30/10/23

Estatística
Palestra 06
Testes de Hipóteses
(Introdução)

UL_FCEP_Estatística_4o ano_LEM – II Semestre/2023 Docente: Msc. Cristina da Costa

Testes de Hipóteses
Introdução
§ No dia a dia e mesmo no mercado de trabalho muitas vezes somos confrontados com situações em que devemos
tomar decisões que norteiem o caminho a ser seguido. Para tomar tais decisões, devemos seguir métodos estatísticos,
que assegurem a validade da solução, denominada Teoria da Decisão que é um método que permite testar hipóteses
sobre a população com base em informações de dados amostrais. Essas decisões são chamadas de decisões
estatísticas;

§ Neste palestra vamos abordar sobre os testes de hipóteses, procedimentos que permitem testar uma hipótese sobre
uma população por meio de dados amostrais. Se os resultados obtidos a partir da amostra não são viáveis, rejeitamos
a hipótese sobre a população. Se são plausíveis, mantemos a hipótese e atribuímos os desvios entre a estatística
amostral e o parâmetro populacional em estudo, ao erro amostral;

§ Antes de iniciar o estudo dos testes de hipótese, é necessário apresentaremos separadamente cada um de seus
componentes, como: hipóteses estatísticas, tipos de erro, nível de significância, testes unilaterais ou bilaterais,
valor crítico, região crítica e estatística de teste;

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Testes de Hipóteses
Tipos de Hipóteses

§ Há dois tipos de hipóteses: a hipótese nula, simbolizada por 𝑯𝟎 , que contém uma
afirmativa de igualdade tal como =, ≤ ou ≥, e a hipótese alternativa, simbolizada por
𝑯𝟏 𝒐𝒖 𝑯𝒂 , que é o complemento da hipótese nula e contém uma afirmativa de
desigualdade como ≠, > ou <;

§ Devemos tomar cuidado quando formulamos as hipóteses, pois em alguns casos a

sua formulação pode não ser clara. A afirmativa ou alegação a ser testada pode estar
na hipótese nula ou na hipótese alternativa, portanto devemos estar seguros de que
as hipóteses estejam montadas de maneira adequada, para que a conclusão do teste
de hipótese forneça uma decisão confiável;
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Testes de Hipóteses
Tipos de Erro

§ Na aplicação de um teste de hipótese, podemos ter dois tipos de resultados: não rejeitar a
hipótese nula ou rejeitar a hipótese nula. Como esse resultado baseia-se em dados amostrais,
corremos o risco de tomar a decisão errada, pois podemos não rejeitar uma hipótese nula que na
realidade é falsa ou rejeitar uma hipótese nula que na realidade é verdadeira. Existem dois tipos
de erro:
a. Erro do tipo I – significa rejeitar uma hipótese nula verdadeira. A probabilidade de se cometer
esse erro é dada por 𝛼.
b. Erro do tipo II – significa não rejeitar uma hipótese nula falsa. A probabilidade de se cometer
esse erro é dada por 𝛼.

Quadro resumo dos possíveis resultados de um teste de hipótese

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Testes de Hipóteses
Nível de significância

§ O nível de significância (𝛼) é a probabilidade de ocorrer um erro do tipo I.

§ Antes de iniciar o teste o pesquisador determina o nível de risco ( 𝛼) que pode

ser tolerado ao se rejeitar a hipótese nula quando ela for verdadeira (erro do
tipo I).

§ Portanto, o risco de se cometer o erro do tipo I está diretamente sob o controle

do pesquisador. Se escolhermos aplicar um teste com um nível de
significância de 5% ou 0,05, teremos cerca de 5 chances em 100 de
rejeitarmos a hipótese nula e ela ser, na realidade, verdadeira.

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Teste de Hipóteses
Tipos de Teste
§ Nos testes de hipóteses podemos ter dois tipos de situações, na tentativa de
detectar desvios significativos de um determinado parâmetro. Esses desvios
podem ser apenas em uma direção, denominada por teste unilateral (podendo ser à
esquerda ou à direita), ou em ambas as direções, denominada teste bilateral;
§ Identificamos essas características quando montamos a hipótese alternativa do
problema.
Quadro resumo do conjunto de hipóteses possíveis
𝑯𝟎 : 𝝁 ≠ 𝒂 𝑯𝟎 : 𝝁 ≥ 𝒂 𝑯𝟎 : 𝝁 ≤ 𝒂
𝑯𝟏 : 𝝁 = 𝒂 𝑯𝟏 : 𝝁 < 𝒂 𝑯𝟏 : 𝝁 > 𝒂

Região de rejeição bilateral Região de rejeição Região de rejeição

unilateral à esquerda unilateral à direita

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Teste de Hipóteses
Teste Bilateral

Se a hipótese alternativa Ha contém o símbolo “diferente de” (≠), então o teste de

hipótese é um teste bilateral como ilustra a figura abaixo. Em um teste bilateral,
cada cauda tem uma área de ½ p

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Teste de Hipóteses
Teste Unilateral à Esquerda

§ Se a hipótese alternativa Ha contém o símbolo “menor que” (<), então o teste de hipótese
é um teste unilateral à esquerda;
§ O teste da cauda à esquerda é utilizado para verificar se determinado padrão mínimo foi
atingido

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Teste de Hipóteses
Teste Unilateral à Direita
§ Se a hipótese alternativa 𝐻! contém o símbolo “maior que” (>), então o teste de
hipótese é um teste unilateral à direita;
§ O teste da cauda à direita é utilizado para verificar se determinado padrao máximo
não foi excedido (esta em excesso).

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Teste de Hipóteses
Região crítica (ou Região de Rejeição de
𝑯𝟎 )
A região crítica (ou região de
rejeição ou zona de rejeição ) é o
conjunto de valores da estatística
de teste que nos levam a rejeitar a
hipótese nula.

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Teste de Hipóteses
Gráfico de distribuicao normal de acordo com a hipótese alternativa.

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Teste de Hipóteses
Estatística de teste
§ A estatística de teste é calculada com base em uma distribuição estatística
conhecida, como por exemplo, a distribuição normal, a distribuição t de Student
ou a distribuição qui-quadrado;
§ vamos aplicar o teste de hipótese para dois parâmetros populacionais: a média (µ)
e a proporção (p ). No caso das proporções, a estatística de teste será calculada
com base na distribuição normal. No caso da média, precisamos considerar se
conhecemos ou não o desvio-padrão populacional (𝜎).
§ Quando 𝜎 é conhecido, a estatística teste é calculada com base na Distribuição
Normal; quando 𝜎 é desconhecido, usamos o desvio-padrão da amostra (s), e a
distribuição usada é a Distribuição t de Student.

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Teste de Hipóteses
Quadro resumo a Estatística de Teste
Quando o desvio é conhecido Quando o desvio é desconhecido

𝑥−𝜇 𝑥−𝜇
𝑍= 0 𝑛 𝑍= 0 𝑛
𝜎 𝑆
Quando a dimensão da amostra é igual ou superior a 30 (𝑛 ≥ 30)

- 𝑥−𝜇
𝑇= 0 𝑛
𝑆
Quando a dimensão da amostra é menor que 30 (𝑛 < 30)

§ Na distribuição utilizada na Região de Rejeição depende de dois factores: Estatística do teste e do

tipo de hipótese escolhida, assim temos:

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Teste de Hipóteses
Bilateral
Estatística de Teste Z ] −∞; −𝑍#] ∪ [𝑍#; +∞[
$ $
Unilateral à esquerda
] −∞; −𝑍% ]
Unilateral à direita
[𝑍% ; +∞[
Bilateral

] −∞; −𝑇#;'() ] ∪ [𝑇#;'() ; +∞[

$ $
Unilateral à esquerda
Estatística de Teste T
] −∞; −𝑇% ;'() ]
Unilateral à direita
[𝑇% ;'() ; +∞[

Em relação a conclusão temos:

§ Se o valor da Estatística de Teste pertence à Região de Rejeição (Est.teste ∈ 𝑅𝑅) então,
rejeita-se a hipótese nula (𝐻! );
§ Se o valor da Estatística de Teste não pertence à Região de Rejeição (Est.teste ∉ 𝑅𝑅)então,
não se rejeita a hipótese nula (𝐻! );

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Teste de Hipóteses

Passos para a realização de um teste

Os testes de hipóteses devem ser realizados em quatro passo:
1º definição das hipóteses. Hipótese nula (𝐻# ) versus hipóteses alternativa
(𝐻! ). Sendo que aquilo que se quer testar deve figurar na hipótese alternativa;
2º Cálculo da Estatística de Teste (Z ou T, dependendo das condições do
problema);
3º apresentar a região de rejeição;
4º conclusão ou tomada de decisão (com base na localização do valor critico).

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Bibliografia
ASSIS, J.P. de; SOUSA, R. P. de & LINHARES, P.C.F. Testes de Hipóteses Estatísticas.
EDUFERSA/ABEC, Brasil 2020.

AZEVEDO, Paulo R. Medeiros de. Introdução à Estatística. 3a.ed.Natal, RN: EDUFRN, 2016.

FERREIRA, V. Estatística Básica. 1ª edição – SESES, Rio de Janeiro, 2015.

MORETTIN, Luiz Gonzaga. Estatística Básica: probabilidade e inferência. São Paulo. Pearson
Prentice Hall, 2010.

MORETTIN, Pedro Alberto & BUSSAB Wilton O. Estatística Básica. 6a ed. São Paulo: Saraiva,
2010.
PINTO, S. S. & SILVA, C.S. da. Estatística Volume I. Editora da FURG, Brasil, 2020.
SILVA, C.S. da & PINTO, S. S. Estatística Volume II. Editora da FURG, Brasil, 2021.
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