudamos quando chegais até
nós, vos saudamos Egúngún Won gbogbo
ará asíwájú awo
A todos os ancestrais do culto
Won gbogbo aráalé asíwájú mi
A todos os ancestrais da minha família
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Gbogbo mònríwo
Todos os espíritos do mònriwo
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Egúngún o
Ó Egúngún!
Mo pè gbogbo ènyin
Todos os espírito do maríwo
Si fún mi ààbò àti ìrònlówó
Eu chamo a todos vós para virem dar-me
proteção e ajuda
Agó, kìì ngbó ekún omo rè
Agó ao ouvir o choro dos filhotes,
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Gbogbo mònríwo
Todos os espírito do mònriwo
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Egúngún o
Ó Egúngún!
Ki o ma ta etí wéré
Responde rapidamente
Bàbá awa omo re ni a npè o

Ó pai, somos teus filhos e te chamamos


Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Gbogbo mònríwo
Todos os espírito do mònriwo
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Egúngún o
Ó Egúngún!
Ki o sare wá jé wa o
Vem logo nos ouvir
Ki o gbó ìwùre wá
Ouve nossas rezas
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Gbogbo mònríwo
Todos os espírito do mònriwo
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Egúngún o
Ó Egúngún!
Má jè a ríkú èwe
Livra-nos da mortalidade “infantil” Má jè
a ríjà Èsú
Proteja-nos da ira de Èsú
Má jè a ríjà Ògún
Proteja-nos da ira de Ògún
Má jè a rija omi
Proteja-nos da ira das águas
Má jè a rija Soponná
Proteja-nos da ira de Soponná
Ilè mo pè o
Terra eu vos chamo!
Gbogbo mònríwo
Todos os espírito do mònriwo
Ilè mo pè o
Terra eu vos chamo!
Egúngún o
Ó Egúngún
Mo juba, bàbá Egúngún
Eu vos peço abenção, Pais Espíritos Ilè
mo pè o
Terra eu vos chamo!
Egúngún o
Ó Egúngún
O Que É Cantado Na Hora Do Ebó Ioruba
Com Tradução:
Saara rè ebó kú ònòn,
Sacudo-lhe com ebó, para pôr a morte
no caminho (mandar embora)
Saara ré ebó kú ònòn ó
Sacudo-lhe com ebó, para pôr a morte
no caminho (mandar embora)
Cantiga Para Passar A Pipoca Na Hora Do
Ebó
Ó Ìyá gbálè lérí ó, ó ìyá gbálè
Ó mãe varra sobre a cabeça dele, ó mãe
varra.
Ó Ìyá gbálè lérí ó, ó ìyá gbálè
Ó mãe varra sobre a cabeça dele, ó mãe
varra.
Gbálè, Gbálè Kiní sórí ó,
Varra, varra o que estiver sobre a cabeça
dele,
Ikú Gbálè lérí ó, ikú gbálè ara nlo.
Varra Ikú de sobre a cabeça dele, varra
Ikú para que ela vá embora do seu corpo.

EBÓ PARA PROSPERIDADE

MATERIAL:
01 PADÊ DE DENDÊ
01 PADÊ DE CACHAÇA
01 PADÊ DE MEL
01 PADÊ DE ÁGUA
07 OVOS BRANCOS (ESTOURÁ-LOS POR
TRÁS DO CLIENTE)
07 EFURÁS COM OLHINHOS DE
CARVÃO
1/2K FEIJÃO PRETO AFERVENTADO
1/2K FEIJÃO ROXO
1/2K FEIJÃO BRANCO
1/2K ARROZ BRANCO
1/2K MILHO DE GALINHA
ALPISTE
PIPOCAS FEITAS NO DENDÊ
07 ACAÇÁS AMARELOS
07 PÃEZINHOS PEQUENOS
CANJICA BRANCA À VONTADE
LOCAL:
PORTA DO CEMITÉRIO
MODO DE FAZER:
NA PORTA DO IGBALE FORRAR COM 1M
DE MORIM PRETO, 1M DE MORIM
VERMELHO E 1M DE MORIM BRANCO.
COLOCAR O CLIENTE DE COSTAS PARA O
PORTÃO DO CEMITÉRIO, CRUZÁ-LO COM
PEMBA BRANCA E COBRI-LO COM 3M DE
MORIM BRANCO. NA FRENTE DO
CLIENTE, NO CHÃO, EM SENTIDO
HORIZONTAL, COLOCAR 7 FOLHAS DE
MAMONA ROXA. PASSAR NO CLIENTE OS
MATERIAIS, DIVIDINDO- OS NAS 7
FOLHAS. SOLTAR 7 BUCHAS DE PÓLVORA
COM ENXOFRE EM PÓ E PITADAS DE SAL
E AÇÚCAR, DERRAMAR 7 GOTAS DE
AZOUGUE NO CORPO DO CLIENTE E
FINALMENTE, BATER NO CORPO DA
PESSOA DA CABEÇA AOS PÉS COM OS 7
TALOS DA MAMONA QUE SERÃO
QUEBRADOS E TAMBÉM DISTRIBUÍDOS
NAS 7 FOLHAS. 0 CLIENTE SERÁ
RETIRADO PELO LADO DO EBÓ,
RODANDO RÁPIDO EM SENTIDO
HELICOIDAL A UMA BOA DISTÂNCIA DO
TRABALHO.
NA VOLTA, DAR BANHO DE AGBO.
CORTAR PRIMEIRO PARA OS EXUS DA
CASA, DEPOIS PARA OS EXUS DO
CLIENTE, ARRIANDO COMIDAS SECAS
PARA OS ORIXÁS DO CLIENTE, E PARA
OYA E 0GUN.

Oguidi para ègún trazer prosperidade


1⁄2 de farinha de milho Mel de abelha
Melado
Canela
Açúcar Anil
Modo de preparar

Pegar a farinha de milho e coloque em


um recipiente com um pouco de água de
dois à três dias. Quando a solução estiver
fermentada, acrescentar o anil, a canela e
o açúcar. Enrole a massa em folhas de
bananeira e as coloque na cuscuzeira
para que fiquem cozidas no vapor.
Quando estiver pronto, pegue os oguidis
e os coloque em um cesto de vime na
quantidade de nove, com nove moedas
correntes e nove búzios. Acenda nove
velas e entregue a oferenda no cruzeiro
de dentro do cemitério pedindo muito
prosperidade.
. Lamparina de ègún para a prosperidade
e evolução
Uma panela de barro média
Nove pimentas da Costa
Nove colheres da primeira chuva de Maio
Nove colheres de água benta
Nove colheres de água de poço
Nove colheres de água de rio
Três colheres de melado
Três colheres de mel
Três colheres de azeite de dendê

Uma lata pequena de azeite de oliva Três


colheres de banha de ori
Três colheres de óleo de coco
Pó de peixe defumado
Pó de preá defumado Pavio de vela
Modo de preparar
Misture todos os ingredientes dentro da
panela de barro e no final completar com
azeite de oliva a mesma. Coloque o pavio
e acenda a lamparina, no cemitério.
4.Lamparina de ègún para trazer sorte e
espantar todo o mal
Uma cabaça grande
Nove ovos
Nove grãos de milhos tostados
Nove feijões brancos tostados
Nove folhas de comigo ninguém pode
Nove folhas de vence-demanda
Nove folhas de cana do brejo
Uma lata de azeite de oliva
Pó de preá Pó de peixe Pavio de vela
Modo de preparar
Coloque todos os ingredientes dentro da
cabaça e por ultimo o azeite de oliva, ao
final o pavio. Vá ao cemitério e ofereça
no cruzeiro para ègún, pedindo toda
sorte, e expulsando o mal que há no seu
caminho.
Lamparina para que peça a ègún que
tenha boa sorte
Uma tigela branca grossa
Nove colheres de vinho tinto Nove
colheres de vinho branco Nove colheres
de vinho suave Nove colheres de vinho
moscatel Nove pedaços de cocos secos
Nove pimentas da costa
Nove grãos de milho
Pó de preá
Pó de peixe
Osun
Efun
Waji
Areia de beira de Rio
Poeira do portão de sua residência Uma
lata de azeite de oliva
Nove pavios de vela
Modo de preparar
Misture todos os ingredientes na tigela
branca, e por ultimo o azeite de oliva.
Coloque nove pavios de vela. Vá ao
cemitério e o coloque em uma sepultura
de terra, peça a ègún que tenha uma boa
sorte.

Coco para ègún fazer mal a um inimigo


Um coco seco grande
Osun
Pó de escorpião
Um pouco de terra de cemitério
Um pouco de terra de quatro esquinas

Um pouco de terra de formiga brava


Nove grãos de milho torrado
Nove pimentas da costa
Poeira da casa que se deseja prejudicar
Um pedaço de osso humano
Modo de preparar
Tire toda a água do coco e logo coloque
todos os ingredientes acima dentro dele.
Em seguida, com o nome da pessoa
dentro junto aos ingredientes, tape o
fruto e o enterre em uma sepultura de
terra acendendo nove velas encima da
mesma, pontualmente às 12 horas do
dia.

Pra obter uma graça com um


ègún
Nove cravos brancos (flores) Nove
pedaços de fitas brancas Perfume de
almíscar
Água mineral
Um copo virgem Nove velas de cera
Modo de preparar

Pegue cada pedaço d falta branca e


escreva o que se deseja. Depois, amarre
cada uma a cada cravo. Coloque as flores
juntos e vá ao cruzeiro das almas,
coloque o copo com a água mineral e
acenda as nove velas. Peça ao ègún que
possa te ajudar no que você desejar.
Ebó poderoso para evitar perdas
financeiras com a ajuda de ègún
Um alguidar
21 moedas
Nove ovos (cru)
Nove acaçás
Nove ovos (cozidos e descascados) Nove
bolas de farinha de mandioca Nove
bonecos de pano
Nove espigas de milho
Modo de preparar
. Passar os acaçás, os ovos (cozidos e
crus), as bolas de farinhas, os bonecos de
pano. As espigas, após passadas, abrem-
lhes de forma que fique bem vistosa, e
depois passar as moedas e jogar por cima
dos outros ingredientes. Passe também
as velas acesas e quebra-las e coloque
também dentro. Faça esse ebó em um
bambuzal e peça a ègún que afaste toda
a miséria, que não faça mais que a
pessoa perca nada na vida.

APARAKA
Os Aparaká são eguns mais jovens: não
têm abalá nem bantê e nem uma forma
definida; e são ainda mudos e sem
identidade revelada, pois ainda não se
sabe quem foram em vida. Acredita-se,
então, que, sob as tiras de pano,
encontra-se um ancestral conhecido ou,
se ele não é reconhecível, qualquer coisa
associada à morte. Neste último caso, o
egungum representa ancestrais coletivos
que simbolizam conceitos morais e são os
mais respeitados e temidos entre todos
os egunguns, guardiães que são da ética
e da disciplina moral do grupo. No
símbolo egungum, está expresso todo o
mistério da transformação de um ser
deste mundo num ser do além, de sua
convocação e de sua presença no Aiê (o
mundo dos vivos). Esse mistério (Awô)
constitui o aspecto mais importante do
culto.

Zangbeto é um Culto do povo Badagry,


sendo alta

mente respeitado pelos membros da sua


comunidade – Os “Guardiões da Noite (
Policiais Vodoo no Benin)”, são espíritos
que gostam de dançar e falar sob folhas
de palmeira (ráfia).

Desaparecem e reaparecem à sua


vontade e giram trazendo boa sorte.
Conta à legenda, que Zangbetos
inicialmente eram os guardas noturnos
na cidade de Hogbonou, Benin. Sua
roupa exterior é feita das folhas da palma
arranjadas em camadas, e coberta por
fora com uma espécie de chapéu. E eram
eles os responsáveis pela segurança
noturna das vilas e aldeias, mantendo
afastados os ladrões e malfeitores. Nesse
sentido, podemos notar alguma
semelhança com o termo Olopá ( que
além de Senhor da Roupa, também
significa Policial).
Hoje os Grupos locais de Zangbeto
realizam competições, no sentido de ver
os melhores pés de dança e magia
durante todo Benin e Togo.

Sua aparição publica é acompanhada de


alguns instrumentos musicais, dentre
eles há uma espécie de sino duplo
denominado “Gankeke”, os Zangbeto
utilizam também o Gangbo. Quanto ao
ritmo produzido, denomina-se Gangbo,
possuindo este nome, devido ao
instrumento “gangbo” do qual lhe
emprestaram o nome.
Hoje o Zangbeto ainda aparece em
ocasiões especiais ou quando existe uma
situação de urgência na comunidade. No
ritual público de dança, percebe-se uma
frenética rotação, em seguida, sentam-se
na terra e ficam quietos, quando então os
membros do grupo, batem neles com as
suas varas rituais, e são entoadas orins
pela comunidade Zangbeto.

Nesse momento, alguém vira a roupagem


ritual, e mostram a todos que seu interior
se encontra completamente vazio, pois a
energia que lhe deu vida bem como o
movimento já partiu. Mas sempre que o
faz, deixa um pequeno boneco Zangbeto
para trás como lembrança de sua estadia.
O mais interessante ainda, é que de
repente, alguém do grupo bate de novo
com a vara ritual, a energia do Zangbeto
retorna, e ele se faz novamente presente
para a comunidade. À um costume em
alguns locais de se incinerar estas roupas
rituais após as apresentações.
O culto de Zangbeto encontra-se,
presentemente, espalhado por todo o Sul
do Benim. Zan significa noite. Zangbeto é,
de fato, um espírito noturno. No meio da
escuridão, o mascarado sai do seu
convento, semeando terror à sua volta.
Vai a casa dos ladrões, dos adúlteros, dos
caloteiros, impondo-lhes que ponham
cobro às suas safadezas. As suas formas
parecem ter sido estudadas para
meterem medo: Zangbeto é uma grande
máscara coberta de palha colorida da
cabeça aos pés, dando saltos acrobáticos
e emitindo sons guturais.
A sua origem é mítica. Diz-se que três
irmãos andavam em guerra entre si; os
dois mais velhos opunham-se ao mais
jovem; este, na noite antes da derradeira
batalha, teve um sonho: uma figura
sobrenatural aconselhou-o a cobrir-se de
palha e, com os seus homens, correr de
encontro aos inimigos, fazendo-lhes
acreditar que eram fantasmas. O
embuste funcionou, os irmãos fugiram e
o jovem ficou senhor do reino. A máscara
de Zangbeto é um tributo a essa vitória e,
como tal, se tornou objeto de veneração.
APARAKA
ZANGBETO
EGUNGUN
AXEXÊ “CONTADO”
Uma forma mais pratica para você
entender a ritualística completa do
axexê do candomblé

Naquela manhã, o Pai Pequeno acordou


com o som do toque de seu telefone. Era
sua irmã, a Equede, quem chamava,
avisando que Airadaqué, filha de santo da
mãe deles, acabara de falecer.
A mãe era Mãe de Santo em um terreiro
de Candomblé no bairro de Bangu, zona
oeste do Rio de Janeiro. O Pai Pequeno
era ali um de seus auxiliares imediatos,
função que atribui a denominação pela
qual aqui designamos este personagem.
A Equede é assim chamada porque tal é o
título – ou cargo, segundo a terminologia
nativa – da mulher iniciada, mas que não
sofre o transe da possessão, sendo
encarregada de servir e atender2 os
demais iniciados durante o transe.
Uma vez que, segundo as regras do culto,
um pai ou uma mãe não podiam iniciar os
próprios filhos, o Pai Pequeno e a Equede
eram filiados a um outro terreiro,
localizado na Baixada Fluminense.
Airadaqué, no entanto, sem nenhum
vínculo de parentesco com a Mãe de
Santo, fora por esta iniciada havia
dezesseis anos no terreiro de Bangu. Era
filha3 de Xangô, orixá masculino dos
raios, dos trovões e da justiça. Morreu ao
ser esmagada na queda de parte do muro
que delimita a linha ferroviária nas
proximidades da estação de Marechal
Hermes, também na zona oeste, numa
terça-feira de carnaval bastante chuvosa.
2
Esse “atendimento” consiste,
basicamente, em amparar o médium
durante as convulsões que o acometem
no advento da possessão pelo Orixá –
chamada de “barravento do santo”. Deve
também vesti-lo com seus trajes e
paramentos rituais específicos e
acompanhá-lo em escolta enquanto
dança, impedindo que caia ou esbarre
em alguma coisa, secando o suor de seu
corpo, atendendo ou transmitindo suas
exigências e mensagens.
3
A relação de cada indivíduo – não apenas
os iniciados – com seu orixá patrono é
tida pelos adeptos do Candomblé como
um vínculo filial. A pessoa é “filho” ou
“filha” do orixá x ou y, e o designa como
“meu pai Ogum”, “minha mãe Oxum”, e
assim por diante.
Por um motivo ou por outro, Airadaqué
não conseguirá sair de casa para brincar
o Carnaval nos dias anteriores e, naquele
último dia, decidiu que tinha que sair, de
qualquer jeito. Não podia perder a festa.
O dia, porém, amanhecera com o céu
carregado de pesadas nuvens e riscado
de raios. Uma forte enxurrada
desencorajava o ânimo dos foliões. A
vontade da filha de Xangô, todavia, era
forte e, mesmo vendo que a chuva
torrencial não cessava, ela acabou se
aventurando rua afora, na companhia de
uma amiga, sob muitos protestos de
familiares e vizinhos que resolveram
permanecer em casa.
As duas mulheres, infelizmente,
acabaram compartilhando de um fim
trágico e fatal.
O enterro de Airadaqué seria na tarde da
Quarta-feira de cinzas e o Pai Pequeno,
avisado poucas horas antes, foi incubido
de tomar as providências rituais
necessárias. Ele tomou um banho, vestiu
calça, camisa e boné brancos. Pôs no
pescoço um colar de miçangas vermelhas
e brancas alternadas – as cores de Xangô
– para sua proteção. Fez um ligeiro
desjejum e partiu de sua residência, na
zona sul, rumo à zona oeste, para uma
experiência religiosa que o marcaria
quase tanto quanto a sua iniciação,
ocorrida dez anos antes.
Acompanhado pela Mãe de Santo, pela
Equede e pelo marido desta, também um
iniciado, o Pai Pequeno saiu em busca
dos ingredientes necessários para a
realização dos ritos para aquela ocasião.
18

Conseguiram comprar um frango e um


pombo brancos, e adquiriram as folhas –
saião, alevante e mangericão4 – para
fazer o abô, que é o banho para
purificação. A Mãe de Santo foi deixada
na roça5, onde, auxiliada por algumas
filhas de santo, iria preparar o abô e as
iguarias para o ritual. Numa segunda
peregrinação por lojas especializadas e
casas de parentes e conhecidos, o Pai
Pequeno e seus acompanhantes
conseguiram obter a galinha d ́angola e o
pinto. A dificuldade de se obterem as
coisas necessárias era grande, devido à
exigüidade do tempo e ao fato de quase
todos os estabelecimentos comerciais
encontrarem-se fechados, por ser quarta-
feira de Cinzas. Portanto, o que foi
reunido representava o mínimo do que
seria preciso para a realização do que
estava por vir.
Retornando à roça, pessoas e materiais
foram reunidos, e todos rumaram para o
cemitério onde Airadaqué seria
sepultada, localizado a poucos
quilômetros dali. O grupo entrou na
capela onde o corpo estava sendo velado
às 16:00 horas e o enterro marcado para
meia hora depois. Começava novamente
a chover.
Airadaqué tinha muitos amigos, parentes
e clientes, estando a capela repleta de
pessoas. A Mãe de Santo solicitou seu
esvaziamento até que ali só restassem
apenas os membros iniciados da casa do
Candomblé, os que podiam presenciar o
que iria ali ocorrer em seguida. A porta
da capela foi fechada. Os que foram
autorizados a ali permanecerem
mostraram-se tensos. Ninguém, a não ser
a Mãe de Santo e o Pai Pequeno, entre os
presentes, jamais haviam testemunhado
um ritual daquele gênero.
4
ZINGIBERACEAE e Ocimum minimum L.
LABITAE.
Respectivamente, Kalanchoe brasiliensis
Comb., CRASSULACEAE; Renealmia
occidentalis Sweet,
5
costuma ser designado pela terminologia
nativa.
Vou me referir sempre ao terreiro de
Candomblé, ora como “roça”, ora como
“casa de candomblé” também, tal como
19

Destoando da consternação geral, que


ainda permanecia contida, o Pai
Pequeno, incubido de oficiar a função,
mostrava-se frio. Ele, que ao mesmo
tempo era a pessoa ali melhor informada
sobre os procedimentos a serem
executados, e possuía menos vínculos
com a morta, se obrigava a ser o canal
condutor invulnerável da sequência do
ritual. Então, foi com uma certa
impertiNência que ele retirou do rosto da
defunta o véu de tule branco que o
cobria, e afastou o arranjo floral que lhe
rodeava a cabeça para dar, sem
hesitação, início ao ritual. Talvez tenha
sido essa quase profanação do corpo,
que então passava a ser considerado
como objeto de ritual, que incentivou o
desencadeamento do choro dos
assistentes. Sem dar muita atenção ao
que ocorria, o Pai Pequeno colocou um
alguidar no chão, na cabeceira da mesa
onde jazia a morta, e que serviria de ibá
de sacrifício, ou seja, o recipiente onde os
ingredientes utilizados no ritual irão
sendo depositados após seu uso. O
oficiante acendeu duas velas ao lado do
ibá e proferiu a saudação a egum, que é a
personificação do espírito desencarnado,
como fórmula de abertura:
1) S. – Egum bó mo téri ô R. – Iô! Iô! Iô!
S. – Até l ́eru ô R. – Iô! Iô! Iô!
Eru! Ouó!
Tradução: Egum está chegando, curvo
minha cabeça / (Exclamações de
saudação) / Humilhamo-nos com temor /
(Exclamações de temor) / Medo!
Respeito!
Trata-se de uma saudação dupla, sendo
que a primeira é proferida por homens e
a segunda, pelas mulheres. Em seguida, o
oficiante entoa a cantiga inicial:
20

2) Orô icú auá ni xolorô E san foloro


atoroxê
Airadaqué cu ô
E san foloro atoroxê
Tradução: Morte, senhor do rito, nós
temos / que celebrar o rito / Dizei aos
fiéis que venham sempre / celebrar o rito
/ Airadaqué morreu / Dizei aos fiéis que
venham sempre / celebrar o rito
O ritual é iniciado. O Pai Pequeno toma
em suas mãos, consecutivamente, nove
bolinhos de farinhos de mandioca crua
ligados com água e dois punhados de
milho branco cozido. Encosta-os
levemente na cabeça da defunta e os
deposita no ibá. O começo da
performance é acompanhado pela
intensificação das lágrimas e gemidos dos
presentes. O oficiante se concentra nos
seus atos através da cantiga de
referência:
3) Egum balé gan bé lojó Kini f á ra ô, a o

É fin ́mi jolá Ara oreré Ara uo in ô Ori fan
fere
Tradução: Egum veio à terra / o dia é
memorável / o que se aproxima de nós
não sabemos / Vós (ainda) respirais com
altivez / (mas) o corpo se cansa / Vosso
corpo enfraquece / (E) a cabeça sopra a
flauta / (Exala seu último alento)
21

O oficiante apanha o pequeno galinácio e


o sacrifica, sufocando-o ao pressioná-lo
no alto da cabeça da defunta:
4) Sara eié bocu ló Sara eie bocu ló
Tradução: Para o corpo da ave vai a
morte / para o corpo da ave vai a morte
A Mãe de Santo aproxima-se então com a
tesoura ritual que pertencia a Airadaqué
e simula o corte dos cabelos da falecida,
aparando-lhe simplesmente alguns fios
na fronte, na nuca, nas têmporas e no
alto da cabeça, consecutivamente:
5) S. – Ocu labé canan R. – Ocu tico
Bi euê, Bi euê
Tradução: A navalha do morto é uma só /
Aquela (e) que morreu não pode (mais) /
Brotar folhas
Os fios do cabelo são recolhidos pelo Pai
Pequeno, que não deixa que caiam no
chão e os deposita no ibá, onde também
já havia depositado o franguinho morto.
A Mãe de Santo pega então a navalha
ritual, também pertencente à morta, e
simula a raspagem de sua cabeça, apenas
tocando- lhe a cabeça nos mesmos
pontos onde a tesoura foi utilizada, com
o gume da lâmina:
22

6) É cu labé
Tani mo bé b ́eru ré
Irun a bé b ́eru ré Auá xirê lodê
A bé o
Tradução: Saudações à navalha / A quem
suplico para levar seu carrego / Ao cabelo
suplicamos para levar o seu carrego / Nós
fazemos o em do lado de fora / Nós
suplicamos
Em seguida, a Mãe de Santo inicia o ritual
de pintura da cabeça, untando um dedo
da mão esquerda com a pintura branca,
tocando aqueles mesmos cinco pontos da
cabeça da defunta:
7) S. – E fum tutu l ́ara bé o R. – A bé, a
beré
Ocu orixá
Tradução: Substância branca, suplicamos
que esfrie o corpo / Suplicamos,
suplicamos a você / (para) o morto do
orixá
Faz o mesmo com a pintura azul:
8) S. – Uaji tutu l ́ara bé o R. – A bé, a
beré
Ocu orixá
23

Tradução: Índigo, suplicamos que esfrie o


corpo / Suplicamos, suplicamos a você /
(para) o morto do orixá
Por fim, é chegado o ponto culminante
deste ritual. A Mãe de Santo retira com a
navalha um tufo de cabelo do alto da
cabeça da morta e traça com a lâmina
uma cruz no centro da tonsura:
9) S. – Quequé oxu Uá ni xoro ŕ u
R. – Ainaina Quequé oxu Uá ni xoro ŕ u
Ainaina
Tradução: Gradualmente o oxu / Vem
realizar o rito noturno / Sem punição /
Gradualmente o oxu / Vem realizar o rito
noturno / Sem punição
O oxu, aquilo que dá aos iniciados no
Candomblé seu estatuto como tais. O
segredo que é colocado em suas cabeças,
que as torna “cabeças feitas”, começa a
ser desmanchado em Airadaqué.
A Mãe de Santo forma entre as mãos
uma pequena bola feita de milho branco
cozido e a fixa sobre o tufo de cabelo
aparado, que fora deixado ainda no
ponto da tonsura. Em seguida, ela usa um
chumaço de algodão, com o qual extrai
da cabeça da morta a mistura de cabelo e
bolo de milho e põe tudo no ibá:
24

10) Orô é quican, co bé in ô É quican


ejarê
Omorixá co bé in, maxê É quican lessé
olorum
Tradução: O rito foi proclamado, eles não
/ vos suplicaram / Proclamai o que é justo
/ o filho do orixá não vos / suplicou, é
lamentável / proclamai diante de Deus
O Pai Pequeno entra mais uma vez em
cena para empreender os sacrifícios
animais, que é iniciado com o da galinha
d ́angola. Ele pega duas folhas de saião
com as quais cobre os olhos da ave e,
enquanto outro adepto masculino, que é
o axogun, o responsável pelos ritos de
sacrifício do terreiro, segura o corpo, o
oficiante arranca-lhe a cabeça usando
apenas as mãos, com um puxão único e
vigoroso, enquanto entoa o cântico
específico para aquela situação:
11) Quenquenquen Baba bi uá bi etú
Quenquenquen
Tradução: (sons imitando a voz da ave) /
Pai, nos gere iguais à galinha d ́angola
O sangue que escorre do pescoço da ave
é respingado no chão e sobre o ibá. A
Mãe de Santo colhe um pouco do sangue
com um dos dedos da mão e unta a
fronte, a nuca e o centro do crânio da
defunta. Em seguida,
25
o Pai Pequeno sacrifica o pombo branco,
seguindo exatamente os mesmos
procedimentos. Somente a cantiga é
outra:
12) Eie-lê oromadié olojú mamã Mojubá
lessé Olorum
Oju mamã
Agualá, olorum bó té Oju mamã
Tradução: Pombo, pinto de olhos
brilhantes / peço a bênção aos pés de
Deus / O dia está clareando / Estrela da
manhã, é o sol que chega / o dia clareia
Os procedimentos em relação ao sangue
são também repetidos. A Mãe de Santo
cobre a tonsura com penas arrancadas
das costas das duas aves, que também
são espalhadas sobre o ibá. As cabeças
são fixadas também na tonsura da morta
com o uso de um turbante de pano
branco, ou ojá. Os corpos são dispostos
pelo Pai Pequeno no Ibá. O axogum
empunha então a faca sacrificial. Um
oga6 segura habilmente o frango,
prendendo-lhe as asas, os pés e o
pescoço, e coloca-se próximo aos pés da
defunta, na direção da porta da capela. O
axogum faz uma pequena incisão no
pescoço da ave, e o Pai Pequeno canta a
toada para a ocasião:
13) S. – Olorum a uô R. – Balé
Olorum a uô Balé
26
6
relativas ao sacrifício animal e a
percussão de instrumentos musicais.
Dignitário masculino do terreiro que,
como o axogum e a equede, não entra
em transe, e se dedica mais às funções

Tradução: Deus, nós vigiamos / o lugar de


culto aos ancestrais / Deus, nós vigiamos
/ o Lugar de culto aos ancestrais
Da incisão feita, começa a sair sangue. A
cantiga agora é outra:
14) S.–CobénisaléOrum R. – Egum
Co bé ni salé orum Egum
Tradução: Não permaneça na parte mais
profunda do Céu (ou “não durma tão
profundamente”) / Espírito ancestral /
Não permaneça na parte mais profunda
do Céu / Espírito Ancestral
Os sacrificadores levam a ave até o ibá,
sobre o qual o axogun decepa-lhe a
cabeça, enquanto seu auxiliar retira-lhe
algumas penas, espalhando-as sobre o
ibá:
15) S.–Icuo,icuo Aissum bereré
R. – Ara uá aissum Icu o, icu o
Aissum bereré
Ara uá aissum
Tradução: Ó Morte, Ó Morte / A vigília
começou / Nosso povo não dorme / Ó
Morte, Ó Morte / A vigília começou /
Nosso povo não dorme
27

O axogum coloca a cabeça do frango no


centro do ibá, enquanto que o oga e a
Mãe de Santo envolvem o corpo do
frango numa rodilha de mariô7 e o pôem
entre as pernas da defunta, ocultando-os
sob os arranjos de ramos de pinheiros. O
Pai Pequeno espalha pipocas sobre o ibá
e introduz ali as duas velas no sentido
dos pavios, apagando-as. Embrulha o
recipiente numa folha de papel manilha e
o guarda numa sacola plástica. O ibá é
agora um carrego, pronto para ser
despachado. A Mãe de Santo rearruma
os arranjos florais ao redor da cabeça da
defunta e cobre-lhe o rosto com o véu de
tule. É o momento de entoar uma canção
de despedida:
16) Auô a cu Onixegum a ́rórum
Oju a ti adarrunxé Icu b ́eruré
Bobô baunló
Tradução: O adivinho deve morrer / o
curador deve cair no sono / a face do que
deve ter sido um médico / a morte levará
sua carga / toda embora
A feitura está desfeita, o corpo está
pronto para ser levado, o egum inicia sua
jornada. Para efeito do candomblé, a
defunta agora está realmente morta.
Os vestígios do sacrifício são apagados.
Sangue, penas e restos de comida são
rigorosamente eliminados da cena. A
porta da capela é aberta, e dá-se
continuidade ao velório com a
reintrodução dos não-iniciados. Minutos
28
7
finas tiras.
Metade de um ramo bem novo do
dendezeiro (Elaeis guineensis A. Cheval,
PALMAE), com as folhas desfiadas em

depois, o caixão é finalmente fechado. O


Pai Pequeno canta outra vez a
significativa toada de despedida (“Auô a
cu ...” etc.). O caixão é erguido da mesa,
sendo levantado por três vezes no
mesmo lugar e em seguida retirado da
capela, em cuja soleira o mesmo
procedimento é repetido, ou seja, os
carregadores o erguem três vezes sobre
os ombros antes de sair. Neste momento
o Pai Pequeno muda a cantiga:
17) S. – Olorum a uô R. – Balé
Olorum a uô Balé
Tradução: Deus, nós vigiamos / O lugar
de culto aos ancestrais / Deus, nós
vigiamos / o lugar de culto aos ancestrais
18) S. – Co bé ni salé orum R. – Egum
Co bé ni salé orum Egum
Tradução: Não permaneça na parte mais
profunda do Céu / Espírito Ancestral /
Não permaneça na parte mais profunda
do Céu / Espírito Ancestral
19) S.–Icuo,icuo Aissum bereré
R. – Ara uá aissum Icu o, icu o
29
Aissum bereré Ara uá aissum
Tradução: Ó Morte, Ó Morte / A vigília
começou / Nosso povo não dorme / Ó
Morte, Ó Morte / A vigília começou /
Nosso povo não dorme
Estas três cantigas são invariavelmente
cantadas em sequência. O caixão é
colocado no esquife e conduzido em
cortejo para a sepultura. A cada curva e a
cada entroncamento de caminhos, o
esquife é parado por alguns instantes e o
caixão é dele erguido por três vezes antes
de prosseguir. O Pai Pequeno e uma filha
de santo de Iansã, orixá feminino dos
ventos e relâmpagos, dominadora dos
mortos, acompanham empunhando cada
um uma haste de mariô apoiada ao
ombro como se fossem bandeiras. O Pai
Pequeno continua cantando outras
toadas para a ocasião:
20) Auá de balé leri ô Auáde balé lé
Balé ilê ouô
Egum ba mi xoloro Afibé iberé cô
Baba Egum atiré unló
Tradução: Chegamos ao local de
descanso da cabeça / Chegamos à terra
do descanso / Descanso é a casa do
dinheiro / Espírito ancestral, ajude-me a
fazer o que o dono da obrigação merece /
somente assim poderei dar início / Pai
Ancestral, estamos indo
21) Orô icu auá ni xolorô
30

É san folorô atoroxê Airadaqué cu ô


É san folorô atoroxê
Tradução: Morte, senhor do rito, nós
temos / que celebrar o rito / Dizei aos
fiéis que venham sempre / celebrar o rito
/ Airadaquê morreu / Dizei aos fiéis que
venham sempre celebrar o rito
22) Omorodê surê mã Olori ǵ um oloro
Dara dirin
Ojo omi ró pa icu ô Ebé iná faradá
Tradução: Que os filhos do caçador sejam
sempre abençoados / o chefe dos
espíritos ancestrais é o senhor do rito / E
isso é muito bom / a água da chuva que
cai silencia a morte / a comunidade é
imune ao fogo
23) Ibi ibi lo bi uá
Lo bi uá cojá morô
Odé arole lo bi uá Lo bi uá cojá morô
Tradução: Eis aqui o lugar onde nascemos
/ que nos trouxe ao mundo para
conhecermos o rito / o caçador herdeiro
da terra foi quem nos gerou / trouxe-nos
ao mundo para conhecermos o rito
24) Ofé ibi lo bi uá
31

Oluô quimaxequê Oluô quimaxenum Ma


jocô ́jolá Camarocu
Afi bé ́ricu ô Arebare
Tradução: Papagaio, ave da mata / ó
mestre, não existe engano / ó mestre,
não existe lamento / Não fiques sentado
com altivez / Evitando ver o cadáver / É
desta forma que acabamos vendo a
Morte / Muita boa sorte
25) S. – Abicu ô R. Aiê lálá
Tradução: Nascemos para morrer / A vida
é sonho
26) S. – Aricu ô lodê R. – Aiê lála
Abicu ô Aiê lála
Tradução: Nós vemos a Morte no
caminho / A vida é um sonho / Nascemos
para morrer / A vida é sonho
O cortejo fúnebre chega, enfim, ao local
do sepultamento. O caixão é introduzido
na gaveta. O Pai Pequeno e a filha de
Iansã depositam sobre o caixão as hastes
de mariô que levam. A Mãe de Santo e
outra sua filha, que tinha a função de
Mãe Pequena da roça, atiram dentro da
sepultura o
32
restante das pipocas e do milho branco
cozido. As coroas de flores trazidas pelos
amigos da morta puderam então ser
introduzidas. O Pai Pequeno canta outras
toadas de despedida:
27) Orô é quican, co bé in ô É quican
ejarê
Omó orixá bé in, maxê É quican lessé
Olorum
Tradução: O rito foi proclamado, vocês
não atenderam às súplicas / Proclamai o
que é justo / o filho do orixá não atendeu
à súplica, que pena / Proclamai diante de
Deus
28) S. – Icu ba unló O dibô xê ô
R. Icu ô
Ô dibô xê ô
Tradução: Que a morte o leve consigo /
Adeus / Ò Morte / Adeus
Nesta última cantiga, os iniciados, e
quem mais os queiram imitar, estalam os
dedos das mãos, enquanto as giram
próximas às orelhas, como que querendo
expulsar, com os sons, alguma coisa de
dentro das cabeças. A lápide é então
colocada para fechar a gaveta e lá vem
outra cantiga de despedida:
33

29) A doju ô A doju ló


Comarocu
Tradução: Viramos o nosso rosto /
viramos o rosto e partimos / não vemos
mais o cadáver
Que Deus lhe dê um bom lugar
Comarocu
Tradução: Que Deus lhe dê um bom lugar
/ Não vemos mais o cadáver Que Deus o
leve à reino da Glória
Comarocu
Tradução: Que Deus a leve ao Reino da
Glória / Não vemos mais o cadáver
A sepultura é então selada com cimento,
e, finalmente, a última toada:
30) Ala moró, ala moró Tani xi ipadé ô
Ala moró
Tradução: Sonhe sem ruído, sonhe sem
ruídos / Quem vai abrir a trilha do
caçador / Sonhe sem ruídos
Os funcionários do cemitério se retiram.
O Pai Pequeno encerra as cantigas e
profere a fórmula convencional para
aquele momento:
34

É cu axeindê o!
Tradução: Sentimentos por vossa perda!
A Mãe de Santo faz um breve discurso,
rogando a Deus e aos guias espirituais
por um bom destino para a falecida, por
sua evolução espiritual e proteção aos
seus descendentes. A Mãe Pequena
distribui velas a todos os presentes, que
as acendem diante da sepultura. A chuva
já havia cessado. A Mãe de Santo encerra
o ritual entoando o Pai-Nosso, e todos
então se retiram.
Os iniciados saem do cemitério ciscando
três vezes para trás com cada pé, na
altura da soleira, e a cruzam de costas. O
carrego é depositado pelo Pai Pequeno
ao pé de uma árvore num terreno
descampado, longe do cemitério.
Os iniciados retornam à roça e, à entrada
de cada um, um pouco de água contida
numa quartinha de barro é despejada
diante do portão. As pessoas vão
chegando e logo banham-se com abô
trocando de roupa em seguida. As que
não levaram roupa para trocar, a Mãe
Pequena entrega garrafas plásticas
contente abô para que se banhem em
casa.
Os assentamentos de santo, que são
recipientes (vasos, gamelas, sopeiras,
potes, etc.) que contêm os itens (seixos,
favas, búzios, etc) que simbolizam a
presença material dos orixás dos
iniciados, pertencentes à falecida, já
estavam separados dos demais num
canto ao fundo do quintal do terreiro,
esperando pela fase seguinte do ciclo
ritual mortuário. O carrego de egum
estava marcado para o segundo sábado a
seguir, o que daria tempo para adquirir
todo o material necessário. Por fim,
todos retiraram-se
35

da roça após fazerem uma pequena


refeição, dirigindo-se para suas
respectivas residências.
I.2. – Eru egum – o carrego
Na data marcada, todos retornam à casa
do Candomblé. Os assentamentos da
falecida foram lavados com abô e
permaneciam ainda no fundo do quintal
e a eles foram acrescentados os
paramentos rituais, constituídos de
roupas, colares de miçangas, caneca e
prato individuais, tesoura e navalha.
Com ajuda do ogã e do axogum, o Pai
Pequeno preparou quatro ixãs8, dois de
galho de goiabeira, um de galho de pára-
raio9 e outro de galho de dendezeiro, e
dois mariôs. Estes elementos foram
utilizados para erguer o balé, que é o
altar provisório para o ritual mortuário,
que foi instalado no fundo do quintal, sob
um caramanchão natural, formado por
uma trepadeira pendente entre um
arbusto de pára-raio e uma aroeira10.
A arrumação do balé, realizada pelo Pai
Pequeno, iniciou-se com a feitura de três
círculos concêntricos no chão, debaixo do
caramanchão. O círculo maior tinha cerca
de trinta centímetros de diâmetro e era
feito de fubá de milho amarelo. O círculo
intermediário era feito de efum, o pó
branco de caulim, de uso ritual. O central
era de pó de carvão vegetal.
8 9 10
36
São varas rituais de cerca de um metro
de comprimento, usadas ritualmente
para invocar, controlar e afastar os
eguns. Respectivamente, Psidium Goiava
Rad., MYRTACEAE e Melia azedarach L.,
MELIACEAE
Lithrea molleoides Engl.,
ANACARDIACEAE.

Sobre os círculos foram espalhadas folhas


de bredo, oriri, jarrinha11 e saião, e foi
tudo coberto com papel manilha. Os
mariôs foram dispostos de pé, com
bandeiras ladeando a entrada do
caramanchão. Ao fundo, foram
encostados ao muro os ixãs, e, ao chão,
um balaio vazio. Em cima do papel
manilha foram dispostos os
assentamentos da falecida, diante dos
quais foi colocado um alguidar.
À esquerda do balé foram arrumados no
chão os paramentos rituais da morta e, à
direita, uma cadeira de espaldar alto, que
foi coberta pelo lençol branco de uso da
falecida e, sobre este, foi disposta a que o
Xangô de Airadaqué vestiu dezesseis
anos antes, quando gritou seu nome em
público12.
Todos se dirigiram para a parte posterior
da roça, vestidos de branco, colares de
Xangô ao pescoço e senzalas, que são fios
de palha trançada, enroladas nos bíceps.
As mulheres vestiam o traje de baiana,
mas sem rendas ou anáguas. As cabeças
totalmente enroladas nos turbantes, e os
ombros envoltos em panos-da-costa. Os
homens, com calça e camisa comuns,
todos com bonés, gorros ou turbantes
nas cabeças. As mulheres levavam o
frango que seria sacrificado e os itens
que acompanhariam o sacrifício.
O Pai Pequeno acendeu nove velas no
balé enquanto uma filha de iansã acendia
uma no cruzeiro dedicado aos guias
espirituais da casa, localizado ao lado do
portão, onde também colocou uma tigela
de louça branca contendo água com um
acaçá13 dissolvido.
11
Aristolochia brasiliensis Mart.,
ARISTOLOCHIACEAE.
12 13
Para uma boa descrição deste ritual, ver
Vogel, Mello e Barros, 1993, p. e
seguintes. Massa gelatinosa feita de
milho branco ralado cozido em água ou
leite.
Respectivamente, Amaranthus Viridis L.,
AMARANTHACEAE; Pepermia pellucida
H.B.K., PIPERACEAE; e
37
O Pai Pequeno sentou-se ao chão, diante
do balé, e os demais a alguns metros de
distância. A Mãe de Santo e a Mãe
Pequena em banquinhos e os outros
sobre esteiras. O oficiante tomou uma
quartinha com água e derramou três
pingos de seu conteúdo no chão,
murmurando a fórmula de praxe:
31) Omi tun Onã tun Pelé tun
Tradução: Água nova / Caminho novo /
Novos cuidados
O Pai Pequeno tocou com as pontas dos
dedos da mão direita por três vezes o
chão molhado e, a cada vez, batia a
palma da mão direita no punho da mão
esquerda fechada, proferindo a fórmula:
32) To irê To omó
To ilerá pupó
Tradução: Muita coisa boa / Muitos filhos
/ Muita saúde para todos
Molhou o orobô, que é uma fava
sagrada14, na água da quartinha e o
dividiu em quatro partes com uma faca,
entoando a cantiga específica para este
ritual:
38
14 divinatórias.
O fruto da Garcinia Kola Meckel,
GUTIFERAE, semelhante a um caroço de
jaca, utilizado em consultas

33) S. – Orobô co bilá ocã R. – Baragadá


Orobô co bilá ocã
Tradução: O orobô não ouve o arbítrio do
coração / Abertamente / O orobô não
ouve o arbítrio do coração / Abertamente
Com os fragmentos do orobô entre as
mãos, o Pai Pequeno os aproxima de sua
boca e murmura a primeira questão ao
oráculo:
Oun oo xê ire ni
Tradução: Aquilo que vai ser feito será
para o bem
Os pedaços do orobô foram atirados ao
chão pelo Pai Pequeno, e sua posição, ao
cair, forneceu a resposta oracular:
“Alafia” - ou seja, tudo bem, o ritual será
bem acolhido pelas divindades
protetoras.
O Pai Pequeno indagou então pelo
destino dos paramentos principais de
Xangô de Airadaqué, que eram a coroa
de cobre e o oxê, que é uma machadinha
de lâmina dupla, feita do mesmo metal:
Quil ́a o xê lori oxê ati adê
Tradução: Que faremos com o oxê e a
carga / Será que eles vão embora
O oráculo respondeu negativamente, e,
após novas consultas, acrescentou que
estes objetos ficariam com a Mãe de
Santo. As roupas, porém, deveriam ser
todas destruídas, ainda segundo o
oráculo, e
39

despachadas no carrego. O colar de


miçangas de dezesseis fios, o delogum,
seria desmanchado e refeito na forma de
vários colares de Xangô, que seriam
lavados com abô e distribuídos entre os
irmãos de santo. Os demais colares, no
total de oito – alguns até bem bonitos –
seriam destruídos e despachados, com
exceção de um colar de Xangô e outro de
Oxum, de miçangas amarelas
transparentes, que ficariam,
respectivamente, com o filho e uma filha
da falecida.
Os brinquedos de erê15, a tesoura, a
navalha, algumas peças de traje litúrgico,
a caneca e o prato de ágate, foram
inapelavelmente destinados ao carrego.
Apagaram-se todas as luzes. Toda a
iluminação local provinha das nove velas
acesas no balé, que espalhavam sombras
bruxuleantes, dando um aspecto
verdadeiramente fantasmagórico ao
quintal do terreiro.
O Pai Pequeno colocou no chão, perto da
assistência, uma cuia feita da metade
inferior de uma cabaça e repetiu a
fórmula de saudação a egum:
34) S.–Egumbómotérió R. – Iô! Iô! Iô!
S. – Até l ́eru uá R. – Iô! Iô! Iô! Eru! Iô!
40
15
Entidade infantil que acompanha a
possessão pelo orixá.
Tradução: Egum está chegando, curvo
minha cabeça / (Exclamação de
saudação) / Humilhamo-nos com temor /
(Exclamação de saudação) / Medo!
Respeito!
E começa a cantar:
35) Orô icu auá ni xolorô É san foloro
atoroxê
Airadaqué cu ô
É san foloro atoroxê
Tradução: Morte, senhor do rito, nós
temos que celebrar o rito / Dizei aos fiéis
que venham sempre celebrar o rito /
Airadaqué morreu / Dizei aos fiéis que
venham sempre celebrar o rito
O oficiante dirigiu-se à cadeira, que
simbolizava a presença do egum
homenageado, e fez diante dela a mesura
de saudação pessoal respeitosa do
Candomblé, que consiste num ligeiro
dobrar de tronco e joelhos, mostrando as
palmas das mãos postadas juntas na
altura da barriga. Repetiu o gesto na
direção do espaço vazio do quintal, para
saudar os eguns que rondavam então a
roça, atraídos pelo sacrifício e, por fim,
saudou a assistência. Segurando uma
moeda em cada mão, dançou diante da
cuia ao ritmo da toada, marcado pelas
palmas dos iniciados. Terminada a
cantiga, o Pai Pequeno atirou as moedas
na cuia e retornou ao seu lugar. Foi
secundado pela Mãe de Santo, que
procedeu da mesma forma, depois veio a
Mãe Pequena, e, por fim, todos os
iniciados, que se revezaram segundo a
ordem da hierarquia do terreiro, para
saudar egum, dançar e depositar suas
moedas na cuia. Cada um dançou uma
cantiga, que foram:
41

36) Omorodé suré mã Olori ǵ um oloro


Dara dirin
Ojo omi ró pa icu ô Ebé iná faradá
Tradução: Que os filhos do caçador sejam
sempre abençoados / O chefe dos
espíritos ancestrais é o senhor do rito / E
isso é muito bom / A água da chuva que
cai silencia a morte / A comunidade é
imune ao fogo
37) Ibi ibi lo bi uá
Lo bi uá cojá morô
Odé Arole lo bi uá Lo bi uá cojá morô
Tradução: Eis aqui o lugar onde nascemos
/ Que nos trouxe ao mundo para
conhecermos o rito / o caçador herdeiro
da terra foi quem nos gerou / Trouxe-nos
ao mundo para conhecermos o rito
38) Ofê eié a ŕ ocô Oluô quimaxequê
Oluô quimaxenum Ma jacô jolá
Comarocu
Afi bé ́ricu ô Arebare
42

Tradução: Papagaio é ave do mato / o


mestre, não existe engano / ó mestre não
existe lamento / Não fiques sentado com
altivez / Evitando ver o cadáver / É desta
forma que acabamos vendo a morte /
Muita boa sorte
39) S. – Abicu ô R. – Aiê lálá
Tradução: Nascemos para morrer / A vida
é sonho
40) S. – Aricu ô lodê R. – Aiê lálá
Abicu ô Aiê lálá
Tradução: Nós vemos a morte no
caminho / A vida é sonho / Nascemos
para morrer / A vida é sonho
41) Abicu ô Ori loiê ô
E laissum Padé l ́orum
Tradução: Nascemos para morrer / A
cabeça possui discernimento /
permanecemos em vigília / Nos
encontraremos na trilha do caçador que
leva a Céu
43

42) Ara uá Ara o mã


Ara obéri Ori fan fere
Tradução: Seja o nosso povo / Sejam os
ignorantes / Sejam os não- iniciados /
Suas cabeças a flauta (exalarão seu
último suspiro)
43) Guegué la o bê Guegué la o bê
Errin unló
O mã guegué la o bê Icu unló
O mã guegué la o bê Unji o dolá
Tradução: Devagarinho nós levamos /
Devagarinho nós levamos / Os
antepassados se vão / Não sabemos que
devagarinho nós levamos / A morte se vai
/ Não sabemos que devagarinho nós
levamos / Despertaremos no dia seguinte
44) S.–Icuô,icuô O dabó ŕ ajô
R. – Icu ô, icu ô O dabó ́rajô
A bo ́rajó iê oni ê Icu ô, icu ô
Dabó ́rajô
44

Tradução: Ó morte, Ó morte / Só a verei


quando minha viagem terminar / Ó
morte, Ó morte / Só a verei quando
minha viagem terminar / Hoje
completamos a viagem vivos / Ó morte,
Ó morte / Só a verei quando minha
viagem terminar
45) É ma comocu B ́omodê assa ŕ olê
Arolê é ma comacu Lessé Olorum
B ́omodê assa ́role Axiri lonã
Tradução: Que vocês não vejam a Morte
/ Se a criança vai herdar a casa / O
herdeiro não encontrará a Morte / Aos
pés de Deus / Se a criança vai herdar a
casa / O segredo está no caminho
46) S. – Aguidi ê Nifatori o jé
R. – Xaxá aguidi ê
Tradução: Ei, teimoso / Aquele que porta
o atori não permite / Ei, teimoso, é difícil
47) S. – Bi o mura xebi Onifatori o jé
R. – Xaxá aguidi ê
45
Tradução: Se você está pronto para fazer
o mal Aquele que porta o atori não
permite Ei, teimoso, é difícil
Por fim, o Pai Pequeno recolhe a cuia
com as moedas e a leva ao balé.
48) S.- O quiloxê fola pê O quiloxê a cô
farê
R. – Araiê
O quiloxê fóla pê Omi torodô que balé O
quiloxê fóla pê Icu araiê
O quiloxê fóla pê
Tradução: O que se deve fazer para
chamar a riqueza / o que se deve fazer
para julgar as coisas Seres viventes o que
se deve fazer para chamar a riqueza /
Água que brota da fonte e vem à terra /
O que se deve fazer para chamar a
riqueza / Morte dos seres viventes / O
que se deve fazer para chamar a riqueza
No balé, o Pai Pequeno introduziu o
alguidar dentro do balaio, e foi ali
colocando as comidas rituais, que
constavam de um pudim de tapioca, nove
acaçás, nove acarajés, nove ecurús, nove
bolinhos de farinha de mandioca ligados
com água, pipocas, feijão fradinho e
milho branco, cozidos.
Ao redor do alguidar, o oficiante foi
depositando os objetos destinados ao
despacho, que ia destruindo, seja
rasgando, quebrando ou arrebentando,
46

dependendo do caso. Toda esta


performance era acompanhada da
seguinte toada:
49) Egum balé gan bé lojó Kini f~ara ô, a
o mã
É fin ́mi jolá Ara oreré
Ara uo in ô
R. Ori fan fere
Tradução: Egum veio à terra, o dia é
memorável / O que se aproxima de nós
não sabemos / Vós (ainda) respirais com
altivez / Mas o corpo se cansa / Vosso
corpo enfraquece / (E) a cabeça sopra a
flauta (exala seu último alento)
O Pai Pequeno, em seguida, segura o
frango, enquanto o axogum o sacrifica:
50) S. – Olorum a uô R. – Balé
Olorum a uô Balé
Tradução: Deus, nós vigiamos / O lugar
de culto aos ancestrais / Deus nós
vigiamos / O lugar de culto aos ancestrais
47

Um pouco do sangue que escorria da


incisão feita no pescoço da ave foi
respingando no chão e uma quantidade
generosa foi derramada sobre o
conteúdo do balaio:
51) S. – Co bé ni issalé Orum R. – Egum
Co bé ni issalé Orum Egum
Tradução: Não permaneça na parte mais
profunda do céu / Espírito ancestral /
Não permaneça na parte mais profunda
do Céu / Espírito Ancestral
O axogum esquarteja então o frango,
procedendo da seguinte forma: primeiro
decepa a cabeça, depois a asa direita, o
pé esquerdo, a asa esquerda, o pé
direito, e, por último, a cauda:
52) S.–Icuo,icuo Aissum bereré
R. Ara uá aissum Icu o, icu o Aissum
bereré Ara uá aissum
48

Tradução: Ó morte, Ó morte / A vigília


começou / Nosso povo não dorme / Ó
Morte, Ó morte / A vigília começou /
Nosso povo não dorme
O axogum faz com a faca uma longa
incisão longitudinal no meio das costas
do frango. O Pai Pequeno dispõe os
membros decepados ao redor do
alguidar, e, no centro deste, a carcaça
quase partida ao meio. Dentro desta, foi
introduzida a massa de um ecuru, os
quatro fragmentos do orobô com a parte
interna voltada para cima – configuração
que simboliza “aláfia”, ou “caminhos
abertos”, pelo oráculo – e, coroando
tudo, a cabeça do frango. Durante todo o
decorrer do sacrifício, o ogã batia o chão
do balé com o ixâ de pára-raio, para
invocar a presença de egum.
O axogum derrama um pouco de cachaça
no alguidar, enquanto o Pai Pequeno
cantava:
53) S. – Oti ni sacomã R. – Saió bé bé
Oti saió bé
Tradução: Este é o álcool que nos faz
ignorantes / Que haja regozijo / O álcool
faz a alegria
Despeja também um pouco de mel:
54) Maró ienhem loim Maro in ô
Maró ienhem loim Maró in ô
49

Dundun mamã saió bé Maró ienhem loim


Maró in ô
Tradução: Continuamente suave é a
doçura do mel / Continuamente suaves
ficareis / Continuamente suave é a
doçura do mel / Continuamente suaves
ficareis / Bastante doçura faz a alegria /
Continuamente suave é a doçura do mel
/ Continuamente suaves ficareis
O Pai Pequeno empunha então o ixã de
dendezeiro e bate com ele no chão três
vezes, invocando a cada vez o nome
iniciático da morte:
) Airadaqué! Airadaqué! Airadaqué!
Onãre o!
Tradução: Boa viagem!
Logo em seguida, o oficiante usa o ixã
para destruir os assentamentos, menos a
gamela onde está assentado Xangô, que
é depositada no canto do balé, coberta
por um pano vermelho, para aguardar
uma outra série ritual. Por fim, o Pai
Pequeno entoa a cantiga de despedida:
56) Auô a cu Onixegum a ŕ órum
Oju a ti adarrunxe Icu b ́eruré
Bobô baunló
50

Tradução: O adivinho deve morrer / o


curador deve cair no sono / A face do que
deve ter sido um médico / a morte levará
sua carga / toda embora
O oficiante embrulha os fragmentos dos
assentamentos despedaçados em papel
manilha e deposita no balaio. A roupa
que vestia a cadeira foi ali também
introduzida. As nove velas, os ixãs de
goiabeira e de dendezeiro foram partidos
em três pedaços e também postos no
balaio. Os círculos desenhados no chão
foram desmanchados, a sua poeira
espalhada sobre os objetos contidos no
balaio. Por fim, o lençol branco que
cobria a cadeira foi usado para formar
uma trouxa com o balaio. O carrego
estava pronto:
) O durô O icu aiê
O duro, icu aiê
Icu bá abalabá
Ico lo bá quequerê O durô, icu aiê Oni ê
Tradução: Espere / A morte está viva /
Espere que a Morte está viva / A morte
leva os anciões / Morte que leva os
pequenos / Espere que a morte está viva
/ Hoje mesmo
) S. – Icu ba unló O dibô xê o
R. – Icu ô
R. O dibô xê o
51

Tradução: Que a morte o leve consigo /


Adeus / Ó morte / Adeus
Nesta última cantiga, os presentes,
voltados para a direção do portão,
repetem o procedimento realizado no
cemitério, de estalar os dedos na altura
das orelhas. É então que Iansã chega,
manifestada numa filha de santo e é
recebida com sua saudação:
Eparrei, Oiá! Tradução: Admire-se com
Iansã
O pano que cobria os membros da filha
foi transformado em couraça para a mãe,
sendo colocado sobre seus seios, com as
pontas amarradas no meio de suas
costas. Um ramo de mariô e outro de
peregum16, lhe foram entregues como
armas para afastar os eguns.
O Pai Pequeno e o axogum ergueram e
baixaram ao chão por duas vezes o
carrego, e, na terceira, o levaram para o
carro estacionado na rua. Iansã os seguiu,
agitando suas armas e emitindo seu
brado de guerra, para que, junto com o
carrego, os perigosos eguns que
rondavam a casa fossem também
despachados. Os demais ficaram na roça,
e presenciaram a saída do carrego,
ficando de costas para ele, sem olhá-lo. O
ogã escoltava Iansã, batendo no chão e
nas paredes no caminho até o carro com
o ixã:
52
) S. – Beruré ma ló R. – A fibô
S. Beruré ma l o
́
16
Dracaena fragans Gawl, ACAVACEAE.

A fibô
Tradução: Seu carrego é erguido e levado
/ Nós nos escondemos / Seu carrego é
erguido e levado / Nós os escondemos
Enquanto que no terreiro as luzes eram
novamente acesas e as pessoas voltavam
a circular novamente, o Pai Pequeno, o
axogum, o ogã e Iansã realizavam uma
longa jornada até a localidade de coroa
grande no litoral sul-fluminense. Lá existe
uma praia, uma mata e uma cachoeira,
para onde afluem muitos adeptos das
religiões afro-brasileiras, com a finalidade
de realizar rituais que necessitem do uso
dos espaços naturais. Aquela hora, cerca
de três da madrugada, não havia
ninguém além dos quatro membros do
terreiro de Bangu. Um local conveniente
foi encontrado junto à trilha que leva ao
alto da cachoeira. Ali, o carrego foi
cuidadosamente colocado no pé de uma
árvore. O Pai Pequeno desatou as pontas
da trouxe de lençol. O peregum e os
mariô levados de Iansã foram deixados
sobre o carrego e, sobre estes, as moedas
recolhidas na cuia. Ao amanhecer,
alguém passaria por ali e apanharia as
moedas. Esta pessoa se tornaria,
involuntariamente, o depositário da
carga do egum. Enquanto isso, as
formigas, os esquilos, os pássaros, os
ratos e os urubus cumpririam o papel de
dispersar o conteúdo do carrego.
Batendo o ixâ no chão diante do carrego,
o Pai Pequeno, enfim, despede o egum:
Egum beruré ma ló
É cu axeindê o!
Tradução: Egum, levante seu carrego e o
leve / Sentimentos por vossa perda
53
Põe então o ixã de pé com a base no
meio do carrego e a ponta encostada no
tronco da árvore, e todos se afastam do
local.
Próximo à porteira que dá acesso à
cachoeira, o Pai Pequeno encosta Iansã
de pé com as costas apoiadas numa
árvore e a despede, cobrindo-lhe a
cabeça com o pano da costa,
pressionando-lhe levemente os ombros e
sussurrando-lhe no ouvido a fórmula de
despacho:
Onãre ô, orixá
Tradução: Boa viagem, orixá!
Percebendo que o transe havia passado,
o Pai Pequeno chama a filha de santo
pelo seu nome civil, pronunciando três
vezes e ela responde:
Mo jé
Tradução: Sou eu
De volta á casa do Candomblé, antes de
cruzar o portão, o Pai Pequeno apanha
uma vasilha com água, que se encontrava
ao lado da entrada com esta finalidade, e
derrama três porções de água na rua,
atrás do carro:
) Omi tun Onã tun Pelé tun
Tradução: Água nova / Caminho novo /
Novos cuidados
54

Cada um dos retornados repetiu o gesto,


e todos enfim puderam entrar. Ao
entrarem, tiveram inicialmente que
saudar o Exu assentado junto ao portão,
arrastando os pés parados diante dele.
Saudaram também o cruzeiro dedicado
às almas mais adiante, tocando a base da
cruz com a mão direita, persignando-se
em seguida. A entrar no quintal, cada um
tocou a base do assentamento ao ar livre
do ogum Xoroquê, guardião do terreiro,
beijando depois a ponta dos dedos e
levando-os à testa e à nuca,
pronunciando a fórmula costumeira:
Ogunhê!!
Tradução: Ogum está vivo!
Fizeram o mesmo diante da porta do
quarto de Euá, a dona da casa, e do
quarto onde se encontravam os
assentamentos dos demais orixás. Por
fim, puderam então tomar a bênção da
Mãe de santo e dos filhos de santo
presentes.
Os que ficaram estavam ainda limpando
o terreiro, alguns já faziam um lanche,
aos quais se juntaram os recém-
chegados. Mas as atividades foram
interrompidas, quando uma das filhas de
santo, ao realizar a tarefa de incensar a
roça com um turíbulo improvisado,
começou a incensar as pessoas. Estas se
organizaram em fila no quintal, em
ordem hierárquica. Um a um, os
incensados ficavam de costas para a rua
com os braços afastados do tronco,
enquanto que a incensadora balançava o
turíbulo nos espaços entre os braços e o
tronco, ao redor da cabeça e diante do
peito. O incensado voltava então suas
costas e a incensadora repetia o
procedimento com a pessoa nesta
posição. No fim, o atendido fazia a
mesura de cumprimento para agradecer.

O Pai Pequeno foi o último a ser


incensado, e foi ele quem incensou a
incensadora e pendurou o turíbulo ainda
aceso no nicho que compunha o cruzeiro
das almas. Alguns minutos depois, todos
foram dormir.
Ao amanhecer, a maioria dos filhos de
santo já havia partido. Os que ficaram,
entre os quais se encontravam a Mãe de
Santo, o Pai Pequeno, a Mãe Pequena, o
axogum, o ogã e a equédi, combinaram
retornar no sábado seguinte para efetuar
a lavagem dos assentamentos dos orixás
da casa com abô e a entrega do amalá de
Xangô. Em seguida, foram todos embora.
O assentamento de Xangô da falecida
permaneceu no balé, coberto.
I.3. – Amalá – a oferenda a Xangô
No sábado seguinte, alguns membros da
casa – entre os quais não se encontravam
o axogum e o Pai Pequeno – lá se
encontravam de véspera e realizaram o
ossé, que é a lavagem dos assentamentos
de santo. Somente os pertencentes à
Mãe de Santo e os de natureza coletiva,
pertencentes à casa, foram
contemplados. Os pertencentes aos filhos
de santo só seriam lavados no sábado
seguinte, para quando já estava marcado
o ossé mensal. O ogã foi o encarregado
de desmanchar o balé e fez um feixe com
os mariôs e o ixã que restaram e os
despachou num encruzilhada próxima,
junto com a água com acaçá batido que
estava no cruzeiro. Em seguida, foi fazer
o ossé no assentamento do Xangô de
Airadaqué.
Tudo terminado, a Mãe de Santo
consultou o oráculo de búzios no qual
Xangô declarou sua vontade de ser
acolhido no quarto de Euá, para o qual
foi prontamente transferido. Nesta
altura, o amalá, a comida votiva de
56

Xangô, já estava pronto. Ele se constitui


de um ensopado de quiabos fatiados,
temperado com pimenta, cebola e
camarões secos, refogado em azeite de
dendê, guarnecido com uma porção de
carne de peito de boi desfiada e de um
pirão de farinha de mandioca feito no
caldo da carne. A iguaria foi servida,
como de costume, numa gamela,
enfeitada com seis quiabos inteiros.
No final da tarde, todos se dirigiram ao
quarto de Euá. A Mãe de Santo depositou
a gamela de amalá diante do
assentamento de Xangô e acendeu uma
vela de sete dias. Empunhou o xére, que
é uma maraca de metal usada para
invocar Xangô e o agitou com uma
fórmula de saudação:
É cauô, Cabiessile!
Tradução: Vinde ver o Rei descer à terra!
E o ogã começou a cantar as toadas para
o orixá, enquanto todos permaneceram
de joelhos:
) Obá ni sare loque odo Obéri o mã
Obá ni sare loque odô Obá cossô a rô
Tradução: O Rei está correndo no alto do
rio / os não iniciados desconhecem / O
Rei está correndo no alto do rio / O Rei
não se enforcou, nós proclamamos

) Ainaina, Airá Ainaina, Obá cossô


Tradução: Não há castigo, ó Airá / Não há
castigo, Rei que não se enforcou
) S. – Olocossô araiê R. – Ainaina
Obá cossô araiê S. Airá, Ainaina
Tradução: O mestre que não se enforcou
está vivo / Airá, não há castigo
) Olu Ogodo Ogodô pá
E oxibó ua mi Xere alado bó silé E oxibó
ua mi
O qui ́iê dab A
́ irá Airá lo fi bére Kô
Tradução: Mestre Ogodô / Ogodô que
mata / Abra o caminho para minha
chegada / Aquele que traz o xére e racha
o pilão chegou / Abra o caminho para
minha chegada / Aquele que saúda o
pássaro assemelha-se a Airá / Airá que
costuma tomar tudo para si

) Airá o lilê Airá o lilê


Tradução: Airá não seja difícil / Airá não
seja difícil
) S. – O ni oreguedê
R. – Airá oreguedê pá
Tradução: Ele disse, não despedace / Airá
não nos destrua aos pedaços
Após mais de vinte dias de exílio, o rei é
reintegrado à comunidade, agora com
novo status.
Suas principais insígnias, a coroa e o oxê,
que também ficaram, são depositados
sobre o assentamento, que passa a ser
objeto de culto coletivo pois, tendo sido
transmitido à Mãe de Santo, é também
um orixá de segurança da casa.
CAPÍTULO II

II.1. – a “FEITURA DESFEITA”


Este termo foi utilizado para descrever o
clímax do ritual realizado diretamente
sobre a cabeça do cadáver com o intuito
de remontar ao processo de iniciação de
Airadaqué.
Como “feitura” deduz-se alguma coisa
produzida voluntariamente, fornecendo
seu estado de ser. É o termo que,
genericamente, dentro do Candomblé,
denomina o rito iniciático. O iniciado é,
por extensão, uma pessoa “feita”. O
processo prolongado do ciclo iniciático –
que pode durar sete, dezessete ou vinte
e um dias – já foi bastante descrito na
literatura “africanista” da etnografia
brasileira (Nina Rodrigues: 1900,
Querino: 1932, Carneiro: 1948, Bastide:
19, Binon Cossard: 1970, etc) com maior
ou menor detalhismo descritivo ou
aprofundamento analítico. Em todos os
casos, o processo ritual é apresentado
com uma mesma linha de sequência:
- a descoberta da identidade do duplo
(orixás e outras entidades) do postulante
à iniciação por seu iniciador;
- a morte ritual do postulante e sua
subsequente reclusão;
- construção de sua nova identidade de
acordo com a identidade do seu duplo;
- renascimento marcado por sua
reaparição pública, na qual expressa sua
nova identidade;

Muitas vezes, a descoberta da identidade


do duplo pode estar embutida na fase de
sua construção na pessoa do neófito, o
que constitui o núcleo da feitura, mas
não se pode reduzir o processo de
iniciação a apenas isso. Uma casa de
Candomblé com um grupo (ou barco) de
iaôs (neófitos) em reclusão para serem
iniciados costumam ser comparada pelos
adeptos a uma mulher prenhe, que altera
todo o seu ritmo de vida em função da
gestação. A rotina do terreiro volta-se
inteiramente para cuidar do
desenvolvimento de seus noviços. O
roncó ou camarinha, local da reclusão,
cumpre o papel de útero gestador.
Esta “gravidez” , como qualquer outra, é
cercada de preceitos e cuidados. Como
seres não nascidos, que nem sequer têm
nome, os iaôs são submetidos no roncó a
uma rígida disciplina, na qual se incluem
o voto de silêncio, e diversos tabus
alimentares, comportamentais e verbais,
para evitar trazer problemas para a
comunidade e para suas futuras carreiras
de iniciados. Nada pior para um iniciado
do que “quebrar podre de roncó”, ou
seja, transgredir alguma destas
prescrições.
Como todo liminar, o iaô, além de
representar perigo para a comunidade, é
também um ser sagrado. Não pode ser
molestado fisicamente, nem repreendido
com muita dureza. Não deve ouvir más
notícias nem assuntos picantes. Deve-se
evitar que chore ou ria às gargalhadas.
Seu asseio e sua alimentação devem ser
rigorosamente providenciados. O contato
com o mundo exterior e conversas até
mesmo com membros do terreiro devem
ser reduzidos ao mínimo. Uma só pessoa,
depositária de toda a confiança do pai ou
da mãe de santo deve ficar à

frente da tarefa de garantir e prover o


cumprimento de todos estes preceitos.
Essa pessoa é a mãe criadeira17.
O fato é que a feitura de santo consiste
na construção de uma nova identidade,
afirmação aparentemente óbvia demais,
que, porém, só foi introduzida na
literatura africanista por Bastide (19),
mas já Edison Carneiro, nos anos 30,
havia notado, pelo relato dos adeptos, a
ligação entre a personalidade do duplo e
a de seu médium. Foi somente com
Bastide, todavia, que esta identidade
adquiriu uma função, transcendendo as
interpretações psicanalíticas de Artur
Ramos (1940). Esta função foi sendo
desenvolvida, complexificada ou mesmo
alterada por seus sucessores (cf.
Goldman: ).
Outro aspecto presente no processo de
feitura é o elo entre resgate e restituição,
sendo que o segundo termo foi
introduzido por Elbein dos Santos (1984),
identificado com o “ebó” – oferenda no
sentido geral e amplo – que, para a
autora, “centraliza toda a dinâmica do
sistema” (p.1).
Os elementos que à nível material
representam o duplo, de acordo com um
complexo sistema de identificação
classificatória, são sacralizados,
sacrificados ou destruídos, para que o
duplo se corporifique efetivamente na
pessoa do iaô.
A oferenda deve, por regra, corresponder
a um sacrifício do neófito, que deve
desembolsar dinheiro por ela, tanto para
pagar ao sacrificador ou iniciador, como
para financiar a obtenção dos
ingredientes constituidores, seja pagando
por eles no mercado, ou mesmo
simplesmente, deitando
17

Cujo complexo papel no processo de


iniciação é analisado por Guimarães
(1990).

moedas no mato ou num curso d á́ gua,


onde se obtiveram, respectivamente, as
folhas litúrgicas e a água de fonte natural
para o banho lustral18.
A iniciação se constitui num modelo total
de restituição e resgate rituais, e se inicia
com a morte do postulante. Para que um
ser morra e renasça como um outro sem
a intermediação de sua morte física, é
necessário que haja a morte de um
terceiro. É a muito temida “troca de
cabeça”. Existe, no Candomblé, a crença
de que mães e pais de santo alcançam
idades avançadas adiando a própria
morte ao dirigi-la magicamente a uma
outra pessoa. Na feitura, a morte do iaô é
transferida para a do quadrúpede
(cabrito ou carneiro) sacrificado. O
sacrifício da iniciação é um dos poucos do
qual não se guarda nenhum testemunho.
Os despojos dos animais mortos, todos
os elementos perecíveis utilizados, e até
mesmo os cabelos aparados da cabeça do
iaô são despachados, por representar um
carrego de morte. O citado perigo
representado pela presença de iniciados
reclusos numa casa está exatamente na
proximidade da morte que a transição
encarna. Ao despachar o carrego de sua
própria morte, o iniciado anula-lhe a
existência. Uma vez renascido da morte,
abre- se à sua frente uma trilha de vida
infinita. Só que algo sai errado. A senda
para a qual a morte foi relegada acabou
se cruzando com o caminho trilhado pelo
postulante à imortalidade. O que deve
ter se passado

18
Sobre a relação entre dinheiro e ritual do
Candomblé, ver Vogel, Mello e Barros
(1987).

II.2. – o salário do relapso


Havia numa cidade um homem de pele
muito vermelha, que foi a um babalaô
fazer uma consulta. O oráculo de Ifá
avisou ao homem que a Morte estava no
seu encalço e o aconselhou a extrair o
sumo verde do jenipapo e com ele tingir
todo o seu corpo por alguns dias. Neste
período a morte chega à cidade
procurando pelo homem vermelho.
Como não o encontrou, o homem, que
havia se pintado de verde, viveu por
muitos e muitos anos.
É certo que ninguém no candomblé
acredita-se imortal, mas se crê que o
retorno da morte pode ser evitado,
respeitando as prescrições impostas na
época da feitura do santo. Tais
prescrições, os chamados euós do santo,
identificam o iniciado com seu duplo. Da
mesma forma que a tinta verde disfarçou
o homem da lenda, a nova identidade do
iniciado disfarça seu antigo ser, que a
morte julga ter levado consigo.
O respeito aos preceitos impostos
representa o texto do papel que o iaô
deve realizar diligentemente, para não
estragar o disfarce e confundir a morte.
Quanto mais recente for a iniciação da
pessoa, mais preceitos deve ela cumprir,
pois a morte não deve estar ainda muito
longe. Em muitos casos, o próprio nome
civil do iniciado deve ser esquecido na
comunidade- terreiro, onde se passa a
tratá-lo apenas por sua denominação
iniciática. Onde o nome iniciático se
constitui em objeto de segredo, ele é
substituído por um genitivo relativo ao
orixá, por exemplo, Paulo de Oxóssi,
Maria de Iansã, etc. A quebra de alguma
destas interdições pode ser mesmo
encarada de forma dramática, não só por
causa de uma só pessoa, mas

também porque, uma vez que a morte


advenha, o disfarce de todos fica
ameaçado. A chegada da morte
corresponde, por isso, a uma reiteração
de preceitos e comportamentos rituais
entre os iniciados. A cor da iniciação, o
branco, encontrado na roupa com a qual
o iaô é apresentado ao público pela
primeira vez, é também a cor do luto no
Candomblé. O Adepto do candomblé
veste branco para ir a qualquer enterro
ou velório, aos quais evita-se ir, de uma
forma geral. As pessoas recentemente
iniciadas não os frequentam de forma
alguma. E quando de fato têm que ir,
devem em seguida fazer ebó, passando
alguns alimentos litúrgicos pelo corpo, e
oferecê-los à morte, ou, pelo menos,
tomar um banho de eras sagradas.
Muitos deixam de ir à roça quando da
morte de um membro, e há uma crença
geral sobre o perigo de se assistir aos
ritos mortuários ou de se realizá-los.
Neles, os participantes não devem de
forma alguma serem tratados pelos seus
nomes civis, pois a morte está à espreita
e pode descobrir seus enganadores.
“Enganar a morte” é, aliás, o objetivo das
principais oferendas ou ebós
propiciatórios, a começar pela feitura,
como já assinalamos. Nessa mesma
categoria, podemos também considerar a
realização de preceitos e sacrifícios
regulares após o ciclo iniciático, que são
as obrigações de três meses, um, três,
sete, quatorze e vinte e um anos de
iniciação, executados para o
fortalecimento da iniciação, com o intuito
de obter grandes poderes místicos, cujo
paradigma é o próprio orixá (cf.
Goldman: ). No entanto, a aproximação e
identificação com o orixá, propiciadas
pela iniciação e pelas obrigações, jamais
redundarão numa integração plena ou
metamorfose final da pessoa em
divindade, como ainda notou Goldman
(idem), e podemos perceber nesta lenda:

Iansã, senhora do fogo das tormentas,


tinha um belo filho chamado Egum, fruto
de seus amores com Xangô.
Xangô era rei, guerreiro e poderoso,
temido e respeitado, tanto por seus
súditos como por seus inimigos. Egum
era porém orgulhoso e cheio de ambição,
e quis obter para si o prestígio do pai.
Para isso, conseguiu surrupiar-lhe as
vestes e, usando-as, conseguiu enganar
os cortesãos, recebendo em lugar de
Xangô todas as homenagens e tributos.
Ao saber do ocorrido, Xangô ficou furioso
com o filho e quis castigá-lo
exemplarmente. Com esta finalidade,
invocou Obaluaiê, senhor de terríveis
doenças deformadoras, e solicitou- lhe a
aplicação da pena. Obaluaiê enviou para
Egum uma moléstia que lhe devorou os
pêlos, a pele e as carnes, deixando- o
com um aspecto horrendo.
Envergonhado por sua aparência, Egum
passou a vestir uma roupa que escondia
todo o seu corpo. Desde então, os
médiuns de Egum não são mais
identificáveis, uma vez que têm que
permanecer completamente cobertos,
enquanto que o médium de orixá pode
exibir livremente seu rosto e corpo.
Exceção feita a Obaluaiê, pois Iansã,
ressentida com a sorte do filho, fez com
que ele contraísse um pouco da sua
própria doença que criara, porque ele lhe
negou, por fidelidade a Xangô, o
fornecimento da cura. A partir daí,
Obaluaiê tem que esconder seu rosto sob
um capuz de palha.
Egum é a denominação genérica do
espírito desencarnado, mas neste caso
aparece sob um aspecto antropomórfico.
Sendo filho e sucessor de Xangô, ele
ainda compartilharia da sorte do pai, só
que acabou sendo

penalizado por sua falta de etiqueta, e


nunca mais poderá se apresentar como
orixá.
Uma das formas, sob a qual pode-se
analisar esse drama, está em vê- lo como
uma demonstração da barreira definitiva
entre orixás e mortais. Xangô é um
personagem a quem se reconhece uma
existência histórica e metamorfoseou-se
em orixá. Aos que vieram depois dele foi
relegado o quinhão da morte. Devem
contentar-se com a identificação com o
orixá somente em vida, mediante a
possessão e aos reiterados sacrifícios que
lhe são dedicados.
Airadaqué foi obstinada e desobediente.
Sua carreira como filha de santo foi
marcada por dramáticos atos de
insubordinação, e sempre que o episódio
de sua morte é mencionado entre os
adeptos do terreiro, nem mesmo seus
próprios filhos encaram como
inexplicável, ou injustificável ou
acidental. As pedras (o muro de
concreto) que Xangô usa como principais
armas a fulminaram naquele ato
insensato final de sua existência.
Subtrair-se do abrigo provisório, porém
seguro, da identificação com o orixá
através da negligência com os sacrifícios
de obrigação, da não observância dos
resguardos rituais e da falta de etiqueta
diante da hierarquia, é colocar-se ao
alcance da morte. A morte de um iniciado
é, invariavelmente, uma prova da
existência do orixá.
II.3. – alma e espírito
A categoria nativa emi, que costuma ser
traduzida como “alma”, recebeu grande
destaque nos estudos sobre noção de
pessoa segundo a

tradição iorubá, sobretudo nos colóquios


do CNRS, mais especificamente, nos
artigos de Abimbola, Verger, Elbein dos
Santos/Santos (CNRS:1973). Os dois
primeiros tratam da realidade africana,
que por hora não nos diz respeito, mas os
co-autores seguintes fazem coincidir as
realidades da África e do Brasil,
reduzindo o Atlântico e séculos de
desenraizamento a meros detalhes. Com
exceção dos leitores destes autores,
jamais se pôde constatar entre os
adeptos do Candomblé tal noção de emi,
mesmo quando entre aqueles mais
influenciados pelas tradições cristã ou
espírita. Nas raras vezes em que alguém
melhor preparado e informado menciona
o emi, é sempre como uma função
relacionada ao “axé de fala” contida na
saliva. Essa função proporciona o poder
de abençoar e amaldiçoar, e é reforçada
ao se mastigarem certas favas sagradas e
pimentas, ou retendo-se água, mel, ou
certas bebidas alcóolicas na boca, Ao se
falar, essas substâncias são cuspidas ou
vaporizadas e o axé é transmitido junto
com o verbo.
Todavia, mesmo entre os oficiantes mais
ilustrados, a função de alma é atribuída,
para efeito ritual e prático, a cabeça, o
ori. Todas as potencialidades humanas,
volitivas ou vegetativas, de ordem
mental, moral, física ou existencial, são
atribuídas ao ori e às forças que atuam
através dele. Nada como um bom bori
(alimentação da cabeça) para “levantar a
vida” de alguém.
O ori é objeto de muitos cuidados e
atenções. Pôr a mão na cabeça de
alguém é um ato que exige grande
confiabilidade. Não é qualquer um que
pode amarrar o turbante de uma filha de
santo, fora ela mesma. O estilo da
amarração destes turbantes identifica a
procedência da casa ou da nação da
possuidora, além de sua idade iniciática,
sua função dentro do culto e o sexo de
seu orixá. Amarrar bem um pano, ou ojá,
é uma arte, para
embelezar o exterior que supõe a
preciosidade do que está por baixo. As
cabeças cobertas por ojás e bonés
durante o rito mortuário servem
exatamente para resguardar tal
preciosidade. No passado havia um
posicionamento de censura
tradicionalista a partir da opinião dos
membros mais antigos: no que tange à
relação entre a vaidade capilar e o
tratamento devido ao ori (cf. Landes: 19).
Atualmente, o uso de hennê e das pastas
alisantes já não são mais matéria de
escândalo entre os mais velhos, mas o ori
mantém seu posto sagrado como sede da
alma e das faculdades anímicas.
Se o iorubá africano temia o que um
feiticeiro podia realizar contra si
manipulando seu hálito (emi), ou sua
sombra (ojiji), o brasileiro adepto do
Candomblé receia sempre por seu ori.
Não há, porém, uma distinção entre ori
físico e ori metafísico, na prática. Não se
reconhece uma vida anímica, espiritual,
separada da vida biológica. O ori pode
até ser cultuado em recipientes especiais,
à maneira dos orixás, que são os ibá ori.
Mas sempre que o objeto do culto recebe
ali uma invocação ou sacrifício, sua
presença física é invariavelmente exigida,
pelo menos em efígie, na forma de uma
cabaça cortada ao meio para representar
um crânio. Do contrário, o possuidor do
ori cultuado sentirá de forma negativa as
consequências, pois se deve estar mental
e fisicamente preparado para dar comida
à cabeça.
Para todos os efeitos, desconhece-se, no
Candomblé, uma existência no plano
espiritual distinta daquela no plano físico,
a não ser depois da morte. Neste caso, a
pessoa converte-se num ser diferente,
sem ligação aparente com o duplo
transcendental que possuía enquanto
vivia. Torna-se um egum.

O egum é antes um resultado, e não a


continuidade da personalidade do ser
vivente. Possui uma lógica de
comportamento estereotipado, havendo
eguns bons, maus, brincalhões,
revoltados, irritadiços, mas que são
igualmente incômodos e perigosos.
Pessoas que tiveram uma vida ruim, ou
foram maus em via, ou tiveram uma
morte má, tornam-se eguns maus ou
revoltados. Mesmo aqueles que em vida
foram bons ou prestativos são perigosos
por sua simples proximidade. O medo da
morte no Candomblé é cristalizado no
medo dos mortos. O receio de ter que
lidar com egum, seja ritualmente ou até
mesmo deparando com ele em sonho, é
considerável, mesmo se tratando de
alguém que tenha sido boníssimo em
vida. Aliás, nunca alguém se refere a um
egum como sendo a própria pessoa que
vivia, mas como algo extraído dela. Não o
“Egum Fulano”, ou “Egum Sicrano”, mas
“Egum de Fulano” ou “Egum de Sicrano”.
Reconhece-se no egum uma consciência
individual, pois é por sua inconsciência ou
não aceitação do fato de estar morto que
vem sua revolta, e aí ele cisma em rondar
seus familiares e entregar-se às
atividades cotidianas que realizava em
vida. Isso faz com que a dimensão da
existência fisiológica, o aiê, e a dimensão
da existência transcendental, o orum, se
aproximem demais e se misturem,
rompendo o tabu primordial de sua
separação definitiva lOcorrido sem o
controle do rito, este fato pode acarrear
uma desagregação no plano físico, pela
crença de que os mortos podem levar
consigo seus entes queridos
sobreviventes. Quanto mais apegados à
vida e aos viventes são os eguns, mais
perigosos são eles, independente das
boas relações que possam ter havido
entre eles em vida.

Deste modo, todo o ciclo ritual mortuário


é marcado por purificações, despachos,
como forma de despedir o egum do
convívio cotidiano. Há também os ritos
de soleira, tanto no cemitério como no
terreiro, para manter bem marcados e
distintos os limites entre as dimensões da
existência
uma vez que a alma é um ser vagueante,
a quem não cabe nenhuma tarefa
determinada; porque a morte tem
justamente como efeito colocá-lo fora de
todos os quadros regulares (Durkheim,
1989 [1912] 335).
No entanto, são somente algumas
cantigas do repertório aqui utilizado que
se dirigem diretamente ao morto,
falando o que se espera dele em relação
aos vivos. Uma delas (no. 14) chama a
atenção do egum de que sua partida não
é definitiva. Ele não deve ficar tão
distante dos vivos. O sacrifício que lhe é
dirigido se constitui num renovamento
de seus compromissos com a
comunidade-terreiro, respeitando os
limites devidos. Como parte do corpo da
casa, o morto não deve extraviar-se, sob
risco de proporcionar uma diminuição de
axé, ou força dinâmica, da comunidade.
Desta forma, vemos que o egum não é de
todo mau. Por ser simultaneamente
familiar aos vivos e pertencer ao plano
espiritual, o morto pode servir de ponte
entre os dois espaços, e, por isso, talvez,
toda função ritual do Candomblé deve
ser iniciada por uma oferenda ou, pelo
menos, por uma súplica aos ancestrais.
Se, por um lado, o rito deve ser
resguardado da intrusão de maus
espíritos, que devem ser neutralizados
acima de tudo, os fenômenos espirituais
da possessão e da inspiração oracular
não seriam possíveis sem o apoio dos
amigos do “outro lado”. De fato, a prece
de concentração proferida na abertura
do jogo de búzios e as súplicas rezadas

antes dos rituais de sacrifício (não apenas


os executados para os eguns) incluem
pedidos de licença e apoio aos ancestrais,
tratados inclusive por seus nomes
iniciáticos ou civis (ver, por exemplo,
Vogel, Mello e Barros: 1993, 35/36).
Outras cantigas dirigidas aos eguns (nos.
28, 30, e 46/47) são simplesmente
advertências, algumas até ameaçadoras
(6/7) para persuadi- los a sair logo deste
mundo. Vemos assim que a maioria das
toadas dirige- se, na verdade, aos vivos.
II.4. – os sobreviventes
As outras cantigas do repertório, mais de
dois terços delas, têm como referência a
atitude dos vivos.
Algumas, sobretudo as iniciais, chamam a
atenção para a piedade, para a devoção
dos fiéis no cumprimento rigoroso dos
ritos. A cantiga no. 10 compara a justeza
do procedimento dos adeptos com a
impiedade, as atitudes relapsas do
morto, ou (a) atitude, que supostamente
o conduziu para a situação em que ora se
encontra. “Vejam o que aconteceu com
ele” – poderia se dizer.
Outras exortam os viventes a viverem
melhor suas vidas, através do
cumprimento contínuo dos rituais (nos.
2, 13, 15, 17, 20, 23 e 41), e de uma
maneira mais apropriada de encarar a
morte (nos. 3, 16, 24, 25, 26, 29, 42 e 43).
E há ainda aquelas que transmitem votos
e pedidos (nos. 22, 29, 30, 31, 32, 44 e
45).

A atitude ambígua perante a morte – um


estóico conformismo, ao mesmo tempo
em que a religião é um elaborado sistema
anti-morte – somada à disposição
piedosa do cumprimento contínuo e
compulsório dos ritos reforçam a idéia já
apresentada em outros estudos19, de
que a negociação constante com o além
transcende a própria morte. Só que,
neste caso, o sujeito passa para o outro
lado do balcão.
II.5. – a metamorfose em duplo
Como egum, a pessoa obtém o mesmo
estado de imaterialidade próprio das
divindades e, portanto, torna-se
potencialmente um duplo.
O espírito desencarnado pode exercer a
função de duplo de um iniciado (como
podemos notar em Velho: 1980, e
Goldman: ), sendo no caso espíritos
especiais como pombagiras, pretos
velhos e caboclos. É do conhecimento
dos adeptos do Candomblé, no entanto,
que esses eguns, diferentes dos orixás,
não são apanágio de um único iniciado.
Se numa função de Candomblé
diferentes pessoas podem se manifestar
com um mesmo orixá, isso raramente
ocorre na possessão por espíritos
desencarnados.
Numa determinada festa, “Seu Tiriri”
abandonou por instantes o pai de santo
A. de Iansã para baixar num rapaz que
acabara de chegar ao terreiro, para mais
tarde largar também o rapaz e tornar a
possuir o pai de santo.
Um imigrante de Pernambuco conversou,
num terreiro de Umbanda, no Rio, com a
entidade “Zé Pilintra”, que dizia
conhecê-lo de sua terra natal, e em
seguia lembrou-o de acontecimentos de
sua infância, passada num terreiro de
Catimbó, em Recife, onde a entidade
então baixava.
Um tanto suspeito para os fiéis é quando
fatos deste gênero ocorrem na possessão
pelos orixás.
O pai de santo L. é de Oxaguiã com
Oxum, e tem como filha de santo A.,
também de Oxaguiã com Oxum. Toda vez
que L. “vira” com Oxaguiã, A. tem que
virar com Oxum, e vice-versa, pois eles
possuem rigorosamente os mesmos
orixás de cabeça. É tanto que, na cabeça
de A., a filha de santo, Oxaguiã pode
transmitir ordens e recomendações para
L., o pai de santo, na qualidade de seu
pai, o que produz alguns problemas na
complexa hierarquia do terreiro.
De toda forma, o que predomina é a idéia
de que cada um tem seu próprio orixá,
mas que Egum pode ser compartilhado
por vários. Ele pode ser então encarado
como um duplo coletivo, embora haja
uma tendência para a especialização das
entidades. Entre os pretos velhos, por
exemplo, no meio das Marias Congas,
Vovós Cambindas e Pais Beneditos,
surgem, vez por outra, denominações
incomuns como Vovó Camila ou Pai
Fernando. Muitas destas entidades –
algumas inclusive com nomes bem
tradicionais – segredam o fato de não
serem pretos velhos de verdade, que
apenas se disfarçam para ser melhor
compreendidos pelo “povão”, e que na
verdade são loiros de olhos azuis, ou
indianos, ou chineses, etc.

A coletivização é também apresentada


nos culto Egungum20, onde os ancestrais
se responsabilizam por clãs e grupos
diversos. Nas casas de Candomblé, onde
há eguns assentados (e não são todas
que os tem), são poucas as pessoas
encarregadas de lidar com eles, mas os
mesmos são tutelares da casa como um
todo. Com o passar do tempo, os de
menor prestígio vão tendo seus nomes
esquecidos, mas acabam invariavelmente
sendo lembrados, ainda que anônimos,
pois o sacrifício a Egum possui sempre
um aspecto coletivizantes, ao se permitir
que os primeiros jorros de sangue do
animal imolado seja oferecido à terra. No
sacrifício aos orixás se usa do mesmo
procedimento, em homenagem aos que
em vida cultuaram o orixá ao qual se
sacrifica.
O conjunto dos mortos é sempre
lembrado pelos vivos, mesmo em atos
voltados para o engrandecimento da vida
pois, se a vida do iniciado começa com a
morte de seu antigo ser, é sempre
conservando o compromisso com a
morte e com os mortos que ela poderá
ser preservada.
II.6. – a dança dos orixás
Se por um lado percebemos que os eguns
são sempre lembrados nos ritos
destinados aos orixás, por outro, a
recíproca é apenas parcial.
Na versão ampliada do rito mortuário,
que é o axexê, canta-se para todos os
orixás. Mas isso ocorre num momento
específico, num intervalo entre os
conjuntos de cantigas para Egum. Entre
estas, porém, pode-se cantar toadas para
Iansã, Obaluaiê e Nanã.

II.6.1. – Iansã, como já vimos


anteriormente, é a progenitora mítica de
Egum, considerada também a fundadora
da sociedade Egungum. Sob seu aspecto
de Iansã de Balé, ela se torna o orixá
fúnebre por excelência.
II.6.2. – Obaluaiê, como ilustrou-nos o
mito, tem o poder de constranger Egum,
uma vez que ele mostrou àquele o seu
próprio limite, que é a possibilidade de
transformação e regeneração, que a vida
ordinária e a morte impõem. Esse
mistério se oculta sob sua face coberta
pelo capuz de palha.
II.6.3. – Nanã, mãe mítica de Obaluaiê, e
que o enjeitou ao nascer, é a terra Matriz
que nos dá origem e nos sustenta sem
que nos demos conta disso. É a
inconsciência do processo vital, que só se
impõe como essencial no último instante
de nossas vidas. Nanã também é a morte.
São eles, mãe e filho, que são invocados
respectivamente, sob os epítetos “Água
que brota da fonte e vem à terra” e
“Morte dos seres viventes”, na cantiga
48. A “riqueza” evocada na cantiga talvez
seja a restituição da própria vida, da qual
se crê que Obaluaiê e Nanã possuam o
segredo.
Estes três orixás, ao lado de Ogum, são os
únicos autorizados a se manifestarem em
seus filhos durante um ritual mortuário,
até mesmo no cemitério.
II.6.4. – Ogum, sendo o orixá da guerra e
das artes da forja, apresenta-se como um
aspecto da morte, tal como Obaluaiê. Só
que Ogum unicamente

tira vidas, trabalhando sempre numa


única direção, apenas com alterações de
grau, de uma metamorfose criativa a
uma aniquilação total.
As quatro entidades parecem bailar
harmoniosamente em torno de Egum.
Existem, porém, duas outras, mais
participantes que muitas outras neste
contexto, mas que, à primeira vista,
aparentam atravessar todo o compasso
desta dança. São Oxóssi, o orixá caçador
e Xangô, de quem se crê ter pavor de
Egum.
II.6.5. – Cantigas fazem referência a
Oxóssi como o “Caçador herdeiro da
terra” (no. 23), Odé Arole21, aos “filhos
do caçador” - omorodé (no. 22), para
referir-se aos iniciados, e a “trilha do
caçador” – Ipadé (no. 30), para indicar o
caminho trilhado pelos mortos.
No candomblé em geral, o a atividade
ritual é marcada por uma
desterritorialização, onde os sujeitos
deixam o espaço da vida social genérica,
o mundo do trabalho ou da família e
ingressa no espaço ritual, designado
como “roça”. Uma segunda etapa é
centrada em vários atos de sacrifício
animal em diferentes partes rituais,
consistindo em ebós, bori, sacrifícios de
entrada, sacrifícios ao orixá ou orixás
centrais na cerimônia e sacrifícios de
saída. O vínculo constituído por este
duplo movimento (ida para a
roça/sacrifícios) pode ser simbolizado por
uma expedição de caça, com o processo
de ida para a floresta (ir à roça) e
abatimento da caça (sacrifício), que é o
domínio do orixá Oxóssi. Este processo é
descrito na seguinte cantiga:
A Cantiga no. 2, quando entoada, em
outros contextos, o nome da pessoa
falecida é substituído por Odé Arole.

Onicá tenubó l’oni Aparejé


Onicá tenubó l’oni Aparejé erã agutã
Oretun padê uá l’onã Onicá direrê
B’ossin Oranmiã lodê Ara orixá ló si arocô
Tradução: O homem cruel está entre nós
hoje / Sacrificamos para ele comer / O
homem cruel está entre nós hoje /
Sacrificamos para ele comer carne de
ovelha / Ele vai rapidamente nos
encontrar outra vez na estrada / O
homem cruel se torna benevolente / Se
os cultuadores de Oranmiã estão aí fora /
O povo do orixá vai para a roça
Dentro da nação Quêto, Oxóssi tem
grande importância e prestígio, pois ele é
ali considerado rei. Sem possuir a pompa
atribuída à um monarca, Oxóssi usa
simplesmente um traje de caçador
estilizado, com elementos europeus e
africanos. Traz numa das mãos um arco
fundido numa flecha em metal branco,
simbolizando sua principal atribuição. Na
outra mão ele traz um espanta-moscas,
feito de pêlos de cauda de boi,
encaixados num cabo de metal. É esta
segunda “ferramenta” que liga Oxóssi à
ancestralidade.
Conta a lenda que Oxóssi guardava gado,
que vinha sendo surrupiado por
misteriosos ladrões. Uma vez, ele ficou
escondido até ver qual a identidade dos
larápios. Eram
78

eguns que faziam desaparecer as reses


sob suas amplas vestes. Mas o pastor
percebeu também que, toda vez que uma
vaca punha a língua para fora para beber
água, seu rabo balançava e os eguns
recuavam assustados. Foi assim que
Oxóssi descobriu as propriedades anti-
egum do rabo de boi e o acrescentou aos
seus paramentos.
Oxóssi é associado ao sangue e à carne
da caça que abate, o que com certeza
levou ao estabelecimento do ritual a ele
dedicado no dia de Corpus Christi. Sob
seu aspecto de Aquerã (“provedor da
carne”), ele fornece a carne e o sangue
dos descendentes para que os ancestrais
possam renascer. Desta forma, o termo
“omorodé” expressa a identidade entre
ancestralidade e descendência. O
antepassado pode, através de Oxóssi,
reencarnar e tornar-se seu próprio
herdeiro, e nada se perde.
Tudo isso pode ser reforçado ao
considerarmos um euó de Oxóssi.
Diferente dos demais orixás, a cabeça dos
animais sacrificados é excluída de suas
oferendas. O ori, como já pudemos notar,
é o sinônimo do espírito encarnado, e
Oxóssi, consagrando apenas o tronco,
permite aos ancestrais o preenchimento
desta função. Ao consumirmos a carne
dos animais sacrificados à Oxóssi, os
adeptos recebem a potência dos
antepassados, que continuará viva em
sues corpos. Se a base de legitimação da
descendência é a ligação pelo sangue,
Oxóssi permite que ela ocorra mediante
o sacrifício. Isso o torna patrono do
parentesco ritual, tão valioso dentro do
Candomblé. Sua invocação no ciclo ritual
mortuário serve para lembrar que a
pessoa homenageada, mesmo não sendo
do mesmo sangue, é da família, e um
antepassado em potencial, portanto, pois
todos ali um dia
79

contraíram a adoção pelo sangue, ao


trocarem de cabeça com um quadrúpede
em sua iniciação, tornando a todos filhos
do caçador22.
II.6.6. – Xangô participa deste contexto
numa complexa aritmética de simetria
em relação à Egum. O uso de colares de
Xangô pelos iniciados durante o ciclo
ritual não ocorreu para homenagear o
orixá da falecida. É uma imposição de uso
para os adeptos, ao lado da roupa branca
por ocasião da morte de qualquer
pessoa. Se Egum é a expressão da
impossibilidade do ser humano em se
tornar um orixá, Xangô, neste sentido, é
o anti-egum. A todos os orixás se
reconhece uma existência terrena no
passado, mas Xangô é o único de quem
se registra uma existência histórica real.
Sabe-se dele o nome dos pais, uma
carreira política (foi o quarto soberano –
Alafin – do reino de Oió), e as condições
de sua morte (foi obrigado a se enforcar
por seus cortesãos). No entanto,
diferencia-se dos demais viventes por
ter-se convertido em orixá. Não em uma
entidade satélite de um grande orixá,
como ocorria com as pessoas que eram
sacrificadas àquele, ou a membros de sua
própria família, como Bâiani, Aganju e
Afonjá, mas uma divindade completa e
complexa. Tão forte se tornou que, aí
sim, absorveu divindades mais antigas
como aspectos seus, tais como Oramfé e
Djacutá, ou como seus satélites, que é o
caso das divindades aquáticas Obá, Oxum
e Iansã, assimiladas como suas esposas.
O culto de Egum, através da sociedade de
Egungum, também se originou em Oió,
terra de Xangô e, muito provavelmente,
foi produto da apropriação pela família
real do monopólio da divinização na
forma de orixá. As pessoas comuns, por
mais dignas que fossem deveriam se
contentar
22
Há uma toada especial de Oxóssi: Ara
Quêto ê / Fara imorá (Tradução: Ó povo
de Quêto / Abracem-se uns aos outros), a
qual impõe um momento de
confraternização, no qual todos os
iniciados se abraçam e se cumprimentam
uns aos outros, para expressa uma união
em que, segundo pais e mães de santo,
um só corpo. Neste momento, várias
pessoas podem ser possuídas por seus
orixás.
80

com o estatuto de Egum. O mito de


Xangô versus Egum expressa o aspecto
da ameaça de usurpação que reflete este
provável arranjo, que pode ter sido o
resultado de décadas de negociação e
conflitos por soberania.
O que há então é uma relação de
incompatibilidade e exclusão mútua, e
não de temor, entre Xangô e Egum. O
medo encontra-se simplesmente na
quebra destes limites, que, no entanto,
conseguiram se manter intactos na
Diáspora. Um e outro não podem se
confundir, mas Xangô é a metade
dominante na oposição, representada na
relação pai-filho, que é por sua vez uma
possível extensão da relação soberano-
súdito.
Acredita-se que Xangô abandona a
cabeça do iniciado quando este encontra-
se prestes a morrer, prenunciando-lhe a
metamorfose em egum. Xangô assim
procede para não ter que encarar Egum,
e ao fazer isso, torna- se autônomo, seu
único vínculo com o mundo sendo seu
assentamento. E, uma vez que não
acompanha seu médium à sepultura, por
ele já ter deixado de ser seu duplo na
terra, seu assentamento permanece
intocado pela morte, e não precisa ser
despachado, o que de forma geral
sempre acontece: não se despacha
Xangô.
A oferenda feita à Xangô após o término
das funções dirigidas à Egum é de praxe,
como forma de retomar a rotina do
terreiro, onde o culto aos orixás é a
norma.
Iansã, mãe mítica de Egum, possui grande
ascendência sobre este e, em alguns
terreiros, é o seu colar de miçangas
marrons que é usado como proteção dos
iniciados nos ritos mortuários. Ela
participa do culto dos eguns e pode até
mesmo ser assentada e receber
sacrifícios junto a eles. Ela é,
81

portanto, uma divindade pró-egum. A


preferência por Xangô se dá, certamente,
pela sua presença deduzir a ausência do
outro, o que o torna, deste modo, uma
divindade anti-egum.
AXEXÊ
O povo Yorùbá não acredita em Ikú (a
morte) como sendo um elemento
puramente destruidor da existência, sua
crença é a de que seja sim, um elemento
transformador. Afinal o fruto o que um
dia nasceu, certamente em dado
momento deverá ser colhido, o que
difere é a forma como esta colheita será
feita. Nascimento e Morte duas faces da
mesma moeda, indissolúveis e
inseparáveis, fazem parte do mistério
maior que é a nossa existência.
Alguns Itans referentes a Ikú:
Ikú, era um jovem guerreiro, forte e
muito bonito. Sua beleza era tamanha
que impressionava tanto às
mulheres quanto aos homens. As
mulheres encantavam-se tanto com sua
bela figura que onde quer que o vissem,
acompanhavam-no só para poderem
continuar admirando aquela criatura tão
encantadora. Não podiam desviar os
olhos dele. Os homens, embora
tentassem disfarçar ou não quererem
admitir que estavam encantados com a
beleza de Ikú, também acabavam
seguindo- o. Alguns do tipo machão,
diziam que seguiam-no somente por
curiosidade de saber quem era e onde
morava. Só que Ikú morava no Igbó-Ikú
(Floresta dos Mortos ou Floresta da
Morte), de onde quem quer que fosse
até lá e entrasse, jamais sairia, nunca
mais seria visto, pois fôra para o Igbó-
Ikú. E todo o encanto e beleza de Ikú,
tinham justamente o objetivo de chamar
a atenção das pessoas e atraí-las, e que
inadvertidamente seguiam-no e
adentravam no Igbó-Ikú, o reino dos
mortos, onde, evidentemente, o rei era
o próprio Ikú e de onde não é permitido
a ninguém retornar, uma vez ali
adentrado.
Em outro Itan, Ikú está ligada ao mito da
criação dos seres humanos
Conta à lenda que Olódùmarè, ao
decidir criar o ser humano, designou
essa incumbência Òòsààlà, que teve a
necessidade de obter o material
adequado para aquele propósito.
Pensou e achou que o melhor material
para moldar os seres humanos seria
amòn (o barro) formado pela mistura de
terra e água. Então, Òòsààlà que fora
incumbido daquela tarefa por
Olódùmarè, ordenou a Èsù o
mensageiro, que fosse buscar um pouco
de lama para que Ele pudesse executar
sua tarefa. Como era corrente e sabido
por todos, não havia nada que Èsù não
pudesse realizar, e a tarefa parecia super
fácil para ele. Mas, ao chegar ao local,
quando Èsù meteu a mão na lama
arrancando-a, Ayé (a Terra) chorou
porque estavam arrancando parte dela e
ela sentia muita dor

com aquilo. Embora Èsù tivesse fama de


mau e implacável, ficou mortificado de
pena de Ayé e deixou a lama para lá.
Regressou a Òòsààlà e relatou o
acontecido. Òòsààlà então chamou
Ògún, este sim, guerreiro intrépido e
destemido que em batalhas matava o
inimigo até mesmo brincando, resolveria
aquele pequeno problema. E lá se foi
Ògún.
Em lá chegando, quando ele retirou a
lama para colocar em sua làbà (bolsa
capanga), Ayé caiu em prantos
lamentando-se. Ògún também ficou
penalizado ora, Ayé não lhe fizera nada
de mal e ele não estava zangado, e
assim, não tinha ímpeto suficiente para
feri-la. E também voltou a Òòsààlà para
explicar o seu fracasso em cumprir sua
missão. Assim, um a um dos Òrìsà que
foram incumbidos por Òòsààlà para
aquela mesma missão, voltava com a
mesma desculpa: ninguém foi capaz de
tirar a lama de Ayé, cada qual com suas
qualidades que o recomendava com a
certeza do cumprimento da tarefa, mas,
tudo em vão. Foi aí que Òòsààlà chamou
Ikú, deu-lhe a àpò (bolsa) e mandou-o
para executar a tarefa que todos os
demais ìmolè tinham fracassado em
cumprir. Então, Ikú ao chegar na terra
começou a retirar a lama de Ayé, e ela
chorou, mas, Ikú não se importou com o
pranto dela e pegou toda a lama de que
precisava e retornou a Òòsààlà com sua
missão cumprida. Então, após moldar os
seres humanos, Òòsààlà plantou uma
árvore para cada um, para que ela lhe
suprisse o oxigênio e desse continuidade
à respiração, iniciada pelo sopro divino
de Olódùmarè, pois, Olódùmarè o
Criador Supremo, insuflou o seu hálito
(èémí) para dar vida e mobilidade aos
seres humanos. E disse a Ikú que, como
fora ele quem retirara o material
necessário para moldar os seres
humanos, em qualquer época que se
fizesse necessário, ele estaria também
incumbido de levá-lo de volta para
recolocar em seu lugar de origem, após a
utilização daquele material. Por isso é,
que quando chega a época da devolução
daquela porção do material primordial,
Ikú é quem vem buscar a pessoa para
recoloca-la em seu lugar original.
A disputa entre Òrùnmìlà e Ikú
Olódùmarè queria abandonar a terra e
não sabia a quem deixar o mundo, nisso
se apresentam Ikú (a Morte) e Òrùnmìlà
para uma prova que consistia em estar
três dias sem comer alimento algum. No
segundo dia a fome era impossível,
Òrùnmìlà estava sentado na porta de
sua casa, e lhe apareceu Èsú que era o
vigilante e tinha fome também, e
perguntou a Òrùnmìlà se ele tinha fome
também e Òrùnmìlà lhe disse que sim,
estou que já não vejo de tanta
debilidade que tenho. Èsú lhe propôs
que se queria cozinhar que o fizesse sem
se preocupar pois ele era o vigilante.

Então Èsú disse a Òrùnmìlà se tinha


frango, bom mata um, mas Orunmila
disse a Èsú que ele não comia frango,
então Èsú lhe disse que matasse uma
galinha para que a comessem, assim o
fez Òrùnmìlà. E cada um comeu o seu,
limparam muito bem as panelas e as
sobras enterram num pátio. Nisso
apareceu a Ikú e não encontrou nada, se
foi a lixeira e passou a comer as sobras
que encontrou onde Èsú lhe
surpreendeu. Desta forma Òrùnmìlà se
fez vencedor e Ikú perdeu.
Os Meninos Que Fizeram Ikú Dançar
Conta-se que os Ibejis, Òrìsàs gêmeos,
viviam para se divertir, eram filhos de
Òsún e Sàngó. Viviam
tocando uns pequenos tambores
mágicos que ganharam de sua mãe
adotiva, Yemoja. Nesta época Ikú, a
morte, colocou armadilhas em todos os
caminhos e começou a comer todos os
humanos que caiam em suas arapucas.
Homens, mulheres, crianças ou velhos,
Ikú devorava todos. Ikú pegava os seres
humanos entes do seu tempo aqui no
Àyé. O terror se alastrou pelo mundo.
Bàbàlàwòrìsàs, Osos, Bàbàlàwòs,
Oniseguns se reuniram, mas foram
vencidos também por Ikú, e os humanos
continuavam a morrer antes do tempo.
Os Ibejis, então, aramaram um plano
para deter Ikú. Pegaram uma trilha
mortal onde Ikú preparara uma
armadilha, um ia na frente e o outro
seguia atrás escondido pelo mato a
pouca distancia. O que seguia pela trilha
ia tocando seu pequeno tambor e tocava
com tal gosto e maestria que a morte
ficou maravilhada, e não quis que ele
morresse e o avisou da armadilha. Ikú se
pôs a dançar inebriadamente,
enfeitiçada pelo som mágico do tambor.
Quando um irmão cansou de tocar, sem
que a morte percebesse o outro veio
tocar em seu lugar. E assim foram se
revezando, sem Ikú perceber e ela não
parava de dançar e a musica jamais
cessava. Ikú já estava esgotada e pediu
para parar, e eles continuavam tocando
para a dança tétrica. Ikú implorava uma
pausa para descanso. Então os Ibejis
propuseram um pacto. A musica cessaria
mas Ikú teria que jurar que tiraria todas
as armadilhas. Ikú não tinha escolha,
rendeu-se; os gêmeos venceram. Foi
assim que ibejis salvaram os homens e
ganharam fama de muito poderosos, por
que nenhum outro Òrìsàorixá conseguiu
ganhar akela peleja contra a morte. Os
Ibejis são poderosos, mas os que eles
gostam mesmo é de brincar.
Adaptação baseada no texto de
Reginaldo Prandi, Ifá, o Adivinho. São
Paulo, Companhia das Letrinhas,
2002. ( * ). ( Ìbí - nascer; Ejì - dois;
nasceram dois - gêmeos)

O odú òyèkú méji revela, em um de seus


Itan, que a morte começou a matar
depois que sua mãe foi espancada e
morta na praça do mercado:
No dia em que a mãe da morte foi
espancada No mercado de Ejìgbòmekùn
A morte ouviu
E gritou alto, enfurecida
A morte fez do elefante a esposa de seu
cavalo
Ele fez do búfalo sua corda
Fez do escorpião o seu esporão bem
firme pronto para a luta.
Posteriormente, a morte foi subjulgado
depois que seus inimigos conseguiram
que ela comesse o queera
proibido comer, segundo o conceito do
èwò, visto anteriormente,só conhecido
através do jogo de ifá. Neste relato, é a
esposa de Ikú, Olójòngbòdú, que revela
este segredo:
Nós consultamos Ifá para Olójòngbòdú
Mulher de Ikú
Ela foi chamada cedo, pela manhã
Eles perguntaram o que seu marido não
podia comer
Que o tornasse capaz de matar outros
filhos de pessoas ao redor? Ela disse que
a Morte, seu marido, não podia comer
ratos
Eles perguntaram o que aconteceria se
ele comesse ratos? Ela disse que as
mãos da morte tremeriam sem parar
Ela disse que a Morte, seu marido, nào
podia comer peixe Eles perguntaram o
que aconteceria se ele comesse o peixe?
Ela disse que os pés da Morte tremeriam
sem parar
Ela disse que a morte, seu marido, não
podia comer ovo de pata Eles
perguntaram o que aconteceria se ele
comesse ovo de pata?

Ela disse que a morte vomitaria sem


parar.
A conclusão deste odú é que foram
dados á morte todos os alimentos
proibidos, o que a fez acalmar e
impedir a sua tarefa que estava sendo
feita sem qualquer critério, ou seja, a
Morte foi subjulgada apenas depois que
seus inimigos conseguiram que ele
comesse o que era proibido comer.
(*). A conclusão deste Odú é que foram
dados á morte todos os alimentos
proibidos, o que a fez acalmar e
impedir a sua tarefa que estava sendo
feita sem qualquer critério, ou seja, a
Morte foi subjulgada apenas
depois que seus inimigos conseguiram
que ele comesse o que era proibido
comer. Verificamos novamente a
importância do respeito ás coisas
proibidas, éwò, cujo conhecimento só é
possível através do sistema de
ifá.
Òjègbé-Aláso-Òna devolve a terra aquilo
que lhe foi retirado
Conta-se que quando Olódùmarè
procurava matéria apropriada para criar
o ser humano (o homem), todos os
ebora partiram em busca da tal matéria.
Trouxeram diferentes coisas: mas
nenhuma era adequada. Eles foram
buscar lama, mas ela chorou e derramou
lágrimas. Nenhum ebora quis tomar da
menor parcela. Mas Ikú, Òjègbé-Aláso-
Òna, apareceu, apanhou um pouco de
lama - eerúpé - e não teve misericórdia
de seu pranto. Levou-o a Olódùmarè,
que pediu a Òòsààlà e a Olúgama que o
modelaram e foi Ele mesmo que insuflou
seu hálito. Mas Olódùmarè determinou
a Ikú que, por ter sido ele a apanhar a
porção de lama, deveria recolocá-la em
seu lugar a qualquer momento, e é por
isso que Ikú sempre nos leva de volta a
eerúpé.
Èsú consegue subornar o filho de Ikú
Conta-se que Èsú buscou uma forma de
subornar o filho de Ikú, e este

acabou por lhe revelar o modo pelo qual


Ikú matava, era com o uso de uma clava
a fonte indispensável de seu poder. Sem
essa clava (Opá Ikú), Ikú tornava se
impotente. Èsú foi ajudado pôr Ajàpàá, a
tartaruga, que conseguiu o que
desejava, conforme o dito Ajàpàá gbé
òrúkú Iowó Ikú A tartaruga tirou a clava
das mãos de Ikú. Posteriormente, fez um
pacto com Òrúnmìlà, com a condição
dele ajudá- lo a recobrar a sua clava; em
troca, Ikú só levaria aqueles que não se
colocarem sob a proteção de Òrúnmìlà
ou aqueles que estivessem com a data já
determinada para o fim de suas vidas na
terra. Isto reflete a necessidade de um
constante acompanhamento da situação
de uma pessoa através do jogo. Daí o
provérbio Arùn Ia wò, a Ki Wo Ikú A
doença pode ser curada a morte não
pode ser remediada. E ainda o odú Irò-
sùn oso revela:
Se Ikú não chegar, adoremos Òsún
Se Ikú não chegar, adoremos Òrìsà
Se ikú realmente chegar, não adianta Ikú
receber sacrifício.
Ajàpàá - Tartaruga ( ..uma face de Èsú
que se comunica diretamente com
Sàngó )
A necessidade da morte...
K’amateteku, o Advinho da casa da
alegria, Aiteteku-ise o Advinho da casa
da tristeza,
Bi-iku-ba-de-ka-yin-Oluwa-logo, o
Advinho de Igboya ewa Alogbon-on-
maku- ninu, Masimale ninmeyeniyi,
Advinho de Afinju-maku-mase-baje
Oyekeseniyi, consultou Ifá para os
sábios que convidaram os babalawo a
considerarem sobre os problemas da
Morte perguntando: Porque a morte
deve matar as pessoas e ninguém
alguma vez a superou? Os babalawo
disseram: Ifá indicou que Amuniwayé
criou a morte para o bem da
humanidade. A água que não flui se
transforma em açude — um açude com
água poluída; um açude com água que
pode causar doenças. A água carrega as
pessoas facilmente e água os devolve
facilmente. Que o doente retorne à casa
para cura e renovação do corpo, e o mau
para renovação do caráter. O louco se
preocupou com sua família. Os
babalawo perguntaram: O que é
desagradável sobre isto? Os sábios se
curvaram para Ifá dizendo: Òrúnmìlà!
Aboru, Aboye, Abosise. Todos eles se
dispersaram e nunca mais consideraram
mais a morte como um problema. Òrìsà-
nla é aquele chamado Amuniwayé.

Saudação:
Para Babá Egum:
Para Iá Egum:
Bamba Maté Riô (coro)
Reí, Reí, Reí - Ikú Ilê Luô
(coro) Reí-í
Bamba Maté Riá (Coro)
Iá É-Rum Uô - Ikú Ilê Luá
(coro) Iá
Dia Votivo: Segunda-Feira

Cor: A depender da cor do Orixá a que


pertenceu quando vivo, com muitos
búzios adornando as indumentárias
(predominando a cor branca) e palha da
costa.
Sacrifícios: Carneiro, Ovelha, Galo e
Galinha
Comida: Akaré, Ekurú, eunjé, doburú,
aguidí, alapatá, domboró e ekó.
Paramentas: Dentro do “Ilê Ibó Ikú” de
encontram abanos com folhas de tucum
e de madeira, e amparo feito de palha
da costa.
Oráculo dos Odús: 16 búzios fechados –
Okarãm (Fala Egum e Exú)
Algo de muito mal está para ocorrer na
vida do consulente. É possível que seja
uma situação que esteja a ponto de
chegar a seu final, porém o resultado
será catastrófico, caso não seja tomada
alguma precaução com a intenção de
afastar a influência deste Odú negativo
que, geralmente, ao parecer está o facto
está quase consumado.
O Okarãm ao manifestar-se, o
observador deve preparar-se para
informar ao consulente as piores
mensagens, já que o Odú só retrata
desgraças, envolvimentos com questões
judiciais, banca rota e inclusive morte.
As influências aziagas estão cercando o
consulente de todas as maneiras e, as
sucessivas quedas que se fazem
presentes, é fruto do grande espaço
conquistado pelas entidades negativas e
da penetração que elas,

pouco a pouco, conquistaram em sua


vida. Com a presença de Egum e Exú
nesta queda, já se tem uma ideia da
gravidade da situação. A pessoa que
está sendo vítima do Okarãm, vem
sofrendo desgostos, muita amargura,
não encontrando prazer em seu viver e
tendo muita vontade de partir para o
mais além.
É de responsabilidade do observador,
tomar as devidas providências para
afastar o consulente desta influência
maligna, cercando- lhe de Ebó Ikú, Eborí
e, quiçás, inclusive iniciando-lhe para o
Orixá.
O Igbalé, Kuititó, Ilê Ibó Ikú (algumas das
denominações dadas a casa onde estão
os amuletos de Egum), ao contrário do
que muitos imaginam, não se trata de
nenhum cruzeiro, onde se presta culto a
uma colectividade de almas. O Igbalé é
um recinto onde se devota culto as
almas daqueles que faziam parte do
grupo da instituição onde ele está
instalado. Os Eguns, lé evocados,
pertencem a descendência do
Babalorixá / Ialorixá, ou seja, seus pais,
avós, bisavós ou filhos de santo.
Os Igbás dos Eguns, estão feitos no
próprio solo, constituindo dois locais
específicos; de um lado é cultuado os
amuletos dos “babas” e do outro lado
das “Yás”. No recinto também existe
certa hierarquia: é atribuído a um casal
o título de “chefes” daquele local, de
nome “Trunfos”. Em geral são os mais
antigos.
Assim como “Atô” e “Arô” (Título dado
aos chefes dos trunfos) dirigem os
demais Eguns “residentes”, todos
estarão directamente baixo o mando do
Orixá Oiá, que igualmente se fará
representar no recinto, com seus
amuletos de barro (que lhe caracteriza
como Orixá do Igbalé). Também ali será
encontrada a presença de um quarto
personagem, o “guardião” da porta,
para evitar a entrada de indivíduos não
qualificados, sejam espirituais ou não: É
o Exú do Igbalé.
A depender do grau que o falecido
ocupava dentro da lei do Orixá, a sua
suna (nome pelo qual era conhecido
pelos demais membros da religião) será
precedida de babá ou Iá (que quer dizer
Pai ou Mãe) a depender de seu sexo.

Por ser um ambiente de bastante carga


energética, todo cuidado e precaução
tomada antes de introduzir-se ale é
pouco, entre elas pronunciar as
seguintes palavras:
Axé bomboxé. Egum mim tumim, latibô
assum!
EBO IKÙ
PADE DE AZEITE DE DENDE
PADE DE ÁGUA
PADE DE MEL
9 AKÀRÀ
9 EKURU
9 ACAÇAS BRANCOS
9 ACAÇAS VERMELHOS
9 0V0S BRANCOS
GRÃOS
FEIJÃO PRETO
FREIJÃO FRADINHO
FEIJÃO CARIOCA
ARROZ CRU
PIPIOCAS
CANJICA BRANCA
LEGUMES
BETTERRABA
CENOURA
BATATA
INHAME
CEBOLA VERDURAS
COUVE
REPOLHO
ALFACE
AVE
FRANCO BRANCO
OUTROS
PANO BRANCO DO TAMANHO DA
PESSOA
9 VELAS
1 ALGUIDAR GRANDE
TEMPERO, SAL, ÁGUA, CACHAÇA,
AZEITE DE DENDE E MEL
FOLHAS
PEEREGUN
AROEIRA
SÃO GONÇALINHO

PROCEDIMENTO
Ponha as oferendas arrumadas em
ordem ao lado e acende-se as 9 velas.
Pega-se o alguidar e coloca-se em frente
a pessoa.
Esta deve estar com a coluna bem reta e
relaxada.
De olhos fechados, com 9 ataare na boca
pe pedindo pra si tudo de bom Põe-se
um pouco de sal dentro do alguidar e
diz-se
IYÓ,IYÓ LO GÈ IYÒ, LÓ GÈ
Em Seguida Põe Um Pouco De Água E
Diz-Se
SÉ K’ARA TÚ OMI
KI OFÒ BO KI ARA TÚ OMI KI ODO BO
Em Seguida Coloca-Se Um Pouco De
Cachaça E Diz-Se
E BARA OTÍ
E N ́LÀ ORÍ O Ó E BARA OTÍ
E NILÀ ORÍ
Coloca-Se Dendê
O DÙN BÁ TI OLA YÌÍ BÁ TI OWÓ OYIN
OYIN ÈKUN
Em Seguida Parte-Se Uma Cebola Em
Quatro Pedaços E Diz-Se
IKÚ M PÉ O IKÚ RÈ Ó O
Pergunta-se a ikú se aceita o ebó. Joga-
se a cebola no chão. A confirmação é
idêntica ao jogo dos búzios e consulta é
feita, no mínimo duas vezes.
OYEKÙ – NÃO
OKONRON – NÃO
ETAWA – CONFIRMA A JOGADA
ANTERIOR EJÍ-FÉ – SIM
ALAFIA – SIM
Digamos que a primeira jogada saiu
OYEKÚ, seguido de ETAWA, isso que
dizer que iku não aceitou o ebó. O que é
preciso fazer é verificar o que esta sendo
cometido de errado, de modo a corrigir.
Isso às vezes pode ser resolvido
espargindo um pouco de água sobre o ri
da pessoa.
Passe Então O Ebo Na Pessoa ,
Começando Pelo Galo, Enquanto Canta
SÁÁRA RÉ EBO KÚ ÒNÒN SÁÁRÁ RÉ BÍ
ÀKÙKO

Após passado no corpo da pessoa, o


frango é aberto pelas costas dentro
alguidar. Quebra-se as assas e os pés.
Passe na pessoa o restante do ebó e vá
colocando um pouco de tudo dentro do
frango. Enquanto isso reza-se
SÁÁ SÁÀ GBÀLÉ (LÈ) FUN A Ó
SÁÀ SÁÀ GBÀLÉ
SÓ SÓ SÓ EKURU ÌYÀSÁN LÓ EBO EKURU
SÓ SÓ SÓ KURU
OYA GBÀLÉ EKURU
Por ultimo abre-se um obi e verifica-se
tudo foi aceito. Obtendo a resposta
afirmativa, divida-o em nove pedaços e
ponha sobre o ebo.
Passe o pano branco no corpo da
pessoa, pedindo paz e limpeza para a
sua vida, enquanto retira os resíduos
dos alimentos.
Embrulhe o ebo no pano branco e
amarre-o a pessoa ainda de olhos
fechados salta por cima do ebo.
Consulte o ifa para saber a onde deve
ser despachado.
BANHO
SABÃO DA COSTA E IYÈRÈOSÙN –
BUCHA DO MATO PROCEDIMENTO
Pegue um pedaço do sabão e corte-o e
fatias bem finas. Junte um pouco da
bucha e misture bem até conseguir a
consistência original do sabão. Divida
em duas partes. Ponha uma parte na
bucha e de para a pessoa tomar o
banho.
Lave primeiramente a cabeça
friccionando-a bem. Em seguida o rosto
pescoço, tórax, braço esquerdo, perna
esquerda, braço direito e perna direita,
por ultimo barriga e órgãos sexuais. Lave
bem o corpo e retire o resto do sabão,
que ficar na bucha. Coloque a outra
parte do sabão na bucha e repita o
processo. Joga-se a bucha na rua.
Em seguida dá-se um banho de ervas ma
pessoa.
ESPADA DE SÃO JORGE
AROEIRA
AÇOITA CAVALO
MALMEQUER BRAVO
PEREGUN
ERVA TOSTÃO
ALFAVAQUINHA
FOLHA DA COSTA
MUTAMBA
COM UM POUCO DE MEL, AÇUCAR,
OBI E ORÓGBO RALADO.
Faça uma pasta de ori e efun, e passe
nos pulsos da pessoa, antebraço,
tornozelos, tórax, nuca, na cabeça e no
umbigo. Em seguida amarre os contra
eguns e

faça com que a pessoa vista roupa


branca, com a cabeça também coberta
como um pano branco.
Recolhe-se a pessoa e deita-se sobre
uma esteira forrada também de branco
onde embaixo da mesma estarão as
folhas de fundamento do seu aláàse.
Faça então oferenda pra obaluaiyé.
FEIJÃO PRETO COZIDO E TEMPERADO,
COM CEBLA RALADA, PASSADO NO
AZEITE DE DENDE, ENFEITADO COM
CAMARRÕES FRITOS E PIPOCAS
PIPOCAS ENFEITADAS COM 14 CFATIAS
DE COCO;
FAROFA DE AZEITE DE DENDE,
ENFEITADA COM RODELAS DE BANANA
DA TERRA,
EKÔ, ÈGBO E ALUÁ DE ABACAXI;
A pessoa permanece juntamente com
estas oferendas por 24 horas, quando
tudo deve ser levantado e enterrado.
No dia seguinte, bem cedo dar-lhe outro
banho de ervas.
EBÓ DE EGUN
UMA GARRAFA DE CACHAÇA
1 BANDEIJAS BRANCA (VAI DENTRO A
PINGA)
9 ISÓN (VARAS DE AMORAS)
9 AKARA
9 EKURU
AZEITE DE DENDE
MUITAS TIRAS DE TECIDOS
ESTAMPADOS
MUITOS BÚZIOS
MUITAS MOEDAS CORRENTES
FOLHAS DE AMORA
FOLHAS DE CARAMBOLA
FOLHAS DE CANA
UM FRANGO
UM OBÍ
UM ORGBO
AREIA
PROCEDIMENTO
Leve a comida ao ilê ikú. Passa-se o
frango na pessoa e esta com 9 ataare na
boca pede tudo de bom aos seus
antepassados soltando seu hálito sobre
a cabeça da ave.
Feito isso corte o frango para os
ancestrais.

REZA DE EGUN
ILÊ MO PÉ O
AGÓ KÌÍ NGBÓ EKÚN OMO RÈ
KÍ O MA RA ETÍ WÉRÉ
BABA AWA OMO RE NI A NPÈ O
KÍ O SÁRÉ WÁ JÉ WA O
KÍ O GBO ÌWÙRE WÁ
MÁ JÉ A RÍKÙ ÈWE
MÁ JÉ A RÍJÁ ESÚ
MÁ JÉ A RÍJÁ OGUN
MÁ JÉ A RÍ JÁ OMI
MÁ JÉ A RÍJÁ SOPONNA
BÍ OBÁ TÚN DI ÀMÒDÙN
KÍ A TÚN PÉ JO PÈLÚ ÀLAFIÀ ÀTI AYÒ
o terra vos chamo
ago ao ouvir o choro de teus filhotes
responde rapidamente
o pai somos teus filhos e te chamamos
vem logo no ouvir
ouve nossas rezas
livra-nos da mortalidade infantil
proteja-nos da ira de exu
proteja-nos da ira de ogum
proteja-nos da ira de xapanã
que ao chegar o próximo ano estejamos
com saúde e felicidade.
EBÓ IKÚ
7 QUALIDADES DE FEIJÕES
1 TELHA CANAL
7 QUALIDADES DE LEGUMES
CARNE DE BOI
CARNE DE PORCO
1 PEIXE
1 MOLHO DE COUVE
OVOS
VELAS
MOEDAS
BOLAS DE FARINHA
BOLAS DE TAPIOCA
BOLAS DE ARROZ
BOLAS DE FUBÁ
QUIABOS CRUS E COZIDOS
PUNHADOS DE ARROZ CRU
ARROZ COM CASCA
PUNHADOS DE CANJICA COZIDA E CRUA
PIPOCA
SEMENTE DE GIRASSOL

MILHO DE PIPOCA
MILHO VERMELHO FERVIDO, CRU E
TORRADO
MILHO AMARELO CRU E FERVIDO
ACARAJÉS
EKURÚS
ABARÁ
MORIM BRANCO, VERMELHO E PRETO
PANO COLORIDO
7 CARRETÉIS DE LINHA
7 METROS DE FITAS COLORIDAS
2 PRATOS DE LOUCA
CACHAÇA
7 BANANADAS OU COCADAS
PANELINHAS DE BARRO OU
MORINGUINHAS
2 ABANOS
2 PENEIRAS
PADE DE ÁGUA, CACHAÇA, DENDE E
MELADO.
ÁGUA EM GARRAFA
BUCHA DE PÓLVORA
ERVAS: PEREGUM, AROEIRA, PARA
RAIO, SÃO GONÇALINHO E VENCE
DEMANDA
ACAÇÁS BRANCOS

ACAÇÁS AMARELOS UM FRANGO DE


COR UM CASAL DE BRUXOS FOSFOROS
CHARUTOS
OBS: QUANDO NÃO FOR APONTADA A
QUANTIDADE DO ELEMENTO ACIMA,
TAL É DETERMINADO PELO NÚMERO DE
CHEGADA DO ODU MANDANTE DA
OFERENDA.

EBÓ DE EXU
7 ACAÇÁS BRANCOS
7 ACAÇÁS AMARELOS
7 VELAS
7 OVOS
7 MOEDAS
MORIM PRETO VERMELHO E BRANCO
1 BIFE DE PORCO
7 CHARUTOS
7 FÓSFOROS
1 GARRAFA DE CACHAÇA
PIPOCA
7 EKURÚS
77 ACARAJÉS
7 LEGUMES DIFERENTES E CORTADOS
PADÊ DE DENDÊ, MELADO, ÁGUA E
CACHAÇA.

EBÓ DE EGUM
9 BOLAS DE FARINHA 9 BOLAS DE
TAPIOCA BOLAS DE ARROZ PIPOCA
CANJICA
ACAÇÁS
ACARAJÉS
9 EKURU
1 REPOLHO PEQUENO CORTADO 250 G
DE BOFÉ
1 BIFE DE PORCO 1 FRANGO
1 PEIXE
VELAS
MOEDAS MORIM BRANCO LINHA
BRANCA

BALAIO DE EGUM
PRATO E TIJELA DE LOUÇA PARA OSSÉ
COM ACAÇÁ E MELADO COBERTO DE
ÁGUA.
FLORES BRANCAS
VELAS
ALGUIDÁ PARA O IGBÁ EGUM
ELEMENTOS QUE SEJAM LIGADOS AO
EGUM E AO ORIXÁ CORRESPONDENTE A
OFERENDA
2 OBIS, PRATO E ÁGUA
COMIDAS SECAS QUE SEGUEM:
ACAÇÁ
ACARAJÉ
ABARÁ
ABEREM
ECURU
FEIJOES COZIDOS
FEIJÃO BRANCO TEMPERADO
BOLAS QUE SEGUEM: ARROZ, INHAME,
FARINHA, CANJICA, E TAPIOCA. MILHO
COZIDO E TEMPERADO.
PANOS BRANCOS E COLORIDOS
CONFORME FOR O EGUM.
VELAS
GOMOS DE CANA DE AÇUCAR

PARA IGBÁ DEVE SER OFERECIDOS


FRANGOS E IGBIM OU ATÉ MESMO
POMBOS.
PERFUME
INDUMENTARIA PARA AQUELE ORIXÁ
CULTUADO COMO EGUM GUM
METROS DE MORIM BRANCO
CABAÇAS COM GUIÇOS AMARRADOS
EM FITAS BRANCAS
BÚZIOS E MOEDAS DE PEQUENO VALOR
DEVE SER DESPACHADO NO MATO OU
PREFERENCIALMENTE NO BAMBUZAL.
CANJICA PIPOCA

ORÍKÌ EGÚN
Egúngún kiki egúngún
Egún ikú ranran fe awo ku opipi
O da so bo fun le wo
Egún ikú bata bango egún de.
Bi aba f 'atori na le egún se de. Asé.
Louvado seja nome dos meus
Antepassados,
??que preservaram os mistérios do voo
e das penas.
Você que cria as palavras de reverência
e poder,
para os tambores que anunciam a sua
chegada.
Você que espalha seu poder, os
antepassados ??estão aqui. Falokun
Fatunmbi (oriki Book Orunmila)
Gbàdúrà ti Éégun
Ikú ayé, a kí ì bo òrun!
Mo júbà re Éégun mònrìwò.
Hei! Hei! Hei! Bàbá l’èsè awo ìfé. Ikú
l’onon, Ikú l’èhin,
Ikú ó, Ikú o!
Salve Ikú, Nós o saudamos e cultuamos
no òrun!
Meus respeitos a ti Éégun ao ouvirmos o
som de tua voz. Hei! Hei! Hei! Pai que
estás aos pés do culto do amor. Ikú no
caminho adiante, Ikú no caminho atrás,
Salve Ikú, Salve Ikú.
Gbàdúrà si Egúngún
Ìkú ònòn Ìkú lé èhin, Hei! Hei! Hei! Bábá
l’èsè awo ìfé
Pèlé-pèlé ó dára
A wò sílé, a dúpé,
Omo ni won dára
A wé Olúwa ìkú ó bàbá
A wúre, a wúre, Bàbá Olúkòtún. A wúre,
a wúre, Bàbá Alápáàlà.
A wúre, a wúre, A wúre, a wúre, A
wúre, a wúre, A wúre, a wúre, A wúre, a
wúre, A wúre, a wúre, A wúre ré èrin. A
wúre rìn rere. Àse!
Bàbá Igi.
Bàbá Igi-S’àwórò
Bàbá Alápoyò.
Bàbá Erin rin.
Bàbá Omo Orò ó mi tótóo. Bàbá Isota
isso.
A Morte no caminho adiante, a Morte
no caminho atrás, Hei! Hei!
Hei!
Pai, estamos aos seus pés do culto de
amor.
Gentilmente Eu vos saúdo, sois o bem.
Olhai para Nós e para nossa casa,
agradecemos.
Façai com que vosso filhos estejam bem.
Envolvei-nos, Senhor da Morte e Pai.
Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem,
Pai, Senhor do Lado Direito. Desejai-nos
o bem, desejai-nos o bem, Pai, que tem
o àlà ao seu lado. Desejai-nos o bem,
desejai-nos o bem, Pai, Senhor das
árvores. Desejai-nos o bem, desejai-nos
o bem, Pai, Senhor das árvores a quem
fazemos culto tradicional.
Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem,
Pai, Senhor que traz alegrias. Desejai-
nos o bem, desejai-nos o bem, Pai que
caminha como o elefante.
Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem,
Pai, Filho de Orò, perdoai-nos Senhor.
Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem,
Pai, Pedra resistente que frutfica.
Desejai-nos o bem e façai-nos sorrir.
Desejai-nos o bem para que
caminhemos no bem.
Assim seja!
Nkí Bàbá Olúkòtún
(Saudando o Senhor do Lado Direito)
K’òtún bájà dé o K’òtún oba
K’ó sìn nkon se Éégun ò pààràká K’òtún
nbo a’re Gbà rú Olúsemòn

Olúkòtún Olóri Éégun Éégun e ki to lésè


Olórun E Olúkòtún bàbá Éégun N won
nílé wa ní
N ará àiyé tàbí araalé
E Olúkòtún!
Saudamos o Senhor do Lado Direito, que
chegou e lutou. Saudamos o Rei do Lado
Direito.
Saúdo aquele a quem servirei e farei as
coisas.
Como um Éégun menos importante, que
segue o mais importante.
Saudamos o Senhor do Lado Direito,
cultuando-o estamos bem. Faremos
oferendas ao Senhor que tem a
Sabedoria.
Senhor do Lado Direito, Cabeça (chefe)
dos Egúngún.
Éégun, saudamos aquele que está aos
pés de Deus.
Senhor do Lado Direito, Pai Éégun.
Que com os demais está em nossa casa,
Com os espíritos da Terra ou com os
Ancestrais da Família.
Nkí Bábá Éégun
(Saudando Bàbá Éégun)
Éégun a yè, a kíì gb’òrun, Mo júbà re
Éégun mònrìwò Í dé mi ó kí e Egúngún
Ìkú gbálé sálè
A si ìwà
Ìkú tu gon
Àse fún wa.
Salve Éégun, saudamos aqueles que
vivem no céu.
Meus respeitos a ti Éégun ao ouvirmos o
som de tua voz. Chega-te a mim, aquele
que te saúda Egúngún.
Que a Morte seja varrida para a terra.
Que vejamos a existência.
Que a Morte seja acalmada (aplacada) e
cortada. Que assim seja, para nós!
Gbàdúrà ti Éégun
(Reza de Éégun)
Ìkú són a lè
Níbi Bàbá Alápáàlà.

Ìkú don ohun bàbá


Ó kí s’àlà ojú wa
Ní ìfé agà to ní gbè
Osó Ìkú a fó a wé to
Ìkú á lè, ìkú á lè, Ìkú àjò!
Morte, fique amarrada na terra
Aqui, Pai que tem o àlà (o pano branco)
ao seu lado Contra feitiços, a Morte e
outras coisas.
Pai, ponha o àlà e o olhar sobre nós.
Tenha amor e que estejamos aptos à
proteção
Contra os feitiços da Morte, eleve-nos e
envolva-nos bastante. Morte na terra,
Morte na terra, Morte viaje (vá
embora)!
Gbàdúrà ti Egúngún
(Reza de Egúngún)
Bàbáláàse se yìn se Ìkú Olúwà kòtún
K’òtún a sáà nun gó-n-gó Ìkú a dé.

MMMMMMMM MARIWO/ARREMATE
TOTO OLORUN ERE IN TOTO BENIN
SABERE
JÉ EGÚN
EGUN BALÉ LÉ IWO
EGUN BALÉ LÉ 2X BELÉ NIRÉ WOWO
EGUN TA NISO LO O
WA NI FELE FELE OKUO BABA EGUN A TI
A UM LÓ
AWAADE BALE LE IWO AWAADE BALE
(IKU) BALE NIE WOWO EGÚN TA NI SO
LORO A KI FELE FELE OKUO
BABA EGUN A TI A UM LÓ
OYA BALE LE IWO OYA ADE BALE (IKU)
BALE NIE WOWO EGÚN TA NI SO LORO
A KI FELE FELE OKUO
BABA EGUN A TI A UM LÓ
É OLORUN AWO BALÉ OLORUN AWO
BALÉ
2X
2X
KO BÉ NISÁ ORUM
EGÚN KO BÉ NISÁ LÉ ORUM EGÚN
BABATETE TÉAGORO
TETETEO BABATETE TÉAGORO TETE O
KORO O KORO O YAKORO
ASÉSÉ ASÉSÉ SÉRIOMAN
LABA O LABA LABA

LABA O
ASÉSÉ ASÉSÉ SÉRIOMAN
KORO O YAKORO
É BAGAN
FERE LE UM FÉ É BAGAN FERELE UM FÉ
MARIWO NÃ
MARIWO É É É
OGAN É É É A 2X MARIWO OYA KAN
OYA (.......)
*NA PORTA DE BALE SÓ FICA QUEM É DE
YANSÃ PARA FAZER O AWO
* ISSO SÓ É FEITO NO ÚLTIMO DIA
*NOS OUTROS DIAS KOPA SE OBI E DA
MOJÚBÁ AOS BABAS DE MANHÃ PARA
DAR INICIO DURANTE OS SETE DIAS
*SE A A NAÇÃO PEGA IPADÉ SE FAZ TAL
SE NÃO FAZ SÓ QUARTINHA
DE QUARTINHA.
(IGUI)
BARABO O MOJUBARA É BAKOSÉ
BARABO BARA OMOJUBA EMADÉKOE
ISÓ
BARABO BARA MOJUBA
BARA ESÚ LONAN
BARA O BEBE TIRIRI LONAN ESÚ TIRIRI
BARA AKESAN TIRIRI LONAN ESÚ TIRIRI
BARA O BEBE TIRIRI LONAN ESÚ TIRIRI
SOROKÉ ODARA LEBARA BABA ÉBÓ
ESÚ AJO MAMAN KEIN O ODARA LAROIE
ESÚ AJO MAMAN KEIN O
ODARA ESÚ AWO
ADABA KO LO LÉ IRE SO SO ABÉ, SO SO
OBÉ ADABAKOLO BIEBÓ

LAROIÉ, SO SO OBÉ
LAROIÉ
AGO UNGO RON GO
BARA JAN BOTAN
BARA UM LÓ
BARA MOBA BARA UN LE
IRRUM
IRRUN AWA NI JOLORO
E FAN FOLORO OTOROSÉ ODÉAROLÉ
BOBORO
E FAN FOLORO OTOROSÉ
ASÉSÉ O LORUN IKÚ A BO O ASÉSÉ
ASÉSÉ OMAM ASÉSÉASÉSÉ ERUNEGUN
BAA ASÉSÉ ASÉSÉ
É OMORODÉ SURAMAN
É (AROLÉ) OLORIKU BARA NI IN ORO
MIRO SARÉ IKU O BABA
É BERIO FARÁ JÁ
IKÚ LOJA DA BIKOJA É
É OLOJÁ OJARE
ARAE ARAE É LOJA OJARÉ
AROLÉ KWE DABIAWA KOKWÉ O É RO
EPÉ MEJE ERO
DA BIWA KOKE O 2X
IBI LIBI LOBIWA LOBIWA KA KA ORE ODÉ
AROLÉ LOBIWA LOBIWA KA KA ORUN
IBI LIBI LOBIWA
KORO ASÉ LOBIWA AWA KA MORE ODÉ
AROLÉ LOBIWA
LOBIWA ASÓ ASÉ KA ORUM
IBI LIBI LOBIWA LOBIWA SÉ KA ORE ODÉ
AROLÉ LOBIWA LOBIWA SÉ KAORUN

IBI LIBI LOBIWA


KORO ASÉ LOBI BÔBÔ AKAURE ODÉ
AROLÉ LOBIWA
LOBIWA KA KA ORUN
A PEYEYE LOKO ORO SÉ ME
ORO REWAASÉ MIM
JÓ FI JÓ MABEWA LOKO
KAFI PERE EGUN O EWALARE PEYEYE
LOKO KASILOKUN
ORO WREWA SEKWUE PA NA BUNJE
ORO ASÉ MIM
NI JÓ FI JÓ MABEWA LOKO
KAFI PERE EGUN O EWALARÉ
A PEYEYE LOKO ORO REWA SEKWUE
ORO REWAASÉ MIM
JÓ FI JÓ MABEWA LOKO
BA PERE EGUN O EWALARE

EGÚNGÚN
Segundo Ifá em Otúrúpòn Méjì, durante
a vida das divindades primitivas, houve
um evento que Ifá chamou de ilè'n mì;
Mãe Terra tremia, ou "Ilè 'n ri ”, a Terra
estava submersa; o que pode ser
traduzido como o tremor do
terra ou terremoto Tremores ocorreram
incessantemente e o resultado foi
morte e destruição colossal. Árvores
caíram sobre as pessoas; as casas são
desmoronou, os seres humanos estavam
sendo enterrados vivos, terras agrícolas
eles submergiram, houve desastre onde
quer que olhassem. Relatórios
semelhantes vieram de
de todo o mundo onde Òrúnmìlà
costumava viajar para ensinar Ifá e se
apresentar
Sua adivinhação Enquanto choravam
pela morte de seus entes queridos,
disseram a ele to Òrúnmìlà "Isso
também está acontecendo em nossas
próprias terras." Únrúnmìlà al princípio
de existência usado para fazer viagens
ao céu para dar informações atualizado
sobre a evolução da Terra para
Olódùmarè. (Estas viagens de Òrúnmìlà
para o céu, eles podem ser explicados
como viagens astrais sob certas
considerações). No céu, únrúnmìlà pediu
aquelas coisas que ele achava que
fariam bem ao humanidade ou solicitou
o culminar daquelas coisas que eu senti
que eram Tornando a vida difícil Mas
nesta fuga em particular, como indicado
por Ogbè
Ásá, corroborando o que foi
estabelecido em Òtúrúpòn Méjì, as
pessoas perguntaram Únrúnmìlà que
parou "o tremor da Mãe Terra". Então o
oráculo de
Ifá disse a ele que a divindade que
salvaria a situação estava a caminho.
Pelo que Únrúnmìlà assegurou-lhes e
disse às pessoas que Olódùmarè enviou
alguém para Controlar a situação. Mas
as pessoas, especialmente as de Ilé Ifè,
sentiram que o
Seria necessário uma nova divindade
para chegar. Então a cidade começou a
Pergunte: Ainda está aqui. “Que outra
divindade virá do céu?” “O que é isso
vai fazer as divindades que virão que as
outras divindades que já estão aqui
como como: Obàtálá, Òranifé entre
outros (fisicamente e espiritualmente)
não
eles podem resolver? Então eles não
fizeram nenhum preparo para a
divindade que Únrúnmìlà havia dito que
ele viria do céu.
Pouco depois, o Àbàlà, o mascarado,
chegou em múltiplos do céu e
Eles foram em direção ao palácio do rei
Odùdúwà. Eles disseram ao rei o que era
sua missão e exigiram conhecer as áreas
afetadas pelos terremotos. Depois de
Um pequeno intervalo, os Àbàlás
partiram para a casa de Òrúnmìlà para
que
faça uma adivinhação e faça os ajustes
finais antes de planejar sua
planos. Depois disso, Ifá diz que eles
foram para Ìdó, Àwúsí, òdòròmù Àwísè,
Meréetélú, Mesèàkárúbà,
Ojùgbòròmekùn Eséji e todos os lugares
onde Tremores foram registrados. Eles
fizeram todos os reparos necessários no
Terra enterrando alguns artigos
sagrados que estabilizariam
imperfeições. Quando ficaram
satisfeitos com a cessação dos tremores,
voltaram ao
Ilé Ifè, seu principal local de convocação.
Mas na chegada, eles não conseguiram
encontrar para quem os acolheu, já que
os habitantes já eram ruins
predispostos (com preconceitos),
mesmo antes da chegada dessas
divindades. Em na verdade, eles não
receberam nenhum lugar para dormir
nem encontraram
lugar para ficar Foi somente o único que
aceitou o desafio de hospedá-los e
alimentá-los, mas quando o
compromisso já era demais para ele, os
Àbàlás
eles deixaram Ilé Ifè para se estabelecer
em outro lugar. O mesmo Odu, Ogbè
Òsá (Ogbèríkúsá) revela que a cidade
selecionada pelos Àbàlá era conhecida
como
"Òjé" até algumas décadas atrás,
quando o nome foi alterado para "Ahá".
Isto
A cidade está localizada ao norte de
Òyó, Òyó Estado da Nigéria.
É por isso que o culto e a prática de
Egúngún não são tão extensos em Ilé Ifè.
Os poucos Egúngun encontrados lá
podem ter surgido como resultado da
adivinhação de Ifá ou a inclinação
pessoal de certos indivíduos de possuir
um. Depois que as máscaras saíram e se
estabeleceram na cidade de Òjé,
o povo de Ilé Ifè percebeu que por
dezesseis anos consecutivos após o
chegada das máscaras e sua viagem ao
redor do mundo, não havia mais
tremores ou terremotos Inicialmente,
eles pensaram que poderia ter sido uma
coincidência,
mas em vista de ninguém chegar ou
gritar "ilè‘ n mì "para alertar
sobre algum terremoto, eles se
arrependeram e decidiram deificá-los
oferecendo sacrifícios todos os anos.
Alguns grupos também decidiram
Consulte Ifá para este caso.
Ifá os aconselhou que, além dos
sacrifícios anuais, eles deveriam
construí-los fantasias reproduzindo
aquelas que os Àbàlás usavam em sua
primeira viagem ao Terra Ifá lhes disse:
“Eles devem realizar a fabricação dos
fatos para exibi-los ". Os habitan
tes de Ilé Ifè também reconheceram que
as máscaras eles haviam alterado as
coisas com sua chegada; “Eles foram os
que resolveram nossos problemas ”;
“Você não vai se importar com nada, ou
não
bem, quem mudou o mundo
corretamente ”. Desde a
visão da ação dos Àbàlá que a cunhagem
de Egúngún se tornou sua
Nome até hoje.
A canção final de louvor do verso de
Ogbè Òsá culminou da seguinte forma:
Ifá ló se f’égúngún Ifá ló se fún Ebora
Ifá ló se fún Àbàlá Òwóòn Ifá ló se ilè
táyé fi gún
Tradução
Ifá fez maravilhas para Egúngún
Ifá fez maravilhas para Ebora
Ifá também fez maravilhas pelo filho de
Òwóòn
Ifá os criou para a Terra, possibilitando o
bem-estar da humanidade.
Egúngun é a mesma palavra usada para
a morte. Uma razão óbvia para isso.
É a roupa usada para cobrir o corpo. No
entanto, Ifá também sustenta que todos
os homens, não importa quanto tempo
eles viveram na Terra se tornarão um
dia em Egúngún e eles serão
representantes de seus irmãos na cidade
do céu (se alguém conseguir essa
distinção).
O culto de Egúngún é revelado em várias
salas de diferentes Odù de Ifá. Sem No
entanto, Otúrúpòn Méjì, foi o Odù
fundador da cidade Òjè onde o Egúngún
se estabeleceu depois de deixar Ilé Ifè,
entre outros Odù se
eles encontram Òkànràn Ògùndá, Ìwòrì
Òyèkú, Òwónrin Òfún. Nestes versículos,
o sacrifícios e o método de sua
preparação são explicados em detalhes
para o benefício de quem está buscando
o favor dos antepassados. Porém,
há o que pode ser considerado refeições
padrão para máscaras que
eles não precisam ser ditados por Ifá
antes de alimentar essas divindades.
Alguns dos Essas refeições são:
● • Òlèlè o Móhínmóhin (preparação à
base de feijão)
● • Èkó (farinha de milho bem cozida)
● • Ataare (pimenta de jacaré)
● • Otí (bebida alcoólica)
● • Epo (óleo de palma vermelho)
● • Omi tútù (agua fría)
● • Àgbò (carneiro)
● • Òbúko (cabra)
● • Àkùko (galo) e todos os alimentos
comestíveis (o que a boca consome)
O sacrifício a Egúngun é feito na maioria
das vezes no ícone chamado “Opa
iku ". Estas são pequenas varinhas
derivadas de uma família de ervas
perenes chamado "Àtòòrì". Eles são
cortados em palitos pequenos,
entrelaçados e consagrados tornar-se o
"ìpórí", o objeto de veneração para o
Egúngún.
O mesmo Àtòòrì, de acordo com as
palavras de Ifá, foi revelado a Egúngún
quando Eu estava no meio dos inimigos.
Ifá o aconselhou a oferecer sacrifícios
antes esse segredo foi revelado a ele.
Òtúrupòn Méjì diz o seguinte:
Fàrà n nalè
A dífá fún Àtòòrì lèbèlèbè tíí serú àkórà
Egúngún

Tradução
Fàrà n nalè
Ele fez adivinhação para Àtòòrì lèbèlèbè
o primeiro escravo de Egúngún
Como sinal de honra para uma entidade
que ajudou Egúngún a conquistar seus
inimigos, ainda é usado até hoje por as
máscaras.

Consagração de Òpá Ikú


É importante notar que Òpá Ikú,
também conhecido como isán Egúngún,
nada mais é do que o receptáculo para
propiciar Egúngún e nossos ancestrais. A
primeira coisa que devemos levar em
conta na consagração de Òpá Ikú é
tenha todos os artigos para consagração
em mãos, então abaixo
Uma lista de acordo com cada item será
detalhada: Ervas:
Òdúndún (KALANCHOE CRENATA)
Tètè (AMARANTHUS HYBRIDUS)
Rinrin (PEPEROMIA PELLUCIDA)
Ìbà Ìgbò (SYNEDRELLA NODIFLORA) Sápó
(ANTHOCLEISTA LIEBRECHTSIANA)
Itens de receptáculo:
1 Ìkoóde
1 Ìyé Agbe
1 Ìyé Àlùkò
9 Àtòrì
Aso pupa (pano vermelho)
1 panela de barro (onde Òpá Ikú vai
morar) Cowries (como os usados para
adivinhação buzios)

1 Àkùko (galo)
1 Òbúko (cabra)
Èkuru
Èko
Àkàrà
Otí(gin)
Epo
Ataare
Obì Àbàtà (de 4 lóbulos)

Orógbó.
Procedimento para a consagração de
Òpá Iku
Antes de começar, você deve ter todos
os elementos para promover e
consagrar o Ipá Iku pronto.
Em primeira instância, você deve
estender ervas em uma esteira colocada
no próximo pedido da esquerda para a
direita e de cima para baixo, o pedido
para segue:
● Tètè
● Òdúndún
● Rinrin
● Ìbà Ìgbò
● Sápó.
Ele então fará suas orações e fará um
relato do que fará (sobre consagração e
propiciação), ele declarará seu Ìbà e
depois orará às ervas Como segue:
Gbirin aro
Kìkì àjà gbohùn gbohùn Gbririn aro
A díá fún Òrúnmìlà
Tí nlo rèé béwé múlè lágbàlá Èmi béwé
múlè nígbàyí Kí nmá ba à kú ní kékeré
● Orin
Gbririn aro
Kìkì àjà gbóhùn gbóhùn Gbirin aro
Èmi béwé múlè nígbàyí Kí nmá ba à kú ní
kékeré
Tradução:
Son como golpes de metal
Foi ele quem fez a adivinhação para
Òrúnmìlà Quando eu ia concordar com
as ervas Agora eu faço um pacto com
ervas Então ele não me permite morrer
jovem
Neste ponto, as ervas serão oferecidas
Orogbo removendo as pontas
do mesmo e colocá-los nas ervas, então
ele dividirá o Orogbo em 4 partes; tudo
Esse processo deve ser feito com os
dentes, já que tanto os orogóbicos
quanto os obi eles nunca devem entrar
em contato com nenhum item metálico
para cortá-lo, pois Ele perderia seu
ambiente natural.
Tendo as 4 partes do orogbo, estes
serão colocados na frente das ervas
enquanto ajoelhado e água serão
derramados sobre ele enquanto diz:
Ìrìsè
Este processo deve ser feito três vezes.
Enquanto estiver no Ilé Òrìsà ou antes
de qualquer Imolè, especialmente para
orar, deve-se apertar o punho esquerdo
para que o polegar e o dedo
O índice se encontra e faz um buraco no
meio. Agora, com a palma da mão mão
direita será usada para acertar o buraco
feito pelo polegar e
o índice para que o golpe emita um som.
É preciso tocar o chão e o
Òrìsà ícone, respectivamente, com a
ponta do dedo médio da mão direita.
Isso será feito três vezes em três
rodadas, dizendo:
Akísalè!
Depois de dizer três vezes, ele fará
novamente dizendo:
¡Etígbúré!
Depois de fazer três vezes, o exercício
será realizado mais três vezes, dizendo o
que
seguinte:
Olómitútù mo pè
Ele continuará dizendo:
Ilè mo pè!
"Mãe Terra, eu te invoco!"
Devemos levar em conta que cada um
deve ser feito 3 vezes. Então siga
fazendo isso dizendo:
Osányìn mo pè!
"Espírito de ervas, eu te invoco!"
Ele também continuará fazendo isso
dizendo: Ewé gbogbo Mo pè!
"Eu invoco todas as ervas!"
Depois ele pega os 4 pedaços de orogbo
e o apresenta às ervas que enuncia O
seguinte encantamento: Ewe gbogbo atì
Oba ewé Òsányìn Orógbó rèé o
Kí nmo l’ogbó
Kí nmo l’ató láyé o
Coloque os orogbos na palma das mãos
em direção às ervas 3 vezes enquanto
diz:
Orógbó rèé o
E os presentes responderão:
Ó gbà
Uma vez que a divindade das ervas
aceite a orogbo, ela continuará
oferecendo o Obì, agarrando o obì e o
dividirá enquanto afirma o seguinte
encantamento:
Obì ní wón pá sí Òràn, Olòràn o
Remova o umbigo de Obì, coloque-o na
mão direita e ele dirá o seguinte:
Kí ségun òtá mi o
E ele vai jogar no chão para o lado:
Coloquei os 4 lóbulos de Obì já
separados na frente do tapete com as
ervas, depois despeje água no Obì 3
vezes dizendo em cada intervalo:
Ìrìsè
Enquanto estiver no Ilé Òrìsà ou antes
de qualquer Imolè, especialmente para
orar, deve-se apertar o punho esquerdo
para que o polegar e o dedo
O índice se encontra e faz um buraco no
meio. Agora, com a palma da mão mão
direita será usada para acertar o buraco
feito pelo polegar e
o índice para que o golpe emita um som.
É preciso tocar o chão e o Òrìsà ícone,
respectivamente, com a ponta do dedo
médio da mão direita.
Isso será feito três vezes em três
rodadas, dizendo:
Akísalè!
Depois de dizer três vezes, ele fará
novamente dizendo:
¡Etígbúré!
Depois de fazer três vezes, o exercício
será realizado mais três vezes, dizendo o
que
seguinte:
Olómitútù mo pè
Ele continuará dizendo:
Ilè mo pè!
"Mãe Terra, eu te invoco!"
Devemos levar em conta que cada um
deve ser feito 3 vezes. Então siga
fazendo isso dizendo:
Osányìn mo pè!
"Espírito de ervas, eu te invoco!"
Ele também continuará fazendo isso
dizendo:
Ewé gbogbo Mo pè!
"Eu invoco todas as ervas!"
Então ele vai pegar o obì, dois serão
colocados na mão esquerda e os outros
dois na direita certo, apresentando os
dois à direita da divindade enquanto diz:
Obì lówó òtún Obì lówó òsì
Tradução:
Obì na mão direita Obì na mão esquerda
Ao dizer isso, você terá que avançar a
mão correspondente e, finalmente,
antes de lançar o obì, ele dirá o seguinte
encantamento para exortar a divindade
aceitar o obì:
Ebora kìí kò èbè fun obì
A divindade nunca rejeita orações
quando é oferecido Obi
Obì rèé o
E os presentes responderão:
Ó gbà
Uma vez que o Obi seja aceito pela
divindade das ervas, prosseguiremos
para realizar o ritual de alimentação
mastigando bem a orogbo e a partir do
boca vai soprar o orogbo desfiado para
as ervas enquanto canta:
Ewé èlùjù, Gborógbó je o (2 vezes)
ervas do monte, coma orogbo
Então, com o obì, o mesmo processo
será feito enquanto se canta:
Ewé èlùjù, gbobì je o(2 vezes)
ervas do monte,coma noz de cola
Mastigue 9 Ataré, também conhecidos
como pimenta da Guiné e enquanto
sobra nas ervas vai cantar:
Ewé èlùjù, gbata je o (2 vezes)
ervas do monte comem atare
Uma porção considerável de Gin será
colocada em um copo e com a boca O
Gin soprará as ervas enquanto canta:
Ewé èlùjù, gbotí mu o (2 vezes)
ervas do monte bebem Gin
E, finalmente, água fresca será
pulverizada enquanto estiver cantando:
Ewé èlùjù gbomi mu o (2 vezes)
ervas do monte bebem água fresca
Neste ponto, um recipiente com água
fresca será colocado para proceder à
colocação as ervas nele e, em seguida,
execute o omi èrò, que será
anteriormente encantado com o
oficiante e outro para ajudá-lo a
começar
com o ewé tètè:
Tètè tè rere o Awo ló nílé o
Então com o ewé Odúndún:
Òdúndún máa ní tèwúre (2 vezes) Bó bá
dàmodún
Máa ni tèwúre Òdúndún máa ní tèwúre
E ele improvisa
Máa ní gbà owó Máa ní gbà omo Máa ní
gbà ogbó Máa ní gbà ató
Siga o Ewe Rinrin:
Rinrin Òrìsà kìí mú ilè tì
Kí a má mùú àmúbó owó Kí a má mùú
àmúbó Ogbó Kí a má mùú àmúbó ató
Kí a má mùú àmúbó aya
Kí a má mùú àmúbó ire gbogbo.
Em seguida, as ervas restantes serão
jogadas no recipiente de água em que
essa parte do ritual será selada com um
encantamento de Òsé Túrá qual é o
seguinte:
Bí mo dúró tí mo wúre Ire mi kò sàìgbà
Bí mo bèrè tí mo wúre Ire mi kò sàìgbà
Bí mo kúnlè tí mo wúre Ire mi kò sàìgbà
Bí mo jókòó tí mo wúre Ire mi kò sàìgbà
Bí mo dùbúlè tí mo wúre Ire mi kò
sàìgbà.
Tradução:
Se eu ficar de pé e orar Minhas orações
serão aceitas Se estou agachado, e rezo
Minhas orações serão aceitas Se eu
estou de joelhos, e rezo Minhas orações
serão aceitas Se estou sentado e rezo
Minhas orações serão aceitas Se estou
deitado e rezo Minhas orações serão
aceitas.
Cada passo que indica a oração deve ser
feito; isto é, quando diz "sim, eu sou
agachado ”todos deveriam se agachar;
"Se estou de joelhos", todos deveriam
ajoelhar-se, etc.
Em seguida, rasgue ou esfregue as ervas
tentando obter mais sumo possivel
todas enquanto cantava:
Guia: Èrún, èrún Aperte, aperte Refrão:
O, èrún
Sim, aperte
Então o oficial Awo improvisa enquanto
o coro permanece o mesmo:
Èrún jogbó Èrún jató Èrún jajé Èrún
sàseyorí Èrún níre gbogbo Tradução
Apertar nos trará uma vida longa
Espremer nos dará saúde
Apertar nos trará riqueza
Apertar nos fará ter sucesso
Apertar nos trará todas as coisas boas da
vida.
Até este ponto, você deve ter todos os
itens alimentares prontos,
você colocará os paus / juncos que você
usará dentro de uma caçarola com água
por um tempo;
Em seguida, ele cortará os palitos para
um tamanho de 2 a 3 polegadas, junte
nove palitos para fazer
a ISÁN EGÚNGÚN.
Você deve cortar o pano vermelho para
fazer uma ou várias cordas para amarrar
as nove varas
juntos Você deve juntar as penas de
Agbe, Àlùkò e Ìkoóde junto com esses
gravetos.
Agora vamos temperar o omi èrò com
Dendê e gin e com isso o ícone Ìsán
Egúngún será lavado no Ìkòkò enquanto
rezar os encantamentos dos Méjìs e
Òkànràn Kangún enquanto o coro
responda o seguinte entre cada
versículo:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
Ìsán egúngún se está lavando Ìsán
egúngún se está lavando
● 16 méjìs de Egúngún
● Èjì Ogbè
Òkòòkó Àkàsù èko
A díá fún Egúngún
Níjó ti n sawoó ròde Ògbórí
Ebo n wón ní ó se Egúngún gbébo nbè
Ó rúbo
Rírú ebo
Èèrù Àtùkèsù
E wáá báni ní Màrínrín ire Màrínrín ire
làá báni lésè Oba Òrìsà.
Tradução
Òkòòkó Àkàsù èko
Ele fez adivinhação para Egúngún
O dia em que eu ia praticar o sacerdócio
na cidade de Ògbórí
Ele foi recomendado a fazer sacrifícios
Egúngun ouviu falar do sacrifício e fez
Oferecendo sacrifícios
E dando ofertas para Èsù
Venha e encontre-nos no meio da
fortuna, aos pés do rei de Orișa
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Òyèkú Méjì
Òyèkùúdìífégbè hàn
A díá fún Alápìíni Òfòrí páà okùn Ato
kékeré abenu bélé
Èyí ti n ròde lòó pagbo Ngbà Alápìíni dé
òde
Ó bóójó
Ayé ye é
Wón sí fowó sè é lósòó
Njé rírú ebo
Èèrù Àtùkèsù
Alápìíni a n o rólà látòde.
Tradução
Òyèkùúdìífégbè hàn
Ele fez adivinhação para Alápìíni Òfòrí
páà okùn Ato kékeré abenu bélé
Aquele que ia entreter as pessoas
Quando Alápìíni chegou
Ele foi bem recebido
Ele entreteve as pessoas
E ele foi recompensado com dinheiro
Portanto, oferecendo sacrifícios
Botas ou ofertas dadas a Ifá e também a
Èsù Além disso, podemos vê-lo com
muitas fortunas.
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Ìwòrì Méjì
Egúngún níí sowó bénbé gbaso
Orò níí kùn yunmuyunmu kàlùú
A díá fún Irúlá ti n mómi ojú sògbérè
omo Ebo ni wón ní kó se
Ó sí Gbébo nbè
Ó rúbo
Kò pé
Ònà ò jìn
E wáá báni ní jèbútú omo Jèbútú omo
làá bání lésè Oba Òrìsà.
Tradução
Egúngun com suas mãozinhas veste um
terno em cima
Orò é quem vibra pela cidade
Foi ele quem fez adivinhação por Irulá
no dia em que chorava porque não tinha
filhos
Ele foi recomendado a fazer sacrifícios
E ele ofereceu
Após um curto período de tempo
Não muito
Venha nos encontrar no meio das
crianças
Um deles é cercado por muitas crianças
aos pés do rei dos Òrìsàs.
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Òdí Méjì
Lúbú awo Ìtórí
Làkòsìn Awo Màgúèdè
A díá fún Eégún ti n sawoó róde Òjè Ebo
ni wón ní kó se Egúngún gbébo nbè
Ó rúbo
Ni bán korin
E gbé mi ò
Feere
Gbe mi feere
E gbágan ò
Feere
Gbe mi feere
Feere.
Tradução
Lúbú é o padre de Ìtórí
Làkòsìn é o padre de Màgúèdè
Eles foram os que fizeram adivinhação
para Egúngun quando ele estava se
aventurando sacerdócio na cidade de
Òjè
Ele foi aconselhado a fazer sacrifício
Egúngun ouviu falar do sacrifício
E ele fez
Então ele começou a cantar com alegria
Eles me pegam Alta
Me carregue alto Carregue o disfarce
Eles me pegam alto
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Ìrosùn Méjì
Eni a wù
Eni a mú
A díá fún pàràká ti n ròde lòó jó Ta ló
bímo báwònyí weere? Pààká
Eégún ló bímo báwònyí weere Pààká
Tradução
Eni para wù
Eni para mim
Ele fez adivinhação para Pàràká quando
ele estava indo para uma dança Quem
teve muitos filhos?
Pààká
Eégún é quem teve muitos filhos
Paká.
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Òwónrín Méjì
Bígi bá fara móra
N níí jé Igbó
Ìtàkùn fara móra
Wón a dìtí
A díá fún Èjì Òwòn
Níjó ti n sawoó ròde Ìkóló
Ebo n wón ní ó se
Ö si gbébo nbè
Ó rúbo
Èjì Òwòn wón ní bóo bá dè òde Ìkóló
Kóo bo Eégún Ilée babaà re
Kó o sì bo Òrìsà méfà níbè
Tradução
Quando as árvores coexistem
É assim que se chama na floresta
Quando os gêmeos coexistem
Eles vão enrolar para criar um
enrolamento
Eles são os que fizeram adivinhação para
Èjì Òwòn
O dia em que ele estava se aventurando
na cidade de lkóló Eles o aconselharam a
oferecer sacrifício
Ele ouviu sobre o sacrifício
E ele fez
Whenjì Òwòn Quando você chega na
cidade de lkóló
Você deve oferecer sacrifício pelo
Egúngún de seus antepassados E você
também oferecerá sacrifício por seis
Orișas
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Òbàrà Méjì
Agílígíntí abara yíyi
Èmi líe ni ti àtòòrì
A díá fún Alápìíni Òfòòrí Páòkuùn Omo a
mú pàsán tééré saájú Egúngún Ìgbà ti n
súnkún òun ò ríre gbogbo Ebo n wón ni
kó se
Ìgbà tó tètè gbébo níbè
Ní n ríre gbogbo
Tradução
Agilígíntí abara yíyi
Curvar-se para frente e para trás faz a
haste àtòòrì
São eles que adivinharam o Alápìíni
Òfòòrí Páòkuùn
O filho de um mú pàsán tééré saájú
Egúngún
O dia em que eu estava chorando
porque não tinha boa sorte Eles o
aconselharam a fazer sacrifícios
Não foi até que ele descobriu sobre o
sacrifício
Que todas as boas fortunas entraram em
sua casa.
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Òkànràn Méjì
Òkànràn kán kààn kán Òkànràn òjè
A díá fún Òjérónké ti Ìgbàlè Níjó ti n
mómi ojúú sògbérè omo Ebo n wón ní kó
se Ó gbébo nbè
Ó rúbo
Ó gbó èèrù
Ó tù
Ló bá n bímo werere
Tradução
Òkànràn kán kààn kán
Òkànràn òjè
Eles são os que fizeram adivinhação para
Òjérónké na floresta sagrada No dia em
que estava chorando porque não tinha
filhos
Ela tinha sido recomendada a sacrificar
Ela ouviu sobre o sacrifício
E oferecido
Ela também ouviu falar em doar grandes
botas
Ela fez também
Consequentemente, ela começou a ter
filhos.
● Ògúndá Méjì
Igún ló di yìbó
Àkàlá ló di yìbó
Enìkan ò mobi ti ogún yóó selè sí lóla
A díá fún Lákannígbò
Níjó àjòjò gbogbo n kanlé è é yún
Gbogbo ajogun n gbalée è lo
Ebo n wón ní kó se
Ó sì gbébo nbè
Ó rúbo
Njé ikú mó pa Lákannígbò mó o
Àrùn mó se Lákannígbò mó o
Òfò mó se Lákannígbò mó o Lákannígbò
ti fòkèlè àmàlà gbara omo re lówó ikú.
Tradução
Igún ló di yìbó
Àkàlá ló di yìbó
Ninguém pode prever onde a carnificina
explodiria no dia seguinte
Eles lançaram a adivinhação para
Lákannígbò
O dia em que todas as coisas ruins
estavam a caminho
Todas as más fortunas estavam a
caminho de casa
O sacrifício foi o que ele foi convidado a
fazer
Ele ouviu sobre o sacrifício
E ele fez isso
Portanto, a morte não poderia matar
Lákannígbò novamente
A doença não pode mais afetar
Lákannígbò
Lákannígbò fez sacrifício com àmàlà e foi
assim que ele salvou seus filhos das
garras da morte Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Òsá Méjì
Ó sáá méjì lákòjà
Ó bú yeke yékè lójú opón A díá fún
Eégún Orí Odó Nígbà ti n be láàrin òtá
Ebo n wón ní kó se
Kí leégún orí odó fíí sétè Igbe rara
Léégún orí odó fíí sétè Igbe rara
Tradução
Quebra em duas metades
E um pó caiu no centro de Opón Ifá
Adivinhação feita a favor do baile de
máscaras sentado em cima do
argamassa
O dia em que ele estava no meio de seus
inimigos
Ele foi aconselhado a oferecer sacrifícios
O que Egúngun usa para derrotar seus
inimigos?
Barulho intenso
É o que Egúngun usa para derrotar seus
inimigos
O barulho intenso
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Ìká Méjì
Bí kàá bá kárí ebo
Ìretè níí tè é
Ónílétèé ló joyè olóhun
Ó bá wínní winni lójorà Ifè
A díá fún Olópòndá níí según Ògbólú Ìlù
tólópòndá n lù
E mámà jé ó ya!
Tradução
Bí kàá bá kárí ebo
Nretè níí tè é
Ónlétèé foi feito rei
Ele teve muita sorte no placar de Ifá
Adivinhação lançada para Olópòndá el
Egúngún Ògbólú O tambor que
Olópòndá toca ou toca
Por favor, não deixe rasgar
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Òtúrúpòn Méjì
Àtòòrì lèbèlèbè sáré wá
O wáá pòtá níwájú omo eríwo Sáré wáá
Àtòòrì lèbèlèbè sáré wá
O wáá pòtá níwájú omo eríwo Sáré wáá
Tradução
Àtòòrì lèbèlèbè venha aqui
Venha e mate os inimigos na frente de
Awo Venha aqui rapidamente
Àtòòrì lèbèlèbè venha aqui
Mate os inimigos atrás dos filhos dos
Awo Venha aqui rapidamente.
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Òtúrá Méjì
Àbíjo làá mo ìtàn Eléégún leégún jo
A díá fún Èrìnlójo Egúngún Níjó ti wón n
sawoó ròde Òjé Ebo n wón ní kí wón ó
se Wón sì gbébo nbè
Wón rúbo
Njé moríwo túwo léwo Ìwo
Moríwo n túwo
Ìwo
Tradução
A linhagem é explicável com a aparência
O baile de máscaras parece seu dono
Adivinhação feita a favor dos
incontáveis Egúngún Quando eu estava
me aventurando no sacerdócio na
cidade de Oje Todos foram avisados
para oferecer sacrifícios Eles
aprenderam sobre o sacrifício
E eles ofereceram
Portanto, moríwo túwo léwo
Iwo
Moríwo n Túwo
Iwo
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Ìretè Méjì
Pàtíòro bo eégún
Aláyà bi òbe òyìnbó
Eni tó se eégún fúnmi
Ti ò bá tíí kú
A kìí fá àásó rí è dànù
A díá fún Eégún ti n lo àjò tó jìn gòòrò bi
ojó Ebo n wón ní kó se
Egúngún gbébo n bè
Ó rúbo
Rírú ebo
Èèrù àtùkèsù
E wáá báni lárùúségun
Àrúségun làá báni lésè Obàrìsà.
Tradução
Pàtíòro bo eégún
Aláyà bi òbe òììnbó
A pessoa que faz as coisas boas por
Egúngún
Ele não vai morrer
Não se deve tirar o penteado também
Eu jogo adivinhação para Egúngun que
estava indo para um destino distante Ele
foi aconselhado a oferecer sacrifício
Egúngun ouviu falar do sacrifício
E ele fez
Oferecendo sacrifícios
E dando botinhas grátis para Èsù
Venha conhecer-nos com ofertas
vitoriosas
Geralmente, encontramos ofertas
vitoriosas aos pés do rei dos orișas
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Òsé Méjì
Kúlú kulù sé
Òjò ti balùwè sé wòòwò
A díá fún Alápánsánpá
Níjó ti n sawoó re èbá òdàn Alápánsánpá
ìgbà tóo débàá òdàn N lo doba.
Tradução
Kulú kulù know
Òjò ti balùwè sé wòòwò
Eles foram os que fizeram adivinhação
para Alápánsánpá
O dia em que ele estava se aventurando
em seu sacerdócio em Ìbàdàn
Alápánsánpá quando ele chegou em
Ìbàdàn
Ele se tornou rei.
Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
● Òfún Méjì
Adárúkú mogba légbàá Òjò lúkú
dìwànràn Béégun ení bá mò ón jó Orí a
móo yá akápòo rè ni A díá fún Eégún
Nígbà ti n sawoó ròde Òke Eégún pèlé o
Àbàlá ará òde Òke.
Tradução:
Adárúkú mogba légbàá
Òjò lúkú dìwànràn
Se um baile de máscaras sabe dançar
Seu capitão ficará muito inspirado
Eles foram os que fizeram adivinhação
para Eégún
No dia em que estava se aventurando no
sacerdócio na cidade de Òke Eégún eu te
saúdo
Àbàlá a cidade de oke

Coro:
Ìsán egúngún máa ń wè o Ìsán egúngún
máa wè
Nota: você pode continuar adicionando
mais versículos relacionados a Egúngún.
Ele prefere, ou músicas.
Mejis já concluída, prossiga para
quebrar uma barra de Osun e água
Este pó em Ifa Opon em que Òkànràn
Kangun ser marcado (Òkànràn Ogunda)
vai lançar água sobre o Odù marcação e
começar a rezar o seguinte
encantamento:
Òkànràn kangún kangún
Òkànràn kangè kangè
Bí o bá lè kan egúngún kó kan egúngún
Bí o bá lè kangè kó kangè
Bí o bá lè kangè kó kan atókùn rè aborí
googo
A díá fún Egungún Àbàlá
A bù fún ara òrun kangè
Ìgbà tí wón nlo sálàde òrun
Tí wón ó ní ojúbo
Àwon omo wón wá n sunkún wípé àwon
kò ni ri Olórun àwon mó Wón ni kí wón
ó tójú ewé Òdúndún
Wón ni kí wón ó tójú ewé Tètè
Wón ni kí wón ó tójú ewé Rinrin
Wón ni kí wón ó tójú ewé Sápó
Wón ni kí wón ó tójú ewé ìbà ìgbò
Kí wón ó tójú ìyé Agbe,
Kí wón ó tójú Àlùko
Kí wón ó tójú Ìkoóde
Kí wón ó fi wè pàsán
Kí wón ó fi nà ilè lójú orórì àwon
Àwon yóó mo n jé
Egúngún Àbàlá rò wá ooooo
Èyin ara òrun mi e rò
Òkànràn Elégún lónìí kí ó gbire èmi omo
yìn.
Tradução:
Òkànràn kangún kangún
Òkànràn kangè kangè
Se se trata de Egúngun, que seja
Se diz respeito ao peito, que seja
Se diz respeito ao peito, diz respeito ao
peito
Se diz respeito ao peito, definitivamente
o preocupará no peito de um Sacerdote
Egúngun
Eles foram os que fizeram adivinhação
para Egúngún Abala
E aos Antepassados
Quando eles estavam voltando para o
céu para deliberar o trabalho que
fizeram na terra de Olódùmarè
Seus antepassados disseram-lhe para
obter Ewé Òdúndún
Seus antepassados disseram-lhe para
obter Ewé Tètè
Seus antepassados disseram-lhe para
obter Ewe Rinrin
Seus antepassados disseram-lhe para
conseguir Ewé Sápó
Seus antepassados disseram-lhe para
obter Ewé Ìbà Ìgbò
Eu tenho caneta Agbe
Eu tenho caneta de Àlùkò
Eu recebi uma caneta de Ìkoóde
Disseram-lhe para lavar o pas, Disseram-
lhe para atingir a terra em frente ao
túmulo Eles prometeram responder às
orações de seus filhos Está na hora dos
meus antepassados me responderem Os
espíritos de um vêm à terra.
E então ele o usará para esfregar em
Isán Egúngún.
Depois que o Osùn secar, você usará o
Obì, orogbo, para oferecer ao
Isán Egúngun. Depois de aceitar o
Orógbó e Obì, você os mastigará e
depois
você deve soprá-lo em cima de Isán
Egúngún e, finalmente, você também o
fará com 9 ataare sementes
● Rezo para ofrendar Obì a Egúngún
Ilè mo pè o (3 vezes)
Akísalè mo pè o
Etígbúre mo pè o
Àsà mo pè o
Etí were ni ti èkúté ilé o Àsùnmáparadà
ni tigi àjà o
Àgó kìí gbó ekun omo re kò máà tatí
were Èmi (àwa) omo re ni a pè o
Obì rèé o
Má jékí ó kú
Má jékí ó rùn
Jekí ó se ti odún ti ó ńbò o.
Tradução
Mãe Terra, eu te invoco
Akísalè (Egúngún), eu te invoco
Etigbúre, eu te invoco
Àsà, eu te invoco
Os ratos da casa estão alertas
Os feixes nunca mudam de posição
O rato Àgó nunca ignora o choro de seus
filhotes
Eu (nós) estamos ligando para ele
Eu ofereço-lhe este Obi
Então você não deixa morrer
Eu nem fico doente
E para que eu possa entretê-lo
novamente no outro ano.
Eu rezo para dar egúngún orogbo
Egúngún orógbó rèé o Kí logbó, kí lató,
layé mi o.
Tradução
Egúngun aqui eu ofereço orogbo
Permitir-me viver muito tempo e com
saúde. Reza antes de sacrificar a cabra a
Isán Egúngún Igi tééré igbó nbò wáá d’ìjí
Àbùjá nbo wáá d’ònà
Igi wéré-wèrè-wéré igbó nbò wáá d’ìjí
Díá fún Baba Jàgàdàruúwá
Tí wón bí Èjì Ogbè so lóóko
Njé ràn mí ní’kú o ojó kàn o Eeran
Ràn mí ní’kú o ojó
Eeran
Ràn mí ní’kú nráyè l’ówó o
Ràn mí ní’kú nráyè l’áya o
Ràn mí ní’kú nráyè bí’mo o
Ràn mí ní’kú nráyèé ní’re gbogbo Eeran
Ràn mí ní’kú o ojó kàn o
Eeran.
Tradução
A fina árvore da floresta logo se tornará
uma árvore majestosa Um atalho em
breve se tornará um caminho
importante Árvores pequenas logo se
tornarão árvores majestosas
Essas foram as declarações de Ifá para
Baba Jàgàdàruúwá
O nome dado Èjì Ogbè
Quando eles declararam que era a sua
vez de morrer Ajude-me a assustar a
morte hoje
Oh animal quadrúpede
Ajude-me a assustar a morte hoje
Ajuda-me a amedrontar a morte para
que eu possa ser próspero Ajude-me a
assustar a morte para que eu possa
garantir uma esposa Ajude-me a
assustar a morte para que eu possa ter
filhos Ajude-me a assustar a morte para
que eu tenha todas as coisas boas vida
Seu animal quadrúpede
Ajude-me a assustar a morte hoje
Seu animal quadrúpede.
● Algumas músicas de sacrifício Guía: Èjè
sorò sorò
Coro: Èjè gbàlè K'ara n'ro.
Guia: com sangue estamos promovendo
Coro: O sangue cai no chão de um corpo
que flui sua vida.
Guía: Ibi a dèrò (2 vezes)
Coro: Èjè gbàlè Ibi a dèrò
Guia: Coisas ruins acalmam
Coro: É o sangue que cai no chão que
apazigua as coisas ruins da vida
Guía: Bírí ibí lókè Ògún wá lé rí o (2
vezes). Coro: Repite lo mismo.
Guia: Exatamente aqui é que ele virá
para Inspecionar Coro: o mesmo.

Eu canto quando Àkùko é sacrificado
Èjè èyìn kí ó je adìe Egúngún ojú mòn
wa, (2 veces) Àgò àwa èyìn kí a pa lónìí
ojú mòn wa. Àgò àwa Olórun Ìbà’se, ojú
mòn wá Àgò àwa Olórun Ìbà’se, ojú mòn

Tradução
O sangue do galo é para você comer
Egúngun vê e reconhece
Pedimos uma licença para promovê-lo
hoje, ver e reconhecê-lo Dê-nos uma
licença e Olórun nos abençoará, verá e
reconhecerá.

● Eu canto quando você joga epo Epo ni
èrò ní ójú Olóòjà (2 vezes)
O óleo de palma acalma, o vendedor
atesta. ● Eu canto quando o mel é
jogado Oyin dùn bá ti olà
Ìbá á ti olà!
O mel é doce e abundante como fortuna
Abençoe-nos com boa sorte de riqueza.
Eu canto quando coloco as Penas em
Ìsán Egúngún
Egúngún ràtà bòmí
Kó o tún ràtà bò ọmọ mi
B í a f ẹ f ́ ẹ b́ á f ẹ ́
Ìhùhù l’adìẹ fi ńbò ọmọ ẹm̀ ólè
Egúngun estende seu escudo protetor
sobre mim E também espalhá-lo sobre
os meus filhos
Se o vento sopra forte Galinhas usam
suas penas para cobrir seus filhos.
Eu canto quando sopro gin em
Egúngún(opa iku)
Otí olà láwo ńmu,
Àrànìsàn lo ńmu igbá otí kan àmu lowó,
Otí olà láwo ńmu
O Awo bebe um gim para ficar rico
Assim como Àrànìsàn ficou rico bebendo
um copo de gim Os Awo bebem um gin
para ficarem ricos.
● Eu canto quando você derrama água
B’ómí bá balè, omi a nípa
Kí a nípa níre gbogbo
Quando a água cai, ela se expande e se
multiplica Então multiplique minhas
coisas boas.
O Orixá Iku (a morte) não existe culto
direto a ele(a) e por
esta razão ele deve ser cultuado através
dos mortos,
masculinos ou femininos, por
ou Elerikô, o Deus que possui a função
de
exercer o poder da morte chama-se Iku,
trata-se de uma
divindade masculina, .
por Egúngún
IKÚ E A ANCESTRALIDADE
Méjì
Odù Òyèkú
Orô ou Iyámi,
Afirma a tradição que Iku começou a
matar depois que viu
sua mãe ser espancada e morta na
praça do mercado,
sendo depois dominado por seus que
conseguiram que ele
comesse o que lhe era proibido. Quem
ensinou como
anular a atividade de Iku, foi sua mulher
chamada Olójòngbòdú.
Nos conta assim, um fragmento do
verso do
: "....
Quando Ìfá falou sobre Olójòngbòdú, a
mulher de Ìkú que
foi chamada logo cedo pela manhã, foi
perguntado o que
seu marido não poderia comer, que o
tornasse incapaz de
matar outros filhos das pessoas?
- ela disse que Ìkú, seu marido, não
poderia comer ratos,
pois se comesse, suas mãos tremeriam
sem parar;
- Ela disse que Ìkú, seu marido, não
poderia comer peixe,
poi se comesse, seus pés tremeriam
sem parar ;
- Ela disse que Ìkú, seu marido, não
poderia comer ovo de pata, pois se
comesse, ele vomitaria sem parar...
" Outro método de enfraquecer a
atividade de Ìkú é
registrado no oráculo de Ifá, através do
modo
como
Èsù
subornou o filho de Ikú, para que este
revelasse
o modo como Ìkú matava, Omòikú
(filhos da morte) então
revela que seu pai, matava através de
sua clava, tornando-
se fraco sem este instrumento, o qual
Èxú com a ajuda do
Ijàpàá, esconde. "
... Ijàpàá gbé òrúkú l'owó ikú..." ( o
cágado retira a clava
das mãos de
Ikú ).
Posteriormente, Ìkú faz um pacto com
, através
da condição dele ajudá-lo a recobrar a
sua clava;
então, Orixá Ìkú só levaria
antecipadamente aqueles que
não se colocassem sobrê a proteção de
Òrùmilá (Orunla).
Outro texto do Odù Ìròsùnsè, nos
conta como
e Òrùnmilá, impediram a atuação de Ìkú
sobre a cabeça de
Orí
(cabeça)
alguém
MENSAGEM DOS ODÚS DURANTE O
JOGO
AS MENSAGENS DOS 16 ODÚS MEJI NO
MERINDILOGUNMENSAGENS DE
OKANRAN MEJI
Sentença:
Para que o mundo exista, tem que haver
o bem e o mal.
Este Odu indica que você anda fazendo
coisas erradas que poderão ser
descobertas.
Existe alguém, parente ou amigo seu,
que está doente e só será
curado com o auxílio de um Orixá. Tenha
muito cuidado com o fogo, existe perigo
eminente de acidentes com ele.
Não lance pragas nem maldições em
ninguém.
Você está passando por sérias
dificuldades, tem que dar comida à
cabeça para encontrar a paz.
Você corre o risco de perder uma criança
de sua família.
Cuidado para não ser atacado ou
mordido por um cão.
Novidades, já a caminho, chegarão à sua
casa.
Uma viagem planejada representa sério
perigo para sua vida.
Você não gosta de ouvir a verdade, é
incrédulo, e não acredita muito nos
Santos.
Quando lhe dizem alguma coisa, prefere
não seguir as orientações, como se não
soubesse de nada.
A justiça será feita na porta da sua casa.
Você vai passar por um susto muito
grande.
Você gosta de brigar, e detesta perder
em qualquer circunstância. Evite brigas e
discussões nos próximos dias, com quem
quer que seja.
Não ande na rua tarde da noite, nem
porte armas, isto poderá lhe ocasionar
sérios problemas e, por engano, será
preso ou sofrerá um atentado.
Todos os seus projetos e planos acabam
se perdendo e caindo no abandono.
Não use roupas demasiadamente
surradas.
As pessoas que hoje lhe viram as costas
são as mesmas a quem serviu no
passado.
Sua própria família não lhe dá
importância.
Você tem um amigo que fala mal de
você, e isso lhe tem prejudicado muito.
Às vezes você sente vontade de morrer.
Não coma nem beba nada na casa de
amigos ou parentes.
Em sua casa falta alguma coisa que foi
roubada.
Cumpra o que prometeu às almas.
Não maltrate os cães.
Mande rezar missa pela alma de um
conhecido seu.
Saia de casa e ande até sentir-se
cansado. Faça isto durante três dias
seguidos.
Você está preso ao vício do álcool ou das
drogas.EBÓ DE OKANRAN MEJIUm peixe
fresco; um carretel de linha branca; um
de linha vermelha e um de linha preta;
um punhado de cinzas de carvão; um
charuto; um obi; oti; dendê; mel e um
galo preto. Passa-se tudo no corpo e
arruma- se dentro de um alguidar. As
linhas são desenroladas passando sobre
os ombros da pessoa, de trás para frente
e vão sendo jogadas dentro do alguidar.
Sacrifica-se o galo para Egun e coloca-se
dentro do alguidar. Cobre-se tudo com
epô, oti mel, espalha-se as cinzas por
cima e despacha-se numa estrada de
movimento.Sentença: A guerra começa
entre dois irmãos. Sua vida não irá para
a frente enquanto você não parar com a
mania que tem de rogar pragas e desejar
mal aos outros. Tenha cuidado para não
envolver-se em problemas com a justiça.
Alguém, em sua casa, costuma chorar
durante a noite e ver o fantasma de uma
donzela.
Você gosta de levantar a mão contra os
outros, ou atirar objetos em cima de
quem o incomoda.
Acha que é muito forte, mas o inimigo
pode vencê-lo com muita facilidade.

Pode sofrer uma entorse nos pés ou na


coluna, e isto o deixará doente e
impossibilitado de se locomover
livremente.
Tem que tomar bori, fazer Santo, e
oferecer um adimú a Ibeji.
Tem que dar um galo a Exú, para que
abra seus caminhos.
Sente tonteiras e dores de cabeça.
Alguém, em sua casa, tem problemas
nas pernas.
Em sua casa existe uma pedra que
pertence a um determinado Orixá. Esta
pedra deve ser tratada e alimentada.
Não conte seus sonhos a ninguém, nem
retenha coisas que não lhe pertençam.
Você precisa recuperar um objeto que
empenhou ou emprestou a alguém.
Procure jogar na rua um pouco de tudo
o que comer.
Tem que permanecer mais tempo
dentro de casa. A felicidade, nem
sempre pode ser encontrada na rua.
Você tem muitos inimigos e não deve
andar dizendo que sabe tudo.
Os fios de contas de Orixás, que você
possui, devem ser lavados e
alimentados, para que possam protegê-
lo de verdade.
Um parente morto pede uma missa.
Mande rezá-la com a máxima urgência.
Mais cedo ou mais tarde terá que fazer
Santo.
Cuidado com a inveja, seus parentes são
os primeiros a caluniá-lo.
Só conseguirá adquirir o imóvel de seus
sonhos depois que cuidar bem do seu
lado espiritual.
Evite brigas dentro de casa para que não
ocorra uma tragédia em família. Se,
estando este Odu como opolé, na
segunda jogada sair Osá (9 búzios
abertos), assinala doença incurável.
Neste caso, é preciso tomar bori ou fazer
Santo para que o Orixá salve a pessoa.
O mal está localizado da cintura para
baixo.
Se este Odu for seguido de Ejionile (8
búzios abertos), acusa problemas com a
justiça e a situação é péssima. Neste
caso, tem que agradar Xangô e fazer
ebó.
EBÓ DE EJIOKO
Um galo, duas penas de papagaio, dois
aros de ferro, dois obís, duas favas de
ataré, dendê, mel, oti e pó de efun.
Passa-se o bicho no cliente e sacrifica-se
para Exú. Arruma-se tudo dentro de um
alguidar e deixa-se diante de Exú de um
dia para o outro. As penas e os aros de
ferro ficam no Exú, o resto é despachado
no lugar indicado pelo jogo.
MENSAGENS DE ETAOGUNDA.
Sentença: A tragédia sempre é
ocasionada por alguma coisa.
Este Odu assinala que você pode agredir
alguém com uma arma branca ou barra
de ferro.
Tenha cuidado para não ferir-se com
ferro ou aço, o ferimento poderá ser
fatal.
Você fez alguma coisa que o envolveu,
ou
envolverá com a justiça. Não brigue com
seu
cônjuge e evite sair de casa durante sete
dias.
Você se sente amedrontado ou triste
porque pressente um perigo muito
grande que o ameaça. O aço está muito
perto de sua carne, sedento do seu
sangue.
Cuidado para não ser agredido ou morto
por engano.
Cuide do estômago, evite álcool e
comidas fortes.
Você tem três inimigos que desejam
destruí-lo.
Obatalá está zangado com você por sua
atitude de desrespeito aos Orixás. Pare
de envolver-se com mulheres estranhas,
uma delas tentará amarrá- lo.
Se for mulher, terá sérios problemas
com o marido ou namorado, que a
surpreenderá na companhia de outro
homem. Isto poderá provocar uma
tragédia.
Não aceite convites feitos por uma
mulher.
Uma pessoa vigia seus passos e, por ódio
ou despeito, é capaz de tudo para
prejudicar a sua vida.

Alguém, em casa, tem problemas de


dores na cintura.
Não aceite convite para uma viagem,
não ande a cavalo.
Se tiver que realizar algum negócio peça
antes proteção a um Orixá, do contrário
não dará bons resultados.
Examine bem papéis relativos a um
contrato com outra pessoa que não é
leal com você.
Existe alguém que tenta destruir uma
amizade sua, falando mal de você, para
que briguem.
Evite ficar parado na porta de sua casa,
isto coloca sua vida em risco. Você anda
meio desinteressado com o sexo, sente
dores nos rins e na cintura. Evite
encostar-se nas paredes e andar em
grupos.
EBÓ DE ETAOGUNDÁ
Um galo; um peixe fresco; um pedaço de
carne bovina; oti; epô pupá; mel; um
pano preto. Passa-se tudo no corpo do
cliente, sacrifica-se o galo para Exú;
embrulha-se tudo no pano e despacha-
se no lugar determinado pelo jogo.
MENSAGENS DE IOROSUN MEJI
Sentença: Ninguém conhece os segredos
guardados pelo oceano.
Quando este Odu vem seguido de
Ejionile, a pessoa tem que fazer Santo.
Assinala que você vê fantasmas e tem
que mandar celebrar missa para os
parentes e amigos mortos.
Tem que oferecer um presente à
Yemanjá na praia, entregar no mar.
Sofrerá ou já sofreu um susto que
abalou o seu coração.
Suas vistas são frágeis, é preciso cuidá-
las bem.
Carrega uma tristeza interior que,
muitas vezes, lhe dá vontade de chorar.
Cuidado quando forem assentar um Exú
para você, confirme se este Exú tem a
ver com o seu carrego.
Não pode fazer nada para Orixá sem
primeiro agradar Egun.

Não revele seus planos, existe muito


olho grande que corta suas pretensões.
Você anda cego diante dos
acontecimentos. Atente mais para os
assuntos relacionados à sua vida e deixe
de lado o que não lhe diz respeito.
Evite passar sobre valas e buracos.
Você tem muitos inimigos e, entre eles,
existe um da raça negra que é muito
perigoso.
Alguém de sua família está ou será
preso. Só você poderá livrá-lo da prisão.
Você pode ser vitimado por um acidente
com fogo.
Existe uma pessoa em sua casa que só
vive criando confusão. Esta pessoa
precisa fazer Santo para que possa se
acalmar.
Cuide de Exú, Yemanjá e Iyewá.
Você costuma confiar demais nos
outros, até mesmo naqueles que agem
com falsidade.
Tem sido enganado e não consegue
descobrir o engano.
A sua curiosidade em demasia, lhe
coloca em osogbo, o que pode lhe
ocasionar dano numa das vistas.
Uma desgraça ocorrida em sua vida,
mesmo que tenha sido há muito tempo,
ainda lhe faz chorar.
Uma pessoa de cargo dentro da religião
irá submetê-lo a uma prova. Existe
alguém que tenta fechar os seus
caminhos para que não haja progresso
na sua vida. Tudo isto porque você falou
coisas que prejudicaram esta pessoa.
Uma mulher de Xangô, de suas relações,
talvez parente sua, tem a língua solta e é
muito mentirosa. Evite que tenha
conhecimento de sua vida e de seus
planos.
Você tem que dar comida à Terra e fazer
preces para os desamparados. Existe
uma pessoa em sua família, muito
delicada, que está doente e precisa
cuidar melhor desta enfermidade, caso
contrário, morrerá muito em breve.
Sua vida está atrasada.

Você, mesmo que não saiba, tem direito


à uma herança. Para botar as mãos
nesta herança, tem que
tomar borí e cuidar de Orixá. Tem que
fazer, periodicamente, limpeza espiritual
em sua casa.
EBÓ DE IROSUN MEJI
Quatro pintos de galinha, um flecha, um
bastão de madeira, quatro tipos
diferentes de cereais torrados. Passase
tudo no corpo do cliente e coloca- se o
bastão e a flecha nos pés de Exú e os
cereais dentro de um alguidar.
Sacrificam-se os pintos para Exú e
colocam-se os corpos dentro do
alguidar, por cima dos cereais.
Despacha-se em água corrente. (A flecha
e o bastão ficam para sempre com Exú).
MENSAGENS DE OXE MEJI
Sentença: É sangue o que corre em
nossas veias.
Este signo diz que você já teve várias
chances na vida, mas que deixou-as
escapar por não saber aproveitá-las.
Sente vontade de chorar e não sabe
porque.
Cedo ou tarde, terá que fazer Santo.
Você tem a impressão de que as pessoas
o tratam com desprezo e, muitas vezes,
em diferentes lugares, sentiuse
humilhado. Tudo isto, no entanto, é
fruto de sua imaginação.
Não guarde rancor de ninguém para não
cometer injustiças.
Assinala uma viagem em seus caminhos.
Para que tudo corra bem, dê um
presente à uma entidade espiritual que
o protege.
Um familiar seu, já falecido, pede uma
missa. Mande rezá-la urgentemente.
Existem três mudanças de vida em seu
destino. Na terceira mudança, ofereça
uma festa em louvor à Oxun.
Yemanjá lhe deu proteção e livrou-o de
uma situação muito ruim. Ofereça-lhe
um adimú como prova de gratidão.
Existe uma tragédia ou

uma inimizade envolvendo uma pessoa


negra. Tenha muito cuidado com este
prognóstico.
Você sente dores nas pernas e no
estômago. Procure um médico, pois é
problema clínico.
Não deixe dívidas pendentes com Oxun,
pois ela lhe cobrará afetando o seu
desempenho sexual.
Para obter irê ajê, mande que alguém,
de sua confiança, lave sua cabeça com
ervas. A pessoa que o fizer, terá que
lavar antes, sua própria cabeça, com as
mesmas ervas.
Existe alguém trabalhando para sua
queda. Defenda-se enterrando um cravo
de linha de trem na porta de casa.
Um segredo seu poderá ser descoberto e
vir a público. Tenha cuidado! Prenuncia
perigo de ser roubado ou a descoberta
de um
roubo do qual já foi vítima. Anuncia um
presente que está
a caminho.
Tente a sorte nas loterias e não
precisará mais pedir um empréstimo
que estava planejando.
Se sentir dores não tome remédios sem
indicação médica.
Uma amiga ou parente sua está grávida
e pensa em fazer aborto. Converse com
ela para que não faça isto. Se conseguir
evitar o aborto, Oxun saberá
recompensá-lo.
Você está passando por um momento
muito difícil. Lute com denodo e não
permita que as coisas fujam do seu
controle.
Limpe sua casa, faça uma nova
arrumação na disposição dos móveis e
jogue fora tudo o que for velho,
estragado e inútil.
Você tem inimigos gratuitos que o
detestam só por inveja.
Se for cliente do sexo feminino, afirma
que já
pertenceu a mais de um homem. EBÓ DE
OXE MEJI

Um peixe vermelho, cinco búzios, cinco


ovos, cinco obís, cinco folhas de akokô,
uma cabaça e areia de rio. Corta-se a
cabaça no sentido horizontal e coloca-se
areia de rio dentro. Passa-se o peixe na
pessoa e arruma-se dentro da cabaça,
sobre a areia. Passam-se os demais
ingredientes e vai- se arrumando em
volta do peixe, dentro da cabaça. (Os
ovos são crus e não podem ser
quebrados). Tampa-se a cabaça com sua
parte superior e embrulha-se com um
pano colorido. Pendura-se o embrulho
no galho de uma árvore na beira de um
rio.
MENSAGENS DE OBARA MEJI
Sentença: Rei morto, príncipe coroado.
Você não confia em ninguém, acha que
todo o mundo o está enganando. Passa
por dificuldades porque não tem fé, não
confia nos
Santos, nem em você mesmo Só pensa
em dinheiro e é
muito manhoso.
Quando fica sem dinheiro sente-se de tal
forma desamparado, que
chega a perder o interesse pela vida.
Uma viagem em seu caminho.
Isto será muito bom e trará excelentes
resultados.
Você vive chorando miséria e gosta
muito de mentir.
Alguém de sua família sente dores na
virilha e quenturas dentro do corpo.
Você não dorme bem e, quando acorda,
não consegue lembrar do que sonhou,
embora saiba que sonhou.
Tem medo da justiça.
Uma hora diz uma coisa, outra hora diz
outra completamente diferente. Não
gosta que lhe digam a verdade e,
quando isto acontece, quer brigar. Corre
o risco permanente de sofrer
queimaduras.
Se pretende enganar alguém, tenha
cuidado para não ser enganado
primeiro.
Não deve usar roupas de outras pessoas,
nem beber em copos em que alguém já
esteja bebendo.
Não gosta de cumprir compromissos
nem honrar a palavra empenhada.

Sofrerá um grande transtorno


ocasionado por uma cilada que alguém
lhe preparou ou está preparando.
Existe uma ameaça pairando sobre você.
Não permita que saibam aonde vai.
Está atravessando uma fase muito ruim,
sufocado pelas dívidas.
Possui bom coração, mas reage de forma
negativa, falando demais e sustentando
discussões inúteis, onde diz coisas das
quais acaba se arrependendo.
Costuma dizer o que sente, com
demasiada franqueza e por isto, possui
muitos inimigos que tentam, de todas as
formas, destruí-lo.
Não empreste suas roupas, muito menos
chapéus.
Cuidado com o que lhe derem para
comer, existe uma pessoa de suas
relações que guarda uma grande mágoa
e tentará vingar-se através de um
alimento trabalhado.
Tem sorte no amor, mas não deve
confiar numa proposta de negócio que
lhe fizeram.
Tenha cuidado com um amigo de duas
caras.
Não espere agradecimentos por favores
que tenha prestado a alguém.
Se tem um negócio em mente, não o
adie mais, faça-o logo!
Não assine nenhum papel sem antes ler,
com muito cuidado, tudo o
que estiver escrito e certifique-se de que
não existam pedaços em
branco, onde possa ser acrescentada
alguma coisa depois do papel assinado.
Não negue comida a ninguém.
Evite fumar deitado, há risco de
acidentes.
Você possui um caráter alegre, é
divertido, e por isto as pessoas gostam
de sua companhia. Isto, entretanto,
causa inveja em muita gente.
Muito olho-grande em cima de você,
além de inimigos empenhados em
destruí-lo.
Os inimigos agem pelas costas e atacam
de forma traiçoeira, porque têm medo
de encará-lo de frente.
Seus maiores inimigos são do sexo
feminino.

Evite andar armado, um momento de


descontrole poderá arruinar a sua vida.
Nunca revele, à ninguém, a verdade
sobre sua vida.
EBÓ DE OBARA MEJI
Um galo, uma galinha, seis abaninhos de
palha, seis obís, seis acaçás, um pedaço
de corda do tamanho da pessoa, um
alguidar grande, mel, oti, epô, seis velas.
Passa-se tudo na pessoa e sacrificam-se
as aves para Exú. Colocam-se os bichos
mortos dentro do alguidar (o galo por
cima da galinha), arruma-se as demais
coisas em volta e a corda ao redor de
tudo (dentro do alguidar). Cobre-se com
mel, epô e oti e acendesse as velas em
volta. Este ebó tem que ser feito e
arriado nos pés de uma palmeira.
MENSAGENS DE ODI MEJI
Sentença: Um pequeno buraco é indício
de que existe uma saída.
Você deve ter muito cuidado porque
está cercado de inveja, até mesmo por
parte das pessoas de sua família.
Sente-se sobressaltado, sem saber a
razão.
Você tem dois parentes que, de tanta
inveja que sentem de você, se
pudessem, fariam com que
desaparecesse.
Tem que dar comida a Obaluaye e à
Yemanjá.
Tenha cuidado com problemas judiciais
ocasionados por documentos.
Não tente esclarecer uma certa situação
que o está inquietando. Isto só lhe trará
dissabores.
Perigo de queda provocando ferimentos
e seqüelas.
Se sua mãe for viva, ofereça dois obís
em honra de sua cabeça.
Alguém lhe disse algo que lhe deixou
muito mal.
Costuma ter pesadelos e sonhar com
seus inimigos.
As dificuldades financeiras pelas quais
tem passado, são motivo de zombaria.
Não se preocupe, a fortuna está a
caminho.
Selecione e preste muita atenção aos
lugares por onde anda.
Receberá uma notícia do interior.

Assinala, em seu caminho, uma viagem


em companhia de um homem velho.
Seu caráter é violento, você vive ou
trabalha em local onde existem ferros
ou matas.
Você tem um débito com Obaluaye.
Trate de pagá-lo.
Você sente a presença de espíritos
desencarnados dentro de casa. É isto
que lhe causa sobressaltos. Existem três
pessoas apaixonadas por você e uma
delas poderá causar problemas sérios
que provocarão ciúmes e resultarão em
tragédias.
Alguém, em sua casa, está doente das
vistas.
Se você tem um filho homem, oriente-o
para que não ande em más companhias,
isto poderá fazer com que seja preso.
Não maldiga a sua sorte.
Seu pensamento viaja, não consegue
fixar-se em nada.
Você deseja mudar de onde vive.
Evite intimidades com pessoas idosas.
Uma herança a ser recebida.
As pessoas falam mal de você e isto
prejudica a sua vida.
Tenha cuidado com seus cabelos, não
permita que se apossem de alguns de
seus fios, pois irão usá-lo num trabalho
de feitiçaria que o tornará louco ou
alcoólatra.
Assinala gravidez na família, possível
nascimento de gêmeos.
Um dinheiro, trazido por uma pessoa
que está no exterior, encontra-se a
caminho.
Alguém, que conhece seus segredos, faz
uso disto para manipulá-lo.
Uma coisa perdida será recuperada.
Você fala de mais e com isto, além de
destruir seu próprio futuro, pode cair
em desgraça.
EBÓ DE ODI MEJIUma galinha carijó,
sete espigas de milho verde, sete tipos
diferentes de cereais torrados, sete
chaves, sete moedas e sete pedaços de
rapadura.

Passa-se tudo na pessoa e arruma-se


dentro de uma panela ou alguidar de
barro. Sacrifica-se a galinha em cima do
ebó e coloca-se o seu corpo sobre ele.
Despacha-se num caminho de subida (no
início da subida).
MENSAGENS DE EJIONILE
Sentença: A cabeça comanda o corpo.
Um só rei governa o povo. Quando este
Odu sai numa consulta deve-se passar
um pouco de efun na testa do
consulente. Você não é reconhecido por
seus méritos e a culpa é sua.
É roubado dentro de sua própria casa.
Teve um sonho que lhe deixou muito
preocupado.
Obatalá recomenda que, por pior que
estejam as coisas, não deve ficar triste,
nem renegar sua vida e muito menos
pegar o que não lhe pertence.
Tudo o que obtém é às custas de muito
sacrifício e lágrimas e isto porque você
não cuida devidamente do seu Orixá.
Trate do seu Santo e tudo se tornará
mais fácil para você.
Às vezes você ri quando sente vontade
de chorar.
Você é maledicente e costuma renegar
sua crença.
Deve usar sempre roupas brancas.
Sofre das pernas e costuma ter cãibras.
Evite tomar muito Sol na cabeça.
Respeite seus mais velhos, não zombe
deles para não atrasar sua vida.
Em breve receberá notícias de um
familiar distante.
Você não tem tranqüilidade e, muitas
vezes, sente vontade de morrer. Sua
família viveu às suas custas e quando
você ficou sem condições de sustentá-
los, viraram-lhe as costas. Você não tem
sorte com as amizades. Não deve comer
feijão branco nem bucho.
Não conte seus sonhos a ninguém.
Não use nada que tenha pertencido a
alguém que já morreu.
O Egun de uma pessoa conhecida está
querendo alguma coisa de você. Dê- lhe
o que deseja.

Não coma mandioca, amendoim e


comida de um dia para o outro. Não
acumule lixo pelos cantos.
Você é sempre mal pago pelos seus
serviços.
Há uma guerra em sua vida da qual sairá
vitorioso.
Você sempre abriu mão de tudo em
favor de pessoas que hoje são suas
inimigas.
Muita gente fala mal de você e de sua
honra, somente por inveja.
Se ouvir chamar seu nome, só responda
depois de ver quem está chamando.
Não visite enfermos.
Você tem uma boa predestinação que
pode ser revelada através de seus
sonhos. Procure interpretá-los
corretamente e seguir as orientações
neles contidas.
Sente dores na vistas e na barriga.
Evite subir escadas-caracol e descer em
porões.
Não coloque perfumes na cabeça nem
ande nu da cintura para cima.
Não use roupas remendadas nem tenha
em casa garrafas e potes destampados.
Você fez uma coisa que o deixou
preocupado e apreensivo.
Provavelmente terá se apropriado de
algo que não lhe pertencia.
Pode gerar uma filha Abikú.
Existe uma pessoa poderosa que está
tentando prejudicá-lo. Esta pessoa fez
um trabalho com restos de um defunto
para seu mal. Este malefício pode ser
facilmente neutralizado e, para isto,
basta que você, durante sete dias
consecutivos, evite sair de casa antes
das 12 horas.
Quando este Odu sai numa consulta
deve-se passar um pouco de efun na
testa do consulente.
Quando este Odu surge em opolé e
depois sai novamente na primeira mão,
se vier trazendo irê significa que o
consulente é filho de Obatalá e tem que
fazer Santo.

EBÓ DE EJIONILE
Uma galinha branca, uma vara de
madeira do tamanho da pessoa, canjica
cozida, oito ovos crus, um pedaço de
pano branco, oito acaçás, oito búzios,
algodão em rama e um alguidar. Passa-
se tudo no corpo do cliente e arruma-se
no alguidar que já foi anteriormente
forrado com algodão. Amarra-se o pano
na vara de madeira que deve ser fincada
no solo como uma bandeira. Arreia-se o
alguidar com o ebó na frente da
bandeira. Passa-se a galinha no cliente,
com muito cuidado para não machucá-
la, apresenta-se a Exú e solta-se com
vida. Este ebó é para ser feito num lugar
bem alto, de frente para o local onde
nasce o Sol, de manhã bem cedo.
MENSAGENS DE OSA MEJI
Sentença: Por vezes a loucura não passa
de conveniência.
Existe um clima de revolta e
descontentamento em sua casa que
poderá gerar problemas de justiça. Uma
certa pessoa que freqüenta sua casa é a
única responsável por esta situação.
Nunca ajude ninguém a levantar coisas
pesadas, pois isto fará com que esta
pessoa suba na vida e você regrida. Não
guarde nada de ninguém sem antes
conferir do que se trata, para não correr
o risco de lhe entregarem uma coisa e
depois dizerem que foi outra.
Nunca viaje sem antes fazer ebó.
Uma doença coloca sua vida em perigo.
Faça ebó e dê um presente para Osain
para livrar-se deste osogbo. Costuma
sonhar com alimentos e com pessoas
que já morreram.
Não durma sobre lençóis de cores.
Tenha cuidado com pragas e maldições
que lhe tenham lançado. Se seu pai já
faleceu, mande rezar uma missa por sua
alma e peça-lhe que o proteja deste
perigo.
Tenha cuidado com o fogo e com golpes
de ar, a morte está sempre ao seu redor.
Você tem parentes no exterior.

É teimoso, tem cabeça-dura e gênio


ruim. Não admite que o contradigam e
não perdoa ofensas.
Quando se aborrece, não tem medo de
ninguém e se lhe fazem
alguma coisa, têm que pagar por isto.
Sua saúde não está nada boa. Evite
velórios e cemitérios.
Não coma carne, feijão branco e galetos.
Não use roupas xadrez ou com
quadrados e evite também, cores
berrantes.
Você tem sido trabalhado com feitiçarias
feitas através de Eguns.
Não seja curioso e evite olhar
repentinamente, para lugares escuros.
Não descuide de suas roupas e de
objetos de uso pessoal para que não
sejam usados em trabalhos de feitiçaria.
Você tem três inimigos dentre os quais,
um meio ruço, a quem já favoreceu em
diversas ocasiões. Hoje,
esta pessoa é o seu inimigo mais
perigoso.
Tem que tomar borí.
Você pensa em alguma coisa e logo se
esquece dela.
Entre seus ancestrais mortos existe um
que, cansado de vê-lo sofrer,
quer levá-lo para seu lado.
Em cima de você tem muito mau-olhado
que lhe
causa diversos contratempos. Não
acredite nos
amigos, na verdade, você não tem
nenhum
verdadeiro.
EBÓ DE OSÁ MEJI
Um galo, nove agulhas, nove taliscas de
dendezeiro, nove bolos de farinha, nove
cabacinhas pequeninas, nove acaçás,
nove grãos de ataré, nove moedas, nove
penas de ekodidé, algodão, pó de efun e
um alguidar. Sacrificase o galo para Exú
e coloca-se dentro do alguidar. Arruma-
se tudo em volta do galo. Nas pontas das
taliscas de dendezeiro, enrola-se um
pouco de algodão como se fosse um
cotonete. Molha-se o algodão enrolado
nas taliscas, no sangue do galo e depois
passa-se no pó de efun. As taliscas e as
penas de ekodidé não vão dentro do
alguidar, devem ser
espetadas no chão, formando um círculo
ao redor do mesmo, no local em que for
despachado. Neste ebó não se passa
nada no corpo do cliente. Despachar na
beira da praia sem acender velas. Na
volta, todas as pessoas que participaram
têm que tomar banho de folhas de
elevante e defumar- se com pó de
canela.
MENSAGENS DE OFUN MEJI
Sentença: É a agulha que carrega a linha.
Você faz determinadas coisas que
afastam seu Anjo-da-Guarda, impedindo
que lhe dê a proteção que gostaria de
dar.
Não gosta muito de trabalhar e prefere
encostar-se em alguém para conseguir o
que precisa.
Já teve diversas chances para ganhar
dinheiro, mas nunca retribuiu aos Orixás
e, por isto, perdeu tudo.
Tem que fazer Ifá, mesmo que não
chegue a ser bàbáláwo.
Uma criança de sua família está doente,
tome providências neste sentido. Se for
mulher, tem retenção do fluxo
menstrual que pode se agravar
deixando-a doente de cama.
Você tem uma mágoa muito grande de
alguém de sua família.
Mude-se do lugar onde está morando
porque ali existe muito olho-grande em
cima de você.
Você é uma pessoa muito sofrida e pode
enlouquecer por não agüentar mais
tanto sofrimento.
Sua cabeça não está nada bem no
aspecto psicológico.
Você, em determinados momentos,
deseja morrer.
Não dorme bem e demora muito a pegar
no sono.
Evite fumar.
Chegarão notícias sobre a morte de
alguém distante.
Não seja curioso, isto pode ocasionar
cegueira.
Se você tem alguma coisa guardada que
represente um segredo, não facilite com
a chave do local onde está guardada,
pois alguém tentará descobrir o que é e
divulgar o seu segredo.

Você está com problemas de barriga e


pode estar grávida.
Existe uma coisa boa em seu caminho
que não passa da esquina da sua rua e
não consegue chegar em sua casa,
porque existe um estorvo que a impede
de chegar.
Evite aborrecimentos. Embora não
pareça, sua saúde não está boa e um
aborrecimento sério poderá ocasionar a
sua morte.
Na sua casa existem coisas enterradas e
por isto, ouvem-se ruídos e acontecem
coisas estranhas.
Às vezes você está muito bem e,
repentinamente, sente vontade de rir e
de chorar ao mesmo tempo, sem saber
por que.
Às vezes se surpreende falando sozinho
e não entende o que está se passando.
A morte ronda sua casa e, por isto, não
deve ter vasilhas destampadas e lixo
amontoado pelos cantos.
Tenha muito cuidado com o que come e,
quando estiver comendo, evite ser
incomodado ou interrompido.
Não abra sua porta depois que tiver
deitado para dormir.
Não visite doentes nem vá a velórios.
Você protege uma pessoa que é sua
inimiga.
Você vive sofrendo por alguém que só
prejudicou a sua vida.
Não se molhe na chuva nem se exponha
à luz da Lua.
Tem que oferecer alguma coisa ao seu
Ori.
Não fique em falta com seus mais velhos
nem queira inteirar-se de
coisas que não lhe dizem respeito. Você
tem uma marca ou sinal
grande no corpo.
Tudo o que você tenta fazer sai errado.
Não deve comer milho e feijão branco.
Quando estiver à mesa comendo, não
deve levantar-se para atender a porta.
Você sente uma tristeza que lhe faz
chorar.
Quando caminha um pouco, sente-se
cansado. É problema de circulação
sangüínea.

Passou por sérios problemas na vida,


ocasionados por sua família e por
amigos que o roubaram.
Você tem ou terá uma filha cujo olorí é
Xangô ou Obatalá.
Você ou uma pessoa de sua casa tem
uma doença que é de origem espiritual.
Pagando o que deve ao Orixá, a doença
desaparecerá imediatamente.
Alguém está tramando um plano para
prejudicá-lo e colocá-lo em apuros.
Gosta de jogar, mas não tem tido sorte.
Alguém, por inveja, lhe lançou uma
maldição para que a sorte lhe virasse as
costas.
Não se vista de negro nem durma sobre
lençóis de cores.
Tenha cuidado com rumores e
problemas com a justiça.
Alguém o difama e levanta-lhe falso
testemunho.
Você não encontrou em sua vida
ninguém que lhe desse uma ajuda.
Rogue a proteção de Oxun e de Obatalá.
Você pode ser preso. Uma pessoa a
quem já prestou muitos favores, trará
uma fofoca. Não lhe dê ouvidos porque
qualquer atitude que venha a tomar,
pode lhe trazer graves conseqüências.
Se tem algum projeto em mente, aja
com muito cuidado, Oxun avisa que nas
águas calmas existem redemoinhos.
Uma amizade sua, dentro em breve, se
transformará em inimizade. Cuidado
com um roubo.
Você se já não foi, será submetido a uma
intervenção cirúrgica.
EBÓ DE OFUN MEJI
Uma tigela branca grande, canjica, uma
toalha branca, dez velas brancas, dez
acaçás, um obi de quatro gomos, água
de flor de laranjeira, pó de efun, algodão
em rama e um igbín vivo. Leva-se tudo
ao alto de uma montanha e ali, embaixo
de uma árvore bem copada, faz-se o
seguinte: Primeiro reza-se a saudação de
Ofun Meji, depois, forra-se o chão com a
toalha branca; no meio da toalha,
coloca-se a tigela com a canjica, coloca-
se os quatro gomos do obi sobre a
canjica, um de cada lado; coloca-se os
dez acaçás em volta da tigela; em cada
acaçá espeta-se uma vela, cobre-

se a tigela com o algodão, derrama-se


sobre ele a água de flor de laranjeira e
cobre-se com o pó de efun. Passa-se o
igbín na pessoa e manda-se que ela o
coloque, com suas próprias mãos sobre
a tigela. Derrama-se um pouco de água
de flor de laranjeira sobre o igbín que
deverá permanecer vivo. Só então
acende-se as velas e faz-se os pedidos. A
cada pedido formulado diz-se: “Hekpa
Babá”. Na volta para casa devese falar o
mínimo necessário e, a pessoa que
passou pelo ebó tem que guardar
resguardo de dez dias e vestir-se de
branco durante o mesmo período.
MENSAGENS DE OWÓNRIN MEJI
Sentença: Pegar água num cesto é
trabalhar inutilmente.
Você é pessoa de muito mal gênio e, por
este motivo, não deve dar ouvidos à
fofocas pois isto poderá ocasionar uma
desgraça em sua vida. Não se intrometa
naquilo que não lhe diz respeito.
Não diga a ninguém que em seu
casamento existe amor verdadeiro, para
que não interfiram na sua relação.
Sua vida já não é mais o que era antes.
Tem que oferecer um galo para Exú
junto com Ogun, com bastante milho
torrado.
As dificuldades que está passando são
decorrentes de algum erro no passado.
Não tem tido paradeiro fixo e lhe faltam
coisas essenciais.
Tem que assentar Elegbara, ele é seu
guardião e quer lhe dar proteção. Você
pode ser agredido a pauladas e ficará
muito machucado.
Possui muitos inimigos que não lhe dão
tréguas.
Peça a proteção de Xangô contra os
inimigos.
Cometeu uma falta com uma pessoa
mais velha e, por isto, lhe impuseram
maldições e mantêm velas
permanentemente acesas para que você
não tenha paz.
Não ande em grupos nem tome bebida
em companhia de ninguém.
Evite andar na rua tarde da noite.

Se tem alguma viagem para o interior


programada, não a faça por enquanto.
Não pare em esquinas.
Pague uma dívida que você tem com
Oxun.
Você é uma pessoa muito geniosa,
portanto, não deve portar armas,
discutir nem brigar com ninguém.
Não diga mais as “verdades” que
costuma
dizer às pessoas. Procure freqüentar
menos festas.
Um amigo seu é, na verdade, um inimigo
bem dissimulado.
Onde você mora existe muita umidade,
trate de mudar-se.
Existe uma enfermidade em seu
caminho.
Oxun está de pé com você, evite
disputas com quem quer que seja. Não
tente separar um casal que é feliz.
Não cobice a mulher ou o marido do seu
próximo.
Se alguém lhe pedir para guardar
alguma coisa, não atenda, pois
seguramente, será acusado de roubo.
Você está em débito com os Orixás.
Existe um Egun que o persegue e não lhe
dá sossego. Mande rezar-lhe uma missa.
Você costuma sonhar com coisas
estranhas e com pessoas despidas.
Tenha cuidado com o fogo e com os
ciúmes. Os dois podem queimá-lo. Não
levante a mão contra quem quer que
seja.
Querem que você assuma a paternidade
de uma criança que não é sua. Você
costuma fazer tudo ao contrário do que
lhe mandam.
Não negue comida a quem quer que vá à
sua casa, isto lhe deixa em osogbo,
trazendo guerra em sua vida. Nunca se
vingue de ninguém, Exú manda dizer
que ele é suficiente para cobrar todo o
mal que lhe façam. Cuide muito de
Elegba.
A pessoa que se consulta tem objetos
guardados que pertenceram a alguém
que já morreu.

Se estiver doente, tem que se cuidar


para que não morra. Tem que dar um
galo a Exú com epô, pó de ekú, pó de
ejá, ori-da-costa e muito milho torrado.
Em seguida a pessoa deve fazer uma
visita a um hospital. Quando este Odu,
saindo em opolé, vier seguido de
Okanran, e estando em osogbo, pode
estar indicando prisão ou morte e tem
que se dar um cabrito e duas galinhas
d’angola para Elegbara.
Tem que se fazer, ainda, o seguinte ebó:
Um cravo de linha de trem, um facão,
uma faquinha, uma corrente de ferro, e
um bastão de madeira. Os bichos acima
relacionados são sacrificados sobre
Elegbara e os demais componentes.
Despacha-se tudo numa encruzilhada de
rua.
Se vier, nas mesmas condições, seguido
de Irosun, a pessoa tem que ter muito
cuidado com favores recebidos pois
quem lhe presta favores está mal
intencionado e tudo o que faz, é plantar
para colher mais tarde. Sabe que o
cliente tem uma cabeça boa e pretende
tirar proveito roubando a sua sorte.
EBÓ DE OWÓNRIN MEJI
Dois obís, duas solas de sapatos velhos
(da própria pessoa), dois bonequinhos
de pano, dois pedaços de pano, sendo
um branco e um amarelo, uma casinha
de cera, duas pencas de bananas, dois
saquinhos de confete, e um galo para
Exú. A roupa que a pessoa estiver
vestindo na hora do ebó, tem que sair
no carrego, que será despachado nos
pés de uma árvore frondosa. Feito o
ebó, o cliente se vestirá de branco por
dois dias.
MENSAGENS DE EJILAXEBORA
Sentença: Quando não existe guerra o
soldado não morre.
Tenha cuidado com a justiça e com o
fogo. Você está metido numa coisa ruim
que pode trazer mal resultado.
Você teve um sonho ruim onde via
sangue derramado.

Xangô está zangado com você, procure


apaziguá-lo bem depressa. Possui um
gênio muito violento.
Tem inimigos dentro de sua própria
casa.
Está metido em confusões, nas quais
será derrotado, e não sabe como sair
delas.
Alguém fez uma armadilha para que
você ficasse arruinado moral e
materialmente.
Existe alguém a quem você sente ganas
de agredir fisicamente. Não faça isto
porque o prejuízo maior será seu.
Pressente que estão lhe fazendo mal e
não está enganado.
Existe muito fogo mandado em sua
direção.
Têm-lhe feito muito feitiço por inveja da
sua maneira de ser.
Se o cliente for homem, tem que ter
muito cuidado com uma mulher que o
está querendo amarrar. Todos os
contratempos de sua vida são causados
por mulheres que foram desprezadas.
Deve ter muito
cuidado com o que come e bebe. É desta
forma que costumam pegá-
lo.
Xangô aconselha que pense bem no que
fala, nunca diga nada sem antes estar
seguro do que vai dizer e,
principalmente, não calunie a quem
quer que seja.
Você é uma pessoa que acha que sabe
muito, mas, na verdade, não sabe nada.
Gosta de falar mal dos Santos e dos
sacerdotes.
Respeite a opinião alheia, você gosta de
ser crítico e bancar o engraçado. Você
desconfia de alguém que é sincero e leal
com você, trata-se de uma pessoa muito
nobre e que não gosta de muita
conversa.
Por mais que busque, sempre escolhe
mal suas amizades.
Não se deixe levar por falatórios
infundados.
Não use roupas listradas nem roupas
emprestadas.
Você convive com alguém que lhe causa
asco.
Vai sofrer uma traição num lugar que
costuma freqüentar. Evite ir lá por estes
dias.
Sua franqueza e temeridade fazem com
aja com imprudência.

Ressente-se por qualquer bobagem e


guarda rancores profundos, quando
mete algo na cabeça, fica cismado e isto
tem lhe ocasionado muitas perdas.
Acha que tudo que lhe fazem é por
maldade e intencionado, esquecendo
que, muitas vezes, as pessoas se
prejudicam sem querer.
Pague uma dívida que tem com Xangô.
Você tem sido alvo de calúnias.
Uma pessoa de sua amizade tem
tentado amarrá-lo, mas, quando pensa
que conseguiu, você já se livrou da
armadilha.
Tenha cuidado para não ser enganado
numa questão de herança.
Agrade Oxun para resolver problemas
relacionados a dinheiro.
Procure mudar a posição de sua cama.
Se o cliente for do sexo masculino, tem
que usar um fio-de-contas de Oxalá e
outro de Xangô.
Deve ter cuidado para não ser
acometido por uma crise de
impotência sexual fora de sua casa. Você
é governado por Xangô,
e por isto, tem que agradá-lo muito.
EBÓ DE EJILA XEBORA
Um galo, dois pombos, doze folhas de
babosa, doze pedacinhos de ori-da-
costa, doze pedaços de coco seco, doze
grãos de ataré, um alguidar, doze folhas
de mamona, doze búzios, um charuto de
boa qualidade, dendê, mel, oti, pó de
peixe defumado, pó de ekú defumado,
doze grãos de lelekun e pó de efun.
Sacrifica-se o galo para Exú e coloca-se
dentro do alguidar. Passa-se no corpo do
cliente e vai-se arrumando no alguidar,
em volta do galo, as folhas de babosa e
os búzios. Rega-se com mel, oti e dendê,
cobre-se
com pó de peixe e pó de ekú. Pega-se as
folhas de mamona e, sobre cada uma
delas coloca-se um pedaço de coco, em
cima de cada pedaço de coco um
pedacinho de ori, um grão de ataré e um
de lelekun e com isto se faz doze
trouxinhas. Passam-se as trouxinhas no
cliente e vai-se arrumando no alguidar.
Por fim, passa-se os pombos e solta-se
com vida.

O ebó é arriado dentro de uma mata e o


charuto, depois de aceso, é colocado em
cima de tudo.
MENSAGENS DE EJIOLOGBON
Sentença: Quando existe enfermidade o
sangue adoece.
Este Odu assinala que você pode estar
doente do sangue, o que se manifesta
por erupções ou caroços na pele.
Fala de doenças adquiridas por contágio
ou por hereditariedade.
Você está atravessando uma situação
muito difícil por ser desobediente e
teimoso.
Não seja curioso, nem maltrate os cães.
Quando você estava no ventre de sua
mãe, alguém lançou uma maldição sobre
ela. Esta maldição ficou sobre sua
cabeça e até hoje o acompanha. Existem
dúvidas em relação a uma paternidade.
Não se deixe envolver por um problema
familiar que resultará em tragédia.
Uma donzela é seduzida e desvirginada.
Você tem tendências a assumir atitudes
insanas que põem em risco sua
reputação e sua honra.
Alguém, obstinadamente, pede sua
morte.
Atenda aos seus Orixás para livrar-se de
Ikú.
Você tem um problema de herança de
Santo que só será decifrado com ajuda
de um bàbáláwo.
Não cruze as mãos sobre a cabeça, isto
atrasa sua vida e lhe traz osogbo.
Cuidado para não ser acusado de roubo.
Às vezes você sente vontade de sair
andando sem rumo.
Seria muito bom que você mudasse para
outra cidade.
Omolú caminha com você passo a passo.
Você precisa assentar Omolú.
Prepare um saquinho cheio de milho,
amarre com uma tira de palha-da- costa
e pendure atrás da porta de sua casa,
para ter a proteção de Omolú.
Procure um bàbáláwo para lhe consultar
aos pés de Orunmilá, através do jogo de
okpele.
Uma grande mudança, que poderá ser
para melhor ou para pior, ocorrerá em
sua vida. Tem que pesquisar do que se
trata.
Uma situação que chega ao fim,
saturação total e absoluta
impossibilidade de dar continuidade a
alguma coisa.
Ofereça um adimú à Nanã.
Você custa a tomar uma atitude, fica
indeciso e prefere agir sob a orientação
de alguém em que confie. É inteligente e
tem boas
idéias, mas não consegue colocá-las em
prática sem o auxílio de
outros.
Prefere ser comandado à comandar.
Gosta de viver em grupo e de freqüentar
lugares onde se reúnem muitas pessoas.
Não suporta a solidão e o isolamento.
Para ter sorte na vida, deve morar perto
do mar, de rio ou de lagoa. Sua casa é
freqüentada por muita gente e você tem
muitos amigos.
EBÓ DE EJIOLOGBON
Um peixe fresco, 13 pãezinhos, um
alguidar, um pedaço de pano preto, um
pedaço de pano branco, pó de peixe e
de ekú defumado, dendê, mel e vinho
tinto. Passa-se o peixe na pessoa e
coloca-se dentro do alguidar, passase os
pães na pessoa e arruma-se em volta do
peixe. Rega-se tudo com mel, dendê e
vinho. Salpica-se os pós sobre tudo.
Passa-se o pano preto nas costas da
pessoa e coloca-se dentro do alguidar.
Passa-se o pano branco na frente e com
ele embrulha-se o alguidar. Despacha-se
nas águas de um rio ou de uma lagoa.
MENSAGENS DE IKÁ MEJI
Sentença: Quando chove o sapo se
abriga em baixo da pedra.
Você participou de uma cena de
violência, quer seja como autor, quer
seja como vítima.

Está envolvido numa situação


insustentável que terminará como um
motim, de forma violenta e explosiva.
Vive perigosamente, como que sentado
num barril de pólvora.
Se é mulher, já foi estuprada ou sofreu
uma ameaça de estupro. Alguém que o
odeia profundamente tentará contra a
sua vida usando arma de fogo.
Seu apetite sexual é exacerbado e isto
pode provocar uma tragédia em sua
vida.
Um homem jovem e de caráter violento
está lhe criando sérios problemas que
você não sabe como solucionar.
Oxumarê está pronto a lhe auxiliar,
ofereça-lhe um adimú.
Você pode ser filho de Oxumarê ou de
Soboadan.
Não ande armado e evite locais onde se
praticam a prostituição ou qualquer tipo
de jogo, mesmo os jogos esportivos.
Você será ferido e seu sangue
derramado num local onde a multidão
fará um protesto.
Evite passeatas, comícios e
manifestações públicas de protesto.
Procure um bàbáláwo, Orunmilá precisa
de seus préstimos.
Uma notícia de um acidente com morte
lhe trazendo grande constrangimento.
A mulher é violentada pelo próprio
marido e já o foi por um parente bem
próximo.
Assinala caminho de bàbáláwo, você
tem que fazer Ifá.
Avisa a morte de um ente querido por
ferro e fogo.
Tem que fazer ebó para limpar-se do
osogbo e dar comida a Oxumarê. Tem
que cuidar de Yemanjá e de Orunmilá.
A mulher tem que receber akofá,
assentar Orunmilá, Elegbara e os
Guerreiros (Ogun, Oxóssi e Ôsun).
Se for solteira tem que casar com um
bàbáláwo.
Você abusa de sua autoridade e a usa
para pisar e humilhar os subalternos.
Mude sua atitude para não se tornar
escravo de quem escraviza hoje.
Você sairá vitorioso de uma disputa em
que se meteu, mas para isso, terá que
agir com muita energia.
Pense duas vezes antes de tomar uma
decisão. A impetuosidade poderá custar
a sua vida.
Os recursos de que dispõe são
insuficientes para o projeto que tem em
mente. Prepare-se melhor para não
fracassar.
Outras pessoas tiram proveito do seu
sacrifício, o que lhe provoca muita
revolta.
Tudo o que você faz só beneficia os
outros, que nem ao menos reconhecem
o seu valor.
Um amigo em quem confia está lhe
traindo e faz tudo para prejudicá-lo.
Uma mulher traída e desprezada é mais
perigosa do que uma serpente ferida.
Tenha muito cuidado.
Não discuta com ninguém nem aceite
desafios. Aja com a cabeça e aguarde o
momento certo.
Sua cabeça é boa e de conquistas, mas o
seu mau gênio atrapalha tudo. Por duas
vezes já quiseram lhe matar, na terceira,
por certo, conseguirão.
EBÓ DE IKÁ MEJI
Um galo, duas quartinhas com água, 14
grãos de milho, 14 grãos de ataré, 14
favas de bejerekun, 14 grãos de lelekun,
um alguidar, um pano branco, 14
moedas, uma mecha de pavio de
lamparina, um obi, um orógbó, 14 ovos
e 14 acaçás.
Enchem-se as quartinhas com água de
poço, sacrifica-se o galo para Exú e
arruma-se no alguidar. Passa-se os
demais ingredientes na pessoa e vai-se
arrumando dentro do alguidar, (os ovos
são quebrados). Derrama-se a água das
quartinhas, uma sobre o ebó e a outra
na terra. Despacha-se em água corrente.
(As quartinhas não precisam ser
despachadas).
MENSAGENS DE OBEOGUNDÁ.
Sentença: A mesma força que
movimenta é a que paralisa.

Você é uma pessoa ingênua e que não


vê a maldade do mundo.
A sua ingenuidade faz com que confie
em todo mundo, principalmente
naqueles que não merecem a sua
confiança.
As pessoas lhe elogiam pela frente,
agradam, e, depois que obtêm o que
desejam, zombam de você pelas costas.
Seu grande defeito é a vaidade. É por aí
que o atingem.
Está sempre pronto a receber, de braços
abertos, até mesmo aqueles que já o
tenham traído.
Perdoa e esquece com muita facilidade,
todo o mal que lhe fazem.
Tem que tomar um borí e assentar
Obatalá.
Tem que agradar Ogun e Iyewá.
Sofre da vesícula, sente dores e acidez
no estômago.
O mal está em sua boca, evite talheres
de metal.
Não consegue agir de agir de má fé com
ninguém.
Existe um Egun que o persegue porque
quer ser tratado. Cuide deste Egun,
acenda-lhe velas e peça a sua proteção.
Tem que assentar Azawani.
Tem cargo dentro do Santo. Procure
saber qual é.
Tem que se iniciar no culto de Orunmilá,
ser apetebí ou bàbáláwo.
Tem que cultuar Babá Ajalá para obter
uma boa cabeça.
Tem que assentar Exú Ijelú e cuidar dele
para receber sua proteção. Tenha muito
cuidado para não agredir alguém com
uma arma branca.
Sua relação amorosa sofre oposição de
terceiros que desejam sua separação.
Se for homem, tem problemas de
impotência e precisa fazer ebó para que
o problema não se agrave.
Se quiser reatar com alguém a quem
ama, ofereça um galo branco a Exú Ijelú.
Cuide muito bem de sua casa e não
brigue com seu cônjuge.
Sua vida está atrasada porque
desmancharam um
assentamento de Orixá que lhe
pertencia. Tem que assentar
Oxun.

Não deve beber bebidas alcoólicas. Não


pode comer pombo.
EBO DE OGBEOGUNDA
Um alguidar cheio de pipoca, dentro do
qual se sacrifica um galo branco. No
mesmo alguidar coloca-se: Um orógbó,
um obi, uma fava de ataré, mel, dendê,
vinho branco, uma faquinha pequena,
um caco de louça, uma pedra de rua,
uma pedra de rio, uma pedra do mar e
um bonequinho. Arreia-se tudo num
caminho de terra que saia num rio. Não
se passa nada no corpo do cliente e é ele
quem deve arriar o ebó e fazer os
pedidos enquanto acende 14 velas ao
redor. (Os pedidos são feitos a Exú).
MENSAGENS DE ALAFIA.
Sentença: Uma venda sobre os olhos
esconde o próprio nariz.
Quando sai este Odu, o jogo não pode
ser cobrado e, se já o foi, o dinheiro tem
que ser devolvido ao cliente.
Você fala bem, sabe convencer, mas
muda de opinião com muita facilidade.
Possui duas palavras, uma hora diz uma
coisa, outra hora diz outra.
É afetuoso e recebe com muita alegria as
pessoas que o buscam.
Deve, sempre que possível, usar roupas
brancas ou azuis.
Possui vocação artística, o que deve ser
olhado com mais atenção, o seu sucesso
pode vir pelas artes.
Ama com sinceridade e, da mesma
forma, é correspondido.
Não permita que os instintos dominem a
razão. Por aí está sua perdição. Aprenda
a dizer não da mesma forma que sabe
dizer sim.
Cumpra com a palavra empenhada para
não ser visto como uma pessoa de duas
caras.

Seja mais determinado, não hesite, nem


permita que outros tomem decisões por
você.
Não tenha cães em sua casa. Eles lhe
trazem osogbo.
Não coma milho assado, carne de porco
e carne de tartaruga.
Estas são as suas interdições. Não negue
esmolas aos necessitados e, quando as
der, seja generoso.
Não fume nem seja indiscreto.
Você não pode portar nenhum tipo de
arma. Isto lhe trará um transtorno muito
grande.
Você é filho de um Orixá Funfun,
provavelmente de Oduduwa.
Xangô lhe dá proteção
permanentemente, procure agradá-lo.
Se for sacerdote de Orixá ou do culto de
Orunmilá, tem que assentar Aje Xaluga.
Não pode comer galo nem inhame
pilado.
Faça suas preces de frente para o
oriente. Ali está a sua sorte.
Tem que receber Ifá, assentar Orunmilá
e Elegbara.
O perigo ronda suas vistas. Tenha
cuidado para não ficar cego.
Na vaidade se perdem os poderosos.
Não seja vaidoso, deixe aos outros o
reconhecimento de suas qualidades.
Você nasceu para ser cabeça e não
pescoço.
Tem que comandar e não ser
comandado.
Possui o dom de adivinhação, por isto
tem que aprender a jogar.
Se mantiver-se sempre em irê, tudo o
que tocar se transformará em dinheiro.
Possui o toque de Midas.
Não fale mentiras, não levante falsos
testemunhos e mantenha sua moral
elevada.
Ande sempre limpo física e moralmente.
Evite lugares sujos, barulhentos e
fétidos.
O barulho lhe incomoda e se alguém
grita ou fala alto com você, fica irritado
a ponto de perder a calma.
Evite ajuntamentos.

Se você não é feito, terá que fazer o


Santo o mais depressa possível. Não
permita que sua língua destrua o que
sua cabeça constrói.
Tem que fazer ebó para livrar-se dos
Arajés.
A inveja atrasa sua vida. Não conte seus
planos a ninguém.
Seu maior inimigo come à sua mesa e
vive fazendo-lhe elogios
EBÓ DE ALÁFIA
Um peixe pargo, um prato branco fundo,
um obi branco de quatro gomos, canjica,
16 moedas, 16 búzios, efun e mel de
abelhas. Passa-se o peixe no corpo do
cliente e coloca-se no prato onde já se
colocou a canjica. Arrumam-se as
moedas e os búzios em volta. Abre-se o
obi e coloca-se um pedaço em cada lado.
Rega-se tudo com mel de abelhas e
cobre-se com pó de efun. Entregar num
local com bastante sombra, dentro de
uma mata.
Resguardo de 24

Ebo para viciados em drogas: . Uma


angola
. Droga que a pessoa usa
. Pano vermelho tira
. Modo:
Passa a angola sobre a pessoa, rezando
orikí a baixo, amarra a droga na tira nos
pés da angola.
Solta viva no mato
A pessoa será curada Ofere:
Ti ígí ti igí

Alagbò dí ye Ra Asé
Ebó ifèràn (amor e atração ) Ose dùndù
Dánda da costa ralado
Sete tipos de perfumes
Uma pena de ekodide torrada Modo de
fazer:
Mistura todos os itens ao sabão Rezar o
odù ose meji
Ofore:
Ose meji mu mi ni ife (lagbaja) nome da
pessoa
1
DIVERSOS
ÀKÓSE
IFA

para a prosperidade

ingredientes:
iyèrosùn
Àádùn (tipo de doce Yoruba)
preparação:
Iyèrosùn lugar no conselho de Ifa. Mark
Ika Meji. Recitar o verso anterior. em
seguida, Iyèrosùn misturar com àádùn.
Comer devagar àádùn.
OFO:
Olákáyé
que Kaja
Ogigi lègèlègè você é IKO OLORUN
Olákáyé là PE Ifa
Isso Kaja là PE Esu Odara
Ogigi lègèlègè você é IKO OLORUN por
exemplo, um Eyin Iyami Aje
Esu Odara ní n Saadoun
Ifa ní n elékúté
Iyami Osoronga ser Leku você ní n n Sepo
PO Pa Vitória Vitória ou dìmùlè
GANHOU ní à ENI mo bá Idi Re ou ÓÒ
Kokun AJE ganhou lé Lolo
Idi Emi Lagbaja lónìí re mo
E WA Kokun AJE lé meu Lolo
Àádùn ele, nem ouro Kí Temi Dùn NILE
ayé.
tradução:
A honra que cobre todo o mundo
Ele que governa sobre todos os mercados
A sombra esplêndido, o emissário de o
Ser Supremo
A honra que cobre todo o mundo, é o
nome de Ifá
Ele que governa sobre todos os
mercados, é o nome dado a Esu Odara
A sombra esplêndido, o emissário do Ser
Supremo, é o nome dado a Iyami Aje
Esu Odara é aquele que faz àádùn
Ifa é o que me faz elékúté
Iyami Osoronga é a fábrica de óleo de
palma
Você faz essas coisas em segredo
Você diz que a riqueza será dado apenas
para um que sabe o segredo
Conheci hoje o segredo
Venha e me dê minha riqueza
É àádùn dizendo que minha vida vai ser
doce e agradável neste mundo.
página 3
3
para a prosperidade ingredientes:
iyèrosùn
Um recipiente de água
preparação:
Despeje iyèrosùn em um facão e marcar
o Odù Ejiogbe. Recitar o verso acima Ifa.
Coloque o iyèrosùn em um recipiente
com água. Use-o para o banho.
OFO:
Emi volta Olúkénke
Emi volta Olúgèngè
Emi volta gbogbo Olu fi ara ke ke my my
Emi Omo Atéwógbire Agbonniregun
Eni tó Leku méji Kofi Okan ke o meu Emi
volta Olúkénke
Emi volta Olúgèngè
Emi volta gbogbo Olu fi ara ke ke my my
Emi Omo Atéwógbire Agbonniregun
Eni tó Leja méji Kofi Okan ke o meu
Emi volta Olúkénke
Emi volta Olúgèngè
Emi volta gbogbo Olu fi ara ke ke my my
Emi Omo Atéwógbire Agbonniregun
Eni tó Leye méji Kofi Okan ke o meu
Emi volta Olúkénke
Emi volta Olúgèngè
Emi volta gbogbo Olu fi ara ke ke my my
Emi Omo Atéwógbire Agbonniregun
Eni tó Léran méji Kofi Okan ke o meu
Emi volta Olúkénke
Emi volta Olúgèngè
Emi volta gbogbo Olu fi ara ke ke my my
Emi Omo Atéwógbire Agbonniregun
Eni tó Ñire méji Kofi Okan ke o meu
Ki Ona I Di mó ALADAA
Ki Ona deu mó minha ira Smarter
GBE Ejiogbe ire Temi me KO.
tradução:
Eu sou um que as pessoas dão as coisas
Eu sou um que consinta pessoas
Eu sou um que as pessoas de todo o
coração dá-lhe coisas
Awo Ifa Akose vários Ifakolade
4
Eu estou usando as palmas das mãos
para receber as bênçãos, o filho de
Agbonniregun Qualquer um que tem dois
ratos, você tem que me dar um
Eu sou um que as pessoas dão as coisas
Eu sou um que consinta pessoas
Eu sou um que as pessoas de todo o
coração dá-lhe coisas
Eu estou usando as palmas das mãos
para receber as bênçãos, o filho de
Agbonniregun Qualquer um que tem dois
peixes, eu deveria ter um
Eu sou um que as pessoas dão as coisas
Eu sou um que consinta pessoas
Eu sou um que as pessoas de todo o
coração dá-lhe coisas
Eu estou usando as palmas das mãos
para receber as bênçãos, o filho de
Agbonniregun Qualquer pessoa com dois
pássaros, eu deveria ter um
Eu sou um que as pessoas dão as coisas
Eu sou um que consinta pessoas
Eu sou um que as pessoas de todo o
coração dá-lhe coisas
Eu estou usando as palmas das mãos
para receber as bênçãos, o filho de
Agbonniregun
4

Qualquer um que tem dois animais, eu


deveria ter um
Eu sou um que as pessoas dão as coisas
Eu sou um que consinta pessoas
Eu sou um que as pessoas de todo o
coração dá-lhe coisas
Eu estou usando as palmas das mãos
para receber as bênçãos, o filho de
Agbonniregun Qualquer um que tem dois
boa fortuna, deve me dar uma
A estrada vai nunca será bloqueado para
a pessoa com o facão Assim, a minha
caminho deve ser aberto
Ejiogbe, tome a minha fortuna para me
conhecer.
5
Awo Ifa Akose vários Ifakolade
5
Para receber bom tratamento e favorece
as pessoas
ingredientes:
Ewé OWU
Ose Dudu
oyin
bonduc caesalpinia 1 semente
iyèrosùn
preparação:
As folhas das árvores de algodão ser
triturados e misturados com sabão e mel.
jogar Iyèrosùn no conselho de Ifa. Mark
Ejiogbe em iyèrosùn. Recitar o verso.
jogar
o sabão iyèrosùn. Coloque um guacalote
semente (Caesalpinia Bonduc) dentro
sabão. Use sabão para banho.
OFO:
Paki Laa Só
ITAPA nìterùkù MOLE
Ele Àpànkókó Kozhin ma Kori odíde
Um dia òkòòkàn divertido Ninu Irunmole
GANHOU n GBA REE Lolo Ògún Ida
Ògún ou Tabi Ni ere IJA
GANHOU ní IJA ou
Paki Laa Só
ITAPA nìterùkù MOLE
Ele Àpànkókó Kozhin ma Kori odíde
Um dia de diversão Òrúnmìlà
Ree n GBA o que Ida Lolo Ògún
Ògún ou Tabi Ni ere IJA
Òrúnmìlà ní n Ere ou
Ògún fi Òrúnmìlà Lolo Ida Le
GANHOU ní Òrúnmìlà ou você será E
Ou Ni Ninu gbogbo IGI n a ser Loko
Ní OWU Wu GANHOU
I ERE omo o bá n Ayo
Mòrànìn N wíràn oyin
OWU ele, nem Temi Naa Ki ORO wu
aráyé
Ki Won ou MAA divertido Meu Ñire
Dídùndídùn N Soro oyin
Dídùndídùn ou KAYE ou MAA Soro minha

I ERE omo o bá n Ayo


I Ere ou Kl gbogbo ayé MAA bá minha
vontade Won Ki Smarter BA meu Ja.
6
tradução:
Paki Laa Só
ITAPA nìterùkù MOLE
Ele Àpànkókó Kozhin ma Kori odíde
Ifa profetizou para cada Irunmole
Quando eles iriam receber a espada da
Ògún
Ògún perguntou se eles usariam para
lutar ou jogar
Eles disseram para lutar
Ògún recusou-se a dar-lhes a espada
Paki Laa Só
ITAPA nìterùkù MOLE
Ele Àpànkókó Kozhin ma Kori odíde
Ifa profetizou Òrúnmìlà
Quando ele estava para receber a espada
da Ògún
Ògún perguntou se ele iria usar para lutar
ou jogar
Òrúnmìlà disse jogar
Ògún deu a espada para Òrúnmìlà
Eles queriam para saber como Òrúnmìlà
tinha feito
Ele disse que as pessoas nas árvores,
como a árvore de algodão As pessoas
usam o jogo apenas para jogar
Soothingly que é que as pessoas falam
sobre o mel
É algodão que vai fazer o meu negócio
atraente para as pessoas Portanto, eles
devem me dar sorte
É suavemente falamos de mel
As pessoas devem falar para mim
docemente
É o jogo que estamos habituados a jogar
Vamos todos brincar comigo
Não deixe que ninguém lutar contra mim.
7
Para o dinheiro e prosperidade
ingredientes:
6
Ewé Iná
Ewé Èsìsì
Ewé Àáràgbá
Ewé OLOYIN
Ewé Èkùyá
preparação:
Todos queimar ervas juntos e, em
seguida, esmagados, a fim de torná-lo um

finito. Ele Opon Ifa verificar iyèrosùn
sobre e Odù Iwori TUTU (Iwori Oturupon)
está marcada e
7

recitar o encantamento.
usa:
As doses podem ser tomadas em um
copo de água a cada manhã
Pode ser misturado com um sabão que se
usou para se banhar
9 incisões na cabeça, se vai ser um
homem; e se as mulheres se tornam 7,
em seguida, esfregar o pó para dentro
dos cortes.
OFO:
Ifa Oníkèé NPE
NPE Onígbè Esu Odara
Omolàjohun Loruko você NPE Aje
Loni Oníkèé Kí omo aráyé ou MAA Kemi
Loni Onígbè Kí omo aráyé ou MAA Gbemi
Omolajohun Loruko você NPE Aje
AJE jeki elo ena NRI NRI Ki
NRI Ki e FISE ohun rere
Kakan ou Ki NFI máarise
I Ile ogbaa ou NSE
Ewé àáràgbá
Atile Atuna ou Kl aumento MAA NFI
Ele Nijo você Omode JAWE bá OLOYIN
ayé
Nem NFIN ojú bá Toruń
Ojójúmo ou Kl aumento MAA NFI
Àtélewó Èkùyá ou gbówó fim èkùyá
OMI vai Àtélewó AJE wature Sile
divertido me.
8
tradução:
O Petting é o nome do Ifa
O cuidado é o nome do Esu Odara
Que proporciona riqueza é o nome da
deusa Aje
O Petting, diz que as pessoas devem
acariciar
O cuidado diz que as pessoas devem
tomar cuidado
Que proporciona riqueza diz que as
pessoas devem fornecer -me a sua
riqueza E para fazer coisas boas com
riqueza
Grama pica pica-pica um imediatamente
Eu trago dinheiro rapidamente
Um campo é perturbado Èsìsì
Que as pessoas devem ser incomodado
para me trazer dinheiro
A casa não se encaixa no caminho, não há
convém àáràgbá
Eu trago a riqueza das casas e estradas
O dia em que a criança corta a grama no
chão OLOYIN
Nesse mesmo dia, ele encontra o céu
OLOYIN
Acho que o destino de todos os dias
grama Èkùyá escolhe dinheiro com a
palma das suas mãos
Você escolhe dinheiro e riqueza com a
palma das minhas mãos
Iwori Wótù me trazer riqueza e vou abrir
o caminho
Por toda a sorte vir para mim.
8
9
Dela favores para as pessoas
ingredientes:
Ewé ewúro
Ewé òmísínmìsín
Ori
Ose Dudu.
preparação:
Ervas são esmagadas, em seguida,
misturado com o Ori e finalmente com
esmagar o preto para a pessoa que usa -
lo para o sabão de banho.
Para as vendas rápidas ou para fazer
dinheiro rápido
ingredientes:
Ovelha ile Irawo
Akoko Ewé
Iyo (sal)
Ose Dudu
preparação:
Esmague as ervas com sal e dudu ose.
Despeje a Opon Ifa iyèrosùn e
marca Meji Odi, recite o encantamento e,
em seguida, misturar com a preparação.
o banhar interessados com sabão.
OFO:
Ile ni mo jókòó sim
Nem gbogbo ire n wo me tùurutu WA bá
Mo jókòó Ainaro
Mo rire ele orou a WA NWO Tomi
Dia de diversão ODI
Ebo ou Ni Ko GANHOU Waa é
Se nem Ko ganhou o ma
Ou gbébo ou Rubo
Òjókòó-fèyìn-tigi-Akoko
Ire Aje n dà WA ou
Girigiri
Nire gbogbo ao meu maa dà WA bá
Girigiri
-se Ibi no FI Iyo
Ibe NAA NIYO nsomi I yes
Girigiri
Nire gbogbo ao meu maa dà WA bá
Girigiri
9
10
Oke Kii yè
TII gbégbo puxar FII
Girigiri
gbogbo Nire para wa maa Da ou Girigiri
10

ILE Irawo a WA REE rere Dari Temi


tradução:
Sento-me na minha casa
Quando todo o bem-estar vir a mim
I vai se sentar sem tentar para me parar
Eu vi a prosperidade mover meu
Essas foram as declarações de Ifa Odi
Quando eu fui para exercer o seu
sacerdócio para Oko Ele foi aconselhado
a oferecer ebo
E que não era e disse (a Oko)
Ele seguiu os conselhos oferecidos e
Ele sentou-se e recostou-se na árvore
Akoko
E da riqueza imediatamente veio a mim
em muitos
Toda a ira veio a mim
em muitos
O balde onde o sal é mantida
Este é onde se torna água
em muitos
Toda a ira veio a mim
em muitos
O paciente não se move
Até que fosse fazer o seu próprio ebo
em muitos
Toda a ira veio a mim
em muitos
ILE Irawo ir e traga-me todas as coisas
boas da vida.
11
para a Protecção
ingredientes:
11
Ewé Ètìpon-Ola
A água do rio
iyèrosùn
preparação:
Ètìpon onda de queima de grama e, em
seguida, terra, a fim de torná-lo um pó
finito. Ele Opon Ifa verificar iyèrosùn
sobre e Odù Iwori TUTU (Iwori Oturupon)
está marcada e rezar o
encantamento.
usa:
Pode ser tomado em doses de um copo
de água a cada rio de manhã
Pode ser misturado com um sabonete
que costumava tomar banho com água
do rio ou rio
9 incisões na cabeça, se vai ser um
homem; e se as mulheres se tornam 7,
em seguida, esfregue o pó em que os
cortes, em seguida, selar os cortes com
água do rio.
OFO:
Oni Loni Onísin Iko;
OLA LOLA Òbàràmòjè;

Òtunla Omo Iya è,


Bi ou WAA,
Bi ou wa
Enìkan ou Mo;
Divertimento do dia Òrúnmìlà Yoo IFAA
r'àtà Bomo rè
Bí iGun Ìgemò
EWI NILE Ado
Ifa ràtàá me Bo,
IBI filão pò.
NII Agbara ràtàá bo yanrìn LoDo Ifa Rata
me Bo,
IBI filão pò.
Ètìpon-Ola NII ràtàá Bole,
Ifa Rata me Bo,
IBI filão pò.
FII Ìhùùhù Ladie ràtàá è Bomo, Rata
Òrúnmìlà me Bo,
IBI filão pò.
12
tradução:
Hoje é o dia da Onísin Iko; Amanhã será o
dia Òbàràmòjè; O dia depois de amanhã
vai vir Se este for
Ou não vem
ninguém sabe
Estas foram as mensagens de Ifa para
Orunmila Que protegem seus filhos
Vulture Ìgemò
A cidade EWI Ado
Ifa me proteger
Muito mal lá fora
É a água do rio que cobre a areia
Ifa me proteger
Muito mal lá fora
É Ètìpon-Ola que cobre a terra
Ifa me proteger
Muito mal lá fora
Hen protege seus filhos com as suas
penas
Ifa me proteger
Muito mal lá fora.
Àfòse
ingredientes:
Ewé ALURO
Ewé Patonmó
Ewé Àáràgbá pupa
12

EGBO Akéréjùpón
Ose Dudu
preparação:
Moer todas as ervas juntamente com
sabão preto, despeje Opon Ifa iyèrosùn e
marcar Ejiogbe, depois rezar o feitiço e
depois misturado com outros materiais.
Em seguida, você deve fazê-lo no chifre
do bode, você deve colocar a raiz de
Akéréjùpón em
parar.
Use: Remover a raiz de Akéréjùpón
contato com a língua e dizer o que você
quer ser satisfeitas.
Awo Ifa Akose vários Ifakolade

OFO:
Ele BA olho Kolu você Patonmó ou ro,
Ele BA ovelha olho Kolu você ALURO ou
ro,
Ile ou GBA, GBA um O, NISE Ovelha
Àáràgbá, OJO você Akéréjùpón Ba Kan fi
enu única ou ìlèpa. tradução:
O dia em que jogar para Patonmó, este
vai fechar a boca O dia em que jogar para
ALURO, é vai fechar
A casa não é segura, a estrada não é
seguro
Grama normalmente faz Àáràgbá
Se a raiz de akéréjùpón cresce, ele toca a
terra vermelha.
ÀFÒSE
ingredientes:
Iru
sal
bainha de couro (corte a ponta)
Um bocado da parte superior de um
tronco de árvore que tenha sido cortado
preparação:
Você deve moer todos os materiais até a
poeira finita deve cobrir tecido
algodão e que vai amarrar com fios de
preto e branco.
Uso: colocou -o na boca e na língua e
mantê -lo antes de perguntar alguma
coisa deve enunciar o feitiço para ativar o
àfòse
OFO (OSE Otura):
Ò Enu Ko IRU Enu ò Iyo Ko,
Ako Ko Ko gbódò Ada Ada,
Bí Afefe bá n fé kùkùté Ko gbódò gbònrí,
Dudu OWU OWU funfun Ko gbódò ara
ganhou JA
Kii Ènìyàn Lagbaja ou ja me ma
Ènìyàn ohùn você bá ut mo.
tradução:
A boca não rejeita IRU
A boca não rejeita Sal
A bainha não rejeita a espada
Se o ar está soprando o tronco nunca vai
mover
linha branca e linha preta nunca tiveram
discussões
Ninguém pode discutir o que eu digo ou
13

14
Awo Ifa Akose vários Ifakolade
14
Ninguém pode brigar com tudo o que eu
diga a ele ou ela.
Olugbóhùn
ingredientes:
I ovelha Iná pupa,
Ewé Èsìsì,
Ewé Àáràgbá
Um caranguejo vivo
Um camaleão vivo
Um Sapo vivo
dudu Ose (sabão preto)
preparação:
Você deve esmagar as ervas junto com
sabão, você deve colocar o caranguejo, o
camaleão
juntamente com o sapo no chifre de vaca
e colocar o sabão esmagado sobre, ele
vai usar um
pedaço de tecido vermelho para cobrir o
topo.
Como para usar: Você pode usar este
depois de sete dias, ele vai se apresentar
com sua língua e dizer
qualquer coisa que você quer que
aconteça.
inimigos Derrote
ingredientes:
Grass (que foi rasgada mão esquerda
muito cedo na madrugada)
folha de palmeira (que foi arrancada da
árvore)
1 Akara
iyèrosùn
preparação:
As ervas deve ser triturado até a um pó
bem misturado com finito e
o iyèrosùn que por sua vez é derramado
sobre a impressão Opon Ifa e Odu Obara
a OSE é
rezará o encantamento e, em seguida,
lançou o pó sobre uma Akara e depois
Interessado comer -lo .
OFO:
NII Awon ewúré NSE awo Ada Telu
Awon àgùntàn NII agbóhùn ma fo
Nígbè l'Ete pa mi Oja
Ou pa me nígbè Tan
Ona Ibadan ni GBA mo
GANHOU GBA minha Leti kan, awo
òpomúpomú
Ganhou-me bi, awoògbìrìgidi-gbìrìgidi
GANHOU ní tani sa Emi NSE
Awo Ifa Akose vários Ifakolade
15
Mo Ni, "Obara Ose Omo ou eu"
Ele OJO que você saiba bá ovelha ou
ovelha NKU
15

Ele Ojo você Ba ou Imo Imo nro


Ele Akara você f'ojú bá olho kan epo
pupa, ou ariwo Ekun YOO GEE
Ou di ìròlé Dede Kí ariwo Ekun para Ile
Awon NI OTE minha gee
Mo Ni, "AISE Ori fi AISE ou nségun"
Ka Emi Ota meus UPS como indicado
Awon
OTE kótàá à BA NPE orí meu sim ibi
Emi de acordo com won UE sai ka.
tradução:
Cabras adivinham pobres
Os carneiros são adivinhando mudo
Um dos mais fracos me atingiu no
mercado
Quando terminar lamentarão
Eu fui para Ibadan
I foi golpeado fortemente
Fui empurrado fortemente
Eles perguntaram: "quem és filho"
Eu disse: "Eu sou o filho de Obara ose"
Uma folha morre no dia em que é
rasgada
Folha de palmeira se torna miserável dia
em que é rasgado a partir da palma
Quando Akara são jogados no óleo
quente para fritar, faz um barulho alto
À noite, pode haver gritos de angústia
nas casas dos meus inimigos
Eu digo: "ORI AISE para AISE ganha
guerras"
Eu bati meus inimigos; Sem exceção, que
fazem a guerra em mim, vencer -los .
Retornar o mal feito
ingrediente:
cinza
Uma folha de papel.
preparação:
Vai levar um pouco de cinza de qualquer
lareira ou local e colocado em cima de
uma folha
papel (de modo que nenhum contato
direto com a preparação), verificar e
rezar o Ogbè Eji
encantamento, em seguida, ele irá
explodir -se em um aterro sanitário.
OFO:
Ganhou pegbo Igbo pegbo oje
Ganhou podadas ou podadas fonu odan
Dori pata olho Opora pata Apata
Eni toku eru leru nto do
Ebo não ganhou ba correu simi,
Awo Ifa Akose vários Ifakolade
16
Ori eleru nto leru
Igede ou, Ogun ou alfa nem woli ou, ota
ile, ode ota, Eni tuff bu eru leru nto.
tradução:
Eles chamaram a floresta, mas este não
respondeu Eles chamaram a savana, e
este não respondeu
Uma forte chuva caiu sobre uma rocha, e
desapareceu
16

Aquele que espalha as cinzas, cinzas que


ainda é
É um sacrifício que foi enviado para mim
(para prejudicar)
Aquele que espalha as cinzas, cinzas que
ainda é
Seja um feitiço, magia, magia negra,
profecia, etc.
Aquele que espalha as cinzas, é que
continuam a ser as cinzas.
De prejudicar uma pessoa
ingredientes:
óleo de Adin
cinza
preparação:
Ele deve pegar um pouco de cinza e usá-
lo para marcar o Odu Odi Meji na cabeça
um Esu Ìségun, depois rezar o
encantamento e despeje um pouco de
óleo na Adin Esu.
OFO:
Odi méji Loja nilo Alara ile lotu Alara
Odi méji Loja nilo Ajero ile lotu Ajero
Wole Ojo Lolo gidigidi owarangun aga
Ijo epo Wonu OMI olho naa ou Orore
nporuru
Eru olho olho naa ba papagaio Wonu OMI
re nporuru
Ateru Atomi nporuru atepo, olho awon
meteta ba naa olho Wonu ara papagaio
Vitória Vitória
Esu mo se você ou jade loni "Lagbaja"
Ki ladi Nfun ou Kadi ou di Soro re não
bayi bayi.
tradução:
méji Odi você bater a casa e destruiu
Alara
méji Odi você bater a casa e destruiu
Ajero
Gidgidi Lolo olho entrou na casa
Owarangun aga
O dia em que o petróleo é água, é o dia
que poluem
Seja cinzas, água ou óleo
O dia em que os três estão juntos, é o dia
em que tudo será contaminado
Esu vos mandei hoje para "pessoa de
nome"
17
Awo Ifa Akose vários Ifakolade
17
Eu dou-lhe óleo Adin interferir em sua
vida hoje.
Nota: A pessoa que faz os abilu, óleo de
palma deve slather sobre a língua.
Proteção contra acidentes
Ingredientes.
iyèrosùn
preparação:
Despeje um pouco de iyèrosùn na palma
esquerda dela mão imprimir o odu Ogbè
Tua e recitar o encantamento. Então, ele
vasculhou um pouco no centro da cabeça
da pessoa em causa e
solplará depois o resto no ar.
OFO:
Gbarún Gbadamosi não ganhou fi
ńsáàgún
Esin volta Ògún
OKO volta Ògún
I Abère volta Ògún
Obe volta Ògún
Ada Ògún volta
Ibon volta Ògún
Baalu volta Ògún
I Ifa ma jeki Lagbaja é Gege Emi Omo
Ogun jànǹbá kóòkan Iyèrosùn lónìí Kibi
Naa Oye
Ogbè Tua ou você gbogbo ibi koo ka fi
Kuro LORI Lámorín tradução:
Gbarún Gbadamosi não ganhou fi
ńsáàgún
O Hoe é o filho de Ogum
Machado é o filho de Ogum Needle é o
filho de Ogum
O Machete é o filho de Ogum Gun é o
filho de Ogum
O carro é o filho de Ogum
O avião é o filho de Ogum
Ifa, não me permitem a experimentar
qualquer desastre em qualquer dos filhos
de Ogum Iyèrosùn evita tragédia
Tua Ogbè esclarecer todos os perigos,
mar / ar para "nome do requerente"
Onde eu quero para viajar
18
18
para a felicidade
ingredientes:
sal
Água fresca
preparação:
Tome um pouco de sal e coloque -o na
palma da mão e marcar o Odù Ejiogbe,
em seguida,
, o porá sal em um copo de água e beber
partes interessadas. Também pode
jogar sal em um recipiente de água para
o banho.
OFO:
Láyóóyógo Baba, layòòyògo baba
Baba Layòyògomàgomà
A DIFA divertido Òrúnmìlà
Ifa N, a bora REE Muyo
Awa-lo a Muyo bora
Lo Ba wa Ayo ouro
Kii Bayo ganhou ìbànújé ouro
tradução:
Láyóóyógo Baba, layòòyògo baba
Baba Layòyògomàgomà
Eles eram aqueles que profetizaram Ifa
para Orunmila
Quando Ifa ir para cobrir sal
Nós cobrimos em sal
E estamos muito felizes
O sal nunca é triste.

Awo Ifa Akose vários Ifakolade


19
Remédio para melhorar o coração
ingredientes:
Coração de uma cabra
ARUN Ovelha IGBA Sansan (200 folhas de
Ageratum conyzoides)
preparado:
Cortar o coração em pedaços, cozinhar
com 200 folhas de ARUN Sansan, tome
iyèrosùn
Opon Ifa ea marca ODU Irete Ogbè e
depois misturar com a preparação e dar a
o jejum comer os doentes.
Ifa Akose de prejudicar uma pessoa
ingredientes:
Centaurea flor planta senegalensis
sal
preparação:
Esmagar flor junto com o sal até que uma
poeira finito. Em seguida, marque na
Odu Odi Òfún preparados e, em seguida,
explodir -lo para a pessoa que você quer
para feri-lo.
Você também pode explodir em uma
casa ou empresa para a qual deseja
prejudicar.
por dinheiro
ingredientes:
iyèrosùn
Água fresca
preparação:
Despeje iyèrosùn no ifa opon, marca
Ejiogbe, em seguida, recite o
encantamento e lance em um copo de
água e beba -o interessado.
OFO re:
Ifa pe laa Olúmúre WA
LAA Àjàmúrewá pe Esu Odara
re múltipla WA Òbùrùnbùrìn pe laa Awon
Iyami
Bomi Kii Enìkan Sota
Omi lama bù Wè
Omi mu lama bù
Ki e a ira GBE AJE Temi WA divertido
Minha ___________
Eji Ogbè ou GBE e Ki fi ira AJE NAA WA
Iyèrosùn lónìí Ki Won fi ire me AJE Sun bò
19
Awo Ifa Akose vários Ifakolade
20
tradução:
wa Olumure é o nome do Ifa
Ajamurewa é o nome Esu Odara
Oburinburin Murewa é o nome dado ao
Iyami Osoronga Sem água de extinção
Tomamos banho com água Bebemos
água
Vá e pegue-me dinheiro
20

Ejiogbe me ajudar a trazer dinheiro


Iyèrosùn permitir-lhes para vir a mim
com dinheiro
Para atrair dinheiro
ingredientes:
Ata Ewé IRE (pimenta-da-guiné)
preparação:
Coloque para secar e triturar a grama até
uma poeira finito. Em seguida, ele vai
orar cada linha
Enchantment 3 vezes a poeira, vai jogar o
pó em um copo de água e
Interessado beber -lo ; Você também
pode nadar com ele.
OFO:
Ata ire, WA Owo múltipla
Ata ire, BA minha diversão WA Meu Owo
Temi
Ata ire, e Ki demiti-lo nem é gbogbo
Ata ire, mu rere é Ataare minha
Ata ire, PE rere WA
Re Ata, gbowó WA mi________________
Fun
Ata ire, JI ní ló Ki O MAA Ataare
Ata ire, Kii Kí ko ma Ataare
Ata ire, E MAA-lo nem gbowó divertido
WA My
Ata ire, ire gbogbo di WA divertido Minha
___________. Åse
tradução:
Ata ire, trazer dinheiro
Ata ire, me ajudar a conseguir meu
dinheiro
Ata ire, diz que vai fazer-me um favor e
vou trazer todas as coisas boas
Ata ire, favorézcame com boa sorte
Ata ire, chamar a sorte de vir aqui
Ata ire, trazer dinheiro para o meu
(nome)
Ata ire, diz que eu dizer -lhe dinheiro
Ata ire, nunca mais acordar sem dinheiro
Ata ire, disse-me dar dinheiro
21
Awo Ifa Akose vários Ifakolade
21
Ata ire, despacha todas as coisas boas
para mim (nome) vai.
Você também pode pegar nove pimentas
lagarto no caso do homem ou 7 para as
mulheres,
matica lê o OFO, e depois cuspir o
conteúdo em suas mãos e, finalmente,
armazenar isso em
bolsos, pasta ou quando usado para
poupar o seu dinheiro.
Obter o amor do casal
ingredientes:
grama AFE
Óleo de palma
sal
carne de cabra
Os anéis de casamento ou dois anéis
pó thermite
preparação:

Stew é preparado com os seguintes


materiais: AFE grama, óleo de palma, sal,
carne cabra, com os anéis. Polvilhe o
thermite pó sobre Opon Ifa e marcar o
Odù metade Eji Ogbè como se segue:
encantamento Rece e em seguida
despeje o pó no guisado. O casal vai
comer a guisado juntos e finalmente
limpos ele toca e colocado.
OFO:
Ajíkóniró (3 vezes)
Ajípanipò (3 vezes)
Isso kan Ogbè Ko KII é Orogun (3 vezes)
AFE ele, nem Kí ganhou ou Feran ara (3
vezes)
I ewúré ele, nem Kí bá ara ganhou ou re
ganhou (3 vezes); àse tradução:
Que nos reúne ao acordar
O que nos une a acordar
Uma perna de Ogbè não luta (com cada
outro)
AFE (Grass) obriga -los a amar
Cabra diz que deve ser gentil com o
outro.
22
protecção Iyami
ingredientes:
1 pod de lagarto pimenta deixa Iná
raiz Esìnsìn
pêlos pubianos Feminino preparação:
22
Moer todos os ingredientes até obter um
pó finito. Em seguida, a metade de
impressão Odù Eji Ogbè e rezar o OFO. A
preparação vai entrar em um pedaço de
pano branco, amarrá-lo
com fios de preto e branco e a pessoa vai
levá-lo como um guarda.
OFO:
Iná KII RoRo tewétewé; èèwò ni!
Ele se atreveu lie, e minha ma Binu
Esìnsìn KII RoRo Ko dégbò
AJE lie, e ma Binu mim ou
Binu Kii se liga-los ara EEPO ta Ki O Re,
èèwò ou;
Ele se atreveu lie, e ma Binu mim ou
AJE Kii gbójú ko je Irun OBO; èèwò ou
tradução:
O Ewé Iná é mau, mas não suas folhas;
este é tabu
Feiticeiros, não me irritar
O Ewé Esìnsìn é mau, mas não a sua raiz;
É tabu
Bruges, não me incomoda
lagarto pimenta não produz nenhum
efeito irritante sobre a sua própria crosta
Feiticeiros, não me incomoda
Não importa o quão forte uma bruxa, isso
não comer pêlos púbicos; É proibida.
23

23
Para retornar um mal feito ingredientes:
1 Pena de um pássaro chamado Olongo
A cabeça de um pássaro chamado Èlulùú
um sapo
A tête espinho (espinhosa)
Segisórùn (um inseto)
Terra da raiz de uma árvore caída
1 pod de lagarto pimenta
preparação:
Moer todos os materiais em conjunto,
até um pó finito. Em seguida, impresso
sobre referido pó Ogbè odu Oyeku e
rezar o OFO. Então ele misturado com
sabão preto e Interessado usar isso para
se banhar.
OFO:
Ogbèyèkú WA e ibi LORI Kuro (nome do
candidato)
Eni bá você ou NPE Ori (nome em causa)
Nibi Kí ibi ou outro rè orí
Bí èlulùú bá ori pe olho ara rè ló npèé lé
Eni bá você ou NPE Ori (nome em causa)
Nibi rè orí ou Kibi ou o que
Akere Bí bá ara rè ori pe olho eu npèé lé
Eni bá você ou NPE Ori (nome em causa)
Nibi rè orí ou Kibi ou o que
Egundo tête Bí bá fi eru Owo Ori di ara
ara re re NII gbée KÀ
Eni bá você ou NPE Ori (nome em causa)
Nibi rè orí ou Kibi ou o que
Bí ségisórùn bá Segi Tan ori fi ara rè NII ru
u kágbó
Ibi você ganhou Ba, Ori ganhou ou o que
Maa Ki O
IGI Bí bá re SIDI I Como ìlèpa para TO ou
Ori ara Awon asebi ou Kl MAA ibi ou o
que
tradução
Ogbèyèkú, renovar o mal ______
Qualquer um que gostaria de _______
mal vontade, mal acima de si mesmo
Quando o èlulùú pássaro invoca a chuva,
a chuva cai sobre ele
Quem quiser A________ mal, o mal
sobre eles
Se um sapo invoca chuva, chuva vai cair
sobre ele
Quem quiser A________ mal, o mal
sobre eles
Se o tête (grama) é espinhoso-se com um
fardo, isso irá carregar (de
espinhos) na cabeça
Qualquer pessoa que deseje o mal para
______, levá-la em sua cabeça
Se ségisórùn (inseto) coleta de madeira
(para casa), isso vai levar através da
floresta em sua cabeça
Deixe o mal ir e siga os ímpios
A raiz dela terra de uma árvore caída
agarrados a árvore
Awo Ifa Akose vários Ifakolade
24
Que o impacto do mal agarrar-se ao
perverso. Para chamar uma pessoa
desaparecida ingredientes:
Ewé Iná
24

Ewé esìnsìn Ewé àràgbàá Ewé seria Igbo


Ewé èrùnyántefé Ose Dudu
OTI
E todas as folhas que caíram contra
alguém
preparação:
Esmagar e misturar todos os materiais.
Então ele misturado com sabão preto e
golpe licor mesmos; em seguida, procurar
um tubérculo que produz uma planta
chamada ògìrìsàko
em que ele abre um buraco e submeter a
preparação. Últimos 7 dias proceder para
trazer o
oco tubérculo preparado, onde ele
enterrou e irá introduzir um pedaço de
antílope;
vai colocar um pedaço de cobre, um
papagaio Africano caneta vermelha e
uma cobra presa
dentro do chifre.
usar:
Toque sua língua presa cobra e dizer as
seguintes palavras:
(Lagbaja o), ou o Ki ou Oni
Eram assim que você BA Oka, Oka enu NII
ku sim
Oni Dandan ou TIBA-Igbo
Kii Íràwé Dajo puxar Ki O Dola
Kankan ou Tewe Iná
Wara lomodé NJA esìnsìn
tradução:
(Nome desapareceu / a), eu quero para
vê-lo hoje
Qualquer animal mordido por uma cobra,
morre contra a Cobra
Hoje atos Ibo faria infalivelmente
Folhas de queda não adiar a data à sua
queda
O Iná Ovelha age rapidamente
Crianças fogem rapidamente da esìnsìn
Ewe
25
Awo Ifa Akose vários Ifakolade
25
Para a longevidade e fortalecimento da
saúde
ingredientes:
2 perdizes
deixa Ajílékegé
duas pedras
EKO ou água
preparação:
Queime perdizes com ervas
Bater as duas pedras para desalojar algo
e adicionar a mistura, o odu ser marcado
Irete Ogbè a poeira eo encanto será
recitado; em seguida, ser comido com ou
EKO Ele deve beber água.
OFO:
GBE Irete Awo Alákísá
A DIFA divertido Alákísá

TII Yoo ńfòníkú dide Fola Ifa ou jire lónìí,


Ifa ou jire Aparo ogiri
Ifa ou jire
ODE Laa gbangba ajílékegé BEWE ODE
gbangba Laa físílo
Lara Gbámúgbámú ota NLE
GBE Irete WA gbebi minha Kuro LORI
tradução:
Irete GBE é o sacerdote de Ifá Alákísá
Que consultou Ifa para Alákísá
Que ele estava sofrendo de falta de boa
saúde
Ifa, você ter acordado bem hoje
Aparo ogiri
Ifa, que levantou bem
As folhas estão fora Ajílekegé
Eles também residir fora
As pedras são sempre forte
Irete GBE, por favor, venha e afasta o mal
da minha casa.
26
Para ganhar dinheiro suficiente
ingredientes:
26
iyèrosùn
1 lobo fêmea obi
preparação:
Despeje um pouco de iyèrosùn na
esquerda dela palma da mão, marcar o
Odù Eji Ogbè, em seguida,
colocado no topo desta obi um lóbulo do
sexo feminino e a do final, a pessoa vai
comer. OFO:
Aso GBO Ki ganhou ou ráwo
Taxa Èfúfùù kèngbè fohùn orou Kí
A DIFA divertido Gúnnugún
Omo ajòfé Wolu
OFE ayé ou N ou Ni je Temi
Emi Ko ní Jiya NBE
kiira
Rare Kii Ajíjobì
divertido Ejiogbe WA Meu gbere Temi
Iyèrosùn ele, nem Kí ganhou ou AJE fi
SUn ire minha BO
tradução:
Um pano velho expõe a pele a rasgar
O vento sopra e faz com que a garrafa
emite um som sibilante
O Ifa foi profetizado para o abutre
Quem come livremente na cidade
Vou comer livremente de ser rico neste
mundo
Eu não terão tempos mais difíceis
A partir de hoje eu não devem

Quando você come noz de cola não falta


nada Eji Ogbè, traga-me o dinheiro
Iyèrosùn me trazer o meu dinheiro.
Awo Ifa Akose vários Ifakolade
27
Para imunidade a enviaciones fortes
ingredientes:
Casca de árvore OSE (Baobab)
Ose Dudu
preparação:
Ele esmagou casca baobá bem até que
uma poeira bem finito, marque um
perna Ogbè, rezar o feitiço e depois
misturado com sabão e usá-lo para
balneares.
OFO:
BI para bá Epo NPA Ose,
Sanra mḿ máaá menos se conhecem i.
tradução:
O peeling casca mais baobá,
Ele torna-se mais volumoso.
Para as vendas seguras de quaisquer
bens ou de mercadorias
ingredientes:
iyèrosùn
8 pimentas lagarto
Óleo de palma
preparação:
Coloque uma pequena porção de
iyèrosùn na mão esquerda, imprimir o
odu Eji Ogbè, em seguida, mastigar 8
pimentas lagarto, recitar o
encantamento. Em seguida, coloque um
pequena porção de óleo de palma em
iyèrosùn ea pessoa em causa vai lamber a
preparação.
OFO:
Ayogbolu (3 vezes)
Orijiyan (3 vezes)
Ejiogbe que oja lojo koko da kinni sile
Olufe Ojina yi ou (3 vezes)
Ile emi Loja dele nem yi,
Opolopo nthe owo ou ba ki ganhou meu
fi ra wa na emi oja lama loni,
Iyekiye você mo ba pe ki ganhou oja mim
ou a minha ra ba wa o.
27
28
tradução:
Ayogbolu (3 vezes)
Orijiyan (3 vezes)
Eji Ogbè foi o primeiro a um mercado na
terra no início do mundo Está longe de
seu local de residência (IFE) 3 vezes
Minha casa (ou empresa) é o nosso
mercado hoje
28

Muito dinheiro deve ser levado em me


comprar hoje
Qualquer destroço que coloco em meus
bens serão aceitas e comprado.
para Ase
ingredientes:
iyèrosùn
EKO ou água fresca
preparação:
Iyèrosùn colocar alguns na mão esquerda
e marcar o OSA Odu Otura, então ore
o feitiço e, em seguida, ele vai comer
com EKO ou levá-la com água. Isso pode
fazer todas as manhãs, mas você deve ser
cuidadoso com o que você diz que dia
porque isso vai acontecer.
OFO:
Osa-Alawo ou kinni NJE Otito
Mo ní Kinni NJE Otito
Ní Otito Oluwo Orun TII dààbò bò ilé ayé
Òrúnmìlà ou Otito ou TII dààbò Emi Airi
ilé ayé
Oun ní Ogbón você Olodumare NLO
Osa-Alawo ou kinni NJE Otito
Mo ou kinni NJE Otito
Òrúnmìlà ou Otito ní IWA Olodumare
Ele Otito e ouro que você Kii yí
Ifa ní Otito
Ele Otito ní Agbara para Ju gbogbo
Agbara o
I ayérayé Ire
dia de diversão Ilé Ayé
Vitória Vitória MAA ou Kl s'òtító
Ele s'òtìtó s'òdodo
Eni bá s'òtító ní MOLE n GBE "
tradução:
"Pergunta OSA-Alawo, o que é verdade
Gostaria também de saber qual é a
verdade
A verdade é que o sacerdote do Céu que
protege o mundo
29
Awo Ifa Akose vários Ifakolade
29
Òrúnmìlà declara que a verdade é o
espírito invisível que protege o mundo A
verdade é o conhecimento de que
Olodumare está aplicando
pergunta OSA-Alawo novamente, o que é
a verdade
Eu digo o que é a verdade
Òrúnmìlà afirma que Otito é o caráter de
Olodumare
A verdade é a palavra que não é alterado
A verdade é Ifa
A verdade é a palavra indestrutível
A verdade é o poder acima de todos os
poderes
A bênção dura para sempre
Esta foi a declaração de Ifa os habitantes
da Terra
Eles sempre fazem o aviso de coisa certa
Eles estão corretos e honestos
Quem está certo será apoiada pelas
divindades "

Para derrotar os inimigos


ingredientes:
sal
água
preparação:
Agarrar um punhado de sal e colocá-lo na
porta da entrada principal da casa (no
lado fora) e marcar o Odù Eji Ogbè isso,
em seguida, tomar um copo de água
fresca e recitando o encantamento irá
derramar água sobre o sal, onde é
marcando o fim Odù para limpar a
mesma. OFO:
Omo Iyuridi eniyan,
Firifiri laje oku GBO,
gb Aja ou firi firi ki oku,
Naa je olho obi ou Orisa,
Naa je olho ou Olorun Nipe,
Emi omi mo ou nsoro yio,
Awon ota mim ou yio iyo,
Bi aba você wi ma ta lao OMI se iLele,
Babi imo inu olho oba você IYO Kolu, naa
aiye iyo olho ou inferior,
Eye inu ti iyo ba ba bi Kolu a OMI, naa
aiye iyo olho ou inferior,
Ki aiye awon ota você ngbogun o meu, Ki
ou inferior.
Awo Ifa Akose vários Ifakolade
30
tradução:
Iyuridi é o descendente do homem
O cão late a sombra de um fantasma
O cão não latir na sombra de um
fantasma
Alguém vai participar do kola de
divindades naquele dia Outra pessoa
respondeu morte chamada do clarion
30
I (água) Eu sou o único a falar
(Neste momento de encantamento em
água salgada será derramado)
O dia em que a água é chato e fica no
caminho de sal
Nesse mesmo dia, o mundo será
destruído sal
O dia em que o sal fora ofuscado e cruza
o caminho da água
É o mesmo dia em que o mundo será
destruído sal
Quando o mundo dos meus inimigos
lutam contra mim
Ele será destruído.
Deixe até o dia seguinte e então você
pode limpar sem problemas.
Pacto com Iyami usá-los para seu bem-
estar
ingredientes:
Óleo de palma
preparação:
Você deve deixar a sua casa, mas
também poderia ser dentro de sua casa
em um espaço abrir a horas à meia-noite.
A roupa da pessoa deve ser removido e
estar nu para
executar este ritual. Ele derramou um
pouco de óleo de palma no chão e
marcar Eji Ogbè
acima. Ele vai se ajoelhar na frente dele e
rezar o encantamento; no final, ele vai
lamber o
preparados e depois ir dormir. OFO:
Urso 3XS mo kan
Aje 3XS mo kan
Emere 3XS mo kan
Yeye Tupo tere ile awo Alara
Tere Omo pupa awo ara ile
Emu ou mula ou o olho Ekoko fi kan ana
Ile lo fi enu mu oun
Oguro Etun fi mula ou Ekeji
Ile que Oguro naa mu fa
Epo você EFI mula ou o olho Kan kole ile
ana você mu Nem emi omo Lagbaja
Lagbaja fi ba yin mula loni yio Gbogbo
oun você Moba de owo ko yori se rere
Oun você Moba eixo ko
Awo Ifa Akose vários Ifakolade
31
Oun você MOBA seu eixo ko seu
Mo Feki ara efi tem me ou alo
Ara ki efi tem me ou abo
Gbogbo oun você Moba de owo ko ma
yori se rere Latoni-lo tradução:
Invoco os feiticeiros (3 vezes)
Invoco as bruxas (3 vezes)
Invoco os espíritos do mundo inferior (3
vezes)
Yeye Tupo tere é o residente adivinho de
Alara
O esplêndido é o residente adivinho de
Alara
Você é o primeiro homem que faz um
pacto com vinho de palma Mas a terra foi
engolida
Então você usou o gim para a aliança
Mas a terra foi engolida
Então ele usou óleo de palma, que a terra
era incapaz de engolir É o que eu (nome),
filho de (nome dela mãe)
Eu uso essa aliança com você hoje
Tudo o que eu coloquei minhas mãos
será bem sucedido
Tudo o que eu comi, estar unidos e
selados
Tudo o que você me perder, você deve
deixar ir e liberar
Eu quero que você me mostre
Em suas idas e vindas
A partir de hoje, tudo o que impôs as
mãos, será bem-sucedida. Para evitar
problemas
ingredientes:
iyèrosùn
preparação:
31

Dê uma pequena porção de iyèrosùn e


colocá-lo na palma da sua mão esquerda,
imprimirá o odu Eji Ogbè; em seguida,
recite o encantamento e depois
esfregado na centro da cabeça da pessoa
em causa.
OFO:
A Kii fi Esin PA orógbó
A Kii f'òkò obi pa
Èèwò Òrìsà enìkan Kii Kole e Mowo
divertido esinsin E eu heh Kí Olowo ou
Owo e je Kí Olowo ou
Awo Ifa Akose vários Ifakolade
32
tradução:
Nós não usamos a enxada para cortar um
kola azedo noz Nós não usamos machado
para dividir a noz de cola
É uma abominação que ninguém fecha a
porta a voar entre Vamos protecção ir
A proteção é para o filho de Ifa.
Para evitar problemas e litígios
32
ingredientes:
O segmento da noz de cola 5-lobadas
tendo três secções, isto é, que não faz
Não é nem homem nem segmento
feminino.
Iyèrosùn.
preparação:
Coloque uma pequena porção na palma
iyèrosùn dela mão esquerda, marcar o
Odù Irete OSE acima ele vai colocar o
segmento de obi (mencionados nos
ingredientes). Em seguida, ele vai rezar o
feitiço e acabar com a pessoa vai comer.
OFO:
Mo bálágemo tééré Kange LORI Ewe
Alágemo tééré Kange ou Lewe ou RA Mo
minha lójú
Mo bá Aroni gìdìgbà lójú Odo
gìdìgbà Aroni Dodo ou St.-lo
Pe laa Fere Ayé
Pe Laa gunkan Aláhànràn Ògún
Erin ou Ògún pa ra Merin
Ògún Efon ou ra pa méfòn
Ògún pa kan Lolo Àgbánǹréré ou branda
ou Murà
Gbogbo Ògún pa eu fosse você eu loje
àpagbé
Gbogbo nkan você bá NSE nilo mo ayé Kí
nségbé
Won Ki lè kun ma kan tinha medo de que
Buruku nkan
Èèwò Òrìsà, para Kii ka óńfà Kun que OBI
Mo mo mura Muje Laparo NKE
IRU Ekun wa ba-me segundo ibi
tradução:
Eu sou um camaleão em uma folha
O camaleão fora da minha vista
Eu encontrei um monstro no rio
O monstro transformou isso em um rio
rico e fluindo
Aféré é o nome da Mãe Terra

gunkan Aláhànràn é o nome de Ogum


33
Awo Ifa Akose vários Ifakolade
33
Ògún matou um elefante e fugiu com o
Ògún matou um búfalo e fugiu com ele
Ògún matou um animal de grande porte,
com grandes chifres e fugiu com ele
Todas as minhas ações nesta terra não
deve ser questionada
Portanto, não conte comigo entre os
iníquos
É uma abominação, que Óńfà nunca será
contado entre o bem OBI
Partridge foge com todo
IRU Ekun, deixe-me ter sucesso
Àwúre com Esu Alájé por dinheiro
ingredientes:
1 caracol (como adivinhação fechado ",
sem levar o jumento")
iyèrosùn
preparação:
Ir para o santuário de Esu Alájé, coloque
alguns iyèrosùn sobre sua cabeça e
marcar o Odù
Osa Ogbè, em seguida, coloque a casca
sobre ele e, finalmente, rezar o
encantamento.
OFO:
OFA Saa
Eji Asúbí
TII gìdìgìdì olho Tuja IFE
Niya Awálùú Yin NJE
Esu Alájé WA a REE ut Fun
divertido Iya Awálùú yin Ko WA Minha
(nome dela pessoa) lòpòlopò que Owo
Esu ma Alájé heh Naa Owo Ki ou PE
Ifa ma heh Naa Owo Ki ou PE
Esu oródo Kii pé Naja
Okan iyèrosùn agradável ao Ku Lolo ó
minha mu mo ni wa diversão ou
Ki ou diversão WA Minha (nome dela
pessoa) lòpòlopò Owo
Osa Ogbè ou GbE Naa Owo WA divertido
Meu (nome da pessoa)
tradução:
OFA Saa
Eji Asúbí
TII gìdìgìdì olho Tuja IFE
Awálùú é o nome de sua mãe
Esu ir dizer Alájé
Awálùú, sua mãe venha e me trazer um
monte de dinheiro
Esu Alájé não permite muito tempo
restante para que o dinheiro venha para
mim
Ifa, não deixe dinheiro mais tarde vir a
mim
Esu Oródo não viajar longas
34
Awo Ifa Akose vários Ifakolade
34
Iyèrosùn, não deixe que o dinheiro levar
um longo tempo para vir para mim
Esu Alájé, o último dinheiro que tenho,
eu trouxe para você (neste momento vai
colocar caracol sobre o iyèrosùn)
Por favor, abençoe-me com um monte de
dinheiro
Osa Ogbè, traz o dinheiro para mim.
Àwúre com Esu Alájé para obter dinheiro
ingredientes: Obi 4 lobos iyèrosùn
Óleo de palma preparação:
Ir para o santuário de Esu Alájé, coloque
alguns iyèrosùn sobre sua cabeça e
marcar o Odù
Ogbè ATE (Ogbè Irete), em seguida,
coloque o OBI acima dela, e rezar o
encantamento finalmente derramou óleo
de palma sobre ele.
OFO:
pe Moza Kukuru ERU Laa Ifa
Agbo sègìrì mosàá Laa pe Esu Alájé
Alápatà e Koko foram Keran ori pe laa
Iyami Aje
Eni èétirí mo ti fi npèyín
Mo ou Tori Owo ou
Sem ilu Owo ODE ko
Sem gbogbo ODE ire ilu ko
OBI ou bi fi ira e Ki AJE NAA WA
OBI ou ibi fi ira e Ki gbogbo NAA WA
Epo Owo ele, nem Ifa NRI Ki pa
ATE Ogbè WA TERI ire AJE Symi.
tradução:
ERU Kukuru Moza é o nome do Ifa
Agbo sègìrì mosàá é o nome do Esu Alájé
Alápatà e Koko foram orí Keran é o nome
do Iyami I Aje
Eles perguntaram: Por que eu chamo
Eu disse que se trata de dinheiro
Eu não nego-me a oferta de dinheiro na
aldeia
Eu não rejeitar a oferta de todas as coisas
boas na aldeia
Noz de cola, use suas habilidades para
trazer dinheiro para mim
Noz de cola, use suas habilidades para
me trazer todas as coisas boas a minha
óleo de palma, por favor, traga dinheiro
Ifa para mim
Ogbè ATE, venha e me abençoe com
prosperidade.
35
35
Para remover a má sorte ingredientes:
AJE Ewé
Ose Dudu
1 eyelé
iyèrosùn
preparação:
Esmagar a grama até que exausto, em
seguida, misture com sabão preto. vazio
alguns iyèrosùn em Opon Ifa, deve
marcar o Odù Owonrin Irete e dizê-lo.
Em seguida, adicione o iyèrosùn sabão
orou, sacrificou um acima do sabão e
eyelé Finalmente a amassar bem todos os
ingredientes são bem misturados no
sabão. usar:
O candidato deve usar sabão para tomar
banho de mar, rio ou lago.
OFO:
Owonrin Wese Wese
Bomubómú Wese
A alakan DIFA Fun
NLO você ree nu Weri Osi Sokun
Ise míítán
Loku ouro
Mo mo bo nu eri Wese NU
ara Gbogbo ou sefunsefun fi ńsefún Aje
Apa Apa Otún Osi leyelé fi Nkore AJE
Wole
Owonrin Wese onda sílèkùn WA Temi
divertido My
tradução:
Owonrin Wese Wese
Bomubómú Wese
Adivinhação foi executada para o
caranguejo
Quem iria remover a má sorte no oceano
da sua cabeça
Meu azar foi arrancada de mim
Eu ando no oceano para lutar afastado a
má sorte
Folha sempre traz dinheiro sefunsefun
A pomba com suas asas direita e
esquerda invoca o dinheiro
Owonrin abre a riqueza porta Wese me
Dela.
36
36
Creme para fortalecer a saúde
ingredientes:
Ewé Òdúndún Etido
Ori (manteiga de karité) "manteiga de
karité"
iyèrosùn
preparação:
Òdúndún esmagar a Etido grama com
manteiga de karité (ORI) até
fez um colar. Despeje Opon Ifa iyèrosùn
sobre e marcar Irete Osa ODU, em
seguida, ele vai orar e vasculhou a parte
interessada na parte afetada do seu
corpo.
OFO:
Koko foram que eram Awo Odo
A DIFA divertido Odo
Eyi para n ògbògbò ARUN
Para Taju ati n dide
Bí àwodò san, san àwodò òdúndún Etido

tradução:
Koko estava foram que é o sacerdote do
rio
Ele foi o único que fez adivinhação para
Rio
Que estava sendo atingida por uma série
de doenças
E era impossível de se levantar

O rio foi curado graças a Òdúndún Etido.


Para ser reconhecido e respeitado por
todos
ingredientes:
1 cabeça de rato
1 cabeça de peixe
Um pedaço de crista de galo
Ela Ovelha
preparação:
Moler e queimar todos os materiais até a
poeira finito. Coloque uma pequena
parte iyèrosùn Opon Ifa sobre e marcar o
Odù Eji Ogbè; encantamento receçitar
e, em seguida, eles vão fazer 21
pequenas incisões no centro da cabeça
do interessado para
finalmente, esfregue a preparação sobre
os cortes.
OFO:
Iná estanho legbe Orun
37
37
Agunmola estanho léyìn OSU A DIFA
divertido Àmòka
Ele Nijo você Loruko Yoo rere
Ní Àmòka ganhou ou WA Mò ou nore ou.
tradução:
fogo de luz para uma extremidade do céu
A estrela clara da noite atrás da aluna
crescente
Adivinhação foi feita para "Àmòka"
O dia será um bom nome
Àmòka será reconhecido e respeitado em
toda parte.
ingredientes:
Ela Ovelha
Um pedaço de folha de palmeira
1 eyelé
iyèrosùn
preparação:
Moer as folhas até que eles estão
esgotados. Despeje um pouco de
iyèrosùn na Opon Ifa,
Odu marca Obara Ogbè e rezar o
encnatamiento. Em seguida, ele
mergulhou a sacrificar preparado e,
finalmente, misturar o iyèrosùn orou
para a preparação e misture bem.
21 incisões na cabeça da pessoa em
causa será feita, e, finalmente,
vasculharam a preparação
nos cortes.
OFO:
Ogbè Gbàràdá Tan
Ku T'elégàn
Ifa ohun gbogbo Tan
Ou você Elenu ku
Divertimento do dia Òrúnmìlà
Eyi você NLO SIAPA Okun ila méji Ursa ní
Ìwònràn
Nibi você ected GbE NSE lójú bebida omi

Ifa Ni ou diversão odi rí Meu leyin ire


Ifa ní Yio Lolo Pupo você NBE Bo minha
WA bá Nitori você IGI bá WOWE
Okun se WOWE
Ati Sùgbón WOWE OPE aa Soro.
tradução:
Ogbè tem feito maravilhas
Somente os críticos estão insatisfeitos
Awo Ifa Akose vários Ifakolade
38
Ifa fez com sucesso
Existem apenas caluniadores
Essas foram as declarações de Ifa para
Orunmila
Quando eu fui para a costa do oceano, o
meio do lago em Ìwònràn Quando o
peixe faz truques na superfície da água
Ifa diz que vê uma bênção de longe vindo
em minha direção Ifa diz que um monte
de dinheiro vindo em minha direção
Porque enquanto a árvore de folhas
folhas de outono
E o liana pode soltar suas folhas
Então, folhas de palmeira queda é muito
difícil.
Para se livrar da morte
38
ingredientes:
O lobo tem 3 listras de um obi 5 lobed
iyèrosùn
preparação:
Coloque uma pequena porção na palma
iyèrosùn dela mão esquerda, marcar o
Odù Meji Oyeku acima ele vai colocar o
segmento de obi (mencionados nos
ingredientes). Em seguida, ele vai rezar o
feitiço e acabar com a pessoa vai comer.
OFO:
Ka Ki ganhou rígídí
Fìbon Ti Ki Won,
Um dia de diversão Ayílégbèé-Orun
(Sàngó)
Yoo você fi ALAPA Ota e de acordo com a
UE;
Nigba você Sango n ser láàrin OTE;
Nigba você Koju sim eu òsììrì OTE.
Òrúnmìlà Bí ni Iku bá n pa SA Objecto
Egbe,
Oto ou Oyeku Yoo MAA yè E Sim.
ARUN Bí rè segbée bá n,
Oto ou Oyeku Yoo MAA yè E Sim.
Gbogbo àlàwé obi ou Iku n pa,
Oto ou Oyeku Oófúà próprio obi.
tradução:
Doblégalos firmemente
E anotá-las com sua arma
Adivinhação foi feito para Ayílégbèé-
Orun (Sàngó)
Quem vai derrotar seus inimigos com
adobe desabou;
Quando Sango estava cercado por
inimigos;
Quando muitos de seus inimigos irá
enfrentar;
Òrúnmìlà assegurou-lhe que, mesmo
quando seus companheiros foram
mortos,
Awo Ifa Akose vários Ifakolade
39
Oyeku mantê-los a salvo de morte.
Quando seus companheiros estavam
sendo infligido pela doença, Oyeku
mantê-los a salvo da doença.
Todos os segmentos de Kola Nut foram
mortos
Exceto Oyeku Oófúà que irá mantê-lo a
salvo da morte.
prosperidade Soap
ingredientes:
Efun
Osun
pupa de olho IMI (precipitado vermelho)
iyèrosùn
Ose Dudu
preparação:
Esmagar o Efun e Osun até que sejam
exausto, em seguida, despeje um pouco
Iyèrosùn na Opon Ifa e Odu Òfún marcar
o Irosun, então rezar o encantamento e
em seguida, misture tudo junto com
dudu ose eo requerente vai usá-lo para
tomar banho.
OFO:
Kafir Efun para Ile AJE,
Fosun Kah Tole Ileke
tradução:
É com Efun que clarear a casa de riqueza
E é com Osun que pintar as contas.
Para evitar ser arrancado um bom
material
ingredientes:
1 cabeça de rato
Um pedaço de carne de búfalo
iyèrosùn
preparação:
Você deve queimar e esmagar os dois
primeiros ingredientes até um pó
fino. Despeje um pouco de iyèrosùn na
entrada principal da casa ou empresa
em causa (que está em disputa), marque
uma perna de Ogbè, recite o
encantamento, Em seguida, ele misturou
com a preparação. Faça várias incisões no
centro da cabeça interessados e esfregue
a preparação nos tribunais.
OFO:
39
Awo Ifa Akose vários Ifakolade
40
Kii Enìkan BA eku du Igbo
Kii Enìkan BA Efon du ODAN
Kii Enìkan ile du ___ bá-me o meu
tradução:
Ninguém contesta o rato Mt.
Ninguém contesta o cerrado de Buffalo
página 40

Nada contra mim (nome interessados)


minha casa.

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