O documento discute como o filme Perfect Blue de 1997 retratou com precisão o stalking tecnológico atual e como as redes sociais aumentaram casos de depressão e ansiedade devido à exposição de informações privadas. Também destaca que as vítimas de cyberstalking no Brasil recebem pouca proteção e são majoritariamente mulheres, resultado do machismo estrutural que as trata como objetos. Defende que o governo brasileiro deve promover ações para proteger vítimas e conscientizar a população sobre compartilhamento de dados online
O documento discute como o filme Perfect Blue de 1997 retratou com precisão o stalking tecnológico atual e como as redes sociais aumentaram casos de depressão e ansiedade devido à exposição de informações privadas. Também destaca que as vítimas de cyberstalking no Brasil recebem pouca proteção e são majoritariamente mulheres, resultado do machismo estrutural que as trata como objetos. Defende que o governo brasileiro deve promover ações para proteger vítimas e conscientizar a população sobre compartilhamento de dados online
O documento discute como o filme Perfect Blue de 1997 retratou com precisão o stalking tecnológico atual e como as redes sociais aumentaram casos de depressão e ansiedade devido à exposição de informações privadas. Também destaca que as vítimas de cyberstalking no Brasil recebem pouca proteção e são majoritariamente mulheres, resultado do machismo estrutural que as trata como objetos. Defende que o governo brasileiro deve promover ações para proteger vítimas e conscientizar a população sobre compartilhamento de dados online
No filme de 1997 de Satoshi Kon, Perfect Blue, criado anos antes da atual era da
tecnologia, é visto uma representação assustadoramente próxima da realidade do
stalking tecnológico atual. A protagonista, Mima, é uma cantora japonesa, que após sair de sua carreira começa a sofrer uma atitude obsessiva e possessiva de fãs, que até criam um blog para descrever precisamente tudo o que ela fazia, causando um terror mental e constante ansiedade nela. Assim como no filme, nos tempos atuais, a obsessão intrusa através da tecnologia tem sido fomentadora para ansiedade em quem sofre e apenas tem crescido de ocorrência, até mesmo no Brasil. Como já visto em diversos estudos da contemporaneidade, a presença de redes sociais em relações influenciou no aumento das ocorrências de depressão e ansiedade na população, devido a forma que redes sociais podem expor informações íntimas e implícitas que muitas vezes são descobertas pelos stalkers, ou seja aqueles que realizam essa perseguição e obsessão virtual chamada de stalking. No filme ainda, a forma que a cantora é perseguida pelo perpetrador principal do crime, ela acaba se encontrando em uma situação de monitoração controladora, em que ela se sente com medo demais e pensa em tudo o que faz para manter suas aparência e fugir, de certa forma, por mais que ela consiga continuar a achá-la, que infelizmente é muito próximo de situações reais. Além de ser uma prática que afeta psicologicamente e até fisicamente suas vítimas, no Brasil tem-se muito pouca proteção à vítimas, por mais que viole a Constituição Federal ao comprometer o bem-estar e a segurança do cidadão. Ademais, tem-se em sua maioria alvos femininos, como foi visto em 2013 com 60% dos casos de cyberstalking serem mulheres, claramente ocasionado pela objetificação e obsessão com figuras femininas online resultados de um machismo estrutural que ainda vem a tratá-las como objetos. Portanto, é preciso que a o Governo Federal, juntamente do Ministério da Cidadania promova ações e medidas de segurança que garantam uma proteção à vítimas com devida punição aos praticantes. Além disso campanhas sociais que advirtam sobre compartilhamento de informações online para a conscientização também serão necessárias. Apenas assim o país cumprira seu dever de manter a população segura em todos os meios.