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C U R S O

Auriculo
te rapia

BÁSICO E AVANÇADO
Diagnóstico
Auricular e
Informações
Relevantes

Unidade 5
bem-
vindo!
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UNI
DA
DE

A avaliação energética em aurículo é importante para poder entender o corpo do


cliente e sua constituição energética e seus possíveis desequilíbrios.

Inspeção
AULA 1

- é o método diagnóstico de observação para encontrar pontos positivos na superfí-


cie externa da orelha, tais como, mudanças na coloração, escamações, aumento da
vascularização, formação de nódulos, etc...
- é importante lembrar que nesta fase da avaliação o pavilhão auricular ainda não foi
tocado, portanto ainda não foi limpo, evitando qualquer alteração em sua superfície
que possa mascarar ou produzir qualquer alteração que prejudique esse exame.

Reações de Coloração

ALTERAÇÃO SIGNIFICADO CLÍNICO

Manchas vermelhas Disfunção aguda, dor ou excessos

Manchas brancas Disfunção crônica ou deficiências

Coloração cinza Mau prognóstico (tumor)??

Coloração marrom Disfunções crônicas ou reação de


sequela quando a enfermidade foi
curada

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DE

Reações Vasculares
As reações vasculares mais frequentes são as Telangiectasias (pequenos vasos):

ALTERAÇÃO SIGNIFICADO CLÍNICO

Vasos vermelhos Dor ou disfunções circulatórias

Vasos azulados Disfunções crônicas

Reação por descamação ou eczemas


As descamações podem ser localizadas e em pontos específicos ou em todo o pavilhão
auricular:

ALTERAÇÃO SIGNIFICADO CLÍNICO

Doenças inflamatórias crônicas ou


Descamações
doenças de pele (inclui micoses)

Descamações em todo pavilhão auricular:


Pode representar a presença de dermatite seborréica ou até de uma psoríase.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
- A intensidade das alterações não tem relação direta com a gravidade do problema, e
sim com o tempo de evolução.
- Não é obrigatório que a pessoa tenha sintomatologia na área corporal na qual a orelha
está registrando a alteração.
- A inspeção é um exame visual, o pavilhão não deve ter sido tocado.
- O processo de alterações na aurículo acompanha o envelhecimento da pessoa (histó-
ria pessoal).

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UNI Massagem Auricular
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DE AULA 2

Deve ser realizada após a avaliação da orelha e definição dos pontos, pois se fizer no
início ela pode mascarar ou confundir o aspecto da orelha. É um método de massagem
manual com o fim de se obter efeitos terapêuticos. Uma massagem bem feita ativa os
meridianos e colaterais, regula o Qi (energia) e o sangue, restaura as funções dos ór-
gãos e vísceras, nutre o cérebro, torna os olhos claros e beneficia a audição.

A massagem auricular pode ser realizada no sentido ascendente, partindo do lóbulo até
o ápice da orelha e partindo do trago até o ápice. O tempo e massagem é determinado
pela presença de hiperemia da orelha – sensação de aumento da temperatura percebi-
da pelo paciente – ou diminuição da sensibilidade das áreas reagentes.

É realizada sempre de forma bilateral e simultaneamente, interagindo com o paciente


para colher informações sobre as reações causadas pelo procedimento.

Palpação
AULA 3

PALPAÇÃO

- o método de palpação auricular pode ser feito através de pressão digital ou por uso de
lápis exploratório, possibilitando identificar pontos dolorosos da orelha e a presença de
cistos, tubérculos, cordões, edemas e escamações.
- o principal objetivo desse procedimento é localizar regiões ou pontos que sejam rea-
gentes à dor.

A classificação da sensibilidade se dá conforme a intensidade da dor que o cliente


apresenta.
Algumas observações que o terapeuta tem que considerar:
1) O ponto não apresenta reação dolorosa;
2) Apresenta dor no ponto quando tocado;
3) O cliente chega a piscar devido a dor;
4) O cliente enruga as sobrancelhas;
5) O cliente esquiva-se do toque no pavilhão auricular por dor;
6) O cliente geme de dor ou chega a ser extremamente irresistível.

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EXPLORAÇÃO ELÉTRICA

- é o método de detecção elétrica dos pontos auriculares, baseado no fato de que os


pontos da auriculoterapia apresentam menor resistência elétrica, ou seja, menor
impedância.
- a desvantagem desse método é que edemas na orelha ou manipulações prévias
e fricções auriculares provocam o aumento da resistência elétrica, interferindo no
diagnóstico de maneira negativa.
- pressões exageradas da ponta do eletrodo na orelha do paciente podem contribuir
para a diminuição da resistência.

Limpeza e desinfecção
da orelha
AULA 4
- Álcool 70%
- Algodão

MATERIAL

- Pinça
- Sementes
- Apalpador com ou sem mola
- Estilete
- Esparadrapo impermeável (bege ou micropore)
- Placa para semente
- Mapa auricular

Podem ser utilizados diferentes materiais para a estimulação dos pontos, como por
exemplo: esferas de aço, banhadas a ouro (tonificação) ou prata (sedação), sementes
de mostarda, cristais, agulhas semipermanentes dos mais variados tamanhos (1,0mm
para tonificar, 1,5mm para equilibrar e 2,0mm para sedar).

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Podem ser utilizados outros estímulos como laser, massagem com o estimulador de
pontos, uso de agulhas sistêmicas, Cromopuntura, pressão com os dedos...

Indicações e contraindicações
AULA 5

Indicações:

A Auriculoterapia pode ser utilizada em todas as patologias físicas e psíquicas, com


variada relação de tratamento. Há efeitos curativos imediatos e preventivos, proporcio-
nando ao organismo energia suficiente para impedir a instalação de patologias.

- Dores por trauma externo: torções, contusões, espasmos, luxações;


- Enfermidades reumáticas: os pontos BP, suprarrenal, endócrino, área da alergia e
ápice da orelha combinado com a área correspondente, permite elevar a produção de
corticoides, produzindo efeito anti-inflamatório;
- Enfermidades endócrino-metabólicas: tireóide, hipófise, diabetes, obesidade,
anorexia;
- Enfermidades funcionais: controle de vertigens, palpitações, espasmos, hiperten-
são, disfunções respiratórias, urinárias, digestivas e circulatórias;
- Alterações emocionais: bons resultados em disfunções mentais leves e moderadas;
- Enfermidades crônicas: bons resultados, mas com tempo mais prolongado de apli-
cação.

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Contraindicações:

- Na criança – usar poucos pontos e de preferência com estímulos não causadores de


desconforto (Ex. stiper) pois a mesma não é capaz de relatar o que está sentindo.
- Na gravidez – não utilizar os pontos que tenham relação com útero e região abdo-
minal;
- Nos idosos – não usar estímulos fortes e/ou muitos pontos, evitando o aparecimento
de desconfortos como tonturas e alterações de pressão.
- Nos cardiopatas – evitar estímulos muito fortes que possam provocar um aumento
da ansiedade, contração de grandes grupos musculares, vasoconstrições e consequen-
tes sobrecargas cardíacas.

Reações locais e a distância


AULA 6

Reações Locais – têm relação direta com a terapêutica.

- Distensão (sensação de aumento da orelha)

- Aumento da temperatura

- Calor: na grande maioria dos casos há uma reação de calor que pode ser lido
como um bom sinal. É uma resposta demonstrando que há presença de um bom
nível energético.

- Formigamento: os formigamentos podem atingir a região do ponto ou as proxi-


midades. Inclusive este formigamento pode atingir a região corporal correspondente.
Este sinal quer dizer que a energia foi mobilizada e o estímulo foi bom.

- Dor: esta é uma reação dos mais comuns na auriculoterapia. A dor está presente
em quase todos os casos. A dor pode ser forte, profunda, lancinante, em pontada,
de dentro para fora.

A dor produzida na orelha promove uma liberação de neurotransmissores como as


endorfinas e as encefalinas provocando uma analgesia e a sensação de bem estar.
Observa-se muitas vezes após a aplicação uma sensação de sono gostosa.

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Reações à distância – não têm relação direta com a terapêutica.

- Aumento da temperatura na região

- Dormência - é uma reação sentida em vários casos e também indica um bom


sinal de êxito na terapia.

- Alívio dos sintomas


- Piora dos sintomas
- Peristaltismo: pode acontecer como reação o aumento dos movimentos peris-
tálticos e em especial quando se utiliza os pontos que correspondem as áreas do
aparelho digestório e intestinos.
- Sangria espontânea: há casos que na aplicação da agulha auricular, ocorre es-
pontaneamente um sangramento no ponto. Isso ocorre devido a uma estagnação ou
excesso de Chi e sangue no ponto ou na área correspondente. Nestes casos pode-se
perceber uma melhora instantânea no quadro da pessoa tratada.
- Reações em outra áreas: pode acontecer na orelha que não foi tratada, a oposta
surgir reações como dor ou calor.
- Nenhuma percepção

ATITUDE DO TERAPEUTA

Em casos de surgimento de reação desta natureza permaneça tranquilo. Faça exer-


cícios respiratórios e se estas reações indesejáveis permanecerem remova os estí-
mulos e aguarde a normalidade do paciente.

Orientações ao paciente

- Deve-se estimular sempre que possível os pontos realizando pressão leve;

- As reações podem variar conforme o quadro de cada paciente podendo ter grande
melhora inicial, ou mesmo um agravamento dos sintomas, o que denota sucesso
no tratamento, pois, faz parte do reequilíbrio das funções orgânicas (o cliente pode
apresentar vômito, diarreia, tonturas, sono excessivo, cansaço...)

- Cuidado ao lavar e secar as orelhas, evitando a fricção, pois, os pontos podem ser
deslocados ou mesmo retirados, tendo o risco de cair no conduto auditivo.

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- No caso de reações alérgicas ao esparadrapo, o cliente pode sentir além de dor ex-
cessiva em todas os pontos, coceira e irritação local, devendo retirar todos os pontos.
- Os pontos com reação dolorosa excessiva causando irritação e desconforto podem
ser retirados, mantendo os demais, a fim de se manter a terapêutica.
- Cuidado com os cotonetes (risco de introduzir semente ou agulha no canal auditivo).

Aplicação

- Deve-se proceder com a higienização auricular com o álcool 70% e algodão, e logo
após com algodão seco para maximizar a aderência do material adesivo.

- Colocar algodão no conduto auditivo do cliente evitando o risco de algum objeto cair
no seu interior.

- Com uma das mãos oferecer apoio na parte posterior da orelha para proceder a
palpação.

- Palpar a região escolhida e localizador o ponto com maior sensibilidade dolorosa,


onde se deve colocar a esfera ou agulha com a maior precisão possível.

- Apertar as bordas do esparadrapo a fim de possibilitar máxima aderência.

- Inicia-se aplicando o ponto Shenmem em todos os casos.

- Quanto menos pontos forem utilizados melhor a resposta do organismo, geralmente


utiliza-se até 5 pontos.

Riscos da auriculoterapia

- Infecção da cartilagem (que é pouco vascularizado)


- Perda da consciência (lipotimia)

Triângulo cibernético

É uma expressão criada pelo Professor Marcelo Pereira de Souza como resultados de
seus estudos dos antigos mestres da acupuntura. Segundo ele, os pontos Shenmem,
rim e simpático, usados em conjunto nesta mesma ordem e como pontos iniciais de
um tratamento, dinamizam qualquer tratamento, quer na acupuntura auricular, quer
na acupuntura sistêmica.

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COMBINAÇÃO DE PONTOS

Existem diversas possibilidades de tratamento em auriculoterapia. Deve-se lembrar


de que não existe um padrão, pois, a mesma patologia em dois indivíduos pode ter
diferentes causas. Protocolos prontos NÃO SÃO INDICADOS. Se usarmos protoco-
los prontos estaremos repetindo os erros de terapêutica que muitas vezes a medici-
na convencional faz; o mesmo tratamento para uma multidão de pessoas. Isso não
é válido para a Medicina Tradicional Chinesa. É necessário que siga esse caminho:

- Anamnese, levando em consideração o Zang Fu (órgãos e vísceras) dentro da ta-


bela de 5 elementos / movimento e o conhecimento de Yin e Yang.
- Avaliação da orelha
- Definição da combinação de pontos

Obs. Sempre respeitar a intuição que possa vir dar sinais para colocação dos pon-
tos. Quando estamos bem harmonizados e equilibrados, é fácil ter essa percepção.

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Referências:

Auteroche B.;.Navailh P. Diagnóstico na Medicina Chinesa. Andrei Editora


Auriculoterapia: Escola Huang Li Chun/Ernesto Gonzalez Garcia:
[tradução Ednea Iara Souza Martins). - - São Paulo: Roca, 1999.
Ernesto Garcia; Ed. Roca; São Paulo; 1999.
Mazer, Evaldo. Apostila de formação em auriculoterapia.
Neves, Marcos Lisboa. Manual prático de auriculoterapia / Marcos Lisboa. Porto
Alegre: Ed. Do Autor, 2009.
Ross, Jeremy. Zang Fu – Sistemas de órgãos e vísceras da Medicina Tradi-
cional Chinesa. Editora Roca
Wen. Tom Sintan. Acupuntura Clássica Chinesa. Editora Cultrix.
Gonzalez Garcia. Ernesto

VIDEOAULAS - UNIDADE 5
As videoaulas deste conteúdo está disponível na
plataforma do curso, assista para compreender
melhor a abordagem apresentada.

DICA!
Anote os principais pontos das videoaulas e do
conteúdo desta apostila para complementar ainda
mais a sua experiência com o curso.

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REALIZAÇÃO

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