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Morte Viva no Trabalho #5 de seus Valores Corporativos

Escravidão Assalariada Degrada Sua Esquisitice ?


idiotice futilidade hipocrisia veneno morte viva

Sensibilizando sobre a decadência cerebral enervante, amarga e entupidora e sobre a morte lenta, imperceptível da alma que
resulta de qualquer emprego; incluindo escolarização forçada, participar no mercado como um empreendedor... e até diversão!

‘É difícil fazer um homem entender algo, quando seu salário depende de que ele não entenda.’ Upton Sinclair

Introdução
A diferença entre escravidão assalariada e escravidão tradicional é a mesma diferença entre emprego e prisão. O
emprego é ‘melhor’ que a prisão porque se é ‘livre’ para deixar o seu emprego e encontrar outro, ou abrir seu
próprio negócio. Mas num mundo totalmente dominado por uma economia monetária, onde a terra e os meios
de produção são possuídos por enormes organizações que não podem ser culpabilizadas e as elites parasitas
que os administram, você é forçado ou a vender seu tempo, energia e poder criativo ou, se abrir seu próprio
negócio, a suprimir sua humanidade para sobreviver nesta massiva economia baseada em dívidas e dependente
de lucro. Assim como nas eleições, você pode escolher seu tirano, mas eles todos servem o mesmo sistema.
Não foi sempre deste jeito. O dinheiro não substituiu a troca, as pessoas não morriam com trinta anos de
idade, ou tinham que se amontoar aterrorizadas em cavernas, sozinhos num universo hostil. Haviam ameaças,
perigos e dificuldades terríveis, é claro, mas antes da civilização (i.e. antes da agricultura) nós éramos — como
é amplamente reconhecido na antropologia — saudáveis, livres e envolvidos no que poderíamos chamar de tra-
balho por menos de vinte horas por semana. Até na muito caricaturada ‘idade das trevas’ a usura era um peca-
do, homens e mulheres faziam um trabalho não alienado, livre de horários rígidos, rico de sentido, desfruta-
vam de enormes quantidades de tempo livre, tinham acesso livre a ricos bens comuns e tinham ideias sãs sobre
morte, loucura e o corpo. Porém, assim como muitas pessoas acreditam que o enorme consenso entre cientis-
tas climáticos de que estamos no meio de um vasto desastre ecológico é uma conspiração ‘esquerdista’, muitos
não acreditam que as colossais evidências de que a vida já foi boa e pode ser novamente seja mais do que um
sonho hippie insosso. Eles não acreditam nisso porque é verdade, mas porque seus salários dependem disso.

Trabalho Destrói a Mentestômago


Qual é o efeito de passar as suas 40 horas mais criati- compreensivas florestas, para fazer docinhos elabora-
vas e energéticas fazendo a mesma tarefa sem sentido dos, ponderar um contraponto e escrever uma carta de
de novo e de novo? Qual é o efeito de suprimir seu dez páginas a um amigo, brilhante, inquisitiva, poética
impulso de fazer o que quiser todos os dias da sua e cômica; que têm que espremer tais atividades em umas
vida, de lhe forçar a se mover, agir, sentar e falar de duas horas cansadas no fim de uma rotina degradante,
maneiras estranhas à sua natureza e a seus instintos, exaustiva e que deforma a realidade; para tais pessoas
de se curvar a seus inferiores morais e intelectuais, de não há resposta significativa para a questão do que
reprimir os instintos de se rebelar e se deleitar, de negar elas perderam, porque qualquer coisa dentro delas que
o rasgante impulso de ser irracionalmente generoso e de possa entender o que seja fala num sussurro tão ofusco
subordinar os sussurros da sua consciência à ideologia e distante que não pode mais ser ouvido. Aliás, pior
implícita do local de trabalho? Em resumo: qual é o do que isso — é uma ameaça.
efeito da escravidão assalariada? Depois de vinte anos de escolarização e então dez
O problema é que para aqueles que fizeram isso ou vinte anos de trabalho, de servidão total a um sis-
durante todas as suas vidas (desde que começaram na tema que os alimenta, os veste e os abriga, que os diz
escola); que são, por exemplo, incapazes de falar cinco o que fazer e que é previsível e seguro, tempo livre se
línguas fluentemente, dançar à dois graciosamente, torna tão aterrorizante que eles devem preenchê-lo
construir ou reformar suas próprias casas, plantar seus com diversões ou com mais trabalho. No momento em
próprios vegetais, pintar, atuar, costurar, andar a cavalo que uma lacuna de tempo não estruturado se abre, o
e praticar kung fu em alto nível; aqueles que não têm escravo assalariado invariavelmente joga álcool gargan-
o tempo, energia ou inclinação para fazer um amor ta abaixo, se apressa pelo mundo tirando fotografias,
espetacular com seus parceiros por várias horas ao liga o Playstation ou, o mais lamentável de todos, se
dia, para jogar jogos não eletrônicos com seus filhos e põe a criar precisamente o mesmo tipo de organização
ensiná-los truques estranhos, para andar sem rumo em exploradora da qual se libertou.

W W W. E X P R E S S I V E E G G . O R G
Morte Viva no Trabalho #5 de seus Valores Corporativos

Escravidão Assalariada Degrada Sua Esquisitice ?


idiotice futilidade hipocrisia veneno morte viva

Sensibilizando sobre a decadência cerebral enervante, amarga e entupidora e sobre a morte lenta, imperceptível da alma que
resulta de qualquer emprego; incluindo escolarização forçada, participar no mercado como um empreendedor... e até diversão!

‘Nossa sociedade lembra a máquina mais avançada que eu vi uma vez numa loja de brinquedos de Nova York. Era um
pequeno cofre que, quando você tocava um interruptor, se abria para revelar uma mão mecânica. Dedos cromados bus-
cavam a tampa, a puxavam para baixo, e a trancavam por dentro. Era uma caixa; se esperava poder tirar algo dali; no
entanto, tudo o que ela continha era um mecanismo para fechar a tampa.’
Ivan Illich
‘Todos — executivos, médicos, garçons, ou outros quaisquer — encenam, manipulam, para evitar serem manipulados e
para evitar uma exposição que ameace a si próprio. A meta é a proteção ou promoção de si, mas sendo que o indivíduo
está na verdade isolado de qualquer comunicação significativa ele sufoca. O ambiente se torna cada vez mais irreal à
medida em que seres humanos se distanciam dos eventos de suas próprias vidas. À medida em que este processo se acelera,
o indivíduo começa a resistir, a se irritar (e criar uma divisa ainda maior) com a culpa existencial que passou a sentir.
Nós passamos a ser assombrados por nossa encenação, nossa simulação, nossa fuga de tentar ser o que realmente somos ou
poderíamos ser. Enquanto a culpa cresce, silenciamos a voz interna incomodada com drogas, álcool, esportes — qualquer
coisa para evitar encarar a realidade da situação.’
R.D. Laing
Alguns Procuram Liberdade... ...e Quem Procura, Acha
Outros - mais sensitivos, mais vivos — ainda conseg- Aqueles que têm familiaridade com a vida indefinível
uem ouvir a voz de sua consciência. Eles podem sen- dentro de si, embaixo de sua personalidade externa,
tir, no seu íntimo, que trabalho — toda escravidão as- conseguem detectar que não é algo definível, que eles
salariada e toda atividade comercial — destrói o que é possam determinar, que morre no trabalho, mas a luz da
bom. Eles sabem que suas dores de cabeça, acessos de vida, que, desconhecida da personalidade superficial,
raiva, falta de criatividade, o sentimento subjacente lentamente se apaga, deixando o tipo de cascas vazias,
permanente de ansiedade, sua impotência e desinter- mecânicas, de meia-idade que vagam como fantasmas
esse, seus vícios, seu analfabetismo funcional, seus pelos locais de trabalho do mundo.
sonhos opacos sem rumo e o perfurante sentimento Tais pessoas se submetem ao trabalho por um tem-
perene de que sua vida está se esvaindo é parcialmente po, como todos nós precisamos, para adquirir o excre-
resultado deste aprisionamento. Mais a fundo, sabem mento intercambiável chamado dinheiro, mas só para
que não é ‘necessidade’ que os mantém trabalhando, comprar liberdade para escapar desta montanha de
mas insensibilidade, medo da incerteza, falta de es- lixo, para voltar a cavar seu túnel de fuga um pouco
pontaneidade, alegria atrofiada, emocionalidade in- mais adiante. Talvez um dia eles irão escapar de uma
quieta e uma inabilidade de parar de pensar: em resu- vez por todas, talvez não — é uma tarefa quase impos-
mo, a personalidade adquirida que cobre a personagem sível — mas isso não importa. É a recusa a aceitar se
nata e unicamente criativa que luta para se libertar comprometer um momento além do absolutamente
abaixo dela. necessário que mantém a verdade viva. A liberdade não
É a personalidade, o eu falso sobreposto desde está na fuga, mas na luta para fugir.
cedo ao gênio interno, que é viciada em trabalho, em É realmente necessário que você passe mais um ano
negócios e em diversão, que não pode ousar imaginar trabalhando? Outros dois? Dez? É realmente necessário
uma vida genuinamente independente consistida de que você trabalhe para juntar dinheiro para comprar
investigação livre e criativa (ou leitura sobre esta) e uma casa ou uma empresa para que você possa voltar
que, de fato, prospera nas organizações de escravidão a trabalhar? É realmente necessário que você justifique
assalariada de mais sucesso. É por isso que as per- sua negação da sua natureza verdadeira a cada hora
sonalidades mais atrofiadas, insinceras, agressivas ou com racionalizações para esta vida pela metade?
destruídas têm sucesso no trabalho, e que se seu chefe Se realmente for, sua vida pela irá, antes que se
não é uma pessoa pela metade, triste e psicopata, ele dê conta, lhe transformar numa pessoa pela metade
será infeliz e lentamente morrendo por dentro. também.

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Seis Maneiras de Evitar a Escravidão Assalariada


1. Nasça Rico
A maneira mais fácil, e de longe a mais comum, de evadir completamente a escravidão assalariada é emergir de
uma vagina rica (i.e. ser privilegiado). Esta solução, obviamente, é impossível se você já emergiu de uma vagina
não rica, mas não precisa se preocupar. Ser privilegiado é se isolar das lições ensinadas pela dor e a incerteza, e
das consequências do egoísmo. Tudo isto leva a uma redução de empatia, consciência e sensibilidade, que por
sua vez levam a um aumento de estupidez, crueldade, grosseria, imaturidade e horror existencial.

2. Adquira Riqueza
Uma solução popular para a questão de viver à mercê dos mercados; mas catastroficamente falha. Assim como
nascer rico lhe anestesia de nascença, o processo de adquirir riqueza exige que você se deforme para se ajustar
às necessidades da economia, durante tanto tempo que, quando você poder ter todos aqueles carros e casas
adoráveis, será completamente incapaz de gastar seu dinheiro criativamente e profundamente triste.

3. Se Torne Famoso.
Outra solução comum mas problemática. Se você é genuinamente criativo, consciente e de mente livre, a fama
te oferece o poder de fazer o que sua inspiração mandar, sem ter que checar, primeiro, se o patrão aprovou ou
se vai aumentar os dividendos de algum babaca. Mas este é um ‘se’ bem grande. Geralmente é o lixo seguro,
sem sentido, derivativo e vendável que é recompensado com fama. E mais, embora um grupo cada vez menor
de pensadores livres genuinamente criativos e sensitivos alcancem este tipo de sucesso, a fama quase sempre
os arruína. Eles enriquecem, se isolam de suas comunidades, se tornam caricaturas esgotadas de si mesmos.

4. Consiga um Bom Emprego


Um bom emprego é aquele protegido do mercado, idealmente — embora raramente - por algum maluco be-
nevolente. Um emprego protegido por uma fundação razoavelmente ‘socialista’ é uma boa segunda opção,
mas ainda exige quantidades catastróficas do seu tempo e, por nunca estar realmente livre do mercado, da sua
consciência. Por exemplo, trabalhar no sus — uma tarefa nobre, para uma organização igualitária — e preferível
aos serviços privados de saúde, mas ainda profundamente incorporado num sistema doentio.

5. Abandone Completamente a Sociedade


No lado oposto da riqueza e fama há a vida do selvagem, do monge e do excluído total. Exemplos artísticos
famosos incluem Thoreau, Kerouac e Lee — embora eles tenham tido ajuda de parentes. Exemplos menos fa-
mosos aparecem, de vez em quando, de homens (geralmente homens) que conseguem viver numa floresta por
anos, ou de andarilhos que vivem do lixo dos outros, ou de religiosos vivendo de esmolas. Esta solução, a mais
extrema, é ‘um pouco demais’ para a maioria. Recomendado apenas para heróis e tolos.

6. Faça o que Puder


A melhor solução, de longe — a mais razoável e viável na prática — é também a mais difícil de descrever, porque
depende tão intimamente da sua situação; mas, em essência, o melhor jeito de evitar o trabalho é uma mistura
de enganar, roubar (mas só dos muito ricos, ou de grandes organizações), trabalhar temporariamente ou em
meio período (e então gastar seu dinheiro com liberdade), viver de suas economias, aprender a viver discreta-
mente e às custas de amigos e parentes. Este último, é claro, só como último recurso, porque depender de seus
pais e amigos é profundamente humilhante — mas às vezes é necessário.

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Sensibilizando sobre a decadência cerebral enervante, amarga e entupidora e sobre a morte lenta, imperceptível da alma que
resulta de qualquer emprego; incluindo escolarização forçada, participar no mercado como um empreendedor... e até diversão!

Perguntas Frequentes e Objeções Comuns


como eu posso viver sem dinheiro? mas meu emprego é importante!
Você não pode. Algumas almas ousadas e aventureiras Se você é um professor, primeiramente, você está lecio-
já tentaram e quase tiveram completo sucesso, mas nando um plano de ensino corporativo, e está sendo
inevitavelmente tiveram que retornar ao mercado de pago para garantir que seus estudantes reprimam suas
trabalho. E às vezes você tem que trabalhar — só um próprias experiências e vontades espontâneas. Se você
covarde foge de suas responsabilidades. A questão, no é um médico, sua prioridade é vender drogas, para evi-
entanto, não é como viver pelado num pasto bebendo tar que as pessoas curem (ou entendam) seus próprios
água da chuva, mas como ser o mais livre possível da corpos, e fazê-las voltarem ao trabalho. Se você está
necessidade de ganhar dinheiro através de escravidão as- envolvido de qualquer maneira nas indústrias de en-
salariada. É possível viver bem trabalhando infrequent- ergia, turismo, alimentação, moda, entretenimento,
emente. Porém, você pode ter que sacrificar muitos dos habitação, eliminação de resíduos ou segurança, a sua
prazeres e luxos dos quais você atualmente desfruta. função é aumentar lucros, restringir indivíduos aos
o que eu vou fazer com meu tempo livre!? papéis de clientes e consumidores dependentes, sep-
Se você não consegue lidar com o seu ócio, você não arar comunidades, privar as pessoas dos recursos que
o merece. Se você não tem um amor radiante por mel- elas precisam para administrarem suas próprias vidas,
horar a si mesmo, se seus horizontes são limitados pelo viciá-los em drogas doentias e produtos malfeitos de
que você conhece (particularmente assistir esportes, baixa qualidade ou, na melhor das hipóteses, limpar
espetáculos turísticos, estimulação de alta tecnologia, os resíduos que um sistema doente gera. Não importa
fazer dinheiro e comprar diversão) e se você não con- o quanto você é uma boa pessoa (e há muitas boas
segue sentar quieto por cinco minutos sem procurar pessoas), você será ignorado, ridicularizado, ou de al-
por um aparelho eletrônico, você é bem adequado à guma outra forma penalizado se colocar generosidade,
escravidão assalariada. consciência ou inteligência acima destas prioridades.
mas eu tenho filhos! seria irresponsável largar Se seu desejo por liberdade se estende à comunidade
meu emprego quando eu tenho filhos para criar. — criando redes de troca livre de trabalho, uma econo-
Você tem a responsabilidade de obrigar seus filhos mia solidária e ocupando espaços públicos — você será
a fazerem o que não querem, aprenderem o que não aprisionado ou morto. Uma grande esforço é feito para
querem, por quarenta horas por semana, para que eles justificar, até glorificar este sistema nojento, mas nada
acabem sendo tão escravizados quanto você? Você tem de bom sai dele, só a sobrevivência (para os sortudos,
a responsabilidade de comprar todos os últimos aparel- meramente confortável).
hos, telefones, computadores e brinquedos eletrônicos onde posso ler mais sobre isso?
para seu filho? Você tem a responsabilidade de criar seu Para a demolição do controle profissional dos bens
filho num ambiente virtual mediado onde tudo que ele comuns e de nossa dependência em sistemas anti-hu-
ou ela tocam e veem foi moldado por mãos humanas? manos, Ivan Illich é excelente, embora seja um pouco
Não. Você tem a responsabilidade de criar seus filhos maçante. Bob Black e William Morris escreveram textos
num ambiente natural e livre, a estar presente na maior curtos e magníficos contra a escravidão assalariada.
parte do tempo enquanto ele cresce, e de demonstrar, Jeff Schmidt, em Disciplined Minds (Mentes Disci-
por suas ações, o quão destemido, versátil e talentoso plinadas), escreveu um excelente relato de como o
um ser humano pode ser. Você pode fazer qualquer des- sistema universitário seleciona por obediência e como o
tas coisas como um escravo assalariado? Não. Um pai profissionalismo ‘ajusta a curiosidade’. O melhor lugar,
responsável pode ter que trabalhar um pouco mais do mais doce e subversivo para ter um panorama geral
que um solteiro responsável para ter dinheiro suficiente do problema e as mais profundas soluções, eu devo
para viver livre por alguns anos, mas a sua escravidão dizer, é The Apocalypedia. (Nota: Jeff Schmidt, e The
só pode levar à infelicidade e subordinação de seu filho. Apocalypedia não estão disponíveis em português.)

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