Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Didáctica de Matemática II
Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática
Faculdade de Ciências Naturais e Matemática
Departamento de Matemática
Universidade Pedagógica
Rua João Carlos Raposo Beirão nº 135, Maputo
Telefone: (+258) 21-320860/2 ou 21 – 306720
Fax: (+258) 21-322113
Primeira Edição
© Todos os direitos reservados. Não pode ser publicado ou reproduzido em nenhuma forma ou meio – mecânico ou
eletrónico- sem a permissão da Universidade Pedagógica.
Índice
Lição n° 1 15
A Geometria nos contextos escolar e extra-escolar ........................................................ 15
Lição n° 2 24
O raciocínio geométrico, a visualização, a construção e os objectos de análise
geométrica ....................................................................................................................... 24
O raciocínio geométrico e o raciocínio sobre o espaço ......................................... 25
Os objectos da análise geométrica......................................................................... 29
Unidade n° 2: Obstáculos à aprendizagem sobre o espaço e sobre a matematização do espaço35
Lição n° 1 37
Obstáculos à aprendizagem sobre o espaço .................................................................... 37
Lição n° 2 43
Obstáculos à aprendizagem da matematização do espaço .............................................. 43
Lição n° 1 60
Os conceitos de grandeza e de medida ........................................................................... 60
Lição n° 2 68
Tipos de grandezas.......................................................................................................... 68
Lição n° 3 76
Estimação ........................................................................................................................ 76
Lição n° 1 88
Introdução ao estudo dos polígonos: generalidades ....................................................... 88
POLÍGONOS ........................................................................................................ 89
Lição n° 2 100
O triângulo e suas propriedades .................................................................................... 100
TRIÂNGULO ...................................................................................................... 101
Teorema da soma dos ângulos internos de um triângulo .................................... 105
Teorema do Ângulo Externo ............................................................................... 107
TEOREMA DE PITÁGORAS ............................................................................ 108
EXEMPLO DE APLICAÇÃO DO TEOREMA DE PITÁGORAS ................... 112
Lição n° 3 116
Congruência de triângulos ............................................................................................ 116
CONGRUÊNCIA DE FIGURAS PLANAS ....................................................... 117
Lição n° 4 124
Semelhança de triângulos ............................................................................................. 124
Definição de semelhança ..................................................................................... 125
Critérios de semelhança de triângulos ................................................................. 132
Teorema de Tales ................................................................................................ 134
Relações métricas na semelhança de triângulo rectângulo.................................. 135
Lição n° 1 145
Estudo de quadriláteros e suas propriedades ................................................................ 145
QUADRILÁTERO .............................................................................................. 146
Lição n° 2 154
Cálculo de perímetros e áreas de figuras planas ........................................................... 154
Perímetro de um polígono ................................................................................... 155
Determinação de áreas......................................................................................... 157
EQUIVALÊNCIA DE FIGURAS PLANAS ...................................................... 160
Lição n° 1 171
Generalidades sobre o conceito de poliedro ................................................................. 171
Poliedros .............................................................................................................. 172
Lição n° 2 179
Introdução ao estudo dos prismas e cálculo de seus volumes ...................................... 179
O conceito de Prisma ........................................................................................... 180
Lição n° 3 204
Introdução ao estudo do cilindro e cálculo de seu volume ........................................... 204
O Cilindro ............................................................................................................ 205
Lição n° 4 217
Introdução ao estudo do cone e cálculo do seu volume ................................................ 217
O Cone circular ................................................................................................... 218
Lição n° 5 232
Introdução ao estudo da Pirâmide e cálculo do seu volume ......................................... 232
Pirâmides ............................................................................................................. 233
Lição n° 6 244
Introdução ao estudo da esfera e cálculo de seu volume .............................................. 244
Lição n° 1 257
Observação de aulas...................................................................................................... 257
Ficha de Observação ........................................................................................... 258
Lição n° 2 261
O plano de aula ............................................................................................................. 261
1
Visão Geral dos Conteúdos
A primeira unidade é composta por duas lições. Na primeira lição
abordaremos a importância do ensino da Geometria, considerando
aspectos dos contextos escolar e extra-escolar do ensino desta
disciplina. Também iremos fazer menção de alguns cientistas, que
impulsionaram o desenvolvimento da Geometria como Ciência. Na
segunda lição, falaremos do raciocínio geométrico, a visualização,
a construção, os objectos de análise geométrica e alguns problemas
associados a estes conceitos no ensino da disciplina.
2
de generalidades sobre o conceito de poliedro, introdução ao
estudo dos prismas, introdução ao estudo do cilindro, introdução
ao estudo do cone, introdução ao estudo da pirâmide, introdução ao
estudo da esfera, bem como do cálculo de seus volumes e áreas
laterais e totais.
Objectivos do Módulo
Objectivo Geral
Contribuir para o ensino e aprendizagem da geometria,
despertar e desenvolver o interesse dos alunos pela
geometria, estimulando a sua actividade cognitiva e
fomentando hábitos correctos de estudo independente.
Objectivos específicos:
Desenvolver estratégias de ensino da geometria, a partir do
uso de diferentes recursos didácticos.
Desenvolver estratégias de ensino da geometria, a partir do
uso de metodologias específicas.
Desenvolver a capacidade de elaboração de tarefas de
geometria a serem ensinadas na sala de aulas.
Identificar os erros mais frequentes na aprendizagem da
geometria através da análise de problemas de geometria.
3
A quem se destina o Módulo
Este Módulo destina-se à formação de professores de Matemática,
em exercício ou não, que tenham a 12ª classe ou equivalente e
inscritos no curso à Distância, fornecido pela Universidade
Pedagógica de Moçambique.
4
Precisa de Apoio?
Dúvidas e problemas são comuns ao longo do estudo de
determinado assunto. Como já nos referimos anteriormente, em
caso de dúvida numa matéria consulte os manuais sugeridos no fim
da lição e disponíveis nos centros de recurso mais próximos.
Sempre que julgar pertinente pode consultar o tutor que estará a sua
disposição no centro de recurso mais próximo.
Actividades
Ao longo deste Módulo irá encontrar várias tarefas que
acompanham o seu estudo. Tente sempre solucioná-las. Consulte
manuais disponíveis e/ou referenciados no fim de cada lição, para
obter mais informações acerca do conteúdo que estiver estudando.
Se usar livros de outros autores ou parte deles na elaboração de
algum trabalho deverá citá-los e enumerá-los na bibliografia. Não
se esqueça que usar um conteúdo, livro ou parte do livro em algum
trabalho, sem referenciá-lo é plágio e pode ser penalizado. As
citações e referências são uma forma de reconhecimento e respeito
pelo pensamento de outros.
5
Avaliação
A avaliação visa não somente nos informar sobre o seu
desempenho nas lições, mas também visa estimular-lhe a rever
alguns aspectos e a seguir em frente. Durante o estudo deste
módulo deverá realizar dois (2) testes correspondentes aos
seguintes conteúdos.
Teste I: Unidades 1, 2, 3, 4 e 5
6
Unidade Título Lição Título Tempo
Nr. de estudo
1 Obstáculos à aprendizagem 30
sobre o espaço minutos
(2 horas de estudo)
(3 horas de estudo)
3 Estimação 30
minutos
7
1 O triângulo e suas propriedades 1,5 horas
(5,5 horas de
estudo)
(3 horas de estudo)
8
geométricos
(8,5 horas de
estudo)
(2,5 de estudo)
Ícones de Actividades
9
1. Exercício 2. Actividade 3. Auto-Avaliação
[livro aberto]
[batuque soando]
[estrela cintilante]
[sentados à volta da
[sol] fogueira]
[embondeiro]
10
13. Terminologia/ 14. Vídeo/Plataforma 15. Comentários
Glossário
11
11. Tempo – O sol indica o tempo aproximado que deve dedicar á
realização de uma tarefa ou actividade, estudo de uma unidade ou
lição.
12. Resumo – Representado por pessoas sentadas à volta da fogueira
como é costume fazer-se para se contar histórias. É o momento de
sumarizar ou resumir aquilo que foi tratado na lição ou na unidade.
13. Terminologia/Glossário – Representado por um livro de consulta,
indica que se apresenta a terminologia importante nessa lição ou
então que se apresenta um Glossário com os termos mais
importantes.
14. Vídeo/Plataforma – O computador indica que existe um vídeo
para ser visto ou que existe uma actividade a ser realizada na
plataforma digital de ensino e aprendizagem.
15. Balão com texto – Indica que existem comentários para lhe ajudar
a verificar as suas respostas às actividades, exercícios e questões de
auto-avaliação.
12
Conteúdos
O Ensino da Geometria
Lição n° 1 15
A Geometria nos contextos escolar e extra-escolar 15
Lição n° 2 24
O raciocínio geométrico, a visualização, a construção
UNIDADE
e os objectos de análise geométrica 24
O raciocínio geométrico e o raciocínio sobre o
espaço 25
1
Os objectos da análise geométrica 29
Pág. 13 - 34
13
Introdução
Nesta unidade, vamo-nos debruçar sobre alguns aspectos relativos
ao ensino e aprendizagem da Geometria, tendo como enfoque
aspectos inerentes ao raciocínio geométrico e o raciocínio sobre o
espaço, objectos da análise geométrica e o uso de diagramas e
desenhos no ensino desta disciplina. De forma breve, também
iremos discorrer sobre alguns aspectos que sinalizam a evolução
histórica da Geometria como Ciência e sua importância em
contextos escolares e extra-escolares.
Esta unidade comporta duas (2) lições. O seu estudo deverá durar
cerca de 3 horas. O caderno de notas e alguma bibliografia
adicional (se possível) deverão acompanhar todo o seu estudo.
Objectivos da unidade
Ao completar esta unidade, você deve:
Reflectir de forma crítica sobre aspectos inerentes ao ensino da
Geometria, tais como os raciocínios geométrico e sobre o
espaço, os erros que podem ocorrer quando se utilizam
diagramas e desenhos no ensino da Geometria e sua evolução
histórica.
14
Lição n° 1
A Geometria nos contextos escolar e extra-escolar
Introdução
Nesta lição faremos uma resenha histórica sobre a evolução da
Geometria como Ciência. Buscaremos trazer à tona algumas
evidências, que julgamos poder ajudar na reflexão sobre a
importância desta disciplina, tanto em contextos escolares, como
em contextos extra-escolares.
Tempo
15
Pois é! Pare de ler e olhe em sua volta. Vê algo de geometria? Faça
uma lista de aspectos, figuras ou objectos geométricos que estão aí
perto de si, neste momento. Quantos são? Consegue contabilizar
todos? Agora faça a seguinte actividade:
16
Figura 3: Favo de mel das Figura 4: Padrão natural de
abelhas folhas
Fonte:http://scrapplayground.blogspot.co Fonte:http://scrapplayground.blogspot.co
m/2012/09/hora-do-recreio-geometria-e- m/2012/09/hora-do-recreio-geometria-e-
scrapbooking.html scrapbooking.html
Fonte: http://tombraiderparasempre.blogspot.com/2013/07/artefatos.html
17
Na verdade, a Geometria está presente em vários contextos, desde
os contextos escolares aos extra-escolares. Em contextos extra-
escolares, pode-se notar que a Geometria é usada em trabalhos
artesanais e decorações de certos objectos, fazendo-se a
ornamentação destes, a partir de simples formas geométricas ou de
aspectos de simetria, para obter, por exemplo, formas geométricas
regulares.
Fonte:
https://www.google.co.mz/search?q=Tales+de+Mileto+(624+a.C+%E2%80%93+558+a.C)es
_sm=93&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=UFVHVbupO4LpaqfHgZgE&ved=0CAcQ_A
UoAQ&biw=1040&bih=658
18
Euclides foi um famoso matemático grego,
cuja terra natal e data de nascimento
desconhecem-se. Seu pensamento floresceu
em Alexandria, por volta de 300 a.C. Sua
obra principal chama-se "Elementos" (em
grego, Stoikheia), e trata da geometria e da
teoria dos números.
Figura 7: Euclides
Fonte:https://www.google.co.mz/search?q=Euclides+foi+um+famoso+matem%C3%A1tico+grego&e
s_sm=93&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=3lVHVfuKDsnaaKXegbgC&ved=0CAcQ_AUoAQ&biw=10
40&bih=658
ARQUIMEDES DE SIRACUSA
Matemático e físico grego. Quando jovem
mudou-se para Alexandria, onde
continuou as aulas de Euclides. De volta à
sua pátria, entregou-se por completo aos
estudos científicos. Quando os Romanos
atacaram Siracusa, Arquimedes dirigiu a
defesa da sua cidade.
Figura 8: Arquimedes
Fonte:https://www.google.co.mz/search?q=ARQUIMEDES+DE+SIRACUSA&es_sm=93&source=lnms&tbm=isch
&sa=X&ei=elZHVfTdI4L_aOaDgJgL&ved=0CAcQ_AUoAQ&biw=1040&bih=658
19
Apolônio de Perga foi um matemático e
astrónomo grego da escola alexandrina.
Viveu em Alexandria, Éfeso e Perge.
Wikipédia
Fonte:https://www.google.co.mz/search?q=Apol%C3%B4nio+de+Perga&es_sm=93&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=
O1dHVffMKIfYapjygLAD&ved=0CAcQ_AUoAQ&biw=1040&bih=658
Fonte:https://www.google.co.mz/search?q=Cl%C3%A1udio+Ptolomeu&es_sm=93&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=y
FdHVYLzCMnkau22gOgJ&ved=0CAcQ_AUoAQ&biw=1040&bih=658
20
Contudo, não foi surpreendente que depois desta longa estagnação,
tenham aparecido ideias originais, em investigações no campo da
Geometria, independentemente da Geometria Euclidiana: ao longo
do século XV, a partir de um estudo artístico sobre perspectiva
(Piero della Francesca, Leon Battista Alberti); no século XVII, da
fusão entre a Geometria e a Álgebra (Descartes) e no fim do século
XVIII, do estudo sistemático dos métodos de representação de
objectos em sistemas tridimensionais, através de desenhos, isto é,
através da Geometria Descritiva (Monge).
Fonte (Rene):https://www.google.co.mz/search?q=REN%C3%89+DESCARTES(+1596-
1650)&es_sm=93&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=H1hHVYHPDNLTaMa0gYAM&ved=0CAcQ_
AUoAQ&biw=1040&bih=658
(Monge):
https://www.google.co.mz/search?q=Gaspard+Monge&es_sm=93&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=9
lhHVeOoA8braMPdgOAH&ved=0CAcQ_AUoAQ&biw=1040&bih=658
21
Todas as facetas da Geometria eram consideradas como aspectos
alienados do espírito da Geometria Euclidiana. Foi necessário
esperar-se até ao século XIX, para que se alcançasse um progresso
fora da Geometria Euclidiana, graças à descoberta das Geometrias
não-Euclidianas por Gauss, Bolyai e Lobachevsky (Mammana &
Villani, 1998).
22
FEEDBACK:
23
Lição n° 2
O raciocínio geométrico, a visualização, a construção e
os objectos de análise geométrica
Introdução
A Geometria é uma rede complexa de interligações de conceitos,
modos de raciocinar e de sistemas de representação usados para
conceptualizar e analisar ambientes espaciais físicos e imaginários.
Nesta lição, vamos abordar os termos raciocínio, visualização e
construção, em geometria. Faremos também alusão aos objectos de
análise geométrica. Nosso foco estará na reflexão sobre o tipo de
confusão a que se pode envolver, quando se raciocina sobre os
objectos geométricos.
Tempo
24
O raciocínio geométrico e o raciocínio sobre o espaço
Deve estar a questionar-se, “o que será o raciocínio?” Mas é um
termo que tem usado com muita frequência nas suas aulas ou em
conversas com amigos, pois não? O que vem a ser raciocínio para
si? Agora vê se pensou como apresentamos a seguir:
25
O pensamento geométrico envolve predominantemente raciocínios
espaciais, que exigem habilidades de ver, inspeccionar e reflectir
sobre objectos espaciais, imagens, relações e transformações.
Fonte: O autor
26
Como pode notar, estamos a introduzir dois novos termos, para
além de raciocínio que já abordamos atrás. Acreditamos que sejam
termos por si bem conhecidos! O que será, então, a
VISUALIZAÇÃO?
27
Figura 13: Instrumentos utilizados para desenhar
Fonte:https://www.google.co.mz/search?q=Instrumentos+para+desenhar&biw=1040&bih=658&so
urce=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=EVpHVfOKAY3taPe5gJgP&ved=0CAYQ_AUoAQ&dpr=1
Pense no seguinte: Se cortarmos uma bola maciça (isto é, uma bola não
oca por dentro, digamos uma maçã, por exemplo), passando a faca
horizontalmente, apenas uma vez, a secção será um círculo (veja na
Actividade figura 14).
28
Figura 14: Secções produzidas pelo corte numa maçã. Fonte:
https://www.google.co.mz/search?q=ma%C3%A7a+cortada+ao+meio&biw=1040&bih=658&source=l
nms&tbm=isch&sa=X&ei=VlxHVc3CGcblaIT3gegF&ved=0CAYQ_AUoAQ
29
OBJECTO GEOMÉTRICO é a entidade mental que é processada
(consciente ou inconscientemente) durante o raciocínio (Battista,
2007).
30
Um quadrado com lados verticais e horizontais quando rodado 45º, é
normalmente percebido como um losango devido a experiências
anteriores dos alunos que fazem com que não levem em conta a
Exemplo relação entre as partes da figura, mas levem em consideração apenas a
sua posição! Já notou isso com os seus alunos?
31
imaginar um triângulo rectângulo no qual nenhum dos lados que
formam o ângulo recto é horizontal.
Auto-avaliação
Agora é momento de testar a sua capacidade de reflexão e auto-
avaliação sobre a parte introdutória da disciplina de Didáctica de
Matemática II. Para tal, responda às seguintes questões:
32
Chave de correção
Para responder as perguntas de auto-avaliação precisa ler a segunda
lição desta unidade, focalizando-se nos termos indicados. As suas
definições não precisam ser repetição das que estão dadas no texto, mas
sim, baseadas nelas.
Resumo da unidade
Nesta unidade abordamos, em duas lições, alguns aspectos
introdutórios sobre a geometria. Na primeira lição, debruçamo-nos
sobre as questões relativas à evolução histórica da geometria,
incidindo sobre a sua origem e como se desenvolveu até tomar o
“status” actual. Destacamos que a base fundamental da geometria foi
a geometria euclidiana tendo, graças a um conjunto de cientistas
matemáticos, evoluído com a aparição de outras geometrias como a
descritiva, analítica, etc. Realçamos também que a geometria,
actualmente, é utilizada no ensino de outras disciplinas como a
arquitectura, física, desenho, etc., além de ser utilizada em contextos
extra-escolares. Na segunda lição, definimos alguns conceitos
importantes no ensino da geometria como por exemplo, o raciocínio
geométrico, objectos geométricos, desenhos, imagem, etc. Assinalamos,
nesta lição, alguns tipos de erros susceptíveis de ocorrer no ensino dos
objectos geométricos, concretamente, no âmbito do raciocínio
espacial. Deixamos marcado que, sempre que possível, o professor
deve diversificar o tipo de exemplos das figuras geométricas, para
minimizar os erros dos alunos ao raciocinarem geometricamente.
33
Leitura
1. Battista, M. (2007). The Development of Geometric and Spacial
Thinking. In F. K. Lester (Ed.), Second Handbook of Research on
Mathematics Teaching and Learning(pp. 843-908).
Charlotte:NCTM, Information Age Publishing.
34
Conteúdos
Obstáculos à aprendizagem
Lição n° 1 Erro! Marcador não definido. sobre o espaço e sobre a
Obstáculos à aprendizagem sobre o espaçoErro! Marcador não definido.
matematização do espaço
Lição n° 2 Erro! Marcador não definido.
Obstáculos à aprendizagem da matematização
UNIDADE
do espaço ................Erro! Marcador não definido.
2
Pág. 35 - 55
35
Introdução
Nesta unidade, vamos reflectir sobre alguns obstáculos que podem
ocorrer no ensino e aprendizagem da Geometria. Iremos ver de que
modo podem actuar e procuraremos apresentar algumas propostas
para minimizá-los.
Esta unidade comporta duas lições. O seu estudo deverá durar cerca
de 2 horas. No fim da unidade, encontrará um resumo das ideias-
chave da mesma e também algumas tarefas de auto-avaliação. O
caderno de notas e alguma bibliografia adicional (se possível)
deverão acompanhar todo o seu estudo.
Objectivos da unidade
Ao completar esta unidade, você deve:
Distinguir os tipos de obstáculos no ensino e aprendizagem da
geometria;
Descrever os obstáculos sobre aprendizagem da geometria;
Tempo
Para o propósito desta unidade, consideraremos “geometria” com
significado de matemática do espaço, de forma a assegurar que os
obstáculos a serem discutidos não sejam só obstáculos
matemáticos. Durante os últimos vinte anos, tem sido cada vez
mais aceite que muitos dos problemas que os alunos têm ao tentar
aprender as ideias geométricas nas escolas, estão enraizados nas
suas conceitualizações de mundo espacial. Assim, nesta unidade,
discutiremos, entre outras questões, os obstáculos à aprendizagem
sob dois títulos: a aprendizagem sobre espaço e a aprendizagem
sobre a matematização do espaço.
36
Lição n° 1
Obstáculos à aprendizagem sobre o espaço
Introdução
Nesta lição, vamos discutir os vários factores, quer internos quer
externos ao aluno, que podem causar problemas nas primeiras fases
de aprendizagem de Geometria e que podem ter alguma
repercussão mesmo nas fases subsequentes.
Tempo
37
Obstáculos à aprendizagem sobre o espaço
Tal como anunciamos nos objectivos desta lição, vamos mencionar
alguns factores que podem conduzir à obstáculos na aprendizagem
sobre o espaço, distinguindo entre os factores internos e externos
ao aluno. Neste sentido, convém começarmos por questionar:
1.
2.
38
com outras disciplinas! Pois é! Isso permite minimizar ou evitar
este obstáculo que aqui estamos apresentando. Como têm sido as
suas aulas? Tem estabelecido a conexão entre os conteúdos e o
mundo dos alunos?
39
aprendizagem é, até que ponto o aluno interiorizou e “captou”,
intelectualmente, as suas experiências espaciais? Ele é capaz de
falar dessas experiências? Sabe algo sobre essas experiências? Tem
uma ideia sobre como representar fenómenos espaciais? A sua
cultura familiar encoraja a pintura, elaboração de moldes,
desenhos? Ele consegue imaginar e visualizar as suas experiências
espaciais de modo a que possa começar a reflectir sobre elas?
Nesta altura, talvez seja melhor que pense nesses aspectos mais
como aspectos individuais do que internos, na medida em que vai
considerá-los mais relacionados com as diferenças entre os alunos
do que com qualquer indivíduo especial. Estas considerações
devem ser encaradas como importantes em todos os níveis, pois, os
alunos diferem no uso da linguagem, na sua capacidade de
visualizar e numa série de experiência sobre fenómenos espaciais.
Em qualquer nível, o professor de Geometria precisa enriquecer e
estruturar as experiências espaciais dos alunos, desenvolver o seu
vocabulário sobre o espaço e permitir que a sua capacidade de
visualizar seja explorada ao máximo.
40
pelos alunos, de possíveis desenhos que poderão ser feitos no quadro, a
leitura de certas propriedades, até a formalização das ideias
geométricas.
Auto-avaliação
1. Depois de estudar esta lição faça uma auto-avaliação da sua
aprendizagem respondendo às seguintes questões:
a) Quais são os obstáculos externos ao aluno, que mencionamos na
lição, que podem dificultar o ensino e aprendizagem da
geometria?
b) E quais os obstáculos internos ao aluno?
c) Como você pode minimizar esses obstáculos internos ao aluno?
41
Chave de correção
Para responder a estas questões tenha como base os aspectos mais
importantes da lição que directamente estão associados aos tipos de
obstáculos. Note que ao longo da lição marcamos com sombreado em
rectângulos os aspectos centrais. Procure distinguir entre os obstáculos
externos e internos e pode usar suas próprias palavras para responder às
perguntas.
Resumo da Lição
Nesta lição abordamos alguns obstáculos que podem afectar o ensino e
aprendizagem da geometria. Esses obstáculos podem ser externos ou
internos ao aluno. Vimos que os factores externos ao aluno podem
estar associados aos próprios currículos/programas de ensino que
podem não enfatizar a ligação da geometria com o mundo espacial do
aluno, valorizar mais a aritmética nos primeiros níveis de ensino em
detrimento da geometria e não ter em conta as diferentes linguas
maternas dos alunos. Os factores internos estão associados às
particularidades dos alunos, em termos das suas capacidades de
visualização espacial e na linguagem que utilizam, para se referirem
às suas experiências em diferentes fenómenos espaciais. Ficou
sinalizado que, para minimizar tais obstáculos, as escolas ou os
professores deviam valorizar o mundo envolvente do aluno e o uso de
materiais manipulativos familiares ao aluno, no ensino da geometria.
42
Lição n° 2
Obstáculos à aprendizagem da matematização
do espaço
Introdução
Aprender as concepções de geometria não é só uma questão de
aprender a matemática do espaço.
43
Tempo de estudo da lição: 1,5 Horas
Tempo
A pergunta que lhe colocamos para reflexão é: estas figuras são iguais?
Exemplo 1
C
B
A B
A C
B
A
44
E o clássico problema de orientação que surge quando alguns
alunos podem recusar-se a considerar esta figura como um
triângulo rectângulo:
Exemplo 2
45
“comprimento” e “largura” ou “altura” e “largura”? Então, o que
está na raiz de todos estes problemas? Será o uso de figuras
recortadas? Bem, são um recurso para crianças, e o “sentir” da
figura dá uma importante imagem ao estudante – o “arredondado”
do círculo é totalmente diferente do “aguçado” do triângulo. Os
rótulos são certamente viáveis no sentido em que cada figura é um
exemplo genuíno no rótulo escolhido para ele. O problema reside
no facto de que apenas uma representação está ligada a cada rótulo
e transforma-se como se fosse, um símbolo do rótulo. A forma e o
conteúdo estão rigidamente fixados juntos.
46
de espelhos, vistas engraçadas de ângulos, podem tornar o
estudante ciente sobre a distorção que aparecerá no trabalho
posterior, quando forem consideradas as transformações por
alongamento e encurtamentos.
47
mapas não é apenas de interesse geográfico. As formas de
representação utilizadas, as possíveis modelagens e as escalas,
podem ser exploradas com sucesso no contexto da matematização.
1. D
C
A B
48
A
B
(KERSLAKE, 1979)
49
Vários problemas têm origem no uso inconsciente da própria
linguagem dos professores - particularmente relacionado com o
facto de o quadro preto ser vertical. O Norte é “em cima’’. Nós
“descemos’’ uma perpendicular. O eixo dos y é “vertical’’. As
figuras geométricas têm “bases’’ e “alturas’’. Tudo isto pode ser
muito confuso para a criança que tem a consciência da
horizontalidade usual da mesa. O mesmo fenómeno poderia estar
na origem dos problemas dos estudantes com a orientação da
figura. Num quadro vertical, as figuras são desenhadas o mais
provavelmente “na vertical”, de outro modo poderiam “cair”. O
campo gravitacional vertical transporta consigo noções
(irrelevantes) de estabilidade.
Pedidos
Dados
Objectos C
Figuras A
Símbolos B
50
Do quadro que apresentamos anteriormente, veja o que podemos fazer
nas células em que estão indicadas as letras A, B e C.
Exemplo
51
Outros tipos de obstáculos:
1. Obstáculo epistemológico
Exemplo
52
quadrado tem todos lados iguais e ângulos internos rectos; o
rectângulo tem lados opostos iguais e ângulos internos rectos. Sem
mais explicações e sem muitas exemplificações, estas figuras têm
posições bem definidas e, nunca um rectângulo pode ser um
quadrado e o quadrado não é rectângulo.
2. Obstáculo didáctico
2 x6 = 12; 13 x 5 = 65,
Exemplo Este conhecimento contradiz-se, quando se operam dois números como
se segue:
1x1=1
53
3. Obstáculo linguístico
Auto-avaliação
1. Faça o resumo desta lição.
2. Tendo em conta a sua prática de ensino de geometria e com base nos
subsídios teóricos desta lição, que obstáculos, no ensino do espaço, tem
identificado?
3. Como tem superado esses obstáculos?
4. Nas suas aulas de Geometria tem desenvolvido com os alunos o
raciocínio espacial? De que modo?
54
Chave de correção
2. A resposta aqui, decorrerá daquilo que é a sua realidade como
professor! Por exemplo, um dos obstáculos comuns é a dificuldade de
os alunos lidarem com figuras do espaço tridimensional. Como
representar uma esfera no papel (plano)? Como representar a
intersecção de um cone com um plano? Isso requer um raciocínio
espacial que deve ser bastante exercitado.
Resumo da unidade
A compreensão do espaço é muito importante no ensino e
aprendizagem da Geometria. Para facilitar a compreensão do espaço,
por parte dos alunos, requer-se que os professores levem em
consideração a realidade cultural dos alunos.
55
Conteúdos
As grandezas, suas
Lição n° 1 Erro! Marcador não definido.
Os conceitos de grandeza e de medidaErro! Marcador não definido.
medidas e estimação
Lição n° 2 Erro! Marcador não definido.
Tipos de grandezas Erro! Marcador não definido.
UNIDADE
Lição n° 3 Erro! Marcador não definido.
Estimação Erro! Marcador não definido.
3
Pág. 57 - 83
57
Introdução
A necessidade de inclusão de questões relacionadas com a
utilização de medida justifica-se, pois, tanto na vida do dia-a-dia
como em muitas profissões. É importante realizar medições e
manipular instrumentos de medidas. A evolução tecnológica e
científica está associada ao grau de precisão nas medidas.
Tempo
58
Objectivos da unidade
Ao completar esta unidade, você deve ser capaz de:
59
Lição n° 1
Os conceitos de grandeza e de medida
Introdução
Tal como deixamos claro na nota introdutória desta unidade, a
medição de grandezas é realizada em diversas situações do nosso
quotidiano. Nesta lição iremos abordar os conceitos de grandeza e
de medida, além de debruçarmo-nos sobre o conceito de unidade de
medida. Ademais, será importante mostrarmos como aplicar estes
conceitos na resolução de certos problemas matemáticos.
Tempo
60
O conjunto de todas as quantidades constitui a grandeza.
l+m
61
comparados directamente através dos sentidos ou indirectamente
com ajuda de materiais ou instrumentos adequados (por exemplo, a
balança). Para uma dada grandeza devem ser realizados os
seguintes passos:
62
termos de conteúdo mineral, a intensidade dos tremores de terra é
medida em termos de escala de Richter e a dureza da rocha é
medida por um termómetro e pode ser controlado por um
termóstato. No dia-a-dia as pessoas pesam-se, medem
comprimentos de fios para diversos fins, marcam espaços nos
quintais para fazerem plantações, etc.
quem leva mais e quem leva menos tempo. Esta fase não envolve
unidades. A comparação directa leva à ordenação de dois ou mais
objectos. Este tipo de actividades ocorre, normalmente, num
ambiente de muita animação entre os alunos. Por esta razão
recomendamos que seja dada a oportunidade de os alunos
realizarem estas brincadeiras (que conduzem a aprendizagem), para
construírem os conceitos com facilidade e motivação.
63
em relação a grandeza considerada. Esta comparação pode ser feita
usando os sentidos ou deslocando um dos objectos:
64
Usam-se medidas antropométricas (a palavra
antropométrica deriva da aglutinação de antropo que
significa Homem e métrica que está associado à
medição) como os pés, os palmos, os dedos, etc. Existem
alguns problemas com esta utilização, que se prendem
com o facto de o palmo não sempre ser do mesmo
tamanho (a mão não está sempre igualmente esticada),
havendo dificuldade nas sobreposições, etc.
A unidade de medida
65
3. Unidade ligada a situação: A unidade depende fortemente
do objecto a medir mas pode mudar de um objecto para outro,
sempre que, para cada um se realize a medição e conserve-se
uma certa relação, pelo menos na ordem de grandeza entre as
unidades respectivas. Por exemplo, utilizando um mesmo fio
para medir o comprimento de um caderno e o comprimento de
uma sala, as unidades medida podem diferir.
Auto-avaliação
Agora é momento de verificar a sua aprendizagem do
conteúdo desta lição. Para tal, responda as seguintes questões:
66
Chave de correção
Leia atentamente as definições que apresentamos nesta lição e, sempre
que possível, tente desenvolver sua própria resposta consoante com a
sua compreensão das mesmas. Pode consultar as definições dos
mesmos conceitos em outros manuais e compare com as suas respostas.
Note que as questões 3 e 4 são mais abertas e próprias para medir a sua
compreensão e capacidade explicativa sobre o que abordamos nesta
lição. São questões que apelam à sua criatividade para dar resposta.
Bom trabalho!
Resumo da Lição
Nesta lição definimos dois conceitos importantes: a grandeza e
unidade de medida. A grandeza foi definida como sendo o conjunto de
classes de equivalência, em que está definida uma relação de ordem e
onde é possível definir uma lei de composição interna que tem as
propriedades associativas, comutativa e elemento neutro. Vimos que a
construção do conceito de grandeza pode ser facilitada com a
realização de muitas actividades de ordenação e de classificação.
Sinalizamos que os aspectos básicos de medida incluem a comparação
directa, a ordenação, a comparação indirecta, a transitividade e a
conservação. Assim, podemos identificar cinco passos para a aquisição
do conceito de unidade: Ausência de unidade; Unidade ligada a um
objecto; Unidade ligada a situação; Unidade figural e Unidade
propriamente dita.
67
Lição n° 2
Tipos de grandezas
Introdução
Nesta aula vamos discutir alguns tipos de grandeza que devem ser
do seu conhecimento. Estamos a referir-nos das grandezas
comprimento, área, volume, massa, capacidade e o tempo. Pode ser
comum, em nossas conversas com amigos, colegas ou familiares,
pronunciarmos estas palavras. E podem, até, surgir perguntas
como: o que é comprimento? o que é área? o que é massa de um
corpo? etc. Já pensou em como responder a este tipo de perguntas?
Pois é! Vamos, nesta lição, discutir estes conceitos procurando
dissipar algumas dúvidas e ou confusões relativas aos mesmos.
Uma das confusões tem existido na distinção entre volume e
massa! Então fique atento aos objectivos desta lição e aos conceitos
que nela estamos trazendo.
Tempo
68
1. A GRANDEZA COMPRIMENTO
Antes dos alunos começarem a medir comprimentos de objectos ou
distância entre objectos, devem desenvolver um conjunto
importante de destrezas e conceitos. As actividades de classificação
podem ser usadas num nível intuitivo (ou sem necessidade de se
apegar à definições matemáticas formais) para definir o
comprimento como uma característica de um objecto. Deve ser
introduzida a termologia adequada: “tão comprido como”, “mais
comprido que”, “mais curto que”. Resposta a perguntas como: Que
comprimento? Quanto dista de? Exigem aprender como medir para
a unidade mais próxima. Destrezas de medida são desenvolvidas
quando os alunos aprendem a medir com partes do seu corpo, com
objectos da sua sala (unidades arbitrárias) e, por fim, com unidades
estandardizadas comuns. Os alunos devem construir instrumentos
para medir comprimentos e utilizá-los, como por exemplo tiras de
cartolina, folha de papel, fios, etc. Estas actividades fazem com que
eles se familiarizem com unidades de medida de comprimento.
69
Tiago é mais alto que o Neto, então o Pascoal é mais alto
que o Neto.
2. A GRANDEZA ÁREA
70
Esse quebra-cabeças, também conhecido como jogo das 1000
peças, é utilizado pelos professores de geometria como instrumento
facilitador da compreensão das formas geométricas. Além de
facilitar o estudo da geometria, ele desenvolve a criatividade e o
raciocínio lógico, que também são fundamentais para o estudo da
matemática e da ciência em geral.
Fonte:
https://www.google.co.mz/search?q=TANGRAM&espv=2&biw=1280&bih=69
9&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwizyoSDxO_KAhXKDxoKHa
kUDnUQ_AUIBigB&dpr=1#imgrc=Yl3r5UPR09oYsM%3ª
71
Desenhar figuras equivalentes em papel quadriculado ou triangular
são experiências que contribuem positivamente para a aquisição do
conceito de área.
72
A CAPACIDADE é muitas vezes confundida com o volume e, por
vezes, os alunos têm a dificuldade em separar o volume de um
objecto do seu peso.
4. A GRANDEZA MASSA
73
diferentes objectos e verificando se são mais leves ou mais
pesados. Trata-se de uma actividade e de comparação
directa. É preciso que os alunos tenham compreendido que
há objectos mais pesados, menos pesados e igualmente
pesados, para poderem chegar à noção da unidade de peso.
5. A GRANDEZA TEMPO
74
Na medida do tempo é preciso estar consciente da diferença entre
tempo subjectivo e tempo objectivo. Tempo objectivo é o que nos é
dado por um instrumento de medida, por exemplo, o relógio.
Tempo subjectivo é como o sentimos. Se estamos a realizar uma
actividade interessante cinco minutos passam rápido, mas se a
actividade for desinteressante acontecerá o oposto.
75
Lição n° 3
Estimação
Introdução
Acreditamos que, por vezes, tem-se deparado com informações
associadas às aproximações. Por exemplo, deve-se lembrar de um
gestor de uma escola dizendo que foram matriculados cerca de 600
alunos cujas idades estão compreendidas entre 12 e 20 anos. Esta
informação mostra que não há necessidade de se fornecer valores
exactos, pois o importante é que se tenha uma ideia aproximada da
realidade. Isso acontece com muita frequência em trabalhos
estatísticos, como poderá depreender quando estiver a estudar a
disciplina de estatística. Portanto, nesta lição iremos abordar a
questão de estimação de medidas procurando elucidar os principais
aspectos a serem levando em consideração na sala de aula, para o
desenvolvimento das capacidades de estimar, por parte dos alunos.
Objectivos
Tempo
76
ESTIMAÇÃO
Na maioria dos casos da vida corrente não necessitamos de saber
com grande precisão a medida de um objecto, bastando enquadrá-la
(“está entre tanto e tanto”) ou dar aproximações (“é à volta de “).
Mas assim como medir é uma técnica que se vai aperfeiçoando
através da prática, fazer aproximações é algo a que a escola deve
dar atenção.
77
Os pacotes habituais de leite são de 1 litro;
78
Resumo da lição
Nesta lição, abordamos o conceito de estimação. Procuramos
evidenciar o quanto este processo é importante no nosso dia-a-
dia. Deve estar ciente de alguns exemplos em que se aplica a
estimação de medidas. Por vezes, não é necessário estipular o
valor exacto de uma medida. Já deve ter ouvido por exemplo, que
se estima que a população “tal” venha a crescer em 5% daqui há
10 anos; que há “cerca” de 5 mil pacientes de malária, que são
tratados por mês em determinado posto de saúde; etc. Portanto,
isso mostra a utilidade da estimação na nossa vida. Por isso,
nesta lição incentivamos que os alunos sejam envolvidos em
actividades de estimação de medidas e deixamos sugestões de
algumas estratégias para desenvolver este processo. Além disso,
propomos um quadro com alguns itens de referência, para
melhorar as estimativas.
79
Auto-avaliação
1. Organize uma sequência de actividades a desenvolver com seus
alunos, para desenvolver o conceito de medida e de unidade de
medida.
80
4. As perguntas a fazer são:
Chave de correção
Verifique como os alunos irão proceder para responder a estas
questões. No começo deixe os pensarem inteiramente sozinhos e mais
tarde, caso seja necessário, poderá dar algum impulso. Registe os
procedimentos dos alunos e faça um pequeno relatório da experiência
81
Resumo da unidade
As grandezas e medidas têm uma grande importância no
desenvolvimento da ciência e da tecnologia, na nossa vida diária.
Realizar medições e manipular instrumentos de medida é importante
tanto na vida do dia-a-dia como em muitas profissões. Podemos
apresentar vários exemplos de medição que acontecem no nosso
quotidiano: os alfaiates medem partes do nosso corpo para ajustar
nossas roupas; os vendedores de diversos tipos de produtos
alimentares utilizam as balanças ou outros instrumentos para
medirem/pesarem e estabelecerem os preços correspondentes dos
produtos; na construção civil fazem-se medições para que os edifícios
tenham a perfeição desejada; os mapas geográficos apresentam
medidas de distância; etc. É muito importante realizar actividades de
comparação directa e indirecta, de selecção de unidades de medidas
a fim de compreender o que é medir. A propriedade transitiva e a
conservação de quantidade são aspectos essenciais neste processo. É,
igualmente, importante desenvolver, nos seus alunos, habilidades de
medição e estimação. Eles devem aprender o conceito de
comprimento, o conceito de área, volume, capacidade, massa, peso e
tempo. Os alunos deverão, igualmente, ser estimulados a aprender
estes conceitos, fazendo-se o uso de materiais manipulativos do seu
domínio, inseridos em situações do seu quotidiano.
82
Leitura
Ponte, J. P. & Serrazina, M. (2000). Didáctica de Matemática.
Universidade Aberta. Lisboa. Portugal.
83
Conteúdos
Estudo de
polígonos
Lição n° 1 Erro! Marcador não definido.
Introdução ao estudo dos polígonos:
generalidades Erro! Marcador não definido.
POLÍGONOS Erro! Marcador não definido.
UNIDADE
O triângulo e suas propriedadesErro! Marcador não definido.
TRIÂNGULO Erro! Marcador não definido.
Teorema da soma dos ângulos internos de
4
um triânguloErro! Marcador não definido.
Teorema do Ângulo ExternoErro! Marcador não definido.
TEOREMA DE PITÁGORASErro! Marcador não definido.
EXEMPLO DE APLICAÇÃO DO TEOREMA DE
PITÁGORAS Erro! Marcador não definido.
Pág. 85 - 141
85
Introdução
Nesta unidade, vamos introduzir a noção de polígono, que será a
base para os desenvolvimentos posteriores.
Objectivos da unidade
Ao completar esta unidade, você deve ser capaz de:
86
Distinguir os elementos do triângulo;
Tempo
87
Lição n° 1
Introdução ao estudo dos polígonos: generalidades
Introdução
Nesta lição discutimos algumas generalidades sobre o conceito de
polígono. Apresentamos a definição de polígonos, a noção de
polígonos convexos e côncavos, a nomenclatura dos polígonos
conforme o número de lados e apresentaremos algumas
propriedades importantes dos polígonos, No fim da lição,
apresentamos um roteiro de demonstração de algumas propriedades
e recomendamos que, com seus alunos, tente demonstrar as outras
propriedades sobre os polígonos. Poderá, caso for necessário,
consultar outros manuais de geometria para facilitar o seu trabalho.
Tempo
88
POLÍGONOS
Para abordarmos o conceito de polígono, temos que definir,
primeiramente, alguns elementos importantes.
Exemplo
89
As três figuras imediatamente a seguir, são exemplos de
polígonos.
90
c) Os ângulos da linha poligonal, da região poligonal
fechada e do polígono são: A, B, C, D e E.
Exemplo
91
Elementos de um polígono
Lados
Vértices
Diagonais
Ângulos internos
92
Ângulos externos
Outras propriedades
93
O número de vértices é igual ao número de lados.
De cada vértice de um polígono de lados, saem ( )
diagonais ( ).
O número de diagonais ( ) de um polígono é dado por
n(n 3)
d onde é o número de lados do polígono.
2
Em um polígono convexo de -lados, o número de
triângulos formados por diagonais que saem de cada vértice
é dado por
Propriedades:
94
Nomenclatura dos polígonos
3 Triângulo 13 tridecágono
4 Quadrilátero 14 tetradecágono
5 Pentagon 15 pentadecágono
6 Hexagon 16 Hexadecágono
7 Heptágono 17 Heptadecágono
8 Octógono 18 Octadecágono
9 Eneágono 19 Eneadecágono
10 Decagon 20 Icoságono
Auto-avaliação
Resolva o módulo visa ajudá-lo a ser capaz de:
95
Chave de correção
Para fazer um bom resumo requer que se tenha compreendido a
lição. Para tal, focalize-se nos principais conceitos que
definimos ao longo da lição. Verá, neste caso, que o seu resumo
poderá ajudá-lo a responder as restantes questões sem precisar
de recorrer de novo ao texto da lição.
para sala de aula matemática, nesta lição, está na parte onde apresentamos algumas
propriedades sobre os polígonos. A actividade consiste em levar os
alunos a descobrirem a veracidade dessas propriedades. Sabe-se
muito bem que poucas vezes os professores tratam das
demonstrações nas suas aulas. Mas as aulas de demonstrações de
teoremas podem contribuir significativamente no desenvolvimento
do raciocínio matemático dos alunos.
96
1. Peça aos alunos para desenharem, nos seus cadernos, um
polígono com três lados (triângulo), um polígono com
quatro lados, um polígono com 5 lados e um com 6 lados.
Notará que aparecerão diferentes polígonos de cada tipo
(em termos de forma e tamanho), de aluno para aluno.
Hexadecágono 16
... N ?
97
6. Para o caso do quadrilátero, eles podem descobrir que estão
aí dois triângulos e que mesmo sem medir podem duplicar o
180º. Assim, em diante, podem contar o nº de triângulos em
cada polígono e multiplicar por 180º. Caso nenhum aluno
consiga ver isso, poderá dar um impulso.
2. Construir um quadro
Polígono Nº de Nº de diagonais
vértices saindo de cada
vértice
Triângulo 3 0 3-3
Quadrilátero 4 1 4-3
Pentágono 5 2 5-3
Hexágono 6 3 6-3
Heptágono 7
.
.
.
Hexadecágono 16
98
... N ?
99
Lição n° 2
O triângulo e suas propriedades
Introdução
Nesta lição vamo-nos debruçar sobre o conceito de triângulo, seus
elementos e algumas propriedades associadas à sua forma e
aplicação. No âmbito das propriedades dos triângulos iremos
apresentar o enunciado e a demonstração de um teorema muito
famoso que, acreditamos ser do seu conhecimento como professor
de matemática. Trata-se do teorema de Pitágoras. Este teorema tem
aplicação na resolução de triângulos. Ou seja, em problemas
matemáticos que recorrem à resolução de triângulos para sua serem
solucionados. Um exemplo muito conhecido na escola é a
aplicação do triângulo rectângulo para determinação, por exemplo,
a altura de um poste de electricidade, altura de um prédio, alcance
de uma bomba que é lançada sob um determinado ângulo, etc. Isso
mostra o quanto o teorema de Pitágoras tem aplicação na resolução
de concretos do nosso dia-a-dia.
100
Tempo de estudo da lição: 1,5 Horas
Tempo
TRIÂNGULO
Vamos começar a nossa lição, definindo o conceito de triângulo.
Não se trata de trazer um novo conceito, pois, o triângulo é uma
figura sobejamente conhecida na escola, por alunos e professores.
Como definimos então o triângulo? Pode ser que haja diferentes
maneiras de estabelecer a sua definição mas aqui, vamos dizer o
seguinte:
Nota:
Atenção
101
Tipos de triângulos
Triângulo escaleno
102
Denomina-se base o lado sobre o qual se apoia o triângulo. No
triângulo isósceles, considera-se base o lado de medida diferente.
Triângulo obtusângulo
Triângulo acutângulo
103
Logo, de um modo, geral podemos dizer que num triângulo,
qualquer lado é menor do que a soma dos outros dois.
Chave de correção
Pode pedir aos alunos para desenharem diferentes triângulos,
dadas as medidas dos seus lados. Tem que incluir aí casos em que
não é possível eles construírem o triângulo. Por exemplo, pode
propor a eles para desenharem os seguintes triângulos: (a=3cm;
b=5cm; c=3cm); (m=4cm; n=3cm; k=2cm); (p=3cm; q=2cm;
g=6cm).
104
Teorema da soma dos ângulos internos de um
triângulo
Por que a soma dos ângulos internos de um triângulo é ?
1) Desenhe o
triângulo em
papel A4:
105
2) Rasgue ou
recorte o triângulo,
em três pedaços, a
partir de um ponto
interior, como se
mostra na figura ao
lado:
3) Em seguida,
basta juntar
adequadamente as
três partes como se
pode ver ao lado:
106
Como se pode observar na figura, os três ângulos internos do
triângulo, quando adjacentes, formam um ângulo raso, isto é,
a + b + c = 180º.
Demonstração
107
Como já dissemos, todo ângulo externo de um triângulo é igual a
soma dos dois ângulos internos não adjacentes a esse ângulo
externo. Assim:
TEOREMA DE PITÁGORAS
Pitágoras Samo foi um importante matemático e
filósofo grego. Nasceu no ano de 570 a .C na ilha de
Samos, na região da Ásia Menor Magna Grécia.
Provavelmente, morreu em 497 ou 496 a.C. em Meta
ponto (região sul da Itália).
Fonte:
https://www.google.co.mz/search?q=Pit%C3%A1goras+Samo&es_sm=93&sour
ce=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=0F1HVaHOIsHpatf0gNgP&ved=0CAcQ_AUoA
Q&biw=1040&bih=658
108
Com o teorema de Pitágoras pode-se descobrir a medida de um
lado de um triângulo rectângulo, a partir da medida de seus outros
dois lados.
a² = b² + c²
Assim, h² mediria: h² = b² + a²
109
Desenvolva um plano de actividades em sala de aula que levem os
alunos a descobrirem o teorema de Pitágoras.
Actividade
Chave de correção
Uma primeira actividade que pode propor aos alunos, pode
consistir em eles desenharem triângulos rectângulos nos seus
cadernos.
Grupo C B A c2 b2 a2 c2+b2
1 4cm 3cm 5cm 16cm2 9cm2 25cm2 25cm2
2
3
4
5
6
Etc.
110
O caso do triângulo que colocamos na tabela acima, como
exemplo, mostra logo a relação de Pitágoras (c2 + b2 = a2).
Passos:
1. Desenhar um triângulo rectângulo em que a é a hipotenusa e
b e c são os catetos.
2. Desenhar o quadrado cujo lado é igual a b + c, como na
figura abaixo, à esquerda.
111
4. Na figura da direita, retirar também do quadrado de lado
b + c os quatro triângulos iguais ao triângulo rectângulo dado.
Restará um quadrado de lado b e um quadrado de lado c. Logo,
a área do quadrado de lado a é igual à soma das áreas dos
quadrados cujos lados medem b e c.
Resolução:
112
Pelo teorema de Pitágoras, (BC)2 = (AB)2 + (AC)2
Comentários
Para resolver a tarefa 2, precisa proceder como na tarefa 1,
utilizando o teorema de Pitágoras. Note que antes precisa de
reduzir as medidas dadas à mesma unidade e, diferentemente do
caso anterior, nesta tarefa pretende-se calcular um dos catetos do
triângulo rectângulo que esquematiza a situação.
113
Auto-avaliação
No sentido de testar o que aprendeu nesta lição, responda às
seguintes questões:
1. O que é um triângulo?
2. Como se classificam os triângulos quanto aos lados?
3. Como se classificam os triângulos quanto aos ângulos
internos?
4. Quando é que existe um triângulo? E quando é não é
possível desenhar-se um triângulo?
5. O que entendeu sobre a medida do ângulo externo de um
triângulo?
6. O que entendeu sobre a soma dos ângulos internos de um
triângulo?
7. Enuncie o teorema de Pitágoras;
8. Fale da importância desse teorema.
Chave de correção
Recomendamos que se esforce ao máximo para responder
correctamente a estas perguntas, pois estão circunscritas aos
conceitos-chave abordados na lição. Caso tenha dificuldade de
responder alguma destas questões, sugerimos que retorne ao
texto da lição e faça uma releitura do mesmo com foco no
conceito relativo à pergunta. É importante que faça estas
perguntas aos alunos para verificar se aprenderam os conceitos.
O resumo que apresentamos a seguir, poderá ajudá-lo na
releitura focalizada, caso seja necessário.
114
Resumo da lição
Nesta lição definimos o conceito de triângulo e o classificamos
de acordo com os lados e ângulos. Além disso, tratamos de um
teorema muito importante na resolução de certos problemas
matemáticos, o teorema de Pitágoras. Apresentamos uma
proposta de demonstração desse teorema e sinalizamos que
existem muitas outras formas de o demonstrar. Sugerimos a
realização de algumas actividades para mostrar que a soma dos
ângulos internos de triângulo é igual a 180º. Abordamos
também o conceito de ângulo externo de um triângulo e
propriedades associadas ao ângulo externo.
115
Lição n° 3
Congruência de triângulos
Introdução
Nesta lição vamos tratar dos critérios de congruência de triângulos
e suas aplicações na resolução de problemas matemáticos. Antes
definiremos o conceito de congruência de forma mais geral para
qualquer figura geométrica. De seguida, nos restringiremos ao caso
específico dos triângulos. Os critérios de congruência de triângulos
têm como propósito facilitar a resolução de problemas matemáticos
sem que seja necessária a consideração simultânea de todos os
elementos de um triângulo (3 lados e 3 ângulos). Mais adiante verá
como isso funciona.
Tempo
116
CONGRUÊNCIA DE FIGURAS PLANAS
O que significa dizer que duas figuras são congruentes? Uma vez
alguém admirava duas crianças gémeas e dizia que eram
congruentes! O que você acha sobre isso? Será que duas pessoas
podem ser congruentes? Pense sobre isso com base nas definições
que se seguem sobre o conceito de congruência.
117
Para pensarmos sobre isso, vamos nos restringir ao caso dos
triângulos. Você poderá fazer suas inferências sobre outros tipos de
figuras planas. Para tal, fique atento aos casos que se seguem!
CONGRUÊNCIA DE TRIÂNGULOS
118
1º Caso: LLL: aqui os três pares de lados correspondentes são
congruentes.
119
Agora poderia ilustrar este caso com desenhos de triângulos como
foi feito nos casos anteriores?
Comentários
1. Uma forma de realizar esta actividade é, por exemplo,
pedindo aos alunos para desenharem triângulos dadas três
medidas dos lados (conforme os critérios) e verificarem que,
com rigor, todos obtêm triângulos iguais.
120
seu caderno, notará que todos terão triângulos iguais.
Auto-avaliação
Agora é momento de verificar o que você compreendeu nesta
lição. Para isso, responda as seguintes questões:
121
mencionamos nesta lição?
4. Um rectângulo e um triângulo podem ser congruentes?
Justifique a sua resposta.
5. Os dois triângulos seguintes são ou não congruentes?
Justifique a sua resposta: Triângulo ABC, com AB = 3cm; BC
= 4cm ; ângulo ABC = 50º e o Triângulo DEF, com DE =
3cm; EF = 4cm; ângulo EFD = 50º.
Chave de correção
1. Nesta pergunta pode formular sua própria resposta mas tenha
em conta a definição que apresentamos logo no começo da
lição.
2. Para a questão do número dois, deve ter em conta a definição
em 1) e o facto de que se os trapézios são congruentes, seus
elementos correspondes (lados, vértices e ângulos) devem ser
sobreponíveis ponto a ponto.
3. No caso desta pergunta é só mencionar os quatro critérios que
enunciamos ao longo da lição.
4. Para a questão 4, de novo, recorra à definição de congruência
e talvez pense se as duas figuras podem ser sobrepostas ponto
a ponto.
5. Para facilitar a resposta na questão 5, recomendamos que
verifique se um dos quatro critérios de congruência permite
comparar esses dois triângulos. Outra possibilidade é você
desenhar os dois triângulos com as medidas dadas e verificar
se o terceiro lado de um triângulo é igual ao terceiro lado do
outro.
122
Resumo da lição
Nesta lição abordamos o conceito de congruência de triângulos.
Começamos por definir o conceito de congruência de figuras
quaisquer e a seguir apresentamos quatro critérios de congruência.
Vimos que para verificarmos se dois triângulos são ou não
congruentes não é necessário considerar simultaneamente os 3 lados
e 3 ângulos correspondentes desses triângulos. Em termos gerais, se
duas figuras planas são sobreponíveis ponto a ponto, elas são
congruentes. Os quatro critérios de congruência de triângulos que
apresentamos nesta lição são os seguintes: LLL; LAL; ALA e LAA.
123
Lição n° 4
Semelhança de triângulos
Introdução
Para introduzirmos o conceito de semelhança somos obrigados a
observar que muitos objectos, coisas ou mesmo figuras em nossa
volta são semelhantes embora elas não sejam poligonais, tais como:
a lata de leite e o balde de água, as nossas fotos são semelhantes a
nós mesmos, um berlinde é semelhante ao globo terrestre, etc.
124
Compreender as relações métricas no triângulo
rectângulo;
Tempo
Definição de semelhança
Sejam G e G figuras ou objectos do plano ou do espaço e K um
número real positivo.
x y G
xy K xy K ou K
xy G
O que lhe faz lembrar este caso? Algo da lição anterior? Pois é!
125
G G
Exemplo
K=1
Homotetia
126
os ângulos,
as razões entre os segmentos de recta e
o paralelismo.
Semelhança de Triângulos
Atenção
127
Por exemplo, no triângulo ABC abaixo, foi traçada uma recta r
paralela ao lado BC, que corta o lado AB no ponto D e o lado AC
no ponto E.
Mais propriedades
128
Dois elementos lineares e homólogos é k;
Os raios das circunferências inscritas é k;
Os raios das circunferências circunscritas é k.
129
Logo: e .
130
O estudo que é feito para identificar a semelhança de figuras
poligonais será válido para o estudo da semelhança de triângulos.
Com isso, dois triângulos serão semelhantes se satisfizerem duas
condições simultaneamente:
131
Os vértices A, B, C correspondem, respectivamente, aos vértices
A’, B’, C’. Sendo assim, montaremos as razões de
proporcionalidade entre os lados correspondentes.
1° Critérios (AA)
132
2° Critério (LAL)
3° Critério (LLL)
133
Teorema de Tales
Caro estudante, embora não seja o nosso foco, vamos apresentar,
de forma sucinta, a relação do que estamos a tratar com o teorema
de Thales. Para tal, analisemos a figura seguinte:
Consequência:
134
Sempre que houver uma paralela a um lado de um triângulo, que
interrompe os outros dois lados, essa paralela irá estabelecer sobre
eles pares de segmentos correspondentes e proporcionais.
135
Os principais elementos do triângulo rectângulo da figura são: a a
hipotenusa, b o cateto maior, c o cateto menor, h a altura relativa à
hipotenusa, m a projecção do cateto b e n a projecção do cateto c.
136
Pode-se ver que os triângulos ABC, ACH e CBH têm a mesma
forma, diferindo apenas pelas suas posições e tamanhos.
137
que, rearranjada, é o teorema de Pitágoras:
Auto-avaliação
1. Quando é que duas figuras planas são semelhantes?
Chave de correção
1. Para responder a esta questão retome, caso seja necessário, aos
apontamentos desta lição, concretamente na parte inicial.
138
4. Nesta questão, trata-se de colocar os seus alunos a desenharem
triângulos, medirem ângulos e compararem lados. Lembre-se que
em cada caso de semelhança tem que se verificar que ângulos
correspondentes dos triângulos devem ser iguais ou congruentes e
lados correspondentes, proporcionais. Por exemplo, pode pedir aos
alunos para desenharem um triângulo qualquer e, a seguir, pedir
que desenhem um outro triângulo em que as suas medidas (de
forma correspondente) sejam o dobro das medidas do primeiro.
Daí, medirem os ângulos correspondentes dos dois triângulos. Irão
ver que os ângulos correspondentes são todos iguais! Neste caso,
teriam utilizado o critério LLL. Assim, pode pensar como fazerem
uma actividade análoga para utilizarem os outros dois critérios.
139
Resumo da lição
Terminada esta lição, concluímos a nossa unidade. Solicitamos
que você faça o resumo da unidade. Mais uma vez, lembramos
a você que fazer o resumo é muito importante, pois facilita a
fixação dos conceitos-chave. Neste caso, note que a unidade é
composta por 4 lições. Daí que será importante neste resumo
ressaltar os principais aspectos de cada lição. Para facilitar,
poderia, antes, fazer o resumo desta última lição e tomar em
consideração os resumos das outras lições, que apresentamos.
140
Leitura
Para mais informações, pode consultar:
http://apoiomate.blogspot.com/2007/04/teorema-da-soma-dos-
ngulos-internos-de.html (07.11.2012)
http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/fundam/geometria/geo
-poli.htm(07.11.2012)
http://www.infoescola.com/matematica/teorema-de-
pitagoras/(07.11.2012)
http://www.mundoeducacao.com.br/matematica/congruencia-
triangulos.htm(07.11.2012)
http://www.mundoeducacao.com.br/matematica/congruencia-
triangulos.htm(07.11.2012)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADgono (07.11.2012)
http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/fundam/geometria/geo
-poli.htm (07.11.2012)
http://matematica.com.br/site/dicionario-matematica/86-l/219-
linha-poligonal.html. (07.11.2012)
http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/fundam/geometria/geo
-poli.htm (07.11.2012)
141
Conteúdos
Estudo de quadriláteros
Lição n° 1 Erro! Marcador não definido. e cálculo de perímetros
Estudo de quadriláteros e suas e áreas de figuras
propriedades Erro! Marcador não definido.
QUADRILÁTERO Erro! Marcador não definido. planas
Lição n° 2 Erro! Marcador não definido.
UNIDADE
Cálculo de perímetros e áreas de
figuras planas Erro! Marcador não definido.
Perímetro de um polígonoErro! Marcador não definido.
5
Determinação de áreasErro! Marcador não definido.
EQUIVALÊNCIA DE FIGURAS PLANASErro! Marcador não definido.
143
Introdução
Nesta unidade, vamos estudar um outro tipo de polígonos. Trata-se,
neste caso, de quadriláteros. Vamos abordar o conceito de
quadrilátero, sua classificação e algumas propriedades. Além do
estudo dos quadriláteros, vamos nesta unidade, desenvolver os
conceitos de perímetro e de área de figuras planas, iremos mostrar
os procedimentos para calcular os perímetros e a áreas de algumas
dessas figuras.
Objectivos da unidade
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
Tempo
144
Lição n° 1
Estudo de quadriláteros e suas propriedades
Introdução
Nesta lição vamos fazer o estudo do conceito de quadrilátero.
Vamos, com base em suas características, fazer a sua classificação
usando diferentes nomenclaturas. Um quadrilátero pode, sempre,
ser decomposto em triângulos através das suas diagonais. Isso
significa que, em algum momento, se necessário, poderemos
recorrer aos conhecimentos que temos sobre os triângulos para
facilitar a compreensão de propriedades dos quadriláteros.
Classificar os quadriláteros;
Objectivos
Desenvolver um conjunto de habilidades para compreender
algumas propriedades relativas aos quadriláteros.
Tempo
145
QUADRILÁTERO
Como tem definido o conceito de quadrilátero nas suas aulas?
Dependendo do autor, podemos ter diferentes formas de definir o
conceito de quadrilátero e uma delas é a seguinte:
Vértices
Lados
Diagonais
Ângulos internos e externos
146
Neste quadrilátero,
Vértices: A, B, C, D
Lados: AB, BD, CD, CA
Diagonais: AD, BC
Ângulos internos: em A, em B, em C e em D.
147
5. Quadrado: Rectângulo com lados iguais (Repare-se que
podemos também dizer que é um losango com os lados
consecutivos perpendiculares).
Aqui, tem havido algumas questões que têm sido colocadas! Por
exemplo, se um quadrado é um rectângulo. Se um losango é um
rectângulo. Se um losango é um quadrado. Se um quadrado é um
losango. Se um rectângulo é um trapézio, etc.
Então, o que você acha sobre estas questões? Pense sobre isso
tendo em conta as definições que apresentamos acima.
148
Exemplos de trapézios que são não paralelogramos:
149
Exemplo de um LOSÂNGO
150
Feedback
1. Para facilitar a resposta é melhor fazer um esboço de rectângulo.
Por exemplo, pode utilizar uma figura como a seguinte:
151
Auto-avaliação
1. Descreva os principais elementos de um quadrilátero;
Chave de correção
Para as perguntas 1 e 3, você pode facilmente obter a resposta a
partir do texto. A primeira é de resposta directa bastando reler a
parte correspondente aos elementos dos quadriláteros. A
terceira requer que você elabore sua justificativa ao responder
sim ou não. Mas lembre-se, por exemplo, que qualquer
quadrado é um rectângulo! Será que o contrário é verdade?
Pense nisso!
152
Resumo da lição
Nesta lição definimos o conceito de quadrilátero e o classificamos
com base na relação entre os lados e/ou entre a relação dos
ângulos. Vimos, também, os elementos dos quadriláteros e
definimos os conceitos de alguns quadriláteros. Em geral, um
quadrilátero é um polígono de quatro lados, cuja soma dos
ângulos internos é 360°, e a soma dos ângulos externos, assim
como qualquer outro polígono, é 360°. Consideramos duas classes
importantes de quadriláteros: trapézios e não trapézios.
153
Lição n° 2
Cálculo de perímetros e áreas de figuras planas
Introdução
Nesta lição, vamos proceder ao cálculo de perímetros e áreas de
algumas figuras planas. Procuremos desenvolver os conceitos de
perímetro e de área e iremos propor actividades que você poderá
utilizar com os seus alunos para que compreendam estes conceitos.
O seu estudo deverá durar cerca de 1,5 horas. O caderno de notas e
alguma bibliografia adicional (se possível) deverão acompanhar
todo o seu estudo.
Objectivos matemáticos;
Tempo
154
Perímetro de um polígono
Já vimos o conceito de polígono e agora vamos relacioná-lo com o
perímetro duma figura plana. Mas o que é o perímetro de uma
figura plana ou de um polígono? Atente à seguinte definição:
Lembre-se que:
155
Para calcularmos o perímetro dessa cerca, devemos somar as
medidas dos lados desse polígono. Assim sendo, devemos realizar
os seguintes cálculos.
Perímetro = (100+97+50+30+10+10+10+13=310)metros
Exemplo 2
156
Solução:
Perímetro = 7 cm + 2 cm + 2 cm + 2 cm + 3 cm + 2 cm + 3 cm + 5
cm = 26 cm
Actividade
Determinação de áreas
Unidade de área
Área do Rectângulo
157
A área do rectângulo ABCD é a soma das áreas destes seis
quadrados. O número de unidades de área do rectângulo coincide
com o obtido, pelo produto do número de unidades do
comprimento da base AB pelo número de unidades da altura BC.
A=b×h
Área do quadrado
158
A = x²
A = b×h
Exemplo 3
A = (8u)x(5u) = 40u²
Exemplo 4
1. Transformando as medidas em metros
A = b×h
A = (1,20m)×(2m) = 2,40m²
A = b×h
A = (120cm)×(200cm) = 24000cm²
159
EQUIVALÊNCIA DE FIGURAS PLANAS
A palavra equivalência deriva de: equi = igual + valência = valor.
Em Geometria, equivalência significa área igual, ou seja, figuras
equivalentes são aquelas que possuem a mesma área.
Exemplo 3
160
Ora vejamos
b *h
Area
2
161
Feedback
Utilize a figura a seguir
Área do Losango
162
EQUIVALÊNCIA DE TRIÂNGULOS
Auto-avaliação
1. O que entendeu sobre o conceito de perímetro de uma figura
geométrica plana?
163
Mostre que as medidas
particionam o triângulo dado em
seis triângulos de mesma área.
Chave de correção
Para as questões 1,2,3 e 4 basta ler o texto desta lição focalizado nos
conceitos que estamos a mencionar.
164
PROPOSTA DE TAREFAS PARA SALA DE AULA
Actividade para sala de aula Vamos apresentar duas tarefas que podem ajudar os alunos a construir
os conceitos de perímetro e de área e os respectivos cálculos, sem
recurso às fórmulas, e, que também lhes podem permitir diferenciar
essas duas grandezas.
Pode propor estas duas tarefas para os seus alunos resolverem na sala
de aula.
Tarefa 1:
Uma abelhinha sai da sua colmeia todos os dias para pegar pólen
nas flores de laranjeiras que foram plantadas como se vê na figura
seguinte:
Ý 1 Ý 2 Ý 3 Ý 4 Ý 5 Ý 6 Ý 7 Ý 8 Ý 9 Ý 10
Ý 28 Ý 11
Ý 27 Ý 12
Ý 26 Ý 13
Ý 25 Ý 14
Ý 24 Ý Ý Ý Ý Ý Ý Ý Ý Ý 15
23 22 21 20 19 18 17 16
Ela iniciou sua viagem pela flor número 1, depois voou em linha
recta para a flor número 2, depois para as flores 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,
10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27,
28, retornando para a flor número 1. Como já estava cansada,
165
resolveu retornar para a sua colmeia. A distância de uma flor para
outra podemos chamar de “u”.
Tarefa 2:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
28 29 30 31 32 33 34 35 36 11
27 48 49 50 51 52 53 54 37 12
26 47 60 59 58 57 56 55 38 13
25 46 45 44 43 42 41 40 39 14
24 23 22 21 20 19 18 17 16 15
166
A região pintada, chamamos de superfície.
Resumo da unidade
(orientações para fazer o resumo)
167
Leitura
Para mais informações podes consultar em:
http://www.escolakids.com/perimetro-de-um-poligono.htm
http://www.brasilescola.com/matematica/perimetro-uma-forma-
geometrica-plana.htm
http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/geometria/geom-
areas/geom-areas-poli.htm
http://www.pps.k12.or.us/district/depts/edmedia/videoteca/curso3/ht
mlb/SEC_37.HTM
http://ajudaalunos.blogspot.com/2011/10/quadrilateros.html
http://apoiomate.blogspot.com/2007/04/teorema-da-soma-dos-
ngulos-internos-de.html (07.11.2012)
http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/fundam/geometria/geo-
poli.htm (07.11.2012)
http://www.infoescola.com/matematica/teorema-de-pitagoras/
(07.11.2012)
http://www.mundoeducacao.com.br/matematica/congruencia-
triangulos.htm (07.11.2012)
http://www.mundoeducacao.com.br/matematica/congruencia-
triangulos.htm (07.11.2012)
168
Conteúdos
UNIDADE
volumes Erro! Marcador não definido.
O conceito de Prisma Erro! Marcador não definido.
6
Introdução ao estudo do cilindro e cálculo de seu volumeErro! Marcador não definido.
O Cilindro Erro! Marcador não definido.
169
Introdução
Nesta unidade vamos introduzir o conceito de poliedro, com o
intuito de fazermos cálculos de volumes de sólidos geométricos.
Faremos o estudo de sólidos como: prismas, pirâmides, cones,
cilindros e esferas. Iremos propor actividades visando à construção
do conceito de volume. Para o cálculo de volumes de sólidos
geométricos, será importante relembrarmos alguns conteúdos
abordados em lições anteriores, como é o caso do conceito de área
e alguns elementos dos polígonos.
Objectivos da unidade
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
Tempo
170
Lição n° 1
Generalidades sobre o conceito de poliedro
Introdução
Nesta lição vamos definir o conceito de poliedro, classificando-o
segundo o número de faces. Vamos estabelecer a relação de Euler e
definir o poliedro platónico. Os conteúdos que iremos abordar nesta
lição, são de extrema importância para a compreensão dos
conteúdos das próximas 5 lições desta unidade. Será necessário
compreender os principais elementos dos poliedros para a dedução
das fórmulas para o cálculo de volume. O estudo desta lição deverá
durar cerca de uma hora.
Tempo
171
Nesta lição vamos introduzir uma outra classe de figuras que são os
poliedros.
Poliedros
Definição de Poliedros
172
Isso não acontece no último poliedro, à direita, pois, em relação a
duas de suas faces, ele não está contido apenas em um semi-espaço.
Portanto, ele é denominado côncavo.
Poliedros regulares
4 faces
triangulares
4 vértices
Tetraedro
6 arestas
173
6 faces
quadrangulares
8 vértices
Hexaedro
12 arestas
8 faces
triangulares
6 vértices
Octaedro 12 arestas
20 faces
triangulares
12 vértices
30 arestas
Icosaedro
Relação de Euler
V-A+F=2
Observe os exemplos:
174
V=8 A=12 F=6
V = 12 A = 18 F = 8
8 - 12 + 6 = 2
12 - 18 + 8 = 2
Poliedros platónicos
a) for convexo;
175
c) toda face tiver o mesmo número de arestas;
Auto-avaliação
1. O que é um poliedro?
2. Qual a diferença entre um poliedro côncavo e um convexo?
3. Desenhe um poliedro côncavo da sua autoria;
4. Como se chamam os poliedros de 5; 7 e 8 faces?
5. Quando se diz que um poliedro é platónico?
6. Que tipo de actividades pode desenvolver com seus alunos
para verificar e compreenderem a relação de Euler?
176
Chave de correção
Para as perguntas 1; 2 e 4, você pode recorrer ao texto da lição, caso
se tenha esquecido.
177
Resumo da lição
Nesta lição tratamos de generalidades sobre o conceito de poliedro
para darmos início ao cálculo de volumes de sólidos geométricos.
Definimos o conceito de poliedro e fizemos a classificação dos
poliedros de acordo com o número de faces. Além disso definimos os
conceitos de poliedros regulares, côncavos e convexos.
Estabelecemos a relação de Euler que, em conjunto com outras
condições, nos possibilitou a definição do conceito de poliedro
platónico.
178
Lição n° 2
Introdução ao estudo dos prismas e cálculo
de seus volumes
Introdução
Nesta lição vamos estudar os poliedros denominados prismas.
Trataremos de construir o conceito de prisma, o classificaremos em
oblíquo e recto, de acordo com a posição das suas arestas laterais
em relação à base e descreveremos seus principais elementos. Esta
primeira abordagem do conceito de prismas tem como propósito
facilitar a compreensão das deduções, que faremos, de fórmulas
para o cálculo das áreas laterais e total de um prisma. As áreas
laterais e total do prisma nos permitirão a dedução da fórmula para
o cálculo do seu volume. Além disso, teremos que, antes, fazer
menção do conceito de secção e de algumas propriedades
importantes do prisma.
Tempo
179
O conceito de Prisma
Ao começarmos o estudo dos prismas, convém frisar que o aluno
será remetido a um grande exercício mental que visa a
compreensão das figuras e operações espaciais.
paralelo à recta r :
180
Assim, temos a figura seguinte:
Elementos do prisma
( dos
polígonos)
181
faces laterais: os paralelogramos AA'BB', BB'C'C, CC'D'D,
DD'E'E, EE'A'A
Exemplo
prisma obliqúe
prisma recto
182
Observação: As faces de um prisma regular são rectângulos
congruentes.
Secção de um Prisma
Cálculo de Áreas
183
c) área da base (AB): área de um dos polígonos das bases;
d) área total ( AT): soma da área lateral com a área das bases
AT = AL + 2AB
3
Assim, AT = AL + AB = 6ah + 3a 2
2
184
Paralelepípedo
b) paralelepípedo recto
a) paralelepípedo oblíquo
Paralelepípedo rectângulo
185
Temos quatro arestas de medida a, quatro arestas de medida b e
quatro arestas de medida c; as arestas indicadas pela mesma letra
são paralelas.
db = diagonal da base
dp = diagonal do
paralelepípedo
186
Área lateral
Área total
AT= 2( ab + ac + bc)
Volume do Prisma
187
Então, o volume de um paralelepípedo rectângulo de dimensões a,
b e c é dado por:
V = abc
O Cubo
188
Diagonais da base e do cubo
dc=diagonal do cubo
db = diagonal da base
Área lateral
189
AL=4a2
Área total
A área total ATé dada pela área dos seis quadrados de lado a:
AT=6a2
Volume do Cubo
V= a .a . a = a3
190
O princípio de Cavalieri
191
Se 1 é um paralelepípedo rectângulo, então V2 = ABh.
Vprisma = ABh
Chave de correção
192
EXEMPLO DE UMA FICHA QUE PODE USAR COM SEUS
ALUNOS
193
194
2. Observe as seguintes figuras:
195
3. Cálculo de Volume
196
4. Determine o volume (V) de cada um dos sólidos seguintes
sabendo que se mantém como unidade de medida o cubo com 1
cm de aresta.
197
Indique a medida de cada uma das suas arestas, sabendo que foram
construídos com cubinhos de 1cm de aresta.
198
7. Calcule o volume de cada um dos sólidos.
199
Auto-avaliação
Terminada a primeira lição em que começamos o cálculo de volumes
de poliedros, é momento de testar o que você compreendeu desta
lição. Para isso, responda às seguintes questões:
200
Chave de correção
1. Nesta questão, não precisa repetir a explicação tal como a
apresentamos, pois levaria muito tempo desnecessariamente. O
importante é ler a definição para compreender o conceito e produzir
um resumo. Isso irá mostrar o quanto você entendeu a definição. Veja,
por exemplo, as figuras que utilizamos para acompanhar a definição.
3. Aqui, não precisa definir estes dois tipos de prismas mas mostrar
sua compreensão das diferenças entre os dois tipos. Por exemplo,
pode fazer isso descrevendo um e o outro e verificar em o quê que
essas descrições diferem.
201
9. Nesta questão, abordamos a comparação de volumes. É importante
você reconhecer a importância dessa comparação, ou seja, porque
comparamos os volumes? Uma ideia é que se, por exemplo, A e B são
prismas com o mesmo volume, basta calcularmos o volume de um
deles para conhecermos o volume do outro. Trata-se de uma forma
indirecta de calcular o volume de um prisma. Note que pode acontecer
que o prisma A seja complicado ou não tenhamos uma fórmula para o
cálculo directo do seu volume. Se podemos mostrar que A e B têm o
mesmo volume, simplificamos nosso trabalho, não é?
202
Resumo da lição
Nesta lição definimos o conceito de prisma e apresentamos seus
principais elementos. Classificamos os prismas em rectos, oblíquos e
regulares. Os prismas são rectos ou oblíquos conforme se suas faces
laterais são oblíquas ou perpendiculares em relação às bases. Os
prismas são ditos regulares quando são rectos e suas bases são
polígonos regulares. Além da classificação dos prismas, deduzimos as
fórmulas para o cálculo das áreas das faces e das bases e a fórmula
para o cálculo do volume de um prisma. Em geral, para o cálculo da
área total de um prisma utilizamos a fórmula AT = AL + 2AB (área
lateral mais duas vezes a área da base) e para o volume, a fórmula V
= AB .h (área da base vezes a altura). Finalmente, abordamos o
princípio de Cavalieri, que nos permite o cálculo indirecto de volume
de um prisma sabendo o volume de outro com o mesmo volume.
203
Lição n° 3
Introdução ao estudo do cilindro e cálculo de
seu volume
Introdução
Após termos abordado o conteúdo referente aos prismas, vamos
introduzir o conceito de cilindro. Estamos convictos que ao
falarmos de cilindros, você já deve imaginar um conjunto de
objectos que são exemplos deste tipo de poliedro! Por exemplo,
algumas latas de refresco, alguns tanques de água, algumas pilhas,
etc. Pode citar mais exemplos? Pois é, faça isso! Nossa intenção
nesta lição é de construirmos o conceito de cilindro, descrevermos
seus principais elementos e o classificarmos em oblíquo e recto, de
acordo com a posição da sua geratriz em relação à base. Além
disso, temos como propósito fazermos deduções de fórmulas para o
cálculo de suas áreas laterais e total, que nos permitirão a dedução
da fórmula para o cálculo do volume de um cilindro. Além disso,
teremos que, antes, fazer menção do conceito de secção transversal
secção meridiana e de alguns elementos importantes do cilindro.
204
Tempo de estudo da lição: 1,5 Horas
Tempo
O Cilindro
paralelo à recta r :
205
Assim, temos:
Elementos do cilindro
206
bases: os círculos de centro O e O' e raios r
Classificação do Cilindro
Vê a seguir:
207
O cilindro circular recto é também chamado de cilindro de
revolução, por ser gerado pela rotação completa de um rectângulo
por um de seus lados. Assim, a rotação do rectângulo ABCD pelo
Secção do Cilindro
208
Secção meridiana é a região determinada pela intersecção do
cilindro com um plano que contém o eixo.
Cálculo de áreas
209
Assim, a área lateral do cilindro recto cuja altura é h e cujos raios
dos círculos das bases são r é um rectângulo de
dimensões :
c) área total ( AT): soma da área lateral com as áreas das bases
Cálculo de volume
210
Se 1 é um paralelepípedo rectângulo, então V2 = ABh.
Vcilindro = ABh
de raio r ;
211
Cilindro equilátero
Solução:
VC o volume do cilindro
212
AB = ᴨ.r² = ᴨ.2² = 4 ᴨ cm²
AL = 2. ᴨ.r.h = 2. ᴨ.2.3 = 12 ᴨ cm²
AT = A(lateral) + 2 A(base) = 12 ᴨ + 8 ᴨ = 20 ᴨ cm²
VC = A(base).h = ᴨ.r²h = ᴨ.4.3 = 12 ᴨ cm³
213
Feedback
Para esta actividade, recomendamos que, tal como foi no caso do
prisma, as tarefas ajudem aos alunos a construírem o conceito de
cilindro e reconheçam sua aplicação. Para a elaboração da ficha pode
recorrer à manuais diversos de geometria espacial e também aos
textos da internet que mencionamos no fim desta lição.
Auto-avaliação
Terminada esta lição em que abordamos o conceito de cilindro e
procedemos ao cálculo do seu volume, vamos testar o que você
compreendeu. Para isso, responda às seguintes perguntas:
214
Chave de correção
1. Nesta questão, deixamos a mesma recomendação tal como foi no
caso do conceito de prisma. Não precisa repetir a explicação tal
como a apresentamos, pois levaria muito tempo
desnecessariamente. O importante é ler a definição para
compreender o conceito e produzir um resumo. Isso irá mostrar o
quanto você entendeu a definição. Veja, por exemplo, as figuras
que utilizamos para acompanhar a definição.
2. Para a pergunta 2, basta reler, caso seja necessário, onde
apresentamos os elementos do cilindro. Veja que apresentamos
três principais elementos e sempre acompanhamos com uma figura
para que você possa visualizar esses elementos. A visualização dos
elementos ajuda na fixação dos mesmos.
3. Nesta questão, não é imperioso apresentar as definições tal como
estão no texto da lição, mas mostre sua compreensão das
diferenças entre o cilindro circular recto e o cilindro circular
oblíquo. Você pode, por exemplo, fazer as descrições das
características de um e do outro e explicar em que diferem.
4. Para esta pergunta, pode desenhar um cilindro equilátero e
descrever suas características. Isso irá mostrar o quanto você
percebeu sobre este tipo de cilindro.
5. Nesta questão, veja que utilizamos as planificações do cilindro
para facilitarmos a compreensão. É importante você visualizar a
superfície do contorno do cilindro e das suas bases. Facilmente,
poderá explicar como calcular as suas áreas. Aqui, recomendamos
que considere tanto o caso de um cilindro recto, como o de um
cilindro oblíquo.
6. Nesta pergunta, também é importante você reconhecer os
elementos que são necessários para o cálculo do volume do
prisma. Reveja as deduções que fizemos e produza sua própria
explicação.
215
Resumo da lição
Nesta lição definimos o conceito de cilindro, apresentamos seus
principais elemento e o classificamos em circular recto e circular
oblíquo, de acordo com a posição da sua geratriz em relação às
bases. Vimos, também, o cilindro recto equilátero, que foi definido
como aquele em que a secção meridiana é um quadrado e sua altura
é igual ao diâmetro da base. Neste caso, antes de definirmos o
cilindro recto equilátero, tivemos que definir os conceitos de secção
transversal e de secção meridiana de um cilindro qualquer. Além
disso, vimos que o cilindro recto é também chamado de cilindro de
revolução, pois pode ser gerado a partir da rotação de um rectângulo
em torno de um eixo. Finalmente, deduzimos as fórmulas para o
cálculo das áreas lateral e total do cilindro e também a fórmula para
a determinação do seu volume. Em geral, para o cálculo da área total
de um cilindro utilizamos a fórmula AT = A(lateral) + 2 A(base) (área
lateral mais duas vezes a área da base) e para o volume, a fórmula V
= AB .h (área da base vezes a altura).Uma vez que a base é um
círculo, temos que V = = ᴨ.r²h.
216
Lição n° 4
Introdução ao estudo do cone e cálculo do
seu volume
Introdução
Nesta lição vamos estudar o conceito de cone. Iremos fazer o
cálculo da sua área lateral, da área total e do seu volume. Tal como
foi no caso do cilindro, existem vários objectos do nosso
quotidiano que têm a forma do cone. Você já deve ter consumido o
sorvete, não é? Então, deve ter observado que, por vezes, o sorvete
é servido num objecto com a forma de um cone. Conhece o funil?
Também tem a forma de um cone. Você pode citar outros
exemplos! Pretendemos, nesta lição construir o conceito de cone,
descrever seus principais elementos e definir os conceitos de cone
recto e secção meridiana de um cone. Vamos definir o conceito de
tronco de um cone e faremos as deduções de fórmulas para o
cálculo das áreas laterais e totais de cone e de tronco de um cone,
que nos permitirão a dedução das respectivas fórmulas para o
cálculo dos seus volumes. No fim, apresentamos alguns exercícios
de aplicação dessas fórmulas e algumas actividades para sua auto-
avaliação
217
Calcular a área lateral e total de um cone;
Tempo
O Cone circular
segmentos .
218
altura: distância h do vértice V ao plano
geratriz (g): segmento com uma extremidade no ponto V e
outra num ponto da circunferência
raio da base: raio R do círculo
O Cone recto
219
Da figura, e pelo teorema de Pitágoras, temos a seguinte relação:
g2 = h2 + R2
Secção meridiana
220
Se o triângulo AVB for equilátero, o cone também será equilátero:
Cálculo de áreas
221
Assim, temos de considerar as seguintes áreas:
ou
222
L = l (o comprimento do arco indicado) está para X (a
correspondente áreas do sector circular).
l. .g 2 l.g
Daí, X = ; isto equivale a X = AL = ; já que, no caso do
2. .g 2
cone, l = 2.ᴨ.R, então ficamos com a fórmula: AL= ᴨ.R.g
d = distância do centro
de gravidade (CG) da
sua superfície ao eixo e
S=área da superfície
223
Sabemos, pelo Teorema de Pappus - Guldin, que, quando uma
superfície gira em torno de um eixo, gera um volume tal que:
Tronco do cone
224
as bases maior e menor são paralelas;
a altura do tronco é dada pela distância entre os planos que
contém as bases.
Temos:
a) área lateral
225
do tronco do cone temos que fazer a diferença entre as áreas
laterais do cone maior e do cone menor. Então encontre a fórmula
b) área total
Vamos ver como aplicar os resultados das deduções que fizemos nesta
lição.
226
Solução
A geratriz que está dada corresponde, no triângulo à hipotenusa. O
cateto vertical é a altura (h) do cone e o outro cateto é o raio (R).
Para o cálculo do volume temos a fórmula:
3
= h/20
2
h= 3 10 cm
½ = R/20, o equivalente a R = 10 cm
V = (1/3) ᴨ.r²h
227
2. Anderson colocou uma casquinha de sorvete dentro de uma lata
cilíndrica de mesma base, mesmo raio r e mesma altura h da
casquinha. Qual é o volume do espaço (vazio) compreendido entre
a lata e a casquinha de sorvete?
Solução
V = V(cilindro) - V(cone)
228
Auto-avaliação
Terminada esta lição em que abordamos o conceito de cone e
procedemos ao cálculo do seu volume, vamos testar o que você
compreendeu. Para isso, responda às seguintes questões:
Chave de correção
1. Nesta questão, deixamos a mesma recomendação tal como foi no
caso dos conceitos de prisma e de cilindro. Não precisa repetir a
explicação tal como a apresentamos, pois levaria muito tempo
desnecessariamente. O importante é ler a definição para
compreender o conceito e produzir um resumo. Isso irá mostrar o
quanto você entendeu a definição. Veja, por exemplo, as figuras
que utilizamos para acompanhar a definição.
2. Para a pergunta 2, basta reler, caso seja necessário, onde
apresentamos os elementos do cone. Veja que apresentamos
quatro principais elementos e sempre acompanhamos com uma
figura para que você possa visualizar esses elementos. A
visualização dos elementos ajuda na fixação dos mesmos.
3. Nesta questão, veja a figura que apresentamos. Cortando
(seccionando) um cone maior por um plano perpendicular à sua
altura, obtemos um cone menor e um tronco. Note que a operação
de cortar se traduz em subtracção quando vamos aos cálculos de
229
áreas e de volume do tronco.
4. Para esta pergunta, veja que recorremos ao processo de geração de
sólidos por rotação em torno de um eixo (sólidos de revolução). É
importante, neste caso, destacar os elementos envolvidos. Veja a
figura que mostramos, onde visualizamos um disco, seu centro de
gravidade, a distância do centro de gravidade ao eixo de rotação
do disco, a superfície do disco e evocamos o Teorema de Pappus –
Guldin. Para o caso do cone, utilizamos o mesmo procedimento.
Mais uma vez, é importante que você encontre a explicação para o
teorema de Papus para validar a fórmula do volume do cone.
5. Nesta questão, a base de sua explicação deve estar assente no facto
de que o tronco é a parte que resta se, de um cone maior,
retirarmos (cortarmos) um cone menor. Para isso veja bem a figura
do tronco do cone que mostramos e explique as operações que
devem ser feitas para obtermos as áreas e o volume do tronco.
Resumo da lição
Nesta lição definimos o conceito de cone e apresentamos seus
principais elementos (a altura, a geratriz, o raio da base e o eixo de
rotação). Definimos o cone recto como sendo aquele em que o seu
eixo de rotação é perpendicular à base. Além disso, vimos que o cone
recto pode ser obtido pela rotação completa de um triângulo
rectângulo em torno de um de seus catetos. Definimos o conceito de
secção meridiana de um cone recto e vimos, que, quando esta secção
é um triângulo equilátero, o cone também é equilátero. Definimos o
conceito de tronco de um cone e deduzimos as fórmulas para o
cálculo das áreas lateral e total do cone e do tronco. Também
deduzimos as fórmulas para o cálculo dos volumes do cone e do
tronco do cone, recorrendo ao teorema de Papus. Assim, obtivemos
230
as seguintes fórmulas: área lateral (Al = ᴨ.R.g); área total [AT =
vo
lume do tronco do
cone
231
Lição n° 5
Introdução ao estudo da Pirâmide e cálculo
do seu volume
Introdução
Nesta lição, vamos estudar o conceito de pirâmide. Trataremos de
construir seu conceito, identificarmos seus principais elementos e a
classificaremos em recta e regular. Descreveremos as
características da secção de uma pirâmide e das relações entre os
seus elementos. De seguida, procederemos as deduções das
fórmulas para o cálculo das áreas da base, lateral e total da
pirâmide. Iremos definir o conceito de tronco de uma pirâmide e
também procederemos a dedução das fórmulas para calcularmos as
suas áreas lateral e total. Além disso, iremos tratar das fórmulas
para o cálculo dos volumes da pirâmide e do seu tronco.
232
Tempo de estudo da lição: 1,5 Horas
Tempo
Pirâmides
Comecemos por definir a Pirâmide.
todos os segmentos .
Elementos da pirâmide
233
base: o polígono convexo R
Exemplo
Observações:
234
2ª) A reunião, base com base, de duas pirâmides regulares de bases
quadradas resulta num octaedro. Quando as faces das pirâmides são
triângulos equiláteros, o octaedro é regular.
235
Relações entre os elementos de uma pirâmide regular
Assim, temos:
236
Os triângulos VOB e VOM são rectângulos.
Cálculo de áreas
AT = AL +AB
em que:
237
Cálculo do volume da Pirâmide
Troncos da Pirâmide
238
as faces laterais são trapézios isósceles congruentes.
b) área total (AT): soma da área lateral com a soma das áreas da
base menor (Ab) e maior (AB)
AT
=AL+AB+Ab
239
Uma pirâmide tem a altura medindo 9cm e volume igual a 108cm³.
Qual é o volume do tronco desta pirâmide, obtido pelo corte desta
pirâmide por um plano paralelo à base da mesma, sabendo-se que a
altura do tronco da pirâmide é de 3cm?
Exemplo de aplicação
Solução
Como
V(pirMenor)/V(pirâmide) = h³/H³
V(pirMenor)/108 = 6³/9³
V(pirMenor) = 32
então
Auto-avaliação
Terminada a primeira lição, em que começamos o cálculo de
volumes de poliedros, é momento de testar o que você compreendeu
desta lição.
240
Chave de correção
1. Nesta questão, continuamos a fazer a mesma recomendação tal
como foi no caso dos conceitos de prisma, cilindro e cone. Não
precisa repetir a explicação tal como a apresentamos, pois
levaria muito tempo desnecessariamente. O importante é ler a
definição para compreender o conceito e produzir um resumo.
Isso irá mostrar o quanto você entendeu a definição. Veja, por
exemplo, as figuras que utilizamos para acompanhar a
definição.
2. Para a pergunta 2, basta reler, caso seja necessário, onde
apresentamos os elementos da pirâmide. Veja que apresentamos
cinco principais elementos e sempre acompanhamos com uma
figura, para que você possa visualizar esses elementos. A
visualização dos elementos ajuda na fixação dos mesmos.
3. Nesta questão, veja a figura que apresentamos. Cortando
(seccionando) uma pirâmide maior por um plano perpendicular
à sua altura, obtemos uma pirâmide menor e um tronco. Note
que a operação de cortar se traduz em subtracção quando vamos
aos cálculos de áreas e de volume do tronco. Estude bem as
explicações que apresentamos no caso do cone, pois os
procedimentos são idênticos.
4. Nesta questão, a base de sua explicação deve estar assente no
facto de que o tronco é a parte que resta, se, de uma pirâmide
maior, retirarmos (cortarmos) uma pirâmide menor. Para isso
veja bem a figura do tronco da pirâmide que mostramos e
explique as operações que devem ser feitas, para obtermos as
áreas. Nesta questão, veja que não desenvolvemos as áreas dos
polígonos envolvidos no tronco da pirâmide. Por isso,
recomendamos que você desenvolva as áreas das bases e a
lateral, que é constituída por um conjunto de trapézios.
5. Para esta pergunta, veja que recorremos ao princípio de
241
Cavalieri e a equivalência de sólidos geométricos. Se tiver
compreendido estes princípios, facilmente pode explicar o caso
do volume de uma pirâmide.
6. Para o caso do volume do tronco de uma pirâmide, a explicação
é idêntica a que apresentamos para o caso do cone. Por isso, é
importante que tenha compreendido a explicação para o volume
do tronco de um cone.
Resumo da lição
Nesta lição, abordamos o conceito de pirâmide, identificaremos
seus principais elementos e a classificaremos em recta e regular.
Vimos que os seus principais elementos são a base, as arestas da
base, as arestas das faces, as faces laterais e a sua altura. Quando a
projecção ortogonal do vértice da pirâmide coincide com o centro
do polígono da base, e
uma pirâmide ( ).
242
Com este resumo, terminamos a lição 5 desta unidade em que
tratamos do conceito de pirâmide. Para terminarmos esta unidade,
vamos abordar o conceito de esfera. Você irá notar que, para o caso
da esfera, a abordagem será diferente da que utilizamos para os
restantes sólidos. Além disso, realçamos que, pela nossa experiência
no ensino dos sólidos geométricos, a abordagem do conceito de
esfera tem sido relativamente menos simples que a dos restantes
sólidos, que tratamos nesta unidade. Contudo, quando acompanhada
com materiais concretos para visualização, pode-se reduzir a
complexidade da abordagem deste conteúdo da geometria.
243
Lição n° 6
Introdução ao estudo da esfera e cálculo de
seu volume
Introdução
Nesta lição, vamos estudar o conceito de esfera. No nosso
quotidiano, existem muitos objectos com a forma de esfera. Por
exemplo, uma bola, um berlinde, uma laranja, etc. Nesta lição,
iremos tratar de partes de uma esfera com seus nomes específicos.
Por exemplo, abordaremos os conceitos de cunha esférica,
segmento esférico e calota esférica. Utilizando o princípio de
Cavalieri e tendo em consideração o volume da esfera, iremos
deduzir as fórmulas para o cálculo dos volumes destas partes da
esfera.
Tempo
244
Definição do conceito de Esfera
245
Considere um plano qualquer que secciona uma esfera de raio R a
uma distância h do seu centro.
246
acordo com a figura acima. Existe uma relação entre a área da
secção determinada na esfera e a área da coroa circular determinada
entre o cilindro e o cone. A área da secção da esfera, como vimos, é
247
≤ 360º,ele gera um sólido que é chamado cunha esférica. Note que
o volume da cunha esférica é proporcional ao ângulo α.
Assim,
248
O volume de um segmento esférico com bases circulares de raios R
= R1e r = R2 (conforme indicado na figura acima) e altura h=H é
dado por
249
Como H = R – h
Assim,
250
Por outro lado,
Assim
251
Auto-avaliação
Terminada a lição em que abordamos o conceito de esfera, é
momento de testar o que você compreendeu desta lição. Para isso,
responda às seguintes questões:
Chave de correção
1. Nesta questão, continuamos a fazer a mesma recomendação tal
como foi no caso dos conceitos de prisma, cilindro, cone e de
pirâmide. Não precisa repetir a explicação tal como a
apresentamos, pois levaria muito tempo desnecessariamente. O
importante é ler a definição para compreender o conceito e
produzir um resumo. Isso irá mostrar o quanto você entendeu a
definição. Veja, por exemplo, as figuras que utilizamos para
acompanhar a definição.
2. Para a pergunta 2, note que tivemos que encontrar a expressão
para o cálculo de d (raio da secção produzida na esfera). Neste
caso, utilizamos, por exemplo, o teorema de Pitágoras, de onde
obtivemos d2 = R2– h2. De seguida recorremos ao cilindro de
252
onde deduzimos a fórmula, para o cálculo da área de uma coroa
circular e introduzimos no cilindro os cones, etc. Continue a
resumir as principais ideias que nos permitiram chegar a
fórmula para o cálculo do volume da esfera.
3. É muito importante fazer este tipo de actividade com os seus
alunos, para compreenderem como surgem essas partes de uma
esfera. Veja as figuras que apresentamos para ilustração da
cunha esférica, do segmento esférico e da calota esférica e corte
uma laranja para ilustrar essas partes de uma esfera.
4. Neste caso, observe as figuras onde mostramos o segmento
esférico e as outras partes da esfera. Explore possíveis relações
entre as expressões que apresentamos para o cálculo dos
volumes da esfera, da cunha e da calota esférica, para obter a
fórmula para o volume do segmento esférico.
Resumo da lição
Nesta lição, abordamos o conceito de esfera e de algumas partes de
uma esfera. Vimos o que é um segmento esférico, uma cunha esférica
e uma calota esférica. Também deduzimos as respectivas fórmulas
para o cálculo de seus volumes. Para encontrarmos a expressão para
o cálculo do volume de uma esfera, utilizamos o princípio de
Cavalieri e o que já sabíamos sobre o cilindro e o cone.
253
Resumo da unidade
Resumo da unidade (orientação para fazê-lo)
Leitura
Para mais informações podes consultar em:
http://www.escolakids.com/perimetro-de-um-poligono.htm
http://www.brasilescola.com/matematica/perimetro-uma-forma-
geometrica-plana.htm
http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/geometria/geom-
areas/geom-areas-poli.htm
ttp://www.pps.k12.or.us/district/depts/edmedia/videoteca/curso3/htm
lb/SEC_37.HTM
http://ajudaalunos.blogspot.com/2011/10/quadrilateros.html
254
Conteúdos
UNIDADE
O plano de aula Erro! Marcador não definido.
7
Pág. 255 - 270
255
Introdução
Na didáctica de Matemática I, falamos da importância da observação de
aula e também do plano de aula. Vimos que estes elementos contribuíam,
de alguma forma, para o êxito do trabalho do professor, e, que eram um
dos indicadores do desenvolvimento profissional do professor.
Objectivos da unidade
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
Tempo
256
Lição n° 1
Observação de aulas
Introdução
Foi dito na Didáctica de Matemática I, que a observação de aulas
contribui para melhorar as práticas não só do professor observado, mas
também do professor observador.
Tempo
257
Ficha de Observação
Vimos quais eram os aspectos principais a serem observados numa aula.
Agora vamos apresentar uma ficha de observação que terá que preencher,
para diferentes aulas. De seguida, terá que elaborar um relatório sobre a
análise (crítica) das aulas por si observadas. Aconselhamos ao senhor
professor/estudante a fazer relatório para cada aula e, depois, um relatório
geral para 5 aulas observadas. O relatório geral, permitir-lhe-á, por
exemplo, evidenciar aspectos de comparação das aulas observadas em
termos de melhorias ou não de uma aula para outra.
Aspecto a observar 0 1 2 3 4
1. O professor é assíduo? 0
258
5. Como é a comunicação na aula? O professor 1
permite a negociação de ideias com os alunos?
259
1. O professor tem plano de aula?
Resumo da lição
Terminada a apresentação da ficha de observação, vamos anunciar
alguns aspectos-chave desta lição. Depois disso, apresentaremos a
segunda lição desta unidade, em que vamos abordar o conceito de
plano, tal como já sinalizamos, na perspectiva de concretização.
260
Lição n° 2
O plano de aula
Introdução
Nesta lição, vamos-lhe propor um modelo de plano de aula que é sugerido
por outros autores, e que, o achamos interessante. Gostaríamos de frisar
que este modelo não é único, e que, por vezes, as escolas recomendam
seus próprios modelos. Cabe a si fazer bom proveito da nossa sugestão
sem, no entanto, ser necessário a não cumprir com as orientações da sua
escola.
Tempo
O PLANO DE AULA
261
aula, os elementos contidos no plano de curso, com base no Projecto
político-pedagógico da escola. O plano de aula descreve aquilo que vai
acontecer em tempo real na sala, como por exemplo, os conteúdos que
serão ensinados na aula, as actividades do professor, as dos alunos, os
materiais que vão ser usados na aula, o tempo para cada fase da aula, os
métodos a serem usados, etc. Porque é importante o professor ter plano da
sua aula? Você pode, muito bem, responder a esta pergunta! Caso tenha-
se esquecido, encontre uma possibilidade de argumento no módulo de
didáctica de matemática 1. Mas, de forma sintética, podemos dizer que
um professor sem plano de sua aula é susceptível de se desorientar na sala
de aula e conduzir mal o processo de ensino e aprendizagem.
1. INTRODUÇÃO
262
UNIDADE TEMÁTICA: Geometria Espacial
263
3. DESENVOLVIMENTO
Definição de Poliedros
Exemplos:
264
Em seguida, o professor explica que nos poliedros, as faces são polígonos.
Explica também que os lados e os vértices dos polígonos são as arestas e
os vértices do poliedro.
265
De seguida o professor dá alguns exemplos de sólidos conhecidos pelos
alunos e que são poliedros convexos.
Poliedros regulares
4 faces
triangulares
4 vértices
Tetraedro
6 arestas
6 faces
quadrangulares
8 vértices
Hexaedro
12 arestas
8 faces
triangulares
6 vértices
Octaedro 12 arestas
266
20 faces
triangulares
12 vértices
30 arestas
Icosaedro
Relação de Euler
V-A+F=2
Exemplos:
267
Poliedros platónicos
a) for convexo;
4. CONSOLIDAÇÃO
268
5. CONCLUSÃO
Método: Questionamento
269
Há dúvidas.....?
TPC.
FIM DA AULA
Resumo da unidade
Nesta unidade, abordamos os conceitos de observação e de plano de
aula. Na didáctica de matemática I, estes conceitos foram discutidos
na perspectiva de compreensão de seus significados e de sua
importância. Agora, na didáctica de matemática II, os retomamos, mas
na óptica de concretização. Por isso, apresentamos algumas propostas
de ficha de observação de aula e de plano de aula. No caso da ficha de
observação de aula, sinalizamos que escolhemos apenas alguns itens
como exemplo, mas que o professor poderá, com base na sua
experiência e naquilo que é recomendado na sua escola ou em outros
manuais, incluir mais itens interessantes na ficha. Deixamos, também,
uma sugestão de como analisar a pontuação do professor assistido.
Quanto ao modelo de plano de aula, a recomendação foi igual, pois
existem vários tipos de planos que o professor pode utilizar para
preparar as suas aulas. O importante é estar ciente dos aspectos
importantes da aula que devem constar no plano, para melhor
orientação do trabalho do professor.
270
Considerações finais sobre o módulo
Neste módulo, apresentamos sete unidades, sendo que cada uma é
constituída de um certo número de lições. O objectivo geral deste
módulo é contribuir para o ensino e aprendizagem da geometria,
despertar e desenvolver o interesse dos alunos pela geometria,
estimulando a sua actividade cognitiva e fomentando hábitos correctos
de estudo independente.
271
unidade 3, a estudar os conceitos de grandeza, de medidas de
grandezas e do conceito de estimação. Aqui, também deixamos
evidências do quão é importante os alunos aprenderem sobre estes
conceitos, bem como procuramos ilustrar a importância da utilização
dos mesmos no nosso quotidiano. Na quarta unidade, introduzimos o
conceito de polígonos, começando por abordar algumas generalidades
e, depois, elegemos o triângulo para o estudo de algumas das suas
propriedades e dos conceitos de semelhança e de congruência. Uma
outra classe de polígonos escolhida para ser abordada neste módulo
foi o quadrilátero, no qual estudamos alguns dos seus elementos,
fizemos a sua classificação e analisamos algumas das suas
propriedades. Na unidade 5, abordamos os conceitos de perímetro e de
área de figuras planas. De seguida, na unidade 6, introduzimos o
conceito de poliedro, começando com generalidades e, depois,
passando ao estudo de alguns poliedros como: o prisma, o cilindro, o
cone, a pirâmide e a esfera. Para estes poliedros deduzimos as
fórmulas para o cálculo de suas áreas laterais e totais e de seus
volumes. Já terminando o módulo, na unidade 7, tratamos de
conceitos de observação e de plano de aula, na perspectiva de
concretização. Neste caso, apresentamos algumas propostas de ficha
de observação de aula e de plano de aula.
272
Referências bibliográficas
1. Battista, M. (2007). The Development of Geometric and Spacial
Thinking. In F. K. Lester (Ed.), Second Handbook of Research on
Mathematics Teaching and Learning(pp. 843-908). Charlotte: NCTM,
Information Age Publishing.
2. Bishop, Alan (1986). What are some obstacles to lerning geometry? In:
Morris, Robert(Ed). Studies in Mathematics education; vol.5: Geometry
in schools, UNESCO, Paris.
273
Mammana&V. Villani (Eds.),Perspectives on the Teaching of Geometry
for the 21st Century (pp. 159-192). Dordrecht: Kluwer Academic
Publishers.
13. Fonseca, M., Lopes, M., Barbosa, M., Gomes, M., & Dayrell, M. (2001).
O ensino da geometria na escola fundamental: Três questões para a
formação do professor dos ciclos iniciais. Belo Horizonte: Autêntica.
14. Galuzzi, M., Griffiths, B., Laborde, C., & Neubrand, M. (1998). The
Evolution of Geometry Education Sinse 1900. InC. Mammana&V.
Villani (eds.), Perspectives on the Teaching of Geometry for the 21st
Century, (pp. 193-234). Dordrecht: Kluwer Academic Publishers.
17. Jones, K., Brown, M., Taylor, R., & Hirst, A. (2004). Developing
Geometrical Reasoning. In I. Putt, R. Faragher & M. McLean (Eds.),
Proceedings of the 27th Conference of the Mathematics Education
Research Group of Australasia (pp. 127-134). Townsville, Queensland,
Australia: MERGA.
274
18. Garcia, M.; Osório A.;& Ruivo, A. (1982). "Compêndio de Matemática"
- 11º ano de escolaridade, 1º volume 5ª Reimp., 2ª edição, Porto Editora,
Porto.
24. Nhêze, I. C., & João, R. (2001). Matemática 10ª classe. Maputo,
Moçambique: Diname.
275
Matemáticas na Sala de Aula. Belo Horizonte: Autêntica.
33. Veloso, E., Fonseca, H., Ponte, J. & Abrantes, P. (Org.). (1999). Ensino
da Geometria no virar do milénio. Lisboa. Departamento da Educação da
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, APM.
276